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GENÉTICA E EVOLUÇÃO

COMO FERRAMENTAS
PARA A CONSERVAÇÃO
Lilian G. Giugliano
Dept. Genética e Morfologia
UnB
Por que conservar a biodiversidade?

  Recursos biológicos – produtos


  Serviços biológicos gratuitos – níveis de O2,
controle do clima, polinização
  Estética – beleza, qualidade de vida
  Perda de informação – perda para ciência
  Ética
Frankham et al. 2002
Qual a situação atual de perda de
biodiversidade?
Qual a situação atual de perda de
biodiversidade?
Qual a situação dos biomas
brasileiros?

Bioma Proporção de
área
degradadas
Cerrado 48%
Mata Atlântica 92%
Caatinga 45%
Pantanal 17%
Amazônia 18%
Biologia da Conservação: ciência
multidisciplinar da crise
Genética
Genética de Recursos
populações naturais

Ciências
Fisiologia
Sociais

Biologia da
Ecologia conservação Ecofisiologia

Biogeografia Monitoramento
de ilhas ambiental

Biogeografia
Veterinária
histórica
Genética da conservação

APLICAÇÕES
Incertezas taxonômica
Reduzir o risco de
BASE TEÓRICA extinção
Marcadores genéticos Avaliar a estrutura de
populações
Genética molecular
GENÉTICA DA Identificar populações
Genética de populações CONSERVAÇÃO vulneráveis
Evolução Definir unidades e formas
Sistemática e de manejo
filogeografia Detectar hibridização
Forense
Modelagem e viabilidade
de populações
Quais são as contribuições?

  Contribuições do conhecimento da genética e


evolução para a conservação
  Problemas taxonômicos
  Diversidade filogenética
  Fragmentação e fluxo gênico
  Variabilidade genética e depressão endogâmica
  Modelagem – previsões sobre mudanças na
variabilidade genética e viabilidade das
populações

Frankham et al. 2002


Resolução de problemas taxonômicos

  Filogenia/filogeografia
  Delimitação de
espécies – contribuindo
para a avaliação da
riqueza de espécies
  Avaliação da
diversidade filogenética
– o quanto que o
padrão de linhagens
filogenéticas, estão
representadas.

Barker, 2002; Helmus et al. 2007


Exemplo 1. Resolução de problemas taxonômicos –
Riqueza de espécies subestimada do complexo ocellifer

Foto: C. Nogueira

Ma
Parafiletismo de C.
ocellifer e da
diversificação
durante o Plioceno

Giugliano 2009
Exemplo 2. Resolução de problemas
taxonômicos – Cnemidophorus parecis
Distância genética baseado em
dados de aloenzimas

Foto: G. R. Colli

Giugliano et. al 2006


Exemplo 2. Resolução de problemas
taxonômicos – Cnemidophorus parecis
T. merianae

K. altamazonica

C. gramivagus

C. lemniscatus 1

C. lemniscatus 2

C. ocellifer

A. ameiva

C. parecis

Giugliano et. al 2006


  Cnemidophorus parecis
(combinação de dados de
seqüência de mtDNA e
morfologia externa)
Foto: G. R. Colli

Ma
De acordo com
estudos com
aloenzimas2 e
Monofiletismos do
indica a
grupo sul americano
realocação de
fortemente suportado
C. parecis de
gênero

Giugliano 2009
Conservação da variabilidade e
estrutura genética das populações
  Unidades evolutivamente significativas devem ser
preservadas
  Moritz (1994)
  Divergência genética significativa entre populações
  Constituem componentes independentes da diversidade
intraespecífica
  O reconhecimento destas unidades são também importantes
para evitar a depressão exogâmica
Exemplo 3. Identificação de unidades
evolutivamente significativas
  Bradypus torquatus – seqüências de mtDNA (COI e HV1)

Foto: Joseph Tobias

Lara-Ruiz et al. 2008


Exemplo 3. Identificação de unidades
evolutivamente significativas

Lara-Ruiz et al. 2008


Exemplo 3. Identificação de unidades
evolutivamente significativas

Lara-Ruiz et al. 2008


Exemplo 2. Identificação de unidades
evolutivamente significativas

Lara-Ruiz et al. 2008


Exemplo 2. Identificação de unidades
evolutivamente significativas
  Conclusões
  Baixa variabilidade genética intra-populacional –
apenas uma localidade apresentou mais de um
haplótipo
  Forte estruturação genética – ↓ compartilhamento de
alelos entre as localidades
  Linhagens matrilineares tendem a permanecer em
seu local de origem
  Existência de pelo menos duas unidades
evolutivamente significativas e várias unidade de
manejo
Lara-Ruiz et al. 2008
Fragmentação

  Avaliar o grau de fragmentação e fluxo


gênico
  Fatores relacionados a fragmentação
  Necessidade de criação de corredores ou
do aumentar artificialmente a migração
(translocação)
  Variabilidade genética local
  Restabelecer populações nos locais em que
foram extintos
Exemplo 4. Estrutura genética do Physalaemus cuvieri

Descontinuidade entre populações – quais distâncias genéticas são


maiores que o esperado para a distância geográfica

Telles et al. 2007


Exemplo 4. Estrutura genética do Physalaemus
cuvieri

  Avaliação de modelos incluindo


variáveis associadas a ocupação
humana (critério de Akaike)
  Ano de criação do município e
tamanho da população humana
como preditores da
descontinuidade
  Conclusões :
  Estruturação genética – baixa
divergência entre populações
vizinhas Foto: M. Segalla
 Relação entre a estrutura
genética e o padrão de
ocupação humana

Telles et al. 2007


Diagnosticar Problemas Genéticos

  Perda de variabilidade genética


  Heterozigose (H)
  Proporção de locos polimórficos
  Diversidade haplotípica
  Depressão endogâmica
  Estimando o tamanho efetivo da população
Exemplo 5. Depressão endogâmica

  ↑ probabilidade homozigotos com alelos idênticos por


descendência.
  Exposição de alelos deletérios ou com baixo valor
adaptativo

Dietz et al. 2000


Exemplo 6. Endogamia em Myrmecophaga
tridactyla

Parque nacional de EMAS

Collevatti et al. 2007


Exemplo 6. Endogamia em Myrmecophaga
tridactyla

  O coeficiente de endocruzamento foi significativamente maior que


zero em todos os locos

  EMAS sofreu ma
queimada que
atingiu 90% do
parque em 1994.
Na época se
estimou que a
morte de 332
sobrando em
torno de 43.

Collevatti et al. 2007


Modelos e Previsões

  Previsões sobre parâmetros relacionados a


manutenção das populações
  Tamanho efetivo da população
  Manutenção da variabilidade genética da
população
  Qual a conseqüência da alteração, manejo das
variáveis
Exemplo 7. Extinção de populações de mamíferos
em unidades de conservação do Cerrado

Equação alométrica de
Silva e Downing (1995)
• Estimativa da
densidade
populacional
Modelo de Tanaka (2000)
para depressão
endogâmica
AA - 1
Aa - 1
aa – 1-s

Da Silva et al. 2008

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