CURSO DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA Nome da Aluna: Priscila Calliari
DUAS ALDEIAS, UMA CAMINHADA – POR MOKOI TEKOÁ PETEI
JEGUATÁ
Professora: Maria Paula Prates
Porto Alegre, 20 de Abril de 2015.
O filme é extremamente interessante, pois mostra a realidade de duas tribos indígenas do Rio Grande do Sul. Exibe de forma um tanto impactante, o modo como os índios vivem. Apresenta o ponto de vista dos índios sobre o fato de estarem esquecidos, excluídos e impossibilitados de vivenciarem sua cultura, seus costumes, principalmente (apenas para não dizer exclusivamente), por responsabilidade dos brancos. Os índios claramente gostam de sua cultura, de seu modo de vida, porém, com total razão, não gostam dos “brancos”. Eles os expulsaram de seus territórios, limitaram e diminuíram cada vez mais suas aldeias, além de desmatarem e destruírem as matas, acabando assim, com a fauna nativa, diminuindo assim, suas possibilidades alimentares. A primeira tribo, chamada “Aldeia Verdadeira”, localizada em Porto Alegre, expõe seu modo simples de viver, em sua aldeia já alterada pelo homem branco, mas que tem orgulho de manter algumas de suas tradições. Evidenciam que precisam cortar madeiras de forma ilegal para conseguirem fazer seus artesanatos, a fim de venderem para conseguir dinheiro para se alimentar. Para os brancos, é um tanto quanto chocante o fato de eles matarem um passarinho com o objetivo de se alimentarem, pois é um “absurdo” matarem um animal tão pequeno, como se não fosse exatamente a mesma coisa que os brancos fazem: matar animais, sendo que, muitas vezes, nem mesmo é para se alimentar. A segunda aldeia, chamada Alvorecer e localizada no município de São Miguel das Missões, conta também como é o dia-a-dia de sua tribo, fazendo animais artesanais, cestos, arcos e flechas para venderem nos pontos turísticos. Os índios contam a história de seus antepassados, revelando os abusos que seus ascendentes sofreram nas mãos dos homens brancos para construírem as missões. Ambas as tribos reclamam da falta de matas e da falta de animais nas matas, além de serem obrigadas a trabalhar fazendo cestos e outros tipos de artesanatos para venderem para conseguirem se alimentar. Apesar de todos os desafios que as duas tribos passam, eles são felizes e satisfeitos com sua cultura e modo de viver. O objetivo em comum das duas tribos é sobreviver em locais onde estão cercados por brancos. Ambas aldeias demonstram claramente sua decepção e tristeza por não terem mais matas onde viverem e caçarem. É muito fácil para os brancos julgarem os índios, sem saber nada ou muito pouco sobre suas culturas, seus costumes. Em geral, não conseguem se colocar no lugar dos índios, e ver o quanto eles sofrem por não terem mais seu espaço, por não conseguirem mais viver da forma como viviam seus antepassados, de forma nômade, tirando da natureza apenas o que necessitavam para sobreviver.