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8 Conservação da Energia 2
8.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
8.2 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
8.2.1 Determinação da Energia Potencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
8.2.2 Usando a Curva de Energia Potencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
8.2.3 Conservação da Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
8.2.4 Trabalho Executado por Forças de Atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
8.2.5 Massa e Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
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Um projétil com uma massa de 2.4 kg é disparado para I (a) Neste problema a energia potencial possui dois
cima do alto de uma colina de 125 m de altura, com termos: energia potencial elástica da mola e energia po-
uma velocidade de 150 m/s e numa direção que faz um tencial gravitacional.
ângulo de 41o com a horizontal. (a) Qual a energia Considere o zero da energia potencial gravitacional
cinética do projétil no momento em que é disparado? como sendo a posição da bola de gude quando a mola
(b) Qual a energia potencial do projétil no mesmo mo- está comprimida. Então, a energia potencial gravita-
mento? Suponha que a energia potencial é nula na base cional da bola de gude quando ela está no topo da órbita
da colina (y = 0). (c) Determine a velocidade do (i.e. no ponto mais alto) é Ug = mgh, onde h é a altura
projétil no momento em que atinge o solo. Supondo do ponto mais elevado. Tal altura é h = 20 + 0.08 =
que a resistência do ar possa ser ignorada, as respostas 20.08 m. Portanto
acima dependem da massa do projétil?
Ug = (5 × 10−3 )(9.8)(20.08) = 0.948 J.
I (a) Se m for a massa do projétil e v sua velocidade
após o lançamento, então sua energia cinética imediata- (b) Como a energia mecânica é conservada, a ener-
mente após o lançamento é gia da mola comprimida deve ser a mesma que a en-
ergia potencial gravitacional no topo do voo. Ou seja,
1 1 kx2 /2 = mgh = Ug , onde k é a constante da mola.
Ki = mv 2 = (2.40)(150)2 = 27.0 × 103 J.
2 2 Portanto,
(b) Se a energia potencial é tomada como zero quando 2Ug 2(0.948)
k= 2 = = 307.5 N/m.
o projétil atinge o solo e sua altura inicial acima do solo x (0.08)2
for chamada de h, então sua energia potencial inicial é Observe que
Ui = mgh = (2.4)(9.8)(125) = 2.94 × 103 J. 307.5 N/m ' 3.1 × 102 N/m = 3.1 N/cm,
(c) Imediatamente antes de atingir o solo a energia po- que é a resposta oferecida pelo livro-texto.
tencial é zero e a energia cinética pode ser escrita como
sendo Kf = mvf2 /2, onde vf é a velocidade do projétil. E 8-13 (8-5/6a )
A energia mecânica é conservada durante o voo do
Uma bola de massa m está presa à extremidade de uma
projétil de modo que Kf = mvf2 /2 = Ki + Ui donde
barra de comprimento L e massa desprezı́vel. A outra
tiramos facilmente que
extremidade da barra é articulada, de modo que a bola
r pode descrever um cı́rculo plano vertical. A barra é
2(Ki + Ui )
vf = mantida na posição horizontal, como na Fig. 8-26, até
m receber um impulso para baixo suficiente para chegar
r ao ponto mais alto do cı́rculo com velocidade zero. (a)
2[(27.0 + 2.94) × 103 ] Qual a variação da energia potencial da bola? (b) Qual
= = 159 m/s.
2.40 a velocidade inicial da bola?
I (a) Tome o zero da energia potencial como sendo o
Os valores de Ki , Kf , Ui e Uf dependem todos da ponto mais baixo atingido pela bola. Como a bola está
massa do projétil, porém a velocidade final vf não de- inicialmente a uma distância vertical L acima do ponto
pende da massa se a resistência do ar puder ser consid- mais baixo, a energia potencial inicial é U = mgL,
i
erada desprezı́vel. sendo a energia potencial final dada por U = mg(2L).
f
Observe que o tal ângulo de 41o não foi usado para A variação da energia potencial é, portanto,
nada! Talvez seja por isto que este exercı́cio já não mais
apareça nas edições subsequentes do livro... ∆U = Uf − Ui = 2mgL − mgL = mgL.
(b) A energia cinética final é zero. Chamemos de Ki =
E 8-12 (8-17/6a ) mv 2 /2 a energia cinética inicial, onde v é a velocidade
inicial procurada. A barra não faz trabalho algum e a
Uma bola de gude de 5 g é disparada verticalmente para
força da gravidade é conservativa, de modo que a ener-
cima por uma espingarda de mola. A mola deve ser
gia mecânica é conservada. Isto significa que ∆K =
comprimida de 8 cm para que a bola de gude apenas
−∆U ou, em outras palavras, que −mv 2 /2 = −mgL
alcance um alvo situado a 20 m de distância. (a) Qual
de modo que temos
a variação da energia potencial gravitacional da bola de p
gude durante a subida? (b) Qual a constante da mola? v = 2gL.
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A corda da Fig. 8-31 tem L = 120 cm de comprimento e zero tanto no inı́cio quanto no fim. Como a energia é
a distância d até o pino fixo P é de 75 cm. Quando a bola conservada, temos
é liberada em repouso na posição indicada na figura, de- 1
screve a trajetória indicada pela linha tracejada. Qual é a 0 = −mg(H + x) + kx2 .
2
velocidade da bola (a) quando está passando pelo ponto
As soluções desta equação quadrática são
mais baixo da trajetória e (b) quando chega ao ponto p
mais alto da trajetória depois que a corda toca o pino? mg ± (mg)2 + 2mghk
x =
I Chame de A o ponto mais baixo que a bola atinge e k
de B o ponto mais alto da trajetória após a bola tocar no p
pino. Escolha um sistemas de coordenada com o eixo y 19.6 ± (19.6)2 + 2(19.6)(784)
=
originando-se no ponto A e apontando para cima. A en- 1960
ergia inicial da bola de massa m no campo gravitacional que fornece dois valores para x: 0.10 m ou −0.080 m.
da Terra antes de ser solta vale E = mgL. Conservação Como procuramos uma compressão, o valor desejado é
da energia fornece-nos então uma equação para a ve- 0.10 m.
locidade v da bola em qualquer lugar especificado pela
coordenada y: P 8-27 (8-27/6a )
1 Duas crianças estão competindo para ver quem con-
E = mgL = mv 2 + mgy. segue acertar numa pequena caixa com uma bola de gule
2
disparada por uma espigarda de mola colocada sobre
(a) Com yA = 0 em mgL = 12 mvA
2
+ mgyA , obtemos uma mesa. A distância horizontal entre a borda da mesa
facilmente que e a caixa é de 2.2 m (Fig. 8-34). João comprime a mola
p p 1.1 cm e a bola cai 27 cm antes do alvo. De quando deve
vA = 2gL = (2)(9.8)(1.2) = 4.8 m/s. Maria comprimir a mola para acertar na caixa?
I A distância que a bola de gude viaja é determinada
(b) Importante aqui é perceber que o tal ponto mais
pela sua velocidade inicial, que é determinada pela com-
alto da trajetória depois que a corda toca o pino não
pressão da mola.
é o ponto L − d (como a figura parece querer indicar)
Seja h a altura da mesa e x a distância horizontal até o
mas sim o ponto yB = 2(L − d), pois a bola tem
ponto onde a bola de gude aterrisa. Então x = v0 t e
energia suficiente para chegar até ele! É neste detal-
h = gt2 /2, onde v0 é a velocidade inicial da bola de
hezito que mora o perigo... :-) Substituindo yB em
gude e t é o tempo que ela permanece no ar. A segunda
mgL = 12 mvB 2
+ mgyB , obtemos então facilmente que
equação fornece
p p p p
vB = 2g(2d − L) = 2(9.8)[2(0.75) − 1.2] t = 2h/g de modo que x = x0 2h/g.
A distância até o ponto de aterrisagem é diretamente
= 2.4 m/s.
proporcional à velocidade inicial pois x = v0 t. Seja v01
Qual a razão deste último valor ser a metade do ante- a velocidade inicial do primeiro tiro e x1 a distância hor-
rior?... izontal até seu ponto de aterrisagem; seja v02 a veloci-
dade inicial do segundo tiro e x2 a distância horizontal
até seu ponto de aterrisagem. Então
P 8-25 (8-25/6a ) x2
v02 = v01 .
Deixa-se cair um bloco de 2 kg de uma altura de 40 cm x1
sobre uma mola cuja constante é k = 1960 N/m (Fig. 8- Quando a mola é comprimida a energia potencial é
32). Determine a compressão máxima da mola. k`2 /a, onde ` é a compressão. Quando a bola de gude
perde contato da mola a energia potencial é zero e sua
I Seja m a massa do bloco, h a altura da queda e x a
energia cinética é mv02 /2. Como a energia mecânica é
compressão da mola. Tome o zero da energia potencial
conservada, temos
como sendo a posição inicial do bloco. O bloco cai uma
distância h+x e sua energia potencial gravitacional final 1 1
mv 2 = k`2 ,
é −mg(h+x). Valores positivos de x indicam ter havido 2 0 2
compressão da mola. A energia potencial da mola é ini- de modo que a velocidade inicial da bola de gude é dire-
cialmente zero e kx2 /2 no final. A energia cinética é tamente proporcional à compressão original da mola. Se
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`1 for a compressão do primeiro tiro e `2 a do segundo, I Antes de mais nada, este problema é uma continuação
então v02 = (`2 /`1 )v01 . Combinando isto com o resul- do problema 8-23. Releia-o antes de continuar.
tado anterior encontramos `2 = (x2 /x1 )`1 . Tomando Use conservação da energia. A energia mecânica deve
agora x1 = 2.20 − 0.27 = 1.93 m, `1 = 1.10 cm, e ser a mesma no topo da oscilação quanto o era no inı́cio
x2 = 2.2 m, encontramos a compressão `2 desejada: do movimento. A segunda lei de Newton fornece a ve-
2.20 m locidade (energia cinética) no topo. No topo a tensão
`2 = (1.10 cm) = 1.25 cm. T na corda e a força da gravidade apontam ambas para
1.93 m baixo, em direção ao centro do cı́rculo. Note que o raio
do cı́rculo é r = L − d, de modo que temos
P 8-31 (8-26/6a ) v2
T + mg = m ,
L−d
Tarzan, que pesa 688 N, decide usar um cipó de 18 m de
comprimento para atravessar um abismo (Fig. 8-36). Do onde v é a velocidade e m é a massa da bola. Quando
ponto de partida até o ponto mais baixo da trajetória, de-
a bola passa pelo ponto mais alto (com a menor ve-
sce 3.2 m. O cipó é capaz de resitir a uma força máxima
locidade possı́vel) a tensão é zero.
p Portanto, mg =
de 950 N. Tarzan consegue chegar ao outro lado? mv 2 /(L − d) e temos que v = g(L − d).
Tome o zero da energia potencial gravitacional como
I Chamando de m a massa do Tarzan e de v a sua ve-
sendo no ponto mais baixo da oscilação. Então a en-
locidade no ponto mais baixo temos que
ergia potencial inicial é mgL. A energia cinética inicial
1 é 0 pois a bola parte do repouso. A energia potencial
mv 2 = mgh, final, no topo da oscilação, é mg2(L − d) e a energia
2
cinética final é mv 2 /2 = mg(L − d)/2. O princı́pio da
onde h é a altura que Tarzan desce. Desta expressão conservação da energia fornece-nos
tiramos que
1
v 2 = 2gh = 2(3.2)g = 6.4g. mgL = mg2(L − d) + mg(L − d).
2
Por outro lado, no ponto mais baixo temos, da segunda Desta expressão obtemos sem problemas que
lei de Newton, que a força centrı́peta está relacionada
3
com a tensão no cipó através da equação d= L.
5
v2 Se d for maior do que 3L/5, de modo que o ponto mais
m = T − mg,
R alto da trajetória fica mais abaixo, então a velocidade da
onde R é o raio da trajetória. Portanto, temos que bola é maior ao alcançar tal ponto e pode ultrapassa-lo.
Se d for menor a bola não pode dar a volta. Portanto o
v2 6.4mg valor 3L/5 é um limite mais baixo.
T = mg + m = mg +
R R
6.4
= 688 1 + P 8-35∗ (8-33∗ /6a )
18
Uma corrente é mantida sobre uma mesa sem atrito com
= 932.6 N. um quarto de seu comprimento pendurado para fora da
mesa, como na Fig. 8-37. Se a corrente tem um com-
Como T < 950 N, vemos que Tarzan consegue atrav-
primento L e uma massa m, qual o trabalho necessário
essar, porém estirando o cipó muito perto do limite
para puxá-la totalmente para cima da mesa?
máximo que ele agüenta!
I O trabalho necessário é igual à variação da energia
a potencial gravitacional a medida que a corrente é pux-
P 8-32 (8-29/6 )
ada para cima da mesa. Considere a energia poten-
Na Fig. 8-31 mostre que se a bola fizer uma volta com- cial como sendo zero quando toda a corrente estiver
pleta em torno do pino, então d > 3L/5. (Sugestão: sobre a mesa. Divida a parte pendurada da corrente
A bola ainda deve estar se movendo quando chegar ao num número grande de segmentos infinitesimais, cada
ponto mais alto da trajetória. Você saberia explicar por um com comprimento dy. A massa de um tal seg-
quê?) mento é (M/L)dy e a energia potencial do segmento
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a uma distância y abaixo do topo da mesa é dU = A altura do menino acima do plano horizontal quando
−(m/L)gy dy. A energia potencial total é se desprende é
2
Z L/4 2
R cos θ = R.
m 1m L
3
U =− g ydy = − g
L 0 2 L 4
1 8.2.2 Usando a Curva de Energia Potencial
= − mgL.
32
O trabalho necessário para puxar a corrente para cima
da mesa é, portanto, −U = mgL/32. P 8-39 (8-37/6a )
A energia potencial de uma molécula diatômica (H2 ou
∗ ∗ a O2 , por exemplo) é dada por
P 8-37 (8-35 /6 )
A B
Um menino está sentado no alto de um monte hem- U= − 6
r12 r
isférico de gelo (iglu!) (Fig. 8-39). Ele recebe um pe-
quenı́ssimo empurrão e começa a escorregar para baixo. onde r é a distância entre os átomos que formam a
Mostre que, se o atrito com o gelo puder ser desprezado, molécula e A e B são constantes positivas. Esta energia
ele perde o contato com o gelo num ponto cuja altura é potencial se deve à força que mantém os átomos unidos.
2R/3. (Sugestão: A força normal desaparece no mo- (a) Calcule a distância de equilı́brio, isto é, a distância
mento em que o menino perde o contato como o gelo.) entre os átomos para a qual a força a que estão submeti-
dos é zero. Verifique se a força é repulsiva (os átomos
I Chame de N a força normal exercida pelo gelo no tendem a se separar) ou atrativa (os átomos tendem a se
menino e desenhe o diagrama de forças que atuam no aproximar) se a distância entre eles é (b) menor e (c)
menino. Chamando de θ o ângulo entre a vertical e maior do que a distância de equilı́brio.
o raio que passa pela posição do menino temos que a
força que aponta radialmente para dentro é mg cos θ−N I (a) A força é radial (ao longo a line que une os
que, de acordo com a segunda lei de Newton, deve ser átomos) e é dada pela derivada de U em relação a r:
igual a força centrı́peta mv 2 /R, onde v é a velocidade dU 12A 6B
F =− = 13 − 7 .
do menino. No ponto em que o menino se desprende do dr r r
gelo temos N = 0, de modo que A separação r0 de equilı́brio é a separação para a qual
v 2 temos F (r0 ) = 0, ou seja, para a qual
g cos θ = .
R 12A − 6Br06 = 0.
Precisamos agora determinar a velocidade v. Tomando Portanto a separação de equilı́brio é dada por
a energia potencial como zero quando o menino está no 2A 1/6 A 1/6
topo do iglu, teremos para U (θ) a expressão r0 = = 1.12 .
B B
U (θ) = −mgR(1 − cos θ). (b) A derivada da força em relação a r, computada na
separação de equilı́brio vale
O menino inicia seu movimeno do repouso e sua en-
ergia cinética na hora que se desprende vale mv 2 /2. dF 12 · 13A 42B
= − + 8
Portanto, a conservação da energia nos fornece 0 = dr r014 r0
mv 2 /2 − mgR(1 − cos θ), ou seja, (156A − 42Bro6 )
= −
r014
v 2 = 2gR(1 − cos θ).
72A
= − 14 ,
Substituindo este resultado na expressão acima, obtida r0
da força centrı́peta, temos onde usamos o fato que, do item anterior, sabemos que
r06 = 2A/B. A derivada é negativa, de modo que a
g cos θ = 2g(1 − cos θ),
força é positiva se r for um pouco menor que r0 , indi-
ou, em outras palavras, que cando uma força de repulsão.
(c) Se r for um pouco maior que r0 a força é negativa,
2 indicando que a força é de atração.
cos θ = .
3
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Aproximadamente 5.5 × 106 kg de água caem por se- Um nadador se desloca na água com uma velocidade
gundo nas cataratas de Niágara a partir de uma altura média de 0.22 m/s. A força média de arrasto que se opõe
de 50 m. (a) Qual a energia potencial perdida por se- a esse movimento é de 110 N. Qual a potência média de-
gundo pela água que cai? (b) Qual seria a potência ger- senvolvida pelo nadador?
ada por uma usina hidrelétrica se toda a energia poten-
I Para nada com velocidade constante o nadador tem
cial da água fosse convertida em energia elétrica? (c)
que nadar contra a água com uma força de 110 N. Em
Se a companhia de energia elétrica vendesse essa en- relação a ele, a água passa a 0.22 m/s no sentido dos
ergia pelo preço industrial de 1 centavo de dólar porseus pés, no mesmo sentido que sua força. Sua potência
quilowatt-hora, qual seria a sua receita anual? é
I (a) O decréscimo na energia potencial gravitacional P = F · v = F V = (110)(0.22) = 24 W.
por segundo é
P 8-66 (8-51/6a )
a
E 8-51 (8-??/6 )
Um bloco de 3.5 kg é empurrado a partir do repouso
Uma mulher de 55 kg sobe correndo um lance de es- por uma mola comprimida cuja constante de mola é
cada de 4.5 m de altura em 3.5 s. Qual a potência de- 640 N/m (Fig. 8-45). Depois que a mola se encontra
senvolvida pela mulher? totalmente relaxada, o bloco viaja por uma superfı́cie
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horizontal com um coeficiente de atrito dinâmico de cinética Ki = 0. Escrevamos a energia cinética final
0.25, percorrendo uma distância de 7.8 m antes de parar. como Kf = mv 2 /2, onde v é a velocidade do esquiador
(a) Qual a energia mecânica dissipada pela força de no topo do pico menor. A força normal da superfı́cie dos
atrito? (b) Qual a energia cinética máxima possuı́da montes sobre o esquiador não faz trabalho (pois é per-
pelo bloco? (c) De quanto foi comprimida a mola antes pendicular ao movimento) e o atrito é desprezı́vel, de
que o bloco fosse liberado? modo que a energia mecânica é conservada: Ui + Ki =
Uf + Kf , ou seja, mghi = mghf + mv 2 /2, donde
I (a) A magnitude da força de fricção é f = µk N , onde
tiramos
µk é o coeficiente de atrito dinâmico e N é a força nor-
mal da superfı́cie sobre o bloco. As únicas forças verti- v = 2g(hi − hf ) = 2(9.8)(850 − 750) = 44 m .
q p
cais atuantes no bloco são a força normal, para cima, e s
a força da gravidade, para baixo. Como a componente (b) Como sabemos do estudo de objetos que deslizam
vertical da aceleração do bloco é zero, a segunda lei de em planos inclinados, a força normal da superfı́cie in-
Newton nos diz que N = mg, onde m é a massa do clinada dos montes no esquiador é dada por N =
bloco. Portanto f = µk mg. A energia mecânica dis- mg cos θ, onde θ é o ângulo da superfı́cie inclinada em
sipada é dada por ∆E = f ` = µk mg`, onde ` é a relação à horizontal, 30o para cada uma das superfı́cies
distância que o bloco anda antes de parar. Seu valor é em questão. A magnitude da força de atrito é dada
por f = µk N = µk mg cos θ. A energia mecânica
∆E = (0.25)(3.5)(9.8)(7.8) = 66.88 J. dissipada pela força de atrito é f ` = µk mg` cos θ,
onde ` é o comprimento total do trajeto. Como o es-
(b) O bloco tem sua energia cinética máxima quando
quiador atinge o topo do monte mais baixo sem energia
perde contato com a mola e entra na parte da superfı́cie
cinética, a energia mecânica dissipada pelo atrito é igual
onde a fricção atua. A energia cinética máxima é igual à
à diferença de energia potencial entre os pontos inicial e
energia mecânica dissipada pela fricção, ou seja, 66.88
final da trajetória. Ou seja,
J.
(c) A energia que aparece como energia cinética es- µk mg` cos θ = mg(hi − hf ),
tava ariginalmente armazenada como energia potencial
elástica, da mola comprimida. Portanto ∆E = kx2 /2, donde tiramos µk :
onde k é a constante da mola e x é a compressão. Logo, hi − hf
µk =
r r ` cos θ
2∆E 2(66.88)
x= = = 0.457 m ' 46 cm. 850 − 750
k 640 = = 0.036.
(3.2 × 103 ) cos 30o
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que ser F = 52.8x + 38.4x2 , no sentido positivo de x. onde substituimos m por w/g e dividimos numerador e
O trabalho que ela realiza é denominador por w.
Z 1.0 (b) Note que a força do ar é para baixo quando a pe-
2 dra sobe e para cima quando ela desce. Ela é sempre
W = (52.8x + 38.4x )dx
0.5 oposta ao sentido da velocidade. A energia dissipada
h 52.8 38.4 i1.0 durante o trajeto no ar todo é ∆E = −2f h. A ener-
= x2 + x3 = 31.0 J. gia cinética final é Kf = mv 2 /2, onde v é a veloci-
2 3 0.5
dade da pedra no instante que antecede sua colisão com
(b) A mola faz 31 J de trabalho e este deve ser o au- o solo. A energia potencial final é Uf = 0. Portanto
mento da energia cinética da partı́cula. Sua velocidade −2f h = mv 2 /2−mv 2 /2. Substituindo nesta expressão
0
é então a expressão encontrada acima para h temos
r r
2K 2(31.0) 2f v02 1 1
v= = = 5.35 m/s. − = mv 2 − mv02 .
m 2.17 2g(1 + f /w) 2 2
(c) A força é conservativa pois o trabalho que ela faz Deste resultado obtemos
quando a partı́cula vai de um ponto x1 para outro ponto 2f v02 2f v02
x2 depende apenas de x1 e x2 , não dos detalhes do v 2 = v02 − = v02 −
mg(1 + f /w) w(1 + f /w)
movimento entre x1 e x2 .
2f
= v02 1 −
P 8-79 (8-61/6a ) w+f
Uma pedra de peso w é jogada verticalmente para cima w − f
com velocidade inicial v0 . Se uma força constante f de- = v02 ,
vido à resistência do ar age sobre a pedra durante todo o w+f
percurso, (a) mostre que a altura máxima atingida pela de onde obtemos o resultado final procurado:
pedra é dada por w − f 1/2
v = v 0 .
v02 w+f
h= .
2g(1 + f /w) Perceba que para f = 0 ambos resultados reduzem-se
ao que já conheciamos, como não podeia deixar de ser.
(b) Mostre que a velocidade da pedra ao chegar ao solo
é dada por
w − f 1/2
v = v0 . 8.2.5 Massa e Energia
w+f
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LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37
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