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A CRISE DA PATERNIDADE

Quebra gelo: Qual a imagem que você tem de seu pai?

Textos: Malaquias 4.5-6 – Mateus 24.12-14

Introdução – A paternidade não começou na terra, começou no céu. Também não começou no tempo ou na história humana,
mas na eternidade. Podemos dizer que toda paternidade do universo deriva-se de Deus (Tg 1.17). Ele é o Pai da Eternidade
(Is 9.6). O reconhecimento da paternidade bíblia é o fim da crise existencial. Porém, o mundo vive uma grande crise de ver
Deus como pai porque a imagem do pai terreno vem sendo distorcida. Por exemplo: uma pessoa que foi abusada pelo pai na
infância terá dificuldade de chamar Deus de Pai. Importante saber que:

1 – O BOM RELACIONAMENTO ENTRE PAIS E FILHOS É O IDEAL BÍBLICO – Ef 6.1-4

As principais coisas terrenas são uma figura e sombra das coisas celestiais, por exemplo: a casa (Jo 14.1-3); o pai (Hb 12.9;
Mt 6.9); a família (Mt 12.46-50; Ef 3.15). Um bom relacionamento entre pais e filhos era o projeto inicial do Criador. João
escreve: “No princípio… o Verbo estava com Deus” (Jo 1.1). Isto foi antes da criação. O Verbo divino, o eterno Filho de Deus,
estava com o Pai. A Escritura diz que estava no seio do Pai (Jo 1.18). Este relacionamento íntimo e pessoal entre Deus e o
Filho já existia antes da criação e serve de base para nós. A promessa de Malaquias 4.5-6 se cumpriu com a vinda do Espírito
Santo que pode reconciliar tanto os filhos aos seus pais terrenos, quanto os espirituais ao Pai Celestial. Quantas
consequências negativas do pecado decorrentes da falta de conversão dos pais aos filhos e dos filhos aos pais estamos
vivenciando em nossos dias!

2 – DE FORMA SUTIL A FIGURA PATERNA VEM SENDO PERDIDA A CADA NOVA GERAÇÃO – Lc 6.36

Algumas doenças atuais como anorexia, bulimia, dependência química, que dizimam as últimas gerações de filhos, podem ser
vinculadas diretamente – segundo os últimos estudos da psicologia - ao vazio da figura paterna. Pois estar privado da figura do
pai equivale a estar privado da espinha dorsal da família estruturada. Nossa geração, portanto, a geração da emancipação sob
todas as formas, é ao mesmo tempo uma geração de filhos sem pai. O pai presente, mas ausente da autoridade bíblica onde
não há mais o respeito nem a honra paterna. Por outro lado, os pais ocupados com o ativismo da vida secular negligenciam o
afeto a seus filhos. Onde vamos parar se não voltarmos para as Escrituras? Era em nome do pai que se dava a continuidade
da história. O fim da credibilidade do pai é visível na incerteza do futuro e do passado. O enfraquecimento da identidade
paterna, lembrando que “identidade” tem a mesma origem da palavra “idem”, ou seja, a figura paterna perde a identidade
numa nova geração que não quer ser igual ao pai.

3 – A FIGURA DO PAI TERRENO REFLETE NA IMAGEM DO PAI CELESTIAL – Mt 5.48 – Mt 6.26

A pressão do mundo atual lançando os pais contra os filhos e os filhos contra os pais já fora prevista nas Escrituras.
Lembrando que quando o diabo não consegue segurar, ele empurra, porque o equilíbrio é de Deus e o extremismo não. Não
podemos concordar com o abuso de poder, mas a crítica à autoridade paterna como opressiva contribui para a desaparição do
pai, deixando um vazio existencial na mente e no coração desta geração. Para superar o mal-estar geral de uma cultura que
vive em curto circuito com os seus próprios fundamentos, importa resgatar as raízes bíblicas da revelação de Deus como Pai
que se manifesta amorosamente no Seu Filho Jesus Cristo. Portanto, os pais cristãos devem mostrar amor, afeto, carinho,
atenção e segurança aos filhos, porque a figura do pai terreno reflete na imagem do Pai Celestial. E Ele nos proporciona mais
que isso.

Conclusão – Vamos orar e contribuir para o resgate da identidade paterna em nossos lares, porque o ideal bíblico é um bom
relacionamento entre pais e filhos. Deus sendo o Pai Celestial deve ser honrado e amado, e a imagem do pai no lar reflete
nessa bênção. Portanto, a figura paterna precisa ser preservada.

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