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→ Passado: por analepse – o tempo da História de


LEITURA E EDUCAÇÃO Portugal anterior à viagem de Vasco da Gama.
LITERÁRIA → Futuro: o tempo da História de Portugal posterior à
viagem de Vasco da Gama e anterior a Camões. Por
OS LUSÍADAS prolepse – profecias.
Estrutura externa: Espaço
A obra Os Lusíadas, de Luís de Camões, contém: → Físico: Portugal, África e Ásia (Índia)
→ 10 cantos; → Mitológico: Olimpo, reino de Neptuno e ilha
→ 1102 estâncias; preparada por Vénus.
→ Cada canto tem um número variável de estrofes;
→ Todas as estâncias são oitavas; EPISÓDIOS DA NARRATIVA
→ Todos os versos são decassilábicos;
Inês de Castro
→ O esquema rimático é AB AB AB CC: a rima é
cruzada nos primeiros seis versos, e emparelhada → Canto III, est. 118-135
nos dois últimos. → Plano da Narração
→ Narrador: Vasco da Gama, em Melinde
Estrutura interna:
Introdução (est. 118)
Proposição: o poeta expõe o que se propõe cantar;
Invocação: o poeta invoca as Ninfas do Tejo (Tágides) para o → Contextualização: D. Afonso IV vitorioso da Batalha
inspirarem; do Salado, em Espanha
→ Apresentação do novo episódio: «Aconteceu da
Dedicatória: o poeta dedica o poema ao rei D. Sebastião.
mísera e mesquinha / Que depois de ser morta foi
Narração: Parte que constitui o corpo, em que se narram Rainha»
várias ações do herói:
Reflexão do poeta sobre o Amor (est.119)
→ Narração da viagem de Vasco de Gama à Índia (in
→ O poeta interpela o Amor e responsabiliza-o pela
media res)
morte de Inês
→ Narração de História de Portugal;
Descrição de Inês em Coimbra (ests.120-122)
→ Narração da intriga.
→ Inês é uma jovem muito bonita
CATEGORIAS DA NARRATIVA → Está apaixonada e o seu amor pelo príncipe D. Pedro
Ação é correspondido
→ Humana: os feitos do Lusitanos. A rota para a Índia; → Inês vive tranquila e feliz nos campos de Mondego,
→ Mitológica: intervenções dos deuses no destino dos emnora tenha saudades do seu amado ausente
portugueses; Decisão do rei D. Afonso IV (ests.122-123)
Personagens → O rei está descontente com o comportamento do
→ Coletivas: o povo Lusitanos (portguês) filho (D. Pedro)
→ Individuais: Vasco da Gama, os marinheiros, diversas → D. Afonso IV ordena a morte de Inês
personalidades da História de Portugal; deuses e → O poeta demonstra a sua indignação pela atitude do
outras divindade (o Adamastor, as Tágides, …) rei, referindo que a mesma espada que foi utilizada
Narrador na luta contra os mouros é agora utilizada para
→ Heterodiegético: o poeta, quando narra a viagem até matar uma donzela indefesa.
à Índia. Vasco da Gama e Paulo da Gama quando Inês e o rei (ests. 124-129)
relatam passagens da História de Portugal. → Inês é levada pelos carracos à presença do rei
→ Homodiegético: Vasco da Gama relata ao rei de (ests.124-125)
Melinde a viagem até aí. → Discurso de súplica de Inês (ests. 126-129)
→ Autodiegético: Vasco da Gama conta os feitos de que  Invocação de exemplos em que os animais
foi protagonista. selvagens cuidaram de crianças e tiveram
Tempo compaixão por elas;
→ Presente da narrativa: o tempo da viagem de Vasco  Apelo à humanidade do rei, lembrando que
da Gama. está a mãe dos seus netos;

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 Alegação de inocência, uma vez que o seu Contextualização e indícios do aparecimento do Adamastor
único pecado foi amar D. Pedro; → Localização da armada portuguesa: cinco dias após
 Sugestão de desterro na companhia dos a partida da Baía de Santa Helena, no Cabo da Boa
filhos, realçando que procurará a Esperança
misericórdia entre os animais, uma vez → Indícios da desgraça: uma noite, uma nuvem
que não a encontrou nos humanos. carregada e um bramido do mar
→ Efeito do discurso no rei → Apelo de Vasco da Gama a Deus
→ Morte de Inês Descrição do Gigante
→ Indignação do poeta e utilização indigna da espada → Disforme, gigantesta
→ Descrição de Inês morta → Rosto carrancudo, barba áspera e suja
Reflexão final do poeta (ests.132-135) → «olhos encovados»
→ Realce da crueldade do ato → Postura «medonha e má»
→ Desejo de que aquele dia seja apagado da história → Cabelos «crespos» e «cheios de terra»
→ Referência à solidariedade da Natureza perante a → «dentes amarelos»
morte de Inês → Tom de voz «horrendo e grosso»
Despedidas em Belém Discurso do Adamastor
→ Canto IV, ests 84-93 → Censura à ambição desmedida do povo português,
→ Narrador: Vasco da Gama em Melinde, recorda a em tom ameaçador
partida de Lisboa → Enumeração de vários castigos, em forma de
Descrição do porto de Lisboa (ests. 84-85) profecia, pelo atrevimento português de querer
→ O porto de Lisboa está preparado para o grande dia dominar o mar
da partida Interpelação de Vasco da Gama
→ Está tudo a postos para a partida das naus → Vasco da Gama interrompe o discurso do Gigante e
→ Os navegadores em trajes coloridos estão firmes e interpela-o
entusiasmados no seu propósito de partir, com O Adamastor faz um relato autobiográfico
realça Vasco da Gama. → Identifica-se com o Cabo das Tormentas
→ As naus robustas estão engalanadas e anunciam a → Relata a sua paixão não correspondida por Tétis
glória da descoberta de caminhos marítimos → Narra o seu conflito com os deuses do Olimpo
desconhecidos → Conta o castigo que lhe foi infligido pelos deuses por
Cerimónia religiosa (ests. 86-87) lhes ter desobedecido
→ Os marinheiros assistem a uma crimónia religiosa na → Lamenta a sua transformação em rocha junto ao
capela de Belém e pedem a Deus proteção mar, permanentemente cercado por Tétis
→ Vasco da Gama manifesta ao rei de Melinde o seu → Terminada chorando
estado de espírito no momento da partida Desaparecimento do Gigante
A dor dos que ficam (ests. 88-92) → Adamastor desaparece e com ele desfaz-se a
→ Movimentação de toda a população de Lisboa “nuvem negra”
→ Tristeza e procupação dos que ficam → Vasco da Gama agradece a Deus e pede que as
→ Destaque para o apelo sofrido da Mãe e da Esposa profecias do Gigante não se concretizem
→ Efeito nos marinheiros das palavras dos que ficam
O embarque (est.93)
→ Vasco da Gama assumo a sua posição de líder e Gramática
ordena o embarque dos marinheiros sem despedidas
para não perlongar o sofrimento.
CLASSES DAS PALAVRAS
Adamastor Adejtivo
→ Canto V, ests. 37-60
→ Narrador: Vasco da Gama, em Melinde

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Classificação dos verbos nas frases FUNÇÕES SINTÁTICAS


PRINCIPAIS A nível da frase
Os verbos principais são o núcleo (isto é, o elemento mais
importante do grupo verbal) das frases ou das orações em IDENTIFICAR UM SUJEITO
que ocorrem. O sujeito pode ser substituido por um pronome pessoal com
a mesma função sintática (eu, ele, nós, vós, elas, eles) ou por
> O Rui telefonou à Beatriz. um pronome demonstrativo (isso, isto).
> A Beatriz foi convidada pelo Rui para ir ao cinema com ele.
> Os meus amigos e eu fomos ao cinema. = Nós fomos ao
| Verbos instransitivos | cinema.
Os verbos intrasitivos não precisam de nenhum O sujeito também pode ser identificado com uma pergunta:
complemento para que o seu sentido fique completo. Quem (ou o quê) + grupo verbal?
> O Rui adoeceu. > A amizade é um bem precioso.
| Verbos transitivos | O que é um bem precioso? R.: A amizade.
Diretos: selecionam complemento direto |Sujeito simples|
> O Rui viu a Beatriz.
O sujeito simples é constituído por uma expressão cujo núcleo
é um nome ou um pronome, num singular ou no plural.
Indiretos: selecionam complemento indireto ou oblíquo. > O gato brinca com a bola.
> O Rui telefonou à Beatriz. > Eles jogam às cartas.
> O Rui falou com a Beatriz. |Sujeito composto|
O Sujeito composto é constituído por uma expressão cujo
Diretos e indiretos: selecionam os complementos direto e núcleo tem mais do que um nome ou pronome.
indireto, ou os complementos direto e oblíquo. > O gato e o rato brincam com a bola.
> O Rui ofereceu um livro à Beatriz. > Tu e eu somos inseparáveis.
> O Rui colocou o livro na mesa. |Sujeito subentendido|
O sujeito subentendido pode ser recuperado através da flexão
COPULATIVOS verbal ou do contexto.
ficar, estar, parecer, permanecer, revelar-se, tornar-se, > Vou ao cinema. (eu)
ser, continuar. |Sujeito indeterminado|
O sujeito indeterminado não é identificável através da flexão
AUXILIARES verbal e refere-se a uma entidade indeterminada.
Os verbos auxiliares ocorrem antes dos principais. Logo, estes > Telefonaram para ti. (não se sabe quem telefonou)
formam os tempos compostos (verbos ter ou haver) e os
tempos da passiva (verbo ser) IDENTIFICAR PREDICADO
O predicado pode identificar-se através da pergunta: o que
> O Rui tem falado muito sobre a Beatriz. (tempo composto) faz/aconteceu/passa o/ao/com o sujeito?
> O Rui foi levado ao palco.
> Ele comprou um livro.
Pronominalização VOCATIVO
A pronominalização é o termo utilizado para designar a O vocativo designa-se como a pessoa ou a entidade a quem o
substituição de um nome por um pronomo (pessoal, sujeito se dirige. Pode aparecer em diversos locais da frase e
demonstrativo ou possessivo)
surge sempre isolado por vírgulas.
> Eu li-o. (o= pronome pessoal; complemento direto)
> O João pediu-lhes. (lhes= pronome pessoal; complemento > Meninos, tenham juízo!
indireto)
A nível do grupo verbal
> A professora mostrou a caneta e deu-lha. (lha=
complemento indireto (lhe) + complemento direto (a)) IDENTIFICAR COMPLEMENTO DIRETO
Surge como resposta à pergunta: o que é que?, colocada
antes do sujeito e do verbo.
> Comi um morango. (O que é que eu comi? R.: um morango)

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Pode ser substituído pelo pronome pessoal o, a, os, as; ou por Sujeito Complemento agente da
um pronome pessoal átono me, te, se, o, a. passiva, antecedido da
>Eu coloquei a fotografia na moldura (Eu coloquei-a na moldura.) preposição por (simples ou
contraída)
IDENTIFICAR COMPLEMENTO INDIRETO Predicado Verbo auxiliar ser (tempo e
Surge como resposta à pergunta: a quem é que?, colocada modo verbais do verbo
antes do sujeito e do verbo. principal na frase ativa) +
> Ele telefonou à namorada. (A quem é que ele telefonou? R.: verbo principal no particípio
à namorada)
Pode ser substituído pelo pronome pessoal lhe, lhes; ou pelo ORAÇÕES COORDENADAS E
pronome pessoal átono me, te, lhe, nos, vos, lhes.
SUBORDINADAS
> Os meus amigos responderam à professora. (Os meus
amigos responderam-lhe) Coordenação
As orações que constituem uma frase complexa podem estar
PREDICATIVO DO SUJEITO ligadas por uma coordenação. As orações coordenadas são
O predicativo do sujeito ocorre em verbos copulativos para, duas ou mais orações sintaticamente equivalentes e
referindo-se ao sujeito, completar o significado do verbo. independentes de si.
> Já pareces uma senhora. > Fui a tua casa, mas não estavas.
> Isto é meu. As orações coordenadas também podem ser ligadas por
advérbio/locuções adverbiais conectivos, que podem co-
ocorrer em conjunções.
IDENTIFICAR COMPLEMENTO OBLÍQUO
>Tenho frio, portanto vou ligar o aquecimento.
Os verbos que selecionam o complemento oblíquo não se
conjugam sem peposição (abdicar de, competir com, duvidar
de, votar em, viver em …). Coordenação Conjunção Valor
Alguns verbos que selecionam o complemento oblíquo indicam copulativa e, nem, não só … como Adição
localização especial ou movimento. também
> Ele vive no Porto. adversativsa mas Oposição
disjuntiva ou Alternância
INDENTIFICAR COMPLEMENTO AGENTE DA PASSIVA conclusiva logo Conclusão
Através da pergunta: sujeito+ verbo na passiva + por quem explicativa pois Explicação
ou que coisa?
> O livro foi aberto pelo aluno. (O livro foi aberto por quem?
Subordinação
R.: pelo aluno)
Corresponde ao sujeito na frase ativa.

FRASES ATIVAS E FRASES


PASSIVAS
A frase pode ser considerada:
→ Frase ativa quando é colocado em destaque o agente Nota: orações subordinadas adjetivas relativas explicativas
que realiza a ação. encontram-se isoladas entre vírgulas.
> O cão roeu os chinelos.
→ Frase passiva quando se destaca a ação realizada.
> Os chinelos foram roídos pelo cão.
Transformação de uma frase ativa em
frase passiva
Frase ativa Frase passiva
Complemento direto Sujeito

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