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Nome: Paloma Ingrid da Silva Tavares

RA: 3794920

Psicologia 4º semestre

Resenha crítica com fundamentação teórica.

Ciclos de Live realizado pelo CRP-17 / RN

A live ocorreu dia 30 de abril, pela plataforma do Instagram, às 18h. A mediação se deu através
do Psicólogo e Conselheiro Robério Nunes Maia, que é mestrando em Educação pela UFRN
(CRP 17/3031). Contou com a participação da Psicóloga Vânia Aparecida Calado, Doutora em
Psicologia pela UFRN, Professora em Psicologia na UNP (CRP 17/2407).

A live começou abordando o assunto sobrea importância dos profissionais das escolas se
apropriarem das Políticas Educacionais, compreendendo que a formação de professores não
se limita apenas as teorias de ensino e aprendizagem, mas a grande necessidade de que esses
profissionais entendam de questões institucionais e psicossociais que atravessam a área
pedagógica.
A atenção precisa estar voltada nesse momento também para o cuidado no desenvolvimento
das metodologias de ensino aplicadas, e isso envolve todo o corpo docente das escolas,
professores, diretores, e demais colaboradores.
O psicólogo precisa entender e saber quais são as características dessa comunidade escolar,
como é o funcionamento dessa gestão e equipes.
Nesse momento de pandemia as escolas estão redirecionando o seu espaço, que antes era
apenas da forma rígida antiga e formal da sala de aula e agora é de forma remota e online, um
novo formato. E buscar da melhor forma possível compreender como esse novo formato está
impactando todos envolvidos.
Não é suficiente apenas entregar todo conteúdo que exigem, precisam olhar para a sobrecarga
que está sobre muitas famílias e professores. Sejam por horas trabalhas, ou horas disponíveis
para executar tantas tarefas e nessa mudança onde todos estão de quarentena o que fica mais
difícil organizar o tempo e a distribuição das obrigações porque muitas famílias tem várias
crianças em séries diferentes com conteúdos e cobranças diferentes, e muitos professores
também são pais e precisam cuidar dos conteúdos das escolas de seus filhos. E olhar com
cuidado e atenção integral para essa situação.
A escola precisa estar atenta no impacto que esse novo planejamento está atingindo a vida de
todos. É necessário olhar além da obrigação de dar conta de todo conteúdo pedagógico e focar
principalmente na contribuição para o bem estar dessas famílias diante desse momento.
E os psicólogos podem promover reflexões para rever e avaliar as falhas nas prioridades, e
ressignificar o fato de que sempre foi dito onde professores fingem que ensinam e alunos
fingem que aprendem.
Dentro disso, Wallon e em sua teórica Walloniana, ele acredita que o meio influencia no
desenvolvimento da criança mais do que a carga genética que ela trás e seus efeitos podem
ser totalmente transformados pelas circunstâncias da sua existência.
Wallon afirma que a escola tem um papel muito específico na vida das crianças que é trabalhar
o conhecimento. Muitas escolas se acomodaram em um ensino engessado e que foge da
realidade do que essas crianças entendem, e isso faz com que elas percam o interesse pelo
assunto tratado. E fica claro que não basta o assunto a ser tratado em sala de aula, mas a
preocupação e o cuidado em como esse conteúdo será transmitido.
A escola é o novo caminho para que a criança vivencie e conheça novas experiências, adquira
novos conhecimentos, e crie novas relações, e é nesse ambiente escolar que eles começam a
desenvolver seu sentido de pertencer e também de se diferenciar nesse mesmo ambiente com
duas possibilidades diferentes.
Wallon considera que o psiquismo resulta da integração de três conjuntos: o cognitivo, o
afetivo e o motor. O cognitivo permite novas elaborações de conhecimento, a compreensão do
tempo e elaboração de sínteses. O afetivo é responsável pelos sentimentos e emoções e o
motor é o que eles expressam em gestos, movimentos, expressões corporais que cada um tem
em situações vivenciadas.
A forma antiga engessada de aula pautada apenas na preocupação de transmitir de forma
expositiva os conteúdos não olham para essas 3 características essências no ambiente escolar
e com isso, dificulta a fixação do conteúdo e aprendizagem sobre o mesmo, porque além de
serem assuntos que os alunos normalmente desconhecem, eles não conseguem interagir e
compartilhar das vivências e experiências adquiridas porque elas não acontecem pelo fato de
estarem apenas olhando e não serem instigados a se envolverem na leitura ou atividade
proposta.
A teoria Walloniana propõe que a escola seja um instrumento para o desenvolvimento
integral. Que a aprendizagem não esteja voltada apenas para o “copiar e colar”, mas que
estejam envolvendo os alunos em sua integralidade através de sua cognição e sentimento
também.
Muitas escolas estão sofrendo com esse novo método de aula remota justamente porque a
necessidade de hoje não era a preocupação de ser trabalhada antes desse momento.
Principalmente as escolas públicas em sua maioria. E agora, é inviável modificar o pensamento
nos alunos e nas famílias que apenas na escola é o local de aprender. O aluno não era olhado
muitas vezes com o cuidado em pontos que realmente eram mais significativos para aqueles
alunos, aquele grupo ou aquela classe, e sim fixados apenas em passar o conteúdo tão
genérico e longe de uma troca de experiências e aprendizados de qualidade e hoje vemos a
dificuldade que todos têm enfrentado por isso.
Logo, é o momento do psicólogo reforçar as reflexões e aproveitar o momento para refletir
sobre a oportunidade agora de repensar essas mudanças e que elas aconteçam da melhor
forma.
O “Plano Langevin-Wallon” (1947/1969) prevê tanto o trabalho individual quanto aquele
em grupos, entendendo que esse é uma estratégia por meio da qual os alunos aprenderão
a assumir e dividir responsabilidades, a respeitar regras e a administrar conflitos. E a
professora, como organizadora e mediadora dos grupos, poderá não só desenvolver
conteúdos, como também valores, um dos quais, fundamental para Wallon (1952/1975), é
a solidariedade. Nos grupos, não só a professora terá melhores condições de aproximar-se
de seus alunos, como também de aferir suas dúvidas e atendê-las, podendo contar com a
ajuda dos demais. A colaboração entre pares, a troca de conhecimentos e experiências,
somadas à proximidade da professora, com certeza facilitam a integração afetivo-
cognitiva. (artigo Abordagens Vygotskiana, Piagetiana e Walloniana: Diferentes Olhares
Para a Sala de Aula).

Referências Bibliográficas

https://www.youtube.com/watch?v=mNWtVgagdkU&t=872s
Psicologia Escolar em Tempos de Pandemia

Artigo: Abordagens vygotskiana, walloniana e piagetiana: diferentes olhares para a sala de aula
Claudia Leme Ferreira Davis, Laurinda Ramalho de Almeida, Marilda Pierro de Oliveira Ribeiro
Vivian Carla Bohm Rachman

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