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EXPERIMENTAÇÃO E O ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS

O processo de ensino-aprendizagem de ciências naturais não flui


facilmente, isso se deve em grande parte por falta de uma contextualização dos
assuntos abordados em sala de aula. As aulas são, na grande maioria das vezes,
teóricas cabendo ao aluno ter que imaginar a situação exposta pelo professor.
Somente imaginar, pode não ser suficiente para aceitar e por sua vez aprender
um conceito estudado em sala, além de poder não despertar o interesse dos
estudantes. Sendo dessa forma, o surgimento de uma determinada formula
físico, por exemplo, não fica tão compreendida.
Isso seria mais facilmente assimilado pelos educandos a medida que os
assuntos apresentados a eles tivessem uma conexão com o dia a dia, conforme
Piletti e Rossato:
Os problemas apresentados aos alunos podem ter a solução facilitada
na medida em que forem contextualizados a partir de situações
significativas da vida real. Assim, esse conhecimento fará mais sentido
para criança, em virtude de sua relação com o cotidiano, haja vista que
a relação com as experiências prévias conta muito. (PILETTI e
ROSSATO, p.41).
Como por exemplo, o professor demonstrar que em uma simples ida para
instituição de ensino estão presentes algumas situações físicas, como a
velocidade média que o aluno percorreu até à escola e a presença da força de
atrito (que sem sua presença não haveria movimento do aluno na caminhada),
fazendo assim, uma ligação do assunto com o cotidiano fica evidente que haverá
uma melhor fixação do conteúdo trabalhado em sala de aula, se for relacionado
com os conhecimentos prévios que cada aluno traz consigo.
Segundo Coll etal (2007) [...] para que os alunos aprendam de forma
significativa devem ativar um conjunto de conhecimentos prévios que possam
ser relacionados coerentemente com o conteúdo que se busca aprender.
Seguindo essa ideia, os experimentos são fortes aliados no processo de
ensino-aprendizagem, pois abordam o assunto tratado em sala de aula de uma
nova perspectiva, de uma perspectiva experimental, facilitando a visualização e
a compreensão do assunto tratado, além de poder ser lúdico, atraindo a atenção
dos alunos. Passando a ter mais de um modelo de estudo ajudando na retenção
de conhecimentos de acordo com Coll etal:
Vários estudos demonstram que, mediante a aprendizagem de
modelos distintos sobre o mesmo fenômeno, os alunos entendem
melhor o modelo que devem aprender no final do que quando este lhes
é ensinado diretamente como único objeto de aprendizagem. (COLL;
etal ,2007, p.367)

Os experimentos devem ser escolhidos com cuidado, pois devem levar


em conta as situações do dia-a-dia para uma melhor compreensão do assunto
estudado pelos alunos.
REFERÊNCIAS

PILERRI, Nelson; ROSSATO, Solange Marques. Psicologia da aprendizagem:


da teoria do condicionamento ao construtivismo. 1ed. Contexto. São Paulo,
2015.

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