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LISTA 3 - Prof.

Jason Gallas, DF–UFPB 10 de Junho de 2013, às 13:37

Exercı́cios Resolvidos de Fı́sica Básica


Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de fı́sica teórica,
Doutor em Fı́sica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha

Universidade Federal da Paraı́ba (João Pessoa, Brasil)


Departamento de Fı́sica

Numeração conforme a SEXTA edição do “Fundamentos de Fı́sica”, Halliday, Resnick e Walker.

Esta e outras listas encontram-se em: http://www.fisica.ufpb.br/∼jgallas

Contents
8 Conservação da Energia 2
8.1 Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
8.2 Problemas e Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
8.2.1 Determinação da Energia Potencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
8.2.2 Usando a Curva de Energia Potencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
8.2.3 Conservação da Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
8.2.4 Trabalho Executado por Forças de Atrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
8.2.5 Massa e Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

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8 Conservação da Energia e m representa a massa do pedacinho de gelo. Sabemos


que Ki = 0 pois o pedacinho de gelo parte do repouso.
Chamando de v a velocidade do pedacinho de gelo ao
atingir o fundo, temos então, da equação da conservação
da energia acima que mgr = mv 2 /2, o que nos fornece
8.1 Questões p p
v = 2gr = 2(9.8)(0.22) = 2.1 m/s.
Q 8-10
Cite alguns exemplos práticos de equilı́brio instável, E 8-8 (8-13/6a )
neutro e estável.
Um caminhão que perdeu os freios está descendo uma
I estrada em declive a 130 km/h. Felizmente a estrada
dispõe de uma rampa de escape, com uma inclinação de
15o (Fig. 8-24). Qual o menor comprimento da rampa
para que a velocidade do caminhão chegue a zero antes
do final da rampa? As rampas de escape são quase sem-
8.2 Problemas e Exercı́cios pre cobertas com uma grossa camada de areia ou cas-
8.2.1 Determinação da Energia Potencial calho. Por quê?
Nota: uso o valor 130 km/h da sexta edição do livro, em
vez dos 120 km/h da quarta, já que na quarta edição não
E 8-1 (8-??/6a edição) é fornecida nenhuma resposta.
Uma determinada mola armazena 25 J de energia po- I Despreze o trabalho feito por qualquer força de
tencial quando sofre uma compressão de 7.5 cm. Qual fricção. Neste caso a única força a realizar trabalho é
a constante da mola? a força da gravidade, uma força conservativa. Seja Ki a
energia cinética do caminhão no inı́cio da rampa de es-
I Como sabemos que a energia potencial elástica ar-
2 cape e Kf sua energia cinética no topo da rampa. Seja
mazenada numa mola é U (x) = kx /2, obtemos facil-
Ui e Uf os respectivos valores da energia potencial no
mente que
inı́cio e no topo da rampa. Então
2U (x) 2(25)
k= = = 8.9 × 103 N/m. Kf + Uf = Ki + Ui .
x2 (0.075)2
Se tomarmos a energia potencial como sendo zero no
inı́cio da rampa, então Uf = mgh, onde h é a al-
E 8-6 (8-3/6 )a tura final do caminhão em relação à sua posição inicial.
Temos que Ki = mv 2 /2, onde v é a velocidade inicial
Um pedacinho de gelo se desprende da borda de uma do caminhão, e Kf = 0 já que o caminhão para. Por-
taça hemisférica sem atrito com 22 cm de raio (Fig. 8- tanto mgh = mv 2 /2, donde tiramos que
22). Com que velocidade o gelo está se movendo ao
chegar ao fundo da taça? v2 (130 × 103 /3600)2
h= = = 66.53 m.
I A única força que faz trabalho sobre o pedacinho de 2g 2(9.8)
gelo é a força da gravidade, que é uma força conserva- Se chamarmos de L o comprimento da rampa, então ter-
tiva. emos que L sen 15o = h, donde tiramos finalmente que
Chamando de Ki a energia cinética do pedacinho de
gelo na borda da taça, de Kf a sua energia cinética no h 66.53
L= o
= = 257.06 m.
fundo da taça, de Ui sua energia potencial da borda e de sen 15 sen 15o
Uf sua energia potencial no fundo da taça, temos então Areia ou cascalho, que se comportam neste caso como
um “fluido”, tem mais atrito que uma pista sólida, aju-
Kf + Uf = Ki + Ui .
dando a diminuir mais a distância necessária para parar
Consideremos a energia potencial no fundo da taça o veı́culo.
como sendo zero. Neste caso a energia potencial no
topo vale Ui = mgr, onde r representa o raio da taça E 8-10 (8-??/6a )

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Um projétil com uma massa de 2.4 kg é disparado para I (a) Neste problema a energia potencial possui dois
cima do alto de uma colina de 125 m de altura, com termos: energia potencial elástica da mola e energia po-
uma velocidade de 150 m/s e numa direção que faz um tencial gravitacional.
ângulo de 41o com a horizontal. (a) Qual a energia Considere o zero da energia potencial gravitacional
cinética do projétil no momento em que é disparado? como sendo a posição da bola de gude quando a mola
(b) Qual a energia potencial do projétil no mesmo mo- está comprimida. Então, a energia potencial gravita-
mento? Suponha que a energia potencial é nula na base cional da bola de gude quando ela está no topo da órbita
da colina (y = 0). (c) Determine a velocidade do (i.e. no ponto mais alto) é Ug = mgh, onde h é a altura
projétil no momento em que atinge o solo. Supondo do ponto mais elevado. Tal altura é h = 20 + 0.08 =
que a resistência do ar possa ser ignorada, as respostas 20.08 m. Portanto
acima dependem da massa do projétil?
Ug = (5 × 10−3 )(9.8)(20.08) = 0.948 J.
I (a) Se m for a massa do projétil e v sua velocidade
após o lançamento, então sua energia cinética imediata- (b) Como a energia mecânica é conservada, a ener-
mente após o lançamento é gia da mola comprimida deve ser a mesma que a en-
ergia potencial gravitacional no topo do voo. Ou seja,
1 1 kx2 /2 = mgh = Ug , onde k é a constante da mola.
Ki = mv 2 = (2.40)(150)2 = 27.0 × 103 J.
2 2 Portanto,
(b) Se a energia potencial é tomada como zero quando 2Ug 2(0.948)
k= 2 = = 307.5 N/m.
o projétil atinge o solo e sua altura inicial acima do solo x (0.08)2
for chamada de h, então sua energia potencial inicial é Observe que

Ui = mgh = (2.4)(9.8)(125) = 2.94 × 103 J. 307.5 N/m ' 3.1 × 102 N/m = 3.1 N/cm,

(c) Imediatamente antes de atingir o solo a energia po- que é a resposta oferecida pelo livro-texto.
tencial é zero e a energia cinética pode ser escrita como
sendo Kf = mvf2 /2, onde vf é a velocidade do projétil. E 8-13 (8-5/6a )
A energia mecânica é conservada durante o voo do
Uma bola de massa m está presa à extremidade de uma
projétil de modo que Kf = mvf2 /2 = Ki + Ui donde
barra de comprimento L e massa desprezı́vel. A outra
tiramos facilmente que
extremidade da barra é articulada, de modo que a bola
r pode descrever um cı́rculo plano vertical. A barra é
2(Ki + Ui )
vf = mantida na posição horizontal, como na Fig. 8-26, até
m receber um impulso para baixo suficiente para chegar
r ao ponto mais alto do cı́rculo com velocidade zero. (a)
2[(27.0 + 2.94) × 103 ] Qual a variação da energia potencial da bola? (b) Qual
= = 159 m/s.
2.40 a velocidade inicial da bola?
I (a) Tome o zero da energia potencial como sendo o
Os valores de Ki , Kf , Ui e Uf dependem todos da ponto mais baixo atingido pela bola. Como a bola está
massa do projétil, porém a velocidade final vf não de- inicialmente a uma distância vertical L acima do ponto
pende da massa se a resistência do ar puder ser consid- mais baixo, a energia potencial inicial é U = mgL,
i
erada desprezı́vel. sendo a energia potencial final dada por U = mg(2L).
f
Observe que o tal ângulo de 41o não foi usado para A variação da energia potencial é, portanto,
nada! Talvez seja por isto que este exercı́cio já não mais
apareça nas edições subsequentes do livro... ∆U = Uf − Ui = 2mgL − mgL = mgL.
(b) A energia cinética final é zero. Chamemos de Ki =
E 8-12 (8-17/6a ) mv 2 /2 a energia cinética inicial, onde v é a velocidade
inicial procurada. A barra não faz trabalho algum e a
Uma bola de gude de 5 g é disparada verticalmente para
força da gravidade é conservativa, de modo que a ener-
cima por uma espingarda de mola. A mola deve ser
gia mecânica é conservada. Isto significa que ∆K =
comprimida de 8 cm para que a bola de gude apenas
−∆U ou, em outras palavras, que −mv 2 /2 = −mgL
alcance um alvo situado a 20 m de distância. (a) Qual
de modo que temos
a variação da energia potencial gravitacional da bola de p
gude durante a subida? (b) Qual a constante da mola? v = 2gL.

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P 8-17 (8-21/6a ) P 8-21 (8-??/6a )


Uma mola pode ser comprimida 2 cm por uma força de Uma bala de morteiro de 5 kg é disparada para cima com
270 N. Um bloco de 12 kg de massa é liberado a par- uma velocidade inicial de 100 m/s e um ângulo de 34o
tir do repouso do alto de um plano inclinado sem atrito em relação à horizontal. (a) Qual a energia cinética da
cuja inclinação é 30o . (Fig. 8-30). O bloco comprime bala no momento do disparo? (b) Qual é a variação na
a mola 5.5 cm antes de parar. (a) Qual a distância total energia potencial da bala até o momento em que atinge
percorrida pelo bloco até parar? (b) Qual a velocidade o ponto mais alto da trajetória? (c) Qual a altura atingida
do bloco no momento em que se choca com a mola? pela bala?
I A informação dada na primeira frase nos permite cal- I (a) Seja m a massa da bala e v0 sua velocidade inicial.
cular a constante da mola: A energia cinética inicial é então
F 270
k= = = 1.35 × 104 N/m. 1 1
x 0.02 Ki = mv 2 = (5)(100)2 = 2.5 × 104 J.
2 0 2
(a) Considere agora o bloco deslizando para baixo. Se
ele parte do repouso a uma altura h acima do ponto (b) Tome o zero da energia potencial gravitacional como
onde ele para momentaneamente, sua energia cinética sendo o ponto de tiro e chame de Uf a energia potencial
é zero e sua energia potencial gravitacional inicial é no topo da trajetória. Uf coincide então com a variação
mgh, onde m é a massa do bloco. Tomamos o zero da energia potencial deste o instante do tiro até o in-
da energia potencial gravitacional como sendo o ponto stante em que o topo da trajetória é alcançada. Neste
onde o bloco para. Tomamos também a energia po- ponto a velocidade da bala é horizontal e tem o mesmo
tencial inicial armazenada na mola como sendo zero. valor que tinha no inı́cio: vh = v0 cos θ0 , onde θ0 é o
Suponha que o bloco comprima a mola uma distância ângulo de tiro. A energia cinética no topo é
x antes de parar momentaneamente. Neste caso a en-
1 1
ergia cinética final é zero, a energia potencial gravita- Kf = mvh2 = mv02 cos2 θ0 .
cional final é zero, e a energia potencial final da mola 2 2
é kx2 /2. O plano inclinado não tem atrito e a força Como a energia mecânica é conservada
normal que ele exerce sobre o bloco não efetua trabalho
(pois é perpendicular à direção do movimento), de modo 1 1
mv02 = Uf + mv02 cos2 θ0 .
que a energia mecânica é conservada. Isto significa que 2 2
mgh = kx2 /2, donde tiramos que Portanto
2 4 2
kx (1.35 × 10 )(0.055) 1
h= = = 0.174 m. Uf = mv 2 (1 − cos2 θ0 )
2mg 2(12)(9.8) 2 0
Se o bloco viajasse uma distância ` pelo plano inclinado 1
= mv 2 sen2 θ0
abaixo, então ` sen 30o = h, de modo que 2 0
1
h 0.174 = (5)(100)2 sen2 34o
`= o
= = 0.35 m. 2
sen 30 sen 30o
= 7.8 × 103 J.
(b) Imediatamente antes de tocar a mola o bloco dista
0.055 m do ponto onde irá estar em repouso, e assim (c) A energia potencial no topo da trajetória é também
está a uma distância vertical de (0.055) sen 30o = dada por U = mgh, onde h é a altura (desnı́vel) do
f
0.0275 m acima da sua posição final. A energia po- topo em relação ao ponto de tiro. Resolvendo para h,
tencial é então mgh0 = (12)(9.8)(0.0275) = 3.23 J. encontramos:
Por outro lado, sua energia potencial inicial é mgh =
(12)(9.8)(0.174) = 20.5 J. A diferença entre este dois Uf 7.8 × 103
h= = = 160 m.
valores fornece sua energia cinética final: Kf = 20.5 − mg (5)(9.8)
3.23 = 17.2 J. Sua velocidade final é, portanto,
r r
2Kf 2(17.2)
v= = = 1.7 m/s. P 8-23 (8-23/6a )
m 12

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A corda da Fig. 8-31 tem L = 120 cm de comprimento e zero tanto no inı́cio quanto no fim. Como a energia é
a distância d até o pino fixo P é de 75 cm. Quando a bola conservada, temos
é liberada em repouso na posição indicada na figura, de- 1
screve a trajetória indicada pela linha tracejada. Qual é a 0 = −mg(H + x) + kx2 .
2
velocidade da bola (a) quando está passando pelo ponto
As soluções desta equação quadrática são
mais baixo da trajetória e (b) quando chega ao ponto p
mais alto da trajetória depois que a corda toca o pino? mg ± (mg)2 + 2mghk
x =
I Chame de A o ponto mais baixo que a bola atinge e k
de B o ponto mais alto da trajetória após a bola tocar no p
pino. Escolha um sistemas de coordenada com o eixo y 19.6 ± (19.6)2 + 2(19.6)(784)
=
originando-se no ponto A e apontando para cima. A en- 1960
ergia inicial da bola de massa m no campo gravitacional que fornece dois valores para x: 0.10 m ou −0.080 m.
da Terra antes de ser solta vale E = mgL. Conservação Como procuramos uma compressão, o valor desejado é
da energia fornece-nos então uma equação para a ve- 0.10 m.
locidade v da bola em qualquer lugar especificado pela
coordenada y: P 8-27 (8-27/6a )
1 Duas crianças estão competindo para ver quem con-
E = mgL = mv 2 + mgy. segue acertar numa pequena caixa com uma bola de gule
2
disparada por uma espigarda de mola colocada sobre
(a) Com yA = 0 em mgL = 12 mvA
2
+ mgyA , obtemos uma mesa. A distância horizontal entre a borda da mesa
facilmente que e a caixa é de 2.2 m (Fig. 8-34). João comprime a mola
p p 1.1 cm e a bola cai 27 cm antes do alvo. De quando deve
vA = 2gL = (2)(9.8)(1.2) = 4.8 m/s. Maria comprimir a mola para acertar na caixa?
I A distância que a bola de gude viaja é determinada
(b) Importante aqui é perceber que o tal ponto mais
pela sua velocidade inicial, que é determinada pela com-
alto da trajetória depois que a corda toca o pino não
pressão da mola.
é o ponto L − d (como a figura parece querer indicar)
Seja h a altura da mesa e x a distância horizontal até o
mas sim o ponto yB = 2(L − d), pois a bola tem
ponto onde a bola de gude aterrisa. Então x = v0 t e
energia suficiente para chegar até ele! É neste detal-
h = gt2 /2, onde v0 é a velocidade inicial da bola de
hezito que mora o perigo... :-) Substituindo yB em
gude e t é o tempo que ela permanece no ar. A segunda
mgL = 12 mvB 2
+ mgyB , obtemos então facilmente que
equação fornece
p p p p
vB = 2g(2d − L) = 2(9.8)[2(0.75) − 1.2] t = 2h/g de modo que x = x0 2h/g.
A distância até o ponto de aterrisagem é diretamente
= 2.4 m/s.
proporcional à velocidade inicial pois x = v0 t. Seja v01
Qual a razão deste último valor ser a metade do ante- a velocidade inicial do primeiro tiro e x1 a distância hor-
rior?... izontal até seu ponto de aterrisagem; seja v02 a veloci-
dade inicial do segundo tiro e x2 a distância horizontal
até seu ponto de aterrisagem. Então
P 8-25 (8-25/6a ) x2
v02 = v01 .
Deixa-se cair um bloco de 2 kg de uma altura de 40 cm x1
sobre uma mola cuja constante é k = 1960 N/m (Fig. 8- Quando a mola é comprimida a energia potencial é
32). Determine a compressão máxima da mola. k`2 /a, onde ` é a compressão. Quando a bola de gude
perde contato da mola a energia potencial é zero e sua
I Seja m a massa do bloco, h a altura da queda e x a
energia cinética é mv02 /2. Como a energia mecânica é
compressão da mola. Tome o zero da energia potencial
conservada, temos
como sendo a posição inicial do bloco. O bloco cai uma
distância h+x e sua energia potencial gravitacional final 1 1
mv 2 = k`2 ,
é −mg(h+x). Valores positivos de x indicam ter havido 2 0 2
compressão da mola. A energia potencial da mola é ini- de modo que a velocidade inicial da bola de gude é dire-
cialmente zero e kx2 /2 no final. A energia cinética é tamente proporcional à compressão original da mola. Se

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`1 for a compressão do primeiro tiro e `2 a do segundo, I Antes de mais nada, este problema é uma continuação
então v02 = (`2 /`1 )v01 . Combinando isto com o resul- do problema 8-23. Releia-o antes de continuar.
tado anterior encontramos `2 = (x2 /x1 )`1 . Tomando Use conservação da energia. A energia mecânica deve
agora x1 = 2.20 − 0.27 = 1.93 m, `1 = 1.10 cm, e ser a mesma no topo da oscilação quanto o era no inı́cio
x2 = 2.2 m, encontramos a compressão `2 desejada: do movimento. A segunda lei de Newton fornece a ve-
 2.20 m  locidade (energia cinética) no topo. No topo a tensão
`2 = (1.10 cm) = 1.25 cm. T na corda e a força da gravidade apontam ambas para
1.93 m baixo, em direção ao centro do cı́rculo. Note que o raio
do cı́rculo é r = L − d, de modo que temos

P 8-31 (8-26/6a ) v2
T + mg = m ,
L−d
Tarzan, que pesa 688 N, decide usar um cipó de 18 m de
comprimento para atravessar um abismo (Fig. 8-36). Do onde v é a velocidade e m é a massa da bola. Quando
ponto de partida até o ponto mais baixo da trajetória, de-
a bola passa pelo ponto mais alto (com a menor ve-
sce 3.2 m. O cipó é capaz de resitir a uma força máxima
locidade possı́vel) a tensão é zero.
p Portanto, mg =
de 950 N. Tarzan consegue chegar ao outro lado? mv 2 /(L − d) e temos que v = g(L − d).
Tome o zero da energia potencial gravitacional como
I Chamando de m a massa do Tarzan e de v a sua ve-
sendo no ponto mais baixo da oscilação. Então a en-
locidade no ponto mais baixo temos que
ergia potencial inicial é mgL. A energia cinética inicial
1 é 0 pois a bola parte do repouso. A energia potencial
mv 2 = mgh, final, no topo da oscilação, é mg2(L − d) e a energia
2
cinética final é mv 2 /2 = mg(L − d)/2. O princı́pio da
onde h é a altura que Tarzan desce. Desta expressão conservação da energia fornece-nos
tiramos que
1
v 2 = 2gh = 2(3.2)g = 6.4g. mgL = mg2(L − d) + mg(L − d).
2
Por outro lado, no ponto mais baixo temos, da segunda Desta expressão obtemos sem problemas que
lei de Newton, que a força centrı́peta está relacionada
3
com a tensão no cipó através da equação d= L.
5
v2 Se d for maior do que 3L/5, de modo que o ponto mais
m = T − mg,
R alto da trajetória fica mais abaixo, então a velocidade da
onde R é o raio da trajetória. Portanto, temos que bola é maior ao alcançar tal ponto e pode ultrapassa-lo.
Se d for menor a bola não pode dar a volta. Portanto o
v2 6.4mg valor 3L/5 é um limite mais baixo.
T = mg + m = mg +
R R
 6.4 
= 688 1 + P 8-35∗ (8-33∗ /6a )
18
Uma corrente é mantida sobre uma mesa sem atrito com
= 932.6 N. um quarto de seu comprimento pendurado para fora da
mesa, como na Fig. 8-37. Se a corrente tem um com-
Como T < 950 N, vemos que Tarzan consegue atrav-
primento L e uma massa m, qual o trabalho necessário
essar, porém estirando o cipó muito perto do limite
para puxá-la totalmente para cima da mesa?
máximo que ele agüenta!
I O trabalho necessário é igual à variação da energia
a potencial gravitacional a medida que a corrente é pux-
P 8-32 (8-29/6 )
ada para cima da mesa. Considere a energia poten-
Na Fig. 8-31 mostre que se a bola fizer uma volta com- cial como sendo zero quando toda a corrente estiver
pleta em torno do pino, então d > 3L/5. (Sugestão: sobre a mesa. Divida a parte pendurada da corrente
A bola ainda deve estar se movendo quando chegar ao num número grande de segmentos infinitesimais, cada
ponto mais alto da trajetória. Você saberia explicar por um com comprimento dy. A massa de um tal seg-
quê?) mento é (M/L)dy e a energia potencial do segmento

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a uma distância y abaixo do topo da mesa é dU = A altura do menino acima do plano horizontal quando
−(m/L)gy dy. A energia potencial total é se desprende é
2
Z L/4 2
R cos θ = R.
m 1m L  
3
U =− g ydy = − g
L 0 2 L 4
1 8.2.2 Usando a Curva de Energia Potencial
= − mgL.
32
O trabalho necessário para puxar a corrente para cima
da mesa é, portanto, −U = mgL/32. P 8-39 (8-37/6a )
A energia potencial de uma molécula diatômica (H2 ou
∗ ∗ a O2 , por exemplo) é dada por
P 8-37 (8-35 /6 )
A B
Um menino está sentado no alto de um monte hem- U= − 6
r12 r
isférico de gelo (iglu!) (Fig. 8-39). Ele recebe um pe-
quenı́ssimo empurrão e começa a escorregar para baixo. onde r é a distância entre os átomos que formam a
Mostre que, se o atrito com o gelo puder ser desprezado, molécula e A e B são constantes positivas. Esta energia
ele perde o contato com o gelo num ponto cuja altura é potencial se deve à força que mantém os átomos unidos.
2R/3. (Sugestão: A força normal desaparece no mo- (a) Calcule a distância de equilı́brio, isto é, a distância
mento em que o menino perde o contato como o gelo.) entre os átomos para a qual a força a que estão submeti-
dos é zero. Verifique se a força é repulsiva (os átomos
I Chame de N a força normal exercida pelo gelo no tendem a se separar) ou atrativa (os átomos tendem a se
menino e desenhe o diagrama de forças que atuam no aproximar) se a distância entre eles é (b) menor e (c)
menino. Chamando de θ o ângulo entre a vertical e maior do que a distância de equilı́brio.
o raio que passa pela posição do menino temos que a
força que aponta radialmente para dentro é mg cos θ−N I (a) A força é radial (ao longo a line que une os
que, de acordo com a segunda lei de Newton, deve ser átomos) e é dada pela derivada de U em relação a r:
igual a força centrı́peta mv 2 /R, onde v é a velocidade dU 12A 6B
F =− = 13 − 7 .
do menino. No ponto em que o menino se desprende do dr r r
gelo temos N = 0, de modo que A separação r0 de equilı́brio é a separação para a qual
v 2 temos F (r0 ) = 0, ou seja, para a qual
g cos θ = .
R 12A − 6Br06 = 0.
Precisamos agora determinar a velocidade v. Tomando Portanto a separação de equilı́brio é dada por
a energia potencial como zero quando o menino está no  2A 1/6  A 1/6
topo do iglu, teremos para U (θ) a expressão r0 = = 1.12 .
B B
U (θ) = −mgR(1 − cos θ). (b) A derivada da força em relação a r, computada na
separação de equilı́brio vale
O menino inicia seu movimeno do repouso e sua en-
ergia cinética na hora que se desprende vale mv 2 /2. dF 12 · 13A 42B
= − + 8
Portanto, a conservação da energia nos fornece 0 = dr r014 r0
mv 2 /2 − mgR(1 − cos θ), ou seja, (156A − 42Bro6 )
= −
r014
v 2 = 2gR(1 − cos θ).
72A
= − 14 ,
Substituindo este resultado na expressão acima, obtida r0
da força centrı́peta, temos onde usamos o fato que, do item anterior, sabemos que
r06 = 2A/B. A derivada é negativa, de modo que a
g cos θ = 2g(1 − cos θ),
força é positiva se r for um pouco menor que r0 , indi-
ou, em outras palavras, que cando uma força de repulsão.
(c) Se r for um pouco maior que r0 a força é negativa,
2 indicando que a força é de atração.
cos θ = .
3

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8.2.3 Conservação da Energia I


(55)(9.8)
8.2.4 Trabalho Executado por Forças de Atrito P = = 693 W.
3.5

E 8-45 (8-48/6a ) E 8-55 (8-??/6a )

Aproximadamente 5.5 × 106 kg de água caem por se- Um nadador se desloca na água com uma velocidade
gundo nas cataratas de Niágara a partir de uma altura média de 0.22 m/s. A força média de arrasto que se opõe
de 50 m. (a) Qual a energia potencial perdida por se- a esse movimento é de 110 N. Qual a potência média de-
gundo pela água que cai? (b) Qual seria a potência ger- senvolvida pelo nadador?
ada por uma usina hidrelétrica se toda a energia poten-
I Para nada com velocidade constante o nadador tem
cial da água fosse convertida em energia elétrica? (c)
que nadar contra a água com uma força de 110 N. Em
Se a companhia de energia elétrica vendesse essa en- relação a ele, a água passa a 0.22 m/s no sentido dos
ergia pelo preço industrial de 1 centavo de dólar porseus pés, no mesmo sentido que sua força. Sua potência
quilowatt-hora, qual seria a sua receita anual? é
I (a) O decréscimo na energia potencial gravitacional P = F · v = F V = (110)(0.22) = 24 W.
por segundo é

(5.5 × 106 )(9.8)(50) = 2.7 × 109 J. E 8-64 (8-43/6a )


Um urso de 25 kg escorrega para baixo num troco de
(b) A potência seria
árvore a partir do repouso. O tronco tem 12 m de al-
P = (2.7 × 109 J)(1 s) = 2.7 × 109 W. tura e a velocidade do urso ao chegar ao chão é de 5.6
m/s. (a) Qual a variação da energia potencial do urso?
(c) Como a energia total gerada em um ano é (b) Qual a energia cinética do urso no momento em que
chega ao chão? (c) Qual a força média de atrito que agiu
E = P t = (2.7 × 106 kW)(1 ano)(8760 h/ano) sobre o urso durante a descida?
= 2.4 × 1010 kW·h,
I (a) Considere a energia potencial gravitacional inicial
o custo anual seria como sendo Ui = 0. Então a energia potencial gravita-
cional final é Uf = −mgL, onde L é o comprimento da
(2.4 × 1010 )(0.01) = 2.4 × 108 dólares, árvore. A variação é, portanto,
ou seja, 240 milhões de dólares. Uf − Ui = −mgL = −(25)(9.8)(12)

E 8-50 (8-??/6a ) = −2.94 × 103 J.

Um menino de 51 kg sobe, com velocidade constante, (b) A energia cinética é


por uma corda de 6 m em 10 s. (a) Qual o aumento da 1 1
energia potencial gravitacional do menino? (b) Qual a K = mv 2 = (25)(5.6)2 = 392 J.
2 2
potência desenvolvida pelo menino durante a subida?
I (a) (c) De acordo com a Eq. 8-26, a variação da energia
mecânica é igual a −f L, onde f é a força de atrito
∆U = mgh = (51)(9.8)(6) = 3.0 × 103 J. média. Portanto

(b) ∆K + ∆U 392 − 2940


f =− =− = 210 N.
∆U 3000 L 12
P = = = 300 W.
t 10

P 8-66 (8-51/6a )
a
E 8-51 (8-??/6 )
Um bloco de 3.5 kg é empurrado a partir do repouso
Uma mulher de 55 kg sobe correndo um lance de es- por uma mola comprimida cuja constante de mola é
cada de 4.5 m de altura em 3.5 s. Qual a potência de- 640 N/m (Fig. 8-45). Depois que a mola se encontra
senvolvida pela mulher? totalmente relaxada, o bloco viaja por uma superfı́cie

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horizontal com um coeficiente de atrito dinâmico de cinética Ki = 0. Escrevamos a energia cinética final
0.25, percorrendo uma distância de 7.8 m antes de parar. como Kf = mv 2 /2, onde v é a velocidade do esquiador
(a) Qual a energia mecânica dissipada pela força de no topo do pico menor. A força normal da superfı́cie dos
atrito? (b) Qual a energia cinética máxima possuı́da montes sobre o esquiador não faz trabalho (pois é per-
pelo bloco? (c) De quanto foi comprimida a mola antes pendicular ao movimento) e o atrito é desprezı́vel, de
que o bloco fosse liberado? modo que a energia mecânica é conservada: Ui + Ki =
Uf + Kf , ou seja, mghi = mghf + mv 2 /2, donde
I (a) A magnitude da força de fricção é f = µk N , onde
tiramos
µk é o coeficiente de atrito dinâmico e N é a força nor-
mal da superfı́cie sobre o bloco. As únicas forças verti- v = 2g(hi − hf ) = 2(9.8)(850 − 750) = 44 m .
q p
cais atuantes no bloco são a força normal, para cima, e s
a força da gravidade, para baixo. Como a componente (b) Como sabemos do estudo de objetos que deslizam
vertical da aceleração do bloco é zero, a segunda lei de em planos inclinados, a força normal da superfı́cie in-
Newton nos diz que N = mg, onde m é a massa do clinada dos montes no esquiador é dada por N =
bloco. Portanto f = µk mg. A energia mecânica dis- mg cos θ, onde θ é o ângulo da superfı́cie inclinada em
sipada é dada por ∆E = f ` = µk mg`, onde ` é a relação à horizontal, 30o para cada uma das superfı́cies
distância que o bloco anda antes de parar. Seu valor é em questão. A magnitude da força de atrito é dada
por f = µk N = µk mg cos θ. A energia mecânica
∆E = (0.25)(3.5)(9.8)(7.8) = 66.88 J. dissipada pela força de atrito é f ` = µk mg` cos θ,
onde ` é o comprimento total do trajeto. Como o es-
(b) O bloco tem sua energia cinética máxima quando
quiador atinge o topo do monte mais baixo sem energia
perde contato com a mola e entra na parte da superfı́cie
cinética, a energia mecânica dissipada pelo atrito é igual
onde a fricção atua. A energia cinética máxima é igual à
à diferença de energia potencial entre os pontos inicial e
energia mecânica dissipada pela fricção, ou seja, 66.88
final da trajetória. Ou seja,
J.
(c) A energia que aparece como energia cinética es- µk mg` cos θ = mg(hi − hf ),
tava ariginalmente armazenada como energia potencial
elástica, da mola comprimida. Portanto ∆E = kx2 /2, donde tiramos µk :
onde k é a constante da mola e x é a compressão. Logo, hi − hf
µk =
r r ` cos θ
2∆E 2(66.88)
x= = = 0.457 m ' 46 cm. 850 − 750
k 640 = = 0.036.
(3.2 × 103 ) cos 30o

P 8-69 (8-55/6a ) P 8-74 (8-??/6a )


Dois montes nevados têm altitudes de 850 m e 750 m Uma determinada mola não obedece à lei de Hooke. A
em relação ao vale que os separa (Fig. 8-47). Uma força (em newtons) que ela exerce quando distendida
de uma distância x (em metros) é de 52.8x + 38.4x2 ,
pista de esqui vai do alto do monte maior até o alto do
monte menor, passando pelo vale. O comprimento to- no sentido oposto ao da distensão. (a) Calcule o tra-
tal da pista é 3.2 km e a inclinação média é 30o . (a)
balho necessário para distender a mola de x = 0.5 m
Um esquiador parte do repouso no alto do monte maior. até x = 1.0 m. (b) Com uma das extremidades da mola
Com que velovidade chegará ao alto do monte menor mantida fixa, uma partı́cula de 2.17 kg é presa à outra
sem se impulsionar com os bastões? Ignore o atrito. (b)
extremidade e a mola é distendida de uma distância
Qual deve ser aproximadamente o coeficiente de atrito x = 1.0. Em seguida, a partı́cula é liberada sem ve-
dinâmico entre a neve e os esquis para que o esquiadorlocidade inicial. Calcule sua velocidade no instante em
pare exatamente no alto do pico menor? que a distensão da mola diminuiu para x = 0.5 m.
I (a) Tome o zero da energia potencial gravitacional (c) A força exercida pela mola é conservativa ou não-
como estando no vale entre os dois picos. Então a en- conservativa? Explique sua resposta.
ergia potencial é Ui = mghi , onde m é a massa do I (a) Para distender a mola aplica-se uma força, igual
esquiador e hi é a altura do pico mais alto. A ener- em magnitude à força da mola porém no sentido oposto.
gia potencial final é Uf = mghf , onde hf é a altura Como a uma distensão no sentido positivo de x exerce
do pico menor. Inicialmente o esquiador tem energia uma força no sentido negativo de x, a força aplicada tem

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que ser F = 52.8x + 38.4x2 , no sentido positivo de x. onde substituimos m por w/g e dividimos numerador e
O trabalho que ela realiza é denominador por w.
Z 1.0 (b) Note que a força do ar é para baixo quando a pe-
2 dra sobe e para cima quando ela desce. Ela é sempre
W = (52.8x + 38.4x )dx
0.5 oposta ao sentido da velocidade. A energia dissipada
h 52.8 38.4 i1.0 durante o trajeto no ar todo é ∆E = −2f h. A ener-
= x2 + x3 = 31.0 J. gia cinética final é Kf = mv 2 /2, onde v é a veloci-
2 3 0.5
dade da pedra no instante que antecede sua colisão com
(b) A mola faz 31 J de trabalho e este deve ser o au- o solo. A energia potencial final é Uf = 0. Portanto
mento da energia cinética da partı́cula. Sua velocidade −2f h = mv 2 /2−mv 2 /2. Substituindo nesta expressão
0
é então a expressão encontrada acima para h temos
r r
2K 2(31.0) 2f v02 1 1
v= = = 5.35 m/s. − = mv 2 − mv02 .
m 2.17 2g(1 + f /w) 2 2
(c) A força é conservativa pois o trabalho que ela faz Deste resultado obtemos
quando a partı́cula vai de um ponto x1 para outro ponto 2f v02 2f v02
x2 depende apenas de x1 e x2 , não dos detalhes do v 2 = v02 − = v02 −
mg(1 + f /w) w(1 + f /w)
movimento entre x1 e x2 .
 2f 
= v02 1 −
P 8-79 (8-61/6a ) w+f
Uma pedra de peso w é jogada verticalmente para cima w − f 
com velocidade inicial v0 . Se uma força constante f de- = v02 ,
vido à resistência do ar age sobre a pedra durante todo o w+f
percurso, (a) mostre que a altura máxima atingida pela de onde obtemos o resultado final procurado:
pedra é dada por  w − f 1/2
v = v 0 .
v02 w+f
h= .
2g(1 + f /w) Perceba que para f = 0 ambos resultados reduzem-se
ao que já conheciamos, como não podeia deixar de ser.
(b) Mostre que a velocidade da pedra ao chegar ao solo
é dada por
 w − f 1/2
v = v0 . 8.2.5 Massa e Energia
w+f

I (a) Seja h a altura máxima alcançada. A energia E 8-92 (8-??/6a )


mecânica dissipada no ar quando a pedra sobe até a al-
(a) Qual a energia em Joules equivalente a uma massa
tura h é, de acordo com a Eq. 8-26, ∆E = −f h. Sabe-
de 102 g? (b) Durante quantos anos esta energia aten-
mos que
deria às necessidades de uma famı́lia que consome em
∆E = (K + U ) − (K + U ), média 1 kW?
f f i i
I (a) Usamos a fórmula E = mc2 :
onde Ki e Kf são as energias cinéticas inicial e fi-
nal, e Ui e Uf são as energias poetenciais inicial e E = (0.102)(2.998 × 108 )2 = 9.17 × 1015 J.
final. Escolha a energia como sendo zero no ponto
(b) Usamos agora E = P t, onde P é a taxa de consumo
de lançamento da pedra. A energia cinética inicial é
de energia e t é o tempo. Portanto,
Ki = mv02 /2, a energia potencial inicial é Ui = 0, a
energia cinética final é Kf = 0 e a energia potencial fi- E 9.17 × 1015
2 t= =
nal é Uf = wh. Portanto −f h = wh − mvo /2, donde P 1 × 103
tiramos
= 9.17 × 1012 segundos
mv02 wv02 v02
h= = = , = 2.91 × 105 anos!
2(w + f ) 2g(w + f ) 2g(1 + f /w)

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Primeiro precisamos converter kW·h para Joules:


P 8-96 (8-??/6a ) 2.31 × 1012 kW·h = 2.31 × 1012 (103 W)(3600 s)
Os Estados Unidos produziram cerca de 2.31 × 10 12 = 8.32 × 1018 J.
kW·h de energia elétrica em 1983. Qual a massa equiv-
alente a esta energia? Portanto
I Para determinar tal massa, usamos a relação E = E 8.32 × 1018
mc2 , onde c = 2.998 × 108 m/s é a velocidade da luz. m= = = 92.5 kg.
c2 (2.998 × 108 )2

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