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Introdução
As Transformadas, que levam um sinal de um domínio para outro (p.e. Tempo - Frequência) ocupam
um papel primordial nos procedimentos de Análise e Síntese de Sinais e Sistemas, pois possibilitam a
solução de problemas de uma forma relativamente mais simples.
Cada tipo de Transformada tem um nicho de aplicação preferencial em relação ao uso de outra.
Como exemplo de importantes tipos de Transformadas, e algumas importantes aplicações preferenciais,
temos:
i) Transformada Unilateral de Laplace - Transforma equações integro diferenciais no domínio do tempo
em equações algébricas, no domínio da freqüência, facilitando sobremaneira a obtenção de respostas em
regime transitório e permanente.
ii) Transformada Bilateral de Fourier - Facilita sobremaneira a obtenção de resposta em regime
permanente senoidal.
iii) Transformada z – Utilizada na análise de sinais digitais.
iv) Transformada Wavelet –Usada no processamento de sinais, compressão de dados e redução de ruído.
v) Transformada de Hilbert – Sendo o objetivo deste trabalho expor propriedades e tabelas dessa
Transformada, em particular, serão aqui discutidos importantes temas a ela relacionados e enumeradas
algumas aplicações, onde costuma ser utilizada.
Sempre que é desejado um completo entendimento de um sinal, ou de um sistema, são necessárias
duas informações para se passar de um domínio para outro. Como exemplos (entre outros) de duas
informações, podemos citar:
a) Magnitude e fase.
b) Magnitude e a parte real.
c) Fase e a parte imaginária.
d) Pólos e zeros.
e) Magnitude e a informação, nos casos de fase mínima.
f) Fase e a informação, também nos casos de fase mínima.
Nestes dois últimos itens, em particular, podemos citar uma importante aplicação da Transformada de
Hilbert: a obtenção da fase, a partir da magnitude, ou da magnitude conhecida a fase. Ou seja, em casos de
fase mínima existe uma relação biunívoca entre magnitude e fase e a relação é dada por essa Transformada.
Daí pode-se inferir uma importante conclusão: os Filtros Seletores de Sinais (Analógicos Contínuos)
Passa-baixas, Passa altas, Passa-Faixa e Rejeita-Faixa apresentam Funções de Transferência de fase mínima,
pois tem seu pólos no semi-plano lateral direito aberto e todos os zeros no eixo imaginário (no plano “s”da
Transformada de Laplace). Seus projetos são baseados em características desejadas de Magnitude e,
portanto, a fase está biunivocamente relacionada pela Transformada de Hilbert. Então, caso as características
de fase provoquem distorções de imagem ou no formato de pulsos, uma solução é associar em cascata
sistemas de fase máxima (filtros Passa-tudo) como uma tentativa de linearização da fase.
A Transformada de Hilbert, criada pelo matemático David Hilbert, nascido na Alemanha em 23-01-
1862, e falecido em 14-02-1943, é definida pela convolução (representada por *) entre x t e a transformada
de Hilbert do impulso, 1/ t , nas duas formas abaixo, sendo x t um sinal real.
1 1 x 1 1 x t
H x t xˆ t x t * d H x t x̂ t * xt d
t t t
Representações equivalentes da Transformada de Hilbert.
Convolucionar no tempo por 1/ t é equivalente a multiplicar por j sgn o que não provoca
alteração na amplitude, nem no espectro de freqüência, apenas deslocando a fase de / 2 para as freqüên-
cias positivas, e de / 2 para as negativas. Assim, a transformada de Hilbert adianta a fase em / 2 rd.
x t cos d t
A Transformada de Hilbert:
Não provoca mudança de domínio.
Uma função do tempo, depois de transformada, continua sendo uma função do tempo e, analogamente, uma
função da freqüência continua no domínio da freqüência. Seu efeito é semelhante ao de uma integração.
Introduz um atraso de / 4 , em todas as freqüências do sinal, no domínio do tempo.
Provoca uma rotação de fase de 90 o , em todas as freqüências do sinal, no domínio da freqüência.
Não provoca alterações na amplitude.
Assim, o valor médio quadrático (rms) de um sinal, e o de sua transformada, deverão ser iguais.
Isto permite a comparação entre resultados obtidos por métodos exatos e aproximados.
π
sen ω t ± sen t cos sen cos t sen t 0 1 cos t ± cos ω t
2 2 2
π
cos ω t ± cos t cos sen sen t cos t 0 1 sen t sen ω t
2 2 2
Hilbert viveu para ver os nazistas acabarem com muitos membros do corpo docente da Universidade
de Göttingen, em 1933. Entre os expulsos estavam Hermann Weyl (que assumiu a posição de Hilbert quando
ele se aposentou, em 1930), Emmy Noether e Edmund Landau. Obrigado a deixar a Alemanha, Paul
Bernays, havia colaborado com Hilbert na Lógica Matemática e publicou junto com ele o livro "Grundlagen
der Mathematik" (Princípios da Matemática, publicado em 2 volumes em 1934 e 1939), como conseqüência
do livro de Hilbert-Ackermann 'Princípios da Lógica Matemática' em 1928.
Quando Hilbert morreu, em 1943, os nazistas haviam acabado de recompor a equipe da universidade,
na medida em que muitos dos ex-professores eram judeus ou tinham cônjuges judeus.
O funeral de Hilbert foi assistido por menos de uma dúzia de pessoas, dos quais somente dois eram colegas
acadêmicos, entre eles Arnold Sommerfeld, um físico teórico e também nativo de Königsberg.
A notícia de sua morte só se tornou amplamente conhecida no mundo seis meses após seu falecimento.
O epitáfio em sua lápide em Göttingen consiste nas famosas frases por ele proferidas na conclusão do
seu discurso de aposentadoria para a Sociedade Alemã de cientistas e Físicos em 8 de Setembro de 1930.
As palavras parafraseavam a máxima latina: "Ignoramus et ignorabimus" ou "Não sei, não saberemos":
Wir müssen wissen. Wir werden wissen e, em português: Devemos saber. Saberemos.
https://pt.wikipedia.org/wiki/David_Hilbert
Aplicações da Transformada de Hilbert
A transformada de Hilbert é usada nos mais diversos ramos da tecnologia, tais como engenharia
elétrica, eletrônica, sismologia, vibrações mecânicas, medicina, etc …
Aplicações típicas:
Análise de vibrações em motores e rolamentos
Modulação e demodulação de sinais em sistemas de comunicação
Processamento e codificação de imagens
Eletro medicina
Análise de sinais sismológicos
http://www.rand.org/content/dam/rand/pubs/research_memoranda/2008/RM3439.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transformada_de_Hilbert
x a t x t j xˆ t = Sinal Analítico
A e cos d t sen d t A e
t 2 2 2 t 2
x a t x e t 1 A e t
A = 1 σ = 1 Fd = 1 Hz
x t cos t x cos
1 x 1 cos 1 cos
H x t xˆ t d d d
t t t
t y cos cos t y
y t dy d
t y cos cos t cos y s en t s en y
1 cos 1 cos t y
H x t x̂ t
d dy
t y
1 cos y s en y
H x t xˆ t cos t s en t dy
y y
cos y s en y
y
dy 0 Função ímpar y
dy Função par
1
H x t H cos t x̂ t cos t 0 s en t s en t
1
H x t H cos t x̂ t cos t 0 s en t s en t
x t sen t x sen
1 x 1 sen
H x t x̂ t
t
d d
t
1 cos y s en y
H x t x̂ t sen t dy cos t dy
y y
1
H x t sen x̂ t sen t 0 cos t cos t
H x t sen xˆ t cos t
1 1 x t
Utilizando a Definição H x t x̂ t * xt d
t
A definição acima também pode ser usada para calcular a transformada de Hilbert.
Calcular H cos t
x t cos t x t cos t
1 x t 1 cos t
H x t x̂ t d d
1 cos t cos 1 s en t s en
H x t x̂ t d d
cos t cos s en t s en
H x t x̂ t d d
cos y s en y
y
dy 0 Função ímpar y
dy Função par
cos t s en t
H x t xˆ t = H cos t 0 0 s en t
H x t x̂ t = H cos t s en t
Calcular H sen t
x t sen t x t sen t
1 x t 1 sen t
H x t x̂ t d d
sen t cos t
H x t xˆ t = H sen t 0 0 cos t
H x t x̂ t = H sen t cos t
Cálculo de H e jt sabendo-se que H cos t s en t e H s en t cos t
s en t j
H e jt j cos t j j s en t cos t
j j
H e j cos t j s en t j e jt
j t
s en t j
H e jt j cos t j j s en t cos t
j j
H e j t
j cos t j s en t j e jt
Exemplo de sinal modulado com envelopes diferentes. Sinal modulado (azul) com envelopes simétricos.
A componente de alta freqüência, em azul, é a portadora (carrier).
O sinal modulante (informação) tem metade da freqüência O envelope tem metade do período (dobro da freqüência)
(dobro do período) do envelope. do sinal modulante (informação).
Modificado de https://en.wikipedia.org/wiki/Envelope_(waves)#cite_note-Johnson-1
Para ilustrar os conceitos acima vamos utilizar a soma de dois sinais de freqüências muito próximas,
o que produz um efeito chamado batimento, que nada mais é que a modulação em amplitude, abaixo.
æ F2 - F1 ö÷ æ F2 + F1 ÷ö
ç ç
cos (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) + cos (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t) = 2 ⋅ cos çç2 ⋅ p ⋅ ⋅ t÷÷÷⋅ cos çç2 ⋅ p ⋅ ⋅ t÷÷÷
ççè 2 ø÷ ç
çè 2 ÷ø
Vamos começar a análise pela equação com os produtos, que é de manipulação mais simples.
( )
Como a freqüência do primeiro termo F2 - F1 / 2 é bem menor que a do segundo F2 + F1 / 2 , poderá ( )
ser utilizada a identidade de Bedrosian: H f x g x f x H g x .
æ F2 - F1 ö÷ æ F2 + F1 ö÷
ç çç
ç
x = 2 ⋅ cos ç2 ⋅ p ⋅ ÷
⋅ t÷÷⋅ cos ç2 ⋅ p ⋅ ⋅ t÷÷÷
ççè 2 ÷ø ççè 2 ø÷
æ F2 - F1 ö÷ é æ F2 + F1 ö÷ úù
ç ê ç
H éêë x ùúû = 2 ⋅ cos çç2 ⋅ p ⋅ ⋅ t÷÷÷⋅ H ê cos çç2 ⋅ p ⋅ ⋅ t÷÷÷ ú
ççè ø÷ ç
2 ê
ë
çè 2 ø÷ úû
æ F2 - F1 ö÷ æ F2 + F1 ö÷
ç ç
H éëê x ùûú = 2 ⋅ cos çç2 ⋅ p ⋅ ⋅ t÷÷÷⋅ sen çç2 ⋅ p ⋅ ⋅ t÷÷÷
ççè 2 ÷ø ççè 2 ø÷
ax = x + j H x
F F1 F F1 F F1 F F1
ax = 2 cos 2 2 t cos 2 2 t + j 2 cos 2 2 t sen 2 2 t
2 2 2 2
F F1 F F1 F F1
ax = 2 cos 2 2 t cos 2 2 t + j sen 2 2 t
2 2 2
2 2
æ F2 - F1 ö÷ é æ F2 + F1 ö÷ùú é æ F2 + F1 ÷öùú
ç ê çç ê çç
ex = ax = 2 ⋅ cos çç2 ⋅ p ⋅ ⋅ t÷÷÷ ⋅ êcos çç2 ⋅ p ⋅
÷
⋅ t÷÷ú + ê sen ç2 ⋅ p ⋅ ⋅ t÷÷÷ú
ççè 2 ø÷ ê çè 2 ÷
øúû ê ç
èç 2 ÷øú
ë ë û
æ F2 - F1 ö÷
ç
⋅ t÷÷÷ ⋅ 1 cos a sen a 1
2 2
ex = ax = 2 ⋅ cos çç2 ⋅ p ⋅ pois
ççè 2 ø÷
Envelope Sinal Modulante (Informação)
æ F2 - F1 ö÷ æ F2 - F1 ö÷
ç ç
ex = ax = 2 ⋅ cos çç2 ⋅ p ⋅ ⋅ t÷÷÷ em = 2 ⋅ cos çç2 ⋅ p ⋅ ⋅ t÷÷÷
ççè ççè ø÷
2 ø÷ 2
Resolvendo Para o Sinal Soma
Componentes Sinal Resultante
x1 = cos (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) x 2 = cos (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t) x = x1 + x 2 = cos (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) + cos (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t)
H éêë x ùúû = s en (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) + s en (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t) ax = x + j H x
2 2
ex = ax = écos (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t) + cos (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t)ù + ésen (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t) + sen (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t)ù
ëê 1 2 ûú êë 1 2 úû
2 2 2
2 2
é cos (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t) + cos (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t)ù + ésen (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t) + sen (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t)ù = ...
ëê 1 2 ûú ëê 1 2 ûú
2 2
+ éê cos (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t)ùú + éêcos (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t)ùú + 2 ⋅ cos (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) ⋅ cos (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t) + ...
ë û ë û
2 2
+ éê sen (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t)ùú + éêsen (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t)ùú + 2 ⋅ sen (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) ⋅ sen (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t)
ë û ë û
2 2
é cos (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t) + cos (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t)ù + ésen (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t) + sen (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t)ù = ...
êë 1 2 úû êë 1 2 úû
2 2 2 2
+ éê cos (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t)ùú + éêsen (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t)ùú + éêcos (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t)ùú + éê sen (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t)ùú + ...
ë û ë û ë û ë û
2 ⋅ cos (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) ⋅ cos (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t) + 2 ⋅ sen (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) ⋅ sen (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t)
2 2
é cos (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t) + cos (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t)ù + ésen (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t) + sen (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t)ù = ...
êë 1 2 úû êë 1 2 úû
+ 1 + 1 + 2 ⋅ cos (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) ⋅ cos (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t) + 2 ⋅ sen (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) ⋅ sen (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t)
2 2
é cos (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t) + cos (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t)ù + ésen (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t) + sen (2 ⋅ p ⋅ F ⋅ t)ù = ...
ëê 1 2 ûú ëê 1 2 ûú
+ 2 + 2 ⋅ cos (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) ⋅ cos (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t) + 2 ⋅ sen (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) ⋅ sen (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t)
( )
2 ⋅ cos (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) ⋅ cos (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t) = cos éê2 ⋅ p ⋅ F2 - F1 ⋅ tùú + cos éê2 ⋅ p ⋅ F2 + F1 ⋅ tùú
ë û ë û ( )
Desenvolvendo o produto de senos:
Como 2 sen a sen b cos a b cos a b e como cos a b cos b a , vem:
( )
2 ⋅ sen (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) ⋅ sen (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t) = cos éê2 ⋅ p ⋅ F2 - F1 ⋅ tùú - cos éê2 ⋅ p ⋅ F2 + F1 ⋅ tùú
ë û ë û ( )
Somando os produtos de senos e cossenos:
2 ⋅ cos (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) ⋅ cos (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t) + 2 ⋅ sen (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) ⋅ sen (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t) = ...
( ) (
+ cos éê2 ⋅ p ⋅ F2 - F1 ⋅ tùú + cos éê2 ⋅ p ⋅ F2 + F1 ⋅ tùú + ...
ë û ë û
)
( ) (
+ cos éê2 ⋅ p ⋅ F2 - F1 ⋅ tùú - cos éê2 ⋅ p ⋅ F2 + F1 ⋅ tùú
ë û ë û
)
(
2 ⋅ cos (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) ⋅ cos (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t) + 2 ⋅ sen (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) ⋅ sen (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t) = 2 ⋅ cos éê2 ⋅ p ⋅ F2 - F1 ⋅ tùú
ë û )
( )
ex 2 = éê cos (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) + cos (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t)ùú + éê sen (2 ⋅ p ⋅ F1 ⋅ t) + sen (2 ⋅ p ⋅ F2 ⋅ t)ùú = 2 + 2 ⋅ cos éê2 ⋅ p ⋅ F2 - F1 ⋅ tùú
2 2
ë û ë û ë û
1 cos 2 a
Como cos a vem: 4 cos a 2 cos a 2 2 cos 2 a
2 2 2
2 2
F2 - F1
Como 2 ⋅ a = 2 ⋅ p ⋅ (F2 - F1 ) ⋅ t temos que a = 2⋅p⋅ ⋅t logo:
2
2
F2 F1
2 cos a 2 cos 2 2 t 2 2 cos 2 F2 F1 t ex
2 2
2
é æ F2 - F1 ÷öùú æ F2 - F1 ÷ö
ê çç ç
ex = ê 2 ⋅ cos çç2 ⋅ p ⋅ ⋅ t÷÷÷ú = 2 ⋅ cos çç2 ⋅ p ⋅ ⋅ t÷÷÷
ê çè 2 ÷øú ççè 2 ÷ø
ë û
Conforme podemos constatar, este segundo desenvolvimento, embora mais trabalhoso que o
primeiro, levou ao mesmo resultado.
Resumindo:
No domínio do tempo o envelope de um sinal x t pode ser visualizado como as linhas de contorno, superior
e inferior, que o delimitam.
No entanto essa linha imaginária pode ser transformada em um sinal e t (envelope) obtido a partir de x t .
æ F2 - F1 ÷ö æ F2 + F1 ÷ö
ç ç
cos (2 ⋅ π ⋅ F1 ⋅ t ) + cos (2 ⋅ π ⋅ F2 ⋅ t ) = 2 ⋅ cos çç2 ⋅ π ⋅ ⋅ t ÷÷÷ ⋅ cos çç2 ⋅ π ⋅ ⋅ t ÷÷÷
çç 2 ÷
÷ çç 2 ÷÷ø
è ø è
Informação (Sinal Modulante) , em azul.
æ F2 - F1 ö÷
ç
2 ⋅ cos çç2 ⋅ π ⋅ ⋅ t ÷÷÷
çç
è 2 ø÷÷
Envelope do sinal produto
Sinal Modulado Tipo Dual Side Band Suppressed Carrier ( DSB – SC )
Em telecomunicações é muito comum que uma componente de alta freqüência, denominada portadora
(Carrier), tenha uma de suas propriedades (amplitude, freqüência ou fase) modificada por um sinal de baixa
freqüência (voz, por exemplo) permitindo que o sinal de baixa freqüência seja transmitido a longas distan-
cias. Um dos métodos mais comuns é a modulação em amplitude que pode se apresentar com a portadora e
duas bandas laterais, as bandas laterais sem a portadora (este caso), apenas uma das bandas laterais, etc …
Na recepção, através de um processo denominado demodulação, a informação transmitida é extraída.
ec cos 50 t Sinal da Portadora (Carrier)
H es ês 4 cos 2 t 6 s en 3 t sen 50 t
e a e s j H e s e s j ês
cos 50 t sen 50 t 1
2 2
Como
ee 4 cos 2 t 6 s en 3 t Envelope
Exemplos de Modulação em Amplitude com a Portadora Suprimida.
cos a b cos a cos b sen a sen b sen A B sen A cos B sen B cos A
cos a b cos a cos b sen a sen b sen A B sen A cos B sen B cos A
cos a b cos a cos b sen a sen b sen A B sen A cos B sen B cos A
a 50 t b 2t A 50 t B 3 t
Banda Lateral Inferior - LSB Componentes do Sinal DSB - SC Banda Lateral Superior - USB
2 cos 50 - 2 t - 3 sen 50 - 3 t Portadora Suprimida 2 cos 50 + 2 t - 3 sen 50 + 3 t
Notar a ausência da portadora, que foi suprimida, neste tipo de modulação.
Em Em
e t Ec 1 cos 2 Fm t cos 2 Fc t Km índice de modulação
Ec Ec
e t Ec 1 Km cos 2 Fm t cos 2 Fc t 0 Km 1
cos 2 Fc Fm t cos 2 Fc Fm t
cos 2 Fm t cos 2 Fc t
2 2
Km Ec Km Ec
e t Ec cos 2 Fc t cos 2 Fc Fm t cos 2 Fc Fm t
2 2
Km Ec Km Ec
cos 2 Fc Fm t USB cos 2 Fc Fm t LSB
2 2
Exemplo
Portadora Km = 10 % Km = 50 % Km = 100 %
ec cos 50 t e m 0,1 cos 2 t e m 0,5 cos 2 t e m 1 cos 2 t
Como a freqüência angular do sinal modulante 2 rad / s é menor que a freqüência da portadora
50 rad / s , poderá ser utilizada a identidade de Bedrosian: H f x g x f x H g x .
H es H Ec 1 Km cos 2 Fm t cos 2 Fc t Ec 1 Km cos 2 Fm t H cos 50 t
H es ês Ec 1 Km cos 2 Fm t sen 50 t
cos 50 t sen 50 t 1
2 2
Como
Sinais modulantes com freqüência angular 2 rad/s e amplitudes 1, 0,5 e 0,1 correspondentes a Km = 100 %, 50 % e 10 %.
y = f x = 2 x 2 - 6 y = f x = 0,1 x 3 y = f x = x 4 - 2 x 3
http://www.matematicadidatica.com.br/FuncaoParImpar.aspx
Multiplicação de Funções
par par = par ímpar ímpar = par par ímpar = ímpar par = ímpar
2 2
y = f x = e -a x y = f x g x = e -ax x
Função Par: as áreas (iguais) se somam. Função Par Ímpar = Ímpar: as áreas (iguais) se cancelam.
cos x s en x
x
dx 0 Função ímpar x
dx Função par
s en x
para 0
s en x
2 dx para 0
x s en x
0 x
dx 0 para 0 = x
dx 0 para 0
s en x para 0
para 0 2
dx
2 0 x
http://www.colby.edu/chemistry/PChem/notes/Integral.pdf
sen ω t f t
Anexo 2 Cálculo de t
dt sabendo-se que 0 t
dt = 0
F S ds
s
f t sen t L f t FS f t cos t L f t FS
s 2
2
s 2
2
f t
f t dt 2 f t dt
0
0 t
dt
0
FS ds onde FS L f t
a x
2 2
dx = tg -1 tg 1 tg 1 0 0
0 x + a a0 2 2
Relações Úteis.
f t sen t
f t sen t
t t
f t sen t
0 t
dt =
0 t
dt 0
FS ds 0 s 2
2
ds
s 1
tg
sen t
1 s
0 dt 2 ds 2 1
ds tg
t 0 s 2 0 s 2
0
0
sen t
s
dt tg 1 tg 1 tg 1 0 0
0 t 0 2 2
sen t sen t
f t dt 2 f t dt
0 t
dt 2
0 t
dt 2
2
sen t
t
dt
x 1 1 1
0 2
x + a 2
dx = L N x 2 + a 2
2 0
2
LN 2 + a 2 LN 0 + a 2
2
0 x 1 1 1
x 2 + a 2 dx = 2 L N x + a LN 2 + a 2 LN 0 + a 2
2 2
0 2 2
x 0x x x x
x + a2
2
dx = x + a2
dx +
2 0 x + a2
2
dx = 0 x + a2
2
dx + 0 x + a2
2
dx = 0
Relações Úteis
f t cos t
f t cos t
t t
f t cos t s
0 t
dt =
0 t
dt 0
FS ds 0 s 2
2
ds
cos t
s 1 1
0 t
dt 0 s
2 2
ds L N s 2 2
2 0
2
LN 2 2 LN 0 2 2
cos t 1 1 1
dt L N L N 2 L N L N 2 L N 2
0 t 2 2 2
cos t cos t
0 cos t cos t cos t
t
dt t dt 0 t
dt 0 t
dt 0 t
dt 0
cos t
t
dt 0
Simetria ímpar (em relação à origem) da função cos x / x . A função tende para infinito em x = 0 .
As áreas (integral) de - a 0 e de 0 a são simétricas. A integral de - a + (soma das anteriores) é nula.
cos x
Anexo 4 Cálculo de x
dx Utilizando Desenvolvimento em Série de Maclaurin
x2 x4 x6
cos x 1 ...
2! 4! 6!
cos x 1 x x3 x5
...
x x 2! 4! 6!
cos x x2 x4 x6
x dx L N x ... C
2 2! 4 4! 6 6!
cos x
x 2k
x dx L N x 1 2 k 2 k ! C
k
k 1
cos x cos x
cos x
x
dx Função Par
x
Função Ímpar Função Par
No gráfico acima, obtido pelo desenvolvimento em série de Maclaurin da função cosseno foram E-
cessários 21 termos para se conseguir um bom resultado (tendo sido feito o mesmo no desenvolvimento da
função seno, na página seguinte.
sen x
Anexo 5 Cálculo de x
dx Utilizando Desenvolvimento em Série de Maclaurin
x3 x5 x7
sen x x ...
3! 5! 7!
sen x x2 x4 x6
1 ...
x 3! 5! 7!
sen x x3 x5 x7
x dx x
3 3!
5 5!
7 7!
... C
sen x
k 1 x
2 k 1
x dx 1
k 1
2 k 1 2 k 1!
C
sen x sen x
sen x
x
dx Função Ímpar
x
Função Par Função Ímpar
sen X
X em rd sen X
X
0,0100 0,0100 1,0000
0,0500 0,04998 0,9996
0,1000 0,0998 0,9983
0,1500 0,1494 0,9963
0,2000 0,1987 0,9933
0,2500 0,2474 0,9896
0,3000 0,2955 0,9851
0,3500 0,3429 0,9797
0,4000 0,3894 0,9735
0,4500 0,4350 0,9666
0,5000 0,4794 0,9589
Fig. 10
+ sen t
Anexo 6 Cálculo de - t
dt - Outra Forma
sen t sen t
t
dt 2
t
dt (pois a função é par)
1
Fazendo
t
e st ds (mudança de variável) , vem:
sen t sen t
dt 2 dt 2 e st ds sen t dt
t t
sen t sen t
dt 2 dt 2 e st sen t dt ds
t t
1
Como e st sen t dt L sen t
1 s2
sen t sen t 1
dt 2 dt 2 ds = 2 tg 1 s 2 0
t t 1 s 2 0
2
sen t
t
dt
Disponível em: http://www.claysturner.com/dsp/hilberttransforms.pdf
+ sen ω t
Cálculo de - ωt
dt - Utilizando o Desenvolvimento Acima
sen t 2 sen t 2
dt dt e st sen t dt ds
t t
2
Como e s t
sen t dt L sen t 2
s2
sen t 2 sen t 2 2
t
dt
t
dt
2 s 2
ds
2 1 s s
Como s
2 2
ds = 2 tg 1 = tg 1
sen t 2 sen t
2 2 s
t
dt
t
dt
s
2 2
ds = 2 tg 1
0
2 0
2
sen t
t
dt
Anexo 7 Definição Mais Elaborada da Transformada de Hilbert
Esta definição objetiva prevenir eventuais problemas causados pela descontinuidade em t para t .
1 x
x̂ t H x t VP d onde VP = Valor Principal de Cauchy, dado por:
t
x t x x
VP d lim d lim d
t
0 t 0 t t
1 x 1 t x 1 x
x̂ t H x t VP d lim d lim d
t
0 t 0 t t
Bibliografia
sen x
The Integral x dx
11
1909, 7 Mathematical Gazette, 5, pages 98 - 103
Disponível em: http://www.math.harvard.edu/~ctm/home/text/class/harvard/55b/10/html/home/hardy/sinx/sinx.pdf
GATE-EC
15 http://www.sandeepsingh.net/ Nota: Excelente site, com muitas informações úteis.
Signals and Systems: http://www.sandeepsingh.net/Signals%20and%20systems.htm#_Toc403556054
f x H f x
1 K 0
2 e jx j e jx
3 e jx j e jx
4 sen x cos x
5 cos x sen x
sen 2 x
sen x
2
6
2
cos 2 x
cos x
2
7
2
1
8 x
x
1
9 x
x
x 1
10
x2 1 x 1
2
1 x
11 2
x 1
2
x 1
x2 1 2x
12
x 1 x 1
2 2 2
2
x 1 x2
13
x 1 2 x 2 1
2 2 2
1
x
1 2
14 rect x LN Função retangular
1
x
2
1 x 1 x2
15 tri x LN LN 2 Função triangular
x 1 x 1
sen x cos x 1
16 sinc x Função seno cardinal
x x
sen x cos x 1 Função seno cardinal
17 sinc x
x x normalizada