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PSICOTERAPIA
HOLÍSTICA
Módulo 01
FUNDAMENTOS DA TERAPIA HOLÍSTICA
Módulo 1 - Aprendendo a estudar no sistema EAD | Introdução às terapias
Holísticas | Universo de ação das terapias holísticas | Fundamentos legais da
Terapia Holística | Ética e Responsabilidade | Paradigma Holístico e Cartesiano
Introdução
Você precisa ter disciplina, hábito e persistência: a maior causa de desistência dos
alunos de um curso a distância é a falta de auto-disciplina e de criação de um hábito
eficaz de estudo. Reserve pelo menos 4 a 5 horas por semana para estudar o
material de um módulo e fazer os exercícios e trabalhos, e responder ao
questionário de avaliação do conhecimento. Tente criar um hábito (por exemplo, dois
dias por semana, das 9 ás 11 da noite), como se você estivesse tendo o
compromisso de ir a um curso presencial. Não desista do curso se em uma semana
não der para cumprir o prometido (como se você tivesse "faltado"): os materiais
continuam disponíveis e você pode compensar o tempo perdido se dedicando em
dobro. Nunca "falte" mais de uma semana, pois ai você terá que triplicar ou
quadruplicar o trabalho em uma semana só, e evidentemente a chance de você
conseguir tempo para isso será muito baixa!
O que é Holismo
O termo vem do grego, onde Holos significa "inteiro", "todo". Remonta aos pré-
socráticos e já era utilizado e foi consagrado por Heráclito (544 aC - 484 aC) quando
afirmava que "as partes estão no todo e o todo nas partes". Ou seja, um sentido de
integração.
O Holismo resgata a visão de que o ser humano é um todo composto por aspectos
físicos, emocionais, espirituais e mentais, sendo um interagindo com o outro.
Observar o ser humano apenas através de um destes aspectos é perder de vista sua
integridade, sua "inteireza".
A medicina ortodoxa ocidental, por exemplo, é bastante conhecida por sua atuação
através de medicamentos buscando a cura através da remoção de sintomas e
muitas vezes mascarando as reais causas que não são físicas e sim, emocionais,
mentais ou mesmo espirituais. A própria OMS - Organização Mundial de Saúde, há
muito já mudou o conceito de saúde de "ausência de doença" para "bem estar físico-
psico-social", onde demonstra o reconhecimento da amplitude do ser humano.
Daí todo o preconceito que ocorre, pois muitas vezes vemos as práticas da Terapia
Holística, associadas ao charlatanismo, a alguma crença ou mesmo, que são
simplesmente inócuas.
Mas como dito anteriormente, o que vale é a eficácia e se o profissional for
dedicado, estudioso e estiver sempre se reciclando, se atualizando, de certo seus
clientes serão a maior prova de que a Terapia Holística é uma opção válida para
promover o bem estar e qualidade de vida do ser humano.
As Terapias Holísticas
Holístico (outro termo de origem grega), significa o Todo, o conjunto, porque dentro
do conceito holístico as doenças não devem ser catalogadas de forma mecânica,
mas devem ser analisadas dentro de um todo. O homem não é apenas o corpo físico
e perecível, o homem sente, pensa, e tais processos interferem em sua constituição.
Enfim, a Terapia Holística propõe um novo paradigma de saúde, utilizando métodos
naturais e na maioria das vezes pouco invasivos, entre as técnicas mais conhecidas
de abordagem holística temos a acupuntura, o reiki, a fitoterapia, a radiestesia, e a
cromoterapia entre muitas outras.
Poderíamos dizer que “uma visão holística do homem é uma visão que se refere ao
conjunto, ao todo, em suas relações com as partes, à inteireza de todos os seres”.
É sob esta visão que vemos enquadrar-se o terapeuta holístico. Para alcançar este
objetivo, o trabalho do terapeuta junto a seu cliente é o de perceber continuamente o
conflito mental ou emocional mais evidente e buscar os recursos que possam ajudá-
lo a superar este estado e, ao mesmo tempo que estimula a sua coragem de
recuperar-se, deixar que a força interior do próprio cliente atue sobre ele mesmo,
pois “todo verdadeiro conhecimento vem apenas de dentro de nós mesmos, através
da comunicação silenciosa com a alma” .
Boa parte das técnicas que aplicamos na Terapia Holística são anteriores à própria
humanidade. Os animais utilizavam as plantas para se tratar, muito antes dos
primeiros homens surgirem; também já faziam uso da geoterapia, alongamento,
artes marciais, relaxamento... É natural presumir que, desde sua origem, os seres
humanos herdaram tais conhecimentos instintivos e/ou rapidamente os apreenderam
pela observação.
As enfermidades são mais antigas que o homem. Nosso mais antigo ancestral
encontrado com evidências de desequilíbrios (no caso, eram problemas ósseos) era
um Homo erectus de 800.000 anos atrás.
O xamã é, antes de tudo, o porta-voz oracular de seu povo. É ele o iniciado nos
mistérios da natureza, nos segredos dos ciclos de vida e morte, nos fenômenos
mórbidos ou climáticos que podem ameaçar sua comunidade. Professando um papel
de agente equalizador de forças, mediante sua cumplicidade com a natureza, o
xamã detém a sabedoria de interpretar os seus desígnios e escutar os seus apelos a
fim de contrapor às vicissitudes e às intempéries da vida seus ritos e passes
capazes de reinstaurar a ordem cósmica, garantindo assim a permanência de sua
gente ao longo das gerações.
O xamã opera sempre atento aos sinais que possam ser lidos à sua volta; ele ouve
as pulsações da terra, compreende o caráter dos ventos e tempestades, entende o
que lhe dizem os animais, extrai conhecimento de plantas sagradas, vale-se das
propriedades medicinais dos reinos mineral, vegetal e animal que o cerca, e prevê
em razão de eventos observados a tendência das ocorrências vindouras.
O xamã é aquele que atualiza em seu contexto cultural uma tendência inata da
espécie humana, que consiste em criar símbolos e transformar inconscientemente o
significado de objetos, seres vivos ou eventos naturais, de modo a conferir-lhes uma
importância psicológica mais profunda (ou mesmo sagrada), para daí fazer uma
leitura sincronística dos fenômenos todos que os agreguem.
Nas mais variadas culturas, o consenso era a de que o equilíbrio seria o estado
natural e as desarmonias decorreriam por desagrado aos deuses, às forças da
natureza, ao Universo. Toda enfermidade teria uma mensagem a ser compreendida,
cuja importância ia além do indivíduo, sendo comum a participação de toda a
comunidade no tratamento.
Como as mulheres eram proibidas nas escolas médicas, resulta daí que todas as
que ofereciam terapia, eram condenadas às fogueiras da Inquisição... Felizmente,
nem todo o fogo da Igreja foi suficiente para queimar a sabedoria milenar, que
gradativamente vem sendo resgatada e revalorizada em nossos tempos.
Nos últimos séculos, a sociedade havia saído de uma ditadura religiosa, onde um
grupo de sacerdotes de elite determinavam o que era ou não verdade, de acordo
com suas interpretações pessoais das leis divinas, emergindo para uma ditadura
“científica”, onde um grupo de cientistas de elite determinam o que é ou não
verdade, de acordo com suas interpretações pessoais das leis do universo... Nesta
nova ordem, a medicina continua no poder, aliada íntima da ciência, dotada de
grande prestígio, a tal ponto de dar-se ao luxo de dispensar de seus domínios certas
técnicas que consideravam menos elitistas, permitindo a existência de psicólogos
para cuidar da psique, dos fisioterapeutas para o corpo, odontólogos para a dentição
e enfermeiros para o amparo diário. As técnicas milenares, então, lhes pareciam
indignas de sua nobre atenção, já que em nada se enquadravam dentro dos dogmas
científicos. Supunham que a sociedade, cada vez mais esclarecida, descartaria as
terapêuticas milenares. Contudo, assim como na Idade Média, estas técnicas
passaram a ser mais e mais procuradas. Se antes era por total falta de opção, nos
tempos modernos a procura se dá por livre escolha.
Tão incomodados quanto a Igreja medieval, porém, sem poder lançar mão dos
recursos das fogueiras, a elite atual fez uso de novo poder de fogo: a criação e
interpretação distorcida das leis humanas... Antes, os tribunais da Inquisição, com
suas fogueiras; agora, os juris cíveis e criminais, com suas prisões e multas. Temos
que admitir que alguma coisa melhorou...
Na virada do século XX, iniciando o XXI, os perseguidos se deram conta que abriram
mão demais, pois estavam perdendo justamente aquilo que lhes era o diferencial;
constataram, atônitos, que tanto cederam aos poderes dominantes, que estavam
perdendo sua identidade !
Resgatando o milenar e abraçando o novo, contudo, sem jamais voltar a abrir mão
da verdadeira identidade: sejamos TERAPEUTAS HOLÍSTICOS hoje,
orgulhosamente herdeiros assumidos das terapias milenares de outrora.
Inicia pela entrevista com o cliente e com a descrição dos sintomas da doença
baseada nas informações oferecidas por ele (anamnese terapêutica); depois, usa
técnicas de diagnóstico energético para descobrir distúrbios já instalados no corpo
físico ou que ainda estejam no campo energético (aura) e prestes a se manifestar no
físico. Em seguida, procura dissolver os bloqueios de energia que se tornariam
doença, harmoniza os Chakras do consulente e trata as áreas ou órgãos afetados.
Cada terapia tem os seus próprios casos em que é contraindicada, geralmente não
no todo e sim parcialmente. Por exemplo, há pontos de reflexologia
desaconselhados para gestantes e hipertensos, mas há outros que poderão tratá-las
sem prejudicar a gravidez.
Panorama de mercado
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HISTÓRICO
Entre as dezenas de terapias alternativas e/ou holísticas disponíveis no Brasil,
dentre as mais conhecidas estão a fitoterapia , a homeopatia, a massoterapia, a
acupuntura, o Reik, entre outras inúmeras terapias que utilizam técnicas chinesas
corporais para estimular a saúde física e mental das pessoas de forma natural. Com
destaque especial a homeopatia que, além do seu uso em humanos é também
utilizada em animais, no cultivo de plantas onde atua corrigindo o solo e como
despoluente de rios e lagos.
Depois das plantas medicinais (a fitoterapia), a mais antiga das terapias
popularmente usada no Brasil é a Homeopatia que, criada pelo médico Alemão
Christian Friedrich Samuel Hahnemann, (1755 -), na cidade de Meissen na
Alemanha Oriental (Alta Saxônia). Filho de cristãos Luteranos, seus pais escolheram
cuidadosamente seu nome, sendo Christian em honra a Jesus Cristo, Friedrich em
homenagem ao Rei Frederico II da Prússia e Samuel em homenagem ao último juiz
da Bíblia cujo nome significa “Deus me ouviu”. (Passos, 2011, p. 12).
Hahnemann, decepcionado, abandona a medicina e se dedica a tradução de livros
até que se depara com um livro de Cullen com a seguinte frase: “Um doente ao ser
tratado com o medicamento capaz de produzir no corpo são, um conjunto de
sintomas e sinais semelhante aos que ele apresenta”, foi o marco inicial de suas
inúmeras experiências com os amigos e parentes, criando assim as “centesimais
Hahnemanianas” que são as diluições homeopáticas. (Passos, 2011, p.13 e 14).
A história da homeopatia é marcada por perseguições pela classe médica e
farmacêutica desde a sua criação por Hahnemann, em razão da sua praticidade e
simplicidade na preparação.
Em 1810 Hahnemann publicou o Organon da Medicina Racional, que é amplamente
utilizado pelos amantes da homeopatia até os dias atuais. Após o Organon, publicou
inúmeras obras, todos na área da homeopatia. Realizava conferências que lhe
proporcionaram muitos discípulos.
Já idoso, enfrentou vários movimentos médicos contrários a seus métodos de cura,
perseguições que o obrigaram a abandonar seu país de origem e partiu para viver
seus últimos 10 anos de vida em Paris, onde morreu aos 88 anos e totalmente
lúcido. No entanto, não deteve para si o conhecimento adquirido e o divulgou
amplamente através de seus discípulos e das pessoas a quem curou com sua
revolucionária ciência, a exemplo do médico francês Bento Mure. (Passos, 2011, p.
15).
Trazida ao Brasil pelo médico Bento Mure, que após tratamento realizado com
Hahnemann, se encantou pela homeopatia e lutou por muito tempo para sua
introdução nas faculdades de medicina no Brasil. Todavia, sempre houve resistência
por parte das escolas de medicina por ser pouco rentável. Revoltado Bento Mure
resolveu propagá-la entre populares e profetizando disse que: “ a homeopatia seria a
terapêutica do futuro”. (Moreno, 2004, p. 62).
Na década de 60 houve a regulamentação das farmácias e laboratórios
homeopáticos, esta regulamentação dispõe sobre a manipulação, o receituário, a
industrialização e venda de fármacos homeopáticos. Em 1979 a Associação Médica
Brasileira reconhece parcialmente a homeopatia como especialidade médica.
(Passos, 2011, p. 23).
Em 1999 o Ministério da Agricultura pela portaria de nº 007/17/01/99 liberou o uso da
homeopatia na agricultura e pecuária. Assim se permite a divulgação das vantagens
e benefícios desta ciência na produção agrícola e animal e aponta as desvantagens
do uso de antibióticos, de defensivos agrícolas e agrotóxicos, sendo os últimos,
causadores de doenças no ser humano, nos animais e ainda causam danos
irreversíveis ao meio ambiente. (Casali, 2008, p.23).
A Fundação Banco do Brasil (FBB) certificou a homeopatia na agricultura da
Universidade Federal de Viçosa, Estado de Minas Gerais, como “tecnologia social”
por considerar os benefícios resultantes do seu uso na produção de alimentos livres
de agrotóxicos e sem agressões ao solo: “método de impacto com resultado
comprovado que soluciona o problema social do uso racional/ecológico na terra
quanto a produção de alimentos saudáveis, respeitando a biodiversidade e
dispensando os agrotóxicos das propriedades rurais”. (Moreno, 2004, p.163).
Quanto aos demais métodos de terapias alternativas, como a massoterapia,
acupuntura e todos os outros métodos considerados terapêuticos, têm origem em
culturas orientais, principalmente da Índia e China. (Souza e Luz , 2009, on line).
Para Luz essa transformação cultural ocorrida no Brasil se deu principalmente pela
aceitação e integração de visões orientais de mundo, onde se valoriza a integração
do homem com a natureza e a sociedade, o que contribuiu para introdução no
cenário brasileiro, de crenças e práticas religiosas distintas das habituais e o
surgimento de novas práticas terapêuticas. (Souza e Luz , 2009).
Outro fator, apontado por Luz, pela crescente demanda por novas práticas
terapêuticas no Brasil, é a deficiência no atendimento a população na área da saúde
convencional: “as crises da saúde e da medicina evidenciam, respectivamente, as
lacunas dos sistemas coletivos de saúde e da terapêutica da biomedicina, incapazes
de atender à totalidade das demandas de saúde das populações.” (Souza e Luz ,
2009, on line).
Previsto no art. 1º, III, da CF/88 o princípio da dignidade humana, considerado por
Ferraz Filho “como o valor fonte de todos os direitos fundamentais” e segue
afirmando que:“.busca reconhecer não apenas que a pessoa é sujeito de direitos e
créditos diante dessa ordem, mas é um ser individual e social ao mesmo tempo.”
Finaliza afirmando que “A dignidade humana constitui um valor único e individual,
que não pode, seja qual for o pretexto, ser sacrificado por interesses coletivos”.
(Ferraz Filho. Constituição Federal Interpretada. 2010, p. 5).
Para Luna, ao ser estabelecido pela CF, o princípio da dignidade humana, que é
ponto norteador do Estado de Direito que agregado a democracia, estabelece ao
cidadão direitos e mecanismos para estabelecimento e garantias destes direitos:
O Princípio do Direito a Vida previsto no art. 5º, caput, que além de abranger o
direito de continuar vivo, de não ser morto, abrange também o direito de uma vida
digna. (Lenza, 2010, p. 748).
Portanto, para ter garantido o direito a vida e a vida digna é necessário que se tenha
saúde, logo, qualquer ato contra a saúde e o bem estar da pessoa, seria um
atentado contra a vida. O direito a vida e a saúde garantem ao cidadão buscar os
meios que lhe forem convenientes e adequados para manter seu bem estar físico e
emocional.
Nos termos do art. 5º, XIII, da Constituição Federal: “é livre o exercício de qualquer
trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer”. (CF/88).
Em julgado, o Procurador Geral da República, citado por Moreno na pg. 290
referente à prática e ensino da homeopatia pela UFV – Universidade Federal de
Viçosa, em que o Conselho Federal de Medicina aponta irregularidades dizendo ser
o ensino e a prática restritos aos profissionais médicos. O Procurador se posiciona
no sentido de que algumas práticas profissionais podem ocorrer apenas pelo
conhecimento prático adquirido em estágios, que é possível transmitir o
conhecimento adquirido pela experiência a outros profissionais:
…toda profissão implica algum grau de conhecimento. Mas muitas delas, muito
provavelmente a maioria, contentam-se com um aprendizado mediante algo
parecido com um estágio profissional. A iniciação destas profissões pode se dar pela
assunção de atividades junto ás pessoas que as exercem, as quais , de maneira
informal, vão transmitindo os novos conhecimentos”. (Moreno, 2004, p. 290).
O princípio da liberdade de consciência, crença e culto previsto no art. 5º, VI, VII e
VIII, “assegura a inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença e
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e as suas liturgias”. (CF/88).
Liberdade de consciência é o estado moral interior do indivíduo, é o sentimento
subjetivo e intangível de aprovação ou remorso pela prática de determinados atos
segundo Ferraz Filho. (Ferraz Filho. Constituição Federal interpretada. 2010, p. 19).
A busca por estilos alternativos de vida, como uma conduta ambientalmente correta,
uma alimentação saudável, a prática de meditação e o uso de produtos naturais,
buscar estímulos de forma natural para reequilíbrio da saúde do corpo físico e
emocional, são convicções filosóficas, ou seja, uma filosofia de vida em que estão
integrados a natureza, os animais e as pessoas. E por se tratar de filosofia de vida,
logo é constitucionalmente garantido.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com as mudanças culturais que ocorreram nas últimas décadas, a procura por
tratamentos alternativos não invasivos, vem aumentando gradativamente, bem
como, o número de profissionais que atuam nessa área, fato que tem gerado
conflitos de interesses por parte dos profissionais da área médica levando-os a
editar resoluções com intuito de impedir a atuação dos terapeutas.
No entanto, a competência para analisar a legalidade ou ilegalidade da prática das
terapias alternativas por não médicos, não é da classe médica e de seu Conselho,
que como autarquia, tem poderes para legislar somente no âmbito interno e cabe a
União dispor sobre a abrangência de cada atividade, porém respeitando o princípio
constitucional do livre exercício de profissão.
Logo, as terapias alternativas podem ser exercidas dentro dos parâmetros normais
de atuação de qualquer outra categoria profissional e tem respaldo jurídico na
Constituição Federal/88 que prevê o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, além dos princípios constitucionais como: da dignidade da pessoa
humana e da liberdade concernentes a autonomia privada no que se refere ao
direito de escolha da forma que deseja realizar algo, ou seja, o direito de cada
pessoa em optar pelo tratamento de saúde que desejar.
Seria um retrocesso criar normas ou Leis com intuito de proibir a atuação dos
terapeutas não médicos, pois trata-se, de campos de atuação distintos, a proibição
iria de encontro aos Princípios Constitucionais do livre exercício de trabalho, ofício
ou profissão e do princípio da liberdade de escolha por parte do paciente quanto ao
tratamento que lhe seja mais conveniente, considerando que a saúde tradicional
alopática é limitada, fracionada e inacessível a grande maioria.
REFERÊNCIAS
O que é Ética:
Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra
ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter.
A ética pode ser confundida com lei, embora que, com certa frequência a lei tenha
como base princípios éticos. Porém, diferente da lei, nenhum indivíduo pode ser
compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos a cumprir as normas éticas, nem
sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; mas a lei pode ser omissa
quanto a questões abrangidas pela ética.
A ética abrange uma vasta área, podendo ser aplicada à vertente profissional.
Existem códigos de ética profissional, que indicam como um indivíduo deve se
comportar no âmbito da sua profissão. A ética e a cidadania são dois dos conceitos
que constituem a base de uma sociedade próspera.
Ética e Moral
Ética e moral são temas relacionados, mas são diferentes, porque moral se
fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais,
hierárquicos ou religiosos e a ética, busca fundamentar o modo de viver pelo
pensamento humano.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
O Terapeuta Holístico
Utilizar-se de técnicas que não se lhe sejam vedadas ou proibidas por lei federal,
podendo, inclusive, fazer uso de instrumentos e equipamentos não agressivos, bem
como produtos cuja comercialização seja livre, além de orientar a pessoa atendida
através de aconselhamento profissional;
O Terapeuta Holístico:
Não será conivente, com erros, faltas éticas, crimes ou contravenções penais
praticadas por outros na prestação de serviços profissionais;
Não intervirá na prestação de serviços de outro Terapeuta Holístico, salvo se: a
pedido do próprio profissional ou quando comunicado por qualquer uma das partes
da interrupção voluntária do atendimento ou quando se tratar de trabalho multi-
profissional e a intervenção fizer parte da metodologia adotada; em situações
emergenciais, devendo comunicar o fato imediatamente ao outro Terapeuta
Holístico;
Terapeuta Holístico não é médico, não é psicólogo e não está habilitado para
tal, por tanto, não faz diagnóstico, não receita medicação, não utiliza técnicas
de tratamento de uso exclusivo da medicina ou da psicologia. Na Terapia
Holística, o recomendável é que se usem os termos "cliente" e “atendimento”
ao invés de paciente e consulta, pois por definição traduz-se no indivíduo que
confie seus interesses habitualmente a uma mesma pessoa.
DO SIGILO PROFISSIONAL
A palavra paradigma vem sendo usada frequentemente desde que o filósofo e físico
Thomas S. Khun a empregou em seu livro The Structure of Scientific Revolutions,
significando modelo ou padrão a ser seguido para o estudo dos fenômenos e da
realidade. Representa um sistema de aprender a aprender e determina normas para
o desenvolvimento do conhecimento futuro.
Módulo 02
CORPO FÍSICO E CORPOS SUTIS
Sabemos que toda doença tem sua origem no psicossoma, ou seja, tem origem
emocional, e por tanto, para se sanar a dor ou doença, o ideal é esvaziar e
ressignificar esse sentimento. Mas num momento de emergência, o Reiki pode
aliviar uma dor ou sintoma em um órgão específico.
1 - A estrutura da Aura
Aura interna – dela visualizamos pontos de oscilações, que são coloridos. Ela pode
mudar de cor, conforme o estado emocional e energético da pessoa.
A ANATOMIA DA AURA
Segundo relata Barbara Ann Brennan, no livro Mãos de Luz, na página 57, as
camadas da aura de número 1, 3, 5 e 7 possuem uma estrutura definida, ao passo
que a segunda, quarta e sexta camadas são compostas de fluidos, sem nenhuma
estrutura particular.
Dessa forma, temos 7 camada que ocupam todas o mesmo espaço ao mesmo
tempo, cada qual se estendendo para fora além da última. Diferente do que
comumente se imagina a aura não se assemelha a uma cebola, feita de camada
distintas entre si, antes é como um arco-íris, composto por 7 espectros de cores, que
não apenas formam camadas, mas também se sobrepõe umas às outras.
OS CANAIS BIOPLASMÁTICOS
OS CHAKRAS
Os Chakras são centros energéticos que trabalham em sintonia entre si e com todo
o nosso corpo físico e psíquico, estão inter-relacionados com os sistemas
parassimpático, simpático e sistema nervoso central.
A sua função é revitalizar,
equilibrar e interagir com o corpo físico e psíquico, trazendo desenvolvimento à
nossa consciência.
Os Chacras são vórtices, tipo remoinho, ciclones em miniatura, que fazem circular as
energias numa determinada vibração. Temos no corpo humano mais de 88.000
chakras, hierarquizados por ordem de importância. Nesta ordem temos os 7 Chakras
Principais ou Magnos, 21 chakras grandes e os demais se dividem em médios e
pequenos. Os chakras principais estão situados nos plexos, nas redes ou
interconexões de nervos, vasos sanguíneos ou vasos linfáticos.
Na cultura indiana os chakras também são chamados de Lótus porque a sua forma
faz lembrar uma flor com pétalas e são muitas vezes representados graficamente
dessa forma. Cada um tem uma cor, um mantra e um elemento que o estimula. Os
seus movimentos são constantes, regulam todo o sistema endócrino e funcionam
como centros de captação, contenção e distribuição de energia para todo o corpo.
OS SETE CHAKRAS MAGNOS
OS CHAKRAS SECUNDÁRIOS
Chakras das Mãos: Localizados na região central das palmas das mãos.
Caracterizados por estarem numa região terminal do corpo, denotam ponto de
entrada ou escape de energia. São os chakras de ativação mais fácil e seguro,
sendo que sua ativação permite o desenvolvimento da capacidade de sentir
energias sutis e também de sentir a aura. Manipulação energética. São pontos de
entrada ou escape de energia.
Este chakra tem um papel à parte. Tem a mesma característica do cristal branco:
aciona ou desativa energia.
Chakras dos Pés: Localizado nas solas dos pés, sua finalidade é descarregar
energia elétrica (estática) gerada pelo corpo físico (Um dos pés a energia é aferente
= Conduz de fora para dentro. No outro é eferente = Conduz de Dentro para fora),
como também a absorção prânica. Aterramento. Relação com a Mãe Terra.
Estabilidade em geral.
Chakra do Timo e Alta Major: Organiza o fluxo de energia para as pernas, pélvis,
espinha em geral e barriga. “O chakra do timo é associado com a energia crística
(situa-se entre o chakra cardíaco e o laríngeo); e o “alta major” é associado com a
canalização (situa-se na parte de trás das nossas cabeças, abaixo da nossa região
occipital).”.
Chakra Void: Cercando os chakras umbilical e o plexo solar, está o Void que
representa o princípio do mestre dentro de nós. Quando a Kundalini é despertada e
passa através do Void, esse princípio do mestre é estabelecido: “Assim, como diz
Shri Mataji, na Sahaja Yoga, você se torna seu próprio guru. É capaz de se livrar de
tudo que o escraviza, tornando-se o seu próprio mestre.”.
Câmara Secreta do Coração: Este é o Chakra Secreto ligado ao oitavo raio, ele
tem oito pétalas, situa-se atrás do chakra do coração. Este é o lugar sagrado de
Deus no homem, é aqui que se encontra o altar secreto do nosso Santo Cristo
Pessoal. Neste altar podemos colocar tudo o que nos é mais sagrado como uma
espada de luz ou um manto da invisibilidade.
Chakra do Diafragma: Situa-se entre os chakras cardíaco e plexo solar. Por estar
relacionado ao plexo solar, está intimamente ligado às emoções, sendo assim, ele
atua no equilíbrio das energias irradiadas e recebidas para os outros chakras. Fica
no centro do peito, na linha dos mamilos e através dele podemos eliminar muito do
lixo kármico que nos impede de atingir nossos objetivos.
A TELA ETÉRICA
2º – Esplênico ou Sexual
Com este Chakra mal desenvolvido na mulher, apenas o estímulo do clitóris traz o
orgasmo, ao contrário da penetração. Ela prefere parceiros agressivos no ato sexual,
ou seja, é mais passiva que ativa.
Obs. Pelo que pude perceber, estamos livres de uma grande parte de problemas se
prestarmos atenção e cuidarmos para que este Chakra esteja sempre equilibrado.
Quando a pessoa é atingida por vibrações negativas, o primeiro lugar a sentir estas
vibrações energéticas é o chakra umbilical e o baço. Os órgãos e serem atingidos
são fígado e os rins.
Se você se preocupa com alguém por não saber onde está ou o que está fazendo,
ou se de repente ouve um forte barulho na rua e não pode saber o que está
acontecendo, os seus neurônios traduzirão estes impulsos em amarelo.
4º Chakra cardíaco
Obstruído, deixa a pessoa descrente de Deus ou de algo positivo, perde a fé, pois
acredita que sua vontade nunca será mais forte que a dos outros.
Às vezes este chakra está todo disforme e a pessoa fica “bondosa”, quer dar o que é
seu e o que pertence aos outros, mesmo sem condições de dar – NÃO SABE DIZER
NÃO! Ou simplesmente dá o que tem (sem ter condições) para conseguir o “Amor”
dos outros (falso Amor).
5º Chakra laríngeo
As pessoas podem, às vezes, estar com o chakra laríngeo disforme, e neste caso há
aumento de tamanho. Ele fica tagarela, não guarda segredo.
7º Chakra coronário
Este chakra fica no alto da cabeça e vibra com rapidez. Tem todas as cores do
espectro, prevalecendo o violeta. Na Índia é denominado flor de mil pétalas.
Quando duas pessoas falam juntas e seus chakras coronários estão bloqueados,
aparece uma cor muito desagradável, barrenta e escura, que é muito perceptível às
pessoas sensíveis. Um formigamento e uma sensação pinicante é sentida na coroa
da cabeça e algumas pessoas sentem-se incômodas, por isso é importante proteger
a si mesmo quando estando junto às pessoas cujos chakras coronários irradiam
estas energias.
Quando duas pessoas cujos chakras coronários estão sujos, todo tipo de
incompreensão aparece, e isso tem a ver com as limitações, de tempo e espaço, às
concepções daqueles que acham que só vivem uma vez na terra e que depois vão
para o reino dos Céus, e tudo o que está ligado a estes conceitos.
4- As doenças e as Emoções
Estão associados a esta excessiva ativação das respostas fisiológicas, males como
dores de cabeça, dores nas costas, arritmias cardíacas, hipertensão arterial e alguns
males digestivos.
Transtornos cardiovasculares
Transtornos respiratórios
Transtornos gastrintestinais
Transtornos dermatológicos
Dor crônica
Transtornos imunológicos
Acima temos alguns transtornos da ordem orgânica, mas também podemos ter
transtornos da ordem psíquica associadas a estados de ansiedades extremos, tais
quais:
Ataque de Pânico
Agorafobia
Fobia específica
Fobia social
Transtorno obsessivo-compulsivo
Fatores Predisponentes
Doenças Psicossomáticas
Essa conduta, que pode partir dos médicos que acompanham o caso, gera muitas
dúvidas ao paciente. “Como algo é psicológico se dói no corpo?” O fato de que uma
pessoa tenha uma doença psicossomática não significa que a dor e a enfermidade
não existem. Pelo contrário, o corpo realmente está em sofrimento, com dores,
feridas, descontroles e descompensações orgânicas, que inclusive são até
dificilmente controladas com medicamentos e os recursos da medicina tradicional.
É importante deixar claro que o corpo também deve ser cuidado com os tratamentos
adequados (A pessoa com gastrite deve procurar o médico e realizar exames
solicitados, tomar os remédios prescritos, fazer uma dieta alimentar caso seja
indicada). O aconselhável é um atendimento psicológico associado, que possibilite
auxiliar o sujeito a nomear os sofrimentos que vivencia, para além do real do seu
corpo. A importância deste tipo de abordagem nos transtornos psicossomáticos
também se deve ao fato romper uma possível evolução crônica do problema, que
limite progressivamente a vida social e emocional da pessoa.
Eu me amo, eu me aceito
Acne Não se aceitar; desamor de si onde eu estou agora. Eu sou
maravilhoso
Eu estou completamente
Resistência; tensão; abertura
Arteriosclerose aberto para a vida e a alegria.
mental estreita
A vida é boa
Eu sou livre. Eu me
Super sensibilidade; amor encarrego da minha própria
Asma sufocado; supressão do choro, vida. Eu posso expressar
sentimentos sufocados meus sentimentos como eles
são
Eu aceito a vida passada,
Ataques, golpes, Rejeição da vida; auto-
presente e futura. Vida e
congestão violência, resistência extrema
alegria
Eu abandono o passado,
Bexiga Ansiedade; resistência contra
despreocupo me do futuro.
(problemas) novas idéias
Eu aceito o que é novo, agora
Eu me movimento no melhor
Ciática Medo do dinheiro e do futuro de tudo. Meu bem está em
todo lugar e eu estou seguro
Eu relaxo conscientemente
Super exagerar os detalhes da
Dedos de que a sabedoria da vida
vida (unhas- super analisar)
cuida dos detalhes
Eu descanso minha
Congestão, bloqueio; crença
Dor necessidade de punição. Eu
em barreiras; punição, culpa
deixo a vida fluir
Eu me amo e me aceito em
Crença social; velhos todas as idades; cada idade é
Envelhecer
pensamentos perfeita. Eu sou espírito. Eu
sou eterno
Eu não propago
Crença na feiúra, culpa, ódio pensamentos feios. Eu amo
Espinhas
de si todo o meu corpo. Não há
culpa
Congestão emocional;
Eu nego qualquer moralismo.
Febre do Feno confusão nas crenças; medo
Eu sou uno em tudo na vida
do moralismo
A aceitação do prazer
Hipoglicemia Desequilíbrio no sistema
equilibra o meu sistema
Eu descanso do dia e
Insônia Tensão, culpa, medo mergulho num sono perfeito,
pacífico
A habilidade de segurar e
Eu lido com todas as idéias
Mãos deixar as idéias escaparem;
com amor e facilidade
medo de novas idéias
Eu estou na interminável
Comunicação, luta, pressa; jornada pela eternidade. Que
Nervos e
medo, ansiedade. a paz esteja conosco. Não
nervosismo
Pensamentos confusos existe nenhum lugar para o
qual devamos nos apressar
Eu relaxo o passado,
Prisão de ventre Recusa de relaxar sobre
generosamente permito que a
(intestinos) velhas idéias; mesquinhez
vida flua através de mim
Confusão, desordem,
Eu sou livre-pensador; estou
Resfriados pequenos machucados; família
em paz com minha mente
e crenças estereotipadas
Me expresso pacificamente e
Tosse Nervosismo, amolação, crítica
falo com amor
Negatividade, resistência;
remoer emoções; sustentar um Eu me movimento e vivo com
Varizes trabalho que você odeia; prazer. Eu amo a vida e
circulação entravada, atulhada circulo livremente
de idéias; desencorajamento
Módulo 03
GESTÃO DAS EMOÇÕES
Inteligência Emocional | Gestão das Emoções | Pensamentos Disfuncionais | Projeto
de Vida
1- Inteligência Emocional
AUTOCONSCIÊNCIA:
AUTOMOTIVAÇÃO
Otimismo – Acreditar que o melhor irá acontecer, agir com esperança de sucesso
em vez de medo do fracasso, encarar obstáculos como circunstâncias contornáveis,
persistir na busca dos objetivos apesar dos revezes.
EMPATIA
O que faz a pessoa que tem essa competência: Sabe colocar-se no lugar dos outros
para entendê-los, percebe os sentimentos dos outros por meio da linguagem
corporal deles, tem consideração pelos pontos de vista, necessidades e/ou
interesses alheios.
CAPACIDADE DE SE RELACIONAR
A pessoa que tem essa competência facilita a ampliação das habilidades dos outros
identificando os pontos fracos das pessoas e dá orientação para que elas possam
supri-los, reconhecendo os pontos fortes das pessoas e enaltece-os com
comentários (feedback positivo) e propondo tarefas que estimulam o
desenvolvimento das aptidões das pessoas.
Liderança – Inspirar e conduzir indivíduos ou grupos. O que faz a pessoa que tem
essa competência: desperta nas pessoas entusiasmo e comprometimento em
trabalhar por um objetivo, assume a liderança de um grupo quando necessário,
independentemente de sua posição, guia o desempenho dos outros e assume a
responsabilidade pelo que eles fazem, é um exemplo de conduta para as pessoas
Além disso, a pessoa que tem a capacidade de se relacionar está sempre atenta a
diversidade cultural, política, sexual, respeitando essa diversidade e valorizando os
diferentes modos de pensar e ver o mundo.
2- Gestão das Emoções
As emoções são inerentes ao ser humano. Elas são reações aos eventos externos e
internos que nos chega através dos cinco sentidos. É impossível não emocionarmos
e também não é possível escolhermos qual emoção sentir, elas simplesmente fluem
junto com os acontecimentos. O não entendimento da dinâmica das emoções pode
gerar grandes transtornos em nossas vidas. Algumas doenças, conflitos
interpessoais, stress e até acidentes de trabalho se incluem nesses transtornos. A
gestão das emoções é a habilidade de facilitar a compreensão do processo
emocional humano a partir do conhecimento da sua dinâmica e fornecer recursos
que permitam as pessoas interagirem de forma mais harmônica e saudável nos seus
relacionamentos profissionais, sociais e familiares.
VALORES
Todos nós somos providos de valores pessoais que nos estimulam ou que nos
prendem. Esses valores foram sendo adquiridos ao longo de nossa história, sendo
influenciado por amigos, parentes e familiares. Esse conjunto se torna praticamente
nosso jeito de ser e agir. Nossos valores são tudo que acreditamos como certo, que
regem nossas condutas, independente da ética que faz parte de um conjunto de
valores da sociedade.
CRENÇAS
Nossos primeiros valores e crenças são adquiridos na fase que vai do zero aos sete
anos, é um período conhecido como "imprint", ou seja, impressão. Uma fase onde
somos como esponjas e absorvemos tudo o que acontece em nosso ambiente.
Nossa programação básica de como veremos o mundo ocorre nessa faixa etária.
Inconscientemente assimilamos o comportamento de nossos pais.
As crenças que são as ideias e percepções de uma pessoa, consideradas por ela
absolutas e verdadeiras. As crenças são formadas a partir da visão que a pessoa
tem de si e do mundo. É através de nossas crenças que olhamos para todas as
situações de nossa vida.
As crenças se originam de muitas fontes, como por exemplo, da nossa educação,
através do exemplo de pessoas importantes em nossas vidas, por “traumas
passados”, experiências repetidas e também pela cultura onde vivemos e
trabalhamos. À medida que vamos estabelecendo nossas crenças, também
adquirimos diferentes níveis de pensamentos, que poderão reforçar as crenças que
os originaram.
À medida que formamos estas crenças, precisamos ficar atentos, pois as mesmas
podem formar círculos viciosos na intenção de não “quebrar” estes pensamentos, ou
seja, elas tendem a repetir-se. Por exemplo, se você possuir uma crença de
fracasso, provavelmente não se dedicará de forma eficaz nos estudos. Afinal de
contas, por que você se esforçaria se tem certeza de que não irá passar? Sem
esforço, a não melhora na maneira de estudar é praticamente inevitável, e essa
possível piora ou a própria estagnação irá reforçar suas crenças de fracasso. Da
mesma forma ocorre o contrário, pois se você se esforçar terá grandes chances de
modificar e de estabelecer uma nova crença, mas desta vez, de sucesso.
Durante toda nossa vida, nós vemos o mundo de forma completamente singular,
filtramos a realidade objetiva através de nosso mapa mental, ou seja da nossa forma
de ver a realidade. Esses filtros são necessários para que possamos manter a
atenção naquilo que é importante para nossa sobrevivência ou qualidade de vida.
Nossos cérebros comparam e generalizam experiências, assim cada aprendizado
novo é comparado automaticamente com nossas experiências anteriores, ocorrem
três fenômenos de percepção nesse processo:
Distorções Cognitivas
De certa forma, todos nós, temos as chamadas distorções cognitivas, que são
expressas em pensamentos automáticos disfuncionais. Dentro da teoria da mente
como processamento da informação, nossos esquemas distorcem a realidade para
que esta se torne condizente com nossas crenças centrais. Esses filtros também
são fatores importantes na criação das nossas crenças.
CRENÇAS CENTRAIS
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS
CRENÇAS EDIFICANTES
CRENÇAS LIMITANTES
Crenças limitantes são as pequenas vozes que o convencem de que você não pode
ser / fazer / ter alguma coisa. As crenças limitantes tendem a se fortificarem quando
a pessoa foca sua atenção para os dados que confirmam sua visão negativa e não
conseguem perceber as situações da vida com outro ponto de vista. Esse processo
ocorre involuntariamente e automaticamente, gerando sofrimento psicológico e/ou
transtornos psicológicos significativos como a depressão e uso de drogas.
Os valores são os sentimentos que governam as nossas decisões (no caso, o desejo
pelas metas). Saber quais são os nossos valores é importante para que façamos
uma auditoria de por que desejamos o que desejamos. Os sentimentos que mais
mobilizam as pessoas são: sucesso, poder, reconhecimento, segurança, liberdade,
independência e contribuição.
Isso significa que não queremos as coisas, queremos os sentimentos por trás das
coisas. Por exemplo, digamos que você queira R$ 1 milhão no banco, garanto a
você que o que te movimenta não é o R$ 1 milhão no banco, e sim o que o
sentimento de ter este objetivo significa. Pode ser segurança, liberdade, poder.
Esses são os seus valores, que são sólidos e duradouros e que definirão entre
outras coisas as suas crenças.
Já as crenças, são leis mentais que moldam a sua busca por suas metas, porém,
elas podem ser facilmente e instantaneamente modificadas a partir do momento que
você se convence de que aquilo não é verdadeiro.
PARADIGMA
AUTOGESTÃO DE VIDA
EMOÇÕES
SENTIMENTOS
SENTIMENTOS X EMOÇÕES
Quando aparece perante nós um perigo, antes de qualquer outra coisa, mesmo da
consciência, existe a emoção, o medo, embora nos primeiros segundos nem o
próprio indivíduo perceba o que está a ocorrer. Posteriormente surge o juízo “ tenho
medo”, ”estou assustado” e isso é que são sentimentos.
EMOÇÕES PRIMÁRIAS
As emoções básicas ou primárias têm características e graus diferentes de
manifestação. No entanto, todas elas têm como principal objetivo a preservação da
vida ou a sobrevivência da espécie. As chamadas emoções básicas obedecem aos
seguintes critérios: São inatas e não adquiridas ou aprendidas através da
experiência ou da socialização;
Emoções Primárias Adaptativas são: raiva, tristeza e medo. Tais emoções possuem
uma relação com a sobrevivência e ao bem-estar psicológico. São aquelas rápidas
quando aparecem e mais velozes ainda quando partem.
EMOÇÃO DA RAIVA:
FACETAS DA RAIVA:
EMOÇÃO DO MEDO:
O medo é um impulso, geralmente desqualificado pelos seres humanos. É muito
comum nos referirmos ao medo como um impulso negativo, ou até mesmo como
uma falha grave ou defeito nas pessoas. O medo nos ensina o respeito ao limite,
precisa ser eliminado ou superado, quando ele é ou se torna patológico.
FACETAS DO MEDO:
EMOÇÃO DA TRISTEZA:
Leva a cessão dos movimentos. O medo e a tristeza levam a baixa estima, a tristeza
é a negação da alegria. A alegria foi frustrada aparece uma raiva impotente e logo
dará lugar a uma tristeza: tristeza por perda real ou condição de vida. O positivo é
expressar a tristeza por palavras e gestos, entre em contato com o sentimento e
permita-se chorar e ou recolher-se. Você precisa de um tempo para recuperar a
energia e avaliar a extensão da perda e se redirecionar para outras emoções: passar
a contatar como uma emoção autêntica subjacente e ir fundo nela. Longo período de
tristeza leva a depressão, como já dissemos, baixa estima, baixa nos níveis de
anticorpos, predispondo o ser a infecção com maior facilidade, é uma das mais
perigosas a saúde quando muito prolongada. As modificações corporais provocadas
pela tristeza são menos evidentes do que as das demais emoções.
FACETAS DA TRISTEZA:
EMOÇÃO DA ALEGRIA:
FACETAS DA ALEGRIA:
EMOÇÃO DO AFETO:
Emoção presente nos estados de amor, em seus diversos rótulos, amor maternal,
paternal, filial, fraternal e romântico. O afeto expande a alma engrandecendo-a,
correlaciona-se ao prazer, sexo e ao amor, induzindo-nos a uma aproximação física
tão grande que permite ou traz proteção e reprodução.
FACETAS DO AFETO:
EMOÇÕES SECUNDÁRIAS
EMOÇÕES DE FUNDO
São estados de longa duração, que podem influenciar no modo como as emoções
primárias são expressas, exemplos são a apatia e o mal-estar. Estão relacionadas
com o bem-estar, mal-estar, com a calma ou tensão. Os estímulos dessas emoções
usualmente são os internos, produzidos por processos físicos ou mentais contínuos
que levam o organismo a um estado de tensão ou de relaxamento, fadiga ou
energia, ansiedade ou apreensão. Nesse tipo de emoção, o papel principal é
desempenhado pelo meio interno e pelas vísceras, embora se expressem em
alterações complexas musculoesqueléticas, tais como variações sutis na postura do
corpo e na configuração global dos movimentos.
PROCESSO EMOCIONAL
SENTIR
É um processo intrapsíquico. Todo ser humano vem programado para sentir as cinco
emoções básicas, e aprende a sentir as emoções secundárias e de fundo durante a
vida toda.
VERBALIZAR
EXPRESSAR
4- Baseado no seu tipo de pensamento você tomou uma decisão: gritar por
socorro, fugir, reagir, ou averiguar o fato em si.
3- Pensamentos Disfuncionais
Pensamentos Automáticos
O exercício de RPD deve ser feito assim que um pensamento automático for
identificado.
Para auxiliar pode- se fazer perguntas, como por exemplo, “Quem?”, “O quê?”,
“Quando?” e “Onde?”. Os pensamentos desencadeados a partir das situações são
chamados de pensamentos automáticos, podendo ser logicamente verdadeiros e
possuindo uma percepção adequada da realidade da situação. A escrita destes
pensamentos pode incitar uma racionalização de pensamento. E os estados de
humor geralmente são classificados por uma palavra e quantificados em relação a
sua intensidade.
4- Projeto de Vida
Quando alguém pretende construir uma casa, um profissional será contratado para
planejar tudo que será necessário fazer antes de começar as obras. Este profissional
irá também montar um projeto baseado nos desejos de seu cliente. A partir deste
projeto, ele terá uma noção de quanto material será necessário e quantos
trabalhadores serão contratados para construir a obra em determinado período de
tempo. Assim, quando a obra for iniciada, os trabalhadores terão um plano, um
projeto para seguir. Caso não houvesse esse planejamento prévio, provavelmente
os trabalhadores não saberiam como prosseguir, pois não saberiam o que a pessoa
que encomendou a casa quer, muito menos haveria os recursos necessários para a
construção da casa. A casa, provavelmente nunca seria construída ou se fosse, com
certeza não iria satisfazer os desejos do cliente.
Na vida, ocorre algo similar. Possuímos muitas metas e planos que desejamos
realizar. Temos a opção de escolhermos o nosso destino e o nosso caminho.
Queremos algo, entretanto, inúmeras vezes escolhemos rotas que nos afastam de
nosso objetivo maior ou ficamos confusos em relação a qual caminho tomar,
justamente por não ter planejado antes o que realmente queremos.
Dessa forma, conhecer-se, saber o que a vida realmente significa para você e
conhecer seus valores é de fundamental importância no planejamento do seu
Projeto de Vida. Os valores também podem estão livres para serem modificados,
pois à medida que evoluímos, nossos valores também evoluem. Nada é estático.
Em princípio, deve-se começar com uma meta exequível em curto prazo e, ao atingi-
la, fixar em sua mente que você conseguiu realiza-la. O fato de o seu objetivo ter
sido pequeno não é tão importante. O importante é que você fixe na mente a
sensação de ter realizado algo que você idealizou com todo seu empenho. Fazendo
isto uma vez, sua autoconfiança se intensificará. Agora, basta estabelecer sempre
uma nova meta. Uma meta um pouco maior que a anterior, cuja execução seja
também um pouco mais difícil. Dessa forma, conquistando essa autoconfiança, você
perceberá que é capaz de realizar tudo o que planeja seriamente.
A razão pela qual muitas pessoas não conseguem concretizar seus objetivos deve-
se ao fato de desconhecerem a maneira correta para o estabelecimento de suas
metas.
Há dois tipos de metas que se deve estabelecer para obter sucesso na vida:
Meta de longo prazo é a meta final que você pretende realizar dedicando toda sua
existência. Podemos dizer que tal meta é sua obra prima nas diversas áreas de sua
vida. Não obstante a meta esteja num futuro longe para muitos de nós, ela não deve
ser jamais um devaneio ou simples esperança. É necessário que ela esteja
esboçada em nossa mente com toda vivacidade, como algo real.
1. Diga o que você quer não o que quer evitar – a meta é o seu destino e dá a
direção para onde se mover. Metas positivas são motivadoras.
Perguntas-chave: “O que eu quero em vez disso?” ou “O que isso me dará? ou “O
que eu ganho com isso”? ”
2. Faça suas metas desafiadoras e realistas – elas têm de ser atingíveis, mas não
muito fáceis. As metas mais difíceis vão ensiná-lo mais. Mude as metas sempre que
necessário. O objetivo é ter sucesso com uma meta que valha a pena e não falhar
majestosamente. Quando atingir uma meta, congratule-se e estabeleça a próxima
mais alta.
3. Influencie os resultados diretamente – a meta deve estar sob seu controle direto.
Você deve praticar a ação e não outra pessoa. Os outros, certamente, irão ajudá-lo,
mas você terá que pedir isso a eles.
Perguntas-chave: “Esta meta está sob meu controle?” ou “O que farei para atingir
essa meta?”
4. Meça seu progresso – em primeiro lugar, as metas devem ter um prazo; você
deve dar a si mesmo uma data limite. Em segundo lugar, decida como medir o
progresso e como monitorá-lo continuamente.
Perguntas-chave: “Quando vou atingir essa meta?” ou “Como vou medir essa meta?”
ou “Como vou saber que estou atingindo/que eu atingi essa meta?”
5. Cheque seus recursos – recursos são qualquer coisa ou qualquer pessoa que
possa ajudá-lo. É sempre motivador saber que você os tem.
Muita gente acorda cedo, trabalha o dia todo e não sabe aonde quer chegar.
Primeiro estágio – Defina em cada uma das saúdes o que você mais quer realizar.
Qualquer que seja sua opção, você deve estar imbuído de um desejo ardente de
concretizá-la.
Segundo estágio – Defina o prazo para atingir sua meta. Dentro do seu
planejamento, é indispensável estabelecer pontos de checagem, onde você
verificará o grau de evolução desse plano.
Terceiro estágio – Coloque no papel, com clareza, decisão e precisão a sua meta.
Quanto mais detalhada for à descrição do que deseja, melhor. Isso criará um mapa
mental no seu subconsciente que facilitará todo o processo.
Quarto estágio – Leia em voz alta o que você escreveu várias vezes durante o
processo, isso permitirá uma postura positiva em prol da realização dessas metas.
Primeiramente vamos definir o que é meta SMART: Seu nome traz as iniciais em
inglês dos principais requisitos de uma meta para que esta seja atingida com
sucesso:
• Specific - Específica
• Mensurable - Mensurável
• Accessible - Realizável
• Realistic - Realista
A motivação mais eficiente vem do desejo de alcançar algo que seja importante para
nós; ser motivado pelo medo do indesejado sempre produz uma alta dose de
estresse.
Nosso cérebro precisa de instruções claras sobre o quê, como e quando alcançar o
que deseja. Em outras palavras, saber exatamente o que desejamos. Esse será
nosso primeiro exercício: definir uma meta que atenda os seguintes requisitos: ser
específica, mensurável, realizável, realista e com tempo definido para ser atingida.
ESPECÍFICA: Quando digo que minha meta é "ser feliz", minha mente não
consegue interpretar o caminho a seguir para atingir isso; é algo subjetivo e genérico
demais. Mas quando digo que "quero fazer uma graduação do curso XXX nos
próximos quatro anos" ou que vou "perder 10 quilos nos próximos seis meses" logo
me ocorrem um conjunto de ações para atingir isso. Quanto mais detalhista eu puder
ser em relação à minha meta, mais fácil se torna mobilizar recursos internos para
torná-la realidade.
Uma forma fácil de mensuração muito utilizada em coaching é uma escala de notas
de vai de 0 a 10; eu desejo melhorar minha satisfação com meu trabalho, por
exemplo; se hoje eu avalio que minha satisfação é nota 2, é fácil perceber que para
atingir um 10 preciso operar uma série de mudanças drásticas em minha forma de
agir.
3. Você pode visualizar o que vai acontecer quando atingir sua meta? Pode
descrever o que vê, o que ouve? Como você se sente?
8. Como você vai saber que está conseguindo o objetivo e como vai saber que já
conseguiu? (evidências sensoriais: imagens, sons e sensações)
11. Quais as capacidades e recursos que você possui hoje para atingir seu objetivo?
12. O que você vai fazer especificamente para atingir essa meta? Quando? Como?
(plano de ações)
Descreva exatamente qual a sua meta, escolha o modelo, ano, o quanto pretende
gastar entre outros detalhes.
Claro que você não precisa definir todas as suas metas essa semana, você pode e
deve fazer isso aos poucos, conforme sua idade, fase da vida e crescimento pessoal
e profissional.
Para atingir suas metas você deverá dividi-las em passos e a cada passo realizado
você estará mais perto do seu objetivo!
Por esse motivo é importante rever constantemente os benefícios que esse sacrifício
trará.
• Saúde Física
• Saúde Espiritual
• Saúde Intelectual
• Saúde Familiar
• Saúde Social
• Saúde Financeira
• Saúde Ecológica
Em cada uma das 7 saúdes você colocará as metas correspondentes. Siga o seu
coração e primeiramente coloque em cada área uma meta, objetivo ou sonho que
você realmente deseja alcançar. Medite, tranquilize-se e entre em contato com seu
Ser mais profundo para descobrir o que você realmente quer. A partir deste ponto,
utilize a razão para questionar o que será necessário fazer para alcançar tal meta.
Cada resposta será uma nova meta para alcançar o seu sonho. Determine uma data
para que cada meta seja cumprida e escreva tudo em seu Projeto de Vida. Você
pode tanto colocar todas as metas uma embaixo da outra, ou colocar cada meta em
uma folha de papel separada, assim poderá ir destacando cada folha conforme
alcança seus objetivos.
Saúde Física:
SOBRE AS SAÚDES:
Saúde Física: está relacionado com o seu corpo físico. O nosso corpo é o meio pelo
qual podemos manifestar toda nossa essência. O que você anda fazendo para
manter seu corpo saudável ?
Saúde Espiritual: está relacionado com o seu autodesenvolvimento como Ser. O que
você anda fazendo para manter sua paz de espírito, seu amor por você e pela vida ?
O que está fazendo para entrar cada vez mais em contato com o seu coração ?
Saúde Intelectual: está relacionado ao seu aprendizado. Quantos livros você tem
lido ? Tem feito algum curso ultimamente relacionado a qualquer área de sua vida ?
Tem ido ao teatro, concertos, cinema ? O quanto tem estudado ultimamente ?
Saúde Familiar: está relacionado aos relacionamentos familiares. Como você tem
tratado os familiares próximos de você ? O que o está impedindo de ter um
relacionamento mais amoroso e harmonioso com todos os seus familiares ?
Saúde Social: está relacionado com a sociedade como um todo. O que você tem
feito para viver numa sociedade mais justa ? Tem doado seu tempo ou amor à
alguma instituição de caridade ? O que tem feito para ajudar o próximo ?
Saúde Financeira: está relacionado com suas finanças. Você tem planejado como
vai poupar dinheiro para o futuro ? Aonde tem investido o seu dinheiro ? Tem uma
planilha de gastos e lucros ? Você está na profissão que deseja ? Você sabe qual o
seu objetivo e o que você realmente quer ? Pretende mudar de profissão ? Pretende
crescer na profissão que está ? Qual é a motivação (motivo para ação) que o faz
estar nesta profissão ?
Saúde Ecológica: está relacionado com a natureza e o planeta Terra. O que você
tem feito para viver em harmonia com a natureza ? Tem algum programa de coleta
seletiva de lixo ? Como está o consumo de água em sua residência ? Tem
desperdiçado água ? O que você tem feito para cuidar do meio-ambiente em que
vivemos ?
Algumas perguntas que costumo fazer aos meus alunos e clientes estão justamente
relacionadas à dimensão, do indivíduo. É necessário voltar-se para a própria história,
olhar para seu espelho e perguntar: Quem sou eu? O que estou fazendo com a
minha vida, a cada dia? Qual é o significado do que eu faço? Das minhas escolhas?
Quais são os critérios que você utiliza para escolher suas amizades, seus estudos,
sua profissão, o curso que você faz, a roupa que você usa, a viagem que você quer
fazer, seu companheiro ou companheira? O que mantém um relacionamento sem
graça, um trabalho sem desafio? O que te motiva levantar a cada manhã?
Alguém já te disse que você é responsável por escrever grande parte da sua
história? Que você está no comando da sua vida? Que você pode e deve ser
responsável por fazer alguma diferença neste mundo, por menor que pareça?
Não estou dizendo aqui de atos heróicos ou de obras faraônicas, estou dizendo de
fazer alguma diferença para si próprio e no seu pequeno universo. Para o seu amor
próprio, para seu bem estar, para sua qualidade de vida, para melhorar o ambiente
em que você está inserido, na sua casa, com seus familiares, filhos, amigos, no
trabalho, na comunidade. Alguma coisa da qual você se orgulhe.
Por essas razões os planejamentos tendem a ser difíceis de fazer e executar. Mas
sem saber lidar com essas situações corre-se o sério risco de viver um sonho que
não é o seu, realizar os desejos de outros de se perceber numa rotina que não
queria e apesar de tantas realizações sentir um vazio enorme dentro de si.
Os caminhos para evitar ou pelo menos minimizar que esse tipo de situação
continue a se repetir, são o autoconhecimento, a reflexão, tempo dedicado a olhar
para dentro de si e não apenas para fora. Perceber e tomar consciência dos seus
medos mais secretos, dos seus desejos, mais infantis, aqueles guardados numa
caixinha, bem escondida, que você nem sabe direito onde guardou a chave.
O trabalho deve ser um resumo do que você entendeu sobre os assuntos desse
capítulo. Você terá o tempo necessário para estudar com calma.
Módulo 04
PERSONALIDADE
Personalidade | Fundamentos da Psicanálise | Fundamentos da Terapia Reichiana |
Doenças, Emoções e Personalidade
1 – A Personalidade
Buscar definir o que seja a personalidade é tarefa delicada por conta da natureza da
matéria. São várias teorias e muita controvérsia em relação ao tema.
Uma corrente promove a ideia de que todos os seres humanos nascem com
capacidades potenciais iguais e que a diferença entre eles, vai ocorrendo conforme
as influencias ambientais.
Nesta corrente, o que diferenciaria Einstein, por exemplo, dos demais seres
humanos seriam as circunstâncias do meio ambiente onde ele se desenvolveu.
Outra corrente promove a ideia de que a personalidade é formada a partir da
constituição biológica do indivíduo, onde a genética não definiria tão somente os
aspectos físicos constituintes do indivíduo como cor dos olhos ou cabelos, mas
também, determinaria seu temperamento e demais traços de sua personalidade.
São dois extremos os quais podemos unir em equilíbrio, ou seja, a personalidade
seria o conjunto de características no interior de nosso ser, formado a partir de
nossa herança genética, de nossas vivencias únicas e da forma que percebemos o
mundo, capazes de tornar cada ser humano único em seu modo de ser e de interagir
com a sociedade em que se insere.
Voltemos então ao tema central que é a promoção do autoconhecimento de nosso
cliente ou de nós mesmos. Vemos que baseado na definição do que seja
personalidade, buscando harmonizar duas correntes, temos como um dos pontos
principais na formação desta, as forças do contexto social em que estamos
inseridos, forças estas que agem de forma benéfica ou maléfica, a partir do nosso
modo de ver e interagir com este mesmo contexto social.
Conforme for este olhar, o indivíduo terá reações e padronizações de
comportamento que irão marcar a sua conduta diante do mundo e de si mesmo. Por
vezes, esta conduta nos leva a sofrimentos que poderiam ser evitados, mas que no
modo contínuo de nossa conduta, vão sendo cristalizados afetando nosso
psiquismo, criando um desequilíbrio energético, nos fazendo por vezes adoecer
fisicamente.
A estas condutas chamaremos de estruturas defensivas e é sobre estas estruturas
que falaremos a seguir. Pautaremos na conceituação dada por Alexander Lowen,
criador da Terapia Bioenergética, uma técnica terapêutica que alia princípios da
Psicanálise com um trabalho a nível somático.
ANÁLISE ESTRUTURAL
Lowen utiliza 05 (cinco) termos para identificar cinco grupos distintos de
estruturas (padrões).
É importante saber que estes padrões de defesa podem tanto ter sido gerados por
vivências traumáticas como pelo fato de ao longo da história pessoal do individuo
terem sido atitudes que serviram de exemplo e que o individuo utiliza-se de forma
sistemática, se cristalizando como o procedimento padrão.
Estamos aqui falando de padrões de comportamentos que se manifestam de forma
inconsciente. Apontá-lo ao individuo e fazê-lo percebê-los de forma consciente, é o
primeiro passo para lidarmos com eles e consequentemente, transformá-los.
Percebê-las possibilitará ao individuo tomar atitudes diante delas, em um processo
que veremos mais adiante no curso e que chamamos de Expansão da Consciência.
Como vimos no módulo anterior, na infância, as posturas defensivas se manifestam
sobre tudo no corpo. Por vezes, estas defesas são úteis para o próprio bem estar da
criança, o que não ocorre na fase adulta, pois teremos aí uma fixação em atitudes
com características infantis e que não são adequadas nem pertinentes à fase adulta.
Pois estas atitudes agirão como limitadores do autodesenvolvimento do individuo
sobre vários aspectos. Os desafios devem ser enfrentados e é este enfrentamento
que vai nos amadurecendo e nos fazendo tomarmos posturas que não por outro
motivo são chamados de atitudes maduras diante das situações da vida.
Deves perceber caso esteja desde já utilizando este estudo para seu
autoconhecimento ou formando um saber para futuramente lidar com clientes, que é
bem difícil o individuo não se apegar a padrões de defesa, visto que assim como na
visão infantil, ele ainda vê benefícios em continuar as utilizando, sem se dar conta,
no quanto o limita quanto pessoa e quantos malefícios podem não só causar a si
mesmo como aos outros.
Vamos agora pontuar cada padrão, apontando suas características e a distorção de
percepção em relação ao mundo que cerca este indivíduo. É a partir destas
informações que o terapeuta poderá começar a construir uma programação de
atividades que irá promover as mudanças de comportamento no cliente ou em você
mesmo.
DESCONECTADA
Temos como característica principal no comportamento deste indivíduo o “ser
desligado”. Esta postura é consequência de uma insegurança em relação ao
enfrentamento de uma realidade que nem sempre se apresenta de forma agradável.
A hostilidade do mundo e a falta (que ela imagina ter) de tato no trato com esta
realidade, a faz não querer tomar consciência dos fatos da vida.
CARENTE
Temos como característica principal no comportamento deste indivíduo uma
fragilidade que parte claramente de uma postura infantilizada. Crê piamente que sua
visão de mundo é clara e que ele é uma vitima tão hostil este mundo se apresenta.
Descobrir a criança que temos em nós faz parte inclusive do processo de
amadurecimento, mas acreditarmos sermos frágeis como uma criança e
esquecermos o adulto que nós somos pode trazer problemas e os trazem.
CONTROLADORA
Temos como característica principal no comportamento deste indivíduo à crença de
que ele é um grande guerreiro com batalhas infindas a lutar e que a vida é assim
mesmo, um grande mar de problemas (e que quando não existe ele cria) e as
pessoas a sua volta são seus escudeiros nesta empreitada. Daí o convívio com os
outros ser bastante difícil, pois nem sempre estes querem seguir “suas ordens”,
“suas verdades”, o que é um absurdo para ele, pois ele tem o “poder total”, o “saber
total”, enfim, ele é o senhor de seu destino e também dos outros.
INVADIDA
Temo como característica principal no comportamento deste indivíduo, a
interiorização excessiva, uma postura de quietude, mas não de serenidade e sim, de
um sofrimento por conta de uma posição de baixa autoestima. Não se abrem ao
mundo por medo de se tornarem vitimas destes. Controlados, “invadidos” em sua
privacidade, descobertos em suas dificuldades.
RÍGIDA
Temos como característica principal no comportamento deste indivíduo, um
conservadorismo excessivo, onde qualquer mudança no modo de vida e em suas
crenças não é bem-vinda. Vive num mundo de aparências onde tudo estará sempre
em ordem e bem se nada mudar. Não existe autenticidade na sua fala e no seu
pensar, mas tão somente, a busca de manter-se sempre com o que se diz ser
politicamente correto.
CARACTERÍSTICAS PSICOSSOMÁTICAS
Segundo Lowen temos que estas defesas são manifestações muito fortes de nosso
inconsciente. Daí importantes de serem percebidas pelo terapeuta visto que todos
nós somos influenciados por estas elaborações de nosso inconsciente e que
acarretam posturas comportamentais que fogem de nosso entendimento, muitas
vezes gerando padrões negativos de ação e reação diante de nós mesmos e dos
outros. Estes padrões criam por vezes falsas crenças, mas que absorvemos como
verdades absolutas prejudicando nossa atuação no mundo.
OBS.: Ato falho sendo a fala ou gesto que a princípio mostra-se fora de contexto,
mas que nada mais é do que uma expressão do inconsciente – ex. você pergunta ao
cliente se ele se sente sozinho e ele diz para você: não pai ou você pergunta se ele
se sente bem fisicamente e ele ao mesmo tempo em que diz que sim leva a mão ao
abdômen.
Hiperflexível;
Rosto com aparência de máscara;
Olhos vazios, sem vivacidade;
Braços pendidos como apêndices (e não como extremidades...);
Pés revirados;
Senso de si inadequado, falta de identificação com o corpo. Sentimento de
desconexão e desintegração;
Tendência a evitar relacionamentos íntimos e afetuosos;
Rejeição materna no começo da vida (consciente ou inconsciente / voluntária ou
acidental);
Terrores noturnos na infância;
Conduta não-emocional e retraimento, crises de raiva;
Atua tentando chamar a atenção exageradamente;
Intensa vida de fantasia; Inteligência abstrata;
Acha o mundo físico perigoso e aterrador;
Corpo fraco e sensível;
Medo constante / frequente;
Torção na postura física (normalmente com cabeça, tronco e pernas formando
ângulos entre si em situações de tensão);
Discrepância entre as duas metades do corpo (falta de integração entre as
partes superior e inferior ou esquerda e direita);
Vontade própria flutuante, sem coesão geral;
Tensões musculares crônicas situadas na base da cabeça, ombros, pelve e
articulações dos quadris;
Atitudes antagônicas (arrogância com abnegação; atitude de "virgem" com
comportamento devasso; etc).
CARENTE
Crescimento linear (corpo longo e esguio e falta tônus à musculatura);
Tendência à miopia;
Fraqueza;
Tendência em depender dos outros;
Sensação interna de precisar ser carregado, apoiado, cuidado;
Falta de satisfação no período da infância;
Baixa energia para o trabalho;
Nível de excitação genital reduzido;
Musculatura subdesenvolvida, mais nitidamente nos braços e pernas (pernas
dando impressão de não sustentarem devidamente o corpo);
Pés estreitos e pequenos;
Corpo evidenciando tendência a escorregar;
Incapacidade de ficar sozinho;
Alternância de humor entre depressão e elevação/sublimidade;
Tendência à depressão;
Perda, na fase inicial de vida, de uma figura calorosa e amiga Obs.: (mãe
deprimida não tem condições de estar disponível para seu filho).
Experiências de desapontamento no início da vida, não tendo obtido contato,
calor humano e apoio com pai, irmãos e irmãs;
Episódios depressivos ao final da infância e/ou início da adolescência;
Ações medidas e comparadas a outras pessoas (essa competitividade leva ao
distanciamento dos outros...)
Complexo de inferioridade e/ou sensação de não estar sendo tudo o que pode
ser, estar abaixo de sua potencialidade.
Necessidade / sensação desproporcional (exagerada) de reconhecimento,
esperando que alguém irá descobrir seu real valor e oferecer a chance e a
posição que realmente merece.
CONTROLADORA
Parte superior do corpo dando a impressão de estar cheia de ar;
Hiperexcitação da capacidade mental.
Olhos atentos e desconfiados;
Cabeça muito erguida;
Tensões no segmento ocular e na base do crânio;
Disputa pelo domínio entre pais e filhos em sua história pregressa;
Procura fazer com que os outros sempre precisem dele;
Evita expressar que precisa dos outros;
Pai ou mãe sexualmente sedutor;
Padrão de procura de relacionamentos baseado na regra de assumir um papel
inicial de submissão, subvertendo essa relação quando o vínculo estiver forte,
emergindo dominação e/ou sadismo;
Experiências na infância de manipulação sedutora e de inconsistência no
comportamento de adultos próximos (ex.: pai que alternadamente agrada e
rejeita a filha);
Essência forte, abundância de energia, habilidade executiva, talento para
inovação e criação;
Debilita os outros com aproximações sedutoras, principalmente pessoas
ingênuas;
Não admite nem permite a ocorrência de fracasso;
Em caso de fracasso coloca-se na posição de vítima;
Tem de ser sempre o vencedor de todas as disputas;
Emprega a sexualidade no jogo pelo poder;
Prazer dentro da atividade tem importância secundária em relação ao
desempenho próprio ou à conquista;
Tendência a roncar e/ou ter insônia.
INVADIDA
Pelve projetada para frente, com encurtamento para cima e achatamento das
nádegas (lembra a figura do cão com o rabo entre as pernas);
Agressão reduzida;
Autoafirmação reduzida;
Conduta provocativa;
Procura reagir violenta e explosivamente em situações sexuais;
Ações expressivas limitadas;
Tendência à ansiedade, especialmente de ser "castrado" (em atitudes, idéias,
aproximações, etc);
Crescimento num lar com amor e aceitação, ao lado de repressão severa;
Mãe dominadora e sacrificando-se, gerando o sentimento de sufocação na criança;
Pai passivo e submisso;
Criança sentindo-se culpada em qualquer tentativa de declarar sua liberdade ou
de afirmar sua atitude, quando negativa;
Atitudes de resistência e birras esmagadas;
Sentimento de ser ludibriado;
Medo de rejeição;
Claramente invadido quando criança (pais empurravam comida boca à dentro;
exigiam beijos e abraços, etc);
Bloqueios: parte superior do tórax; coxas; nádegas; virilhas; joelhos; barriga da perna.
Sofre, mas é incapaz e alterar a situação;
Tendência à submissão e cordialidade; lamenta-se se queixa, mas permanece submisso;
Medo de explodir;
RÍGIDA
Tendência a se manter ereto;
Medo de ceder;
Entende que se submeter significa perder-se completamente;
Sente passividade como sendo vulnerabilidade.
Sempre alerta para situações onde possa ser usado ou enganado;
Forte ego;
Orgulhoso;
Elevado teor de controle comportamental;
Testa a realidade antes de agir;
Sentimentos fluem, mas com manifestação limitada;
Tensão nos músculos longos do corpo;
Dado a gozos ou prazeres materiais;
Ambicioso e competitivo;
Agressivo;
Teimoso;
Proibição da masturbação infantil;
Age com o coração, mas debaixo de restrições e sob o controle do ego;
Nos relacionamentos, realiza "manobras" visando a proximidade;
Excepcional talento executivo; grande habilidade de ação;
Lida bem com trocas à distância (manipular e exercer autoridade, desempenhar
tarefas), mas as relações holísticas são indiferentes e frustrantes.
Ênfase no sucesso;
1) CLIENTE DESCONECTADO
Pontos a serem observados:
Experiência base: REJEIÇÃO
Problema principal: TERROR DA EXISTÊNCIA
O não desejo de interagir com outras pessoas ocorre por conta de uma hostilidade
que acredita ocorrer a partir deste contato por parte do outro.
Suas necessidades:
Sentir-se seguro no mundo, aprender a se ligar às pessoas afetivamente, viver o
momento presente.
2) CLIENTE CARENTE
Pontos a serem observados:
Experiência base: CARÊNCIA AFETIVA
3) CLIENTE CONTROLADOR
Pontos a serem observados:
Experiência base: TRAIÇÃO
4) CLIENTE INVADIDO
Pontos a serem observados:
Experiência base: CERSEAMENTO DE EXPRESSIVIDADE
5) CLIENTE RÍGIDO
Pontos a serem observados:
Experiência base: DIFICULDADE EM TER PRAZERES.
LIBERANDO AS EMOÇÕES
Segundo Lowen temos memórias celulares que estão ligadas à cadeia muscular
desenho abaixo.
Ao ativarmos a memória destas células, podemos liberar sentimentos que estão
concentrados nestes pontos específicos.
Estas retenções de sentimentos, que são involuntárias, são responsáveis muitas
vezes por atitudes que prejudicam os relacionamentos com os outros e do indivíduo
com ele mesmo. São elementos que também ativam as defesas da personalidade,
que estudamos anteriormente e que também são prejudiciais ao convívio do
indivíduo com o mundo e com si mesmo.
Como desdobramento desse quadro, temos as raivas, inseguranças, medos, dentre
outros sentimentos e emoções negativas, bem como, muitas vezes o indivíduo deixa
que estes problemas se amplifiquem e venham a atingir familiares e demais pessoas
de seu círculo de convívio.
Lidar com esta liberação de emoções não é simples visto que para o corpo
emocional não existe a percepção temporal, como ocorre com nosso corpo mental,
por exemplo. Em outras palavras, ao sentirmos determinados sentimentos como
raiva ou medo, nossa reação é sempre a mesma e na mesma intensidade da
primeira vez que assim reagimos. Um exemplo para deixar bem claro: um homem
com raiva acumulada e que explodiu com a sua mulher, caso não libere
corretamente esta raiva, irá explodir novamente em outro momento do convívio ou
mesmo com outra mulher na mesma intensidade, pois um ciclo é gerado e a
repetição ocorre de forma automática. Daí que por vezes vemos pessoas reagindo
de forma desproporcional à situação em questão.
Liberar emoções é descarregar tensões reprimidas e antigas, abrindo assim um
caminho para um maior entendimento e percepção dos conflitos que fazem parte da
vida e que ao lidarmos com eles, devemos fazê-lo de forma equilibrada e madura.
Existem várias técnicas que podem se utilizadas e veremos algumas delas no
próximo módulo.
São indicadas para todo individuo que queira estar melhor consigo mesmo e com o
outro, sendo particularmente benéfico para todos aqueles que lidam diretamente
com várias pessoas no seu dia a dia, principalmente com crianças e/ou
adolescentes, bem como, para aqueles que trabalham junto a doentes ou pessoas
com problemas pessoais, em especial, pessoas que estejam vivendo um período
delicado, desgastante, estressante e que produzem com facilidade desequilíbrios
emocionais e energéticos.
Alguns sentimentos podem ser mudados com maior facilidade de forma definitiva e
quase que instantaneamente após algumas poucas sessões de psicoterapia
holística. Esses sentimentos normalmente estão ligados a percepções e/ou
expectativas distorcidas da realidade.
Outros sentimentos para serem dissolvidos envolvem o desdobramento de longos
períodos, pois demandam a troca de memórias de situações adversas por novas
experiências compensatórias.
No primeiro caso, temos o grupo das "coisas" que a pessoa idealizou ou projetou de
forma distorcida a partir de suas próprias ideias e percepções. No segundo,
experiências negativas reais efetivamente vividas e que precisam ser trocadas.
A memória independe da vontade própria, é automática e está diretamente ligada e
influenciada pela qualidade emocional presente durante o momento de ocorrência e
gravação de seus conteúdos. Dessa forma, uma sensação constante, por exemplo,
de fracasso não será passível de ser esquecida pela pessoa. Entretanto, sua
memória emocional de fracasso poderá ser reeditada por experiências recorrentes
de sucesso e êxito, proporcionalmente tão importantes quanto a(s) experiência(s)
que geraram o sentimento anterior de fracasso e perspectiva de que tudo o que
venha a ser realizado "não levará a nada".
Nesta mesma esfera encontram-se experiências de rejeição, medo/ insegurança,
fraqueza, fome e carência dentre tantas outras, que devem ser reeditadas
positivamente com experiências bem sucedidas de aceitação, confiança, força,
satisfação etc. Isso pode levar muitos anos.
Muitas mudanças somente serão passíveis de serem efetivadas e gravadas como
definitivas em nós a partir de exercícios constantes, desde os físicos até os
exercícios de comportamento e atitudes. Por exemplo: para acabar com uma
sensação constante de ansiedade é muitíssimo recomendado o exercício de comer
lentamente, o que exige normalmente um esforço tremendo, a confluência de várias
pequenas técnicas e muito, muito tempo, para que a pessoa possa ter êxito nessa
tarefa aparentemente tão simples.
Depois de percebido um determinado padrão indesejável em nós, haverá ainda um
tempo posterior no qual perceberemos a sua ocorrência novamente, sem que
consigamos nos manifestar ainda da forma que já desejamos. Esse período é crítico.
E devemos conduzir o cliente a ter muita calma e aceitação nesse momento.
LIDANDO COM OS SENTIMENTOS
Devemos ter a certeza que a consciência é a chave para a liberdade de se poder
viver e sentir todas as coisas de forma plena e saudável. Em equilíbrio, mente e
corpo sob uma clareza consciente, promove a potencialização do que é bom e a
dissolução do que é ruim.
Uma das formas de expressarmos nossos sentimentos é através da palavra dita,
que por vezes, por não ser dita ou dita de forma inadequada, podem acarretar
problemas ao indivíduo.
Façamos fechando este módulo, um estudo sobre as dificuldades de expressão e
como orientarmos o cliente em superar esta dificuldade.
O primeiro passo é orientá-lo em situações onde ele tem a necessidade de deixar
transparecer um incomodo e sentimentos negativos, de sempre se dirigir ao outro
falando de si e não do outro propriamente dito.
Um exemplo:
Ao invés de dizer: “você é muito controlador, você me invade demais”! Oriente-o a
falar de si embora expressando o mesmo descontentamento com a situação como,
por exemplo: “eu me sinto controlado quando você age deste modo” ou “eu me sinto
invadido quando estou perto de você”.
Ao mesmo tempo em que o indivíduo expressa seus sentimentos, o percebe em si
mesmo através das palavras.
Outros exemplos:
Ao invés de:
“Você é um safado, um cachorro”.
Utilize:
“Eu não me sinto bem quando você age de tal e tal forma. Na realidade, eu me sinto
um lixo...”
Ou no caso:
“Você está louco! Nem morto eu vou fazer essa m**** que você está me pedindo.”
Utilize:
“eu não vou fazer o que você está me pedindo porque se eu o fizer, EU vou me
sentir muito mal comigo mesmo (a). Não vai dar, pois não posso passar por cima de
mim mesmo(a) e sei que se fizer isso, depois ficarei com um sentimento muito ruim
dentro de mim. É algo meu, não tem nada a ver com você. Eu não ficarei bem
comigo. Me sentirei muito desconfortável Por isso não poderei fazer o que você está
me pedindo.”
Obviamente estes são apenas alguns exemplos, sendo o discurso adaptado pelo
cliente. Os exemplos servirão tão somente para mostrar o cerne da questão que é o
individuo estar sempre se posicionando de alguma forma, se questionando,
refletindo sobre si mesmo, se auto-observando.
Começando a agir assim, a pessoa irá ganhando desenvoltura com essa forma de
expressão até chegar o dia e a situação na qual consiga dizer, sem se alterar, com
senso de adequação e impostação, em equilíbrio e maturidade emocional, coisas do
tipo como no diálogo abaixo.
Para. Eu não quero que isso continue.
O outro - Por quê?...
Não sei. Só sei que não estou me sentindo bem com esta situação.
Algo errado que eu fiz? Dá pra ser de outro jeito?
Não. Não dá pra ser de outro jeito. Não tem nada a ver com certo ou errado. Só sei
que não estou me sentindo bem e não quero que isso continue. Não sei dizer ainda
nem o que está me incomodando. Se um dia, ou em algum momento, eu souber o
que está ruim pra mim, e houver uma oportunidade, eu posso até lhe dizer o que é.
No momento, só sei que eu não quero que isto continue. Chega.
Ou ainda:
Eu me senti roubado (a) quando você fez isso...
Você está me chamando de ladrão?!...
Eu não estou lhe chamando de nada. O que você é, ou como você se sente, é uma
questão pessoal e íntima sua, cabe unicamente a você descobrir e definir isso.
Investir o seu tempo e sua energia nisso. Isso não me cabe. Cabe a você. O que
acontece, o que eu disse, é que EU me senti roubado (a) quando isso aconteceu.
Estou lhe expondo isso com sinceridade e, neste momento, com tranquilidade, pois
estou me direcionando e fazendo o necessário para que isso não volte a ocorrer em
hipótese nenhuma. Neste momento, me expressando desta forma pra você, também
espero que o nosso contato a médio e longo prazo possa ser preservado e mantido
dentro do respeito e da consideração mútuos, pois de outra forma, vejo
possibilidades de que isso também possa ser perdido. Acredite: pode ser difícil para
você estar ouvindo isso, mas lhe asseguro, e tenho convicção de que você pode
sentir isso através do que estou manifestando agora, que também não é fácil para
eu falar essas coisas e estar aqui diante de você podendo olhá-lo com sinceridade e
autonomia. Pelo contrário: este momento também está sendo muito difícil pra mim...
Claro que para se chegar neste nível de autocontrole, expresso pela forma de
colocar palavras com entendimento e clareza de percepção, demanda tempo, até
mesmo vários anos, dependendo da situação em questão, especialmente quando
isso envolve cenários que abrangem pessoas muito próximas e mágoas ou padrões
já perpetuados ao longo de muitos anos.
O ideal é que a pessoa comece a treinar com pessoas e situações novas, de
preferência inéditas, e com envolvimentos mais leves. Pessoas que nunca viu e que
está encontrando uma primeira vez num contato fortuito. Um atendente de
estabelecimento comercial, uma pessoa na rua ou qualquer situação assim, com
baixo envolvimento. Posteriormente à medida que for ganhando confiança e sucesso
nesse tipo de situação, a pessoa pode ir evoluindo e começando a se expressar
melhor com os outros de uma forma em geral, trazendo esse padrão para
relacionamentos mais próximos, até chegar a ponto de estar com as pessoas mais
íntimas e resgatar questões que lhe incomodam a muitos anos silenciosamente, com
boas possibilidades de dissolução.
Esta forma de saber se colocar implica resumidamente, em não deixar que o outro o
transgrida, respeitando a si mesmo e seus direitos próprios e naturais, mas também
sem a necessidade de que para que isso ocorra seja necessário ser agressivo ou
subjugar o outro, mesmo que subliminarmente, impondo falsa autoridade, impingindo
medo, etc.
O indivíduo com dificuldade de expressão emocional deve dar uma especial atenção
à questão da dissolução da defesa invadida e das culpas que também muito
provavelmente carrega dentro de si. Fazer isso abrirá canais para que a pessoa
também comece a equilibrar o valor entre si e os outros, que antes era sempre
pesado a favor dos outros em detrimento de si própria, muito comum nos casos dos
controladores onde existe um sentimento real para o indivíduo de que “sacrifica-se
pelos outros sem o devido reconhecimento, valor e contrapartida...”
A orientação que será dada pelo terapeuta seguirá dois pontos básicos: que sejam
substituídos o julgamento e a crítica por uma afirmação objetiva dos fatos e que a
franqueza sempre é o melhor caminho para que o outro queira cooperar.
2- Fundamentos da Psicanálise
Psicanálise é a ciência do inconsciente que foi fundada por Sigmund Freud (1856-
1939). É um método de investigação, que consiste essencialmente em evidenciar o
significado inconsciente das palavras, das ações, das produções imaginárias
(sonhos, fantasias, delírios) de um sujeito.
Este método baseia-se principalmente nas associações livres do sujeito, que são a
garantia da validade da interpretação. A interpretação psicanalítica pode estender-se
a produções humanas para as quais não se dispõe de associações livres. A
psicanálise é um método psicoterápico baseado nesta investigação e especificado
pela interpretação controlada da resistência, da transferência e do desejo. O
emprego da psicanálise como sinônimo de tratamento psicanalítico está ligado a
este sentido; exemplo: começar uma análise.
Importância do instinto sexual. Freud notou que na maioria dos pacientes que teve
desde o início de sua prática clínica, os distúrbios e queixas de natureza
hipocondríaca ou histérica estavam relacionados a sentimentos reprimidos com
origem em experiências sexuais perturbadoras. Assim ele formulou a hipótese de
que a ansiedade que se manifestava através dos sintomas (neurose) era
consequência da energia (libido) ligada à sexualidade; a energia reprimida tinha
expressão nos vários sintomas neuróticos que serviam como um mecanismo de
defesa psicológica. Essa força, o instinto sexual, não se apresentava consciente
devido à "repressão" tornada também inconsciente. A revelação da "repressão"
inconsciente era obtida pelo método da livre associação (inspirado nos atos falhados
ou sintomáticos, em substituição à hipnose) e pela interpretação dos sonhos
(conteúdo manifesto e conteúdo latente). O processo sintomático e terapêutico
compreendia: experiência emocional - recalque e esquecimento - neurose - análise
pela livre associação - recordação - transferência - descarga emocional - cura.
Fases do desenvolvimento sexual. Freud contribuiu com uma teoria das fases do
desenvolvimento do indivíduo. Este passa por sucessivos tipos de caráter: oral, anal
e genital. Pode sofrer regressão de um dos dois últimos a um ou outro dos dois
anteriores, como pode sofrer fixação em qualquer das fases precoces. Essas fases
se desenvolverão entre os primeiros meses de vida e os 5 ou 6 anos de idade, e
estão ligadas ao desenvolvimento do Id:
(1) Na fase oral, ou fase da libido oral, ou hedonismo bucal, o desejo e o prazer
localizam-se primordialmente na boca e na ingestão de alimentos e o seio materno,
a mamadeira, a chupeta, os dedos são objetos do prazer;
(3) Na fase genital ou fase fálica, ou fase da libido ou hedonismo genital, o desejo
e o prazer localizam-se primordialmente nos órgãos genitais e nas partes do corpo
que excitam tais órgãos. Nessa fase, para os meninos, a mãe é o objeto do desejo e
do prazer; para as meninas, o pai.
TIPOS DE PERSONALIDADE
O tipo que se detém na fase oral é o Oral receptivo, pessoa dependente - espera
que tudo lhe seja dado sem qualquer reciprocidade; ou o Oral sadístico, o que se
decide a empregar a força e a astúcia para conseguir o que deseja. Explorador e
agressivo, não espera que alguém lhe dê voluntariamente qualquer coisa.
Narcisismo. Conta o mito que o jovem Narciso, belíssimo, nunca tinha visto sua
própria imagem. Um dia, passeando por um bosque, encontrou um lago. Aproximou-
se e viu nas águas um jovem de extraordinária beleza e pelo qual apaixonou-se
perdidamente. Desejava que o jovem saísse das águas e viesse ao seu encontro,
mas como ele parecia recusar-se a sair do lago, Narciso mergulhou nas águas, foi
ás profundezas á procura do outro que fugia, morrendo afogado. Narciso morrera de
amor por si mesmo, ou melhor, de amor por sua própria imagem ou pela
autoimagem. O narcisismo é o encantamento e a paixão que sentimos por nossa
própria imagem ou por nós mesmos, porque não conseguimos diferenciar um do
outro. Como crítica à humanidade em geral - que se pode vislumbrar em Freud -
narcisismo é a bela imagem que os homens possuem de si mesmos, como seres
ilusoriamente racionais e com a qual estiveram encantados durante séculos.
É por esse motivo que certas coisas, certos sons, certas cores, certos animais,
certas situações nos enchem de pavor, enquanto outras nos trazem bem-estar, sem
que saibamos o motivo. A origem das simpatias e antipatias, amores e ódios, medos
e prazeres desde a nossa mais tenra infância, em geral nos primeiros meses e anos
de nossa vida, quando se formaram as relações afetivas fundamentais e o complexo
de Édipo.
SÍNTESE DA PSICANÁLISE
O Determinismo Psíquico afirma que nada acontece por acaso na mente, tudo está
relacionado com algo anterior. Os sonhos também estão sujeitos a essa regra.
Impulsos
Os impulsos são dinâmicos pois possuem uma fonte, uma finalidade, um objeto e
uma força, empregado energia psíquica (catexia); são inatos e internos ao
organismo; estão no limite entre o somático e o psicológico (no limite entre as
necessidade fisiológicas e as necessidades psicológicas); pertencem ao
inconsciente, mas tornam-se conscientes quando se ligam a um afeto ou a uma
representação.
Representações abrangem sensações e experiências emocionais primitivas que
ficam impressas no Ego.
O Aparelho Psíquico
3ª. Hipótese Estrutural: divide a mente em Id, Ego e Superego. Paradigma: onde há
Id precisa haver Ego.
Id é onde residem os impulsos. Ego é onde a mente interage com o ambiente e onde
os impulsos do Id são intermediados com os preceitos morais do Superego.
Superego é onde residem os preceitos morais.
Auto-observação;
Ideal do Ego é uma subdivisão do ego, relativamente autônoma, que surge com a
perda do narcisismo individual e permite a submissão de grupos à figura de um líder.
Ego Auxiliar são objetos do Superego que se organizam como aliados do Ego,
estabelecendo limites e impondo valores de forma não agressiva
Deslocamento: uma parte representa o todo ou o todo representa uma parte de uma
idéia ou objeto.
Condensação: várias idéias são representadas por uma idéia ou parte de uma idéia.
O Ego pode opor-se aos impulsos e desejos do Id, e até mesmo combatê-los.O
desenvolvimento do Ego determina inevitavelmente um certo grau de
enfraquecimento do Id.
Ansiedade de alarme é uma função do ego que visa prevenir o trauma por meio da
antecipação da ansiedade de uma situação traumática, em uma situação de perigo
ou de perigo eminente.
Mecanismos de Defesa:
O Ego Arcaico (ou Ego do prazer puro) já permite interação com o mundo exterior,
mas é incapaz de diferenciar o "eu" do "não eu" por não possuir condições
neurobiológicas para tanto. Nesta fase o bebê expele (projeta) tudo que for
desagradável e retém (introjeta) tudo o que for agradável.
As Funções do Ego
São processados pelo Ego e são praticamente inconscientes. Quanto mais imaturo e
menos desenvolvido estiver o ego, mais primitivas e carregadas de magia serão as
defesas. O mecanismo fundamental do ego é rejeitar de qualquer forma a vivência e
a tomada de conhecimento de experiências emocionais ansiogênicas.
Símbolos
Identificação
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Amaral Dias, C. (2000). Freud para além de Freud (Vol. 1). Lisboa: Fim de Século.
Amaral Dias, C. (2005). Freud para além de Freud (Vol. 2). Lisboa: Climepsi.
O austríaco Wilhelm Reich (1897-1957) foi um médico e cientista natural que, por
quase quarenta anos, desenvolveu uma ampla pesquisa sobre os processos
energéticos primordiais, vitais, tendo publicado inúmeros livros e textos a respeito.
Considerado gênio por alguns e louco por outros, foi considerado por muitos o maior
revolucionário da Psicologia deste século. Pioneiro da Revolução Sexual, precursor
dos movimentos ecológicos e da psiquiatria biossocial, Reich desenvolveu também
artefatos usados na cura do câncer e na diminuição dos efeitos negativos da energia
nuclear.
Em seu livro “O Assassinato de Cristo” (4 ed. São Paulo: Editora Martins Fontes,
1991), Reich diz que “viver na plenitude é abandonar-se ao que se faz”, isto é, seja
nas tarefas mais simples e cotidianas ou nas tarefas mais grandiosas e de maior
responsabilidade, viver com plenitude é estar por inteiro em cada atividade ou
relacionamento, no momento em que ele (a) está sendo vivenciado.
Todo o seu pensamento indica que é preciso uma mudança radical nas relações
humanas. Associa a separação de um bebê do corpo da mãe na hora do parto com
o assassinato de Cristo, com a psicose, com o fascismo e com a função do orgasmo.
A complexidade de seu discurso é algo que vai além de sua época.
A sua mais importante contribuição, que revolucionou toda a Psicologia, foi provar
que a neurose é produzida socialmente, instalando-se em todo o corpo e não
apenas na mente das pessoas. Por isso, preocupou-se em desenvolver, no final dos
anos 20, em Viena, um programa de prevenção de neuroses, pois percebeu que
muitas neuroses eram desencadeadas a partir da pobreza e da repressão sexual.
Caráter
De acordo com Reich, “o caráter é composto das atitudes habituais de uma pessoa e
de seu padrão consistente de respostas para várias situações. Inclui atividades e
valores conscientes, estilo de comportamento (timidez, agressividade e assim por
diante) e atitudes físicas (postura, hábitos de manutenção e movimentação do
corpo). (REICH, 1998).
O conceito de caráter já havia sido discutido anteriormente por Freud, em sua obra
Caráter e Erotismo Anal. Reich elaborou este conceito e foi o primeiro analista a
tratar pacientes pela interpretação da natureza e função de seu caráter, ao invés de
analisar seus sintomas. Entendemos como caráter, a partir de Reich, o modo de
reação típico, não vivido como sintoma ou síndrome, constituinte da personalidade
do indivíduo.
A couraça serve para restringir tanto o livre fluxo de energia como a livre expressão
de emoções do indivíduo. O que começa inicialmente como defesa contra
sentimentos de tensão e ansiedade excessivos, torna-se uma camisa de força física
e emocional.
Couraça Caracterológica
Reich sentia que o caráter se forma como uma defesa contra a ansiedade criada
pelos intensos sentimentos sexuais da criança e o conseqüente medo da punição. A
primeira defesa contra esse medo é o Mecanismo de Defesa do Ego, o qual refreia
os impulsos sexuais por algum tempo. À medida que as defesas do Ego se tornam
cronicamente ativas e automáticas, elas evoluem para traços ou couraça
caracterológica. O conceito de couraça caracterológica de Reich inclui a soma total
de todas as forças defensivas repressoras, que são organizadas num modelo mais
ou menos coerente no ego.
Traços de neuróticos não são a mesma coisa que sintomas neuróticos. A diferença
repousa no fato de que sintomas neuróticos são experimentados como estranhos ao
indivíduo, enquanto que traços de caráter neurótico são experimentados como
partes integrantes da personalidade. Temos como exemplos de sintomas neuróticos:
medos e fobias irracionais e como exemplos de traços de caráter neurótico: ordem
excessiva ou timidez ansiosa. As defesas de caráter são particularmente efetivas, e,
além disso, difíceis de se erradicarem pelo fato de serem tão bem racionalizadas
pelo indivíduo e experimentadas como parte de seu autoconceito.
A couraça ainda pode ser móvel, flexível ou crônica. A couraça móvel é aquela que
não impede nossos movimentos básicos (o amor, o trabalho e o conhecimento). A
couraça flexível serve de proteção biológica e energética de um ego que se depara
com ameaças externas e que pode ser desfeita a qualquer momento pela vontade
consciente do sujeito. A couraça crônica é a expressão da couraça narcísica
entranhada e enraizada na estrutura psíquica. Ela é dinâmica e pode crescer ou
diminuir durante toda a vida do sujeito. A couraça serve para restringir tanto o livre
fluxo de energia como a livre expressão de emoções do indivíduo.
A Couraça Muscular
Reich descobriu que cada atitude de caráter tem uma atitude física correspondente e
que o caráter do indivíduo é expresso corporalmente sob a forma de rigidez
muscular ou couraça muscular.
Em seu trabalho sobre couraça muscular, Reich descobriu que tensões musculares
crônicas servem para bloquear uma das três excitações biológicas: ansiedade, raiva
ou excitação sexual. Ele concluiu que a couraça física e a psicológica eram
essencialmente a mesma coisa. Com esse raciocínio, as couraças de caráter eram
vistas agora como equivalentes à hipertonia muscular. O trabalho psiquiátrico de
Reich lidava cada vez mais com a libertação de emoções através do trabalho com o
corpo.
Ele analisava em detalhes a postura de seus pacientes e seus hábitos físicos a fim
de conscientizá-los de como reprimiam sentimentos vitais em diferentes partes do
corpo. Reich achava que a couraça muscular está organizada em sete principais
segmentos de armadura, que são compostos de músculos e órgãos com funções
expressivas relacionadas. Estes segmentos formam uma série de sete anéis mais ou
menos horizontais, em ângulos retos com a espinha e o torso. Os principais
segmentos de couraça estão centrados nos olhos, boca pescoço, tórax, diafragma,
abdome e pelve.Aos poucos, Reich começou a trabalhar diretamente com suas
mãos sobre os músculos tensos a fim de soltar as emoções presas a eles.
A seguir, a partir da leitura que Fadiman e Frager (2003) fazem da teoria reichiana,
uma exposição dos efeitos do encouraçamento em cada um dos sete segmentos do
corpo humano, e os procedimentos adotados na sua dissolução:
O Caráter Genital
O termo Caráter genital foi usado por Freud para indicar o último estágio do
desenvolvimento psicossexual. Reich adotou-o para se referir especificamente à
pessoa que adquiriu potência orgástica. Para ele a potência orgástica era a
capacidade de abandonar-se, livre de quaisquer inibições, ao fluxo de energia
biológica, era a capacidade de descarregar completamente a excitação sexual
reprimida por meio de involuntárias e agradáveis convulsões do corpo.
Reich descobriu que assim que seus pacientes renunciavam à sua couraça e
desenvolviam a potência orgástica, muitas áreas de funcionamento neurótico
mudavam de forma espontânea. No lugar de rígidos controles neuróticos, os
indivíduos desenvolviam uma capacidade para autorregulação. Reich descreveu
indivíduos autorreguladores como naturais, mais do que morais. Eles agem em
termos de suas próprias inclinações e sentimentos internos, ao invés de serem
algum código externo ou ordens pré-estabelecidas por outros.
A Energia Orgone
Estrutura Psíquica
FREUD E REICH
Freud foi mestre de Reich, mas, quando este filiou–se ao partido comunista,
interessando-se cada vez mais pelas condições sociais dos pacientes, surgiram
divergências entre eles. A militância política de Reich é considerada por muitos
como o grande ponto de atrito entre ele e seu mestre.
Mais tarde, Freud reformulou sua teoria pulsional, apresentando a ideia de uma
pulsão de morte que seria ontológica, situando a destrutividade na própria natureza
humana.
Para Reich, Freud estava errado, pois nem a repressão é condição para a cultura,
nem a destrutividade é um atributo da natureza. Reich busca no materialismo
histórico de Marx e Engels e nas pesquisas antropológicas de Malinowsky a base
teórica e a prova empírica necessárias para refutar a teoria freudiana. Reich afirma
que a família patriarcal burguesa, com sua respectiva moral, não é a versão final e
acabada da organização familiar, já que se transforma de acordo com os modos de
produção historicamente estabelecidos e, além disso, existem culturas não
repressivas nas quais desenvolvem-se outros modelos familiares. Com isso, Reich
mostra que o triângulo familiar no qual se dá o complexo edípico não é um
estruturante universal, mas tão somente uma formação própria da sociedade
patriarcalautoritária, passível, portanto, de ser transformada.
Reich tem na natureza o grande modelo de referência para a sua concepção de vida
e, como as forças naturais (entre elas as pulsões) trabalham pela e para a vida,
seriam incompatíveis com a destrutividade que Freud lhes atribui. Por isso, para
Reich, o mal não tem origem na natureza e sim no campo da cultura, dos homens-
em-relação. Quando a cultura se opõe sistematicamente à natureza, acaba por
degenerar suas forças, transformando-as em antinaturais, irracionais e antissociais,
causando, agora sim, destruição e sofrimento, como no caso do impulso masoquista.
Já a teoria de Reich toma a natureza como modelo para a vida e para o social,
fazendo um resgate positivo das paixões e conferindo-lhes racionalidade e
sociabilidade.
Se, para Freud, o modelo político racionalista desconfia acertadamente da natureza
humana, por ser esta sempre traiçoeira, propondo sua dominação, Reich procura
mostrar que é justamente essa dominação que leva à degeneração da natureza
humana, transformando-a em seu oposto, isto é, tornando irracional o que era
racional, desprazer o que era prazer, destrutividade social, crimes e guerras o que
era sociabilidade. Segundo Reich, a própria natureza é racional e social e, por isso,
é necessária uma cultura capaz de dar livre fluxo à natureza humana, única maneira
de se construir uma sociedade realmente racional (e não racionalista). Para isso,
Reich defendeu a realização das pulsões, a “democracia natural do trabalho” (sua
teoria da sociabilidade) e apostou numa sexualidade natural, introduzindo o corpo no
setting terapêutico, postulando uma sociedade mais saudável e livre e combatendo,
assim, a visão mais pessimista de homem presente, segundo o modo de ver
reichiano, na matriz filosófica que embasa a teoria cultural de Freud.
REICH E A CONTEMPORANEIDADE
O paradigma reichiano se define por uma autêntica fé na vida, desde que esta
encontre meios para se realizar. Reich apostava na esperança de que as
sociedades do futuro serão capazes de construir a verdadeira civilização humana,
onde o sistema social não se oporá as leis da natureza que se manifestam no
homem desde sua concepção em fase embrionária. A vida seria preservada pelas
regras sociais desde seu surgimento até o último suspiro de cada ser vivente e tal
preservação se daria pela compreensão clara de todas as necessidades básicas do
ser humano nas principais fases de desenvolvimento, desde a infância.
Reich antecipou-se na visão de que os cuidados com o ser humano deveriam iniciar-
se antes mesmo da concepção, sendo desde o princípio desejado e conseqüência
de um ato de amor. Os cuidados deveriam se estender durante o período
gestacional, o parto, e em todas as fases do desenvolvimento psicoemocional do ser
humano.
Reich e o Feminismo
Reich sempre afirmou que certas estruturas humanas são nativas a certas
organizações sociais. Assim, a condição feminina em uma sociedade patriarcal é
muito diferente da sociedade matriarcal. A primeira é acentuadamente demarcada
por diferenças nos gêneros, colocando o feminino, em muitos casos, como um
subproduto social.
Desde o século XIX a mulher e seu útero estão associados à histeria. Reich,
diferentemente de Freud, coloca que o caráter histérico é identificado tanto no
homem como na mulher. Na Análise do Caráter ele afirma ser a histeria, na mulher,
uma forma circunscrita das defesas psíquicas, muitas vezes por razões morais, em
relação ao desapontamento amoroso com os homens.
Um ser feminino de caráter genital, isto é maduro, vive a entrega afetiva com seu
parceiro, na sua maternidade, no seu trabalho e não se aprisiona nas condições de
submissão, pois seu funcionamento está centrado na sua potência e sua realidade
somática.
Reich na Universidade
A maioria das universidades brasileiras não possui matérias que abordem a teoria
reichiana, nem práticas supervisionadas de psicoterapias somáticas. Este fato é
lamentável, afinal, é função do curso de Psicologia oferecer aos seus alunos um
vasto leque de opções teóricas, dando-lhes a oportunidade de conhecer e se
identificar com aquelas que melhor lhe convierem.
Universidades que oferecem matéria específica com este tema têm comprovado que
a teoria do orgasmo, a análise do caráter e a peste emocional despertam interesse e
curiosidade. Apesar de ter sido escrita por Reich na década de quarenta, a peste
emocional tem um caráter atual dentro do momento em que vivemos.
A Ética Reichiana
Reich define o sentido ético como a visão do todo, suas confluências e influências
sobre nós. Esse sentido é apreendido pelas sensações amorosas transmitidas pelo
nosso corpo. Essas sensações são apreendidas das percepções das nossas
correntes orgonóticas e estas nos ligam a tudo que é vivo e, em última instância, ao
universo.
Os poderes únicos são apoiados por nós, seja por omissão ou mesmo pela
participação direta. Para combatê-los, temos saberes. Se acreditamos na justiça,
devemos construí-la dia-a-dia, como um hábito introjetado. Caso contrário,
estaremos sendo coniventes e participantes da criação de pessoas incapazes de
contato e de sociabilidade. A esse processo Reich chamou de ética cotidiana e, para
exercê-la, é necessário em primeiro lugar o contato com nós mesmos e, em um
segundo momento, o contato com os outros.
Considerações
O que podemos pensar a partir daí? Como viver da maneira que Reich propõe na
sociedade atual? Como voltar nossa energia vital nessa direção?
Existe um mundo a nossa volta que, numa relação dialética conosco, constrói e é
construído, desenvolve e é desenvolvido e, devido a isso, não há como fazer uma
análise dicotômica da relação homem/sociedade (ou natureza), uma vez que estes
não agem de maneira isolada. Seguindo essa análise, o que pensar de um homem
que defende a liberdade, se em suas relações íntimas ele se coloca como um
opressor? E o que dizer sobre aqueles que em nome do amor, do status, cerceiam a
tão cara e preciosa expressão afetiva, sexual, emocional, seja do próximo ou de toda
uma sociedade?
Entender que há uma ponte entre o micro e o macrocosmo e que esta se consolida
em nossas relações cotidianas, é o primeiro passo para nos reconhecer parte deste
sistema, desta natureza, deste universo. É começar a entender que o valor a vida
passa por tomarmos ciência de que a energia vital, a sexualidade (não apenas no
que diz respeito a libido), se faz presente em todos os seres vivos e inanimados, e
que isso é fundamental para a nossa saúde holística, ou seja, o ser humano visto
como um todo, não fragmentado. Reich acreditava nesta teoria, como diz em
“Escuta, Zé Ninguém!”: “Descobri que o teu espírito é uma função da tua energia
vital, isto é, por outras palavras, que existe uma unidade entre o corpo e o espírito”.
Para alguém que entendia que para haver revolução cultural precisa haver revolução
sexual e que, para tal, precisávamos romper com uma sociedade opressora que nos
impunha tantas couraças energéticas as quais bloqueavam a energia em nossos
centros vitais, dificilmente teremos como ignorar a importância desta reflexão nos
dias de hoje. Tomar o ser humano como um ser meramente individual, é a maneira
mais requintada de desqualificar o ser humano, pois como diz Heidegger no Ser e o
Tempo: “Ninguém é si mesmo. É o reino do a gente. A gente vive, a gente se ocupa,
a gente é. A gente não é ninguém. Esse tempo, a gente o perde”. Em outras
palavras, nós só somos na relação com o outro. O “cada um por si e Deus por todos”
é mais uma falácia desta sociedade opressora a qual Reich se referia, pois uma vez
sozinhos, isolados em nosso egoísmo, nos tornamos presas fáceis. Porém, quando
nos manifestamos seja num grito, num beijo, num riso ou numa passeata, o que aos
olhos dos opressores é uma baderna, uma ameaça, para nós é símbolo de
liberdade, prazer, união e graça.
Portanto, procurar relações onde se respeita e prioriza a vida e o livre fluxo da nossa
energia criativa, é investir cada vez mais na saúde, é crer que somos o próprio
cosmos, não somente parte deste; que somos filhos deste universo, um Deus em
formação; e que portanto, temos todo o direito de estar aqui e ser feliz.
Como, então, podemos exercer esse direito e viver melhor? Quando poderemos?
BIBLIOGRAFIA
Reich, Wilhelm . O Assassinato de Cristo. 4 ed. São Paulo: Editora Martins Fontes,
1991. REICH, Wilhelm. A Função do Orgasmo (1942 Renovado 1961). 18 ed. São
Paulo: Editora Brasiliense, 1994.
REICH, Wilhelm. Escuta, Zé Ninguém! 10. ed. Lisboa: Livraria Martins Fontes
Editora Ltda,1982.
Centro Reichiano,1999.
3- As doenças e as Emoções
Estão associados a esta excessiva ativação das respostas fisiológicas, males como
dores de cabeça, dores nas costas, arritmias cardíacas, hipertensão arterial e alguns
males digestivos.
Transtornos cardiovasculares
Transtornos respiratórios
Transtornos gastrintestinais
Transtornos dermatológicos
Dor crônica
Transtornos imunológicos
Acima temos alguns transtornos da ordem orgânica, mas também podemos ter
transtornos da ordem psíquica associadas a estados de ansiedades extremos, tais
quais:
Ataque de Pânico
Agorafobia
Fobia específica
Fobia social
Transtorno obsessivo-compulsivo
Fatores Predisponentes
Doenças Psicossomáticas
É importante deixar claro que o corpo também deve ser cuidado com os tratamentos
adequados (A pessoa com gastrite deve procurar o médico e realizar exames
solicitados, tomar os remédios prescritos, fazer uma dieta alimentar caso seja
indicada). O aconselhável é um atendimento psicológico associado, que possibilite
auxiliar o sujeito a nomear os sofrimentos que vivencia, para além do real do seu
corpo. A importância deste tipo de abordagem nos transtornos psicossomáticos
também se deve ao fato romper uma possível evolução crônica do problema, que
limite progressivamente a vida social e emocional da pessoa.
Causas Cura
Doenças (Pensamentos - Padrões (Pensamentos - Padrões
negativos) positivos)
Eu me amo, eu me aceito
Acne Não se aceitar; desamor de si onde eu estou agora. Eu sou
maravilhoso
Eu estou completamente
Resistência; tensão; abertura
Arteriosclerose aberto para a vida e a alegria.
mental estreita
A vida é boa
Eu sou livre. Eu me
Super sensibilidade; amor encarrego da minha própria
Asma sufocado; supressão do choro, vida. Eu posso expressar
sentimentos sufocados meus sentimentos como eles
são
Eu abandono o passado,
Bexiga Ansiedade; resistência contra
despreocupo me do futuro.
(problemas) novas idéias
Eu aceito o que é novo, agora
Eu me movimento no melhor
Ciática Medo do dinheiro e do futuro de tudo. Meu bem está em
todo lugar e eu estou seguro
Eu relaxo conscientemente
Super exagerar os detalhes da
Dedos de que a sabedoria da vida
vida (unhas- super analisar)
cuida dos detalhes
Não se sinta culpado. Você e
Defeitos de Necessidade de reencarnação;
seus pais, têm algo a
nascença você pediu para vir assim
aprender
Eu descanso minha
Congestão, bloqueio; crença
Dor necessidade de punição. Eu
em barreiras; punição, culpa
deixo a vida fluir
Eu me amo e me aceito em
Crença social; velhos todas as idades; cada idade é
Envelhecer
pensamentos perfeita. Eu sou espírito. Eu
sou eterno
Eu não propago
Crença na feiúra, culpa, ódio pensamentos feios. Eu amo
Espinhas
de si todo o meu corpo. Não há
culpa
Congestão emocional;
Eu nego qualquer moralismo.
Febre do Feno confusão nas crenças; medo
Eu sou uno em tudo na vida
do moralismo
A aceitação do prazer
Hipoglicemia Desequilíbrio no sistema
equilibra o meu sistema
Eu descanso do dia e
Insônia Tensão, culpa, medo mergulho num sono perfeito,
pacífico
Eu estou na interminável
Comunicação, luta, pressa; jornada pela eternidade. Que
Nervos e
medo, ansiedade. a paz esteja conosco. Não
nervosismo
Pensamentos confusos existe nenhum lugar para o
qual devamos nos apressar
Eu relaxo o passado,
Prisão de ventre Recusa de relaxar sobre
generosamente permito que a
(intestinos) velhas idéias; mesquinhez
vida flua através de mim
Confusão, desordem,
Eu sou livre-pensador; estou
Resfriados pequenos machucados; família
em paz com minha mente
e crenças estereotipadas
Me expresso pacificamente e
Tosse Nervosismo, amolação, crítica
falo com amor
Negatividade, resistência;
remoer emoções; sustentar um Eu me movimento e vivo com
Varizes trabalho que você odeia; prazer. Eu amo a vida e
circulação entravada, atulhada circulo livremente
de idéias; desencorajamento
Módulo 05
MERGULHANDO EM SI
Compreensão Onírica | Reforma Íntima | Processo de Cura
1 – Compreensão Onírica
A Fisiologia do Sono
A fisiologia do sono foi compreendida pela primeira vez em 1953, com a análise do
ciclo do sono humano. Descobriu-se que, nos humanos, o sono se inicia pelo estado
hipnagógico, período de vários minutos durante os quais os pensamentos consistem
em imagens fragmentadas ou pequenas cenas. O estado hipnagógico é seguido
pelo sono de ondas lentas, assim chamado porque, durante esse período, as ondas
cerebrais do neocórtex (a camada circunvoluta mais externa do cérebro) apresentam
frequências baixas e de grande amplitude. Esses sinais são medidos como registros
de eletroencefalograma (EEG). Os pesquisadores descobriram também que o sono
noturno é entremeado por períodos em que os registros do EEG apresentam
frequências irregulares a amplitudes baixas - similares às observadas em indivíduos
acordados. Esses períodos de atividade mental são chamados de sono REM. Os
sonhos ocorrem somente durante esses períodos. Os neurônios motores são
inibidos durante o sono REM, o que impede o corpo de se mover livremente, embora
permita que suas extremidades permaneçam ligeiramente ativas. Os olhos movem-
se rapidamente em sincronia sob as pálpebras fechadas, a respiração toma-se
irregular e a frequência cardíaca aumenta.
O primeiro estágio REM da noite ocorre 90 minutos após o sono de ondas lentas e
dura aproximadamente 10 minutos. O segundo e terceiro períodos REM ocorrem
após breves episódios de sono de ondas lentas, mas tornam-se progressivamente
mais longos. O quarto e último intervalo, dura de 20 a 30 minutos e é seguido pelo
despertar. Se um sonho for lembrado, trata-se, frequentemente, do sonho que
ocorreu durante esta última fase.
Simplificando, podemos dizer que o inconsciente é tudo aquilo que está fora de
nossa percepção consciente. São conteúdos que ficam “bloqueados” de nossa
consciência, no entanto, fazendo parte do nosso ser, mas sem integrá-lo
adequadamente.
Quanto mais reprimido estiver a sua integração ao eu, mais o inconsciente se
manifestará sob formas cada vez mais "densas", aparecendo evolutivamente como:
sonhos perturbadores; pensamentos dominantes, fixos; incômodos emocionais e/ou
físicos; atos falhos; padrões de comportamento e ação autodestrutivos; doenças
físicas, etc.
Aceitar que a vida é composta não somente de racionalidade é um bom passo para
abrir-se para o processo de integração do inconsciente. Os processos
psicoterapêuticos e de busca de autoconhecimento, sempre evoluindo, tendem a
abrir caminho para que a pessoa possa integrar a manifestação de seu inconsciente.
Conhecer, assimilar, aceitar e respeitar as mensagens do inconsciente é necessário
para que seus conteúdos se integrem de forma adequada a nossa consciência. Uma
forma é sua integração pela interação com os sonhos, o despertar da intuição, uma
vida atenta ao sutil sem perder o foco do equilíbrio, o caminho do meio.
Diminuindo a carga de "represamento", normalmente alta, dos conteúdos
inconscientes, abrimos caminho para que durante os sonhos tenhamos mais
tranquilidade e equilíbrio emocional para lidarmos com os conteúdos envolvidos,
pois conseguiremos acessar emoções, inclusive ruins ou marcantes, em dimensões
e intensidades energéticas com profundidades infinitas.
Na prática você verá muitas vezes pessoas se queixando de estarem tendo sonhos
ruins, agitados e no meio acordando angustiados. Voltando a dormir eles voltam a
incomodar, levando um amanhecer de cansaço e com sensações desconfortáveis.
Esse tipo de acontecimento ilustra bem o que foi dito anteriormente sobre a questão
de repressão de manifestação do inconsciente. Neste caso, a pessoa apresenta
uma mensagem forte do inconsciente que está tentando vir à tona, sem sucesso.
Podem advir daí dois caminhos:
- o primeiro e mais comum é o de que a pessoa não se abra realmente para o que o
sonho está tentando trazer à tona, continuando seus esforços racionais para
bloquear essa ação e, pior ainda, sem tentar entender e integrar o que pode estar
querendo ser revelado. Como consequência desse tipo de ação, o inconsciente
seguirá aquele caminho já citado de procurar manifestações mais densas e
contundentes, adentrando nos fatos da vida cotidiana. Como o que está tentando se
manifestar é de natureza forte, pesada, pode-se esperar pela frente algo
marcadamente ruim, como doenças, acidentes, insucessos;
- o segundo é que a pessoa possa se abrir para o sonho ruim, entrando nele e
deixando-o acontecer, integrando os sentimentos que daí decorrerão. Uma
alternativa mais fácil nessa linha é, ao menos, dedicar um bom tempo refletindo
sobre o que pode estar querendo vir à tona, e aí entra o psicoterapeuta holístico
conduzindo este processo interpretativo.
CONDUZINDO O PROCESSO
Para poder sonhar e, ainda, ir além, permitindo que os conteúdos dos sonhos
possam se manifestar livremente, inclusive trazendo mensagens fortes e marcantes
é necessário:
- ter sono de qualidade, decorrente e integrada com qualidade de vida;
- saber lidar com sentimentos e emoções na vida cotidiana;
- ter baixo nível de retenção e desequilíbrios emocionais;
- estar aberto para o mundo da manifestação do inconsciente e consciente sobre
sua real importância e necessidade vital de integração para manutenção de nosso
estado de vitalidade e de saúde.
Agora partimos para a interpretação dos sonhos visando a sua integração à
consciência.
Lembrar-se dos sonhos é o primeiro passo fundamental para integrá-los, após já os
ter tido.
PS1: para começar a desenvolver a memória dos sonhos, essa ação deve ser a
primeira, exatamente após acordar, pois essa memória é muito fluida e se
desvanece com muita facilidade, qualquer atividade, mesmo apenas mental, pode
dissolvê-la muito rapidamente.
Anotando os sonhos
Anotar os sonhos é uma prática muito positiva (também devendo ser feita logo após
acordar). O importante é que isso não se torne mais obrigação para fazermos sem
prazer algum. A frequência pode ser bem variável. Podemos anotá-los
sequencialmente durante alguns dias e passar um bom tempo sem o fazê-lo
novamente. Com a evolução do processo, vamos sentindo vontade e interesse em
registrar alguns sonhos que sentimos terem algum tipo de mensagem mais
significativa para nós. Em alguns casos, essa sensação é tão marcante, que até
levantamos ainda no meio da noite para fazer esse tipo de registro.
Mantenha um caderno especificamente para isso. A longo prazo, você irá ver os
benefícios e a satisfação em manter esse tipo de registro. Muitas vezes, não é
preciso nenhum tipo de aplicação específica, como rever as anotações, para se
obter os benefícios deste tipo de prática. Em outros casos, você poderá ficar
surpreso (a) em reler o que escreveu depois de passado algum tempo: as
mensagens podem se tornar extremamente claras, coisa que muito frequentemente
pode não ter acontecido quando da época em que o registro foi feito.
Outro aspecto interessantíssimo é o seguinte: a forma como fazemos esse tipo de
registro, as palavras, frases e estruturas que utilizamos são também surpreendentes
em si próprias. Ao trazer o registro das imagens e lembranças do sonho, há,
necessariamente em decorrência de estarmos usando um código escrito, um filtro da
nossa racionalidade. Essa interação entre o que sonhamos e o que e como
efetivamente registramos é de suma importância para o entendimento dos processos
que estão sendo representados e como o sonhador reage a eles.
Interpretando
A interpretação dos sonhos não é uma ciência, é uma arte. Como tal está
diretamente ligada à prática e ao tempo e energia que é dedicado a esta atividade.
OBS.:
Muito raramente, um sonho isolado irá apresentar uma mensagem completa e
integrada. Para entender as mensagens contidas nos sonhos, o mais indicado é
perceber a relação que existe entre sonhos "sequenciais" que tratam do mesmo
assunto.
Os diversos correspondentes
A interpretação dos sonhos ainda tem mais um componente para tornar tudo ainda
mais intrincado. Cada sonho trará muitos aspectos distintos que poderão ser
revelados.
- Físico – o sonho irá revelar coisas efetivas e diretamente ligadas a partes
específicas do corpo. Aquela água em enxurradas pode dizer algo sobre o coração.
Aquele voo limitado em autonomia pode estar revelando um pulmão enfraquecido...
- Psíquico – qual a mensagem que o sonho evocou que a mente racional se
nega a pensar, a acreditar, a aceitar? Qual o padrão moral que pode estar
inconscientemente querendo ser rompido, mas encontra-se sufocado pelo medo de
ser quebrado perante a sociedade?...
- Emocional – qual a emoção que não se permite sentir, não se consegue sentir
e que o inconsciente tenta trazer para a tona?...
- Espiritual – este é o aspecto mais procurado nas interpretações, embora não
seja comumente assim denominado. Espírito é ação. Ação pura. “O que esse sonho
quer me dizer?...”; “O que devo fazer?”; “O que irá acontecer?”; “Será que é para eu
parar de fazer isso ou aquilo? Ficar mais atento”. Bem, as divagações são infindas
mesmo para um sonho e um sonhador específico, o que dirá para evoca-las assim
abertamente...
2- Reforma Íntima
Entendemos como Reforma Íntima o abandono de comportamentos que não nos
servem mais, o crescimento como pessoa, o entendimento de que estamos em um
corpo físico com propósitos pré-definidos (missões de nossa alma), o domínio sobre
o Ego e a busca da nossa evolução espiritual.
Tal qual uma casa em reformas, necessitamos avaliar o que podemos desprezar, o
que devemos conservar e o que precisamos reformar (aprimorar).
No instante em que a pessoa entende que sempre foi assim, que sempre agiu
assim, que sempre pensou e sentiu assim? começam a surgir as respostas e os
caminhos para essa conquista, ainda nesta existência.
Personalidade Congênita
A Personalidade Congênita nos diz que nós já encarnamos com uma personalidade
definida: a que viemos apresentando nas últimas encarnações. É aquilo que nós
somos porque já nascemos assim. O congênito aqui, vem como licença poética,
portanto, não se referindo a algo herdado dos pais, mas uma herança de ego. Sob
esse ponto de vista, para a Terapia Reencarnacionista, nós não formamos uma
personalidade, nós a revelamos de acordo com os reforços e gatilhos que se
apresentam para nós desde nossa infância. São características intrinsecas que nós
trazemos, aquelas que nos definem e que ninguém nos ensinou. Trata-se de um
padrão comportamental similar ao atual, que viemos revelando há várias
encarnações, e que nos indica o primeiro passo a percorrer em busca da nossa
Reforma Íntima.
É na compreensão da personalidade congênita que mostra-se a chave para o
trabalho da Reforma Íntima. Trabalho este, que culmina na mudança do nosso
padrão vibracional e possibilita uma cura holística.
No momento em que o ser humano reconhece que a infância não é o começo e que
a morte não é o fim, as condições limitantes de uma só existência desaparecem e o
campo de atuação terapêutica adentra na amplitude da alma eterna. E é neste
momento que o corpo físico mostra, que embora tenha sua importância, não é ele
quem carrega a chave da cura das doenças conhecidas como crônicas,
simplesmente pelo fato de que o corpo físico é o veículo que cada ser humano tem
em uma existência física, portanto perecível. Ao contrário da alma, que resiste e que
registra em sua memória consciencial todas as impressões, acontecimentos,
aprendizados e evolução que o ego e a essência viveram. E como é o espírito que
habita o corpo e não inverso, a morada de nossa consciência não é o físico, é o
extrafísico; ou melhor, a essência divina que todos temos.
A personalidade da alma, ou seja a Personalidade Congênita, é notada com nitidez
em crianças, que mesmo sem quase nenhuma experiência de vida, apresenta um
temperamento bem definido, sem sequer ter tido tempo de aprender ou desenvolver
características que a moldassem. Veja, algumas crianças são calmas, outras
agitadas, outras agressivas, sérias ou brincalhonas e por aí vai... E isso se explica
através da Personalidade Congênita, pois a criança não É uma criança (rótulo), é um
espírito com um corpo em formação que está passando pela fase física, orgânica e
cognitiva da infância, mas que carrega em sua essência seus traços de
personalidade positivos e negativos. Nesses casos, a alma está revelando
tendências adquiridas em outras existências, tanto de sentimentos, como medos,
mágoas, tristezas, depressões, entre outras, inclusive as positivas, quanto de
comportamentos.
Por isso a importância da terapêutica ter uma abrangência transcedental, pois essa
visão vai além da concepção básica que diz que a nossa personalidade se forma a
partir de aspectos genéticos, familiares e sociais. Nessa visão ortodoxa, a causa de
muitos traços inferiores de personalidade é encontrada nas relações interpessoais,
como com os pais e os amigos, e com os acontecimentos da vida, inserindo-nos no
binômio vítima-vilão, pois inevitavelmente há a tendência de encontrarmos culpados
para justificarmos as reações e personalidades negativas de cada um
TIPOS DE ABORDAGEM
Integrando o inconsciente
Sob uma forma simples, poderíamos dizer que inconsciente é tudo aquilo que está
fora da percepção captada direta e racionalmente. O processo terapêutico, em sua
evolução, tende a abrir caminho para que a pessoa possa integrar a manifestação
de seu inconsciente, tanto a nível pessoal quanto coletivo. Como parte do sistema
de equilíbrio psíquico, a manifestação do nosso inconsciente é simplesmente um
fato, uma característica do nosso estado de ser. Quanto mais reprimida estiver sua
integração ao eu, mais o inconsciente se manifestará sob formas cada vez mais
“densas”, aparecendo evolutivamente como: pensamentos dominantes, fixos;
incômodos emocionais e/ou físicos; atos falhos; padrões de comportamento e ação
autodestrutivos; doenças físicas, etc.
Aceitar que a vida é composta não somente de racionalidade é um bom passo para
abrir-se para o processo de integração do inconsciente. Conhecer, assimilar, aceitar
e respeitar as mensagens do corpo e seus inúmeros sinais bem como dos nossos
sistemas energéticos é forte instrumento para busca da cura. Uma forma prazerosa
de se atingir esta integração é pela interação com os sonhos, o despertar da
intuição, uma vida atenta ao sutil sem perder o foco do equilíbrio, o caminho do
meio.
Citando novamente Jung, não há dentro de uma avaliação objetiva, racional, meios
confiáveis de fazermos uma análise adequada de nós mesmos. Só o inconsciente,
por estar livre de nossas ações reflexas racionais, pode nos dar um feedback
cristalino a nosso próprio respeito.
Conhecer e interagir com seu inconsciente é um dos processos e para tanto, várias
técnicas existem e estudos, principalmente o que fizemos sobre as estruturas de
defesa da personalidade são fundamentais. Voltaremos a este tópico ao final do
módulo.
Expandindo a consciência
A consciência se expande a partir de nossa autopercepção do que somos e de
nossa relação com o mundo a nossa volta. O trabalho terapêutico visa conscientizar
o individuo que é necessário aceitar suas responsabilidades por todos os
acontecimentos de sua vida.
De posse desta responsabilidade, o individuo parte para enfrentar as dificuldades
buscando evoluir nesta jornada. Evoluir é o sentido da vida e expandir a consciência
é exatamente integrar essa evolução na jornada de vida do individuo.
Bárbara Brennan diz que a doença começa quando começamos a esquecer de nós
e de quem nós somos.
Este resgate de quem somos é sentido nos processos de cura, em uma sensação
real. Um momento de grande evolução quando percebemos nossas capacidades e
potencialidades. Percepção esta bloqueada pelos conflitos com o meio externo, a
não aceitação de nossas falhas e dificuldades e principalmente, a baixa autoestima.
A evolução é o sentido da vida. Expandir a consciência é integrar evolução em
nossa jornada.
Voltaremos ao tema no fim do módulo.
Entendendo os Canais de Cura
Um canal de cura pode ser uma pessoa, um remédio, uma situação, um sonho,
enfim, qualquer veículo para o qual a pessoa esteja atenta, aberta e saiba aceitar e
receber a vivência e o aprendizado de cura.
Na qualidade de psicoterapeuta holístico, deves ter em mente que a variedade de
técnicas utilizadas por você na condução terapêutico de seu cliente, trará grande
eficácia o quanto maior forem estas técnicas, pois assim sendo, amplas serão as
vivencias.
Por vezes irás despertar no cliente, a percepção que está dentro dela a resposta,
que é ele o seu próprio canal de cura. Como já visto anteriormente, mudando sua
postura diante de si mesmo e do mundo que o cerca, estará ele promovendo por si
só sua própria cura.
Por vezes é necessário o uso de técnicas específicas, como florais ou massoterapia,
mas sempre na direção de que o objetivo final é fazer com que o cliente caminhe
com as próprias pernas.
Todos têm em si a capacidade de se autocurar, cabe a nós como terapeutas,
conduzirmos este processo.
Enfim, importante é saber que a técnica utilizada seja ela qual for, deverá refletir em
todos os aspectos do ser, daí a orientação diversificada. Massoterapia para o corpo
refletindo na mente que também será trabalhada com Meditação que irá refletir no
espírito e aí por diante, citando um exemplo.
Sendo que, o maior canal de cura consiste em a pessoa desenvolver a capacidade
de atrair para a sua vida os fatos e os acontecimentos necessários para o seu
desenvolvimento e crescimento global.
AS FASES DO PROCESSO
Comportamento
Uma questão é particularmente interessante em relação às mudanças de atitudes
ligadas aos processos de cura, o estabelecimento de alternativas em relação a
padrões e hábitos que nos eram comuns. Vejamos, por exemplo, essa sequência de
hábitos (ou ainda de tantos outros comportamentos depreciativos do nosso estado
geral de saúde e manifestação que verás em seu espaço):
Mudança de hábitos alimentares pautados na busca de um prazer que na
verdade vem “tapar” vazios, estes sim, devendo ser preenchidos (chocolate,
café, etc.).
A utilização de drogas. Uma forma mais grave de “tapar” os vazios citados
anteriormente.
Sedentarismo, que pode ser consequência de estados depressivos, de
melancolia ou, falta de estímulo por conta de desesperanças ou decepções.
Estes são hábitos que podemos chamar de psicossomáticos, pois envolvem o corpo
na busca de satisfações, por uma desordem psíquica, que por sua vez pode atingir o
próprio corpo (bulimia, anorexia como exemplo).
A condução de aconselhamento que irá promover as mudanças deve ser não só no
sentido de desfazer estes hábitos, mas também, no sentido de apresentar, em
diálogo com o cliente, uma alternativa que preencha as lacunas criadas ao se deixar
esses hábitos para trás. Alternativas que se mostrem eficientes e prazerosas, em um
primeiro momento, visto que o próximo passo será conduzir o cliente ao cerne da
questão, que “falta” é esta que o levou a ter tais comportamentos. Nesse sentido, a
pessoa deve estar atenta para os resultados não imediatos que as mudanças podem
proporcionar e focar em seu bem estar, o que ajuda e facilita a encontrar prazer e
satisfação em atingir as mudanças desejadas e/ou necessárias.
Ou seja, em um primeiro momento, devemos tão somente aconselhar as mudanças
de hábitos, criando uma programação que, utilizando o exemplo acima, conduza o
cliente a se alimentar de forma mais saudável, exercitar-se fisicamente, etc.
Indicação da alopatia
É importante tanto para o terapeuta quanto para o cliente, terem a consciência que a
chamada terapia holística, em um primeiro momento denominou-se e assim ainda é
chamada até hoje, de “terapia complementar”, visto que no seu início funcionava
como suporte para outras técnicas mais ortodoxas.
Hoje, com o desenvolvimento de estudos mais aprofundados e um índice de eficácia
significativo, muitas pessoas que recorrem as terapias holísticas passam a ignorar
as terapias ortodoxas, principalmente no que tange a medicação alopática, o que é
um erro.
A cura se dá de diversas formas e diversas são as técnicas sendo que, muitas
vezes, a orientação para que o cliente procure um médico ou psicólogo, se faz
necessária. No tocante a medicação, o que é prerrogativa dos médicos, não
devemos titubear se percebermos a necessidade e aconselhar a consulta com um,
de preferência por nós indicado, da mesma forma, certas técnicas específicas da
Psicologia, como a Psicanálise ou TCC.
OBS.: Florais não são remédios nem tão pouco fitoterápicos, daí podermos como
terapeutas holísticos, recomendá-los (não utilizar o termo receitar ou prescrever).
Crises no processo
Responsabilidade Pessoal
A responsabilidade por si própria é um dos maiores canais de cura. Entretanto, este
é um caminho que se trilha lentamente, ancorando progressivamente consciência e
responsabilidade sobre tudo o que possa nos acontecer.
Toda manifestação de nosso ser possui um correspondente em cada um de nossos
corpos. Assim, em relação às doenças que são objeto de queixa, é importante
mostrarmos ao cliente as correspondências psicossomáticas, que já vimos em
módulos anteriores, levando este a se autoquestionar, se autoavaliar.
Muitos clientes não assumem esta posição, são aqueles que culpam a tudo e a
todos e nunca assumem para si a responsabilidade de suas vidas e de seus
problemas.
A profundidade de envolvimento com o processo deve de ser do cliente. Cabe-nos,
esclarecer a ele, mesmo que isso lhe desagrade, a eventual condição de estar
procurando, mesmo que inconscientemente, um determinado processo terapêutico
apenas para mais uma vez provar que "é um pobre coitado", "que seu caso não tem
remédio" ou ainda apenas para reforçar novamente seu padrão de que nenhum
canal de cura ou processo consegue vencê-lo em seu propósito em continuar
doente, inconsciente à sua própria realidade ou irresponsável por sua própria
condição.
Um dos grandes males é exatamente o individuo crer que ele e seu comportamento
não têm nada a ver com as doenças que manifesta, que não cabe a ele próprio
nenhum tipo de responsabilidade sobre o que acontece exatamente dentro dele.
Esse tipo de pensamento é uma muleta social amplamente aceita. É muito fácil taxar
alguém de vagabundo ou preguiçoso por não conseguir carregar forças suficientes
para trabalhar ou vencer suas próprias limitações (inclusive, as pessoas que fazem
esse tipo de taxação ignoram, dentre muitos outros conhecimentos, as
manifestações ligadas à depressão e à oralidade). Entretanto, todo mundo aceita de
bom grado quando alguém sofre algum tipo de ataque ou mal qualquer, sendo os
mais comuns, os cardíacos, vasculares e os de coluna. Quando alguém cai doente,
tudo bem se a pessoa “estava fazendo sua parte”, entendendo isso como ir além
dos seus próprios limites para se adequar às expectativas e falsas crenças das
outras pessoas, da sociedade ou até mesmo para sufocar suas próprias limitações
em perceber e definir o que realmente está errado consigo. Enganar-se é um artifício
que serve apenas à consciência e a razão, mas não é o suficiente para a emoção, o
corpo e o espírito.
Muitas pessoas atribuem a causas externas a responsabilidade por tudo o que
acontece em suas vidas, aos pais, à criação, às condições de sua infância, aos
infortúnios que vivenciou, a condições sociais desiguais, ao governo, à falta de
oportunidade, enfim. Para quem já está a mais tempo no caminho da busca pessoal,
fica clara a própria responsabilidade e participação inclusive sobre os infortúnios,
fracassos e, até mesmo, acidentes nos quais se envolvam. Este tipo de cliente se
envolve mais fácil no processo, mas não podemos escolher clientes.
IMPORTANTE: Vale ressaltar que a questão deve ser focada sob a ótica da
responsabilidade e não da culpa (que são polaridades do mesmo sentimento...),
tanto por parte de quem passa por qualquer sofrimento quanto por quem se
apresenta apenas como parte externa do processo. Claro que uma criatura não sofre
por opção consciente (a razão é limitada para isso, o espírito e o plano causal
não...).
Muitas vezes, o que ocorre em clínica é maravilhoso, até espantoso. Entretanto, o
mais importante é que a pessoa possa consolidar o que se alcançou, resgatar
voluntária e permanentemente qualquer eventual sensação que tenha se
evidenciado a sua memória em uma vivência de cura. Por exemplo: às vezes,
determinada pessoa vive a tantos anos com medo, ansiedade, uma determinada dor
específica ou qualquer outro sentimento desagradável e dominante, que nem sabe
mais ou nem tem mais a noção de como é o estado de não ter aquilo incorporado a
sua autopercepção.
Durante um processo terapêutico, ela pode sentir-se (seguindo a sequência de
exemplos acima...) confiante, serena, leve e fluída... Este estado pode não ser a
cura em si, mas pode perfeitamente servir de parâmetro para que a lembrança de
seu real estado de saúde seja resgatada, abrindo um portal para que, no dia-a-dia,
ela possa trabalhar para si própria, com o intuito de resgatar e incorporar o benefício
alcançado. Seria um recondicionamento.
O trabalho pessoal é fundamental para a consolidação e continuidade dos benefícios
alcançados dentro de trabalhos da clinica.
Temos para ele já estudado as estruturas de defesa e a partir dela, indicações como
meditação e os autoquestionamentos, seguidos do aconselhamento sempre
fundamental no trabalho do psicoterapeuta holístico, sendo que não só no que tange
o comportamento em geral, mas em detalhes do dia a dia como vimos anteriormente
(alimentação, sedentarismo, etc).
POSTURAS
Frequência de tratamentos
Muitos psicoterapeutas holísticos estabelecem uma frequência pré-determinada de
encontros terapêuticos, com número de sessões definidas. Este formato pode ser
aplicado em muitos casos.
Entretanto, tanto em longo prazo, quanto para aplicações pontuais, o mais
importante é que a própria pessoa que busca a terapia perceba, compreenda e
assuma a responsabilidade pessoal de definir para si própria a frequência e os
períodos de suas próprias necessidades de buscar a cura e ajuda. Pois muitos
processos exigem muito mais do que apenas orientações realizadas no ambiente
clínico.
A frequência de tratamentos também depende da reação da pessoa após cada
sessão, da sua abertura, resistência e capacidade para integrar o que foi trabalhado,
além da confluência imprevisível da força dos fatos e dos acontecimentos externos.
Resistências
Não ter segurança na proposta de trabalho do profissional que eventualmente o
esteja orientando sobre este assunto pode ser um sinal vermelho contra uma força
que pode estar mais preocupada em tirar benefícios para si própria do que fazer
uma troca justa com você. Ligue a sua intuição. Esteja atento.
Algumas pessoas têm esse clichê mental internalizado de que não gostam de
terapia. Dizer ou pensar algo assim é como dizer "não gosto de essências" é trocar
um conceito por outro. A pessoa pode não gostar de determinadas essências, até
mesmo de muitas delas, mas, com certeza, existem essências que lhe serão
agradáveis.
O que normalmente ocorre em relação a eventuais aversões a processos
terapêuticos, via de regra, vem de dois caminhos:
- um total desconhecimento do que seja um processo terapêutico;
- uma vivência inicial desagradável ou de pouco ou nenhum retorno efetivo em
algum tipo de processo.
Sob uma determinada ótica, podemos entender a terapia como sendo uma ajuda.
Ajuda é sempre boa, quando ela realmente se constitui de uma ajuda, é buscada ou
oferecida no momento adequado.
"Terapia, uma ajuda?... Ajuda pra quê?!"
Ajuda para conseguir algo que não estamos conseguindo realizar sozinhos, não
apenas restabelecer o estado de saúde sob determinado aspecto efetivo, mas
também para conseguir realizar algo que se vem tentando sem sucesso, atravessar
uma barreira interna que sentimos não estar conseguindo ultrapassar, ou ainda
tantas outras e infinitas necessidades.
O costume que tivemos com a sequência ininterrupta de séculos e séculos de uma
medicina voltada apenas para o socorro de reversão de males já bem instalados e
de intervenções drásticas, inclusive com muitos processos invasivos, fez perde-se
de foco o sentido terapêutico de ajuda como resgate para os próprios processos
internos de cura e evolução do sistema humano.
O estado de cura real, de satisfação plena, na realidade, e infelizmente, já foi
vivenciado por muito poucos de nós.
O processo e o estado de cura são um dos vários conhecimentos e vivências que
vão além do alcance da razão. É um conhecimento emocional, físico, mental e
espiritual, que não se traduz apenas em palavras, mas, que por uma graça da
natureza, é passível de ser propagado entre nós pelo poder da transmissão
sinestésica. A sinestesia é a capacidade de se perceber uma mensagem de um
meio com o sentido de outro. Assim podemos ter cores e cheiros "doces" ou
"amargos", por exemplo. Desta forma, o psicoterapeuta, possui "uma chave" para
nos transmitir uma emoção, uma sensação, uma força de vontade, seja lá o que for,
que não estamos conseguindo sintonizar por um motivo ou por outro.
De forma resumida, este entendimento deve ser repassado para o cliente a fim de
deixá-lo mais à vontade e quebrar a barreira da resistência.
Os segredos incontáveis
EXPANDINDO A CONSCIÊNCIA
OBS.: Cito aqui a TVP por ser uma abordagem válida para o processo de expansão
da consciência, mas que é algo muito específico e que cabe ser estudado em um
curso próprio desta técnica.
É a partir desta expansão da consciência que vem a ser exatamente este resgate de
conteúdos inconscientes, de sentimentos e emoções registradas e não percebidas
pelo cliente que se dará o passo seguinte, que vem a ser a integração do
inconsciente, para daí termos um individuo inteiro, com um inconsciente integrado ao
seu Ser, uma consciência expandida e consequentemente, em equilíbrio e harmonia
consigo mesmo e com o mundo que o cerca.
INTEGRANDO O INCONSCIENTE
Módulo 06
ATENDIMENTO NO ESPAÇO TERAPÊUTICO
Abordagem Terapêutica | Anamnese |Técnicas e modelos de atendimento.
1 - Abordagem Terapêutica
Sugestão de Protocolo:
PRIMEIRA CONSULTA: O terapeuta recebe o cliente e acolhe com carinho e
respeito, primeiramente, deve-se explicar o que o terapeuta tem para oferecer, como
funciona a terapia holística, quais ferramentas usa, o que o cliente pode esperar, e
deixa-se muito claro que não existe vínculo com a psicologia. Em seguida, faz-se a
anamnese, dá-se a ficha para o cliente responder.
Após, o terapeuta lê a ficha e pergunta ao cliente por que ele procurou o terapeuta.
E deixa ele falar. E falar, e falar. Na primeira consulta, o cliente precisa esvaziar os
sentimentos imediatos, e o papel do terapeuta é ouvir, com escuta atenta e evitando
qualquer julgamento de caráter. Após ouvir muito sem interferir, o terapeuta pode
usar seus conhecimentos para apontar algumas percepções sobre o que o cliente
falou. Na primeira consulta o melhor papel para o terapeuta é ouvir, nessa consulta
ouve-se 90% e fala-se 10%.Lembre-se, terapia holística é um processo e não se
resolve tudo em uma sessão.
ANAMNESE
Nome:__________________________________________________________
Nascimento:____________________________________Idade:____________
EstadoCivil:__________________________Religião:__________________
Endereço:____________________________________________________
Telefone:________________________email:________________________
Onde você trabalha:____________________________________________
Marque com um x se tiver alguma das opções abaixo:
[ ] depressão [ ] hipertensão [ ] problemas renais
[ ] síndrome do pânico [ ] fobia_____________________
[ ] osteoporose
[ ] crises de estresse [ ]câncer____________________
[ ] tendinite
[ ] insônia [ ] tumor ou nódulo___________
[ ] problemas hepáticos
[ ] fobia social [ ] alergia___________________
[ ]problemas na coluna
[ ] diabetes [ ]problemas cardíacos
[ ] sinusite
[ ] problemas nas articulações [ ] problemas respiratórios
[ ]outro:________________
Toma algum medicamento controlado ou
contínuo?_______________________________________________________
Que nota entre 0 e 10, sendo 0 muito ruim, e 10 muito bom, você dá para:
[ ] seu sono [ ] sua digestão [ ] o funcionamento de seu intestino
Data da primeira sessão:_________________________________
Já fez algum processo terapêutico ou holístico?
______________________________________________________________
PARA USO DA TERAPEUTA:
Periodicidade:________________
Dia e hora:____________________________________________
Valor acordado:________________
Forma de pagamento:__________________________________
O que você veio buscar nessa terapia?
______________________________________________________________
Como proceder: Peça ao cliente que traga para a sessão uma foto sua de criança.
Na sessão, peça para ele segurar a foto e o espelho.
Peça para que olhe para foto e mantenha-se assim, enquanto isso, vá falando sobre
aquela criança da foto, lembrando que ela só queria ser livre, ser feliz, que não se
preocupava, que era amada, que tinha sonhos....
Em seguida peça para que ele olhe no espelho, e pergunte se aquela imagem no
espelho é tudo o que a criança da foto sonhou ser, se ele conseguiu realizar seus
sonhos, se não, onde foi que errou, o que aconteceu.
Vá intercalando entre foto e sonho até sentir que o cliente está bem mobilizado, daí,
peça pra ele fechar os olhos e se imaginar abraçando e pedindo perdão pra aquela
criança, e se imaginar sendo perdoado por ela. Diga que aquela é a criança interior
dele, e que ele deve de vez em quando, voltar ali para brincar com ela.
3.2 Técnica do Espelho
Essa técnica é para o cliente desenvolver auto estima, auto amor e perdão
próprio.
Materiais necessários: 1 espelho de rosto, música suave instrumental
Como proceder: Dê um espelho para o cliente, peça para que ele olhe
profundamente dentro dos próprios olhos, tentando enxergar o que está escondido
no inconsciente, deixe ele olhar por uns 2 minutos, depois peça para que ele diga
em voz alta e com toda emoção que conseguir: Apesar de tudo o que ainda não
considero perfeito, eu me amo e me aceito do jeito que eu sou. Eu me perdoo e me
amo.
Faça ele repetir isso por pelo menos 10 vezes, sempre olhando dentro do olho dele
mesmo.
3.3 Ho’oponopono
Esse exercício é ótimo para quando o cliente não consegue expressar o
motivo que o bloqueia.
Fale sobre perdão e auto perdão e auto amor, e sua importância na vida da gente.
Explique que o Ho’oponopono: é um dos métodos de auto-cura mais efetivos que
existe, porque se baseia no amor expressado através de tuas palavras para chegar
até seu subconsciente, que é onde residem as memórias que obstaculizam os
processos vitais, baseado na filosofia hawaiana para sanar memórias, pessoas,
espaços e situações. As frases de Hooponopono estão dirigidas à Divindade que há
em ti. São frases simples: Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grato.
Peça para o cliente deitar sobre o papel, desenhe o contorno do corpo dele, e dê
para que ele use como molde. Esse é seu molde e você o usará para praticar o
Ho’oponopono escrevendo por que você sente muito, Pelo que você se perdoa, por
que você se ama e pelo que você é grato. Você pode usa também desenhos, cores,
enfim, expressar-se como for mais importante para você. As frases que ele precisa
colocar no molde e explicar por desenhos ou frases são: SINTO MUITO, ME
PERDOE, EU TE AMO, EU SOU GRATO.
Conclusão
Ser psicoterapeuta holístico, é na verdade, ESCUTAR ativamente, sem exercer
julgamento e fazer com que o cliente sinta-se a vontade para se esvaziar dos
sentimentos.
A sessão de psicoterapia nada mais é do que uma conversa franca e sem
julgamentos, onde o terapeuta mais ouve do que fala, e onde eventualmente lança
mão de recursos como os exercícios acima.
Além desses, existem diversos outros exercícios de imaginação, PNL, coaching e
meditação que podem ajudar, e cabe ao terapeuta buscá-los e agregá-los ao seu roll
de terapias.
Reiki, florais, cromoterapia, aromaterapia entre outros, podem ser recursos
complementares valiosos.
Estude sempre, lembre-se que o conhecimento aliado à prática é que fará diferença.
Conheça todas as técnicas e saiba aplicá-las, mas quando estiver frente ao cliente,
lembre-se de ser um ser humano amoros ouvindo um ser humano necessitado.
Acima de tudo, aja de acordo com seus princípios, com seu coração e intuição, e
tudo dará certo.
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