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1- GENERALIDADES

Exigência cada vez maiores quanto uma melhor qualidade e uma maior produtividade
exigem muito das instalações de produção.
Estas exigências podem ser satisfeitas apenas através de uma adaptação exata das
velocidades, forças e momento de torção aos respectivos pontos operacionais.
A ajustagem sem graduação de forças e velocidades são duas de muitas vantagens do
comando Hidráulico. O desenvolvimento da técnica de movimento e comando Hidráulico
foi influenciado pelos processos na eletrotécnica e especialmente da Eletrônica, levando a
uma mudança decisiva na concepção de máquinas e instalações de acionamento hidráulico.
Nestas condições foi necessário o desenvolvimento de uma linha de válvulas proporcionais,
para preencher o espaço entre uma simples válvulas solenóide tipo liga/desliga e uma
sofisticada servoválvula. Embora a operação de uma válvula proporcional não seja tão boa
como de uma servoválvula ( em termos de tempo de resposta, histerese, etc ) a mesma
poderá ser adequada para muitas operações efetuadas pelas servoválvulas, porém a um
custo bem mais favorável.
A possibilidade de uma válvula proporcional ser ajustada eletronicamente significa que
vários ajustes diferentes podem ser obtidos por meios elétricos, no lugar de dispositivos
hidráulicos. O controle eletrônico para aceleração e desaceleração é também facilmente
obtido com freqüência, torna–se mais econômico substituir controles hidráulicos
convencionais, por componentes eletrônicos.

HIDRÁULICA PROPORCIONAL

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2- ELEMENTOS DA HIDRÁULICA PROPORCIONAL

Primeiro existiam no âmbito das válvulas direcionais apenas as válvulas de comando, isto
é, válvulas com uma função de pulo ( funções abre/fecha ) também chamada de função
preto e branco.
Os pistões dessas válvulas não podem tomar posições intermediárias. Mais tarde foram
assumidas na indústrias hidráulicas de aviação as válvulas de ação permanentes ( servo-
válvulas ), isto é , válvulas com uma função “sem graduação” para utilização industrial,
estas válvulas foram muito caras e sensíveis e foram apenas empregadas onde não se pode
mais usar a hidráulica preto/branco, isto é, as válvulas de comando.
Como se aproximou do uso das servo-válvulas no setor industrial com reserva , tentou-se
conseguir-se uma aproximaçao da função com as válvulas de comando. O gasto é esforço
em parte foram consideráveis e quando as funções devia-se desistir de algo.
A diferença de técnica e preço entre as válvulas de comando( válvulas direcionais
tradicionais ) e as sevo-válvulas ( válvulas contínuas) é muito grande. Impôs-se um
desenvolvimento que se encontra entre os dois grupos de válvulas, levando as válvulas
proporcionais. Esta nova geração de válvulas pertence também ao grupo das válvulas
contínuas.
Conforme norma obtem-se a seguinte classificação

VÁLVULAS DE REGULAGEM

Válvulas de Comando Válvulas contínuas


( Válvula direcionais tradicionais )
Servo-válvulas Válvulas proporcionais
Válvulas Contínuas
Válvulas com qualquer características de tempo sem graduação ( é possível qualquer
posição intermediária e dessa forma característica de trabalho sempre adaptadas as
condições operacionais necessárias).

HIDRÁULICA PROPORCIONAL

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3- O QUE SÃO VÁLVULAS PROPORCIONAIS ?

São válvulas direcionais ou de pressão, reguláveis sem graduação, e de acionamento


elétrico remoto. A um valor elétrico de entrada segue, proporcionalmente, o valor de saída,
em forma de uma mudança de fluxo e, com isso , mudança de velocidade ou número de
rotações.
ou
Alteração de pressão e com isso, alteração da força ou do momento de rotação.
As válvulas proporcionais ocupam posições intermediárias entre as válvulas de comando e
servo-válvulas, são principalmente usadas no circuito de comando, menos no circuito de
regulagem fechado.

HIDRÁULICA PROPORCIONAL

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Relação entre tensão elétrica, intensidade da corrente, força magnética, curso do pistão de
comando, pressão, fluxo do volume.

PROPORCIONAL
BLOCO DE SINALIZAÇÃO BLOCO DE POTÊNCIA Saída
Sinal de Entrada Amplificador Eletrônico Válvula proporcional Hidráulica
Solenóide Válvula
Tensão de Elétrica Fluxo de
CONVERSOR U/I Conversor Conversor
P/F ou I/S F/P ou /Q volume ou
pressão

VÁLVULA PROPORCIONAL DE PRESSÃO


Força magnética Fmg = f ( I )
Pressão P = f ( Fmg )
Força do cilindro Fz = f ( P )
Ou
Momento de rotação de um Hidromotor M = f ( p )
Disso resulta :
P=f(I)

VÁLVULA PROPORCIONAL DIRECIONAL


Força magnética Fmg = f ( I )
Curso do Pistão de comando s = f ( Fmg )
Seção de abertura da válvula A = f ( s )
Fluxo do volume Q = f ( A )
Velocidade do pistão de um cilindro v = f ( Q )
Ou
Momento de rotação de um hidromotor n = f ( Q )
Disso resulta:
v ou n = f ( I )
U = Tensão
I = Intensidade de corrente
F = Força
s = Curso do pistão de comando
Q = Fluxo ou volume
P = Pressão
HIDRÁULICA PROPORCIONAL

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CAMPOS DE APLICAÇÕES PARA VÁLVULAS PROPORCIONAIS

Basicamente distinguem-se dois tipos de válvulas proporcionais:


1- VÁLVULAS PROPORCIONAIS DE PRESSÃO
Em caso de comandos hidráulicos existe muitas vezes a exigência de influenciar a pressão
por sinal elétrico, por exemplo: para puro acionamento remoto para evitar longas
tubulações hidráulicas. Outros casos de utilizações são comandos programados nos quais as
pressões devem ser reguladas automaticamente. Estas válvulas proporcionais de pressão
são muito encontradas em máquinas injetoras de plástico comandas por processadores.
2- VÁLVULAS PROPORCIONAIS DIRECIONAIS
Válvulas proporcionais direcionais servem para o comando da direção e a velocidade de
cilindros e motores hidráulicos.
Mediante o sinal elétrico remoto podem-se comandar por exemplo: Em dragas, os
movimentos múltiplos de maneira simples e muito delicada.
Aqui também é vantajoso que não sejam necessárias longos tubulações hidráulicas e
grandes forças de acionamento que se precisam em caso de utilização de válvulas manuais.
Resumo das razões a favor da utilização das válvulas proporcionais.
- Melhoramento da qualidade e produtividade através de adaptação contínua das forças e
velocidades aos melhores pontos operacionais.
- Telecomandos elétricos evitam longas tubulações hidráulicas que muitas vezes causam
oscilações de pressão.
- Processo de aceleração e de retardo são melhores dominados.
- Massas pesadas podem ser comandadas delicadamente.
- São necessários menos aparelhos hidráulicos do que para construção com válvulas
tradicionais. Por exemplo:
Precisa-se para o comando da direção e da velocidade, apenas uma válvula direcional
proporcional ou , pára várias pressões, apenas uma válvula proporcional de pressão.
O acionamento eletrônico das válvulas proporcionais pode ser facilmente manejado.

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HIDRÁULICA PROPORCIONAL

Exemplo de comando:
Cilindro de transporte executado na técnica de Válvulas de comando
DESCRIÇÃO: O cilindro de transporte deve ser acelerado e retardado conforme o
diagrama de velocidade v = f (s/t ). As velocidades v1....v6 são determinadas pelas válvulas

reguladoras de fluxo ( 11....16 ), comandadas pelas válvulas 2/2 vias ( 17...21 ). A válvula
4/3 vias, serve para o comando da direção do cilindro transporte.

COMANDO USANDO TÉCNICA DE VÁLVULAS PROPORCIONAIS:

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DESCRIÇÃO: Comandam-se com apenas uma válvula proporcional direcional 4/3 vias
todos os processos de aceleração e retardo conforme diagrama de velocidade v= f ( s/t )
bem como a direção do cilindro de transporta.
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CARACTERÍSTICAS DE DISTINÇÃO ENTRE AS VÁLVULAS DE COMANDO E


AS VÁLVULAS CONTÍNUAS

Fig.1 Curva características para Fig.2 Curva características para válvula contínua
válvula de comando ( sobreposição do pistão desprezada)
a ) Comando elétrico a ) Comando elétrico
b ) Curso do pistão da válvula b ) Curso do pistão da válvula
c ) saída da potência hidráulica c ) saída da potência hidráulica
U = Sobreposição do pistão

Nas válvulas de comando, o comando elétrico tem uma função de pulo ( fig 1.a ), à qual
segue o pistão da válvula, percorrendo o curso máximo. O retardo desde o impulso elétrico
até o final do curso deve-se ao tempo de formação do campo magnético e ao tempo
necessário para o pistão da válvula ter percorrido seu curso completo. O retardo de tempo é
constante ( fig. 1.b ). O fluxo de passagem Q pela válvula ( fig. 1c ) é correspondente ao
curso do pistão da válvula. Nas válvulas contínuas a corrente pode ser alimentado ao
solenóide em qualquer valor e qualquer velocidade ( fig. 2 a ). O pistão da válvula ( fig. 2b )
se comporta analogamente a variação de corrente, isto é, pode assumir qualquer posição
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intermediária, ao mesmo modo se comporta também o fluxo de óleo Q que passa pela
válvula.
HIDRÁULICA PROPORCIONAL

SISTEMAS SOLENÓIDES

Os solenóides proporcionais representam o elo de ligação entre a eletrônica e a hidráulica ,


e compõem o grupo dos solenóides de curso, atuados por corrente contínua.
Proporcionalmente à corrente elétrica como grandeza de entrada, eles transformam em
força e curso como grandeza de saída.
De acordo com a aplicação prática destingui 2 tipos :
A) Solenóides com comportamento analógico de curso- corrente, denominados:
“ Solenóides comandada por curso ”.
B) Solenóides com comportamento característico bem definido de força-corrente,
denominados “Solenóides comandada por força regulada” .
Para a variação proporcional das grandezas de saída, força-curso, somente é possível
utilizar solenóides de corrente contínua. Solenóide de corrente alternada, devido ao seu
consumo de corrente em função do curso, precisam atingir o final do curso rapidamente.
FUNCIONAMENTO DE SOLENÓIDE PROPORCIONAL COMANDADA POR
FORÇA REGULADA
A força magnética age diretamente sobre o pistão ( pistão de sede ). Fig. 4. O induzido do
solenóide não executa um curso quando se muda a corrente ( I ) e consequentemente a
força magnética. Só quando o líquido sob pressão passa de A para B o cone se levanta
poucos décimos de mílimetros contra a força magnética F ( no máximo 0,5 mm ). O curso
de trabalho portanto é muito pequeno, como mostra também a fig. 5. Em função do
pequeno curso o volume de construção dos solenóides comandada por força é muito
pequeno. As curvas característica da força magnética do solenóide comandado por força
são acentuadas em contrapartida das quase horizontais do solenóide comandado por curso.
Isto é necessário para manter a rigidez exigida. Para manter-se p. ex. uma pressão
hidráulica Pa, deve-se alimentar uma corrente I3 que então forma a força magnética F3. Os
solenóides comandados por força em função do baixo curso e dos resultados baixos fluxos
de vazão são apropriados principalmente na qualidade de válvula de pré-comando para
válvulas direcionais ou de pressão de comando indireto.

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O solenóide proporcional é um solenóide regulável, de corrente contínua, que atua em
banho de óleo.

HIDRÁULICA PROPORCIONAL

SOLENÓIDE PROPORCIONAL COMANDADOS POR FORÇA

Solenóide proporcional comandado Curva característica da força magnética


por força. de solenóide proporcionais comandados
a) Potenciômetro de valor teórico força.
b) Amplificador

FUNCIONAMENTO DE SOLENÓIDE PROPORCIONAL COMANDADA POR


CURSO SEM RETROALIMENTAÇÃO
Em solenóides comandados por curso ( fig. 6 ) a força magnética age contra uma mola. As
curvas característica da força magnética do solenóide comandado por curso são quase
horizontais na faixa de trabalho, isto é, a força magnética é determinada apenas através da
corrente I ( Fig. 7 ). O curso do induzido do solenóide resulta da força magnética e da força
elástica que age em sentido oposto. Isto significa que o pistão entra em equilibro quando a
força magnética e a força elástica são iguais. Desta forma obtém-se por exemplo a uma
corrente I3, uma força magnética F3, que em X3 corta a curva caraterística da mola. Neste
ponto a força elástica é igual a força magnética.
O induzido do solenóide executou um curso h3. Portanto a uma mudança da corrente
sempre segue uma mudança de curso, isto é, o curso do induzido ( h ) é proporcional a
corrente de entrada ( I ). Solenóide comandada por curso são principalmente utilizados
para válvulas direcionais ou de fluxo de acionamento direto ou para válvula de pressão, nos
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quais o induzido providencia a tensão inicial da mola. O curso do solenóide situa-se
conforme o tamanho construtivo, entre 3 a 5 mm.

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SOLENÓIDE PROPORCIONAL COMANDADA POR CURSO SEM


RETROALIMENTAÇÃO

Solenóide proporcional comandado por Curva característica da força magnética


curso sem retroalimentação. e solenóide proporcional comandado por
a) Potenciômetro de valor teórico. curso.
b) Amplificador. a) curva característica da mola
b) curva característica da força magnética

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HIDRÁULICA PROPORCIONAL

SOLENÓIDE PROPORCIONAL COMANDADA POR CURSO COM


RETROALIMENTAÇÃO ( REGULAGEM DE POSIÇÃO )
Em casos de aplicações nos quais deve ser conseguida uma posição exata do pistão
independentemente das grandezas perturbadoras tais como atrito no induzido do solenóide
e no pistão da válvula, forças de fluxo ou histerese da mola, utiliza-se o solenóide
comandado por curso com retroalimentação ( regulagem de posição ), ( f ig.8 ). O curso do
induzido é registrado através de um medidor elétrico e é comparado com o valor teórico. A
diferença de regulagem entre o valor teórico e o real é registrado no amplificador,
alimentado-se ao solenóide a respectiva mudança da corrente.

Fig. 8 Solenóide proporcional comandado por curso com retroalimentação.


a ) Potenciômetro de valor teórico.
b) Amplificador.
c) Medidor de trajeto e potenciômetro de valor real.
Utilizando-se este sistema magnético no circuito aberto de comando para o acionamento de
válvulas proporcionais e direcionais, traz a vantagem que pode ser obtida e mantida
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qualquer posição do pistão em função da retroalimentação. ( regulagem de posição ) dos
solenóides. Grandezas perturbadores podem ser reguladas.

HIDRÁULICA PROPORCIONAL

CAPTADOR INDUTIVO DE CURSO

O captador indutivo de curso serve para medição do curso do êmbolo, sem nenhum contato
físico. O captador indutivo de curso se compõe de um corpo cilíndrico no qual corre um
núcleo de medição ferromagnético.
O captador se compõe de duas bobinas, as quais estão interligadas por uma semi-ponte
indutiva.
O captador indutivo de curso é alimentado com uma frequência de transmissão de 2,5
KHz. A amplitude desta frequência de transmissão é variável na saída, conforme a posição
do núcleo de medição. Através do deslocamento do núcleo de medição, altera-se a
indutância das bobinas .
Com a indutância, altera-se também a resistência à corrente alternada e com isto a
amplitude da frequência de saída.

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Circuito do captador indutivo de curso

HIDRÁULICA PROPORCIONAL

Se o núcleo de medição estiver na posição central, então a amplitude de saída será Us. Se o
núcleo de medição for deslocado, então se desloca a amplitude de saída,( Fig. Abaixo ), em
direção a Us1 ou Us2.
O demodulador transforma o valor da amplitude de saída, em um sinal de tensão contínua
correspondente .

Amplitude de saída medida no ponto de medição 1, conforme figura acima


SENSOR DE POSIÇÃO ( LVDT )
Os sensores de posição normalmente utilizados para gerar o sinal de retorno para correção
de posicionamento da válvula são os LVDT ( Transformador Diferencial Linear
Variável ).
O LVDT consiste de uma bobina primária e duas secundárias, envolvendo um núcleo de
ferro doce, o qual está ligado ao núcleo do solenóide. A bobina primária é alimentada por
uma corrente AC de alta frequência que irá gerar um campo magnético variável no núcleo.
Esse campo magnético por sua vez, irá induzir tensões elétricas nas duas bobinas
secundárias por ação de transformador. Se as duas bobinas secundárias forem ligadas de
forma a gerar um efeito em oposição, então, com o núcleo centralizado, as tensões
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induzidas em cada bobina se cancelam, produzindo uma saída zero. Ao mover-se o núcleo
para fora do centro, a tensão induzida em uma das bobinas secundárias irá aumentar e, na
outra, irá diminuir. Este fato irá produzir uma tensão resultante de saída cujo valor será
proporcional ao deslocamneto do núcleo.

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4- ELETRÔNICA DE ACIONAMENTO

Generalidades:
A principal tarefa da hidráulica proporcional é converter um valor de entrada elétrica
contínua para um sinal hidráulico igualmente contínuo.
Válvulas proporcionais direcionais e de comando precisam, para acionamento, de uma
corrente contínua variável de 0 a 800 mA ou até 1500 mA, dependendo do tipo de válvula.
Para poder-se produzir esta corrente contínua de uma forma estável e comanda-la
varialmente através de uma tensão com pouca potência precisa-se de uma eletrônica de
acionamento.
Esta tarefa é realizada por placas eletrônicas que podem ser de 1 canal ou 2 canais.
PLACA DE UM CANAL
Diagrama de blocos e esquema elétrico.
A placa de um canal é composta de circuitos eletrônicos que são utilizados para controlar o
solenóide proporcional.
Uma análise de cada bloco é feita a seguir:

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HIDRÁULICA PROPORCIONAL

Valores de referência:
O valor de referência para ajuste da vazão/pressão pode ser obtido tanto interna como
externamente à placa de controle.
Função Rampa:
Uma súbita alteração no valor de referência pré-selecionado não pode ser repassado
diretamente para o solenóide da válvula, a não ser que esta permita assumir grandes picos
de pressão ou sobrecargas mecânicas do sistema. A função Rampa impede que o sinal tenha
uma variação ( máxima ou mínima ) instantânea, fazendo com que isto ocorra
gradativamente, com um certo atraso de tempo, sobre o solenóide proporcional. A figura a
seguir mostra o comportamento do sinal ao passar por este estágio.
Nas placas de geração do sinal elétrico de referência existem potenciômetro que regulam o

efeito do estágio Rampa, regulando os tempos de subida e descida.

Estágio de Saída ( Amplificador e conversor V/I )

Como o sinal de controle tratado na placa possui uma intensidade insuficiente para
sensibilizar o solenóide proporcional, torna-se obrigatório a passagem deste sinal de
controle por um circuito amplificador. Além disto, como, sabemos, é característico das
válvulas proporcionais que a saída hidráulica ( pressão e fluxo ) seja diretamente
proporcional à corrente I do solenóide. Desta forma é necessário também um circuito

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eletrônico para converter o valor de tensão de referência V ( do potenciômetro ou outro
sinal )na corrente I, para alimentar o solenóide.
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Frequência de “Dither ”

O atrito estático do induzido ( núcleo ) influi significativamente nas curvas características


do solenóide. Para que estes efeitos sejam minimizados, o induzido é mantido em uma
oscilação contínua de forma que somente os efeitos do atrito dinâmico estejam presentes
como pertubadores do movimento da válvula proporcional. Para que isto ocorra, o sinal de
saída ( referência ) para a válvula é pulsado, como mostrado na figura abaixo .
Ajuste da Corrente Mínima e Máxima

A fim de permitir a compensação dos efeito provocados pela sobreposição da válvula e


solenóide proporcional, cuja curva característica não é linear até que um ponto de reação
seja encontrado, uma corrente ( corrente mínima ) flui com uma constante de referência de
valor zero. O ponto final da curva característica do amplificador é determinado pelo ajuste
da corrente máxima. O ajuste da mínima e máxima correntes é realizado através de trimpots
colocados na placa de controle juntamente com o potenciômetro.
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Placa de Dois Canais

A placa de dois canais incorpora internamente todos os circuitos necessários para o controle
de válvulas proporcionais com dois solenóides. Pode, portanto, controlar movimento em
duas direções. A princípio, os grupos de funções são os mesmos que o amplificador de um
canal ( ajuste de referência, circuito de Rampa, estágios de saída, etc ).
As principais diferenças residem no fato de que agora existem dois amplificadores de saída,
a função Rampa atua também em duas direções e, também, pela existência de bornes
especiais para injeção de sinais externos de controle ( além de existente na placa de um
canal ), controlados por relés.

Diagrama de blocos e esquema elétrico do amplificador de dois canais

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VÁLVULA LIMITADORA DE PRESSÃO DE COMANDO DIRETO NG6 COM
SOLENÓIDE COMANDADO POR FORÇA

Funcionamento:
A alteração da corrente elétrica de entrada I segue uma alteração proporcional da força
magnética ( mola eletromagnética ), agem diretamente sobre o pistão da válvula sem este
executar um curso.
Correspondentemente à alteração da força magnética elétrica segue uma alteração
proporcional da pressão hidráulica na entrada P da válvula.
Válvulas proporcionais de pressão geralmente são servo-pilotadas, devido as baixas forças
magnéticas, a não ser que se trate de uma válvula de pressão para pressões baixas e fluxo
pequenos.

a ) Potenciômetro de valor teórico


b ) Amplificador
c) Na parte superior temos o parafuso de exaustão

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VÁLVULA LIMITADORA DE PRESSÃO DE COMANDO INDIRETO NG10/25/32
COM SOLENÓIDE COMANDADO POR FORÇA

CONSTRUÇÃO:
Sobre a válvula principal ( 1 ) está montado servo-piloto hidráulico ( 2 ) que é acionado
pelo solenóide proporcional ( 3 )
Funcionamento:
O fluxo passa da conexão P pelos estrangulamento 4 e 5 para o cone de servo-piloto 6.
Através do potenciômetro de valor teórico 7 e o amplificador 8, é alterada a corrente I que
vai para o solenóide proporcional. Proporcionalmente a esta alteração da corrente, muda a
força magnética e com isto também a pressão hidráulica na conexão P.

Servo-piloto hidráulico Solenóide proporcional

Válvula principal

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Valores hidráulicos característicos

Faixa de pressão de serviço P entrada ( bar ) Até 315 bar

Temperatura do meio sob pressão max. ( 0 ) 70º

Faixa de viscosidade  ( mm²/s ) ( cSt ) 12 a 500

Fluxo de comando vazão Q ( l/min ) 0,5

Histerese ( % de In ) 4
Até 100 bar  2 frequêncioa de zumbido
Até 315 bar  1 50 Hz
Sensibilidade de reação
( % de In )  1 Amplitude : 120 mA/s
Filtragem absoluta ( m ) 25

VALORES CARACTERÍSTICO ELÉTRICOS SOLENÓIDE PROPORCIONAL


Corrente nominal In ( mA ) 800 a 1200
Potência limite ( W ) 21
Valores Pv max. Menores podem ser ajustados no amplificador

HIDRÁULICA PROPORCIONAL

VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO DE 2 VIAS DE COMANDO INDIRETO


COM SOLENÓIDE COMANDO POR FORÇA

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Funcionamento:
O óleo passa da conexão P para a saída A e pelas restrições 4 e 5 para o cone de servo-
piloto 6. Através do potenciômetro de valor teórico 7 e o amplificador 8 é alterada a
corrente I que vai para o solenóide proporcional. Proporcionalmente a esta mudança de
corrente, muda a força magnética com ela a pressão hidráulica na saída A.
A conexão Y irar para o reservatório através da tubulação de dreno.

Servo-piloto hidráulico Solenóide proporcional

Válvula principal

HIDRÁULICA PROPORCIONAL

VÁLVULA DIRECIONAL DE COMANDO DIRETO NG6 SEM COMPENSAÇÃO (


UNIDADE INTERMEDIÁRIA ) COM SOLENÓIDE PROPORCIONAL
COMANDADA POR CURSO
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Funcionamento:
A uma mudança sem graduação da corrente de entrada elétrica no solenóide A ou B segue
proporcionalmente uma mudança de fluxo na válvula proporcional direcional.
Desta forma obtém-se duas funções básicas:
1 ) Comando de direção como uma tradicional válvula de comando ( função de pulo ).
2 ) Comando de velocidade ou regulagem de número de rotações com processos de
aceleração e retardo.
Na válvula proporcional direcional de comando direto do solenóide energizado, por
exemplo, age diretamente sobre o pistão de comando, deslocando-se contra a mola oposta
para a esquerda até que a força magnética e a força da mola estejam equilibradas.

A abertura da válvula é formada pelas bordas do corpo da válvula e os entalhes de


estrangulamento do pistão de comando. A quantidade de fluxo depende da pressão ( função
da válvula reguladora de fluxo ). Se a diferença de pressão P na seção liberada, ponto de
estrangulamento do pistão da válvula é  30 bar, pode-se garantir a função apenas com
uma unidade intermediária reguladora de pressão ( forças de fluxo empurram o pistão de
comando contra a mola de compressão oposta ). A unidade intermediária reguladora de
pressão mantém a diferença de pressão P constante em 10 ou 20 bar. Desativamdo-se o
solenóide B e ativando-se o solenóide A, obtém-se a mesma função oposto ( para a direita ).
Se ambos os solenóides estão sem correntes, o pistão de comando é centralizado pelas as
duas molas na posição central ( posição de repouso).
HIDRÁULICA PROPORCIONAL

VÁLVULA DIRECIONAL DE ACIONAMENTO INDIRETO NG10 SEM


COMPENSAÇÃO DE PRESSÃO COM SOLENÓIDE COMANDADA POR FORÇA
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