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AS DUAS PRINCIPAIS

EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS:
Como identificar e minimizar suas consequências
© Editora Fênix Sefarad, 2020

As duas principais armadilhas da mente em tempos de coronavírus: Como identificar e minimizar as

consequências

Autores: Milton José Cazassa, Paola Lucena-Santos, Dan Roger Pozza, George M. Slavich, & Margareth da

Silva Oliveira

Projeto gráfico, diagramação e capa: Dan Roger Pozza


Pesquisadores: Milton José Cazassa, Paola Lucena-Santos, George M. Slavich, & Margareth da Silva

Oliveira

Supervisão científica: Margareth da Silva Oliveira


Coordenação editorial: Paola Lucena-Santos


Veiculação: Digital | Formato da obra: Livro Digital | Extensão da obra: PDF


Conselho Editorial

Doutora Nazaré Maria de Albuquerque Hayasida

Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Doutora Rejane Rosaria Grecco dos Santos

Universidade Federal de Rio Grande (FURG)

Doutora Raquel de Melo Boff

Universidade de Caxias do Sul (UCS)

Doutora Fernanda Pasquoto de Souza

Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

Doutora Márcia Fortes Wagner

Faculdade Meridional (IMED)

Doutora Martha Wallig Brusius Ludwig

Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)


Revisão por pares: ( x ) Sim ( ) Não

Todos o conteúdo foi submetido ao escrutínio dos pares, os quais fizeram sugestões de modificações

e/ou pedidos de esclarecimentos – que deveriam ser atendidos, respondidos e/ou justificados.

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Quaisquer conteúdos ou opiniões contidos nesta obra expressam única e exclusivamente a visão dos

respectivos autores, não implicando a manifestação de qualquer opinião por parte da Editora e tampouco

comprometem a referida empresa.

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Atualmente, estamos diante de um dos Mundial deixou um saldo de 9 milhões de

maiores desafios da nossa história recente: mortos. Números absurdos, porém muito

uma nova pandemia. No passado a menores do que nas situações

humanidade atravessou momentos anteriormente descritas. Em outras palavras,

assustadoramente difíceis como os a humanidade já enfrentou momentos

provocados pela Peste Negra ou Bubônica, extremamente assustadores, dolorosos e

uma pandemia que se iniciou na Ásia e difíceis, tendo conseguido encontrar

estendeu-se por toda a Europa e norte da caminhos de superação e reconstrução.

África, provocando intenso impacto nos Neste momento, além de todos os

países europeus onde dizimou cerca de 25% problemas e preocupações que assolam

da população. Para se ter uma ideia, constantemente nossa vida, estamos

estima-se que durante um período de enfrentando um novo agente, invisível a

apenas 6 anos (i.e., 1347-1353), a Peste Negra olho nu: o coronavírus (Sars-Cov-2 que

tenha sido responsável pela morte de mais causa a COVID 19 ), considerado o maior

de 42 milhões de pessoas.
surto de pneumonia atípica desde o surto

A própria gripe, por sua vez, numa de SARS em 2003. Com isso, estamos

variação conhecida como Gripe Espanhola, atravessando um período muito inquietante,

foi a maior e mais devastadora doença do estressante e amedrontador.

século XX. Em um curto espaço de tempo Diante disso, precisamos cuidar de

(1918-1920), infectou mais de 600 milhões algumas armadilhas da mente que podem

de pessoas e tirou entre 20 e 40 milhões de prejudicar o enfrentamento desta crise e

vidas em todo o mundo. Para ilustrar a exercer tensões contraproducentes. Assim,

extensão destes danos, a Primeira Guerra este material visa:

Apresentar duas armadilhas psicológicas comuns, pois conhecer e identificar

essas armadilhas é potencialmente útil para tomarmos decisões acertadas.

Compartilhar algumas visões e ferramentas, que acreditamos ser essenciais

em tempos de crise.

E, por fim, refletir sobre potenciais aprendizados que poderemos ter a partir

desta pandemia global.

Vamos, então, à primeira armadilha da mente:

1 Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2.

2 Coronavirus Disease 2019.


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1 SUBESTIMAR O RISCO

Perceba que o medo e a ansiedade são


emoções bastante comuns e razoáveis Porém, cuidado! Depois que aconteceu, é tarde!

neste contexto. Ou seja, estamos diante de E, em alguns casos, não há remédio!

um perigo invisível, porém real. E, por vezes, Atenção para esta armadilha da mente!

letal. Temer este perigo é sinal de que você Não subestime os riscos!

está dimensionando a realidade do


problema e os riscos existentes.
Vale lembrar que, se tropeçarmos nesta
Quando não há medo, podemos estar primeira armadilha da mente, podemos
diante da primeira armadilha da mente. O desconsiderar muitas medidas essenciais.
risco aqui existente é o de pecarmos pela Se pensarmos nas orientações da
negligência, pelo descuido. É a lógica do Organização Mundial de Saúde e do
"não dá nada", sabe? Você já deve ter ouvido Ministério da Saúde, por exemplo, uma das
alguém dizer: "Não é pra tanto", "Quanta principais medidas é o distanciamento
histeria”, ou “Que exagero". Contudo, antes de social que visa, primordialmente, reduzir a
julgarmos quem adere à tal lógica, velocidade de transmissão do vírus.

precisamos entender que ela está ligada a Embora seja algo estranho ao nosso
um mecanismo de defesa do ser humano: a contexto, quem puder, não hesite, fique em
negação. Este mecanismo age como um casa. O mundo inteiro está pedindo isso.

elemento de manutenção da “zona de


conforto”.
O distanciamento social é fundamental
A negação ocorre quando deixamos de para diminuir as taxas de contágio. Parte das
dimensionar a realidade tal qual se pessoas contaminadas necessita de
apresenta e é uma das principais cuidados hospitalares para se recuperar. Se
tendências humanas em situações de crise. muitas pessoas ficarem contaminadas ao
Diante da negação, não precisamos mudar. mesmo tempo, nenhum sistema de saúde
Não precisamos fazer absolutamente nada do mundo terá leitos suficientes. E, assim,
diferente. E isto pode nos trazer conforto.
vidas que seriam poupadas (caso tivessem

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cuidados de saúde), serão perdidas.
necessidade de comprar algo (ou por outros
A lógica é simples: se o vírus tiver menos motivos), precise sair de casa. Quando isso
veículos, que são as pessoas, as taxas de acontecer, tome todas as cautelas
contágio diminuem. Tenha em mente que possíveis.

esta atitude é crucial e que pode salvar Não caia na primeira armadilha da mente.
muitas vidas. Mas é possível que você, por Não subestime o risco!

questões profissionais, financeiras,

Dica
A brincadeira sadia, o bom humor, pode ser um importante aliado
para ajudar a aliviar um pouco a tensão.

Consciência coletiva e autoconsciência 


É difícil mesmo, não se cobre
tanto!

A COVID-19 chega em nossas vidas como


Vale pontuar que pode ser muito
aquele professor que pode ser muito
difícil ficar em casa e
parar a rotina. As pesquisas severo se você não cumprir as tarefas.
têm demonstrado que, em Porém, ele pode ser severo não
situações como a que estamos somente com você, mas também com as
enfrentando, é normal que as pessoas que você ama. O novo coronavírus
pessoas se sintam mais sozinhas, nos convida a prestar atenção plena em
entediadas, ansiosas, estressadas, nossos gestos e a cuidar profundamente de
preocupadas, irritadas, intolerantes
nossas ações. Nos convida a tomar
e autocríticas; além disso,
consciência de nossa responsabilidade
problemas com o sono também
costumam surgir. social, bem como nos alerta para a
dimensão do impacto que cada gesto
individual pode ter no coletivo.

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Não tenha vergonha! pecarmos sempre pelo excesso de cuidado!

A vergonha pode levar você a tropeçar na Além disso, temos escutado


primeira armadilha da mente: Subestimar o sistematicamente que a higiene também é
Risco. Algumas pessoas podem transparecer vital para contermos esta pandemia.
que você está exagerando e isso pode Assim, aqueles comportamentos que,
limitar a sua ação em função do julgamento muitas vezes, eram considerados como
dos outros. Não importa o que pensarão de neuras/obsessividade agora são, mais do
você. O que importa é a sua consciência de que nunca, muito necessários.

estar realizando um gesto de amor, para Todos os cuidados são muito importantes.

consigo e para com todos. Nestas horas, Não tenha vergonha nesta hora!

assim como em outros momentos no qual o A sua atitude de proteção é um ato de


assunto é saúde e vida, é preferível amor a você mesmo e aos demais!

Recomendações da Organização Mundial da Saúde:


Lavar as mãos regularmente com sabão, de modo bastante cuidadoso, várias vezes ao dia.
Caso esteja na rua, procure utilizar álcool em gel após tocar objetos ou superfícies de uso
comum. Isto matará os vírus com os quais, porventura, tenha entrado em contato.

Caso tenha qualquer sintoma “menor” como tosse, coriza, dor de cabeça, ou dor de
garganta, fique em casa e se isole. Peça para alguém levar até você o que vier a precisar.
Caso precise mesmo sair, use máscara sempre.


Dica: Se você não tiver máscaras, improvise algum lenço ou pano no rosto,

que proteja o nariz e a boca, até conseguir uma máscara adequada.

Evite tocar olhos, nariz e boca.

Se precisar espirrar ou tossir, certifique-se de utilizar um lenço (de preferência


descartável, de uso único) para cobrir sua boca e nariz. Após, lave suas mãos
assim que possível.

Mantenha-se informado a partir de fontes confiáveis, como o
Ministério da Saúde.

Guarde a distância de, no mínimo, 1,5 metros dos demais.
Esta distância é importante para evitar o contato com as
pequenas gotículas que expelimos ao falar, tossir, ou espirrar.

Compromisso e amor
Frequentemente relembre a si próprio que cada gesto de cuidado é
vital e demonstra importante compromisso com a saúde, além de
representar um ato de amor para consigo mesmo e para com os
semelhantes.

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2 CONTROLAR O INCONTROLÁVEL

A segunda armadilha da mente, por sua psicológicos, neurais e imunológicos), o


vez, envolve a ideia de buscar controlar o estresse sempre se relaciona à avaliação
incontrolável. Quando tentamos controlar o que fazemos da realidade.

que não é passível de ser controlado, o Ou seja, a forma como percebemos a


medo e a ansiedade tendem a ser realidade pode gerar estresse o suficiente
excessivos, e nos seus extremos podem se para prejudicar nosso sistema imunológico
traduzir em pânico. Qualquer cenário de (a médio e longo prazo). E precisamos do
incerteza quanto ao futuro pode contribuir nosso sistema imunológico funcionando
para o aumento de emoções difíceis, bem para termos boa saúde!

especialmente quando precisamos nos Assim, nenhum dos extremos é positivo:


defender de um agente invisível, que não Nem a ausência de medo, nem o medo
sabemos exatamente como funciona e excessivo. Precisamos do caminho do meio,
como pode ser contido. Quando não temos do equilíbrio!

quaisquer certezas se as medidas que Como essas reações emocionais são, em


estamos tomando são suficientes para geral, padrões automatizados, precisamos
preservar a nossa vida e a de quem nos esforçar para conseguir perceber o
amamos, isso pode ser aterrorizante!
modo como estamos funcionando. Se o
O fato é que o medo excessivo, o pânico nosso padrão mental está funcionando
e a ansiedade tendem a potencializar o repleto de pensamentos negativos (por
estresse, o qual é um elemento força de tudo que aconteceu, ou acontece
fundamental para as reações de luta e fuga. conosco), nós teremos, necessariamente,
Entretanto, sabemos que quando o estresse emoções negativas e, por consequência,
se torna excessivo e crônico, pode comportamentos reativos. É a consciência
prejudicar o sistema imunológico, que é do modo como funcionamos que nos abre a
responsável pela defesa de nosso possibilidade de educar nossa mente.
organismo contra ameaças externas, como Precisamos exercitar e treinar nosso cérebro
o coronavirus. Segundo a perspectiva da para gerar comportamentos que sejam úteis
psiconeuroimunologia (ramo da ciência que no momento presente.

trata da interação entre os aspectos


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Então, o que podemos fazer neste cenário?

O que temos a fazer é nos concentrarmos somente naquilo que é possível ser feito, momento

a momento.

Se estivermos diante de uma situação de estresse, ou diante de um medo importante,

podemos fazer duas perguntas:


“Há algo útil, que eu possa fazer agora diante disso?”.

 “O que eu poderia fazer agora que me aproximaria das coisas mais importantes para

mim, para a minha família, para as pessoas que amo, para a minha comunidade, para o

meu país, ou para o mundo?”.

Estas duas simples perguntas objetivam realizando um grande serviço à

trazer nossa mente para o que é possível ser humanidade.

feito no momento presente, sempre na Para tanto, precisamos identificar se

direção da saúde, do amor próprio e do estamos paralisados por alguma armadilha

respeito aos demais. Elas objetivam tirar da mente. Precisamos ter em vista que

nossa mente do futuro incerto estamos, potencialmente, diante de um

(incontrolável) e do passado (que já se foi).


momento de mudança de paradigma, de

Se voltarmos nossa energia para, modo a buscarmos soluções criativas para a

consciente e atentamente, tomar as crise, como, por exemplo, aprender a

medidas necessárias em relação à abraçar e beijar os semelhantes com o

contenção do coronavírus, estaremos olhar!

E as L çõ
i es ?
F ocar a aten ção no que podemos aprender com cada momento dif cil í
que enfrentamos na vida confere um sentido ao sofrimento.

Viktor Frankl foi um grande exemplo de consequências trágicas para muitos de nós.

superação para a humanidade. Alcançou a Contudo, se pudermos encontrar sentidos

incrível marca de 29 condecorações com transformadores na direção da saúde,

graus honorários em função da contribuição responsabilidade social, gentileza e do

que trouxe ao mundo através da experiência aprendizado do amor (dentre tantos outros),

obtida durante sua prisão nos campos de poderemos ter muito mais sucesso na

concentração nazistas. Segundo ele, existe travessia desta experiência de dor.

uma fórmula para o desespero: “D = S – S”, Encontrar sentido no sofrimento nos leva

que significa “Desespero é igual a Sofrimento valorizar mais o presente, e a vida. Por

sem o Sentido”.
outro lado, não dar o devido valor ao

É certo que estamos sofrendo muito momento presente frequentemente gera

diante do caos que se apresenta, com sofrimento psicológico.

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É fato, porém, que algumas situações são tão dolorosas que podem adquirir contornos
de impossibilidade momentânea de aceitação ou valoração do presente. Precisamos “dar
tempo ao tempo”.

Em contextos de extrema dor, talvez os Titãs possam trazer alguma luz quando cantam:
“Quando não houver saída

Quando não houver mais solução,

Ainda há de haver saída...”

Ainda há de haver saída, mesmo que não Somos impelidos ao contato com a
esteja clara e visível! Mesmo que a trilha finitude e fragilidade humanas, e
precise ser aberta em meio à selva! Mesmo convidados a respeitar a força do invisível
que o caminho se mostre invisível!
por meio de ações voltadas ao coletivo!

É fundamental lembrar que não há Enfim…

problema algum em cairmos, pois isso Que possamos sair mais fortes de tudo
necessariamente acontecerá (e diversas isso!

vezes), mesmo que não queiramos. O Que possamos, num futuro próximo, olhar
importante é que possamos superar. E o nos olhos de nossos filhos, netos e bisnetos
momento exige superação coletiva. Exige e dizer-lhes que, com honra, hombridade e
um esforço maior do que aquele que esforço conjunto, atravessamos um período
estamos acostumados a fazer. Exige muito difícil. Um período que muito nos
consciência do quanto cada gesto individual ensinou sobre a importância do parar, de
pode ter impactos muito maiores do que valorizar a vida, cuidar de cada atitude, de
poderíamos supor (ou sequer imaginar). se responsabilizar, e de entender o quanto
Exige responsabilidade e assertividade na somos importantes para o todo. Um período
direção da preservação de vidas!
que nos fez assimilar o quanto cada pessoa
A perspectiva de que é impossível cortar pode fazer toda a diferença. Que nos
a grama de um jardim sem incomodar uma permitiu alcançar um novo e superior
estrela, que em outros tempos somente patamar evolutivo e valorativo enquanto
possuía reverberações poéticas, ganha humanidade. Que nos possibilitou deixar um
extremo sentido nos dias atuais.
mundo melhor para as novas gerações!

Somos convocados pelo coronavírus, a


aprender a perseguirmos o que falta em
nossas vidas, sem desvalorizar o que
temos. Uma grande lição, que talvez
devesse ser constantemente revisitada...

Somos chamados a aprender a viver mais


plenamente cada momento, com atenção
plena a cada atitude.

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Retomando:

ARMADILHAS DA MENTE
1. Subestimar o risco

2. Controlar o incontrolável

AÇÕES

1. Focar somente no que é possível ser feito, momento a momento.

2. Valorizar o momento presente tanto quanto possível.

3. Focar a atenção no que podemos aprender com cada momento difícil que
enfrentamos (encontrar sentido no sofrimento).

4. “Dar tempo ao tempo” quando as situações forem tão dolorosas que nos
impeçam, momentaneamente, de aceitar ou valorizar o presente.

5. Relembrar a si mesmo do quanto cada gesto individual pode ter impactos no


bem-estar coletivo (e demonstrar compromisso e amor consigo próprio e com os
semelhantes).

6. Aprender a buscar o que falta em nossas vidas, sem desvalorizar o que temos.

7. Buscar ajuda profissional sempre que for preciso.

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Autores

Milton José Cazassa, PhD. Doutor (PUCRS/UCLA), Mestre (PUCRS) e Especialista em Psicologia
Clínica (CFP), bacharelou-se em Psicologia (PUCRS) no ano de 2002. Atualmente, é membro
efetivo e coordenador de projetos do Laboratory for Stress Assessment and Research, inserido no
Cousins Center for Psychoneuroimmunology do Departamento de Psiquiatria da Escola Médica da
Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA). É, também, pesquisador associado ao Grupo de
Pesquisa Avaliação e Atendimento em Psicoterapia Cognitiva e Comportamental
(GAAPCC/PUCRS). É psicólogo concursado das Prefeituras de Eldorado do Sul/RS (2010-atual) e
Gramado/RS (2017-atual).

Paola Lucena-Santos, PhD. Doutora em Psicologia Clínica (Doutorado Pleno no Exterior – título
revalidado no Brasil pela UFBA). Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde (Universidade de
Coimbra – Portugal). Psicóloga (PUCRS – Láurea Acadêmica e Prêmio Melhor Psicólogo
Formando). Participa da coordenação brasileira de projetos de pesquisa multi-nacionais na área da
compaixão, mindfulness e terapias comportamentais contextuais. Organizadora principal do
primeiro guia técnico da língua portuguesa sobre terapias contextuais (Terapias Comportamentais
de Terceira Geração: Guia para Profissionais – Editora Sinopsys). Consultora científica. Investigadora
ativa do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental
(CINEICC) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
(FPCE-UC). Pesquisadora associada do Grupo de Avaliação e Atendimento em Psicoterapia
Cognitiva e Comportamental (GAAPCC) da Faculdade de Psicologia da PUCRS.

Dan Roger Pozza - Psicólogo (PUCRS). Mestrando no grupo de pesquisa Avaliação e Intervenção
no Ciclo Vital (AICV - PUCRS). Criador do jogo Detox Game: Caminhando nas Trilhas da Abstinência.
Ed. Ric Jogos.

George M. Slavich, PhD. Professor Associado do Department of Psychiatry and Biobehavioral


Sciences da University of California, Los Angeles (UCLA). Pesquisador do Cousins Center for
Psychoneuroimmunology e diretor fundador do Laboratory for Stress Assessment and Research da
UCLA. Graduado com honras na Stanford University. Realizou residência clínica no McLean
Hospital/Harvard Medical School. Doutorado pela University of Oregon. Pós-doutorado pela UCSF &
UCLA.

Margareth da Silva Oliveira, PhD. Doutora em Psiquiatria e Psicologia Médica (Universidade


Federal de São Paulo). Pós-Doutorado na University of Maryland Baltimore County (UMBC-USA).
Mestre em Psicologia Clínica (PUCRS). Psicóloga (PUCRS). Pesquisadora Produtividade CNPq-1C,
professora titular do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS e Coordenadora do
Grupo de Avaliação e Atendimento em Psicoterapia Cognitiva e Comportamental (GAAPCC).
Coordenadora do LABICO (Laboratório de Intervenções Cognitivas). Ex-decana associada da
Escola de Ciências da Saúde (PUCRS). Coordenadora do GT: Processos, Saúde e Investigação em
uma perspectiva cognitivo comportamental na Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação
em Psicologia (ANPEPP). Sócia-fundadora da FBTC (Federação Brasileira de Terapias Cognitivas).
Membro da Diretiva da ALAPCCO (Associação Latino-Americana de Psicoterapias Cognitivas e
Comportamental (Gestão 2019-2022).
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Como citar este livro

Cazassa, M. J., Lucena-Santos, P., Pozza, D. R., Slavich, G. M., & Oliveira, M. S. (2020). As duas principais
armadilhas da mente em tempos de coronavírus: Como identificar e minimizar suas consequências.
Camaquã, RS: Editora Fênix Sefarad.

Ilustrações

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ISBN 978-65-87986-02-9

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