Você está na página 1de 134

ADMINISTRAÇÃO

FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Orçamento Público – Parte 2. .................................................................................................................... 3


Orçamento Público - Parte II. ..................................................................................................................... 4
1. Ciclo Orçamentário..................................................................................................................................... 4
1.1. Conceitos Introdutórios......................................................................................................................... 4
1.2. Ciclo Orçamentário Resumido e Ampliado. . ................................................................................ 5
1.3. Exercício Financeiro x Ciclo Orçamentário................................................................................ 10
1.4. Planejamento/Elaboração.................................................................................................................. 11
1.5. Elaboração, Discussão e Aprovação do Orçamento.. ............................................................. 11
1.6. A Execução do Orçamento................................................................................................................ 19
1.7. Avaliação e Controle............................................................................................................................. 21
1.8. Prazos do Ciclo Orçamentário. ....................................................................................................... 34
2. Instrumentos de Planejamento.........................................................................................................37
2.1. Introdução.................................................................................................................................................37
2.2. Plano Plurianual (PPA). ..................................................................................................................... 40
2.3. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). . .................................................................................... 45
2.4. Lei Orçamentária Anual (LOA)....................................................................................................... 48
3. Créditos Adicionais................................................................................................................................. 55
Resumo............................................................................................................................................................. 63
Mapas Mentais............................................................................................................................................... 70
Questões de Concurso................................................................................................................................73
Gabarito............................................................................................................................................................ 93
Gabarito Comentado................................................................................................................................... 94
Referências Bibliográficas. .......................................................................................................................131

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 2 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

ORÇAMENTO PÚBLICO – PARTE 2


Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nessa aula é avançar mais acerca do estudo do Orçamento Público,
conhecendo um pouco mais acerca do Ciclo Orçamentário, dos Instrumentos de Planejamen-
to ou Leis Orçamentárias e dos Créditos Orçamentários adicionais.

Hoje, você perceberá, na prática, como aquele volume significativo de conceitos e infor-
mações aprendidos na aula anterior lhe ajudarão bastante, sendo, na verdade, fundamentais
para tenha um excelente aproveitamento do curso. Além disso, você também verá que vai
acertar muitas questões de prova com base naqueles artigos da CF que estudamos. Se puder,
avalie nossa aula ao final.
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

ORÇAMENTO PÚBLICO - PARTE II


1. Ciclo Orçamentário

1.1. Conceitos Introdutórios

O ciclo orçamentário, no sentido amplo, é um processo que abrange as etapas do planeja-
mento ao controle, passando pela elaboração e a própria execução da lei orçamentária anual.
Na verdade, o ciclo orçamentário não é estanque, mas sim um processo dinâmico, flexível
e contínuo, que passa pelas etapas de planejamento/elaboração, discussão/aprovação, exe-
cução, controle e avaliação no que diz respeito à programação de gastos do setor público do
ponto de vista físico e financeiro, integrando planejamento e orçamento.
Ciclo integrado de planejamento e orçamento

Planos nacionais, regionais e


Plano plurianual - PPA
setoriais

Controle e avaliação da execu- Lei de diretrizes orçamentárias


ção orçamentária e financeira
- LDO

Execução orçamentária e fi- Elaboração da proposta


nanceira orçamentária anual - LOA

Discussão, votação e aprova-


ção da lei orçamentária anual

Os instrumentos de Planejamento e Controle Orçamentários podem ser assim visualizados:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Lei de Diretrizes Orçamentárias –


Plano Plurianual – PPA
LDO

Planos nacionais, regionais e


setoriais

Controle de execução Elaboração da Proposta


orçamentária e financeira Orçamentária Anual – LOA

Execução orçamentária e Aprovação da Lei


financeira Orçamentária Anual

A integração das etapas e também dos instrumentos de planejamento é fundamental,


tendo em vista que o processo orçamentário não algo isolado, já que, por exemplo, a elabora-
ção da proposta de Orçamento Anual (LOA), primeira etapa do ciclo orçamentário, renova-se
anualmente e é resultante das definições da programação de médio prazo (PPA), que por sua
vez detalha o plano de longo prazo (Planos Nacionais, Regionais e Setoriais), de acordo com
as orientações anuais da LDO, refletindo assim a plena integração do processo de planeja-
mento e orçamento.

1.2. Ciclo Orçamentário Resumido e Ampliado

Normalmente, o Ciclo Orçamentário é apresentado em provas de concursos na sua versão


resumida, onde temos basicamente 4 fases. Entretanto, pode aparecer em sua prova uma re-
ferência ao Ciclo Orçamentário Ampliado que, ao incorporar as etapas relativas ao PPA à LDO,
passa a ter 8 fases.
Sinteticamente falando, o ciclo orçamentário resumido ocorre em quatro etapas distintas:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

• planejamento / elaboração da proposta orçamentária;


• elaboração / discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;
• execução orçamentária e financeira; e
• avaliação/controle.

Elaboração Aprovação

Avaliação Execução

Questão 1 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:


O ciclo orçamentário pode ser definido como um rito legalmente estabelecido, com etapas
que se repetem periodicamente e que envolvem elaboração, discussão, votação, controle e
avaliação do orçamento.

Certo.
Sim, o ciclo orçamentário ocorre nas seguintes etapas:
• elaboração/planejamento da proposta orçamentária;
• discussão/estudo/aprovação da Lei de Orçamento;
• execução orçamentária e financeira; e
• avaliação/controle.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Do ponto de vista administrativo, o planejamento representaria a tentativa do adminis-


trador público de receber e compreender corretamente as demandas da sociedade, estimar
a capacidade de recolhimento de recursos financeiros e alocar os recursos limitados às
ações prioritárias.
É importante destacar que a fase de elaboração pode ser enquadrada na fase 1 (como aci-
ma) ou como integrante da fase 2 (como no desenho a seguir), já que o parlamento também
colabora com a feitura do mesmo por meio de emendas.
Numa última etapa, o Poder Público fiscalizaria e controlaria os gastos efetuados a fim
de verificar a acuidade da programação. As informações obtidas pela fiscalização e controle
dos gastos públicos, nas quais estarão destacados as falhas e os méritos do planejamento
vigente, irão orientar no planejamento para o exercício subsequente.
Veja a seguir graficamente como é RESUMIDO o ciclo orçamentário:

Planejamento

Controle Elaboração

Execução

Questão 2 (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue:


As fases do ciclo orçamentário podem ser aglutinadas de acordo com suas finalidades e
periodicidades.

Errado.
Na verdade, NÃO podem ser aglutinadas, já que cada fase tem um responsável próprio, finali-
dade diversa e periodicidade que precisa ser atendida.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

No conceito mais abrangente de ciclo orçamentário, as etapas relativas ao PPA e à LDO


são incorporadas. Segundo “SANCHES, Osvaldo Maldonado: O ciclo orçamentário: uma rea-
valiação à luz da Constituição de 1988: Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro: FGV,
v. 27, n.4, pp. 54-76, out./dez. 1993”, o  ciclo orçamentário ampliado desdobrar-se em oito
fases, quais sejam:
• formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
• apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
• proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de
recursos pelo Executivo;
• apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
• elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
• apreciação, adequação e autorização legislativa;
• execução dos orçamentos aprovados;
• avaliação da execução e julgamento das contas.

De acordo com a teoria defendida por esse doutrinador, no conceito resumido do Ciclo
Orçamentário existe uma aglutinação inapropriada das fases relativas ao PPA e à LDO, já que
cada uma delas possui ritmo próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.
Aproveite para visualizar graficamente como é o ciclo orçamentário numa visão ampliada:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 8 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Ciclo / processo orçamentário

Discussão, votação Avaliação e


Elaboração Execução
e aprovação controle

1- 2 - Discussão,
Elaboração votação e
do PPA aprovação do PPA

8 - Avaliação
3- 4 - Discussão, 7 - Execução e controle
Elaboração votação e orçamentária da execução
da LDO aprovação da LDO orçamentária

5- 6 - Discussão,
Elaboração votação e
da LOA aprovação da LOA

Questão 3 (CESPE/STF/ANALISTA/2013) Com relação aos orçamentos públicos, julgue o


item a seguir.
Nos termos da CF, o ciclo orçamentário desdobra-se em oito fases, cada uma com ritmo pró-
prio, finalidade distinta e periodicidade definida.

Certo.
No conceito mais abrangente de ciclo orçamentário, as etapas relativas ao PPA e à LDO são
incorporadas desdobrando-se em oito fases, quais sejam:
• formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
• apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
• proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de
recursos pelo Executivo;
• apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

• elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;


• apreciação, adequação e autorização legislativa;
• execução dos orçamentos aprovados;
• avaliação da execução e julgamento das contas.

1.3. Exercício Financeiro x Ciclo Orçamentário

De acordo com a nossa Norma Geral sobre Direito Financeiro e Orçamento Público, a Lei
n. 4.320/1964, o exercício financeiro deve coincidir com o ano civil, ou seja, inicia-se no dia 01
de janeiro e termina em 31 de dezembro de cada ano. Confira, com grifos nossos:

Do Exercício Financeiro
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

Guarde, portanto, que enquanto o exercício financeiro atualmente no Brasil coincide com o
ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano,
o ciclo orçamentário é mais longo, já que começa no exercício anterior com as etapas de ela-
boração/planejamento da proposta orçamentária e de discussão/estudo/aprovação da Lei
de Orçamento e somente se encerra nos exercícios seguintes com a sua avaliação e controle.

Questão 4 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:


Para efeitos da LOA, o exercício financeiro tem início com a aprovação da lei, não coincidindo
este com o ano civil.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Errado.
O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e se encerra
em 31 de dezembro de cada ano, não tendo início com a aprovação da lei, que ocorre no exer-
cício/ano anterior.

Amigo(a), agora vamos conhecer um pouco mais cada uma dessa etapas!

1.4. Planejamento/Elaboração
A Constituição Federal determinou a aprovação dos Planos Plurianuais (PPA) que esta-
belecerão, de forma regionalizada, as Diretrizes, Objetivos e Metas (DOM) da administração
pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e as relativas aos programas
de duração continuada.
O legislador cuidou de garantir a aplicação uniforme dos recursos em todo o território
nacional, exigindo a regionalização dos recursos planejados no PPA e executados com base
nas leis orçamentárias anuais.
Além disso, limitou sua abrangência às despesas de capital, ou seja, das quais resulte um
aprimoramento do serviço prestado pelo Estado ou a criação de um novo serviço, como, por
exemplo, a  construção de rodovias, incluídas as despesas decorrentes, no nosso exemplo,
o custo de manutenção da nova estrada.

1.5. Elaboração, Discussão e Aprovação do Orçamento


1.5.1. Elaboração do Orçamento

Feito o planejamento, o Poder Executivo deve encaminhar ao Parlamento o projeto de Lei


de Diretrizes Orçamentárias LDO, inovação da Constituição Federal de 1988, que constitui o
elo entre planejamento e orçamento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

A LDO compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as


despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que deverão ser compatíveis com
o PPA, orientará a elaboração da lei orçamentária, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Nem toda a programação prevista no PPA tem que estar presente nas LDO, pois o plano
vale por quatro anos, enquanto a LDO, apenas por um ano.
Além disso, a LDO deve ressaltar as prioridades para a lei orçamentária do exercício sub-
sequente. Dessa forma, é comum que a LDO preveja a inclusão no orçamento de apenas uma
parcela do previsto no PPA, muito embora não haja dispositivo legal ordenando a matéria.
Em seguida, a proposta para o orçamento do exercício subsequente é encaminhada ao
Congresso, que deve assegurar a compatibilidade com a LDO e com o PPA.

Essa competência é exclusiva do CHEFE DO PODER EXECUTIVO, função essa exercida pelo
Presidente da República (ou Governadores e Prefeitos). Tenha em mente que a iniciativa é
sempre do Poder Executivo!

De acordo com o artigo 22 da Lei n. 4.320/1964, no que diz respeito ao seu conteúdo, a propos-
ta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos estabeleci-
dos nas Constituições federal e estaduais e nas leis orgânicas dos municípios, será composta por:
1) Mensagem, que conterá exposição circunstanciada da situação econômico-financeira,
documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais,
restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da polí-
tica econômico-financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no
tocante ao orçamento de capital.
É importante registrar que essa mensagem presidencial é o instrumento de comunicação
oficial entre o Presidente da República e o Poder Legislativo usado para encaminhar os proje-
tos do PPA, da LDO e da LOA.
2) Projeto de Lei de Orçamento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

3) Tabelas explicativas sobre receitas e despesas de vários anos, em colunas distintas e


para fins de comparação.
4) Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em
termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos ser-
viços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa.
Merecem destaque no âmbito da elaboração da proposta orçamentária, as atividades pre-
liminares inerentes à alocação dos recursos, considerando o cenário fiscal, de modo a com-
patibilizar capacidade de financiamento e dispêndio dos recursos previstos, passando pelas
etapas de fixação da meta fiscal, projeção de receitas, projeção das despesas obrigatórias e
apuração das despesas discricionárias.
Para cada unidade administrativa, temos a respectiva proposta orçamentária parcial com
a descrição resumida das suas principais finalidades, que necessita respeitar a política eco-
nômico-financeira, o programa anual de trabalho do Governo e, quando fixado, o limite global
máximo para o orçamento de cada unidade administrativa, sendo acompanhada de tabelas
explicativas da despesa, com a justificação detalhada de cada dotação solicitada.
As dotações orçamentárias são classificadas de forma a explicitar o montante de recur-
sos empregados nas principais atividades do Estado sob várias óticas, como veremos adian-
te ao longo do curso.
Caso haja necessidade de criação de dotação ou complementação de dotações existen-
tes, pode-se abrir créditos adicionais, cuja iniciativa é sempre do Presidente da República,
ainda que para os créditos que visem a atender os Poderes Legislativo e Judiciário, bem como
o Ministério Público da União.

Todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e Ministério Público) elaboram suas propostas or-
çamentárias parciais e encaminham para o Poder Executivo, o qual é o responsável constitu-
cionalmente pelo envio da proposta consolidada ao Legislativo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Nesse sentido, a LRF reforçou essa autonomia administrativa e financeira dos poderes ao
determinar que o Poder Executivo de cada ente coloque à disposição dos demais Poderes e
do Ministério Público, no mínimo 30 dias antes do prazo final para encaminhamento de suas
propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subse-
quente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.
Entretanto, se tais Poderes/órgãos não encaminharem as respectivas propostas orça-
mentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA vigente, ajusta-
dos de acordo com os limites estipulados na LDO.
A CF/1988 não traz nenhuma diretriz em termos de orientação do que deve ser feito para o
caso em que o Poder Legislativo não receba a proposta orçamentária no prazo fixado. Assim,
nos socorremos à velha Lei n. 4.320/1964 que apresenta orientação nesse sentido:

Art.  32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis
Orgânicas dos Municípios, o  Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento
vigente.

Assim, cabe ao Poder Legislativo apreciar novamente o orçamento em vigência no mo-


mento como se fosse uma nova proposta. Essa solução “meia boca” ignora, por exemplo,
os programas que já se encerraram ou que vem a ser finalizados ao longo do exercício.
Registre-se que também para as Defensorias Públicas da União, Estaduais e do Distrito
Federal também foi assegurada autonomias funcional e administrativa e a iniciativa de sua
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na LDO, depois da entrada em vigor
da EC – Emenda Constitucional n. 74/2013, que acrescentou o § 3º ao artigo 134 da CF/1988,
estendendo as mesmas prerrogativas à Defensoria Pública da União (DPU) e do Distrito Fe-
deral. Confira:

§  2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa


e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. § 3º Aplica-se o disposto no § 2º às
Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

DICA
Não confunda EC (Emenda Constitucional) com Emenda ou
Emenda Parlamentar! A EC é uma alteração da CF, enquan-
to Emenda ou Emenda Parlamentar, aqui em nossa matéria,
é uma modificação nas Leis Orçamentárias.

As emendas aos orçamentos anuais ou aos créditos adicionais, que deverão ser compatí-
veis com a lei de diretrizes orçamentárias e com o plano plurianual, podem objetivar o acrés-
cimo de dotação orçamentária inicialmente proposta pelo Executivo ou a criação de uma nova
despesa, bem como a redução ou supressão de dotação proposta.
Nos casos de redução ou supressão de dotação proposta, não há, obviamente, necessida-
de de indicação de recursos para atender a emenda. Contudo, nos casos em que o parlamen-
tar deseje aumentar os recursos destinados a determinada despesa, ou criar despesa nova,
a Constituição Federal, observando o princípio do equilíbrio, determina que devem ser indica-
dos os recursos necessários para o atendimento à emenda, admitidos apenas os provenien-
tes de anulação de outra despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e
seus encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais.

1.5.2. Discussão, Estudo e Aprovação

É importante registrar que a fase de discussão e debate entre os membros do Poder


Legislativo acerca da proposta enviada pelo executivo é regulada pelo artigo 166 da nossa
CF/1988, transcrito com grifos nossos a seguir:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento


anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na for-
ma do regimento comum.

Cabe a uma comissão mista permanente composta por senadores e deputados, deno-
minada de CMO – Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, que tem
o papel de examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República, além de


examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previs-
tos na CF/1988 e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária.
Similarmente, nos demais entes federados temos uma comissão permanente comum, já
que tem somente uma casa legislativa, sendo composta por deputados nos Estados e no DF
e por vereadores nos Municípios.
É importante registrar ainda que, enquanto não iniciada a votação, na Comissão Mista (não
é no Plenário) da parte cuja alteração é proposta, o Presidente da República pode enviar men-
sagem para propor modificação nos projetos do PPA, da LDO, da LOA e de Crédito Adicionais.

De acordo com a nossa CF/1988 (artigo 166, § 8º) existe possibilidade de rejeição, ou seja, de
não aceitação do projeto de LOA pelo Poder Legislativo!

As famosas “emendas parlamentares” tem por objetivo servir para aperfeiçoar o que o Po-
der Executivo propôs por meio dos instrumentos de planejamento e orçamento e tem o poder
de influenciar no que tange à alocação do dinheiro público. Elas devem ser apresentadas na
Comissão Mista, que deve emitir um parecer sobre as mesmas, para depois serem apreciadas
no plenário das 2 casas do Congresso Nacional (CN).
Além das emendas individuais de cada parlamentar, temos também as emendas apre-
sentadas pelas comissões – emendas de comissões permanentes da Câmara e do Senado
(materialmente ligadas à área de atuação) e as apresentadas pelas bancadas – emendas de
bancada – estaduais (para matérias ligadas aos seus estados/DF).

O artigo 63 da nossa CF/1988 regula essa matéria no sentido de que não pode haver aumento
da despesa prevista nos projetos apresentados pelo Poder Executivo. Também não podem as
emendas apresentadas serem incompatíveis com o PPA e com a LDO.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Questão 5 (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue:


O legislador tem a prerrogativa de apresentar qualquer tipo de modificação à lei orçamentária
anual, quando essa é submetida à aprovação do Congresso Nacional.

Errado.
Na verdade, existem diversas restrições, como aquelas do artigo 63 da nossa CF/1988 que
diz que não pode haver aumento da despesa prevista nos projetos apresentados pelo Poder
Executivo, não podendo também as emendas apresentadas serem incompatíveis com o PPA
e com a LDO, fora as restrições impostas pelo § 3º do artigo 166 da nossa Carta Magna.

Veja o que nos revela o § 3º do artigo 166 da nossa CF/1988:

§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei (são chamadas de emendas de redação, pois vi-
sam melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso).

No que diz respeito às emendas parlamentares, a Lei n. 4.320/1964 também apresenta


restrições às mesmas. De acordo com a Lei Geral dos Orçamento, não podem ser admitidas
emenda que:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

• Altere a dotação solicitada para despesa de custeio, exceto se provada, nesse ponto a
inexatidão da proposta.
• Conceda dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos
competentes.
• Conceda dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja ante-
riormente criado.
• Conceda dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Po-
der Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.

Tem sido frequente a aprovação de emendas parlamentares com recursos provenientes


da Reserva de Contingência e de reestimativas de receitas.
O caso de emendas que objetivem aumentar a previsão de receitas não está, explicita-
mente, previsto na CF/1988, mas podem ser apresentadas e aprovadas sob a proteção do
mandamento constitucional que prevê a aprovação de emendas que sejam relacionadas com
a correção de erros ou omissões.
O Congresso Nacional revisa a previsão, que pode ser maior ou menor do que a do Poder
Executivo. Se for maior, haverá receitas em maior quantidade que despesas e o excesso de
receitas poderá ser utilizado para o atendimento às emendas parlamentares.
Entretanto, se a previsão de arrecadação de receitas feita no Congresso Nacional for me-
nor do que a encaminhada pelo Presidente da República, deverá haver cortes nas programa-
ções de despesa constantes do projeto de lei orçamentária.
Cabe lembrar que a revisão da estimativa de receitas pode ser feita em qualquer momento
durante a tramitação da lei orçamentária no Congresso Nacional.
Para concluir essa etapa do Ciclo Orçamentário, resta falarmos um pouco acerca da apro-
vação e sanção da LOA.
Após discutidos o projeto de lei, deve haver a respectiva aprovação em cada uma das ca-
sas que formam o Congresso Nacional, que ocorre por maioria simples mesmo, já que é uma
lei ordinária, embora com rito especial.
Guarde que se os prazos para a aprovação de PPA, LDO e LOA previstos na CF/1988 não
sejam respeitados, nossa Carta Magna determina que a sessão legislativa não seja interrom-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

pida sem a aprovação da LDO. Assim, não haverá recesso parlamentar se a LDO não for apro-
vada, mas, como tal regra não se aplica à LOA ou ao PPA, pode haver esse recesso mesmo
com a LOA ou PPA ainda pendentes de aprovação.
Com a sanção presidencial, que é a concordância do Chefe do Poder Executivo com o que
foi aprovado no CN, encerra-se a essa fase. Entretanto, caso haja o veto, que é a discordância
do Chefe do Executivo do que voltou do CN, seja ele parcial ou total, o mesmo deve ser apre-
ciado pelo Poder Legislativo, que pode rejeitar ou confirmar o veto.
Anualmente a LDO determina que se o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) não for sancio-
nado pelo Presidente da República até 31 de dezembro do ano corrente, parte da programa-
ção dele constante poderá ser executada até o limite de 1/12 do total de cada ação prevista
no PLOA, multiplicado pelo número de meses decorridos até a sanção da respectiva lei.
Registre-se, porém, que o limite previsto de 1/12 ao mês não se aplica ao atendimento de
algumas despesas determinadas na própria LDO daquele ano.

1.6. A Execução do Orçamento

A fase de execução orçamentária e financeira do orçamento público consiste na arreca-


dação das receitas e na realização das despesas, tornando real e operacional o que fora pla-
nejado e programado.
A execução orçamentária completa-se com a execução financeira, devendo estar também
em consonância com a realização da meta física. Contudo, a apresentação de resultados da
meta física pode ser inferior à execução financeira, em função, por exemplo, de problemas nas
licitações, nos convênios ou contratos etc.
A execução financeira passa pela programação dos recursos financeiros de forma a ga-
rantir o atendimento à demanda de recursos aos órgãos e entidades da Administração Públi-
ca direta e indireta.
Importante destacar que as execuções orçamentária e financeira ocorrem simultanea-
mente e são muito “amarradas”. Assim, se, porventura, existir previsão no orçamento, mas
não tiver disponibilidade financeira, não poderá ocorrer a despesa, e  vice-versa. Portanto,

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

mesmo existindo a disponibilidade financeira, se não tiver autorização no orçamento, o gasto


não pode ser incorrido.
Nesse sentido, nossa Carta Magna determina que o Poder Executivo publique, até 30 dias
após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

Questão 6 (CESPE/TRT-8/TÉCNICO/2016) Julgue:


De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), cabe ao Poder Executivo estabelecer o
plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais, bem como publicar um
relatório resumido da execução orçamentária após o encerramento de cada bimestre no pra-
zo de até trinta dias.

Certo.
Exato, basta lembrar que, em prol da transparência, fica o Poder Executivo obrigado a publicar,
em até 30 dias após o encerramento de cada bimestre, um documento denominado RREO –
Relatório Resumido de Execução Orçamentária.

Ainda de acordo com a CF/1988, em seu artigo 168:

Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementa-


res e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e
da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês.

A fim de se evitar o comprometimento de recursos orçamentários que poderiam ficar sem


o correspondente financeiro em virtude de frustração na arrecadação da receita, anualmente,
o Presidente da República tem publicado um decreto de contingenciamento, bloqueando re-
cursos, que passam a não estar disponíveis para empenho até segunda ordem.
Temos também uma série de situações previstas na LRF que tem reflexo na execução do
orçamento em virtude de serem necessárias limitações de empenho.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Aqui vale abordar a questão de que uma pequena parte do Orçamento Público hoje é im-
positivo. Trata-se das emendas parlamentares impositivas.

É importante lembrar que com a entrada da Emenda Constitucional – EC n. 86/2015, apeli-


dada de “EC do orçamento impositivo”, tornou obrigatória a execução da programação orça-
mentária relativas às emendas individuais à LOA por parte dos congressistas, sendo que tais
emendas serão aprovadas até 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) prevista no projeto de
LOA encaminhado ao Congresso Nacional.

Com a promulgação da EC 100/2019, é que as emendas de bancada também passaram a


ser obrigatórias (limite para a execução de 0,8% em 2020 e, a partir de 2021, de 1% da RCL) e
houve a revogação dos incisos I a IV do § 14, que tratavam das medidas a serem tomadas em
caso de impedimento de ordem técnica que inviabilizassem a execução das emendas.
A Emenda Constitucional n. 105/2019, acrescentando o artigo 166-A em nossa Carta
Magna, tratando das emendas individuais impositivas. Ela veio autorizar a transferência dire-
ta de recursos de emendas parlamentares para Estados, ao DF e a Municípios sem vinculação
a uma finalidade específica, ou seja, o Congressista e o Ente que receber os recursos de suam
emenda parlamentar passam a dispor de maior liberdade na aplicação dos recursos públicos.

1.7. Avaliação e Controle

Superada a fase de execução, cabe agora ao Poder Executivo a obrigação de dar publici-
dade da execução orçamentária até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, sub-
metendo todo o processo à avaliação da sociedade.
Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arreca-
de, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens ou valores públicos, ou sobre os quais a
União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. A mes-
ma ideia é válida para Estados, DF e Municípios.
Confira a literalidade do parágrafo único do artigo 70 da CF/1988:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Em termos de União, o Presidente deverá prestar contas ao Congresso Nacional, anual-


mente, até sessenta dias (60 dias) após o início da sessão legislativa. Se as contas do Presi-
dente da República não forem apresentadas ao Congresso Nacional até sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa, a Câmara dos Deputados deverá proceder à tomada de contas.
Quer as contas do Presidente da República sejam apresentadas espontaneamente no pra-
zo constitucional, quer sejam tomadas pela Câmara dos Deputados, dentro de sessenta dias
após o seu recebimento, o Tribunal de Contas da União deverá apreciá-las mediante parecer
prévio. O parecer prévio será encaminhado de volta ao Congresso Nacional.
Entramos agora em um tema relevante para o Direito Financeiro e para AFO: a fiscalização
e o controle orçamentário.
Podemos dizer que a avaliação orçamentária integra o controle orçamentário, consistindo
em uma análise da eficácia e da eficiência das ações realizadas, servindo também para ava-
liar os responsáveis da gestão no que diz respeito ao alcance dos objetivos e maximização da
utilização dos recursos públicos.
Quando falamos em análise da eficiência, avalia-se a medida da relação entre os recursos
efetivamente utilizados para a realização de uma meta para um projeto, atividade ou progra-
ma frente a padrões estabelecidos.
Por outro lado, quando falamos em análise da eficácia, avalia-se a medida do grau de alcance
das metas fixadas para um determinado projeto, atividade ou programa em relação ao previsto.
Temos ainda a avaliação da efetividade, que é relação entre os resultados alcançados
(impactos observados) e os objetivos (impactos esperados) que motivaram a atuação insti-
tucional. A efetividade possibilita que seja verificado se um dado programa produziu efeitos
no ambiente externo em que interveio, em termos econômicos, técnicos, socioculturais, ins-
titucionais ou ambientais.
Em suma, de acordo com Alexandre Marinho e Luís Otávio Façanha:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

a efetividade diz respeito à capacidade de se promover resultados pretendidos; a eficiência deno-


taria competência para se produzir resultados com dispêndio mínimo de recursos e esforços; e a
eficácia remete a condições controladas e a resultados desejados de experimentos, critérios que,
não se aplicam automaticamente às características e realidade dos programas sociais.

No âmbito do controle, merece destaque fiscalização orçamentária financeira do Estado,


que possui caráter político no sentido de impedir que o Poder Executivo exceda os créditos
que lhe foram concedidos, o desperdício dos recursos públicos e a dilapidação do patrimônio
público, mas sem atrasar/parar a execução orçamentária para não prejudicar vida da popu-
lação e do próprio Estado.
Nessa mesma linha pensa o Doutrinador Kiyoshi Harada, que disse:

a fiscalização e controle orçamentário serve justamente para coibir abusos do Poder Público
no que se refere ao dinheiro público e sua destinação dentro da melhor destinação e com res-
ponsabilidade.

A fundamentação legal da fiscalização dos Controles Interno e Externo tem sede no artigo
70 da CF/1988, cujo objeto de análise tem três elementos distintos: legalidade, legitimidade e
economicidade no que diz respeito à despesa pública. Confira a literalidade que pode apare-
cer em sua prova:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das


entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Vale destacar que o foco dessa fiscalização é contábil, financeiro, orçamentária, operacio-
nal e patrimonial da Fazenda Pública do Estado, nas 3 esferas: federal, estadual e municipal.
A fiscalização com foco no aspecto da legalidade visa verificar se a despesa está acordo com
as normas previstas na Constituição, na Lei n. 4.320/1964 e na Lei de Responsabilidade Fiscal.
A fiscalização operacional é relacionada ao procedimento de arrecadação e liberação
de verbas.
Vale destacar, na fiscalização financeira, a verificação da entrada e da saída de dinheiro,
enquanto a orçamentária fiscaliza a correta execução do orçamento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Já a fiscalização patrimonial está relacionada à própria execução orçamentária no senti-


do de mudanças patrimoniais, sendo que as alterações patrimoniais devem ser fiscalizadas
permanentemente pelo Estado.
Sob o ponto de vista da legitimidade verifica-se se houve eficiência do gasto em atender
as necessidades públicas, conferindo se a despesa atingiu o bem jurídico valorado pela nor-
ma ao autorizá-la.
Quando a fiscalização é feita para a avaliar o nível de economicidade alcançado, confere-
-se se despesa foi realizada com o menor custo possível, se houve a melhor relação custo/
benefício para alcançar a finalidade pretendida.
Nessa toada, a  Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO)
examinará e emitirá parecer sobre as contas e o Plenário do Congresso Nacional deliberará
sobre sua aprovação. Não há prazo legal para apreciação das contas pelo Congresso.
As contas podem ser aprovadas ou rejeitadas. Se for rejeitada, o Senado Federal irá pro-
cessar e julgar o Presidente da República, funcionando como presidente, o do Supremo Tribu-
nal Federal, exigindo-se quórum de dois terços dos votos do Senado.
Tanto a nossa Carta Magna quanto a própria Lei n. 4.320/1964 determinam a coexistência
de dois sistemas de controle: interno e externo. O controle interno é aquele realizado pelo ór-
gão no âmbito da própria Administração, do próprio Poder, dentro de sua estrutura. O controle
externo é aquele realizado por uma instituição independente e autônoma.
Veja o dispositivo da Lei n. 4.320/1964:

Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:


I – a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa,
o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
II – a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
III – o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de re-
alização de obras e prestação de serviços.

De acordo com o próprio site do Ministério do Planejamento e Orçamento, que foi incor-
porado pelo Ministério da Economia, “a fiscalização do Orçamento Público é realizada oficial-
mente de duas formas: pelos controles interno e externo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Pelo Controle Interno, quando o controle é feito pelos órgãos do próprio Poder Executivo,
especialmente pela Controladoria-Geral da União (CGU) e, ainda, cada Ministério possui um
Assessor de Controle Interno, vinculado tecnicamente à CGU.
O controle interno tem previsão constitucional no artigo 74 da CF/1988, e consiste em um
sistema integrado de fiscalização dos três Poderes com o objetivo de apoiar o controle exter-
no em sua missão institucional.

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de


controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-
mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e have-
res da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou
ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da
lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

Veja agora os principais pontos da Lei n. 4.320/1964 acerca também do controle interno.
• O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle: legalidade, fidelidade funcional
e cumprimento do programa de trabalho, sem prejuízo das atribuições do Tribunal de
Contas ou órgão equivalente.
• O órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na
legislação, caberá o controle estabelecido no cumprimento do programa de trabalho.
Esse controle far-se-á, quando for o caso, em termos de unidades de medida, previa-
mente estabelecidos para cada atividade.
• No que diz respeito à verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária,
guarde que ela deve ser prévia, concomitante e subsequente.
• No que diz respeito à prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou
por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada
de contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

• É da competência dos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a exa-


ta observância os limites das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária,
dentro do sistema que for instituído para esse fim.

Guarde ainda que, ao  tomar conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade,


o responsável pelo controle interno deve comunicar o TCU ou ao Tribunal de Contas do Esta-
do, Município ou dos Municípios, sob pena de responsabilidade solidária do chefe do Poder
que se omitiu a esse respeito.
De acordo com Tathiane Piscitelli, deverão ser verificados:
• o cumprimento das metas previstas pelo Plano Plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União;
• a legalidade e resultados, quanto à eficácia e à eficiência, relativos aos gastos públicos
realizados por órgãos e entidades federais e também referentes à aplicação de recur-
sos provenientes de subvenções; e
• o cumprimento dos limites e condições de operações de crédito, avais e garantias, além
de direitos e deveres da União.

O controle da execução orçamentária, previsto na Lei n. 4.320/1964, estabelece três tipos de


controle orçamentário:
• o de legalidade dos atos (prévio, concomitante ou subsequente);
• da fidelidade funcional dos agentes públicos; e
• o cumprimento do programa orçamentário.

Questão 7 (CESPE/CGM JOÃO PESSOA/TÉCNICO/2018) Em relação à atuação contábil, fi-


nanceira e orçamentária da União, julgue o item que se segue.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem manter, de forma integrada, sistema


de controle interno, com a finalidade de avaliar o cumprimento das metas previstas no plano
plurianual e a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

Certo.
Assertiva de acordo com o artigo 74 da Constituição Federal, que trata do controle interno.
Confira, com grifos nossos:

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de


controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-
mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e have-
res da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Pelo Controle Externo, a nível federal, que é exercido pelo Poder Legislativo, com o auxílio
do Tribunal de Contas da União (TCU).
Registre-se que nos outros entes que integram o nosso Brasil, o controle externo é exer-
cido de forma similar, aplicando as disposições federais naquilo que couber.
Nessa toada, para os estados, cabe a sua realização à Assembleia Legislativa, com auxílio
do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Já em âmbito municipal, é exercido pela Câmara Municipal, com auxílio também do Tri-
bunal de Contas do Estado (TCE) (regra geral) ou do Tribunal de Contas do Município (São
Paulo – TCM-SP e Rio de Janeiro – TCM-RJ) ou, quando for o caso, do Tribunal de Contas dos
Municípios, no caso da Bahia – TCM-BA, Pará – TCM-PA e Goiás – TCM-GO.
Da mesma forma, no DF o Controle Externo é exercido pela Câmara Legislativa com o au-
xílio do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Confira na diretamente na CF/1988:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete:
I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer pré-
vio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores pú-
blicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e man-
tidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer tí-
tulo, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das con-
cessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não
alterem o fundamento legal do ato concessório;
IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão téc-
nica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, opera-
cional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário,
e demais entidades referidas no inciso II;
V  – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União
participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acor-
do, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou
por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas,
as  sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao
dano causado ao erário;
IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cum-
primento da lei, se verificada ilegalidade;
X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos
Deputados e ao Senado Federal;
XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional,
que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as me-
didas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§  3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de
título executivo.
§  4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas
atividades.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

A nível federal, nós já temos consciência que é do Poder Legislativo a responsabilidade


pela realização do controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, cujas fun-
ções estão delineadas nos artigos 71 e 49, X, da CF/1988.
A fiscalização externa por parte do Congresso Nacional se dá especialmente por uma co-
missão mista permanente de Senadores e Deputados, que nos termos do artigo 166, § 1º, da
CF/1988, é constituída para examinar e emitir pareceres sobre os projetos das leis orçamen-
tárias e as contas apresentadas pelo Presidente da República e, também acerca dos planos
e programas previstos na Magna Carta, com acompanhamento e fiscalização das gestões
orçamentárias respectivas.
Vale destacar essa Comissão Mista, no exercício de suas atividades, poderá verificar in-
dícios de despesas não autorizadas e, nessa situação, de acordo com o artigo 72, caput, da
CF/1988, poderá solicitar esclarecimentos à autoridade responsável.
Entretanto, caso os esclarecimentos solicitados não sejam prestados, ou considerados
insuficientes, a Comissão Mista encaminha o caso para o TCU, a quem será solicitado que, no
prazo de 30 dias, se pronuncie conclusivamente sobre o assunto. Caso o TCU entenda que a

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

despesa é irregular, a Comissão Mista poderá propor ao Congresso Nacional sua sustação,
desde que possa causar “dano irreparável ou grave lesão à economia pública”, como consta
o artigo 72, §§ 1º e 2º, da CF/1988.
Confira a literalidade que pode aparecer em sua prova:

Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, § 1º, diante de indícios de despe-
sas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios
não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco
dias, preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará
ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar
dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.

Vamos agora conhecer um pouco mais sobre o TCU no artigo 73 da nossa CF/1988:

Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal,
quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber,
as atribuições previstas no art. 96.
§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfa-
çam os seguintes requisitos:
I – mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II – idoneidade moral e reputação ilibada;
III – notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administra-
ção pública;
IV – mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os co-
nhecimentos mencionados no inciso anterior.
§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I – um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alterna-
damente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista
tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;
II – dois terços pelo Congresso Nacional.
§ 3º Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impe-
dimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-lhes,
quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.
§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos
do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as  de juiz de Tribunal
Regional Federal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Perceba que o TCU, mesmo sendo um órgão que auxilia o Congresso Nacional no Controle
Externo, possui atribuições constitucionais próprias, as quais não dependem de autorização
ou necessariamente de provocação do Poder Legislativo.

Fique atento(a) ao fato de que compete ao TCU apreciar (e não julgar) as contas prestadas
anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio (inciso I). Ou seja, é  da
competência exclusiva do Congresso Nacional julgar anualmente as contas prestadas pelo
Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo.
Para os demais administradores e responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos com-
pete ao TCU o julgamento das contas (inciso II).
É importante chamar a sua atenção também ao fato de que, no caso de contrato, o ato de
sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional (CN), que solicitará, de imediato,
ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Todavia, se o CN ou o Poder Executivo, no prazo de
90 dias, não efetivar as medidas cabíveis, o Tribunal decidirá a respeito.
Devemos guardar também que as decisões do TCU resultarem imputação de débito ou
multa têm eficácia de título executivo extrajudicial, e assim, a dívida passa a ser líquida e certa.
É importante registrar que de acordo com o artigo 75 da nossa CF/1988, as normas esta-
belecidas em sua seção IX, “DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA”,
se aplicam no que couber à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas
dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Muni-
cípios. Confira:

Art.  75. As  normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à  organização, com-
posição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos
Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos,
que serão integrados por sete Conselheiros.

Vamos aos principais pontos na Lei n. 4.320/1964 sobre o Controle Externo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

• O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar
a probidade da administração, a  guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o
cumprimento da Lei de Orçamento.
• O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo estabe-
lecido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
• As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer pré-
vio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
• Quando, no Município não houver Tribunal de Contas ou órgão equivalente, Câmara de
Vereadores poderá designar peritos contadores para verificarem as contas do prefeito
e sobre elas emitirem parecer.

Existe também o Controle Social, que é realizado pela sociedade, tanto nos espaços ins-
titucionais de participação, como Conselhos e Conferências, quanto nos espaços de articula-
ção da própria sociedade, como nas Redes e Fóruns.
Podemos dizer que Controle Social é a integração da sociedade com a administração pú-
blica, com a finalidade de solucionar problemas e as deficiências sociais com mais eficiência.
Assim, em sendo o controle social a efetiva participação do cidadão na gestão pública,
acaba sendo um mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania.
No Brasil, a preocupação em se estabelecer um controle social forte e atuante torna-se ain-
da maior, em razão da sua extensão territorial e do grande número de municípios que possui.
Nessa toada, o  controle social revela-se como complemento indispensável ao controle
institucional, exercido pelos órgãos fiscalizadores.
Entretanto, para que os cidadãos possam desempenhá-lo de maneira eficaz, é neces-
sário que sejam mobilizados e recebam orientações sobre como podem ser fiscais dos
gastos públicos.
Além da grande extensão territorial do nosso país, a descentralização geográfica dos ór-
gãos públicos integrantes dos diversos níveis federativos – União, estados, Distrito Federal
e municípios também requer atenção especial, e  por isso, a  fiscalização da aplicação dos
recursos públicos precisa ser feita com o apoio da sociedade.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Essa participação é importante porque contribui para a boa e correta aplicação dos recursos
públicos, fazendo com que as necessidades da sociedade sejam atendidas de forma eficiente.
Em termos Orçamentários, o Controle social deve ocorrer tanto no planejamento como na
execução orçamentária.
Registre-se que a sociedade deve participar não apenas da elaboração dos instrumentos
de planejamento (PPA, LDO e LOA), mas, inclusive, do processo de apreciação e votação nas
casas legislativas.
A sociedade deve se organizar para participar da gestão desses recursos, em conjunto
com os agentes públicos.
Nosso ordenamento jurídico estabelece algumas regras para que as despesas não se
realizem arbitrariamente. Essas regras estão contidas, principalmente, na Lei das Finanças
Públicas, a Lei n. 4.320/1964, na Lei das Licitações, a Lei n. 8.666/1993 e na Lei de Respon-
sabilidade Fiscal, a Lei Complementar n. 101/2000.
Por isso, após participar da elaboração das peças orçamentárias, a sociedade deve acom-
panhar de perto a execução das despesas públicas, para evitar desvio e desperdício dos re-
cursos públicos.
Veja o resumo a seguir:

Plano Plurianual – PPA

Controle e Avaliação da Execução Orçamentária


Lei de diretrizes Orçamentárias – LDO
e Financeira

Execução Orçamentária e Financeira Lei Orçamentária Anual – LOA

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

É importante lembrar que o ciclo orçamentário foi afetado pela EC n. 95/2016, que instituiu o
NOVO REGIME FISCAL. Após a sua entrada em vigor, durante a elaboração da LOA, na mensa-
gem presidencial devem ser demonstrados os valores máximos de programação compatíveis
com os limites individualizados. Além disso, na execução da LOA fica vedada a abertura de
crédito suplementar ou especial que amplie o montante total autorizado de despesas pri-
márias que na LOA, sujeitas aos limites individuais, não podem exceder os valores máximos
constantes da mensagem presidencial.

1.8. Prazos do Ciclo Orçamentário

Vale deixar registrado que os prazos inerentes ao ciclo orçamentário estão dispostos no
artigo 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da nossa CF/1988,
transcritos com grifos nossos a seguir:

§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obede-
cidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do man-
dato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro pe-
ríodo da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerra-
mento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Registre-se ainda que, para os Estados, DF e Municípios, valem os prazos dispostos res-
pectivamente nas suas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas. Veja, a seguir, a título
de exemplo, os prazos do Estado de Minas Gerais:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Ainda no que diz respeito aos prazos do Ciclo Orçamentário, é importante registrar que
caso o Congresso Nacional não receba a proposta orçamentária no prazo fixado, caberá ao
mesmo apreciar novamente o orçamento em vigência e já em execução como se fosse uma
nova proposta orçamentária.

Como os prazos do Ciclo Orçamentário ainda tem uma regulação provisória via ADCT, em fun-
ção da necessidade ainda não satisfeita de se editar uma Lei Complementar específica para
regular, dentre outras coisas, os mencionados prazos, vivemos hoje, em matéria orçamentá-
ria, a possibilidade de termos algumas incongruências.

Repare que no 1º ano de mandato de um Chefe do Poder Executivo a LDO para o ano se-
guinte é aprovada até o fim da primeira sessão legislativa ainda no primeiro semestre, ou seja,
antes do envio do PPA, que pode ser enviado até 31/08, não havendo neste primeiro ano de
envio e segundo de execução a integração com o PPA.
Outra possível fonte de descoordenação pode ocorrer nesse mesmo ano, com PPA sendo
enviado e aprovado nos mesmos prazos da LOA, o que possibilita que a LOA seja aprovada no

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

prazo correto e o PPA não, fazendo com que a LOA do segundo exercício do mandato presi-
dencial possa ser executada antes da aprovação do PPA que a orientaria.

2. Instrumentos de Planejamento

2.1. Introdução
Vamos agora conhecer os Instrumentos de Planejamento e Orçamento, também denomi-
nados de Leis Orçamentárias, utilizados na implantação das Políticas Públicas do nosso país.
O artigo 165 da CF/1988 nos revela os três principais instrumentos orçamentários de pla-
nejamento utilizados na implantação das Políticas Públicas:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

Assim, o  Orçamento Público é chamado no inciso III de “orçamentos anuais”, também


conhecido como LOA – Lei Orçamentária Anual.
Nesse contexto, os instrumentos de planejamento e orçamento da Constituição Federal são:
• O Plano Plurianual – PPA;
• A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO; e
• Lei Orçamentária Anual – LOA.

LEIS
ORÇAMENTÁRIAS

PPA LDO LOA

Esses instrumentos são, na verdade, as leis orçamentárias que regulam, cada uma delas
com especificidades e escopos próprios, o planejamento e o orçamento dos entes públicos
nas 3 esferas de governo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 37 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

No âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas distintas, porém integradas, de for-
ma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais.

Professor, qual a relação entre PPA, LDO e LOA?

Veja, na figura a seguir, o sentido da seta para visualizar a influência de cada uma em ter-
mos de integração:

PPA – PLANO PLURIANUAL

LDO – LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

LOA – LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

Resumidamente, tenha em mente que o PPA, juntamente com a LDO e a LOA são leis insti-
tuídas pelo artigo 165 da nossa Carta Magna de 1988, cabendo ao PPA estabelecer diretrizes
de médio prazo (4 anos).
A LDO, que deve ser compatível com o PPA, estabelece, entre outros, o conjunto de metas e
prioridades da Administração Pública Federal e orienta a elaboração da LOA para o ano seguinte.
A LOA, que deve ser compatível com o PPA e com a LDO, contempla os orçamentos fiscal,
da seguridade social e de investimentos das estatais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

A INTEGRAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

Orientação estratégica, diretrizes, priorida-


des e metas.
PPA

Prioridades e metas que orientarão a elabora-


ção do orçamento.
LDO

Dimensão financeira anual.


LOA

A palavra-chave aqui é INTEGRAÇÃO!!!

Questão 8 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento fun-


damental de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse
assunto, julgue o seguinte item.
O processo orçamentário brasileiro está baseado em instrumentos de curto prazo – a lei or-
çamentária anual (LOA) e a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) – e em instrumento de médio
prazo – o plano plurianual (PPA) –; todos perfeitamente integrados entre si.

Certo.
Realmente, a LOA e a LDO, que abrangem o período de um ano, podem ser considerados ins-
trumentos de curto prazo, enquanto o PPA, que abrange o período de 4 anos, é considerado
um instrumento de médio prazo, estando esses 3 instrumentos orçamentários integrados nos
termos da própria CF/1988.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Vamos conhecer um pouco mais acerca de cada um desses importantes instrumentos!

2.2. Plano Plurianual (PPA)

O Plano Plurianual (PPA) é um instrumento previsto no artigo 165 da Constituição Federal


destinado a organizar e viabilizar a ação pública, com vistas a cumprir os fundamentos e os
objetivos da República, servindo como instrumento de planejamento de médio prazo do Go-
verno Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas
da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as relativas aos programas de duração continuada.

DICA
Nesse contexto, guarde para o PPA o mnemônico DOM – Di-
retrizes, Objetivos e Metas.

Entenda por Diretrizes a ideia de que o PPA tem um condão abrangente e estratégico, ser-
vindo de plano de voo para os próximos 4 anos.
Já em relação aos Objetivos, a ideia é que o PPA verbalize o que precisas ser modificado,
ou seja, o que a implementação do PPA deseja para o país.
Finalmente, as Metas “tornam as diretrizes e os objetivos menos subjetivos, ou seja, tra-
duzem-nos em aspectos mais quantitativos ou qualitativos, a depender das especificidades
de cada caso.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

É importante destacar que o PPA federal não contempla Diretrizes, Objetivos e Metas das
demais esferas de governo, já que cada ente possui seu respectivo PPA.
É importante destacar ainda que enquanto o PPA tem duração de 4 anos, durante a sua
vigência serão elaboradas uma LDO e uma LOA a cada ano, ou seja, 4 LDOs e 4 LOAs que pre-
cisam ser compatíveis com o respectivo PPA.
Nessa pegada, guarde que a vigência do PPA é de quatro anos, mas inicia-se no segundo
exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro exercício fi-
nanceiro do mandato subsequente, devendo ser enviado até 31 de agosto do primeiro exercício.

O tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe do Executivo, já que
o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo ano, somente se
encerrando no fim do primeiro ano do governo seguinte.

Questão 9 (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue o item a seguir.


O período de vigência do PPA compreende o início do segundo ano de mandato do presidente
da República até o final do primeiro ano financeiro do mandato presidencial subsequente.

Certo.
Está de acordo com o disposto no artigo 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitó-
rias (ADCT) da nossa CF/1988, conforme a seguir:

§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obede-
cidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do man-
dato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Por meio do PPA, é declarado o conjunto das políticas públicas, em termos macro, do go-
verno para um período de 4 anos e os caminhos trilhados para viabilizar as metas previstas,
construindo um Brasil melhor.
O PPA orienta o Estado e a sociedade no sentido de viabilizar os objetivos da República.
O Plano apresenta a visão de futuro para o País, macrodesafios e valores que guiam o com-
portamento para o conjunto da Administração Pública Federal.
Em outras palavras, podemos dizer que no PPA o governo declara e organiza sua atuação,
a fim de elaborar e executar políticas públicas necessárias. O Plano permite também, que a
sociedade tenha um maior controle sobre as ações concluídas pelo governo.

É importante ter em mente que as despesas de capital a que se refere o PPA são aquelas
que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como, por
exemplo, a construção ou ampliação de um aeroporto.
Atente ao significado do termo, “e outras delas decorrentes”, que tem relação com o fato
de que as despesas de capital acabam gerando despesas correntes ainda dentro do perío-
do de vigência do PPA. Aprenderemos durante o curso que despesas correntes são as que
não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as
despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção etc. Usando o exemplo da
construção de um aeroporto, após a sua conclusão, teremos diversos gastos com sua manu-
tenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital que foi a construção do aeroporto.
Assim, guarde que tanto a construção do aeroporto (despesa de capital) quanto o custeio

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

com sua manutenção durante a vigência do PPA (despesa corrente relacionada à de capital)

devem constar nesse PPA.

Por sua vez o conceito de programas de duração continuada no âmbito da CF/1988, em

termos de PPA, é ambíguo. Repare que se excluirmos os programas governamentais que tem

prazo de conclusão (investimentos), qualquer outra ação pode, em tese, ser considerada de

duração continuada. Assim, deve-se aplicar uma interpretação restritiva de modo a conside-

rar somente ações finalísticas, não considerando, assim, às relacionadas atividades-meio.

Falando em investimentos, importante destacar que em AFO e Direito Financeiro o seu

significado é diferente do que estamos acostumados em nosso dia a dia, que tem a ver com

aplicação financeira ou com abrir algum negócio. Em nossa matéria, investimentos são um

tipo de despesa de capital que engloba despesas com softwares e com o planejamento e a

execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realiza-

ção destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente,

como no caso da construção de um aeroporto.

O Plano Plurianual (PPA) deve ser elaborado de forma regionalizada, ou seja, esse instru-

mento central de planejamento deve servir promover, de maneira integrada, oportunidades

de investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais, levando a um

desenvolvimento mais equilibrado entre as regiões do País.

Ainda no âmbito do PPA, é interessante que saiba que PPA é adotado como referência para os

demais planos e programas nacionais, regionais e setoriais, como o artigo 165 da CF/1988,

assim determina (com grifos nossos):

§  4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão


elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

É importante destacar que o significado de planos e programas nacionais, regionais e seto-


riais de desenvolvimento, elaborados em consonância com o PPA, é diferente daqueles pro-
gramas da estrutura programática, que estudamos na classificação da Despesa Pública, já
que, em verdade, os  programas nacionais, regionais e setoriais muitas vezes têm duração
superior ao PPA, já que são de longo prazo, como é o caso do Plano Nacional de Educação (Lei
n. 13.005/2014 – PNE 2014 –2024), cuja duração é de 10 anos.

Assim, de acordo com a CF/1988 e com a sua banca examinadora, em tese, tais planos e
programas, mesmo que de duração superior, devem ser elaborados em consonância com o
PPA, de duração inferior. Na prática, vale a lei que for sancionada primeiro, ou seja, no exemplo
do PNE, ele foi elaborado em consonância com o PPA 2012-2015 da época, mas, após sancio-
nado, passou a condicionar os PPAs seguintes, como o PPA 2016-2019.

Questão 10 (CESPE/ENAP/TÉCNICO/2015) Julgue:


Conforme determinação da CF, o plano plurianual deve ser elaborado em consonância com os
planos e programas nacionais, regionais e setoriais. A explicação para essa vinculação reside
no fato de que tais planos e programas apresentam maior duração e são mais específicos.

Errado.

O CESPE inverteu as coisas! São os planos e programas nacionais, regionais e setoriais que
devem ser elaborados em consonância com o PPA!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

A Lei n. 13.971/2019, publicada em 27/12/2019, á lei do PPA para o período 2020 a 2023.

2.3. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), assim como o PPA surgiu com a CF/1988 e tem
primordial função o estabelecimento dos parâmetros necessários à alocação dos recursos no
orçamento anual, de forma a garantir, dentro do possível, a realização das metas e objetivos
contemplados nos programas do plano plurianual. Veja a sua literalidade, de acordo com o
artigo 165 da CF/1988, com grifos nossos:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-


blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e esta-
belecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Veja agora o papel da LDO de modo esquematizado:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO

Aproximadamente
Duração da LDO 2º semestre Ano subsequente
18 meses

Orienta a LOA
Instrumento de planejamento
Alterações na legislação tribu- LDO Política de aplicação das agências oficiais de fomento
tária

Conteúdo principal: metas e prioridades, incluindo despesas de capital para o exercício sub-
sequente

A LDO É A LIGAÇÃO ENTRE O PPA E A LOA!

O papel da LDO é ajustar as ações de governo previstas no PPA, às reais possibilidades


de caixa do Tesouro Nacional, fazendo o “meio campo” entre o planejamento estratégico de
médio prazo (PPA) e o planejamento operacional (LOA).
De acordo com a Constituição, a LDO deve, no mínimo, identificar os seguintes itens.
• Estabelecer as metas e prioridades da administração, incluindo as despesas de capital
previstas para o exercício seguinte.
• Estabelecer critérios para elaboração da lei orçamentária anual, explicando onde serão
feitos os maiores investimentos, o valor que caberá ao Legislativo, o percentual para aber-
tura de créditos suplementares e outras informações prévias sobre o futuro Orçamento.
• Estabelecer as alterações programadas na legislação tributária, informando quais as
medidas que pretende aplicar na política de tributos.
• Estabelecer os critérios que pretende implantar na política de Pessoal, na lei de cargos
e salários, no ordenamento salarial, na reestruturação de carreiras etc. Importante res-
saltar que serão nulas as despesas de pessoal não previstas na LDO.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

É importante destacar também que o prazo para encaminhamento da LDO ao Congresso


Nacional é de oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro, ou seja, pre-
cisa ser enviada até o dia 15 de abril de cada ano, devendo a devolução ao Poder Executivo
ocorrer até o fim do primeiro período da sessão legislativa, ou seja, 17 de julho, pois a sessão
legislativa não pode ser interrompida sem a sua aprovação.
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ampliou a importância da LDO, determinando a
previsão de várias outras situações, além das previstas na Constituição. São elas:
• estabelecer critérios para congelamento de dotações, quando as receitas não evoluí-
rem de acordo com a estimativa orçamentária;
• estabelecer controles operacionais e suas regras de atuação para avaliação das ações
desenvolvidas ou em desenvolvimento;
• estabelecer as condições de ajudar ou subvencionar financeiramente instituições pri-
vadas, fornecendo o nome da instituição, valor a ser concedido, objetivo etc. Impor-
tante ressaltar que serão nulas as subvenções não previstas na LDO, excluindo casos
de emergência;
• estabelecer critérios para início de novos projetos, após o adequado atendimento dos
que estão em andamento;
• estabelecer o percentual da receita corrente líquida a ser retido na peça orçamentária,
como Reserva de Contingência.

Além do estabelecimento e definição dos itens apresentados, a LDO deverá ser acompa-
nhada do chamado ANEXO DE METAS FISCAIS e do ANEXO DE RISCOS FISCAIS (ARF).

Questão 11 (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Com relação ao orçamento público brasileiro,


julgue o item que se segue.
A lei de diretrizes orçamentárias deve prever medidas a serem tomadas nos casos de passi-
vos contingentes capazes de afetar as contas públicas, caso se materializem.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Certo.
Com o advento da LRF, a LDO ganhou mais atribuições, com destaque para o Anexo de Riscos
Fiscais, onde são avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as
contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se materializem.

A Lei n. 13.898/2019, publicada em 11/11/2019, é a LDO para ano de 2020.

2.4. Lei Orçamentária Anual (LOA)

A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento público propriamente dito.


A princípio parece estranho que um orçamento seja uma lei... afinal, frequentemente te-
mos contato com o orçamento em nosso dia a dia como algo informal, tipo quando preci-
samos consertar algo e pedimos um orçamento ou quando fazemos o orçamento de uma
festa ou o próprio orçamento de uma família. Entretanto, quando se trata de dinheiro público,
existem uma séria de regras para o seu uso e elas precisam estar previstas na legislação.
Assim, esse é um dos principais objetivos do nosso estudo: conhecer tais regras, já que elas
serão cobradas em prova.
Para começo de conversa, guarde que a LOA deve conter exclusivamente duas matérias:
previsão de receita e fixação de despesa. Entretanto, a título de exceção, são admitidas au-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

torizações para créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por Antecipação de


Receita Orçamentária (ARO) – princípio orçamentário constitucional da exclusividade).

A LOA funciona como instrumento de planejamento operacional, expressando a alocação


de recursos públicos, sendo operacionalizada por meio de diversas ações.

É bom lembrar que a LOA é orientada pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreen-
dendo as ações a serem executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO.

É importante atentarmos para a palavra previsão para receita, já a receita orçamentária pode
ser arrecadada acima do valor previsto no orçamento público por não existir teto para a receita!
Por outro lado, em se tratando da despesa, usamos a expressão fixação, por ser prevista
com um limite até o qual poderá ser executada.
A esse limite de autorização de gastos dá-se o nome de dotação orçamentária, que é a ex-
pressão monetária do crédito orçamentário, autorização discriminada para se gastar recursos.
É importante destacar que nossa CF/1988 veda o início de programas ou projetos que não
estejam incluídos na LOA e proíbe a consignação de crédito com finalidade imprecisa ou com
dotação ilimitada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

O projeto da LOA deve ser encaminhado ao Congresso Nacional quatro meses antes do
término do exercício financeiro, ou seja, até o dia 31 de agosto de cada ano, e devolvido ao
Poder Executivo até o final da sessão legislativa, ou seja, até 22 de dezembro do exercício de
sua elaboração.
É importante destacar ainda que nossa Carta Magna, em seu artigo 165, § 6º, determina
que projeto da LOA a seja acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
Ainda no mencionado artigo da nossa CF/1988 existe a seguinte determinação (com gri-
fos nossos):

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.

Orçamento Fiscal

Orçamento da Seguridade Social Lei Orçamentária Anual

Orçamento de investimento

Destaque-se que, como visto no desenho, na verdade, trata-se de uma única LOA, um úni-
co documento. Mas, vamos falar um pouco de cada um deles.
No que diz respeito ao orçamento fiscal, que deve ser sempre equilibrado, guarde que ele
deve contemplar as receitas e despesas do Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do
Ministério Público e dos Tribunais de Contas, incluindo seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, com exceção apenas das receitas e despesas que estiverem
no orçamento da seguridade social e de investimento das estatais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Já o orçamento de Investimento das Estatais, que obrigatoriamente deve integrar a LOA,


como o nome já revela, não trata de todas as despesas e sim apenas dos investimentos e não
se refere a todas as estatais, mas apenas aquelas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto, ou seja, refere-se apenas às empresas
controladas pela União.

Apenas os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano


plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo cri-
tério populacional. Ou seja, o orçamento da seguridade social NÃO tem essa função!

Em termo de Constituição os conhecimentos acerca do orçamento de investimento das es-


tatais são esses. Se na prova falar “de acordo com a CF...” basta saber isso. Entretanto, se
considerarmos as LDOs de cada ano e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que trazem
conceitos como o de empresas estatais dependentes e de não dependentes, a coisa muda de
figura. Nessa “pegada infraconstitucional”, apenas os investimentos das estatais não depen-
dentes devem constar no orçamento de investimento, em contraste com as estatais depen-
dentes que devem constar apenas nos orçamentos fiscal e da seguridade social. Então fique
atento(a) ao comando da questão na prova!

No que diz respeito ao orçamento da Seguridade Social guarde que ela compreende um
conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
É importante destacar que o orçamento da seguridade social deve englobar todos os
órgãos que possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social (pre-
vidência, assistência e saúde). Por exemplo, o Ministério da Economia possui despesas de
assistência médica relativa aos seus servidores e essa despesa faz parte do orçamento da

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

seguridade social, mas as demais despesas não relacionadas à seguridade social estarão no
orçamento fiscal.

Órgãos e entidades vinculados diretamente à Seguridade Social independentemente da na-


tureza da despesa, integram o orçamento da seguridade social. Para os Órgãos e entidades
não vinculados diretamente à Seguridade Social somente as despesas típicas da Seguridade
Social integram o orçamento da seguridade social.

No Brasil, o conceito de planejamento de médio prazo, interligado com a LOA (orçamen-


to-programa) foi implementado com a proposta de Plano Plurianual para o período de quatro
anos, cujo grande trunfo reside na introdução do modelo de gerenciamento de programas,
que permite padronizar a linguagem do PPA e da LOA.
O vínculo da LOA com o PPA se dá por meio dos Programas e das Iniciativas do Plano que
estão associadas às Ações constantes da LOA. Deve haver, portanto, uma compatibilidade
entre o PPA, a LDO e a LOA. Contudo, vale ressaltar que a abrangência do PPA e da LDO vai
além da dimensão orçamentária.
A proposta de Plano Plurianual deve ser elaborada pelo Poder Executivo durante o primei-
ro ano de mandato do Presidente da República e, após a votação no Congresso e a sanção
presidencial, o Plano deve orientar a ação de governo.
A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua organização,
implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado.
Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão organi-
zadas em programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e quantitativas, sejam
físicas ou financeiras.
Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos
objetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos.
A integração das ações orçamentárias com o PPA é retratada na figura a seguir:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

ESTRUTURA DA LOA ESTRUTURA DA PPA CONTEÚDO

Dimensão Visão de Futuro.


Estratégica Eixos, diretrizes Estratégicas

Retratam a agenda do governo,


Programas organizada por recortes de
Programas políticas públicas.

Expressa as escolhas de políticas


Objetivos públicas, orientando a atuação do
Governo para o que deve ser feito.

Entregas de bens e serviços


Iniciativas
(intermediários ou finais)
resultante da atuação do Estado
ou os arranjos de gestão
Ações
necessários ao alcance dos
objetivos.

Produção pública: bens e serviços


ofertados à sociedade ou ao
Estado.

Subtítulos Localização do Gasto.

Aprofundando um pouco mais acerca da LOA em seus aspectos jurídicos, lembre-se que
entendimento predominante é que a LOA é uma lei formal. O embasamento desse entendimen-
to é que, em regra, a simples previsão de despesa na LOA não cria direito subjetivo, não sendo
possível exigir, por via judicial, que uma despesa específica prevista no orçamento seja executa.
Outra ideia que reforça a tese de que a LOA é uma lei formal, é de que diversas vezes deixa
de possuir uma característica essencial das leis: a coercibilidade!
As principais características da LOA, portanto, são:
• é uma lei temporária! Tem vigência limitada a um ano;
• é uma lei ordinária! Note não apenas a LOA, mas todas as leis orçamentárias (PPA, LDO
e LOA) são leis ordinárias. Os créditos suplementares e especiais também são aprova-
dos como leis ordinárias;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 53 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

• é uma lei ordinária especial! A LOA possui um processo legislativo próprio, com iniciati-
va única do Executivo e processo legislativo peculiar ou especial, conforme artigo 165,
caput, e artigo 166, CF/1988;
• é o Programa econômico-financeira do Estado, sendo o seu plano operacional detalha-
do de trabalho, materializando o PPA anualmente;
• é uma Lei autorizativa, ou seja, não gera direitos subjetivos para os administrados;
• tem que ser compatível com o PPA e LDO;
• pode-se dizer que é composta por três suborçamentos: Fiscal, de Investimento e da
Seguridade Social (art. 165, § 5º, CF/1988);
• atendendo ao Princípio da Unidade, temos uma só LOA para cada ente político em cada
exercício;
• é uma lei de Processo Legislativo Vinculado (prazos do artigo 35, ADCT);
• para a União, deve ser aprovada em sessão conjunta e bicameral;
• é uma lei temporária, periódica e de efeitos concretos;
• suas normas não podem apresentar abstração e generalidade;
• quanto ao aspecto material é um ato condição.

É importante reforçar que regra geral é que o orçamento público no Brasil é autorizati-
vo, ou seja, não impositivo, onde temos mera autorização de gastos que serão efetuados
de acordo com a disponibilidade de recursos em função da arrecadação, com exceção das
emendas parlamentares relativas às ECS – Emendas Constitucionais 86, 100 e 105.

Assim, embora a regra geral seja a da não obrigatoriedade de efetivação dos gastos autori-
zados na LOA, grande parte das receitas do Estado têm destinação própria, ou seja, grande
parte das receitas do Estado está vinculada a finalidades específicas. Então, sob essa dife-
rente perspectiva, pode-se dizer que o orçamento público é impositivo sob o ponto de vista
da aplicação dos recursos arrecadados, nos casos em que existe vinculação específica à sua
finalidade. Um bom exemplo para elucidar a questão trazida à baila é caso das contribuições

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 54 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

destinadas ao financiamento da seguridade social, onde todos os valores arrecadados devem


necessariamente devem ser gastos com saúde, previdência e assistência social.

Em suma, guarde, portanto, que, embora o orçamento público no Brasil seja, em regra, au-
torizativo, ele apresenta pouca margem de liberdade para o administrador público, já que uma
grande parte das receitas é vinculada às finalidades para as quais foram criadas.
A Lei n. 13.978/2020, publicada em 20/01/2020, é a LOA para ano de 2020.

3. Créditos Adicionais

Os créditos orçamentários se dividem em créditos iniciais e créditos adicionais.


Chamamos de créditos orçamentários ordinários ou iniciais aqueles constantes de da
LOA, que engloba os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas
estatais não dependentes.
Assim, o  orçamento anual contempla o montante para atender determinada despesa a
fim de executar ações que lhe caiba realizar, ou seja, contempla a dotação orçamentária para
cada despesa.
Nessa pegada, a  LOA é organizada na forma de créditos orçamentários (ordinários),
aos quais estão consignadas dotações, sendo definido como crédito orçamentário o conjunto
de categorias classificatórias e contas que especificam as ações e operações autorizadas
pela lei orçamentária, a fim de que sejam executados os programas de trabalho do Governo.
Já o termo a dotação orçamentária corresponde ao montante de recursos financeiros com
que conta o crédito orçamentário.
Resumindo, o crédito orçamentário é portador de uma dotação que constitui o limite de
recurso financeiro autorizado.
Entretanto, na prática acontece que algumas despesas possam ser insuficientemente do-
tadas ou pode ocorrer a necessidade de realização de novas despesas, portanto, que nem
foram computadas na LOA.
Visando dotar a administração pública de um mínimo de flexibilidade em termos de dota-
ção orçamentária, principalmente devido ao lapso temporal entre a elaboração e a execução

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 55 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

do orçamento anual, aos créditos orçamentários iniciais foi autorizado que possam ser objeto
de alterações qualitativas e quantitativas, por meio de créditos adicionais.

Especiais

Extraordinários Créditos
Adicionais

Suplementares

Orçamento
Orçamento

Para aquelas situações em que existe a necessidade de nova dotação ou apenas de com-
plementação de dotações existentes, é plenamente possível a abertura de créditos adicionais,
para a qual a iniciativa é sempre do Presidente da República, até mesmo que para aqueles cré-
ditos que atendam os Poderes Judiciário e Legislativo, bem como o Ministério Público da União.

No que diz respeito ainda às emendas à LOA e aos créditos adicionais, é importante deixar
registrado que eles precisam ser compatíveis com o PPA e com a LDO.

Vale destacar ainda, acerca das mencionadas emendas/créditos adicionais, que nada
impede que ocorra acréscimo de dotação orçamentária àquela inicialmente proposta pelo
Executivo, ou até mesmo a criação de uma nova despesa, sendo também possível ainda a
redução ou a supressão de dotação anteriormente proposta.
Falando em redução ou supressão de dotação proposta, nesses casos não se faz neces-
sária a indicação de recursos para atender a emenda, mas nos casos em que um parlamentar
queira incrementar os recursos destinados a determinado tipo de despesa, ou mesmo criar
uma nova despesa, a CF/1988 determina que precisam ser indicados os recursos necessários

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 56 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

para atender a emenda em tela, sendo admitidos apenas aqueles oriundos da anulação de
outra despesa, nesse caso, excluídas as de pessoal e seus encargos, de serviço da dívida e de
transferências tributárias constitucionais.
Além de possível, tem ocorrido bastante a aprovação de emendas ao orçamento por meio
da utilização de recursos oriundos da Reserva de Contingência e/ou da reestimativa de receitas.
Falando em reestimativa de receitas, é importante destacar ainda que a sua revisão pode
ser feita a qualquer tempo durante a tramitação da LOA.
Aluno(a), já sabemos que as leis orçamentárias fixam o limite máximo que pode ser gasto
pela Administração Pública em cada dotação.
Entretanto, podem ocorrer, entretanto, omissões de ações necessárias, falhas na previsão
de gastos, fatos posteriores que exijam mudanças de prioridades, ou mesmo arrecadação
superior à prevista, que requeiram do Governo ações rápidas, tanto para adequar a fixação
da despesa a ações e valores que permitam a consecução dos objetivos e metas almejados,
quanto para dar destino às receitas públicas cuja arrecadação supere a previsão inicial.
Então guarde que as adequações das dotações orçamentárias constantes da lei orçamen-
tária anual são feitas por meio dos créditos adicionais.
Em outras palavras, são créditos adicionais as despesas não computadas ou insuficiente
dotadas na lei de orçamento.

Questão 12 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos governo, um dos


mecanismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orça-
mentária e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assun-
to, julgue o item subsequente.
Alterações orçamentárias, que se dividem em créditos adicionais e outras alterações orça-
mentárias, constituem formas de modificar a lei orçamentária originalmente aprovada, a fim
de adequá-la à real necessidade de execução.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Certo.
Realmente, as alterações orçamentárias, que se dividem em créditos adicionais e outras alte-
rações orçamentárias, são as formas de modificar a LOA aprovada para adequá-la à real ne-
cessidade de execução. Assim, enquanto os créditos adicionais são autorizações de despesa
não computadas ou insuficientemente dotadas na LOA, as outras alterações orçamentárias
são efetivadas por meio de anulações de dotações.

Os Créditos Adicionais classificam-se em suplementares, especiais e extraordinárias.

É importante ter em mente que as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos
projetos que o modifiquem (créditos adicionais) somente podem ser aprovadas caso:
• sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
• indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
– dotações para pessoal e seus encargos;
– serviço da dívida;
– transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e o Distrito
Federal; ou
• sejam relacionadas:
– com a correção de erros e omissões; ou
– com os dispositivos do texto do projeto de lei.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do mesmo e a classifi-
cação da despesa, até onde for possível.
Vamos agora conhecer as três espécies do gênero Crédito Adicional.

Créditos Suplementares e Especiais

Os créditos suplementares são destinados ao reforço de dotação orçamentária existente,


enquanto os créditos especiais são destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica.
Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto
executivo.
É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa
e sem indicação dos recursos correspondentes.
A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para acorrer à despesa e será precedida de exposição justificativa.
Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
• o superavit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior, entendido
com a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-
-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de crédito a
eles vinculadas;
• os provenientes de excesso de arrecadação, entendido como o saldo positivo das di-
ferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, conside-
rando-se, ainda, a tendência do exercício. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis,
provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos ex-
traordinários abertos no exercício;
• os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
• o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite
ao poder executivo realizá-las.

Os créditos adicionais terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

No caso dos créditos especiais e extraordinários, se o ato de autorização for promulgado

nos últimos quatro meses daquele exercício, serão reabertos nos limites de seus saldos, e in-

corporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

Créditos Extraordinários

Podemos conceituar os créditos extraordinários como sendo aqueles usados para des-

pesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de uma calamidade pública, de uma

eventual comoção interna ou até mesmo de uma guerra.

É importante saber que despesas imprevisíveis não são despesas imprevistas, já que no

caso das imprevistas elas, por uma falha humana, poderiam estar presentes na LOA, mas não

o foram, diferentemente daquelas decorrentes de calamidade pública, de comoção interna ou

de guerra, já que eventos como esses dificilmente seriam previstos de modo a que suas res-

pectivas despesas possam constar na LOA.

A ideia do legislador, ao permitir a adoção de créditos extraordinários para atender às des-

pesas urgentes e imprevisíveis, foi viabilizar os recursos sem a necessidade de sua indicação

prévia, como os demais créditos orçamentários.

Destaque ainda que a não obrigatoriedade da indicação do compensatória de cancela-

mento de créditos equivalentes em montante não contraria o princípio do equilíbrio orçamen-

tário, como disposto no artigo 62 da CF/1988, que autoriza a adoção das medidas provisó-

rias como instrumento a ser usado na abertura de créditos extraordinários, sendo aplicáveis,

nesse caso, além dos pressupostos de imprevisibilidade e urgência, também o de relevância.

Guarde, portanto, que a abertura de créditos extraordinários por meio de medidas provisó-

rias somente deve usado nas situações imprevisíveis, urgentes e relevantes.

É importante destacar que a lei de conversão não tem o condão de convalidar eventuais

vícios da respectiva medida provisória.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 60 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

A competência para verificar a imprevisibilidade ou não de um crédito orçamentário para o


fim de julgar a possibilidade ou não de ele constar como crédito extraordinário em medida
provisória é do Supremo Tribunal Federal (STF).

Questão 13 (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público é um instrumento de pla-


nejamento e de execução das finanças públicas. No Brasil, a iniciativa de propor as leis orçamen-
tárias é do chefe do Poder Executivo. Com referência a esse assunto, julgue o item que se segue.
Sendo necessária para combater os efeitos decorrentes de calamidade pública, uma despesa
pública que tenha sido realizada por meio de crédito adicional ao orçamento originalmente
aprovado será classificada como crédito adicional especial.

Errado.
Na verdade, são os créditos extraordinários que são abertos para despesas não previstas
decorrentes de calamidade pública, enquanto os créditos especiais servem novas despesas.

Guarde as principais características de cada modalidade de crédito adicional no desenho


a seguir:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 61 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

O STF firmou entendimento (ADI 408) de que termos como “Guerra”, “comoção interna”
e “calamidade pública” são situações extremas e graves, com consequências imprevisíveis
para a ordem pública e a paz social, requerendo a adoção de medidas urgentes e extraordiná-
rias. Seguindo essa premissa jurisprudencial, podemos afirmar que despesas correntes que
não estejam qualificadas pela imprevisibilidade ou pela urgência, não justificam a abertura de
créditos, sob pena de desvio dos referidos preceitos constitucionais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 62 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

RESUMO

Relembre, de forma resumida, como funciona o ciclo orçamentário:

Planejamento

Controle Elaboração

Execução

O Ciclo Orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se


planeja, elabora, discute, aprova, executa, controla e avalia a programação de gastos do setor
público tanto no aspecto físico quanto no aspecto financeiro. Veja o ciclo ampliado:
Ciclo / processo orçamentário

Discussão, votação Avaliação e


Elaboração Execução
e aprovação controle

1- 2 - Discussão,
Elaboração votação e
do PPA aprovação do PPA

8 - Avaliação
3- 4 - Discussão, 7 - Execução e controle
Elaboração votação e orçamentária da execução
da LDO aprovação da LDO orçamentária

5- 6 - Discussão,
Elaboração votação e
da LOA aprovação da LOA

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 63 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Lembre-se de que o ciclo orçamentário tem duração maior do que um ano (um exercício
financeiro), já que começa no ano anterior, com as fases de planejamento, elaboração, dis-
cussão e aprovação, e só termina depois do fim do exercício financeiro em que é executa, com
a sua avaliação e controle.

Último ano do
PPA 4 anos
PPA anterior

LDO LDO LDO LDO LDO


Anual Anual Anual Anual Anual

LOA LOA LOA LOA LOA


Anual Anual Anual Anual Anual

2o Ano 3o Ano 4o Ano 1o Ano


1o Ano
Mandato Atual Próximo Mandato

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 64 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Instrumentos de Planejamento
PLANO DE AÇÃO

INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO

PPA LDO LOA


Planejar Orientar Executar

Políticas públicas e programas de governo

No quadro a seguir, podemos ver a base legal do processo orçamentário brasileiro, com
destaque para a LRF e para Lei n. 4.320/1964.
Base Legal

Constituição Federal/Estadual

Lei Complementar de Finanças


LRF
Públicas/Lei n. 4.320/1964

PPA LDO LOA

PPA - Define as políticas públicas consubstanciadas nos


programas, com metas e indicadores, pelo período de 4 anos.

LDO – Estabelece as metas e prioridades da administração


pública para cada ano e orienta a elaboração do Orçamento.

LOA - Disciplina todos os programas e ações no exercício,


provendo recursos para a execução das ações necessárias ao
alcance das metas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 65 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

O embasamento legal das finanças públicas no Brasil, após o advento da LRF, pode ser
assim visualizado:

Constituição Federal

Lei Complementar de
LRF
Finanças Públicas

PPA LDO LOA

PPA

O PPA deve estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da


administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para
as relativas aos programas de duração continuada.
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro pode ser iniciado
sem prévia inclusão no PPA, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de respon-
sabilidade.
Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na CF/1988 devem ser
elaborados em consonância com o PPA e apreciados pelo Congresso Nacional.

LDO

A LDO deve compreender as metas e prioridades da administração pública federal, incluin-


do as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da
lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
A CF/1988 determina que a LDO considere as alterações na legislação tributária, mas a LDO
não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser feito por outras
leis. Também não existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas antes da LDO.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 66 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

A LRF atribuiu à LDO o papel de dispor sobre equilíbrio entre receita e despesa, critérios e
formas de limitação de empenho, condições para transferência de recursos.

LOA

A LOA, embora seja um única Lei e um único orçamento, compreende:


• o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público;
• o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
• o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vincu-
lados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos
e mantidos pelo Poder Público.

Guarde que os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com


o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, se-
gundo critério populacional.
O projeto de LOA deve ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre
as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
É vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos
fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir deficit de empresas, fundações
e fundos, inclusive daqueles que compõem os próprios orçamentos fiscal, de investimentos
das estatais e da seguridade social.
A LOA ou Orçamento Público é um documento que prevê as quantias de moeda que, num
período determinado (normalmente um ano), devem entrar e sair dos cofres públicos (receitas
e despesas públicas), com especificação de suas principais fontes de financiamento e das
categorias de despesas mais relevantes.
• É o Programa econômico-financeira do Estado, sendo o seu plano operacional detalha-
do de trabalho, materializando o PPA anualmente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 67 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

• É uma lei autorizativa, ou seja, não gera direitos subjetivos para os administrados.
• É rígido, em função da forte concentração de receitas vinculadas.
• Tem que ser compatível com o PPA e com a LDO.
• Pode-se dizer que é composto por três suborçamentos: fiscal, de Investimento e da
Seguridade Social (art. 165, § 5º, CF/1988).
• Atendendo ao Princípio da Unidade, temos uma só LOA para cada ente político em
cada exercício.
• Em regra, deve atender ao Princípio da exclusividade, devendo contemplar somente
duas matérias: previsão de receita e fixação de despesa orçamentária, entretanto, po-
derá conter matérias não relacionadas diretamente a orçamento público, de acordo
com o disposto no artigo 165, §  8º, da CF/1988, sendo um exceção à exclusividade,
nesse caso.
• Engloba três funções: alocativa, distributiva e estabilizadora.
• É lei ordinária especial (iniciativa única do Executivo e processo legislativo peculiar ou
especial, conf. art. 165, caput, e art. 166, CF/1988).
• Lei de Processo Legislativo Vinculado (prazos do art. 35 do ADCT).
• Para a União, deve ser aprovada em sessão conjunta e bicameral.
• É uma lei temporária, periódica e de efeitos concretos.
• É lei quanto à forma, mas não quanto à matéria (STF).
• Suas normas não podem apresentar abstração e generalidade.
• Quanto ao aspecto material é um ato condição.
• Deve ser regionalizado (art. 165, § 6º, CF/1988).

Créditos Adicionais

As adequações das dotações orçamentárias constantes da lei orçamentária anual são


feitas por meio dos créditos adicionais. Em outras palavras, são créditos adicionais as des-
pesas não computadas ou insuficiente dotadas na lei de orçamento.
Os Créditos Adicionais classificam-se em suplementares, especiais e extraordinárias. No
quadro a seguir, guarde as principais características de cada modalidade:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 68 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Espero que você tenha gostado desta aula e que me dê 5 estrelas na avaliação! Se não
gostou, registre onde podemos melhorar.
Como diria Thomas Edison: “Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração”.
Então vamos transpirar agora colocando em prática tudo que aprendemos! Vamos juntos
resolver 50 questões de provas de concursos anteriores!

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 69 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

MAPAS MENTAIS
Ciclo Orçamentário

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 70 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Instrumentos de Planejamento

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 71 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Créditos Orçamentários

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 72 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FUMARC/CM CONCEIÇÃO DO MD/ADVOGADO/2016) A respeito da ordem finan-
ceira constitucionais, especificamente no que tange aos créditos adicionais, é CORRETO afirmar:
a) A abertura de crédito suplementar, especial ou extraordinário, nunca ocorre sem prévia au-
torização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes.
b) Os créditos especiais e suplementares terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamen-
to do exercício financeiro subsequente.
c) Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes não poderão ser utilizados mediante créditos
especiais ou suplementares.
d) São espécies de créditos adicionais previstos na Constituição de 1988 os créditos suple-
mentares, os créditos especiais e os créditos extraordinários.

Questão 2 (FUMARC/CM DORES RP/CONTADOR/2016) Nos termos do artigo 41, da Lei n.


4.320/1964, os créditos adicionais classificam-se em:
I – Superavit financeiro.
II – Suplementares.
III – Especiais.
IV – Extraordinários.

As alternativas CORRETAS são:
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III e IV.
d) II, III e IV.

Questão 3 (FUMARC/TJM-MG/OFICIAL/2013) De acordo com a Constituição Federal/1988,


a Lei Orçamentária Anual (LOA) compreenderá, EXCETO o orçamento

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 73 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

a) fiscal.
b) de investimentos.
c) da seguridade social.
d) de custeio de despesas com pessoal.

Questão 4 (FUMARC/TJM-MG/OFICIAL/2012) Marque a única afirmativa que não está


compreendida na lei orçamentária anual.
a) o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, dete-
nha a maioria do capital social com direito a voto.
b) o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vincu-
lados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e
mantidos pelo Poder Público.
c) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da ad-
ministração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
d) orçamento financeiro das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto.

Questão 5 (FUMARC/PREF. SETE LAGOAS/CONTADOR/2014) De acordo com o disposto na


Lei n. 4.320/1964, são créditos adicionais as autorizações de despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento. Os créditos adicionais estão corretamente
classificados, EXCETO em:
a) Adiantamento: o numerário destinado a cobrir as dotações atribuídas às diversas unidades
orçamentárias.
b) Especiais: os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
c) Extraordinários: os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, co-
moção intestina ou calamidade pública.
d) Suplementares: os destinados a reforço de dotação orçamentária.

Questão 6 (IBFC/CGE-RN/TÉCNICO/2019) Tratando-se de matéria orçamentária, a Consti-


tuição veda expressamente:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 74 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

a) a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que se ajustem aos créditos


orçamentários ou adicionais.
b) a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes.
c) a instituição de fundos de qualquer natureza, ainda que mediante prévia autorização legislativa.
d) a concessão ou utilização de créditos limitados.

Questão 7 (IBFC/CGE-RN/ANALISTA/2019) Em relação as etapas do orçamento a público:


elaboração, acompanhamento e fiscalização, assinale a alternativa correta.
a) Caso não receba a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgâ-
nicas do Município, o Poder Executivo, considerará como proposta a Lei do Orçamento vigente.
b) Tabelas explicativas das estimativas de receita e despesa, especificação dos programas
especiais de trabalho e projeto de lei do orçamento compõem a proposta orçamentária que o
Poder Executivo encaminhará ao Legislativo.
c) O Poder Executivo publicará em até 30 dias após o encerramento de cada trimestre, relató-
rio resumido de execução orçamentária.
d) O controle da execução orçamentária compreenderá a ilegalidade dos atos que resultem
arrecadação ou a realização da despesa, a infidelidade funcional dos agentes da administra-
ção responsáveis por bens e valores públicos e, o descumprimento do controle de trabalho.

Questão 8 (IBFC/MGS/TÉCNICO/2019) Em relação à elaboração do orçamento, assinale a


alternativa incorreta.
a) No processo de planejamento de elaboração do orçamento há participação apenas dos
poderes Executivo e Legislativo.
b) Os Tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estabelecidos na
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
c) Compete, privativamente, ao Presidente da República enviar ao Congresso Nacional o plano
plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos
na Constituição.
d) O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 75 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Questão 9 (IBFC/CGE-RN/TÉCNICO/2019) Um determinado órgão público, não havendo


dotação orçamentária específica para o mês de setembro de 2018, procedeu à abertura de
um crédito adicional no valor de R$ 40.000,00, para aquisição de um carro. Nos termos da Lei
n. 4.320/1964, em relação aos créditos adicionais, trata-se de:
a) Créditos suplementares.
b) Créditos extraordinários.
c) Créditos especiais.
d) Créditos orçamentários.

Questão 10 (IBFC/IDAM/TÉCNICO/2019) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, art.  40, são


“créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente do-
tadas na Lei de Orçamento”. A esse respeito, assinale a alternativa correta.
a) Os créditos adicionais classificam-se em: suplementares, adicionais e extra adicionais.
b) Créditos adicionais suplementares, são os destinados a cobrir despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica.
c) Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por Lei e abertos por Decreto
Executivo.
d) Os créditos extra adicionais são os destinados a reforço de dotação orçamentária.

Questão 11 (IBFC/PREF. DIVINÓPOLIS/PROCURADOR/2018) No que concerne às diretrizes


orçamentárias, assinale a alternativa incorreta:
a) O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem como uma de suas finalidades es-
tabelecer as metas e prioridades para o exercício financeiro seguinte; orienta a elaboração do
Orçamento; dispõe sobre alteração na legislação tributária; estabelece a política de aplicação
das agências financeiras de fomento.
b) Com base na LDO aprovada pelo Legislativo, a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) ela-
bora a proposta orçamentária para o ano seguinte, em conjunto com os Ministérios e as uni-
dades orçamentárias dos Poderes Legislativo e Judiciário.
c) Por determinação constitucional, o governo é obrigado a encaminhar o Projeto de Lei do
Orçamento ao Congresso Nacional até 31 de novembro de cada ano.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 76 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

d) O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem como uma de suas finalidades es-
tabelecer a política de aplicação das agências financeiras de fomento.

Questão 12 (IBFC/SESACRE/CONTADOR/2019) A Constituição Federal de 1988, em seu arti-


go 165, aborda as Leis de Iniciativa do Poder Executivo e o que estas devem estabelecer. Em
relação ao que compreenderá a Lei Orçamentária Anual (LOA), segundo a mencionada legis-
lação, analise as afirmativas a seguir e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
(  )
 O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da ad-
ministração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
 (  ) O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vincu-
lados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos
e mantidos pelo Poder Público.
 (  ) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição Fe-
deral a serem elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo
Congresso Nacional.
 (  ) O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto.
a) V, F, V, F.
b) F, V, V, V.
c) F, F, F, V.
d) V, V, F, V.

Questão 13 (IBFC/CGE-RN/ANALISTA/2019) O ciclo de planejamento e orçamento público


brasileiro é composto por três instrumentos principais: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretri-
zes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentaria Anual (LOA). O artigo 165 da Constituição Fede-
ral/1988 normatiza esse assunto. Leia as alternativas a seguir e assinale a incorreta:
a) A lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e me-
tas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes
e para as relativas aos programas de duração continuada.
b) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 77 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

c) A LOA compreenderá: o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, o orçamento de


investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto e o orçamento da seguridade social.
d) O Presidente da República, os governadores dos Estados e do Distrito Federal, bem como
os prefeitos dos Municípios, poderão enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos, se a votação ainda não tiver sido iniciada.

Questão 14 (IBFC/CGE-RN/TÉCNICO/2019) De acordo com o Plano Plurianual (PPA), Lei de


Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA), assinale a alternativa incorreta.
a) O decreto lei que instituir o plano plurianual estabelecerá de forma regionalizada, as metas,
as diretrizes e objetivos da administração pública federal.
b) A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de investimentos
e o orçamento da seguridade social.
c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias disporá sobre as alterações na legislação tributária.
d) O plano plurianual terá vigência de quatro anos.

Questão 15 (IBFC/MGS/TÉCNICO/2019) Em relação à aprovação do orçamento, assinale a


alternativa correta.
a) A sessão legislativa será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes or-
çamentárias.
b) Em cada uma das casas do Poder Legislativo, a aprovação dos instrumentos de planeja-
mento e orçamento se dá por minoria simples.
c) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional,
na forma de regimento comum.
d) Após a aprovação dos projetos de lei, o próximo passo é o retorno para o Poder Legislativo
para que ele manifeste concordância, ou não, com o que foi aprovado no Poder Executivo.

Questão 16 (IBFC/PREF. DIVINÓPOLIS/PROCURADOR/2018) Assinale a alternativa que não


corresponde a uma etapa do processo orçamentário:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 78 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

a) publicação dos orçamentos parciais: segue a avaliação dos planos orçamentários para
ajustá-los a novos cenários organizacionais.
b) consolidação dos dados: ações de apuração dos dados coletados para avaliação das me-
tas e resultados orçamentários.
c) execução orçamentária: ações operacionais realizadas para viabilizar o cumprimento das
metas e objetivos orçamentários.
d) estabelecimento de premissas: consiste na fixação das prioridades essenciais para a ela-
boração das previsões orçamentárias.

Questão 17 (IBFC/CGE-RN/ANALISTA/2019) Ao que se refere aos créditos adicionais, es-


peciais, extraordinários e suplementares, analise as afirmativas a seguir e assinale a alter-
nativa correta.
I – São créditos suplementares as autorizações de despesas não computadas ou insufi-
cientemente dotadas na Lei de Orçamento.
II – São créditos especiais os destinados às despesas urgentes e imprevisíveis, como em
caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
III – Os créditos adicionais terão vigência no exercício financeiro em que forem abertos.
IV – Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles
dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

Marque:
a) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
c) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.

Questão 18 (IBFC/CM ARAQUARA/PROCURADOR/2017) No que diz respeito aos créditos


orçamentários adicionais, assinale a alternativa incorreta:
a) os créditos orçamentários adicionais suplementares se destinam ao reforço da dotação
orçamentária.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 79 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

b) os créditos orçamentários extraordinários, se destinam a despesas urgentes e imprevistas.


c) os créditos orçamentários adicionais especiais se destinam a despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica.
d) Os créditos suplementares e especiais devem ser autorizados por decreto executivo e aber-
tos mediante a edição de resolução específica.

Questão 19 (IBFC/TCM-RJ/TÉCNICO/2016) Quanto aos créditos suplementares é correto dizer:


a) São destinados a despesas para as quais não haja dotação específica.
b) São os destinados a despesas urgentes e imprevistas.
c) São créditos que necessitam de autorização legislativa, mas a indicação dos recursos
ocorrerá quando da abertura por Portaria do Executivo.
d) São os destinados a reforço de dotação orçamentária.

Questão 20 (IBFC/CM-FRANCA/CONTADOR/2016) Preencha as lacunas com a alterna-


tiva correta.
A lei do orçamento público declara que a abertura dos créditos_____________ e _______________
depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de
exposição justificativa.
a) Suplementares/especiais.
b) Suplementares/extraordinários.
c) Especiais/extraordinários.
d) Extraordinários/Ordinários.

Questão 21 (FUNDATEC/CRP-7/CONTADOR/2019) Imagine que o governo brasileiro declare


guerra a um país vizinho. Evidentemente que o confronto bélico requer realização de novas
despesas, e, para estas, pela sua imprevisibilidade, não constavam dotações na lei do orça-
mento anual. Como toda despesa só pode ser realizada mediante a utilização de crédito orça-
mentário (dotação orçamentária), como deve proceder o governo para realizar tais despesas?
a) Abrir créditos adicionais extraordinários por decreto para ulterior autorização legislativa.
b) Determinar a realização das despesas sem a utilização de crédito orçamentário.
c) Solicitar ao Poder Legislativo autorização para abertura de crédito adicional suplementar.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 80 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

d) Solicitar autorização para abertura de crédito adicional especial ao Poder Legislativo.


e) Recorrer a recursos financeiros internacionais até que obtenha crédito orçamentário.

Questão 22 (FUNDATEC/CRP-7/CONTADOR/2019) As autorizações de despesas não com-


putadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento são chamadas de créditos adi-
cionais, que se classificam em três espécies, dependendo de sua destinação. Aqueles desti-
nados a reforço de dotação orçamentária são denominados de:
a) Complementares.
b) Especiais.
c) Extraorçamentários.
d) Extraordinários.
e) Suplementares.

Questão 23 (FUNDATEC/SEPOG-RS/ANALISTA/2018) A Constituição Federal prevê que “a


lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração públi-
ca federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente” e deter-
mina que, entre outras providências, a referida Lei deve:
I – Orientar a elaboração da lei orçamentária anual.
II – Dispor sobre as alterações na legislação tributária.
III – Estabelecer a política salarial a ser aplicada em toda a Administração Direta e Indireta.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.

Questão 24 (FUNDATEC/SEPOG-RS/ANALISTA/2018) A Constituição Federal de 1988 foi


responsável por estabelecer as bases para a retomada de um processo amplo de planeja-
mento. Assinale a alternativa INCORRETA sobre essas bases.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 81 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

a) A apresentação do Plano Plurianual pode ser feita até o fim do segundo ano de mandato da
gestão de governo.
b) Adoção de um sistema de planejamento composto por planos e programas nacionais, re-
gionais e setoriais.
c) Consolidação do Plano Plurianual (PPA) de médio prazo.
d) Detalhamento feito anualmente através da Lei Orçamentária Anual (LOA).
e) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece as metas e prioridades para o exer-
cício financeiro.

Questão 25 (FUNDATEC/BRDE/ANALISTA/2015) Nas últimas décadas, a administração pú-


blica brasileira tem experimentado mudanças no processo de gestão. Uma impactante contri-
buição nessa mudança foi a do Plano Plurianual (PPA), conhecido como Avança Brasil, o qual
tinha em seu cerne um modelo de gestão por resultados, baseado em programas de governo.
Aliado à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o PPA introduziu melhorias no ciclo de gestão
do setor público brasileiro. Mais recentemente, com o Decreto n. 5.482/2005, o Governo Fe-
deral avançou em passos largos rumo à Governança Eletrônica, lançando mão do conceito
de “Transparência” para o Poder Executivo Federal. Com isso, seus órgãos passaram a ter
que cumprir a determinação de registrar seus gastos da forma mais explícita, transparente e
adequada às metas e ações estabelecidas pela Lei Orçamentária Anual (LOA). Essa evolução
do processo orçamentário tem sido essencial ao amadurecimento de princípios básicos à
gestão pública. Transparência, eficiência, eficácia e efetividade são conceitos que devem per-
meá-la para que possa funcionar cada vez melhor. Com base no texto, relacione a seguir cada
etapa que compõe o Ciclo Orçamentário, na Coluna 1, ao seu respectivo conceito, na Coluna 2.
Coluna 1

1) Elaboração da Proposta Orçamentária.


2) Aprovação Legislativa.
3) Programação e Execução Orçamentária.
4) Controle e Avaliação.
Coluna 2

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 82 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

 (  ) Consiste na análise da eficácia e da eficiência dos rumos seguidos. Proporciona ele-
mentos de juízo aos responsáveis pela gestão, permitindo adoção de medidas para
consecução dos objetivos, assegurando melhorias na correta aplicação dos recursos,
conforme aprovações previstas nas leis orçamentárias.
 (  ) Consiste na efetiva arrecadação das receitas e na realização das despesas que foram
autorizadas na Lei Orçamentária Anual (LOA).
 (  ) Etapa na qual o executivo encaminha a proposta ao Congresso Nacional para aprecia-
ção e avaliação, que, após recebê-la, põe em debate entre os parlamentares, podendo
decorrer na proposição de emendas. Posteriormente, essa proposta recebe o voto do
relator, a redação final e a proposição em plenário.
(  )
 No âmbito do Governo Federal, esta etapa é construída por meio do Sistema de Planeja-
mento e de Orçamento Federal, composto pelos órgãos setoriais (Ministérios) e pelo ór-
gão central (Ministério do Planejamento). É de competência do Poder Executivo, que deve
todo ano elaborar e encaminhar ao Poder Legislativo segundo os prazos estabelecidos.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 4 – 3 – 2 – 1.
b) 4 – 2 – 3 – 1.
c) 1 – 3 – 2 – 4.
d) 3 – 4 – 1 – 2.
e) 3 – 4 – 2 – 1.

Questão 26 (PUC-PR/TCE-MS/AUDITOR/2013) O ciclo orçamentário é composto pela se-


guinte sequência:
a) Elaboração; estudo e aprovação; execução; avaliação.
b) Estudo e aprovação; elaboração; execução; e avaliação.
c) Avaliação; Estudo e aprovação; elaboração; execução.
d) Estudo; elaboração; aprovação; execução e avaliação.
e) Avaliação; estudo; elaboração; aprovação; execução.

Questão 27 (FUNDATEC/SEFAZ-RS/AUDITOR/2009) O orçamento público pode ser enten-


dido, em seus aspectos genéricos, como um plano de governo para guiar as ações do Poder

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 83 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Público a curto e médio prazo. Fazem-se as afirmações seguintes sobre aspectos específicos
do orçamento público e sobre o ciclo orçamentário no Brasil. Assinale a única alternativa que
está incorreta.
a) A principal característica do orçamento-programa, que o distingue do orçamento tradicio-
nal, é a ênfase no objetivo do gasto, em vez da simples identificação das diferentes espécies
de gastos (categorias do dispêndio).
b) O ciclo orçamentário do Brasil, previsto na Constituição Federal, compreende leis de inicia-
tiva do poder executivo que abrangem um Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o
Orçamento Anual.
c) A Lei Orçamentária Anual compreende: a) o Orçamento Fiscal; b) Orçamento de Investi-
mento das empresas em que a União detenha a maioria do capital social com direito a voto;
c) o orçamento da seguridade social.
d) O orçamento com base zero se caracteriza por exigir, na elaboração de cada proposta or-
çamentária, que os órgãos do governo justifiquem a totalidade de seus gastos.
e) O Plano Plurianual é lei que define as prioridades do executivo para o ano seguinte ao de
sua aprovação, e que devem ser observadas na elaboração da lei Orçamentária Anual.

Questão 28 (FUNDATEC/CAGE-RS/AUDITOR/2014) O processo de elaboração do orçamento


público, no Brasil, segue um ciclo de eventos previstos na Constituição Federal. A lei orça-
mentária também segue princípios, alguns previstos na Constituição Federal, outros em leis,
que orientam as práticas relacionadas ao orçamento.
Avalie as afirmações seguintes sobre este tema:
I – O princípio da não vinculação das receitas dispõe que o conjunto das receitas públicas
deve financiar o conjunto das despesas públicas.
II – O plano plurianual (PPA) estabelece os projetos e os programas de longa duração do
governo, definindo objetivos e metas da ação pública para um período de dois anos.
III – A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) estima as receitas que o governo espera arre-
cadar durante o ano e fixa os gastos a serem realizados com tais recursos.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 84 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

Questão 29 (VUNESP/CM-SJC/ANALISTA-CONTADOR/2019) A execução orçamentária é a


fase do ciclo orçamentário em que se executa(m)
a) a consolidação das propostas orçamentárias, considerando as emendas realizadas pe-
los Poderes.
b) a proposta contábil-gerencial, considerando a previsão de arrecadação de receitas e a pro-
gramação de despesas.
c) os programas contemplados no planejamento, mediante ações que possibilitam atingir
diretrizes, objetivos e metas estabelecidos.
d) a revisão e a alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei Orçamentária (LOA) e
de outros planos.
e) as várias etapas do orçamento que dependem de auxílio e autorização do Tribunal de Contas.

Questão 30 (VUNESP/CRBIO01/ADVOGADO/2017) De acordo com Lei Federal n. 4.320/1964,


os créditos adicionais, quando destinados a despesas para as quais não haja dotação orça-
mentária específica, classificam-se em
a) especiais.
b) suplementares.
c) complementares.
d) extraordinários.
e) excepcionais.

Questão 31 (VUNESP/CM MOGI DAS CRUZES/PROCURADOR/2017) Segundo o princípio da


não vinculação ou não afetação das receitas é
a) vedada, dentre outras hipóteses constitucionalmente previstas, a vinculação de receita de
impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos
impostos especificados na Constituição Federal do Brasil.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 85 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

b) permitido a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma catego-


ria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa.
c) permitida a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive
por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financei-
ras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
d) vedada, dentre outras hipóteses previstas na Constituição Federal do Brasil, a vinculação
de receitas próprias geradas pelos impostos para a prestação de garantia ou contra garantia
aos Estados e para pagamento de débitos para com estes.
e) permitida a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa
anterior à instituição dos respectivos fundos.

Questão 32 (VUNESP/PREFEITURA-SP/AUDITOR/2015) Com base nos princípios orçamen-


tários, temos que o orçamento
a) deve ser elaborado e autorizado para um determinado período de tempo, geralmente
um ano.
b) deve ter itens de receita reservados para atender a certos gastos.
c) deve ter discriminada apenas a aplicação dos recursos.
d) não pode serúnico, dada a complexidade das finanças públicas.
e) deve conter a grande maioria das receitas e despesas do Estado.

Questão 33 (VUNESP/PREFEITURA DE SP/AUDITOR-CI/2015) De acordo com a Lei n. 4.320,


de 1964, não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem
a) conceder dotação para instalação de serviço anteriormente criado.
b) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, mesmo quando provada, nesse ponto
a inexatidão da proposta.
c) conceder dotação para funcionamento de serviço anteriormente criado.
d) conceder dotação para o início de obra, ainda que o projeto esteja aprovado pelos ór-
gãos competentes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 86 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

e) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder


Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.

Questão 34 (VUNESP/PREFEITURA POÁ/PROCURADOR/2014) Complete a lacuna:


______________________ compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública muni-
cipal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que orientará
a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de fomento. Nos termos da Lei Orgânica do Município de Poá, comple-
ta corretamente a lacuna a expressão
a) O Plano Diretor.
b) O Plano Regional.
c) A lei geral do orçamento.
d) A lei do Plano Plurianual.
e) A lei de diretrizes orçamentárias.

Questão 35 (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) A abertura de Créditos Adicionais possibili-


ta a(o)
a) indicação de novas receitas.
b) limitação de despesas.
c) equilíbrio de caixa.
d) reequilíbrio fiscal.
e) alteração do orçamento.

Questão 36 (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) As disposições sobre as alterações na legis-


lação tributária e o estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras oficiais
de fomento serão estabelecidas pela lei de
a) planejamento tributário.
b) responsabilidade fiscal.
c) controle orçamentário e fiscal.
d) diretrizes orçamentárias.
e) financiamento e tributação anual.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 87 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Questão 37 (VUNESP/PREFEITURA POÁ/PROCURADOR/2014) Classificam-se como crédi-


tos adicionais extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública. Referidos créditos serão abertos, de acordo
com a Lei n. 4.320/1964, por
a) Resolução do Senado Federal.
b) Decreto Legislativo do Congresso Nacional.
c) Decreto do Poder Executivo.
d) Medida Provisória do Presidente da República.
e) Lei Delegada do Poder Legislativo.

Questão 38 (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) No Brasil, o  exercício financeiro abrange o


período de
a) 01 de Janeiro a 31 de Dezembro.
b) 01 de Janeiro a 30 de Dezembro.
c) 02 de Janeiro a 31 de Dezembro.
d) 02 de Janeiro a 30 de Dezembro.
e) 01 de Janeiro a 15 de Dezembro.

Questão 39 (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, o quadro


discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação integrará a(o)
a) programa anual de trabalho do governo, em termos de realização de obras e de prestação
de serviços.
b) plano de aplicação dos fundos especiais.
c) lei do orçamento.
d) sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do governo.
e) sumário das dotações por órgãos do governo e da administração.

Questão 40 (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2013) As autorizações de despesa não computa-


das ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento – as quais são classificadas em su-
plementares, especiais e extraordinárias – são consideradas
a) ajustes de caixa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 88 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

b) complementos de caixa.
c) débitos adicionais.
d) créditos adicionais.
e) orçamentos complementares.

Questão 41 (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2013) São créditos adicionais, nos termos da lei


que disciplina a matéria, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei do Orçamento. Os créditos adicionais destinados a reforço de dotação orça-
mentária são denominados
a) especiais.
b) excepcionais.
c) suplementares.
d) extraordinários.
e) complementares.

Questão 42 (VUNESP/PROCON-SP/ANALISTA/2013) A lei de diretrizes orçamentárias


a) compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despe-
sas de capital para o exercício financeiro subsequente.
b) estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração públi-
ca federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como para as relativas
aos programas de duração continuada.
c) disciplina, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro, incen-
tiva os reinvestimentos e regula a remessa de lucros.
d) compreende o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
e) estabelece normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta,
bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

Questão 43 (VUNESP/PREFEITURA SJC/ANALISTA/2012) A Lei de Diretrizes Orçamentárias


tem iniciativa de competência do

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 89 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

a) Poder Executivo.
b) Poder Legislativo.
c) Ministro da Fazenda.
d) Ministro da Economia.
e) Presidente do Banco Central.

Questão 44 (VUNESP/PREFEITURA SJC/ANALISTA/2012) A proposta da Lei Orçamentária


Anual (LOA) compreende os três tipos distintos de orçamentos da União: o Orçamento fiscal,
o Orçamento de investimento e o
a) Orçamento da seguridade social.
b) Orçamento da previdência social.
c) Orçamento das despesas das empresas estatais.
d) Orçamento das receitas das empresas estatais.
e) Orçamento dos investimentos das secretarias municipais.

Questão 45 (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2008) Os créditos adicionais que independem de


prévia autorização em lei especial e têm a finalidade de atender às comoções internas, e po-
dem ser abertos por decreto ou medida provisória, referem-se aos créditos
a) corporativos.
b) extraorçamentários.
c) suplementares.
d) extraordinários.
e) especiais.

Questão 46 (FUNRIO/INSS/ADMINISTRADOR/2013) De acordo com fluxograma do Ciclo Or-


çamentário a seguir:
Formulação e apresentação do PPA pelo Executivo > Apreciação e adequação do PPA pelo
Legislativo > __________________________ > Apreciação e adequação da LDO pelo Legislati-
vo > Elaboração e apresentação da LOA pelo Executivo > ________________________________ >
______________________> _______________________.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 90 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Assinale a resposta que melhor corresponde às atividades que estão faltando.


a) Apresentação da LDO com as metas pelo Executivo, Apreciação e adequação da LOA pelo
Legislativo, Execução do orçamento aprovado pelo Legislativo, Controle pela avaliação da
execução e controle de contas.
b) Apresentação da LDO com as metas pelo Executivo, Execução do orçamento aprovado pelo
Legislativo, Controle pela avaliação da execução e controle de contas, Avaliação e correção do
orçamento pelo Legislativo.
c) Apresentação da LDO com as metas pelo Executivo, Execução do orçamento aprovado pelo
Legislativo, Controle pela avaliação da execução e controle de contas, Avaliação e correção
do orçamento pelo Executivo.
d) Apresentação da LDO com as metas pelo Executivo, Apreciação e adequação da LOA pelo
Executivo, Execução do orçamento aprovado pelo Legislativo, Controle pela avaliação da exe-
cução e controle de contas.
e) Apresentação da LDO com as metas pelo Executivo, Execução do orçamento aprovado pelo
Legislativo, Controle e avaliação da execução e controle de contas, Correção e encaminha-
mento para apreciação do Legislativo.

Questão 47 (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR/2017) Com base nos conceitos e nas normas a


respeito de orçamento público no Brasil, julgue o próximo item.
O Poder Judiciário, por ser independente e dispor de iniciativa em matéria orçamentária, tem
ciclo orçamentário autônomo e exclusivo.

Questão 48 (FCC/SEAD-AP/ANALISTA/2018) De acordo com a Constituição Federal de 1988,


os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do Projeto de Lei Orçamentária
Anual, ficarem sem despesas correspondentes
a) deverão compor o superavit financeiro do ano a que se refere a Lei Orçamentária Anual.
b) poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais, com prévia e especí-
fica autorização legislativa.
c) poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos suplementares, sem a necessi-
dade de prévia e específica autorização legislativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 91 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

d) poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos extraordinários, sem a neces-
sidade de prévia e específica autorização legislativa.
e) deverão compor as despesas relacionadas às ações e serviços públicos de saúde, sem a
necessidade de prévia e específica autorização legislativa.

Questão 49 (FCC/TRT-6/TÉCNICO/2018) De acordo com o disposto na Constituição Federal,


a Lei de Diretrizes Orçamentárias deve contemplar:
I – as metas e prioridades da Administração para o exercício subsequente.
II – a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
III – demonstrativo dos efeitos de anistias, isenções e outros atos de renúncia fiscal.

Está correto o que se afirma APENAS


a) I e II.
b) I.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.

Questão 50 (FCC/TRT-6/ANALISTA/2018) Suponha que o Chefe do Executivo do Estado tenha


decidido contemplar determinada carreira de servidores com a concessão de benefícios pecu-
niários, encaminhando ao Poder Legislativo projeto de lei nesse sentido. Ocorre que, estando
no meio do exercício financeiro, constatou-se a insuficiência das dotações orçamentárias cor-
respondentes para suportar a majoração de gastos. Diante de tal cenário, a solução para via-
bilizar, do ponto de vista orçamentário, a concessão e pagamento dos benefícios consiste em
a) abertura de crédito adicional especial, independente de autorização legislativa, desde que
fundado em excesso de arrecadação.
b) remanejamento de outras dotações de custeio ou de capital, mediante decreto.
c) abertura de crédito adicional extraordinário, mediante cancelamento de outras dotações
de custeio.
d) utilização de restos a pagar, desde que ainda não processados, mediante ato próprio.
e) abertura de crédito adicional suplementar, necessitando de autorização legislativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 92 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

GABARITO
1. d 18. d 35. e
2. d 19. d 36. d
3. d 20. a 37. c
4. d 21. a 38. a
5. a 22. e 39. c
6. b 23. d 40. d
7. b 24. a 41. c
8. a 25. a 42. a
9. c 26. a 43. a
10. c 27. e 44. a
11. c 28. a 45. d
12. d 29. c 46. a
13. d 30. a 47. E
14. a 31. a 48. b
15. c 32. a 49. a
16. a 33. e 50. e
17. a 34. e

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 93 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FUMARC/CM CONCEIÇÃO DO MD/ADVOGADO/2016) A respeito da ordem finan-
ceira constitucionais, especificamente no que tange aos créditos adicionais, é CORRETO afirmar:
a) A abertura de crédito suplementar, especial ou extraordinário, nunca ocorre sem prévia au-
torização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes.
b) Os créditos especiais e suplementares terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamen-
to do exercício financeiro subsequente.
c) Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes não poderão ser utilizados mediante créditos
especiais ou suplementares.
d) São espécies de créditos adicionais previstos na Constituição de 1988 os créditos suple-
mentares, os créditos especiais e os créditos extraordinários.

Letra d.
Os créditos adicionais estão previstos em nossa CF/1988 no artigo 166, caput. Confira:

‘Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento


anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum’.

De acordo com a Lei n. 4.320/1964, são três as espécies de créditos adicionais, quais sejam:
suplementares, especiais e extraordinários. Confira:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, como-
ção intestina ou calamidade pública’.

Vamos apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. A abertura dos créditos suplementares ou especiais não ocorrerá sem a devida auto-
rização legislativa, mas a abertura do crédito extraordinário não exige autorização legislativa.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 94 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

b) Errada. Os créditos especiais e extraordinários (e não os suplementares) terão vigência no


exercício financeiro em que forem autorizados, com as devidas ressalvas da CF/1988. Confira:

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exer-
cício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente.

c) Errada. Podem sim ser utilizados por expressa previsão do artigo 166, § 8º, da CF/1988.
Confira, com grifos nossos:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento


anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Questão 2 (FUMARC/CM DORES RP/CONTADOR/2016) Nos termos do artigo 41, da Lei n.


4.320/1964, os créditos adicionais classificam-se em:
I – Superavit financeiro.
II – Suplementares.
III – Especiais.
IV – Extraordinários.

As alternativas CORRETAS são:
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III e IV.
d) II, III e IV.

Letra d.
De acordo com a Lei n. 4.320/1964, são três as espécies de créditos adicionais, quais sejam:
suplementares, especiais e extraordinários. Confira:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 95 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, como-
ção intestina ou calamidade pública.

O Superavit Financeiro, uma das fontes de recursos para a abertura dos créditos suplemen-
tares e especiais.

Questão 3 (FUMARC/TJM-MG/OFICIAL/2013) De acordo com a Constituição Federal/1988,


a Lei Orçamentária Anual (LOA) compreenderá, EXCETO o orçamento
a) fiscal.
b) de investimentos.
c) da seguridade social.
d) de custeio de despesas com pessoal.

Letra d.
Resposta na literalidade da CF/1988. Confira com grifos nossos:

Art. 165 § 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.

Questão 4 (FUMARC/TJM-MG/OFICIAL/2012) Marque a única afirmativa que não está


compreendida na lei orçamentária anual.
a) o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, dete-
nha a maioria do capital social com direito a voto.
b) o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vincu-
lados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e
mantidos pelo Poder Público.
c) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da ad-
ministração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 96 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

d) orçamento financeiro das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a


maioria do capital social com direito a voto.

Letra d.
Resposta na literalidade da CF/1988. Confira com grifos nossos:

Art. 165, § 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.

Note que a LOA não compreende o “orçamento financeiro”.

Questão 5 (FUMARC/PREF. SETE LAGOAS/CONTADOR/2014) De acordo com o disposto na


Lei n. 4.320/1964, são créditos adicionais as autorizações de despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento. Os créditos adicionais estão corretamente
classificados, EXCETO em:
a) Adiantamento: o numerário destinado a cobrir as dotações atribuídas às diversas unidades
orçamentárias.
b) Especiais: os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
c) Extraordinários: os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, co-
moção intestina ou calamidade pública.
d) Suplementares: os destinados a reforço de dotação orçamentária.

Letra a.
De acordo com a Lei n. 4.320/1964, são três as espécies de créditos adicionais, quais sejam:
suplementares, especiais e extraordinários. Confira:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 97 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, como-


ção intestina ou calamidade pública.

Não existe esta modalidade de crédito adicional denominado Adiantamento.

Questão 6 (IBFC/CGE-RN/TÉCNICO/2019) Tratando-se de matéria orçamentária, a Consti-


tuição veda expressamente:
a) a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que se ajustem aos créditos
orçamentários ou adicionais.
b) a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes.
c) a instituição de fundos de qualquer natureza, ainda que mediante prévia autorização legislativa.
d) a concessão ou utilização de créditos limitados.

Letra b.
A letra “b” é a correta e é uma das vedações prevista na CF/1988. Confira, com grifos nossos:

Art. 167. São vedados:


(...)
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indica-
ção dos recursos correspondentes;

Questão 7 (IBFC/CGE-RN/ANALISTA/2019) Em relação as etapas do orçamento a público:


elaboração, acompanhamento e fiscalização, assinale a alternativa correta.
a) Caso não receba a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgâ-
nicas do Município, o Poder Executivo, considerará como proposta a Lei do Orçamento vigente.
b) Tabelas explicativas das estimativas de receita e despesa, especificação dos programas
especiais de trabalho e projeto de lei do orçamento compõem a proposta orçamentária que o
Poder Executivo encaminhará ao Legislativo.
c) O Poder Executivo publicará em até 30 dias após o encerramento de cada trimestre, relató-
rio resumido de execução orçamentária.
d) O controle da execução orçamentária compreenderá a ilegalidade dos atos que resultem
arrecadação ou a realização da despesa, a infidelidade funcional dos agentes da administra-
ção responsáveis por bens e valores públicos e, o descumprimento do controle de trabalho.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 98 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Letra b.
Exatamente como previsto no art. 22 da Lei n. 4.320/1964. Confira, com grifos nossos:

Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos pra-
zos estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, compor-se-á:
I – Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação econômico-financeira, docu-
mentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a
pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da política econômica
financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento
de capital;
II – Projeto de Lei de Orçamento;
III  – Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em
colunas distintas e para fins de comparação:
a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se elaborou a proposta;
b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta; c) A receita prevista para o
exercício a que se refere a proposta;
d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior;
e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e
f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta. IV – Especificação dos programas
especiais de trabalho custeados por dotações globais, em termos de metas visadas, decompostas
em estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação
econômica, financeira, social e administrativa.
Parágrafo único. Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, descrição
sucinta de suas principais finalidades, com indicação da respectiva legislação.

Questão 8 (IBFC/MGS/TÉCNICO/2019) Em relação à elaboração do orçamento, assinale a


alternativa incorreta.
a) No processo de planejamento de elaboração do orçamento há participação apenas dos
poderes Executivo e Legislativo.
b) Os Tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estabelecidos na
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
c) Compete, privativamente, ao Presidente da República enviar ao Congresso Nacional o plano
plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos
na Constituição.
d) O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 99 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Letra a.
Na verdade, o Poder Judiciário e o MP também participam do processo de planejamento de
elaboração do orçamento como disposto na CF/1988:

Art. 99, § 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
Art. 127, § 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabe-
lecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

Questão 9 (IBFC/CGE-RN/TÉCNICO/2019) Um determinado órgão público, não havendo


dotação orçamentária específica para o mês de setembro de 2018, procedeu à abertura de
um crédito adicional no valor de R$ 40.000,00, para aquisição de um carro. Nos termos da Lei
n. 4.320/1964, em relação aos créditos adicionais, trata-se de:
a) Créditos suplementares.
b) Créditos extraordinários.
c) Créditos especiais.
d) Créditos orçamentários.

Letra c.
Note que como não havia dotação orçamentária específica para o mês de setembro de 2018,
trata-se de uma nova despesa e, portanto, deve ser aberto um crédito especial.

Questão 10 (IBFC/IDAM/TÉCNICO/2019) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, art.  40, são


“créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente do-
tadas na Lei de Orçamento”. A esse respeito, assinale a alternativa correta.
a) Os créditos adicionais classificam-se em: suplementares, adicionais e extra adicionais.
b) Créditos adicionais suplementares, são os destinados a cobrir despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica.
c) Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por Lei e abertos por Decreto
Executivo.
d) Os créditos extra adicionais são os destinados a reforço de dotação orçamentária.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 100 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Letra c.
Veja o disposto na Lei n. 4.320/1964:

Art.  42. Os  créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto
executivo.

Questão 11 (IBFC/PREF. DIVINÓPOLIS/PROCURADOR/2018) No que concerne às diretrizes


orçamentárias, assinale a alternativa incorreta:
a) O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem como uma de suas finalidades es-
tabelecer as metas e prioridades para o exercício financeiro seguinte; orienta a elaboração do
Orçamento; dispõe sobre alteração na legislação tributária; estabelece a política de aplicação
das agências financeiras de fomento.
b) Com base na LDO aprovada pelo Legislativo, a Secretaria de Orçamento Federal (SOF) ela-
bora a proposta orçamentária para o ano seguinte, em conjunto com os Ministérios e as uni-
dades orçamentárias dos Poderes Legislativo e Judiciário.
c) Por determinação constitucional, o governo é obrigado a encaminhar o Projeto de Lei do
Orçamento ao Congresso Nacional até 31 de novembro de cada ano.
d) O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem como uma de suas finalidades es-
tabelecer a política de aplicação das agências financeiras de fomento.

Letra c.
Todas estão corretas, com exceção da letra C. O erro da letra C foi dizer que o PLOA deve ser
encaminhado até 31 de novembro. Primeiro, o  dia 31 de novembro nem existe e segundo,
o PLOA deve ser encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício finan-
ceiro (31/08), Conforme ADCT da Constituição Federal:

Art. 35.
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerra-
mento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

Questão 12 (IBFC/SESACRE/CONTADOR/2019) A Constituição Federal de 1988, em seu arti-


go 165, aborda as Leis de Iniciativa do Poder Executivo e o que estas devem estabelecer. Em
relação ao que compreenderá a Lei Orçamentária Anual (LOA), segundo a mencionada legis-
lação, analise as afirmativas a seguir e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 101 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

(  ) O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público.
 (  ) O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vincu-
lados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos
e mantidos pelo Poder Público.
 (  ) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição Fe-
deral a serem elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo
Congresso Nacional.
 (  ) O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto.
a) V, F, V, F.
b) F, V, V, V.
c) F, F, F, V.
d) V, V, F, V.

Letra d.
Vamos avaliar cada um dos itens e marcar a alternativa correspondente.
(V) Pela literalidade da CF/1988 nos termos do seu artigo 165, I, temos “ o orçamento fiscal
referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público”;
(V) Pela literalidade da CF/1988 nos termos do seu artigo 165, III, temos “III – o orçamento da
seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração
direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público”.
(F) Na verdade, embora esteja de acordo com o § 4º do artigo 165 da CF/1988 que nos diz que
“Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional”,
não temos referência à LOA, conforme o comando da questão exige.
(V) Pela literalidade da CF/1988 nos termos do seu artigo 165, II, temos “II – o orçamento de
investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto”.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 102 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Questão 13 (IBFC/CGE-RN/ANALISTA/2019) O ciclo de planejamento e orçamento público


brasileiro é composto por três instrumentos principais: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretri-
zes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentaria Anual (LOA). O artigo 165 da Constituição Fede-
ral/1988 normatiza esse assunto. Leia as alternativas a seguir e assinale a incorreta:
a) A lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e me-
tas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes
e para as relativas aos programas de duração continuada.
b) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão
elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
c) A LOA compreenderá: o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, o orçamento de
investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto e o orçamento da seguridade social.
d) O Presidente da República, os governadores dos Estados e do Distrito Federal, bem como
os prefeitos dos Municípios, poderão enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos, se a votação ainda não tiver sido iniciada.

Letra d.
A errada é a letra “d”, já que quando Chefes do Poder Executivo Estadual e Municipal en-
viam mensagens para o Legislativo Federal (Congresso Nacional), existe violação do prin-
cípio federativo, pois é invasão da competência de um ente federado em outro. Além disso,
a CF/1988 só se refere ao Presidente da República, não a Governadores e Prefeitos. Confira
com grifos nossos:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento


anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
(...)
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor mo-
dificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta.

Questão 14 (IBFC/CGE-RN/TÉCNICO/2019) De acordo com o Plano Plurianual (PPA), Lei de


Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA), assinale a alternativa incorreta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 103 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

a) O decreto lei que instituir o plano plurianual estabelecerá de forma regionalizada, as metas,
as diretrizes e objetivos da administração pública federal.
b) A Lei Orçamentária Anual compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de investimentos
e o orçamento da seguridade social.
c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias disporá sobre as alterações na legislação tributária.
d) O plano plurianual terá vigência de quatro anos.

Letra a.
A errada é a letra “a”, já que o PPA é uma lei e não um decreto. Confira, com grifos nossos:

Art. 165, § 1º A LEI que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretri-
zes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

Questão 15 (IBFC/MGS/TÉCNICO/2019) Em relação à aprovação do orçamento, assinale a


alternativa correta.
a) A sessão legislativa será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes or-
çamentárias.
b) Em cada uma das casas do Poder Legislativo, a aprovação dos instrumentos de planeja-
mento e orçamento se dá por minoria simples.
c) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional,
na forma de regimento comum.
d) Após a aprovação dos projetos de lei, o próximo passo é o retorno para o Poder Legislativo
para que ele manifeste concordância, ou não, com o que foi aprovado no Poder Executivo.

Letra c.
Confira diretamente na literalidade da CF/1988, com grifos nossos:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento


anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na for-
ma do regimento comum.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 104 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Questão 16 (IBFC/PREF. DIVINÓPOLIS/PROCURADOR/2018) Assinale a alternativa que não


corresponde a uma etapa do processo orçamentário:
a) publicação dos orçamentos parciais: segue a avaliação dos planos orçamentários para
ajustá-los a novos cenários organizacionais.
b) consolidação dos dados: ações de apuração dos dados coletados para avaliação das me-
tas e resultados orçamentários.
c) execução orçamentária: ações operacionais realizadas para viabilizar o cumprimento das
metas e objetivos orçamentários.
d) estabelecimento de premissas: consiste na fixação das prioridades essenciais para a ela-
boração das previsões orçamentárias.

Letra a.
A doutrina enumera como etapas do processo orçamentário as seguintes:
• 1ª Etapa – Planejamento do processo orçamentário
• 2ª Etapa – Estabelecimento de premissas
• 3ª Etapa – Coleta de dados
• 4ª Etapa – Consolidação dos dados
• 5ª Etapa – Execução orçamentária
• 6ª Etapa – Revisão orçamentária
• 7ª Etapa – Orçamentos parciais
Assim, note que apenas a “publicação de orçamentos parciais” não consta na lista apresen-
tada, sendo, portanto, a alternativa errada.

Questão 17 (IBFC/CGE-RN/ANALISTA/2019) Ao que se refere aos créditos adicionais, es-


peciais, extraordinários e suplementares, analise as afirmativas a seguir e assinale a alter-
nativa correta.
I – São créditos suplementares as autorizações de despesas não computadas ou insufi-
cientemente dotadas na Lei de Orçamento.
II – São créditos especiais os destinados às despesas urgentes e imprevisíveis, como em
caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 105 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

III – Os créditos adicionais terão vigência no exercício financeiro em que forem abertos.
IV – Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles
dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

Marque:
a) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
c) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.

Letra a.
As duas primeiras estão erradas. Na primeira assertiva temos o conceito de CRÉDITO ADI-
CIONAIS gênero, e não de créditos suplementares, que são espécie de créditos adicionais. Na
segunda, a assertiva conceituou os créditos extraordinários, aqueles destinados a despesas
urgentes e imprevisíveis e não os créditos especiais.

Questão 18 (IBFC/CM ARAQUARA/PROCURADOR/2017) No que diz respeito aos créditos


orçamentários adicionais, assinale a alternativa incorreta:
a) os créditos orçamentários adicionais suplementares se destinam ao reforço da dotação
orçamentária.
b) os créditos orçamentários extraordinários, se destinam a despesas urgentes e imprevistas.
c) os créditos orçamentários adicionais especiais se destinam a despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica.
d) Os créditos suplementares e especiais devem ser autorizados por decreto executivo e aber-
tos mediante a edição de resolução específica.

Letra d.
Com exceção da “d”, todas estão corretas. Na verdade, guarde que os créditos suplementares
e especiais são autorizados por Lei e abertos por decreto do Poder Executivo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 106 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Questão 19 (IBFC/TCM-RJ/TÉCNICO/2016) Quanto aos créditos suplementares é correto dizer:


a) São destinados a despesas para as quais não haja dotação específica.
b) São os destinados a despesas urgentes e imprevistas.
c) São créditos que necessitam de autorização legislativa, mas a indicação dos recursos
ocorrerá quando da abertura por Portaria do Executivo.
d) São os destinados a reforço de dotação orçamentária.

Letra d.
Tendo em mente a tabela a seguir, fica fácil responder essa questão e maioria das questões
sobre créditos adicionais.

Questão 20 (IBFC/CM-FRANCA/CONTADOR/2016) Preencha as lacunas com a alterna-


tiva correta.
A lei do orçamento público declara que a abertura dos créditos_____________ e _______________
depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de
exposição justificativa.
a) Suplementares/especiais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 107 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

b) Suplementares/extraordinários.
c) Especiais/extraordinários.
d) Extraordinários/Ordinários.

Letra a.
Na verdade, guarde que diferentemente dos créditos suplementares e especiais que depen-
dem da existência de fonte de recursos e autorização prévia, os créditos extraordinários, ten-
do em vista sua urgência e imprevisão, são abertos por Decreto do Poder Executivo e somente
depois disso informados ao Poder Legislativo.

Questão 21 (FUNDATEC/CRP-7/CONTADOR/2019) Imagine que o governo brasileiro declare


guerra a um país vizinho. Evidentemente que o confronto bélico requer realização de novas
despesas, e, para estas, pela sua imprevisibilidade, não constavam dotações na lei do orça-
mento anual. Como toda despesa só pode ser realizada mediante a utilização de crédito orça-
mentário (dotação orçamentária), como deve proceder o governo para realizar tais despesas?
a) Abrir créditos adicionais extraordinários por decreto para ulterior autorização legislativa.
b) Determinar a realização das despesas sem a utilização de crédito orçamentário.
c) Solicitar ao Poder Legislativo autorização para abertura de crédito adicional suplementar.
d) Solicitar autorização para abertura de crédito adicional especial ao Poder Legislativo.
e) Recorrer a recursos financeiros internacionais até que obtenha crédito orçamentário.

Letra a.
Tenha em mente que os créditos extraordinários são aqueles destinados a despesas urgentes
e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.

Questão 22 (FUNDATEC/CRP-7/CONTADOR/2019) As autorizações de despesas não com-


putadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento são chamadas de créditos adi-
cionais, que se classificam em três espécies, dependendo de sua destinação. Aqueles desti-
nados a reforço de dotação orçamentária são denominados de:
a) Complementares.
b) Especiais.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 108 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

c) Extraorçamentários.
d) Extraordinários.
e) Suplementares.

Letra e.
Os créditos suplementares são abertos para reforço de dotação orçamentária.

Questão 23 (FUNDATEC/SEPOG-RS/ANALISTA/2018) A Constituição Federal prevê que “a


lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração públi-
ca federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente” e deter-
mina que, entre outras providências, a referida Lei deve:
I – Orientar a elaboração da lei orçamentária anual.
II – Dispor sobre as alterações na legislação tributária.
III – Estabelecer a política salarial a ser aplicada em toda a Administração Direta e Indireta.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.

Letra d.
Os itens I e II são verdadeiros pois são as funções da LDO, previstas no art. 165, § 2º, da Cons-
tituição Federal. Confira com grifos e anotações nossas:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-


blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual (I), disporá sobre as alterações na legislação tributária (II) e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

O item III é falso, já que função da LDO não é prevista na CF/1988 e nem na legislação infra-
constitucional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 109 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Questão 24 (FUNDATEC/SEPOG-RS/ANALISTA/2018) A Constituição Federal de 1988 foi


responsável por estabelecer as bases para a retomada de um processo amplo de planeja-
mento. Assinale a alternativa INCORRETA sobre essas bases.
a) A apresentação do Plano Plurianual pode ser feita até o fim do segundo ano de mandato da
gestão de governo.
b) Adoção de um sistema de planejamento composto por planos e programas nacionais, re-
gionais e setoriais.
c) Consolidação do Plano Plurianual (PPA) de médio prazo.
d) Detalhamento feito anualmente através da Lei Orçamentária Anual (LOA).
e) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece as metas e prioridades para o exer-
cício financeiro.

Letra a.
Na verdade, o PPA pode ser apresentado ao Poder Legislativo pelo Chefe do Poder Executivo
até quatro meses antes do final do primeiro exercício financeiro do seu mandato, vigendo até
o final do primeiro exercício do mandato presidencial subsequente.

Questão 25 (FUNDATEC/BRDE/ANALISTA/2015) Nas últimas décadas, a administração pú-


blica brasileira tem experimentado mudanças no processo de gestão. Uma impactante contri-
buição nessa mudança foi a do Plano Plurianual (PPA), conhecido como Avança Brasil, o qual
tinha em seu cerne um modelo de gestão por resultados, baseado em programas de governo.
Aliado à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o PPA introduziu melhorias no ciclo de gestão
do setor público brasileiro. Mais recentemente, com o Decreto n. 5.482/2005, o Governo Fe-
deral avançou em passos largos rumo à Governança Eletrônica, lançando mão do conceito
de “Transparência” para o Poder Executivo Federal. Com isso, seus órgãos passaram a ter
que cumprir a determinação de registrar seus gastos da forma mais explícita, transparente e
adequada às metas e ações estabelecidas pela Lei Orçamentária Anual (LOA). Essa evolução
do processo orçamentário tem sido essencial ao amadurecimento de princípios básicos à
gestão pública. Transparência, eficiência, eficácia e efetividade são conceitos que devem per-
meá-la para que possa funcionar cada vez melhor. Com base no texto, relacione a seguir cada
etapa que compõe o Ciclo Orçamentário, na Coluna 1, ao seu respectivo conceito, na Coluna 2.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 110 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Coluna 1

1) Elaboração da Proposta Orçamentária.


2) Aprovação Legislativa.
3) Programação e Execução Orçamentária.
4) Controle e Avaliação.
Coluna 2
 (  ) Consiste na análise da eficácia e da eficiência dos rumos seguidos. Proporciona ele-
mentos de juízo aos responsáveis pela gestão, permitindo adoção de medidas para
consecução dos objetivos, assegurando melhorias na correta aplicação dos recursos,
conforme aprovações previstas nas leis orçamentárias.
 (  ) Consiste na efetiva arrecadação das receitas e na realização das despesas que foram
autorizadas na Lei Orçamentária Anual (LOA).
 (  ) Etapa na qual o executivo encaminha a proposta ao Congresso Nacional para aprecia-
ção e avaliação, que, após recebê-la, põe em debate entre os parlamentares, podendo
decorrer na proposição de emendas. Posteriormente, essa proposta recebe o voto do
relator, a redação final e a proposição em plenário.
(  )
 No âmbito do Governo Federal, esta etapa é construída por meio do Sistema de Planeja-
mento e de Orçamento Federal, composto pelos órgãos setoriais (Ministérios) e pelo ór-
gão central (Ministério do Planejamento). É de competência do Poder Executivo, que deve
todo ano elaborar e encaminhar ao Poder Legislativo segundo os prazos estabelecidos.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 4 – 3 – 2 – 1.
b) 4 – 2 – 3 – 1.
c) 1 – 3 – 2 – 4.
d) 3 – 4 – 1 – 2.
e) 3 – 4 – 2 – 1.

Letra a.
Vamos numerar e comentar:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 111 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

(4) Consiste na análise da eficácia e da eficiência dos rumos seguidos. Proporciona elemen-
tos de juízo aos responsáveis pela gestão, permitindo adoção de medidas para consecução
dos objetivos, assegurando melhorias na correta aplicação dos recursos, conforme aprova-
ções previstas nas leis orçamentárias.
Guarde que a etapa de controle e avaliação é aquela em que se verifica a legalidade, legitimi-
dade, eficiência, eficácia e efetividade dos atos relacionados ao orçamento.
(3) Consiste na efetiva arrecadação das receitas e na realização das despesas que foram au-
torizadas na Lei Orçamentária Anual (LOA).
A execução é o momento em que o orçamento é colocado em prática, ou seja, quando as re-
ceitas são efetivamente arrecadadas e as despesas executadas.
(2) Etapa na qual o executivo encaminha a proposta ao Congresso Nacional para apreciação
e avaliação, que, após recebê-la, põe em debate entre os parlamentares, podendo decorrer na
proposição de emendas. Posteriormente, essa proposta recebe o voto do relator, a redação
final e a proposição em plenário.
Temos aqui a aprovação legislativa, que ocorre após o encaminhamento da proposta conso-
lidada do Executivo. Tal proposta é avaliada, emendada e votada.
(1) No âmbito do Governo Federal, esta etapa é construída por meio do Sistema de Planeja-
mento e de Orçamento Federal, composto pelos órgãos setoriais (Ministérios) e pelo órgão
central (Ministério do Planejamento). É de competência do Poder Executivo, que deve todo
ano elaborar e encaminhar ao Poder Legislativo segundo os prazos estabelecidos.
A iniciativa da LOA é do Poder Executivo, cabendo aos órgãos integrantes do Sistema de
Planejamento e de Orçamento Federal elaborarem a proposta. Os outros Poderes enviam ao
Executivo suas propostas para consolidação.

Questão 26 (PUC-PR/TCE-MS/AUDITOR/2013) O ciclo orçamentário é composto pela se-


guinte sequência:
a) Elaboração; estudo e aprovação; execução; avaliação.
b) Estudo e aprovação; elaboração; execução; e avaliação.
c) Avaliação; Estudo e aprovação; elaboração; execução.
d) Estudo; elaboração; aprovação; execução e avaliação.
e) Avaliação; estudo; elaboração; aprovação; execução.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 112 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Letra a.
O ciclo orçamentário é composto pela seguinte sequência de fases:
• Elaboração
• Votação e aprovação
• Execução
• Controle e avaliação
Apesar de semelhantes, a nomenclatura exata das fases do ciclo varia de acordo com o autor.
Veja como Augustinho Paludo trabalha:

O ciclo orçamentário compreende o período de tempo em que se processam as atividades típicas


do Orçamento Público; ou seja, a elaboração orçamentária, a aprovação, a execução orçamentá-
ria e financeira, e o controle e avaliação. O ciclo orçamentário é maior que o exercício financeiro.
Inicia-se com a elaboração (no ano anterior), a execução e o controle (no exercício) e o controle
e a avaliação (no ano seguinte). O ciclo orçamentário é constituído de quatro fases: elaboração;
votação e aprovação; execução orçamentária/financeira; controle e avaliação.

Questão 27 (FUNDATEC/SEFAZ-RS/AUDITOR/2009) O orçamento público pode ser enten-


dido, em seus aspectos genéricos, como um plano de governo para guiar as ações do Poder
Público a curto e médio prazo. Fazem-se as afirmações seguintes sobre aspectos específicos
do orçamento público e sobre o ciclo orçamentário no Brasil. Assinale a única alternativa que
está incorreta.
a) A principal característica do orçamento-programa, que o distingue do orçamento tradicio-
nal, é a ênfase no objetivo do gasto, em vez da simples identificação das diferentes espécies
de gastos (categorias do dispêndio).
b) O ciclo orçamentário do Brasil, previsto na Constituição Federal, compreende leis de inicia-
tiva do poder executivo que abrangem um Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o
Orçamento Anual.
c) A Lei Orçamentária Anual compreende: a) o Orçamento Fiscal; b) Orçamento de Investi-
mento das empresas em que a União detenha a maioria do capital social com direito a voto;
c) o orçamento da seguridade social.
d) O orçamento com base zero se caracteriza por exigir, na elaboração de cada proposta or-
çamentária, que os órgãos do governo justifiquem a totalidade de seus gastos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 113 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

e) O Plano Plurianual é lei que define as prioridades do executivo para o ano seguinte ao de
sua aprovação, e que devem ser observadas na elaboração da lei Orçamentária Anual.

Letra e.
Com exceção da letra “e”, todas estão corretas. De acordo com os §§ 1º e 2º do artigo 165
da CF/1988 as prioridades são elencadas na LDO e não no PPA. Confira, com grifos nossos:

Art. 165. (...)
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objeti-
vos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorren-
tes e para as relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-
blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e esta-
belecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Questão 28 (FUNDATEC/CAGE-RS/AUDITOR/2014) O processo de elaboração do orçamento


público, no Brasil, segue um ciclo de eventos previstos na Constituição Federal. A lei orça-
mentária também segue princípios, alguns previstos na Constituição Federal, outros em leis,
que orientam as práticas relacionadas ao orçamento.
Avalie as afirmações seguintes sobre este tema:
I – O princípio da não vinculação das receitas dispõe que o conjunto das receitas públicas
deve financiar o conjunto das despesas públicas.
II – O plano plurianual (PPA) estabelece os projetos e os programas de longa duração do
governo, definindo objetivos e metas da ação pública para um período de dois anos.
III – A lei de diretrizes orçamentárias (LDO) estima as receitas que o governo espera arre-
cadar durante o ano e fixa os gastos a serem realizados com tais recursos.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 114 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Letra a.
Apenas o item I está correto. Vamos apontar os erros dos outros itens:
II – Errado. já que, na verdade, a duração do PPA é de médio prazo e dura 4 anos, começa no
segundo ano de mandato do chefe do executivo e termina no primeiro ano do mandato sub-
sequente.
III – Errado. Tal tarefa é da LOA e não da LDO. A LOA é o instrumento de planejamento que
trabalha a execução dos programas governamentais.

Questão 29 (VUNESP/CM-SJC/ANALISTA-CONTADOR/2019) A execução orçamentária é a


fase do ciclo orçamentário em que se executa(m)
a) a consolidação das propostas orçamentárias, considerando as emendas realizadas pe-
los Poderes.
b) a proposta contábil-gerencial, considerando a previsão de arrecadação de receitas e a pro-
gramação de despesas.
c) os programas contemplados no planejamento, mediante ações que possibilitam atingir
diretrizes, objetivos e metas estabelecidos.
d) a revisão e a alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei Orçamentária (LOA) e
de outros planos.
e) as várias etapas do orçamento que dependem de auxílio e autorização do Tribunal de Contas.

Letra c.
O ciclo orçamentário RESUMIDO é tem 4 fases básicas:
• Elaboração
• Aprovação
• Execução
• Controle e Avaliação
Nessa toada, a execução dos programas contemplados no planejamento, mediante as ações
orçamentárias contidas na Lei Orçamentária Anual é a fase de execução propriamente dita.
Vamos apontar os erros das demais alternativas.
a) Errada. A consolidação das propostas é feita pelo Executivo e ocorre na fase de elaboração.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 115 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

b) Errada. A elaboração da proposta também ocorre na fase de elaboração.


d) Errada. A revisão e alteração dos instrumentos orçamentários ocorre na fase de aprovação
no Legislativo.
e) Errada. As ações do Tribunal de Contas no ciclo orçamentário referem-se à fase de controle
e avaliação.

Questão 30 (VUNESP/CRBIO01/ADVOGADO/2017) De acordo com Lei Federal n. 4.320/1964,


os créditos adicionais, quando destinados a despesas para as quais não haja dotação orça-
mentária específica, classificam-se em
a) especiais.
b) suplementares.
c) complementares.
d) extraordinários.
e) excepcionais.

Letra a.
Podemos responder essa questão com base o artigo 41 da Lei n. 4.320/1964, que conceitua
os 3 tipos de créditos adicionais. Confira com grifos nossos:

Dos Créditos Adicionais


Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, como-
ção intestina ou calamidade pública.

Questão 31 (VUNESP/CM MOGI DAS CRUZES/PROCURADOR/2017) Segundo o princípio da


não vinculação ou não afetação das receitas é
a) vedada, dentre outras hipóteses constitucionalmente previstas, a vinculação de receita de
impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos
impostos especificados na Constituição Federal do Brasil.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 116 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

b) permitido a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma catego-


ria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa.
c) permitida a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive
por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financei-
ras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
d) vedada, dentre outras hipóteses previstas na Constituição Federal do Brasil, a vinculação
de receitas próprias geradas pelos impostos para a prestação de garantia ou contra garantia
aos Estados e para pagamento de débitos para com estes.
e) permitida a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa
anterior à instituição dos respectivos fundos.

Letra a.
Vamos conferir o que diz o artigo 167 da CF/1988 em seu inciso IV:

Art. 167. São vedados (...)


IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do
produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recur-
sos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino
e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente,
pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por anteci-
pação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;

P
 odemos perceber que uma das vedações da nossa CF/1988 em termos orçamentários é a
vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, com as ressalvas nela previstas.

Questão 32 (VUNESP/PREFEITURA-SP/AUDITOR/2015) Com base nos princípios orçamen-


tários, temos que o orçamento
a) deve ser elaborado e autorizado para um determinado período de tempo, geralmente
um ano.
b) deve ter itens de receita reservados para atender a certos gastos.
c) deve ter discriminada apenas a aplicação dos recursos.
d) não pode ser único, dada a complexidade das finanças públicas.
e) deve conter a grande maioria das receitas e despesas do Estado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 117 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Letra a.
Vamos analisar as alternativas e marcar a correta.
a) Certa. Vamos analisar o que diz o artigo 165 da CF/1988 combinado com o artigo 34 da Lei
n. 4.320/1964:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

Podemos ver então que o item está correto e faz referência ao princípio da anualidade ou pe-
riodicidade.
b) Errada. Deve atender a TODOS os gastos e não a apenas “certos” gastos.
c) Errada. Deve apresentar detalhadamente as origens e as aplicações.
d) Errada. O orçamento deve ser UNO em atendimento ao princípio consagrado da UNIDADE
Orçamentária.
e) Errada. Deve conter TODAS as receitas e despesas do ente, e não a apenas a sua maioria.

Questão 33 (VUNESP/PREFEITURA DE SP/AUDITOR-CI/2015) De acordo com a Lei n. 4.320,


de 1964, não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem
a) conceder dotação para instalação de serviço anteriormente criado.
b) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, mesmo quando provada, nesse ponto
a inexatidão da proposta.
c) conceder dotação para funcionamento de serviço anteriormente criado.
d) conceder dotação para o início de obra, ainda que o projeto esteja aprovado pelos órgãos
competentes.
e) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder
Legislativo para concessão de auxílios e subvenções.

Letra e.
Essa questão deve ser resolvida de acordo com o disposto no artigo 33 da Lei n. 4.320/1964.
Confira com grifos nossos:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 118 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a:


a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a ine-
xatidão da proposta;
b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos compe-
tentes;
c) conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente
criado;
d) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder Legis-
lativo para concessão de auxílios e subvenções.

Bem, feita a releitura desse importante dispositivo, vamos analisar as alternativas e escolher
a correta:
a) Errada. Repare que se o serviço já tiver sido criado, pode-se conceder à correspondente
dotação;
b) Errada. Embora a regra geral seja a de que não seja permitida a alteração da dotação soli-
citada para as despesas de custeio, existe uma exceção: a situação que restar comprovada a
inexatidão da proposta. Mas o examinador foi em direção distinta, contrariando justamente a
exceção prevista na Lei n. 4.320/1964.
c) Errada. Novamente, se o serviço já tiver sido criado, pode-se conceder à corresponden-
te dotação
d) Errada. É sim possível a dotação para o início da obra, desde que o projeto tenha sido apro-
vado pelos órgãos competentes.
e) Certa. Não podem ser admitidas emendas que concedam dotação superior aos quanti-
tativos fixados previamente pelo Poder Legislativo, no que tange à concessão de auxílios e
subvenções.

Questão 34 (VUNESP/PREFEITURA POÁ/PROCURADOR/2014) Complete a lacuna:


______________________ compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública muni-
cipal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que orientará
a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de fomento. Nos termos da Lei Orgânica do Município de Poá, comple-
ta corretamente a lacuna a expressão
a) O Plano Diretor.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 119 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

b) O Plano Regional.
c) A lei geral do orçamento.
d) A lei do Plano Plurianual.
e) A lei de diretrizes orçamentárias.

Letra e.
A
 LDO deve compreender as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que deverão ser compatíveis com
o PPA, orientará a elaboração da lei orçamentária, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Questão 35 (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) A abertura de Créditos Adicionais possibilita a(o)


a) indicação de novas receitas.
b) limitação de despesas.
c) equilíbrio de caixa.
d) reequilíbrio fiscal.
e) alteração do orçamento.

Letra e.
O nosso Orçamento Público é considerado semirrígido, ou seja, ele pode ser alterado desde
que respeitando uma séria de regramentos constitucionais e legais, como o inciso VI do ar-
tigo 167 da CF/1988 e os artigos 40 a 46 da Lei n. 4.320/1964. Nessa pegada, a abertura de
Créditos Adicionais possibilita a alteração do orçamento.

Questão 36 (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) As disposições sobre as alterações na legis-


lação tributária e o estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras oficiais
de fomento serão estabelecidas pela lei de
a) planejamento tributário.
b) responsabilidade fiscal.
c) controle orçamentário e fiscal.
d) diretrizes orçamentárias.
e) financiamento e tributação anual.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 120 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Letra d.
Dentre outras incumbências a LDO disporá sobre as alterações na legislação tributária e es-
tabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Questão 37 (VUNESP/PREFEITURA POÁ/PROCURADOR/2014) Classificam-se como crédi-


tos adicionais extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública. Referidos créditos serão abertos, de acordo
com a Lei n. 4.320/1964, por
a) Resolução do Senado Federal.
b) Decreto Legislativo do Congresso Nacional.
c) Decreto do Poder Executivo.
d) Medida Provisória do Presidente da República.
e) Lei Delegada do Poder Legislativo.

Letra c.
Para responder essa questão, vamos ver o artigo 44 da Lei n. 4.320/1964. Confira com gri-
fos nossos:

Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará
imediato conhecimento ao Poder Legislativo.

Questão 38 (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) No Brasil, o  exercício financeiro abrange o


período de
a) 01 de Janeiro a 31 de Dezembro.
b) 01 de Janeiro a 30 de Dezembro.
c) 02 de Janeiro a 31 de Dezembro.
d) 02 de Janeiro a 30 de Dezembro.
e) 01 de Janeiro a 15 de Dezembro.

Letra a.
Repare que a VUNESP fez menção direta ao Brasil, já que existem diferenças entre os países
nesse quesito.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 121 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Veja o que diz o artigo 34 da Lei n. 4.320/1964 em relação ao exercício financeiro:

Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

No Brasil, o exercício financeiro coincide com ano o ano civil, que vai de 01 de janeiro até 31
de dezembro.

Questão 39 (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, o quadro


discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação integrará a(o)
a) programa anual de trabalho do governo, em termos de realização de obras e de prestação
de serviços.
b) plano de aplicação dos fundos especiais.
c) lei do orçamento.
d) sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do governo.
e) sumário das dotações por órgãos do governo e da administração.

Letra c.
A resposta dessa questão está no artigo 2º da Lei n. 4.320/1964. Reveja com grifos nossos.

Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a


política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de
unidade universalidade e anualidade.
§ 1º Integrarão a Lei de Orçamento:
I – Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Governo;
II – Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas, na forma do
Anexo n. 1;
III – Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;
IV – Quadro das dotações por órgãos do Governo e da Administração.
§ 2º Acompanharão a Lei de Orçamento:
I – Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais;
II – Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos n. 6 a 9;
III – Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, em termos de realização de
obras e de prestação de serviços.

Questão 40 (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2013) As autorizações de despesa não computa-


das ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento – as quais são classificadas em su-
plementares, especiais e extraordinárias – são consideradas

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 122 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

a) ajustes de caixa.
b) complementos de caixa.
c) débitos adicionais.
d) créditos adicionais.
e) orçamentos complementares.

Letra d.
Podemos responder essa questão com base nos artigos 40 e 41 da Lei n. 4.320/1964:

TÍTULO V
DOS CRÉDITOS ADICIONAIS

Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente


dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, como-
ção intestina ou calamidade pública.

Questão 41 (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2013) São créditos adicionais, nos termos da lei


que disciplina a matéria, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei do Orçamento. Os créditos adicionais destinados a reforço de dotação orça-
mentária são denominados
a) especiais.
b) excepcionais.
c) suplementares.
d) extraordinários.
e) complementares.

Letra c.
Podemos responder essa questão com base no inciso I do artigo 41 da Lei n. 4.320/1964:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 123 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, como-
ção intestina ou calamidade pública.

Questão 42 (VUNESP/PROCON-SP/ANALISTA/2013) A lei de diretrizes orçamentárias


a) compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despe-
sas de capital para o exercício financeiro subsequente.
b) estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração públi-
ca federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como para as relativas
aos programas de duração continuada.
c) disciplina, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro, incen-
tiva os reinvestimentos e regula a remessa de lucros.
d) compreende o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público.
e) estabelece normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta,
bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

Letra a.
Em verdade, a  LDO compreende as metas e prioridades da administração pública federal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que deverão ser
compatíveis com o PPA, orientará a elaboração da lei orçamentária, disporá sobre as altera-
ções na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras
oficiais de fomento.

Questão 43 (VUNESP/PREFEITURA SJC/ANALISTA/2012) A Lei de Diretrizes Orçamentárias


tem iniciativa de competência do
a) Poder Executivo.
b) Poder Legislativo.
c) Ministro da Fazenda.
d) Ministro da Economia.
e) Presidente do Banco Central.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 124 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Letra a.
Veja o artigo 165 da CF/1988 com grifos nossos que responde a questão.

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

Questão 44 (VUNESP/PREFEITURA SJC/ANALISTA/2012) A proposta da Lei Orçamentária


Anual (LOA) compreende os três tipos distintos de orçamentos da União: o Orçamento fiscal,
o Orçamento de investimento e o
a) Orçamento da seguridade social.
b) Orçamento da previdência social.
c) Orçamento das despesas das empresas estatais.
d) Orçamento das receitas das empresas estatais.
e) Orçamento dos investimentos das secretarias municipais.

Letra a.
Para responder essa questão com segurança, é necessário conhecer o § 5º do artigo 165 da
CF/1988. Confira com grifos nossos:

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.

Questão 45 (VUNESP/TJ-SP/CONTADOR/2008) Os créditos adicionais que independem de


prévia autorização em lei especial e têm a finalidade de atender às comoções internas, e po-
dem ser abertos por decreto ou medida provisória, referem-se aos créditos
a) corporativos.
b) extraorçamentários.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 125 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

c) suplementares.
d) extraordinários.
e) especiais.

Letra d.
Confira, com grifos nossos, o inciso III do artigo 41 da Lei n. 4.320/1964 que conceitua os
créditos extraordinários

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


(...)
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, como-
ção intestina ou calamidade pública.

Tendo em vista o seu caráter de urgência, a burocracia, ou melhor, a rigidez orçamentária é um


pouco flexibilizada, podendo ser abertos por decreto ou medida provisória.

Questão 46 (FUNRIO/INSS/ADMINISTRADOR/2013) De acordo com fluxograma do Ciclo Or-


çamentário a seguir:
Formulação e apresentação do PPA pelo Executivo > Apreciação e adequação do PPA pelo
Legislativo > __________________________ > Apreciação e adequação da LDO pelo Legislati-
vo > Elaboração e apresentação da LOA pelo Executivo > ________________________________ >
______________________> _______________________.
Assinale a resposta que melhor corresponde às atividades que estão faltando.
a) Apresentação da LDO com as metas pelo Executivo, Apreciação e adequação da LOA pelo
Legislativo, Execução do orçamento aprovado pelo Legislativo, Controle pela avaliação da
execução e controle de contas.
b) Apresentação da LDO com as metas pelo Executivo, Execução do orçamento aprovado pelo
Legislativo, Controle pela avaliação da execução e controle de contas, Avaliação e correção do
orçamento pelo Legislativo.
c) Apresentação da LDO com as metas pelo Executivo, Execução do orçamento aprovado pelo
Legislativo, Controle pela avaliação da execução e controle de contas, Avaliação e correção
do orçamento pelo Executivo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 126 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

d) Apresentação da LDO com as metas pelo Executivo, Apreciação e adequação da LOA pelo
Executivo, Execução do orçamento aprovado pelo Legislativo, Controle pela avaliação da exe-
cução e controle de contas.
e) Apresentação da LDO com as metas pelo Executivo, Execução do orçamento aprovado pelo
Legislativo, Controle e avaliação da execução e controle de contas, Correção e encaminha-
mento para apreciação do Legislativo.

Letra a.
O preenchimento correto de acordo com o Ciclo Orçamentário Ampliado fica:
• 1 – Formulação e apresentação do PPA pelo Executivo
• 2 – Apreciação e adequação do PPA pelo Legislativo
• 3 – Apresentação da LDO com as metas pelo Executivo
• 4 – Apreciação e adequação da LDO pelo Legislativo
• 5 – Elaboração e apresentação da LOA pelo Executivo
• 6 – Apreciação e adequação da LOA pelo Legislativo
• 7 – Execução do orçamento aprovado pelo Legislativo
• 8 – Controle pela avaliação da execução e controle de contas

Questão 47 (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR/2017) Com base nos conceitos e nas normas a


respeito de orçamento público no Brasil, julgue o próximo item.
O Poder Judiciário, por ser independente e dispor de iniciativa em matéria orçamentária, tem
ciclo orçamentário autônomo e exclusivo.

Errado.
Na verdade, no que diz respeito ao ciclo orçamentário, o Poder Judiciário tem autonomia para
elaborar sua proposta orçamentária, que é enviada para consolidação no âmbito do Poder
Executivo, que o envia ao Poder Legislativo para ser deliberada no Legislativo.

Questão 48 (FCC/SEAD-AP/ANALISTA/2018) De acordo com a Constituição Federal de 1988,


os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do Projeto de Lei Orçamentária
Anual, ficarem sem despesas correspondentes

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 127 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

a) deverão compor o superavit financeiro do ano a que se refere a Lei Orçamentária Anual.
b) poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais, com prévia e especí-
fica autorização legislativa.
c) poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos suplementares, sem a necessi-
dade de prévia e específica autorização legislativa.
d) poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos extraordinários, sem a neces-
sidade de prévia e específica autorização legislativa.
e) deverão compor as despesas relacionadas às ações e serviços públicos de saúde, sem a
necessidade de prévia e específica autorização legislativa.

Letra b.
Questão resolvida com a literalidade de artigo da nossa CF/1988 que trata dos Orçamentos
Públicos. Confira, com grifos nossos:

Art. 166 § 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orça-
mentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso,
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Questão 49 (FCC/TRT-6/TÉCNICO/2018) De acordo com o disposto na Constituição Federal,


a Lei de Diretrizes Orçamentárias deve contemplar:
I – as metas e prioridades da Administração para o exercício subsequente.
II – a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
III – demonstrativo dos efeitos de anistias, isenções e outros atos de renúncia fiscal.

Está correto o que se afirma APENAS


a) I e II.
b) I.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.

Letra a.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 128 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Tenha sempre em mente aquele artigo 165 da nossa Carta Magna que é o pai dos nossos instru-
mentos orçamentários. Lembre-se que foi o seu § 2º que estabeleceu as funções da Lei de Di-
retrizes Orçamentárias. Agora vamos julgar as assertivas e marcar a alternativa correspondente
I – Certo. Está de acordo com o mencionado dispositivo da CF/1988. Confira:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-


blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e esta-
belecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

II – Certo. Também está de acordo com o mencionado dispositivo da CF/1988


III – Errado. A CF/1988 determina que o projeto de lei orçamentária seja acompanhado pelo
demonstrativo dos efeitos de anistias, isenções e outros atos de renúncia fiscal. Confira:

§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito,


sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios
de natureza financeira, tributária e creditícia.

Questão 50 (FCC/TRT-6/ANALISTA/2018) Suponha que o Chefe do Executivo do Estado


tenha decidido contemplar determinada carreira de servidores com a concessão de bene-
fícios pecuniários, encaminhando ao Poder Legislativo projeto de lei nesse sentido. Ocorre
que, estando no meio do exercício financeiro, constatou-se a insuficiência das dotações or-
çamentárias correspondentes para suportar a majoração de gastos. Diante de tal cenário,
a  solução para viabilizar, do ponto de vista orçamentário, a  concessão e pagamento dos
benefícios consiste em
a) abertura de crédito adicional especial, independente de autorização legislativa, desde que
fundado em excesso de arrecadação.
b) remanejamento de outras dotações de custeio ou de capital, mediante decreto.
c) abertura de crédito adicional extraordinário, mediante cancelamento de outras dotações
de custeio.
d) utilização de restos a pagar, desde que ainda não processados, mediante ato próprio.
e) abertura de crédito adicional suplementar, necessitando de autorização legislativa.

Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 129 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

Para reforçar a dotação para suportar a majoração de gastos, deve-se utilizar o crédito suple-
mentar. Os créditos suplementares devem ser previamente autorizados pela Legislativo. Veja
a nossa base legal com nossas observações e grifos:

Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:


I – suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
(...)
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei (autorização legislativa) e
abertos por decreto executivo.

Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a
área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 130 de 134
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Orçamento Público - Parte II
Manuel Piñon

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 – Orçamento Público (AFO e LRF) – Editora Campus – Autor Augustinho Paludo

2 – Finanças Públicas – Editora Campus – Autores Fábio Giambiagi e Ana Cláudia Duarte
de Além.

3 – Orçamento Público– Editora Atlas – Autor James Giacomoni.

4 – Direito Financeiro – 6ª Edição – Editora Método – Autora Tathiane Piscitelli.

5 – Direito Financeiro e Tributário –Editora Atlas – Autor Kyoshi Harada.

6 – Direito Financeiro e Controle Externo – 10ª Edição – Editora Método – Autor Valdecir Pas-
coal.

7 – Administração Financeira e Orçamentária – 2ª Edição – Editora Juspodium – Autor Gio-


vanni Pacelli.

Agora é hora de avaliar a aula! Se gostou, ótimo! Se não gostou, comente onde podemos
melhorar!
Nos siga (profmanuelpinon) no Instagram e Facebook. Temos excelentes cards para revisão!
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas!
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 131 de 134
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 132 de 134
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 133 de 134
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARCELA FRANCIS GONCALVES FARINHA - 00025318101, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar