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No texto “Bernard Lonergan e Alberto Guerreiro Ramos: diálogos entre o

sujeito existencial e o homem parentético”, os autores Laís Santos, Maurício


Serafim e Daniel pinheiro, tentam aproximar as figuras do Sujeito existencial e
do Homem parentético, por perspectivas da ação humana e da ética. A
primeira, trata do indivíduo que age conscientemente. A segunda, formulada
por Alberto Guerreiro Ramos, trata de um ser racional por excelência.
Em suas obras, Guerreiro Ramos descreveu três modelos de homem. O
primeiro deles, o homem operacional, equivalente ao homo econimicus,
considerado apenas um recurso do contexto organizacional, é visto como um
ser passível, programável e ajustável aos limites da produção. O segundo, é o
homem reativo, que não se limita a recompensas materiais, mas busca
qualidade de vida e de trabalho, e preocupa-se muito com o ambiente externo
e contexto da organização, criando uma confusão entre sua indivualidade e o
ambiente inserido. Então Guerreiro Ramos formulou o homem parentético, que
procura distanciar-se do olhar interno, e separar sua individualidade da
organização, podendo agir como um espectador, de forma a ampliar sua
capacidade de compreensão do meio. Esse modelo é muito utilizado
atualmente, em tempos de rápidas mudanças, onde se faz necessário que as
organizações sejam flexíveis, e os seus indivíduos sejam capazes de
desenvolver um próprio senso crítico.
Bernard Lonergan formulou sua teoria não sobre o conhecimento, mas
sobre o desejo de conhecer. A partir disso constrói uma linha para
entendermos a realidade, e divide o conhecimento em quatro níveis de
consciência. A empírica, trata sobre as experiências e percepções. A
Intelectual, é quando o indivíduo compreende as experiências. Racional, é
quando é capaz de julgá-las. E a quarta, é a do sujeito existencial, que
compreende o significado de sua ação, e tem consciência das
responsabilidades. Essas capacidades, envolvidas na ética, permitem o sujeito
a avaliar as percepções do objeto, que é o mundo como é, e tomar decisões a
partir do juízo de valor, julgando se tal escolha vale a pena ou não. Isso dá
orientação à sua vida pessoal e conhecimento do que é real e valioso.
Os autores então aproximam os dois sobre os alicerces da consciência
crítica do homem parentético e a de responsabilidade do homem existencial,
que são profundamente desenvolvidas, buscando liberdade e autonomia do
indivíduo, de forma a desenvolver um senso ético, e atingir o bem-estar. De
fato, acredito que, a capacidade de independência e senso crítico próprio, nos
leva a olhar as coisas diferente, sendo mais fácil alcançar a realização pessoal
e o bem-estar.

Rafael Mendes do Rosário – GRR: 20203547

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