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ESTUDO DIRIGIDO
Bragança
2021
Serviço Público Federal
Universidade Federal do Pará
Campus Universitário de Bragança
FACULDADE DE HISTÓRIA
ESTUDO DIRIGIDO
Bragança
2021
QUAL A FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO SOCIAL EM MARX E NO MARXISMO E
COMO PODEMOS, A PARTIR DESTAS FUNÇÕES, REPENSAR A EDUCAÇÃO NO
BRASIL CONTEMPORÂNEO? COMO PENSAR A EDUCAÇÃO ESCOLAR COMO
UMA NÃO AGENTE DE TRASFORMAÇÃO CAPITALISTA? COMO
IDENTIFICAR NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR AS CONTRADIÇÕES DO SISTEMA
CAPITALISTA CONTEMPORÂNEO?
Para intervir nesse cenário, os filósofos marxistas apoiavam geralmente a união entre
teoria intelectual e prática em trabalho como premissas para um educação democrática. O
sociólogo Marx ( 1983 apud LOMBARD, 2010, 29), dizia, “a educação deveria cobrir a
formação intelectual, corporal e politécnica”. Nessa perspectiva, para o autor, o ensino não
tornaria o sujeito refém das ideologias ditadas pelos capitalista e com frequência de exercícios
físicos junto das habilidades politécticas, o homem superaria o nível dos burgueses. Destarte,
para o marxismo a superação das ideias capitalistas desumanas, isto é, sem uma revolução,
seria necessário modificar a base de ensino do discentes.
Portanto, ao longo do texto, foram exclarecidos problemas enfrendados pela educação
brasileira junto de perspectivas de autorores consagrados no assunto, durante séculos. Nesse
sentido, a trasformação do capitalismo atual em outro, mais igualitário e humano, é
acompanhado de mudanças pedagógicas internas, isto é, destacando dentro desse campo as
desigualdades existentes e as desumanizações, e fora, por meio de políticos e autoridade
competentes, que precisam ser mais crítico sobre seus papéis no Estado. No entanto, para
reversão de tal quadro é crucial a persistência no trabalho de elucidar os óbices dentro da
realidade escolar, para assim, construir discentes mais interessados em uma sociedade cidadã.
REFERÊNCIAS:
MARTINS, Marcos Francismo. Gramsci, educação e escola unitária. In: EDUC. Pesqui, São
Paulo, v. 47, pp. 1-18, 2001.
A partir do fim do século XX, no Brasil, foram traçados planos para tornar o ensino
público mais popular em comparação com a realidade rural e analfabeta que constituia
maioria naquela época. No entanto, sabe-se que, tais diretrizes do documento, não levava em
consideraçâo as formas de ensinar da população que no territórrio viviam, como a forma e o
conteúdo de se levar os ensinos africanos. Em muitos países desse continente, predomina a
filosofia Ubuntu que tem com principais princícios a solidariedade, a confiança, o respeito, a
generosidade, entre outros, isto é, a maioria são aversos aos pregados pelo modelo pedagógico
vigente no Brasil, isto é, essencialmente relacionado para atuar no mercado coorporativo, e
menos para ser um cidadão crítico na sociedade e no seu trabalho. Dessa forma, cabe analisar
como a filosofia africana poderia se apreendida pelo campo escolar canarinho.
Primeiramente, sabe-se que a palavra Ubuntu para o português, seria “ Eu sou, porque nós
somos ”, etimologicamente, ubu ( coisas) e -nto ( força vital). Dessa maneira, tal
conhecimento, que é aplicado em grande parte no continente africano, pertencentes aos povos
bantu, está diretamente relacionado a como o sujeito convive com o Outro, material ou
imaterial. Por exemplo, ubuntu está na relação dos africanos com a água, montanha, terra, ar e
etc. Assim, diz-se ser prática que desreita o ser humano quando alguém não sabe ou ignora
outras pessoas e a natureza, uma vez que, para tal razão, homem e meio ambiente estão no
mesmo nível.
Por outro lado, no atual contexto escolar, percebe-se que a educação como um todo, isto é,
visando ao conhecimento para vida e para o trabalho é mais comum dentro dos anos iniciais
de ensino, da pré-escola até o ensino médio menor, já que os alunos não se preocupam tanto
com vestibulares. Nota-se, no entato, uma clara distinção entre as escolas públicas e privadas,
embora ambas possuam defeitos e qualidades.
O ensino particular, em geral, é mais eficiente nos últimos anos de ensino médio em que
as escolas se preparam para que o aluno consiga uma vaga na universidade, sendo incluso,
maior conforto e semelhança entre os alunos. Nas instituições de ensino livre, percebe-se
menor empenho dos professores e padagogos neste sentido, apesar de haver exceções, sem
contar no desalinhameto do perfil de discentes.
Nesse sentido, a maior parte do tempo dos alunos nas escolas é dedicado para se comprir
metas de passar em exames, isto é, as escolas se tornaram treinadoras de alunos para o
mercado de trabalho. Com isso,os princípios como aqueles pregados pelo Ubuntu, para
construção de um ser social e uma sociedade mais hamônica, andam em sentidos opostos aos
percorridos pelos estudantes do Brasil.
Sobre o tema da prática docente, o pedagogo brasileiro, Paulo Freire( 2000) tem muito a
ensinar, segunto o educador, o professor precisa saber lidar com as dificuldades enfrentadas
pelos os alunos, principalmente, com aqueles em situação marginalizada, buscando oferecer
ao aluno formas de analisar a realidade que seja possível aprender e lhe oferecer esperanças.
Nesse contexto, é notório a importância do professor para mostrar ao aluno o papel da
educação para mudança de realidade, em um contexto em que o organização oferece pouco
aos menos favorecidos.
Nessa razão, com a educação centralizada em fundamentos profissionais, surgem
obstáculos para que o aluno amplie sua atuação para fora da escola, quer dizer, dentro da sua
vizinhança. Isso porque, o processo para obter sucesso nas provas de faculdades é o seu
próprio treinamento e de conhecimentos específicos, consequência do treinamento frenético
de suas habilidades, conhecimentos e competência. Logo, pode-se pensar em como esse
modelo de ensino aprovado pelas intituições governamentais e potencializado pelo sistema
capitalista coloca o bem da sociedade e do indivíduo à margem dos interesses monetários .
Além disso, são causadoras de maiores exclusões sociais, porque, dentre muitas, fomenta
quem tem mais capital a conseguir melhores posições no mundo corporativo.
Ademais, é possível notar a partir da análise feita por aquela filósofo africano, a ênfase
que ocorre sobre as relações interpessoais que, nas escolas, sobrevivem em meio a competição
e ao individualismo, os quais são, em grande parte, nutridos pelo próprio sistema capitalista
(VASCONCELOS, 2017). Essa relação de concorrência nas turmas, pode contribuir para uma
visão vertical, entre alunos mais dedicados e aqueles menos esforçados, também, entre
professores e alunos. Sem contar que, tal ordem, contribui para reforçar a existência do
passado cruel, em relação aos povos e culturais menos hegemônicas. Ou seja, sem uma
educação que reforça os valores mais raros da sociedade e dos Direitos Humanos, como é
aplicados pelo continente que foi berço do mundo, será inevitável a sujeição das pessoas por
todos os tipos de forças.
Pode-se dizer, também, que a apreensão da natureza no ocidente difere daquela
presente no continente africano. Para aquele, a natureza é a principal matéria-prima para as
indústrias, bens de consumo e há um sacrifício pela sua preservação, enquanto que, aos povos
bantu, o meio ambiente está diretamente ligada a sobrevivência humana. Muitos desses
conhecimentos sobre a importãncia ambiental é mantida devido a realidade marcada pelos
desastres ambientais ocorridos neste local, ao longo da história, sobretudo no século XVI e
XX. Logo, apesar de latinos e africanos estarem no mesmo grupo de continentes colonizados
pelos europeus, os afros estão sabendo lidar com a situação melhor do que no “coração da
américa latina”..
Conforme Francisco Vasconcelos, no artigo Filosofia Ubuntu, 2017, “ A racionalidade
europeia, ao contrário ( da ubuntu), é egocêntrica, optou por sobrepor o “ Eu” pelo “Nós”.
Essa escolha, ao longo da história ocidental, materializou-se na forma de dominação”. De
forma análoga, é possiível dizer que, na américa látina ainda se vive um pensamento marcado
pelo colonialismo, em que predominava o “capitalismo selvagem” e a depredação dos
pensamentos dos nativos, o que impede, em muitos casos, que as pessoas tenham um
pensamento menos eurocêntrico. Destarde, a África que foi um continente que sofreu por
séculos a dominação de países europeus pode ser um norte para o Brasil seguir, uma vez que,
igualmente, foi dominado por um país com cultura e interesses diferentes dos que lá residiam.
Portanto, ao longo do texto foi apresentado pontos referentes a realidade que podem
ser relacionados com os saberes que guardam o continente precursor da humanidade. Nessa
perspectiva, o sistema econômico capitalista e os normas públicas foram determinantes pelo
percurso que a educação ocupa nos últimos anos. Entretanto, tais raízes educacionais podem
ser enfrraquecida na prática docente, quando, por exemplo, o aluno consegue obter uma visão
holística de sua redondeza, podendo ser consequência de uma educação que problematize o
presente em que os estudantes estejam, e, ao invés de reforçar fundamentos que crie
educandos mecânicos, incentive tarefas coletivas, como, pesquisas, palestras e debates que
busquem compreender o próprio não apenas o lugar onde estão e as dinâmicas globais, mas,
também a si mesmos. Dessa forma, será possível construir uma base para uma sociedade
autônoma e que aprendam para a vida, e não apenas, para as empresas em que estão próximos.
REFERÊNCIAS:
VASCONCELOS, Francisco Antônio de. Filosofia Ubuntu. In.: LOGEION: Filosofia da
Informação. Rio de Janeiro. v. 3, n. 2, mar/ago 2017. Pp. 100-112.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 15. Ed.
São Paulo: Paz e Terra, 2000.