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LABORATÓRIO DE FÍSICA II

Pêndulo de Foucault

Docente:

Profª. Drª. Maria Lúcia Pereira Antunes

Discentes:

Eduarda Hadassa
Gabriella Eduarda
Miguel Caetano
Shirlei Araújo
Raoni Santos

Novembro/2018
Sorocaba
Sumário

1. objetivos ​…………………………………………………………… 2
2. Introdução ​……………………………………………………….. 2
3. Materiais e Métodos ​…………………………………………….. 5
3.1 Materiais para a construção do suporte ​…………………… 5
3.1.1 Métodos para a construção do suporte ​…………………..5
3.2 Materiais para o pêndulo ​…………………………………………6
3.2.1 Métodos para a montagem do pêndulo ​…………………..​ ​6
3.2.2 Preparação do pêndulo ​……………………………………... 6
3.2.3 Preparação da tinta ​………………………………………….. 7
3.2.4 Montagem do sistema ​………………………………………. 7
4. Resultados e Discussão ​………………………………………… ...9
4.1 Resultados Sem variação de massa ​………………………...11
4.2 Resultados Com Variação de Massa​​ ………………………. 12
5. Discussões ​……………………………………………………………. 14
6. Conclusão ​…………………………………………………………….. 14
7. Referências bibliográficas ​…………………………………………. 15

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1. Objetivo

O principal objetivo do projeto Engenhastro é calcular o período (T) e através


dele calcular a frequência (Hz) e a frequência angular (W) usando um pêndulo
desenhista semelhante ao pêndulo de foucault. O pêndulo desenhista é um pêndulo
divertido a fim de unir a criatividade com conhecimentos de física.

2. Introdução

Pêndulo de Foucault

O Físico francês Jean Foucault realizou, há mais de 150 anos atrás, um


belíssimo experimento que mostra como a rotação da Terra sob seu próprio eixo
pode alterar o percurso de um pêndulo simples.

O experimento consiste em um pêndulo composto por um corpo de massa


30kg, e um fio de 70m de comprimento, preso ao topo interior do Panthéon de Paris,
com sua base livre para girar, já que nela foi disposto um mecanismo para diminuir
o atrito, ou seja, o pêndulo tem liberdade de oscilação.
Sob o pêndulo foi colocada uma base circular com 6 (seis) metros de
diâmetro, dividida em graus, onde cada grau também foi dividido em quatro partes.

Como já era sabido na época, o período de oscilação de um pêndulo simples


é dado por:

T = 2π√l/g

onde:

T =​​ período de oscilação do pêndulo;


l =​​ comprimento do fio do pêndulo;
g =​​ aceleração da gravidade.

Ou seja, o período de oscilação do pêndulo não depende da massa do corpo.

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Depende única e exclusivamente do comprimento do fio e da aceleração da
gravidade.

Alterando os valores nós temos que o período de oscilação do pêndulo de Foucault


é dado por:

T = 2π√70/10 = 2π√7 .:. T ≈ 8,31s

Ou seja, o pêndulo deveria demorar 8,31s para sair do ponto A, ir ao ponto B


e voltar novamente ao ponto A, fazendo sempre essa trajetória, como em qualquer
outro pêndulo.
O esperado era que o movimento fosse linear, retilíneo, sob o plano
horizontal. Contudo, o resultado do experimento não foi esse. Depois de certo
tempo de movimento, foi-se percebido que a trajetória do pêndulo ia se alterando
conforme o tempo, exatamente 11º15' a cada uma hora, no sentido horário.

Com uma regra de 3 simples, podemos concluir que o pêndulo realiza uma
rotação completa a cada 32h, naquele lugar, aproximadamente.

​1h ー 11º,15'
x ー 360º

x ≈ 32h

O período T para o pêndulo realizar uma volta completa em torno de seu eixo
de rotação é dado pela razão entre o comprimento da circunferência descrita pelo
pêndulo no plano igual a 2π e a variação da velocidade:

Δv = w.r.sen(θ)
T(θ) = 2πr/w.r.sen(θ) = 24h/sen(θ)

Ou seja, para descobrir o período de rotação completo desse pêndulo, basta


dividir 24h (período de rotação da Terra) pelo seno da latitude do local onde o
pêndulo está localizado.

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Substituindo os valores, e sabendo que o Panthéon em Paris está na latitude
de 48,84º, temos que:

T =​​ 24/sen(48,84º)
T =​​ 24/0,7528
T ≈​​ 31,87h = 32h

O tempo que foi calculado anteriormente na regra de 3, provando que o


período de rotação total do pêndulo depende da latitude na qual ele está localizado.

Caso o pêndulo estivesse localizado no Polo Norte, o período de rotação


seria de 24h, já que sen(90) = 1, e a rotação se daria no sentido horário, por estar
no hemisfério norte. Se estivesse localizado no Polo Sul, o período também seria de
24h, porém, a rotação se daria no sentido anti horário, por estar localizado no
hemisfério Sul.

Caso estivesse no Equador, o tempo de rotação seria infinito, ou seja, não


haveria rotação, o pêndulo faria apenas o movimento que nós conhecemos, pois
sen(0) = 0.

Podemos fazer uma representação matemática da experiência realizada por


Foucault, onde θ é a latitude do local em que o experimento foi realizado, R é o raio
da Terra e r é o raio da oscilação do pêndulo no plano:

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O período t para o pêndulo realizar uma volta completa em torno de seu eixo
de rotação é dado pela razão entre o comprimento da circunferência descrita pelo
pêndulo no plano igual a 2π e a variação da velocidade, ou seja:

onde ω é a velocidade angular da Terra. Desta forma, temos que:

3. Materiais e Métodos
3.1 Materiais para a construção do suporte
● 9 tábuas de madeiras
● 9 Pregos
● 1 Martelo
● 1 Régua ( ± 0,01) cm

3.1.1 Métodos para a construção do suporte


Para a construção do suporte (Imagem 1), utilizou-se 9 tábuas de madeira, os quais
apresentam tamanhos diferentes, Logo utilizou-se 9 pregos para conseguir
sustentar a estrutura, sendo que estes foram fixados nas partes superiores,
montando-se assim os pés. Por conseguinte uma das tábuas de madeiras restantes
foi posicionada na parte superior dos pés e presa por pregos nas laterais.

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Imagem 1: ​Suporte​ ​para o Pêndulo construído com tábuas de madeira.

Fonte:​​ Autoria Própria.

3.2 Materiais para o pêndulo


● 1 litro de água
● 1 colher de sopa
● 3 colheres de sopa de amido de milho
● 1 panela
● Fogão
● Barbante
● Cartolina
● Cronômetro
● Fita Métrica
● Garrafa Pet (500 ml)
● Tinta guache

3.2.1 Métodos para a montagem do pêndulo


3.2.2 Preparação do pêndulo
Inicialmente para a construção do pêndulo, utilizou-se uma garrafa pet 500ml,
logo cortou-se está ao meio, a parte de baixo da garrafa foi descartada pois apenas
a parte superior seria utilizada. Fez-se um furo pequeno utilizando um arame na
tampa da garrafa, pois este será utilizado para que a tinta escorra, Logo utilizando o
mesmo arame fez-se 2 furos nas duas laterais superiores da garrafa,desta forma

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cortou-se um pedaço de barbante e o passou por dentro dos furos e fez-se um nó.
tal método servirá para prender a garrafa no barbante que estaria preso ao pêndulo.
Por conseguinte, para posicionar a garrafa no suporte de madeira, utilizou-se
um pedaço de barbante, tendo uma das pontas amarrada na garrafa, logo a outra
ponta foi amarrada ao prego que estava na parte lateral da madeireira do suporte
de, observando que a altura desta deveria ser suficiente para que a garrafa quase
encosta-se ao chão.

3.2.3 Preparação da tinta


Utilizando uma panela, acrescentou nesta 3 colheres de sopa de amido de
milho e 1 litro de água, logo levou esta ao fogo, e esperou até que a mistura se
torna-se homogênea, para que só assim a retira-se do fogo e aguarda-se seu
resfriamento. Por conseguinte, em um recipiente, transferiu-se um pouco da mistura
e acrescentou-se tinta; fez-se a mistura de ambas até que a tinta estivesse mais
homogênea , para que quando posta ao pêndulo está não escorre-se rápido.
OBS: A quantidade de tinta e mistura feita com o amido de milho e água são
insertas, logo que esta dependerá da textura da mistura, porém a mistura de ambos
devem ser igual a 150 ml.

3.2.4 Montagem do sistema


Com a garrafa já presa pelo barbante ao pêndulo, fechou-se o furo contido na
tampa com um pedaço de fita crepe, logo adicionou-se as 150 ml da mistura de
amido de milho, água e tinta, observou-se que a garrafa ficou com uma distância
menor que do chão, tal distância era de extrema importância para que a
garrafa oscila-se com ângulo correto. Logo afastou-se a garrafa criando um ângulo
pequeno, e retirou-se a fita contida na tampa a qual estava impedindo que a tinta
escorre-se. Por conseguinte soltou-se a garrafa e cronometrou-se 20 oscilações.
Por fim observou-se o desenho que a tinta fazia na cartolina, com o decorrer do
movimento do pêndulo.

● Para construir o Pêndulo cortou-se uma garrafa pet ao meio, utilizando


apenas a parte superior da garrafa;

● Foram feitos três furos paralelos na extremidade que foi cortada a garrafa.
Em seguida foi amarrado barbante entre os furos e a ponta foi fixada no
suporte de madeira;

● Para preparar a tinta foi utilizado 10 mL de tinta e uma colher de sopa de


amido de milho dissolvida em 10mL de água, totalizando 20mL. A mistura foi
aquecida em fogo baixo até engrossar (Imagem 2);

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Imagem 2: ​Mistura pronta de 200 mL.

Fonte: ​Autoria Própria.

● Para dar início ao experimento, primeiramente foi colocado a tinta dentro da


garrafa com a tampa fechada e cronometrado 20 períodos para 10 oscilações
para o movimento do Pêndulo Simples e posteriormente para o movimento
do Pêndulo de Foucault. A partir dos dados foram calculados suas médias e
desvios padrão, expressos nas tabelas 1 e 2;

● Em seguida foi feito um furo na tampa da garrafa e as oscilações do Pêndulo


de Foucault foram repetidas a fim de formar um desenho para observação de
seu comportamento (imagem 3);

Imagem 3: ​Desenho Elíptico formado pelas oscilações do Pêndulo de Foucault

Fonte: ​Autoria Própria.

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4. Resultados e Discussão

4.1 Resultados Sem variação de massa

Primeiramente, calculou-se o período do Pêndulo de Foucault e com um cronômetro


marcou-se 20 medidas a cada 10 oscilações do pêndulo sem variação da massa
(tinta),ou seja, o furo da tampa da garrafa estava vedado por uma fita e
consequentemente não houve a variação de massa. Anotou-se o tempo, dando
origem a Tabela 1.

Tabela 1: ​Período através de Oscilações


Períodos (s)

1º 1,789

2º 1,779

3º 1,823

4º 1,813

5º 1,834

6º 1,845

7º 1,842

8º 1,825

9º 1,893

10º 1,822

11º 1,925

12º 1,927

13º 1,913

14º 1,912

15º 1,823

16º 1,877

17º 1,879

18º 1,858

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19º 1,863

20º 1,863

Média e Desvio Padrão (1,85 ± 0,04) s


Fonte: ​Autoria Própria.

Após realizar o período, foi possível calcular a frequência através da Fórmula 1.

​ Fórmula 1: ​Frequência através do Período

​ T= 1/f, ou seja: f=1/T

A frequência é representada na Tabela 2.


 

​Tabela 2: ​Frequência (Hz)


Frequência (Hz)

0,525 0,579

0,533 0,540

0,533 0,539

0,550 0,558

0,527 0,523

0,525 0,518

0,538 0,518

0,524 0,541

0,538 0,540

0,537 0,524

Média e Desvio (0,53 ± 0,01)

Fonte: ​Autoria Própria.

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Por fim, com os dados obtidos, foi possível calcular a frequência angular através da
Fórmula 2.

​Fórmula 2:​​ Frequência Angular

A frequência angular é representada pela Tabela 3.

​ Tabela 3: ​Frequência Angular (w)


Frequência
Angular (W)

3,297 3,391

3,347 3,384

3,347 3,504

3,454 3,284

3,330 3,253

3,297 3,253

3,378 3,397

3,290 3,391

3,290 3,372

3,636 3,378

Média e Desvio (3,36 ± 0,08)

Fonte: ​Autoria Própria.

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4.2 Resultados Com Variação de Massa

Para calcular os resultados com variação de massa usa-se os mesmos


procedimentos e cálculos descritos anteriormente. A única observação é que
para haver a variação de massa a tampa da garrafa não estava vedada,
fazendo assim, o escorrimento da tinta. Desse modo, obtêm-se a Tabela 4, 5
e 6 representando o período, a frequência e a frequência angular.

Tabela 4: ​Período através de Oscilações


Períodos (s)

1º 1,814

2º 1,778

3º 1,825

4º 1,817

5º 1,779

6º 1,786

7º 1,789

8º 1,801

9º 1,823

10º 1,883

11º 1,884

12º 1,765

13º 1,875

14º 1,823

15º 1,823

16º 1,798

17º 1,799

1,850

12
18º

19º 1,876

20º 1,864

Média e Desvio Padrão (1,82 ± 0,03) s


Fonte: ​Autoria Própria.

​Tabela 5: ​Frequência (Hz)


Frequência (Hz)

0,551 0,530

0,562 0,566

0,547 0,533

0,550 0,548

0,562 0,548

0,559 0,556

0,558 0,555

0,555 0,540

0,548 0,533

0,531 0,536

Média e Desvio (0,54 ± 0,01)

Fonte: ​Autoria Própria.

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​ Tabela 6: ​Frequência Angular (w)
Frequência
Angular (W)

3,460 3,328

3,529 3,554

3,435 3,347

3,454 3,441

3,529 3,441

3,510 3,491

3,504 3,485

3,485 3,391

3,441 3,347

3,334 3,366

Média e Desvio (3,44 ± 0,06)

Fonte: ​Autoria Própria.

5. Discussões

Comparando a média e o desvio dos períodos, a frequência (Hz) e a


frequência angular (w) com variação de massa e sem a variação de massa, foi
possível perceber que os dados são semelhantes, isso nos faz perceber que a
massa não interfere na velocidade da oscilação do Pêndulo de Foucault.
O experimento não pode ser didaticamente preciso pois, foi feito com um
padrão de posição inicial mas com possíveis erros humanos.
Outro fator que dificultou a sua demonstração foi encontrar a textura certa da
tinta para formar o desenho, quando a textura certa foi encontrada, o experimento
fluiu certamente de modo que fosse possível a sua reprodução sem erros no
desenho.

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6. Conclusão

A partir do projeto realizado pelo grupo Engenhastros o qual utilizou os


conceitos de Pêndulo de Foucault, foi possível calcular o Período (T), a Frequência
(Hz) e a Frequência Angular (Hz). Os resultados obtidos podem possuir possíveis
erros humanos, no qual, é dificultoso acertar a textura da tinta correta e o ângulo
correto para produzir o desenho padrão.

Levando-se em consideração que o pêndulo desenhista apresentado foi


reproduzido em uma escala menor comparado ao pêndulo de Foucault original de
Paris, o experimento não é didaticamente preciso porém, com o pêndulo Desenhista
há a possibilidade de diversos estudos relacionados a física que podem ser
explorados. O projeto pode ser reproduzido facilmente a fim de proporcionar
conhecimentos educacionais em física com crianças.

7. Referências Bibliográficas

[1] PÊNDULO DE FOUCAULT. ​Disponível em


<​http://aterranaoeplana.blogspot.com/2015/12/pendulo-de-foucault.html​>. Acessado
em 05 de novembro de 2018 às 17h40.

[2] PÊNDULO DESENHISTA - MANUAL DO MUNDO​​. Disponível em


<​https://www.youtube.com/watch?v=E_cHdRb5XZQ​>. Acessado em 25 de Outubro
de 2018 às 18h00.

[3]​​ ​OSCILAÇÕES - DEPARTAMENTO DE FÍSICA​​. Disponível em


<​http://www.fisica.ufpb.br/~romero/pdf/16_oscilacoesVI.pdf​>. Acessado em 30 de
outubro de 2018 às 15h40.

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