Você está na página 1de 16

Cálculo Financeiro (2)

Ano Letivo 2017/2018 1

Cap.3 – Taxas de Juro

SUMÁRIO

q Conceitos de Taxas de Juro

- Taxas Proporcionais e Taxas Equivalentes

- Taxas Nominais e Taxas Efectivas

– Taxas Ilíquidas e Taxas Líquidas;

- Taxas Correntes e Taxas Reais;

- Taxa Média de aplicação;

- Taxa de Custo (TAEG) / Rendibilidade Real

JPA Cálculo Financeiro 2

1
Cap.3 – Taxas de Juro

OBJECTIVOS

q Compreender as diferenças entre Taxas Nominais e Efectivas (efeito das


capitalizações), proporcionais e equivalentes (efeito das capitalizações), ilíquidas (ou
brutas) e líquidas (efeito da fiscalidade), correntes e reais (efeito da inflação);

q Compreender o conceito de Taxa Média;

q Compreender os conceitos de custo efectivo (TAEG) para o cliente e de retorno


efectivo para o financiador associados a uma operação financeira.

JPA Cálculo Financeiro 3

Cap.3 – Taxas de Juro

BIBLIOGRAFIA

q MMF – Ana Paula Quelhas (APQ): Cap. I, pg. 105-171

q CF – Rogério Matias (RM): Cap. 5 ; Apêndice I – A TAEG – Taxa Anual de


Encargos Efectiva Global

JPA Cálculo Financeiro 4

2
Cap.3 – Taxas de Juro

3.1 – Taxas Proporcionais e Taxas Equivalentes

Exemplo

- Um capital de 100 € foi aplicado à taxa anual de 20%, com capitalização semestral.

C0 J1 =10 J2 =11
JT =21
0 6m 12 m

Afinal a taxa é 20% ou 21% ?

R: AMBAS. Trata-se de conceitos diferentes de Taxas de Juro. A primeira é nominal


(não leva em consideração a formação de juros de juros). A segunda é efectiva (já leva
em consideração o facto de haver juros de juros).

Conceitos prévios: Taxas Proporcionais e Taxas Equivalentes

JPA Cálculo Financeiro 5

Cap.3 – Taxas de Juro

3.1 – Taxas Proporcionais e Taxas Equivalentes

A origem da distinção entre taxas equivalentes e taxas proporcionais está no facto de


elas reflectirem ou não o efeito das capitalizações.

q Duas taxas são equivalentes entre si se, aplicadas a um mesmo capital, conduzem ao
mesmo capital acumulado, em diferentes capitalizações temporais, após um mesmo
intervalo de tempo. Como vimos atrás, as taxas de 21% ao ano e 10% ao semestre são
taxas equivalentes

(1+0,21)1 = (1+10%)2 ; 1,21 = 1,21

JPA Cálculo Financeiro 6

3
Cap.3 – Taxas de Juro

3.1 – Taxas Proporcionais e Taxas Equivalentes

Relação de Equivalência

- C0 x (1 + ip) p = C0 x (1 + ia)

- (1 + ip)p = (1 + ia)

- ia = (1 + ip)p – 1 : RELAÇÃO DE EQUIVALÊNCIA

ia = taxa inicial.
ip = taxa referente a um dado período que é função do período de referência da taxa
inicial.
p = número de vezes em que o período de referência da taxa inicial foi dividido (o nº de
vezes que ocorre a capitalização – frequência da capitalização).

JPA Cálculo Financeiro 7

Cap.3 – Taxas de Juro

3.1 – Taxas Proporcionais e Taxas Equivalentes

q Duas taxas são proporcionais quando, reportadas a períodos diferentes, a razão


existente entre elas for idêntica à que existe entre os períodos de referência das
mesmas. Sendo assim, elas não reflectem a existência de capitalizações.

Exemplo : As taxas de 20% ao ano e 10% ao semestre são taxas proporcionais.


0,20 1
=
0,10 0,5

q Conclusão: A problemática da diferenciação entre taxas de juro proporcionais e


taxas de juro equivalentes coloca-se apenas no RCC em que as taxas proporcionais não
são equivalentes. No RCS não existindo juros de juros, as taxas proporcionais são
também equivalentes.

JPA Cálculo Financeiro 8

4
Cap.3 – Taxas de Juro

3.2 – Taxas Nominais e Taxas Efectivas

Dizem-se Nominais as taxas que são declaradas (“nomeadas”) em vigor num processo de
capitalização, enquanto que são Efectivas as taxas de juro que, segundo os princípios
da matemática financeira, presidem à produção do juro.

Em juro composto, uma taxa é nominal quando a taxa efectiva reportada ao período de
capitalização lhe é proporcional, coincidindo essa proporção com a frequência da
capitalização.

Uma taxa é efectiva quando o período a que se reporta coincidir com o período de
capitalização que lhe está associado. Uma taxa anual é efectiva se o período de
capitalização for o ano, ou ainda, uma taxa trimestral é efectiva se a mesma produzir
juros ao trimestre. Se tivermos uma taxa anual com capitalização trimestral esta não é
efectiva.

JPA Cálculo Financeiro 9

Cap.3 – Taxas de Juro

3.2 – Taxas Nominais e Taxas Efectivas

Em Regime de Juros Simples o juro é calculado sempre sobre o capital inicial (i.e. não
há juros de juros). É fácil perceber que não há, em termos práticos, distinção entre
taxa nominal e taxa efectiva.

Em RJS uma dada taxa é simultaneamente Nominal e Efectiva.

Q: Haverá alguma diferença, em termos de capital acumulado, entre efectuar um


depósito de 1.000 €, durante um ano, à taxa anual de 10% ou à taxa semestral de 5%,
se vigorar o RJS ?

JPA Cálculo Financeiro 10

5
Cap.3 – Taxas de Juro

3.2 – Taxas Nominais e Taxas Efectivas

Como vimos em regime composto e quando, simultaneamente, a taxa é anual mas as


capitalizações são feitas em sub-períodos do ano, o juro total obtido após um ano
dessas capitalizações é superior ao que seria obtido se houvesse apenas uma
capitalização no ano.

Importância da periodicidade (ou Relação entre taxa nominal


frequência) das capitalizações e taxa efectiva

Reg. de Juro Irrelevante Taxa Nominal=Taxa Efectiva


Simples
Taxa Nominal≤Taxa Efectiva
(só serão iguais se houver apenas uma capitalização no
Reg. de Juro Determinante período a que está reportada a taxa de juro ; havendo duas
ou mais capitalizações nesse período, a taxa efectiva é
Composto superioi à taxa nominal)

JPA Cálculo Financeiro 11

Cap.3 – Taxas de Juro

3.2 – Taxas Nominais e Taxas Efectivas

q Em conclusão esta distinção só existe em RJC e quando, simultaneamente, o período


a que está reportada a taxa não coincide com a periodicidade a que são efectuadas as
capitalizações (ASSINCRONISMO).

q Quando tal acontece é fundamental saber desde logo se a taxa anunciada é efectiva
ou nominal.

q Sendo efectiva, significa que já leva em consideração o efeito das sucessivas


capitalizações, pelo que a taxa periódica é calculada segundo uma relação de
equivalência.

q Sendo nominal, significa que não leva em consideração as sucessivas capitalizações,


pelo que a taxa periódica é calculada segundo uma relação de proporcionalidade.

JPA Cálculo Financeiro 12

6
Cap.3 – Taxas de Juro

Dada a taxa de
Juro

SIM NÃO
Há Sincronismo ?

As taxas nominais
e efectivas coincidem A taxa é dada
Como efectiva ou nominal ?

Aplicar a taxa dada

Efectiva Nominal

Aplicar a relação de equivalência Aplicar a relação de proporcionalidade

Taxa efectiva reportada ao período de capitalização

JPA Cálculo Financeiro 13

Cap.3 – Taxas de Juro

Hipóteses de Problemas

1) Determinação de uma taxa efectiva em função de uma nominal;

2) Determinação de uma taxa efectiva em função de uma outra efectiva;

3) Determinação de uma taxa nominal em função de uma taxa efectiva;

4) Determinação de uma taxa nominal em função de uma outra taxa nominal, tendo
havido alteração do período de capitalização.

JPA Cálculo Financeiro 14

7
Cap.3 – Taxas de Juro

Exemplos (APQ)

1) Determinação de uma taxa efectiva em função de uma nominal;

Q1: Qual a taxa efectiva anual correspondente à taxa anual nominal de 6% no caso da
capitalização se efectuar ao trimestre?

Q2: Qual a taxa efectiva anual correspondente à taxa anual nominal de 6%, sendo que a
capitalização ocorre ao biénio?

2) Determinação de uma taxa efectiva em função de uma outra efectiva;

Q1: Qual a taxa mensal efectiva que corresponde a uma taxa trimestral efectiva de
2%?

Q2: Qual é a taxa efectiva ao biénio que corresponde à taxa efectiva de 7% referida
para um período de 8 meses?

JPA Cálculo Financeiro 15

Cap.3 – Taxas de Juro

Exemplos (APQ)

3) Determinação de uma taxa nominal em função de uma taxa efectiva;

Q1: Qual a taxa nominal com capitalização mensal que corresponde à taxa efectiva
anual de 12,6825%?

Q2: Qual é a taxa nominal com capitalização ao trimestre, referente a um período de


15 meses, que corresponde à taxa efectiva de 3,75% para um período de 8 meses?

4) Determinação de uma taxa nominal em função de uma outra taxa nominal,


tendo havido alteração do período de capitalização

Q1: Qual a taxa anual nominal com capitalização ao trimestre que corresponde à taxa
anual nominal com capitalização diária de 12,6%?

JPA Cálculo Financeiro 16

8
Cap.3 – Taxas de Juro

COMPARING INTEREST RATES


Different compounding periods are used for different types of investments. If we compare investments or loans with different
compounding periods, we need to put them on a common basis. Excel has a function that solves for the effective annual rate
by using the following formula:
M
æ I ö
Effective annual rate (EFF%) = ç1 + NO M ÷ - 1
è M ø

Using the Excel function, if the nominal rate is 10% with semiannual compounding, the effective annual rate is:

Nominal rate 10%


Periods per year 2

Effective rate: 10,25% =EFFECT(nominal_rate,npery)


Using formula: 10,25% =(1+C470/C471)^C471‒1

JPA Cálculo Financeiro 17

Cap.3 – Taxas de Juro

3. By law, credit card issuers must print their annual percentage rate (APR) on their monthly
statements. A common APR is 18% with interest paid monthly. What is the EFF% on such a
loan?

Nominal rate 18%


Comp/year 12

Effective rate 19,56% =EFFECT(B6,B7)


19,56% =(1+B6/B7)^B7‒1

JPA Cálculo Financeiro 18

9
Cap.3 – Taxas de Juro

3.3 – Taxas Ilíquidas e Taxas Líquidas

q Os juros de depósitos, bem como os rendimentos resultantes de operações similares,


estão em regra, sujeitos a um imposto sobre o rendimento por retenção na fonte, a uma
taxa liberatória de 28%.

q Taxa Bruta (ou ilíquida) incorpora o que é retido na fonte a título de imposto.

q Taxa Líquida encontra-se desonerada do encargo do imposto.

Juros Simples

iliq. = ibruta x 0,72

Q1: Qual a taxa a que esteve colocado um capital de 2.500 €, sabendo que no prazo de
180 dias produziu um juro líquido de 72 €?

JPA Cálculo Financeiro 19

Cap.3 – Taxas de Juro

3.3 – Taxas Ilíquidas e Taxas Líquidas

Juros Compostos

Neste caso deveremos atender ao facto se a retenção é efectuada no fim de cada


período de referência da taxa (situação mais vulgar) ou se ocorre apenas no final de
todo o processo de capitalização (menos aderente à realidade).

- No primeiro caso , a situação é idêntica à que se observa no caso do regime de juros


simples, capitalizando os juros à taxa líquida:

iliq. = ibruta x 0,72 ; Cn = C0 x (1+iliq)n = C0 x (1+0,72 x ibruta)n

-No segundo caso , na eventualidade de a retenção ocorrer apenas no termo da


operação financeira, devemos calcular a taxa efectiva (líquida) correspondente ao
período de referência da taxa bruta:

iliq. = (0,72 x (1+ibruta)n + 0,28)1/n - 1 (APQ pag.127)

JPA Cálculo Financeiro 20

10
Cap.3 – Taxas de Juro

3.3 – Taxas Ilíquidas e Taxas Líquidas

Exemplos (APQ)

1) Um capital de 1.000 € esteve aplicado durante 3 anos, à taxa anual de 5%. Calcule
o montante de juro líquido produzido, considerando uma taxa de imposto de 28% e
confrontando as possibilidades de a tributação ser efetuada período a período ou
no final da aplicação.

2) Qual a taxa efetiva anual líquida que corresponde à taxa anual nominal bruta de
5% com capitalizações ao semestre?

3) Qual o juro líquido produzido por um capital de 1.000 €, que esteve aplicado
durante 9 meses, à taxa anual nominal de 6%, com capitalização ao trimestre?

JPA Cálculo Financeiro 21

Cap.3 – Taxas de Juro

3.4 – Taxas Correntes e Taxas Reais

q Em épocas de inflação, a taxa de juro é composta por duas partes: uma destinada a
remunerar o capital, outra destinada a compensar o efeito do aumento dos preços.
Assim podemos distinguir entre taxas de juro nominais ou taxas de juros a preços
correntes - que incorporam o efeito da inflação – e taxas de juro reais – ou taxas de
juro a preços constantes, expurgadas do efeito da inflação.

i = taxa corrente ; i´ = taxa real ; z = taxa de inflação

C0 x (1+i) = C0 x (1+z) x (1+i’)


… i -z
[ i = i´ + z + i ´ x z ] ; [ i´ = ]
1+z
Generalização para n períodos

C0x(1+i1)x…x(1+in) = C0x(1+z1)x…x(1+zn)x(1+i´)

IMP: Será possível determinar a taxa real média para o prazo da aplicação!

JPA Cálculo Financeiro 22

11
Cap.3 – Taxas de Juro

3.4 – Taxas Correntes e Taxas Reais

Exemplos (APQ)

1) Qual foi o montante real de juro proporcionado por um capital de 5.000 €, que
esteve aplicado durante um ano, à taxa de 6%, sabendo que, nesse mesmo ano, a
inflação atingiu os 2,8%?

2) Um depósito no montante de 8.000 € esteve colocado durante 2 anos, em regime


de juro composto, à taxa de 6%. Qual será o valor real dos juros produzidos,
sabendo que no primeiro ano a taxa de inflação foi de 3% e de 1,75% no segundo?

JPA Cálculo Financeiro 23

Cap.3 – Taxas de Juro

3.5 – Taxa Média de aplicação

Hip. 1 – C0 aplicado a taxas periódicas diferentes (RCC)


- n
C 0 ´ (1 + i )n = C 0 ´ Õ (1 + ik )
k =1

- éê n ù
ú
i = ê Õ (1 + ik )1 / n - 1ú
êk =1 ú
ë û

A taxa média da aplicação é a taxa constante que, em termos médios, permite a


obtenção do mesmo montante acumulado, no mesmo período de tempo.

Exemplo: A quantia de 25.000 € esteve aplicada durante 6 anos, em regime de juro


composto, tendo a taxa de juro sido de 3% nos dois primeiros anos, 3,5% nos dois
subsequentes e de 4,5% nos dois últimos. Calcule a taxa média da aplicação.

JPA Cálculo Financeiro 24

12
Cap.3 – Taxas de Juro

3.5 – Taxa Média de aplicação

Hip. 2 – Vários C0 aplicados a diferentes taxas e diferentes prazos

Na presença de vários capitais, colocados em simultâneo, às taxas e pelos períodos de


tempo respectivos, designaremos por taxa média de aplicação aquela que, substituindo
as taxas iniciais, produz, nos prazos correspondentes, o mesmo montante total de juros.
Notando por I a taxa média da aplicação, no caso do RCS:

C1i1n1 C 2i2n2 Cn in nn C1In1 C 2In2 Cn Inn


+ + ..... + = + + .... +
360 360 360 360 360 360

.....
q Todos os coeficientes de ponderação devem estar
I =
å C k ik nk na mesma unidade, bem como o período de referência
das taxas praticadas deve ser coincidente. Recorrer a
å C k nk relações de proporcionalidade (RCS).

JPA Cálculo Financeiro 25

Cap.3 – Taxas de Juro

3.5 – Taxa Média de aplicação

Hip. 2 – Vários C0 aplicados a diferentes taxas e diferentes prazos

Exemplo: Qual a rentabilidade média obtida pelos seguintes capitais aplicados a partir
de hoje, em regime de capitalização simples (APQ pag. 121)

- 6.600 € por 30 dias, à taxa de 8,5%;


- 2.400 € por 15 dias, à taxa de 5%;
- 4.500 € por 50 dias, à taxa de 10%;

JPA Cálculo Financeiro 26

13
Cap.3 – Taxas de Juro

3.5 – Taxa Média de aplicação

Hip. 2 – Vários C0 aplicados a diferentes taxas e diferentes prazos

Se nos encontrarmos em regime de capitalização composto,a taxa média da aplicação


é a taxa I que torna possível a seguinte identidade:

C1 ´ (1 + i1 )n1 + C 2 ´ (1 + i2 )n2 + ... + Cn ´ (1 + in )nn = C1 ´ (1 + I )n1 + C 2 ´ (1 + I )n2 + ... + Cn ´ (1 + I )nn

O I poderá ser obtido através de interpolação linear. O que atrás se afirmou referente
à necessidade de coincidência entre períodos de tempo e as taxas também é verdade
neste caso. A diferença é que em RCC as taxas são transformadas através de relações
de equivalência.

JPA Cálculo Financeiro 27

Cap.3 – Taxas de Juro

3.5 – Taxa Média de aplicação

Hip. 2 – Vários C0 aplicados a diferentes taxas e diferentes prazos

Exemplo: Qual a rentabilidade média obtida pelos seguintes capitais aplicados a partir
de hoje, em regime de capitalização composto (APQ pag. 122)

- 20.000 € por 3 anos, à taxa anual de 7,5%;


- 17.500 € por 2 anos e meio, à taxa anual de 6%.

JPA Cálculo Financeiro 28

14
Cap.3 – Taxas de Juro

3.6 – Taxa de Custo / Rendibilidade real

q Em operações de crédito, nomeadamente crédito ao consumo, a comparação entre


diferentes propostas, por parte do mutuário, deve levar em conta, não só o custo
directo do financiamento (exº juros), mas também outros custos associados (por
exemplo comissões bancárias, impostos, seguros etc.).

q Torna-se desta forma útil analisar um indicador que considere, não só a taxa de juro
praticada pela instituição financeira (quase sempre é divulgada apenas a taxa anual
nominal, não totalmente esclarecedora), mas também todos os custos associados. Este
indicador é a TAEG – Taxa Anual de Encargos efectiva Global.

JPA Cálculo Financeiro 29

Cap.3 – Taxas de Juro

3.6 – Taxa de Custo / Rendibilidade real

Como calcular ?

q A taxa de custo/rendibilidade de uma operação de crédito/aplicação financeira


corresponde à taxa que torna equivalentes o valor cedido e o valor recebido.

q Pode-se afirmar que a taxa de custo/rendibilidade real corresponde,


respectivamente, à taxa de custo efectiva ou de rendibilidade efectiva de uma operação
de crédito ou de uma aplicação financeira.

q Nem sempre os encargos do mutuário coincidem com os recebimentos do mutuante


(exº impostos). Devemos então entender dois conceitos distintos:

q TAEG – Taxa Anual de Encargos Efectiva Global (DL nº 359/91 21.09): Taxa
de custo efectivamente suportada pelo consumidor;

q TAE – Taxa Anual Efectiva (DL nº220/9423.08): Taxa que constitui a taxa
de rendibilidade real da instituição bancária.

JPA Cálculo Financeiro 30

15
Cap.3 – Taxas de Juro

3.6 – Taxa de Custo / Rendibilidade real

Exemplo
Determine a Taxa de Custo/Rendimento Efectiva das seguintes situações:

1) Um empréstimo de 1.000 € vai ser amortizado através de um único pagamento de


1.100 € ao fim de um ano;

2) Um empréstimo de 1.000 € vai ser amortizado através de dois pagamentos anuais


de 600 €;

3) O mesmo exemplo anterior, mas também existem despesas iniciais com o contrato
de 25 €;

4) Uma aplicação em 31.12.2003 de 2.300 € (CPH) durante um ano à taxa anual de 2%.
Suponha que existia associado a estas contas um benefício fiscal correspondente a
25% das entregas (c/ limite de 575,57 €).

JPA Cálculo Financeiro 31

Cap.3 – Taxas de Juro

Exercícios Propostos

APQ (Cap.2): 1, 2, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 13, 14, 16, 17, 18, 22, 24

JPA Cálculo Financeiro 32

16

Você também pode gostar