Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FILTROS SOLARES
I - INTRODUÇÃO
Filtros solares são substâncias que possuem a capacidade de absorver, refletir ou
espalhar a luz incidente. Para ser eficaz, um filtro deve apresentar espectro de faixa
ampla e excelente absorção / espalhamento ultravioleta.
Durante o verão, nos expomos mais ao sol do que em outras épocas do ano. A maioria
das atividades de lazer, tais como banho de sol, mar e piscina, prática de esportes na praia
e ao ar livre, e mesmo diariamente, a incidência dos raios solares sobre a pele aumenta de
forma considerável,e portanto, a necessidade de fotoproteção também é maior.
Como se sabe, o aspecto saudável que o bronzeamento confere nem sempre é
verdadeiro, pois os riscos de queimaduras (eritema/edema), envelhecimento precoce e
câncer de pele relacionado às radiações UVB e UVA solares estão sempre presentes, mas
podem ser minimizados através de cuidados especiais, como uso de chapéus, guarda-sóis,
óculos escuros, evitar exposição solar entre 10:00 e 15:00 horas, e principalmente pelo uso
de produtos contendo filtros solares. Estes produtos destinam-se à proteção da pele,
lábios e cabelos e podem ser desenvolvidos em diversos FPS (Fator de Proteção Solar) de
acordo com os tipos, quantidades e associações de filtros empregados.
As formulações fotoprotetoras atuais utilizam associações de filtros para
aumentar a faixa de proteção, minimizando os riscos da utilização de filtros isolados em
altas concentrações, necessárias para obtenção de FPS elevados.
II – O ESPECTRO SOLAR
É composto de três zonas fundamentais: luz ultravioleta, luz visível e luz
infravermelha presente nas proporções de 15, 60 e 25%, respectivamente. O comprimento
de onda (λ) é dado em nm (nanômetro 10-9 m) e de cada faixa da radiação do sol
corresponde as seguintes características:
PENETRAÇÃO NA PELE
2) Eritema / Edema
A queimadura solar que se manifesta como um processo inflamatório no qual
predominam eritema, calor e dor, é provocada pela ação da luz UVB. Ocorre
vasodilatação, aumento do fluxo sangüíneo e alteração da permeabilidade da pele. Estes
efeitos se devem a liberação de citotoxinas e mediadores inflamatórios, resultantes
dos danos provocados na membrana celular, distúrbios no DNA e RNA e alterações na
síntese protéica, induzidos pela radiação UV. Sendo a radiação UVB a única responsável
pelos efeitos eritematógenos, cabe lembrar que a medida do FPS, refere-se
exclusivamente à proteção relativa a esta faixa do espectro.
3) Câncer
Um dos efeitos cumulativos mais graves resultantes da exposição às radiações UV ,
sem dúvida, o câncer de pele. Os raios UV alteram a resposta imune e a distribuição das
células imunocompetentes, diminuindo assim, a capacidade do sistema imunológico de
reconhecer antígenos tumorais e/ou destruir células malignas. Há evidências clínicas de
que o DNA celular seria o alvo principal da luz UV. Estatisticamente, observa-se maior
incidência de câncer de pele em pessoas de pele claras, em especial, ruivas e loiras, que
4) Fotoenvelhecimento
A pele fotodanificada resulta em uma aparência prematuramente envelhecida, em
função de alterações inestéticas, tais como, rugas, manchas, amarelamento,
espessamento e ressecamento progressivo. Sendo assim, a exposição crônica à luz solar
induz a alterações que se fariam notar apenas muito mais tarde, em especial aquelas
relacionadas a microtopografia, microcirculação reduzida, perda de tônus, alterações
na integridade e quantidade de tecido elástico na derme (elastose), atipia epidérmica e
displasias.
5) Infância
Os riscos de efeitos fotocarcinogênicos devidos à exposição solar encontram-se
consideravelmente aumentados na infância, sendo que em condições normais, a criança
possui três vezes menos proteção à luz solar do que um adulto. Cânceres de pele
(carcinoma basocelular e epinocelular) tem sido associados a exposição curta e intensa
e a queimadura solar. Recomenda-se portanto, o uso regular de fotoprotetores FPS 15
durante os primeiros 18 anos de vida, além da restrição da exposição solar, pois estas
medidas podem reduzir em até 75% a incidência de câncer de pele.
b) Filtros Físicos: Por sua vez, refletem e espalham a luz UV, formando um filme
protetor sobre a pele. A tecnologia atual desenvolveu filtros físicos com tamanho
reduzidos de partículas o que permite a máxima reflexão da luz UV com mínima
interferência na região visível. Isto assegura elevada performance e transparência
de aplicação na pele. Ex: Dióxido de titânio, óxido de magnésio, silicato de
magnésio, óxido de zinco, óxido de ferro e caulim.
a) Ativadores do bronzeado:
São produtos à base de carotenos. Não foi muito bem aceitos pelas autoridades
sanitárias, pois facilmente seriam considerados como medicamentos, apesar da sua
aparente inocuidade. A cor alaranjada que conferem não tem nada a ver com o bronzeado e,
portanto, não confere nenhuma proteção, causando idéia falsa em muitos veranistas que se
expõem imediatamente ao prazer mórbido dos raios solares e que, passado algum tempo,
apresentam queimaduras profundas. Somente acelera o bronzeamento pois contem tirosina
que oxida e produz melanina, mas teria que adicionar alguns substratos para deixar livre a
tirosina.
b)Bronzeador simulatório:
É um bronzeado muito rápido, após 2 – 3 horas de aplicação, já tem um bronzeado.
O produto chave é a DIHIDROXIACETONA (DHA), mas tem que ter um bom veículo, pois
pode manchar a pele do usuário. A associação com tirosina, promove um bronzeado mais
homogêneo. Este escurecimento da pele é independente da melanogênese, e resulta da
combinação da DHA com os ácidos aminados da pele, e com o aparecimento de compostos
chamados melanoidinas. As formulações baseadas nestas substâncias apresentam-se,
muitas vezes, associadas a filtros solares, uma vez que esta coloração pelo DHA é só
aparente, e não oferece nenhuma proteção à penetração dos raios UV. A aplicação deve ser
feita de forma uniforme, tendo cuidado com locais em que a epiderme for mais espessa
(planta das mãos, dos pés, etc.), pois o grupo de coloração varia com a espessura da camada
córnea.
Exemplo: A DEM em uma pele tratada com fotoprotetor ocorreu após 180 minutos de
exposição à radiação solar e a Dem na mesma pele, desprotegida e sob as mesmas
condições, ocorreu após 15 minutos de exposição.