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SISTEMA DE AVALIAÇÃO BRASILEIRO1

Francisco Rokes Sousa Leite2


Apresentação

O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é um conjunto de avaliações externas em larga escala
que permite ao Inep realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e de fatores que podem interferir
no desempenho do estudante.

Por meio de testes e questionários, aplicados a cada dois anos na rede pública e em uma amostra da rede
privada, o Saeb reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos estudantes avaliados, explicando
esses resultados a partir de uma série de informações contextuais.

O Saeb permite que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade da educação
oferecida aos estudantes. O resultado da avaliação é um indicativo da qualidade do ensino brasileiro e
oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais com
base em evidências.

As médias de desempenho dos estudantes, apuradas no Saeb, juntamente com as taxas de aprovação,
reprovação e abandono, apuradas no Censo Escolar, compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (Ideb).
Realizado desde 1990, o Saeb passou por várias estruturações até chegar ao formato atual. A partir de
2019, a avaliação contempla também a educação infantil, ao lado do ensino fundamental e do ensino
médio.

O que é a Provinha Brasil

A Provinha Brasil, é uma avaliação diagnóstica que visa investigar as habilidades desenvolvidas pelas
crianças matriculadas no 2º ano do ensino fundamental das escolas públicas brasileiras.

Composta pelos testes de Língua Portuguesa e de Matemática, a Provinha Brasil permite aos professores
e gestores obter mais informações que auxiliem o monitoramento e a avaliação dos processos de
desenvolvimento da alfabetização e do letramento inicial e das habilidades iniciais em matemática,
oferecidos nas escolas públicas brasileiras, mais especificamente, a aquisição de habilidades de Leitura e
de Matemática.

Aplicada duas vezes ao ano, a avaliação é dirigida aos alunos que passaram por, pelo menos, um ano
escolar dedicado ao processo de alfabetização. Todos os anos os alunos da rede pública de ensino,
matriculados no 2º ano do ensino fundamental, têm oportunidade de participar do ciclo de avaliação da
Provinha Brasil. A adesão a essa avaliação é opcional, e a aplicação fica a critério de cada secretaria de
educação das unidades federadas.

A aplicação em períodos distintos possibilita a realização de um diagnóstico mais preciso que permite
conhecer o que foi agregado na aprendizagem das crianças, em termos de habilidades de leitura e de

1
Coletânea de texto do site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
2
Professor Mestre da área da Educação do Instituto Federal de Educação do Maranhão (IFMA).
matemática. Ressalte-se que a data de aplicação da Provinha Brasil segue sendo uma decisão de cada rede
de ensino.

Objetivos

A proposta da Provinha Brasil é oferecer informações que possam orientar tanto os professores quanto os
gestores escolares e educacionais na implementação, operacionalização e interpretação dos resultados
dessa avaliação.

Com o resultado da correção em mãos, é possível identificar qual o nível de alfabetização e o nível de
matemática que os alunos se encontram. No documento Guia de Correção e Interpretação de Resultados,
são descritos os cinco níveis de desempenho, identificados a partir das análises pedagógica e estatística
das questões de múltipla escolha. A partir da identificação das habilidades e da medida do grau de
dificuldade das questões, foram definidos quantitativos mínimos de questões que caracterizam cada nível
de alfabetização e letramento inicial, assim como cada nível de matemática que as crianças demonstraram.
Por iss’no, cada teste possui um número distinto de questões para identificação de cada nível.

A Provinha Brasil é um instrumento pedagógico, sem finalidades classificatórias, que fornece informações
sobre o processo de alfabetização e de matemática aos professores e gestores das redes de ensino, e
conforme Portaria nº 10, de 24 de abril de 2007, tem os seguintes objetivos:

• avaliar o nível de alfabetização dos educandos nos anos iniciais do ensino fundamental;

• oferecer às redes e aos professores e gestores de ensino um resultado da qualidade da alfabetização,


prevenindo o diagnóstico tardio das dificuldades de aprendizagem;

• concorrer para a melhoria da qualidade de ensino e redução das desigualdades, em consonância


com as metas e políticas estabelecidas pelas diretrizes da educação nacional.

Esses objetivos possibilitam, entre outras ações:

• estabelecimento de metas pedagógicas para a rede de ensino;

• planejamento de cursos de formação continuada para os professores;

• investimento em medidas que garantam melhor aprendizado;

• desenvolvimento de ações imediatas para a correção de possíveis distorções verificadas;

• melhoria da qualidade e redução da desigualdade de ensino.

O delineamento e a construção dessa avaliação prevê, sobretudo, a utilização dos resultados obtidos nas
intervenções pedagógicas e gerenciais com vistas à melhoria da qualidade do processo de ensino-
aprendizagem.
A Portaria nº 867, de 4 de julho de 2012, instituiu o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade
Certa (PNAIC) com a proposta de assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos
de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental, conforme uma das metas previstas pelo Decreto nº
6.094, de 24 de abril de 2007, referente ao Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, utiliza a
Provinha Brasil como meio de aferir os resultados.

Histórico

O Inep, desde a implementação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), em 1990,
vem produzindo indicadores sobre o sistema educacional brasileiro.

Dentre os indicadores produzidos pelo Saeb, alguns apontavam para problemas graves na eficiência do
ensino oferecido pelas escolas brasileiras, como os baixos desempenhos em leitura, demonstrados pelos
alunos. Em face de tal realidade, o Governo Federal e muitos governos estaduais e municipais têm
empreendido esforços no sentido de reverter esse quadro.

Uma das iniciativas do Governo Federal para reverter esta situação, diz respeito à ampliação do ensino
fundamental de oito para nove anos, iniciando a etapa do ensino obrigatório aos seis anos. Além dessa
iniciativa, o MEC implementou o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação e criou o Pacto
Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Uma das diretrizes do Plano expressa a necessidade de
alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, aferindo os resultados de desempenho com
exame periódico específico, por meio da Provinha Brasil.

Em abril de 2008, foi aplicada a 1ª edição desta avaliação. Cerca de 3.133 municípios e 22 Unidades
Federativas receberam do MEC/FNDE o material impresso e as demais secretarias de educação puderam
fazer o download do material na página do Inep. A partir do 2º semestre de 2008, além da disponibilização
do material na Internet, todas as secretarias de educação do País passaram a receber o material impresso.

A cada edição busca-se a melhoria do instrumento tanto para fins diagnósticos como para avaliação da
aprendizagem.

A partir de 2011, incluiu instrumentos para monitoramento das habilidades de Matemática. Nesse sentido,
ao implementar o instrumento de Matemática, o intuito foi garantir que fosse realizado o diagnóstico do
processo de alfabetização de uma maneira ampla, e, ao mesmo tempo, que se permita o desenvolvimento
de atividades e a reorganização da prática pedagógica dessa área de conhecimento. Desse modo,
compreende-se que a participação nessa avaliação traz benefícios para todos os envolvidos no processo
educativo: alunos, professores alfabetizadores e gestores.

Em 2013, por conta das ações do PNAIC, o Inep está desenvolvendo um Sistema online para apoiar as
redes de ensino que queiram lançar seus resultados da Provinha Brasil, gerar relatórios e analisar os dados
de forma mais sistematizada. O referido sistema está em fase de finalização e em breve estará acessível
às escolas e redes.
Prova Docente

O que é a Prova Docente

É uma iniciativa do Inep no âmbito das políticas do Ministério da Educação no sentido da valorização dos
profissionais do magistério no país.

Objetivo da prova

A Prova Nacional de Concurso tem o objetivo principal de subsidiar os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios na realização de concursos públicos para a contratação de docentes para a educação básica.
Trata-se de uma prova anual, a ser aplicada de forma descentralizada em todo o país para os candidatos
ao ingresso na carreira docente das redes de educação básica. Cada ente federativo poderá decidir pela
adesão e pela forma de utilização dos resultados: se como única prova, seguida da análise de títulos, ou
como primeira prova, seguida de uma prova adicional do próprio município, por exemplo.

Como funciona

A ideia é a seguinte: as redes que fizerem adesão junto ao Inep publicarão seus editais de concurso público,
indicando a forma de utilização dos resultados da Prova. Os candidatos poderão se inscrever em todos os
concursos que lhes interessar e, após a participação na Prova, o Inep encaminhará às redes os resultados
dos inscritos em seus respectivos concursos.

Resultados esperados

Para as redes de educação básica, a Prova permitirá a redução de custos desses entes com a elaboração e
a aplicação das provas, bem como permitirá maior agilidade no preenchimento de cargos vagos de
docentes. Isto porque, devido ao peso dos custos da realização de um concurso para orçamento de uma
secretaria, especialmente no caso dos municípios menores, muitas vezes fica-se amplos períodos sem a
realização de concursos públicos, optando por acumular um número significativo de cargos vagos para
que valha a pena realizar um concurso. Nesse meio tempo, o trabalho acaba sendo desenvolvido por
professores temporários – geralmente um contingente maior do que seria o ideal apenas para cobrir
necessidades temporárias.

Para os candidatos a professor, a existência de uma Prova que será aplicada em todo o país e poderá ser
utilizada por diversos estados e municípios, aumenta significativamente a possibilidade de escolha do
local de trabalho, bem como a possibilidade de se tornar um professor efetivo de uma rede de ensino. Com
a mesma prova, o professor poderá se inscrever em quantos concursos desejar – dentre aqueles que
adotarem a Prova como parte do concurso.
Benefícios

Trata-se de uma Prova com qualidade garantida pelo Inep/MEC, baseada em uma matriz que está sendo
nacionalmente discutida e que tem como ponto de partida a pesquisa e a reflexão sobre o perfil desejado
para um ingressante na carreira docente no Brasil.

Desse modo, ao melhorar os processos de contratação de professores em termos quantitativos e


qualitativos, a Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente pretende contribuir para
que os alunos da educação básica ganhem professores cada vez melhor qualificados e com melhores
condições de exercer com excelência sua profissão.

Comitê de Governança

O Comitê de Governança tem as atribuições de avaliar a matriz de referência da Prova e opinar sobre os
diversos aspectos referentes à condução da Prova, tais como os procedimentos de adesão dos entes
federativos, inscrição de participantes, divulgação e utilização dos resultados, entre outros.

Estão representados no Comitê de Governança a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação
(UNDIME), o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (CONSED), a Confederação Nacional dos
Trabalhadores da Educação (CNTE), a Associação Nacional de Pós-Graduação em Educação (ANPED),
a Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE), o Fórum Nacional de
Diretores de Faculdades de Educação ou Equivalentes das Universidades Públicas Brasileiras
(FORUMDIR), o Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES), a Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC), a Secretaria de
Ensino Superior (SESU/MEC) e o Ministério da Educação.

Apresentação

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador,
os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as
médias de desempenho nas avaliações. O Ideb é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar,
obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica
(Saeb).
O Ideb agrega ao enfoque pedagógico das avaliações em larga escala a possibilidade de resultados
sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os
sistemas. O índice varia de 0 a 10. A combinação entre fluxo e aprendizagem tem o mérito de equilibrar
as duas dimensões: se um sistema de ensino retiver seus alunos para obter resultados de melhor qualidade
no Saeb, o fator fluxo será alterado, indicando a necessidade de melhoria do sistema. Se, ao contrário, o
sistema apressar a aprovação do aluno sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a
necessidade de melhoria do sistema.

O índice também é importante condutor de política pública em prol da qualidade da educação. É a


ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade para a educação básica, que tem estabelecido,
como meta para 2022, alcançar média 6 – valor que corresponde a um sistema educacional de qualidade
comparável ao dos países desenvolvidos.
Apresentação

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi instituído em 1998, com o objetivo de avaliar o
desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. O exame aperfeiçoou sua metodologia
e, em 2009, passou a ser utilizado como mecanismo de acesso à educação superior, por meio do Sistema
de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (ProUni) e de convênios com
instituições portuguesas. Os participantes do Enem também podem pleitear financiamento estudantil em
programas do governo, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados do Enem
continuam possibilitando o desenvolvimento de estudos e indicadores educacionais.

Qualquer pessoa que já concluiu o ensino médio ou está concluindo a etapa pode fazer o Enem para acesso
à educação superior. Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio podem participar do Enem
como “treineiros” e seus resultados no exame servem somente para autoavaliação de conhecimentos.

A aplicação do Enem ocorre em dois domingos. Os participantes fazem provas de quatro áreas de
conhecimento: a) linguagens, códigos e suas tecnologias; b) ciências humanas e suas tecnologias; c)
ciências da natureza e suas tecnologias; d) matemática e suas tecnologias, que somam 180 questões, ao
todo. Os participantes também são avaliados por meio de uma redação, que exige o desenvolvimento de
um texto dissertativo-argumentativo a partir de uma situação-problema. A Política de Acessibilidade e
Inclusão do Inep garante atendimento especializado e tratamento pelo nome social, além de diversos
recursos de acessibilidade.

Pela primeira vez, o Inep realizará o Enem Digital, com aplicação em janeiro e fevereiro de 2021. A prova
em computador está prevista para mais de 96 mil participantes.

Apresentação

O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) foi realizado pela
primeira vez em 2002 para aferir competências, habilidades e saberes de jovens e adultos que não
concluíram o Ensino Fundamental ou Ensino Médio na idade adequada.

O Encceja é realizado pelo Inep em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de educação. O
Exame é aplicado pelo Inep, mas a emissão do certificado e declaração de proficiência é responsabilidade
das Secretarias Estaduais de Educação e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, que
firmam Termo de Adesão ao Encceja.

O Exame tem quatro aplicações, com editais e cronogramas distintos: Encceja Nacional para residentes
no Brasil, Encceja Nacional PPL, para residentes no Brasil privados de liberdade ou que cumprem
medidas socioeducativas, Encceja Exterior, para brasileiros residentes no exterior, e Encceja Exterior
PPL, para residentes no exterior privados de liberdade ou que cumprem medidas socioeducativas. As
aplicações fora do Brasil são realizadas em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

São finalidades do Encceja: construir uma referência nacional de autoavaliação para jovens e adultos por
meio de avaliação de competências, habilidades e saberes adquiridos em processo escolar ou extraescolar;
estruturar uma avaliação direcionada a jovens e adultos que sirva às Secretarias de Educação para que
estabeleçam o processo de certificação dos participantes, em nível de conclusão do Ensino Fundamental
ou Ensino Médio, por meio da utilização dos resultados do Exame; oferecer uma avaliação para fins de
correção do fluxo escolar; construir, consolidar e divulgar seus resultados para que possam ser utilizados
na melhoria da qualidade na oferta da Educação de Jovens e Adultos e no processo de certificação;
construir parâmetros para a autoavaliação do participante, visando a continuidade de sua formação e sua
inserção no mundo do trabalho; possibilitar o desenvolvimento de estudos e indicadores sobre educação
brasileira.

O Encceja é direcionado aos jovens e adultos residentes no Brasil ou no exterior que não tiveram a
oportunidade de concluir seus estudos em idade própria e que atendam ao art. 38, §1º e §2º da Lei de
Diretrizes e Base (LDB), a Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996: tenham, no mínimo, 15 anos completos
na data de realização do Exame, para quem busca a certificação do ensino fundamental; ou tenham, no
mínimo, 18 anos completos na data de realização do Exame, para quem busca a certificação do ensino
médio. Para realizar a inscrição é necessário ter registro no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) emitido
pela Receita Federal do Brasil.

As provas do Encceja obedecem aos requisitos básicos, estabelecidos pela legislação em vigor, para o
Ensino Fundamental e Ensino Médio. São aplicadas em um único dia, nos turnos matutino e vespertino.
As datas de aplicação no Brasil e no exterior são distintas, assim como as provas para pessoas privadas de
liberdade ou que cumprem medidas socioeducativas. O Exame é composto por quatro provas objetivas,
cada uma com 30 questões de múltipla escolha, e uma proposta de Redação. As provas objetivas avaliam
as seguintes áreas de conhecimento e respectivos componentes curriculares:

Ensino Fundamental
• Ciências Naturais;

• Matemática;
• Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Artes, Educação Física e Redação;
• História e Geografia.

Ensino Médio
• Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Química, Física e Biologia);

• Matemática e suas Tecnologias;


• Linguagens e Códigos e suas Tecnologias e Redação (Língua Portuguesa, Língua Estrangeira
Moderna, Artes e Educação Física);
• Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Filosofia e Sociologia).

Apresentação
O Censo Escolar é o principal instrumento de coleta de informações da educação básica e a mais
importante pesquisa estatística educacional brasileira. É coordenado pelo Inep e realizado em regime de
colaboração entre as secretarias estaduais e municipais de educação e com a participação de todas as
escolas públicas e privadas do país. A pesquisa estatística abrange as diferentes etapas e modalidades da
educação básica e profissional:

• Ensino regular (educação infantil, ensino fundamental e médio);


• Educação especial – modalidade substitutiva;
• Educação de Jovens e Adultos (EJA);
• Educação profissional (cursos técnicos e cursos de formação inicial continuada ou qualificação
profissional).
A coleta de dados das escolas tem caráter declaratório e é dividida em duas etapas. A primeira etapa
consiste no preenchimento da Matrícula Inicial, quando ocorre a coleta de informações sobre os
estabelecimentos de ensino, gestores, turmas, alunos e profissionais escolares em sala de aula. A segunda
etapa ocorre com o preenchimento de informações sobre a Situação do Aluno, e considera os dados sobre
o movimento e rendimento escolar dos alunos, ao final do ano letivo.
O Censo Escolar é regulamentado por instrumentos normativos, que instituem a obrigatoriedade, os
prazos, os responsáveis e suas responsabilidades, bem como os procedimentos para realização de todo o
processo de coleta de dados.

Finalidade – O Censo Escolar é uma ferramenta fundamental para que os atores educacionais possam
compreender a situação educacional do país, das unidades federativas, dos municípios e do Distrito
Federal, bem como das escolas e, com isso, acompanhar a efetividade das políticas públicas.

A compreensão da situação educacional ocorre por intermédio de um conjunto amplo de indicadores que
possibilitam monitorar o desenvolvimento da educação brasileira, como o Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (ldeb), as taxas de rendimento e de fluxo escolar, a distorção idade-série, entre outros,
que servem de referência para as metas do Plano Nacional da Educação (PNE), que podem ser
acompanhadas no Observatório do PNE. Todos esses indicadores são calculados com base nos dados do
Censo Escolar.

Além disso, as matrículas e os dados escolares coletados servem de base para o repasse de recursos do
governo federal e para o planejamento e divulgação de dados das avaliações realizadas pelo Inep. Todos
esses Indicadores Educacionais são calculados com base nos dados do Censo Escolar.

Responsabilidades e deveres – O Censo é realizado de forma descentralizada, por meio de uma


colaboração entre a União, os estados e os municípios. De acordo com a Portaria MEC nº 316, de 4 de
abril de 2007, as atribuições dos diferentes atores no processo são:
a) Ao Inep cabe definir e disponibilizar para os demais atores o cronograma anual de atividades, os
instrumentos e os meios necessários à execução do Censo; estabelecer mecanismos de controle de
qualidade da informação; organizar e enviar para publicação os resultados; além de avaliar e acompanhar
todas as etapas do processo censitário, a fim de garantir o alcance de seus objetivos e o aperfeiçoamento
constante;

b) Aos gestores dos sistemas estaduais e municipais de educação cabe treinar os agentes que coordenarão
o processo censitário nas respectivas escolas vinculadas; acompanhar e controlar toda a execução do
processo censitário no seu território; zelar pelo cumprimento dos prazos e normas estabelecidas, bem
como responsabilizar-se solidariamente pela veracidade dos dados declarados nos seus respectivos
sistemas de ensino;

c) Aos diretores e dirigentes dos estabelecimentos de ensino público e privado cabe responder ao Censo
Escolar da Educação Básica, no Sistema Educacenso, responsabilizando-se pela veracidade das
informações declaradas.

Com relação às responsabilidades das escolas relativas aos procedimentos de preenchimento do Censo
Escolar, é importante enfatizar que os dados declarados pelas unidades escolares devem ter como base os
registros administrativos e acadêmicos de cada escola (ficha de matrícula, diário de classe, livro de
frequência, histórico escolar, sistemas eletrônicos de acompanhamento, diário do professor, regimento
escolar, projeto político-pedagógico, documentos de modulação de professores e de enturmação, dentre
outros). Essa exigência é fundamental para a garantia da fidedignidade dos dados declarados.
1. Sobre a Provinha Brasil

Quem Elabora, Resultados e Características.

1.1. O que diferencia a Provinha Brasil de outras avaliações externas?


A Provinha Brasil diferencia-se das demais avaliações realizadas no país pelo fato de fornecer respostas
diretamente aos alfabetizadores e gestores da escola, reforçando a sua finalidade de ser um instrumento
pedagógico sem fins classificatórios.

1.2. Quem participa da elaboração da Provinha Brasil?


Tanto para elaboração da matriz de referência quanto dos itens de prova houve a colaboração de técnicos
do Inep e de diversos Centros de Estudos em Alfabetização e Letramento que fazem parte da Rede
Nacional de Formação Continuada de Professores:

• Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Universidade Federal de Minas Gerais (Ceale);

• Centro de Formação Continuada de Professores da Universidade de Brasília (Ceform);

• Centro de Formação Continuada, Desenvolvimento de Tecnologias e Prestação de Serviços para


as Redes Públicas de Ensino da Universidade Federal de Ponta Grossa (Cefortec);

• Centro de Estudos em Educação e Linguagem da Universidade Federal de Pernambuco (Ceel);

• Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora


(Caed).

1.3. Os resultados da Provinha Brasil compõem o Ideb?


Os resultados da Provinha Brasil não são utilizados diretamente na composição do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
O desejável é que a Provinha Brasil seja utilizada com o intuito de orientar as ações políticas e
pedagógicas, que poderão, em conjunto com outras iniciativas, melhorar as práticas educacionais. Tal
dinâmica possibilita, consequentemente, melhoria no Ideb de estados e municípios a médio e longo prazo.

1.4. Qual a diferença entre Provinha Brasil, Saeb, Prova Brasil e Ana?
As principais diferenças entre a Provinha Brasil, a Prova Brasil, a ANA e o Saeb relacionam-se ao tipo de
informações produzidas e ao objetivo de cada uma delas.
A Provinha Brasil fornece respostas diretamente aos alfabetizadores e gestores da escola. Os resultados
do Saeb e da Prova Brasil, embora sejam muito úteis a professores e gestores, permitem informações mais
amplas no âmbito do sistema educacional do País, dos estados, dos municípios e das escolas. Reforça-se,
assim, a ideia de que esta atual proposta seja uma avaliação diagnóstica – um instrumento pedagógico
sem finalidades classificatórias.
O Saeb, a Prova Brasil e a ANA são avaliações externas, ou seja, existe sempre um aplicador externo à
rede e aos alunos que participam do processo de avaliação, sendo o Inep o responsável pela aplicação. No
caso da Provinha Brasil, o aplicador não é necessariamente externo, já que a própria rede tem a opção de
aplicar os instrumentos com seus próprios professores, cabendo ao Inep a responsabilidade de elaboração
e de montagem dos instrumentos.
Na Prova Brasil, no Saeb e na ANA, o processamento, as análises, a interpretação e a divulgação dos
resultados são de responsabilidade do Inep. Em função da utilização de metodologias e técnicas
estatísticas complexas, os resultados de apuração e divulgação não são imediatos. Na Provinha Brasil, o
processamento e a interpretação dos resultados podem ser feitos pelas próprias redes, pois sua metodologia
de aplicação permite uma leitura e interpretação imediata dos resultados por parte dos professores e
gestores das redes.
2. Aplicação

Benefícios, Datas, Conteúdos, Participantes, Aplicadores e Correção.

2.1. Como é a prova?


Os testes são compostos de 20 questões. Algumas dessas questões são lidas pelo aplicador da prova – na
íntegra ou em parte - e outras são lidas apenas pelos alunos.

2.2. Quais os benefícios de participar do processo de avaliação?


Os alunos poderão ter suas necessidades melhor atendidas mediante o diagnóstico realizado e, assim,
espera-se que o seu processo de alfabetização aconteça satisfatoriamente.
Os professores alfabetizadores contarão com um instrumental valioso para identificar de forma sistemática
as dificuldades de seus alunos, possibilitando a reorientação do que ensinar e de como ensinar. Além
disso, as análises e interpretações dos resultados e os documentos pedagógicos a eles relacionados poderão
constituir uma fonte de formação.
Os gestores poderão fazer escolhas bem fundamentadas em sua gestão. Terão à disposição elementos para
o planejamento curricular e para subsidiar a formação continuada dos professores alfabetizadores, a fim
de melhorar a qualidade do ensino em sua rede.

2.3. Quando ocorre a prova?


Em cada ano ocorre um novo ciclo de avaliação da Provinha Brasil. Cada ciclo é composto por duas
etapas. A Provinha Brasil é realizada em dois momentos durante o ano letivo: ao início do segundo ano
do ensino fundamental e ao final desse mesmo ano letivo. Sugere-se que o Teste 1 seja aplicado,
preferencialmente, até o mês de abril, e o Teste 2, até o final de novembro.
A proposta é que a secretaria de educação possa marcar uma mesma data para que todas as suas escolas
façam a aplicação dos testes.

2.4. O que é avaliado?


As habilidades avaliadas por meio da Provinha Brasil estão organizadas com base nas Matriz de
Referência de Língua Portuguesa e de Matemática. As Matrizes de Referência da Avaliação da Provinha
Brasil elencam o que se pretende avaliar com estes instrumentos, ou seja, os conhecimentos que se espera
que os alunos tenham adquirido após o início do processo de alfabetização. Como nem todas as
habilidades a serem desenvolvidas durante o processo de alfabetização e letramento, como a oralidade,
são passíveis de verificação em uma prova objetiva, foram selecionadas as habilidades consideradas
essenciais para a alfabetização e letramento para a elaboração da Matriz de Referência. A matriz é apenas
uma referência para a construção do instrumento de avaliação. É, portanto, diferente de uma proposta
curricular ou de programas de ensino, que são mais amplos e complexos.

2.5. Quem é avaliado?


A Provinha Brasil foi elaborada para ser aplicada às crianças que estão matriculadas no segundo ano do
ensino fundamental de cada unidade de ensino. Diante da existência de diferentes regimes adotados nas
escolas, participam da Provinha Brasil os alunos que estão:

• no 2º ano: em escolas onde o ensino fundamental tiver duração de nove anos;

• na 2ª série: em escolas onde o ensino fundamental tiver duração de oito anos e não possuir um ano
anterior à 1ª série dedicado à alfabetização;

• na 1ª série: em escolas onde o ensino fundamental tem duração de oito anos e possui um ano
destinado à alfabetização, anterior a essa série, como classes de alfabetização ou o último ano da
educação infantil dedicado ao início do processo de alfabetização.

Apesar da diferença na média de idades dos alunos que farão o teste, isto não representa um problema,
visto que o foco dessa avaliação está na contribuição da educação formal para a alfabetização. Por isso,
se tomou como referência o 2º ano do ensino fundamental.

2.6. Alunos com necessidades educativas especiais participam da Provinha Brasil?


As crianças com necessidades educativas especiais podem e devem participar da Provinha Brasil,
conforme suas possibilidades e utilizando os recursos de acesso oferecidos pela secretaria de educação e
pela escola.
Diferentemente das outras avaliações promovidas pelo Inep, como a Prova Brasil e o Enem, a Provinha
Brasil é coordenada pela própria secretaria de educação, que define todo o processo referente à forma de
aplicação, correção, análise e utilização dos resultados.
O Inep, nos documentos da Provinha Brasil, sugere que os próprios professores das crianças apliquem,
corrijam e analisem os resultados, no intuito de traçar estratégias para sanar as possíveis dificuldades que
as crianças apresentam.

2.7. A Provinha Brasil avalia itens de escrita?


Não. O que a Provinha Brasil avalia são as habilidades de leitura.

2.8. Quem aplica?


Dependendo do foco que o gestor atribua à avaliação, o teste poderá ser aplicado:

• pelo próprio professor da turma, com o objetivo de monitorar e avaliar a aprendizagem de cada
aluno ou turma;
• por outras pessoas indicadas e preparadas pela secretaria de educação, com a proposta de obter
uma visão geral de cada unidade escolar, das diretorias ou de toda a rede de ensino sob a
administração da secretaria.

É possível fazer uma junção desses dois objetivos, solicitando aos professores que realizem a aplicação e
encaminhem uma cópia dos resultados para a secretaria de educação. Dessa maneira, ao mesmo tempo
em que os professores terão um diagnóstico das suas crianças, os gestores da rede de ensino contarão com
elementos para subsidiar a elaboração das políticas educacionais.
Em qualquer um dos casos, para implementar a Provinha Brasil é necessário que as secretarias de
educação planejem as formas de aplicação e correção dos testes, assim como a interpretação, a utilização
e a divulgação dos resultados, de acordo com os objetivos definidos para a avaliação.

2.9. Quem corrige?


Os resultados poderão ser corrigidos pelo próprio professor da turma ou pelo aplicador do teste. Assim, o
professor poderá saber o nível de desempenho de sua turma de modo imediato. Da mesma forma, os
resultados de cada turma poderão ser coletados e agregados, a fim de ser ter um panorama da escola ou
de toda a rede municipal ou estadual. Em 2013, por conta das ações do PNAIC, o Inep está desenvolvendo
um Sistema online para apoiar as redes de ensino que queiram lançar seus resultados da Provinha Brasil,
gerar relatórios e analisar os dados de forma mais sistematizada. O referido sistema está em fase de
finalização e em breve estará acessível às escolas e redes.
3. Organização

Material, Elaboração e Contato.

3.1. Como é distribuído o material?


O kit da Provinha Brasil é elaborado, impresso e distribuído pelo Inep para todos os municípios das 27
unidades federativas do Brasil.

3.2. Como a Provinha Brasil é elaborada?


As questões são elaboradas por especialistas a partir das habilidades descritas nas matrizes de referência
e formam um banco por onde são selecionados os itens a serem pré-testados. O pré-teste consiste na
simulação de uma prova comum que avalia o comportamento pedagógico do item, isto é, pretende-se
verificar se há erros de conceito, de gabarito, de clareza do enunciado, dentre outros. Também possibilita
determinar as características estatísticas, tais como o nível de dificuldade e discriminação. Com o pré-
teste é possível determinar quais itens poderão ou não ser utilizados na avaliação.

3.3. Por que aplicar dois testes no mesmo ano?


Aplicar o teste duas vezes por ano possibilita a realização de um diagnóstico mais preciso que permite
conhecer o que foi incluído na aprendizagem das crianças, em termos de habilidades de leitura e de
matemática.
A avaliação em dois momentos diferentes oferece aos professores e gestores um diagnóstico dos níveis
de domínio da compreensão da leitura e da escrita, como também a compreensão dos códigos e da
matemática. Através das avaliações, os professores e os gestores obtêm mais informações que auxiliam o
monitoramento e a avaliação dos processos de desenvolvimento da alfabetização e do letramento inicial.
3.4. Como contatar a equipe responsável pela Provinha Brasil no Inep?
Entre em contato por meio do endereço de e-mail saeb@inep.gov.br.

Apresentação

Para a garantia da qualidade da educação superior ofertada no país, o Inep presta à sociedade o serviço de
avaliação externa in loco de instituições de educação superior e cursos de graduação, um dos pilares
avaliativos constantes na Lei do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
O processo de avaliação in loco de cursos de graduação e instituições de educação superior, conduzido
pelo Inep, transcorre no contexto do fornecimento de referencial básico ao processo decisório de regulação
e supervisão da educação superior, realizado pela Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação
Superior (Seres/MEC). Também atua para subsídio do conhecimento e da decisão por parte da sociedade
em geral sobre a qualidade da educação superior no Brasil.
A avaliação institucional ocorre para que as instituições possam ser credenciadas ou recredenciadas,
conforme decisão da Seres/MEC, tendo como referencial básico o resultado da avaliação in loco. A
avaliação de curso ocorre para que cursos de graduação possam ser autorizados, reconhecidos, ter a
renovação de reconhecimento conferida ou ainda a transformação de organização acadêmica, conforme
decisão da Seres/MEC, tendo como referencial básico o resultado da avaliação in loco.
As avaliações externas in loco tratam da análise de objetos pertinentes ao contexto, aos processos e
produtos das instituições de educação superior e cursos de graduação, conforme o ato decisório a ser
subsidiado com a produção de dados e informações e a natureza do processo de avaliação in loco. As
avaliações são orientadas por Instrumentos de Avaliação Institucional Externa (IAIE) ou por Instrumentos
de Avaliação de Cursos de Graduação (IACG), que objetivam retratar, de forma fidedigna, os objetos de
avaliação que integram cada instrumento, contribuindo para a tomada de decisão de Estado em políticas
públicas, a informação da sociedade e o fomento da melhoria da qualidade da educação superior no país.
Os resultados da avaliação são utilizados como evidências para suporte ao processo decisório e
homologação dos respectivos atos autorizativos pela Seres/MEC – autorização, reconhecimento e
renovação de reconhecimento de curso de graduação, bem como credenciamento, recredenciamento ou
transformação de organização acadêmica de instituições de educação superior.
Escolas de Governo – No âmbito do Sistema de Avaliação das Escolas de Governo (Saeg), o Inep
também atua na avaliação in loco de Escolas de Governo.
Recursos – No contexto das avaliações in loco, é facultado às instituições e aos cursos de graduação
recorrer dos resultados das avaliações in loco por meio de Comissão Técnica de Acompanhamento da
Avaliação (CTAA).

Apresentação

O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) avalia o rendimento dos concluintes dos
cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos
cursos, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação
geral e profissional, e o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.
Aplicado pelo Inep desde 2004, o Enade integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
(Sinaes), composto também pela Avaliação de cursos de graduação e pela Avaliação institucional. Juntos
eles formam o tripé avaliativo que permite conhecer a qualidade dos cursos e instituições de educação
superior brasileiras. Os resultados do Enade, aliados às respostas do Questionário do Estudante, são
insumos para o cálculo dos Indicadores de Qualidade da Educação Superior.

A inscrição é obrigatória para estudantes ingressantes e concluintes habilitados de cursos de bacharelado


e superiores de tecnologia vinculados às áreas de avaliação da edição. A situação de regularidade do
estudante é registrada no histórico escolar.

O Ciclo Avaliativo do Enade determina as áreas de avaliação e os cursos a elas vinculados. As áreas de
conhecimento para os cursos de bacharelado e licenciatura derivam da tabela de áreas do conhecimento
divulgada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Já os eixos
tecnológicos são baseados no Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia (CNCST), do
Ministério da Educação.

Áreas de conhecimento e eixos tecnológicos


Ano I
• Cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de Ciências Agrárias, Ciências da Saúde e áreas
afins;
• Cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de Engenharias e Arquitetura e Urbanismo;
• Cursos Superiores de Tecnologia nas áreas de Ambiente e Saúde, Produção Alimentícia, Recursos
Naturais, Militar e Segurança.
Ano II
• Cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de Ciências Biológicas; Ciências Exatas e da
Terra; Linguística, Letras e Artes e áreas afins;
• Cursos de licenciatura nas áreas de conhecimento de Ciências da Saúde; Ciências Humanas;
Ciências Biológicas; Ciências Exatas e da Terra; Linguística, Letras e Artes;
• Cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de Ciências Humanas e Ciências da Saúde, com
cursos avaliados no âmbito das licenciaturas;
• Cursos Superiores de Tecnologia nas áreas de Controle e Processos Industriais, Informação e
Comunicação, Infraestrutura e Produção Industrial.
Ano III
• Cursos de bacharelado nas Áreas de Conhecimento Ciências Sociais Aplicadas e áreas afins;
• Cursos de bacharelado nas Áreas de Conhecimento Ciências Humanas e áreas afins que não
tenham cursos também avaliados no âmbito das licenciaturas;
• Cursos Superiores de Tecnologia nas áreas de Gestão e Negócios, Apoio Escolar, Hospitalidade e
Lazer, Produção Cultural e Design.
Apresentação

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), tradução de Programme for International


Student Assessment, é um estudo comparativo internacional realizado a cada três anos pela Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Pisa oferece informações sobre o
desempenho dos estudantes na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da
escolaridade básica obrigatória na maioria dos países, vinculando dados sobre seus backgrounds e suas
atitudes em relação à aprendizagem, e também aos principais fatores que moldam sua aprendizagem,
dentro e fora da escola.

Os resultados do Pisa permitem que cada país avalie os conhecimentos e as habilidades de seus
estudantes em comparação com os de outros países, aprenda com as políticas e práticas aplicadas em
outros lugares e formule suas políticas e programas educacionais visando à melhora da qualidade e da
equidade dos resultados de aprendizagem.
O Inep é o órgão responsável pelo planejamento e a operacionalização da avaliação no país, o que envolve
representar o Brasil perante a OCDE, coordenar a tradução dos instrumentos de avaliação, coordenar a
aplicação desses instrumentos nas escolas amostradas e a coleta das respostas dos participantes, coordenar
a codificação dessas respostas, analisar os resultados e elaborar o relatório nacional.

O Pisa avalia três domínios – leitura, matemática e ciências – em todas as edições ou ciclos. A cada
edição, é avaliado um domínio principal, o que significa que os estudantes respondem a um maior número
de itens no teste dessa área do conhecimento e que os questionários se concentram na coleta de
informações relacionadas à aprendizagem nesse domínio. A pesquisa também avalia domínios chamados
inovadores, como Resolução de Problemas, Letramento Financeiro e Competência Global.

Desde sua primeira edição, em 2000, o número de países e economias participantes tem aumentado a cada
ciclo. Em 2018, 79 países participaram do Pisa, sendo 37 deles membros da OCDE e 42 países/economias
parceiras. O Brasil participa do Pisa desde o início da pesquisa.

Pisa 2022 – Como reflexo das dificuldades enfrentadas em virtude da pandemia de COVID-19, os países-
membros e associados da OCDE decidiram adiar a avaliação do Pisa 2021 para 2022 e do Pisa 2024 para
2025. O Pisa 2022 já se encontra em preparação e o domínio principal da edição será matemática. A nova
Matriz de Referência (ou Quadro Conceitual) de Matemática foi lançada oficialmente em 14 de outubro,
na Universidade de Oxford, coincidindo com o lançamento da versão eletrônica interativa, atualmente
disponível em nove idiomas, incluindo português de Portugal. A versão interativa está disponível on-line.

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