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O Terceiro Comitê da Assembleia Geral das Nações Unidas para Assuntos Sociais,
Culturais e Humanitários (SoCHum)
A liberdade cultural e seu conflito frente aos direitos humanos
Casos África e Ásia
Curitiba
2020
1. Introdução
Outro reino que deve ser destacado para o melhor entendimento da atualidade
no continente africano é o Reino do Congo, que se localizava ao sudoeste da África no
território que hoje corresponde ao noroeste de Angola incluindo Cabinda, à República
do Congo, à parte ocidental da República Democrática do Congo e à parte centro-sul do
Gabão, dos séculos XIV ao XVII. Os congoleses, assim como no Reino de Gana,
fundamentavam sua religião no politeísmo, mas seu contato com os portugueses durante
o século XV logo levou à expansão do cristianismo neste território, o que se mostra até
os dias de hoje visto que a população da República Democrática do Congo é de metade
cristã. Seu contato com os portugueses também levou o reino a desenvolver atividades
que consistiam na captura de pessoas a serem escravizadas e levadas às lavouras
açucareiras em colônias portuguesas, como o Brasil.
Também não deixa de ser verdade que a violência com que se deu a colonização
provocou grandes distorções nas estruturas econômicas, sociais e culturais dos
territórios dominados. A economia tradicional comunitária ou de subsistência foi
totalmente desorganizada pela introdução de cultivos destinados a atender
exclusivamente as necessidades das metrópoles. (CAPOSSA, 2005)
Entretanto, ainda são notórias as nações que defenderam sua independência por
meio de lutas violentas contra suas metrópoles. A Nigéria se declarou independente
somente após diversos casos de assassinatos e guerras, motivados por conflitos internos
e movimentos separatistas. O Congo também teve um processo de independência
bastante conturbado, com a conquista de sua emancipação em 1960 e um posterior
golpe de estado apoiado por nações como Bélgica, Portugal, Reino Unido e Estados
Unidos.
O continente asiático pode ser estudado a partir da história coletiva de três regiões
litorâneas distintas: o leste asiático, a Ásia meridional e o Oriente Médio. Cada uma
dessas desenvolveu civilizações às margens de rios férteis, e algumas destas civilizações
se destacam por serem umas das mais antigas do mundo.
Assim como o continente africano, a Ásia também contava com diversos grandes
reinos e impérios durante o período pré-colonial. Entre eles, por exemplo, estão o
Império Chola, que se localizava no atual território indiano nos séculos X e XII, e o
Império Mongol, que existiu de 1206 a 1368 e é considerado o maior império em
extensão já existente.
Quase três séculos depois, com a ascensão de outros países europeus e Estados
Unidos da América como potências, o cenário já era bastante modificado. Portugal
havia perdido quase todos os seus territórios, com algumas pequenas exceções na Índia,
Macau e Timor; a Espanha também já não possuía mais as Filipinas, que haviam sido
concedidas aos EUA durante a guerra hispano-americana; e agora a Grã Bretanha e a
França eram as principais “senhoras” do imperialismo asiático, tendo que lidar também
com diversas investidas por parte dos Estados Unidos, da Alemanha e ainda da
Holanda. O próprio Japão, após a Revolução Meiji, e a Rússia Czarista desempenharam
papéis relevantes no que tange à colonização.
Estas tensões geradas pela enorme disputa por territórios contribuiu também para o
início da Primeira Guerra Mundial, em 1914.
Porém, além disso, as nações asiáticas conquistaram sua independência por meio de
diversos movimentos de luta. O mais famoso entre eles é o movimento de resistência
pacífica, que teve lugar na Índia e foi liderado por Mahatma Gandhi. Tal movimento
incentivava atos de desobediência civil contra o governo inglês, como boicotar o
comércio de ingleses ou ainda marchar até o oceano para extrair o próprio sal, a fim de
se posicionar contra os impostos abusivos cobrados pelos ingleses sobre o mineral.
O domínio inglês sobre o subcontinente indiano, dessa forma, teve fim em 1947,
mas a partir de então conflitos que já ocorriam entre hindus e muçulmanos ganharam
força. O país foi, então, dividido conforme critérios religiosos. A parte hindu, maioria,
tornou-se a Índia e a parte muçulmana transformou-se em Paquistão. A mudança
aumentou o clima de tensão, gerou migrações e novos conflitos. Sem opções, o líder
Mahatma Gandhi aceitou a medida que dividiu o país e após esse ato foi odiado pelos
nacionalistas.
As colônias onde hoje se encontra o Oriente Médio se submeteram aos domínios
europeus por muito tempo. Países como Líbano e Síria tiveram suas independências
oficializadas em 1943 e 1946, respectivamente.
Como consequência desse passado de exploração, muitos desses países ainda sofrem
hoje com diversos problemas de caráter político e socioeconômico.
A Ásia, mesmo com seus diversos avanços nos últimos anos, é ainda um ambiente
hostil para alguns grupos minoritários, como mulheres e pequenas comunidades
religiosas. Em países como Índia e Sri Lanka, por exemplo, grupos minoritários de
muçulmanos e cristãos, respectivamente, sofrem segregação e linchamentos apoiados
em crescentes discursos baseados em identidades sectárias e étnicas. Em Bangladesh,
diversas meninas são traficadas e estupradas em campos de refugiados, práticas
apoiadas pelos movimentos de perseguição ao povo Rohingya que se dá pelos conflitos
em Myanmar.
É importante relembrar que práticas como essas por muitas vezes são aceitas e
corroboradas pela cultura de uma nação. E como é possível enfrentá-las, se a liberdade
cultural também é um direito humano?
2. Conceitos Técnicos
O casamento infantil é uma união, tanto formal como informal, antes dos 18
anos, visto que crianças nessa faixa etária são inaptas para transições sexuais,
reprodutivas e conjugais. Aproximadamente 12 milhões de crianças se casam todos os
anos, mesmo considerada uma prática que viola os direitos humanos, sua erradicação
faz parte da agenda de 2030 da Organização das Nações Unidas, como um dos objetivos
de Desenvolvimento Sustentável, e é considerado como uma forma de violência,
afetando meninas principalmente. O casamento infantil está atrelado à gravidez precoce,
que de acordo com estudos feitos pelo Banco Mundial, possuem efeitos negativos,
desde riscos à saúde e renda baixa na maioridade até riscos de violência doméstica.
Na África e Ásia uma em cada três meninas se casaram antes dos 18 anos,
aproximadamente, e uma em cada cinco, pertencentes a esse grupo, teve um filho antes
dos 18, como no Níger, país com a prevalência de casamento infantil mais alta no
mundo.
As principais causas da ocorrência de casamentos infantis estão relacionadas a
uma gravidez indesejada como forma de proteção à reputação da menina; meio de
controle da sexualidade da menina; desejo de segurança financeira; desejos por parte
dos maridos em casamentos com meninas mais jovens; uma forma de liberdade dos
pais, o que pode causar a diminuição de oportunidades educacionais e maior risco de
abuso.
A legalização do casamento infantil está presente em inúmeros países,
principalmente baseado em processos culturais, como o direito islâmico ao casamento
com meninas mais jovens ou a prática normalizada do casamento com menores na
Índia, onde as meninas são vistas como fardos econômicos e o casamento dá ao marido
a responsabilidade sobre as crianças. A África tem as maiores taxas de casamento
infantil, de acordo com a UNICEF, em países como Níger, Mali e Guiné.
O casamento das meninas com menos de 18 anos as forçam a enfrentar violência
doméstica por parte de seus maridos mais velhos, sofrendo abuso físico e sexual, assim
como maior incidência de gravidez precoce, aumentando a possibilidade de
complicações na gravidez e no parto, colocando a saúde das meninas em risco.
Países como Chade e Zimbábue eliminaram exceções na lei que antes permitiam
o casamento abaixo dos 18 anos. Porém, além das brechas legais, em diversos países,
muitas meninas se casam informalmente antes de atingir a idade mínima em seu país
(ONU, 2019).
Em países como a Índia, 47% das mulheres entre 20 e 24 anos se casaram antes
dos 18 e 56% em áreas rurais. Outros países da Ásia carregam índices altos de
casamentos infantis, em Bangladesh de 3 casamentos 2 são com meninas menores, no
Paquistão a porcentagem de ocorrência chega a 50%, os relatos também estão presentes
na Indonésia, com 22% das meninas que se casam com menos de 18 anos.
3. Importância do debate
TRADUÇÃO:
Frente a uma perspectiva geral, a análise dos limites entre as liberdades culturais
e o cumprimento dos Direitos Humanos abrange não só o continente asiático e africano,
ainda que sejam os mais turbulentos atualmente, mas, inclusive, ao restante da
comunidade global. À luz do exposto, países como o Brasil, mesmo que possua
garantias constitucionais de cumprimento dos Direitos Humanos, ainda enfrentam
problemas com a violação dos mesmos, visto que o contexto histórico revela
consequências sociais presentes até os dias atuais. Além disso, é importante ressaltar a
preocupação de alguns governos com a interferência dos organismos internacionais na
soberania nacional, o que dificulta a negociação quando casos de violações são
denunciados.
No presente comitê, o papel dos Direitos Humanos não se restringe apenas à sua
função no cenário internacional e na manutenção da paz mundial, mas estende-se à
seguinte discussão: qual o limite entre a liberdade cultural e os direitos humanos?
Rituais que expressam e representam a cultura de um povo devem ser proibidos por
violarem os direitos fundamentais garantidos pela Organização das Nações Unidas?
Qual é a fronteira que delimita esse espaço e qual o papel da comunidade internacional
frente à problemática? Os Direitos Humanos devem ter caráter legal nos Estados a fim
de cumprir com seu devido objetivo?
5. Medidas em Vigor
5.1 Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos (Carta de Banjul)
O Protocolo que institui a Corte Africana de Direitos Humanos e dos Povos foi
adotado em Burkina Faso no dia 9 de junho de 1998, entretanto entrou em vigor apenas
em 25 de janeiro de 2004 após a ratificação do documento por parte de mais de 15
países. A organização possui sua sede permanente em Arusha, na República Unida da
Tanzânia.
5.4 Protocolo à Carta Africana dos Direitos Humanos dos Povos sobre os
Direitos das Mulheres na África
O Protocolo da Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos sobre os
Direitos das Mulheres na África (Protocolo de Maputo) é um dos instrumentos legais
mais progressistas que fornecem um conjunto abrangente de direitos humanos para as
mulheres africanas. Em exceção a qualquer outro mecanismo, esse detalha necessidades
substanciais para as mulheres em questão e contempla todo o espectro de direitos civis,
políticos, econômicos, sociais e culturais.
A datar sua adoção em 2003, o Protocolo de Maputo contribuiu para a trajetória
de promoção e proteção dos direitos humanos das mulheres na África. Em um primeiro
momento, desafiou os velhos estereótipos sobre o papel da mulher na sociedade e
colocou-as como parceiras plenas, em igualdade aos homens no desenvolvimento de
suas comunidades. Despontou uma obrigação moral dos Estados Membros da União
Africana para promover as mesmas oportunidades para ambos gêneros desempenharem
papéis significativos na sociedade. O Protocolo é uma demonstração da boa vontade e
do compromisso dos Estados Parte da UA de investir no desenvolvimento e no
‘empoderamento’ das mulheres, que representam a população majoritária na maioria
dos países africanos.
Através desse recurso, a África testemunhou a adoção de leis, políticas e outros
mecanismos institucionais inovadores, em nível regional, para promover os direitos
humanos das mulheres. Por exemplo, de acordo com a avaliação do Relator Especial da
União Africana sobre os Direitos das Mulheres na África, Benin adotou um código
familiar sobre igualdade de gênero que proíbe a poligamia e proporciona às crianças o
igual acesso a direitos em variados âmbitos, independentemente de seu status; a Lei de
Casamento e Divórcio Consuetudinário de Serra Leoa protege as mulheres que são
submetidas a casamentos forçados; a África do Sul desenvolveu a Promoção da
Igualdade e Prevenção da Lei de Discriminação Desleal, que é considerada a lei mais
importante com exceção de sua constituição; os arranjos de políticas em vigor incluem
a introdução do bônus escolar solidário da Argélia para estudantes de comunidades
desfavorecidas e a distribuição de livros e uniformes gratuitos para viabilizar a educação
de meninas e a alfabetização de mulheres; e a instauração de um Programa de Extensão
da Saúde na Etiópia, que envia profissionais da área para comunidades a fim de reduzir
a mortalidade materna e infantil.
6. Questões a ponderar
7. Representações
1. África do Sul
2. Bangladesh
A maior parte de sua população segue o Islã, cerca de 90%, sendo essa a religião oficial
do estado. Mesmo assim, a Constituição garante a liberdade religiosa a todos. A lei
islâmica só está presente em questões civis daqueles que seguem seus preceitos, ou seja,
as leis não são aplicadas àqueles não muçulmanos. Apesar de sua Constituição, ainda há
uma série de relatos de perseguições de praticantes de outras religiões, como católicos e
hindus.
O casamento no país é legal a partir dos dezoito anos para as meninas e vinte e um anos
para os meninos. Mesmo assim, o casamento pode ser realizado em idades menores,
sem restrições na lei, em condições especiais. Um fator singular que deve ser ressaltado
é o fato do casamento infantil estar atrelado ao tráfico humano. Muitas garotas são
vendidas por seus maridos, ou fogem para não se submeter aos abusos vindos com o
matrimônio. Dessa forma, há um aumento nos índices de exploração sexual, pedofilia,
estupros.
3. Argélia
4. China
A República Popular da China vem à reunião desta casa muito otimista para
definir diretrizes que estabeleçam limites entre a liberdade de expressão/cultural e o
direito inalienável à vida e sua integridade, garantidos ambos pela DUDH. O país possui
muita experiência para acrescentar para o comitê na questão prática, visto que na China
havia a tradição brutal de se realizar os “Pés de Lótus”, prática que consistia em quebrar
várias vezes os pés de garotas e enfaixá-los posteriormente, para se obter pés menores,
pois eram considerados mais atraentes para os homens. Tal prática milenar foi banida do
território no século XX, e atualmente o governo chinês afirma ter acabado totalmente
com os casos.
Contudo, o país se preocupa muito em até que ponto organismos internacionais,
como a própria Organização das Nações Unidas tem o direito de interferir na cultura de
um país, pois teme que futuramente tais diretrizes estabelecidas na presente reunião
possam ser usadas para interferir na soberania chinesa. Outro ponto a se considerar, é
que atualmente existem diversos relatos e pedidos de socorros internacionais de
membros de grupos religiosos minoritários de sofrerem perseguição do governo chinês
por manifestarem sua fé. Tais fatos não são confirmados pelo Estado.
5. Costa do Marfim
6. Egito
De acordo com a Lei Egípcia da Criança (2008), há uma idade mínima para o
casamento de dezoito anos. Dessa forma, o governo tenta impor uma série de sanções
visando o combate ao casamento infantil, como privação de tutela parental ou a prisão
de responsáveis. Cabe ressaltar também que a MGF foi proibida no país em 2008 com
uma emenda sob a Lei da Criança, mas o Estado não realiza investigações nem processa
adequadamente as pessoas que realizam o procedimento.
7. Etiópia
8. Austrália
9. México
10. Índia
11. Brasil
12. Nigéria
O Quênia, assim como vários outros países africanos, não pode ser analisado de maneira
simplória como unidade coletiva de país, pois abriga mais de 40 comunidades étnicas e
cada uma com tradições e modo de praticá-las diferente. Casos de violência doméstica,
mutilação genital feminina, casamento infantil e estupros ocorrem em muitas dessas
comunidades locais, como nas tribos Massai, Kalenjins, Merus, Samburus e Kissis, ao
mesmo tempo que outras já erradicaram de seus costumes tais práticas. Pensando-se
estatisticamente no todo, ações governamentais conseguiram nos últimos anos diminuir
os casos de violação dos direitos humanos, mas ainda há um longo caminho pela frente,
e, na reunião deste comitê, a representação queniana buscará métodos que busquem o
diálogo com as diferentes etnias de seu território junto com o auxílios de organismos
internacionais
14. Espanha
15. Indonésia
16. Ruanda
Cerca de metade da população é composta por menores de dezoito anos. Muitas dessas
crianças não têm registro oficial no país, prejudicando o controle, por exemplo, de
casamentos infantis ou gravidez na adolescência. A idade legal para o casamento é de
vinte e um anos, mas há persistentes casos de matrimônio em idades inferiores.
17. Suíça
A Suíça, embora sede das Organizações das Nações Unidas, possui uma relação
diferenciada com a entidade mundial: um dos últimos países a entrar na ONU (2002).
Contudo, mesmo com o atraso de um posicionamento internacional oficial, o país
sempre buscou seguir os Direitos Humanos e possui leis severas contra violações aos
direitos das crianças e mulheres, não só no território suíço como também por todo o
globo. É um dos poucos países que desde 2012 pode julgar casos como os de mutilação
genital, ou casamentos infantis e forçados que ocorreram em outros países.
Ainda existem casos de violações, como as supracitadas, na região, entretanto
organismos nacionais suíços sugerem que tais eventos ocorrem com imigrantes e/ou
descendentes dos mesmos. Em 2018 o país passou por uma “crise” cultural e criminal,
quando o Conselho Islâmico Suíço afirmou que a Mutilação Genital Feminina, ou
Circuncisão Feminina, como chamou o Conselho, é uma prática correta e que é um
direito de cada família escolher se a fará ou não, contudo o ato é crime passível de mais
de 10 anos de prisão na Suíça.
18. Bélgica
Atualmente o país belga possui índices excelentes no âmbito de casos de
violações dos Direitos Humanos. A Bélgica também promove em discussões com
organismos internacionais que sejam criadas novas campanhas mais efetivas de
proteção aos direitos das crianças e mulheres, por todo o globo, especialmente no
continente asiático e africano. Contudo, embora tenha uma atual participação ativa e
exemplar na busca pelo cumprimento dos itens acordados na Declaração Universal dos
Direitos Humanos (DUDH), no passado, o país foi responsável por grandes massacres
no continente africano, especificamente no território do Congo, sendo possível observar
até os dias atuais reflexos negativos de tais ações. Na presente reunião desta casa, o país
condenará qualquer tipo de violação física ocorrida a outro ser humano, independente
desta violação ser cabível de ser defendida com outros artigos da DUDH; buscará criar
diretrizes que protejam as vítimas de violência, como a MGF; e que solucionem o
paradoxo entre liberdade de expressão/cultural e integridade física e moral.
19. Somália
20. Rússia
Não há uma lei a nível nacional proibindo o casamento antes dos dezoito anos, apenas
em algumas províncias. Dessa forma, cerca de 21% das meninas se casam quando são
adolescentes. Isso ocorre por diversos fatores, por exemplo por normas patriarcais, para
resolver disputas e brigas, por motivo tradicional. No país não leis ou restrições quanto
a MGF, apesar de pouco divulgado, acredita-se na existência dessa prática em alguns
locais do país, como na comunidade de Bohra.
22. Iraque
A Onu Mulheres é uma entidade da própria Nações Unidas porém com certa
independência e jurisprudência própria. Tem como meta o empoderamento feminino e
crê que a educação é fator de mudança social para as garotas do mundo todo e
especialmente no continente africano, onde atua ativamente. Na reunião desta casa a
organização buscará defender a emancipação feminina em qualquer aspecto, e será
fundamental para apresentações que conciliem todos os direitos fundamentais humanos
acordados na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
25. Cruz Vermelha
8. Referências Bibliográficas
58. 28 TOO MANY: FGM, LET´S END IT. Thomson Reuters Foundation, 2018.
Disponível em: <https://www.28toomany.org/static/media/uploads/Law
%20Reports/sudan_law_report_v1_(july_2018).pdf> Acesso em: 12 janeiro
2020.