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Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações

ES-010
Técnicas de armar as estruturas de
concreto
Mecanismos resistentes do concreto armado

Prof. João Carlos Della Bella


Prof. Túlio N. Bittencourt

1º Ciclo
Tópico 05
• Mecanismos resistentes do concreto armado

– Regra das costuras


– Regra generalizada das costuras
– Concreto cintado
– Blocos parcialmente carregados
– Fendilhamento dos blocos parcialmente carregados
– Armadura contra o fendilhamento
– Zonas de regularização de tensões
– Método das bielas e tirantes
– Dimensionamento das bielas e tirantes
– Armaduras de Controle da fissuração
Regra das costuras
• Finalidade:
– Determinação das armaduras transversais resistentes
a esforços tangenciais quando não há uma base mais
precisa para sua determinação
• Estabelecimento da regra das costuras

Armadura de
costura
Regra das costuras

τd: tensão de cisalhamento


σ1, σ2: tensões principais
Inclinação da armadura: α
Regra das costuras
• Hipótese Básica
– Fissuração da peça segundo um ângulo θ ≅ 45º com o
Plano P de cisalhamento, considerando que a
inclinação das fissuras coincida com a efetiva
inclinação das bielas diagonais de compressão:
Regra das costuras
• Inclinação das fissuras θ = 45º
Resultados satisfatórios para atan(2/3) ≤ θ ≤ atan(3/2)
atan( 2/3) atan(1) atan(3/2)
Ângulo 33,69º 45º 56,31º
sen θ 0,555 0,707 0,832
cos θ 0,832 0,707 0,555
2senθ cosθ 0,924 1,000 0,924

• Equilíbrio:
– Bielas de concreto comprimidas
– Barras de aço tracionadas
Chamando-se de vd o valor de cálculo do esforço
tangencial por unidade de comprimento, tem-se
v d = b ⋅ τd
e analogamente td e cd (esforços de tração na armadura
e de compressão no concreto por unidade de
comprimento)
Regra das costuras

Do equilíbrio:
cd
t d ⋅ sen α = c d ⋅ sen θ =
2
cd
v d = t d ⋅ cos α + c d ⋅ cos θ = t d ⋅ cos α +
2
Cálculo da Armadura
v d = t d ⋅ (sen α + cos α )

ou seja
vd b ⋅ τd
td = =
sen α + cos α sen α + cos α

a tensão na armadura transversal vale


t ⋅s τd ⋅ b ⋅ s t st = espaçamento das camadas de
σ st = d t = armadura
A st (sen α + cos α ) ⋅ A st
Ast = área de aço de cada camada
de armadura
Regra das costuras

v d ⋅ st
σ st ≤ fyd → A st =
fyd ⋅ (sen α ⋅ cos α )

Ast L Volume
v ⋅s
α = 90º A st = d t L=h
f yd
igual
v d ⋅ st
α = 45º A st = L = 2 ⋅h
2 ⋅ fyd

Verificação do Concreto
cd vd b ⋅ τd
t d ⋅ sen α = c d ⋅ sen θ = td = =
2 sen α + cos α sen α + cos α

b ⋅ τd ⋅ sen α
cd = 2
sen α + cos α
Regra das costuras

A tensão diagonal σc45 pode ser calculada por


c d ⋅ st cd
σc 45 = = 2⋅
b ⋅ st b
2
logo
2 ⋅ τd ⋅ sen α 2 ⋅ τd σc45 = τd (α = 45º)
σc 45 = =
sen α + cos α 1 + cot gα σc45 = 2 τd (α = 90º)

De acordo com o que foi visto no tópico 4, a resistência


das bielas diagonais fissuradas deve ser admitida como
valor σRc = 0, 60 fcd, resultando:
2τ d
σc 45 = ≤ 0,60fcd
1 + cot gα

vd
σc 45,α =90 º = 2τd ≤ 0,60fcd τd = ≤ 0,30 ⋅ fcd
b
Regra generalizada das costuras
• Considera-se a existência adicional de uma força
normal Nd, de compressão

• Armadura de costura
Deve equilibrar a força cortante efetiva Vd,ef = Vd − Nd
Regra generalizada das costuras
Desta forma, em substituição à expressão da regra
clássica das costuras
vd
td =
sen α + cos α
temos
v d,ef v d − Nd
td = =
sen α + cos α sen α + cos α

Desta forma, se a inclinação


de Fd ϕ ≥ 45º, não há necessida-
de de armadura de costura.
Nd não alivia a compressão
diagonal do concreto, mas me-
lhora sua integridade.
Concreto cintado
• Concreto submetido a estados semi-hidrostáticos de
compressão, admitindo-se que ainda seja válida a
envoltória de Coulomb-Mohr.
• Resultados Experimentais (Langendonck)

σ3c cc+ k σ1c


3c = fcc 1c

σ3c
3c > σ2c 2c = σ1c
1c
σ3c3c > 0
σ2c
2c = σ1c 1c > 0
fcc
cc > 0

σ1c
fcc
Concreto cintado

• Concreto cintado por armadura de projeção circular


Ruptura do concreto
Ö Escoamento da armadura

Do equilíbrio de forças em (1) e (2)


S t ⋅ di ⋅ σ1c = 2 ⋅ A st ⋅ fy (1)
logo
A st
σ1c = 2 fy
S t ⋅ di
Fazendo-se (2)
π ⋅ di ⋅ A st (volume de armadura de
At = cintamento por unidade de
st comprimento da peça)
Concreto cintado

Resulta
fy A t ⋅ st fy
σ1c = 2 ⋅ = 2 ⋅ At
S t ⋅ di π ⋅ di π ⋅ di2
logo
At π ⋅ d 2
(área da seção do
σ1c = fy sendo A ci = ì
2 ⋅ A ci 4 núcleo cintado)

Adotando-se a envoltória de Mohr-Coulomb:


σ3c = fcc + 4σ1c At
σ3c = fcc + 2 fy
A ci
Consideração de excentricidades (NBR 6118)
Concreto cintado

A NBR 6118 permite a utilização de cintamento de


projeção circular e em malha desde que respeitadas certas
condições.

Armadura de projeção circular


armadura de cintamento barras em hélice
estribos
obedecendo:
a) a relação entre o comprimento da peça e o diâmetro do
núcleo será
l
≤ 10
di

b) as excentricidades das barras ou dos estribos serão bem


ancoradas no núcleo do concreto
c) φt ≥ 5mm
Concreto cintado

d) o espaçamento entre 2 espiras ou 2 estribos será tal que


 di 5
φ t + 3cm ≤ s ≤ 
8cm
e) a seção fictícia At do cintamento será
0,005 A ci ≤ A t ≤ 3 A 's

f) armadura longitudinal
nbarras ≥ 6, dispostas uniformemente no contorno do
núcleo
Ast ≤ 0,08 Aci, inclusive no trecho de emenda por
traspasse
φlongitudinal ≥ 10mm
Concreto Cintado

Somente serão calculadas como cintadas as peças que


obedecerem as condições anteriores e tiverem λ = le/i ≤ 40,
referido ao núcleo, e excentricidade total inferior a di/8,
podendo-se aumentar o fck de:
At  e
σ3c,k = fcck +2 fy 1 − 8  ≥ fcck
A ci  di 

Não se considerará o concreto exterior ao núcleo.


A resistência total de cálculo da peça cintada não
deverá, porém ultrapassar 1,7 vezes a calculada como se
não houvesse cintamento.
Concreto cintado

Armadura em malha
Só será permitida em blocos de poio e articulações,
sendo constituída de camadas duplas de parras dispostas
perpendicularmente à direção da carga. Cada camada será
formada por 2 barras, em posição ortogonal, dobradas
como indicado na figura
d ≥ 20cm

Aci
Concreto cintado

Deverão ainda ser obedecidas as condições:


a) as excentricidades das barras ou dos estribos serão bem
ancoradas no núcleo do concreto
b) φt ≥ 5mm

c) o volume da armadura de cintamento não deverá ser


inferior a 0,6% do volume do núcleo cintado

Aumento de resistência acima do fck: At


1,7 fyk
A ci

Não se considerará na armadura de cintamento a


colocada para resistir aos esforços de tração oriundos de
cargas aplicadas em área reduzida.
Blocos parcialmente carregados
• Zona de regularização de tensões (lo)
– distribuição de tensões não uniforme
– tensões longitudinais de compressão
– tensões transversais de tração
– de acordo com Saint-Venant, lo ≅ a
Blocos parcialmente carregados

Fco aplicada na área restrita Aco= ao⋅bo produz as


tensões:
Fco Fco
σco = =
A co ao ⋅ bo

• Tensões na zona de regularização


– Tensões Longitudinais
Ö compressão
– Tensões Transversais
Ö compressão nas imediações da face de
carregamento
Ö tração no restante do comprimento de perturbação
Blocos parcialmente carregados
Blocos parcialmente carregados
• Difusão das tensões axiais
bielas inclinadas de esforços transversais de tração
compressão

armadura transversal de
solidarização
(Obj.: evitar fendilhamento)
Blocos parcialmente carregados
• Verificação do concreto σt = tração
Aco Ö σc

Seção crítica
σt = compressão Ö aumento de resistência do concreto
por efeito de cintamento e aderência do concreto à placa
de introdução de esforços
Aco pequena Ö σco elevada
Blocos parcialmente carregados

Pressão de cintamento (p)


p ⋅ do = fct (d − do ) com d > do

adotando-se o valor convencional


f
fct = cc
10
resulta
fcc d − do
p= ⋅
10 do

Admitindo para o estado múltiplo


o critério de ruptura
σco,u = σcc,u + 5 ⋅ p
Blocos parcialmente carregados
tem-se
5 d − do 1 d + do
σco,u = σcc,d + σcc,d σco,u = σcc,d
10 do 2 do

tomando-se d = (2 a 4) do, resulta


σco,u = 1,5 ⋅ σcc,d a 2,5 ⋅ σcc,d

ou σco,u = 1,2 ⋅ fcd a 2,0 ⋅ fcd utilizando σcc,d = 0,85 ⋅ fcd

Entretanto, resultados experimentais


para Aco e Ac mostram que
homotéticas
Ac
σco,u = σcc,d
A co
Aco Ac
Blocos parcialmente carregados
limitando-se σco,u ao valor
Ac
σco,u = σcc,d ≤ 3,3 ⋅ σcc,d = 2,8 ⋅ fcd
A co

desde que respeitadas as condições


carregamento parcial comprimento do bloco
1 face ≥ maior largura
2 faces opostas ≥ 2 vezes a maior largura

Quando as áreas Aco e Ac não forem homotéticas, mas


tiverem o mesmo centro de gravidade, admite-se a
expressão:

Ac
σco,u = σcc,d 3 ≤ 1,7 ⋅ fcd
A co

Aco Ac
Blocos parcialmente carregados

Blocos parcialmente carregados sujeitos a um estado


plano de tensões:
Ö o máximo efeito de cintamento, conforme visto no
Tópico 4, fica limitado a um acréscimo de resistência
da ordem de 25%
σco,u = 1,25 ⋅ σcc,d

logo, com
σcc,d = 0,85 ⋅ fcd

σco,u ≅ 1,0 ⋅ fcd


Fendilhamento dos blocos parcialmente
carregados
• Distribuição das tensões transversais de tração σtt
Fendilhamento dos blocos parcialmente carregados

• Resultante transversal de tração, assim como as


posições onde ocorrem as tensões σtt=0 e σtt,máx

Obs.: Resultantes e tensões podem ser obtidos


facilmente pelo Método dos Elementos Finitos
Fendilhamento dos blocos parcialmente carregados

Modelo Simplificado
de Langendonck
Determinação aproxima-
da da força transversal
Rtt de fendilhamento e
de σtt,máx
Fendilhamento dos blocos parcialmente carregados

Do equilíbrio de momentos no plano de simetria


Fco a − ao
⋅ = R tt ⋅ z
2 4

O diagrama de tensões adotado tem área 0,7⋅a ⋅σtl, com


ponto de aplicação da resultante z = 0,445⋅a, e nestas
condições
a − ao Força que deve ser
 a 
R tt = Fco = 0,281 − o Fco absorvida pela armadura
8z  a 
de cisalhamento
cujo valor de cálculo é
 ao   ao 
R ttd = 0,281 − Fcod ≅ 0,301 − Fco ⋅ γ f
 a   a 
Fendilhamento dos blocos parcialmente carregados

De acordo com o modelo simplificado, a máxima tensão


transversal vale
R tt  ao  Fco
σ tt,máx = σ t1 = = 0,401 − 
0,7 ⋅ a ⋅ b  a  a ⋅b
(onde b é a largura do bloco)
Fco
Sendo σc =
a ⋅b
então
 ao 
σ tt,máx = σ t1 = 0,401 − σc
 a 
Fendilhamento dos blocos parcialmente carregados

• Na figura abaixo estão grafados os valores das


expressões simplificadas de Langendonck e valores
obtidos Iyengar para ao/a = 0,25 e 0,75
Armadura contra o fendilhamento
Armadura transversal posicionada de modo a absorver
as tensões transversais de tração.

Força transversal de
fendilhamento (Langendonck)
 ao 
R ttd = 0,301 − Fcod
 a 

Área de armadura
 ao  Fcod
A st = 0,301 − 
 a  fyd
Armadura contra o fendilhamento

tal que
 bo  Fcod
0,301 − 
 b  fyd

 ao  Fcod
0,301 − 
 a  fyd
Armadura contra o fendilhamento
• Grandes blocos parcialmente carregados (distribuição
de armadura proposta por Langendonck)

Na prática é adotado um espaçamento uniforme das


armaduras, justificável face ao caráter aproximado da
solução apresentada.
Armadura contra o fendilhamento

• Observações

– A armadura calculada não tem por objetivo introduzir


um efeito de cintamento no concreto.

– De acordo com os critérios de resistência


apresentados a capacidade resistente dos blocos
parcialmente carregados independe da armadura
transversal contra o fendilhamento, mas pode ser
aumentada através do cintamento do concreto
(malhas quadriculadas dispostas em camadas).
Armadura contra o fendilhamento

– NBR 6118 Ö Aumento de resistência só pode ser


considerado nas articulações e nos blocos de apoio,
devendo ser somadas As,fendilhamento e As, cintamento.
Deve-se impor a limitação
Fcod + ∆Fcod ≤ 2,8 Aco⋅fcd

– Na aplicação de pequenas forças concentradas, a


armadura já existente muitas vezes absorve os
esforços de fendilhamento.

– Em várias situações adotar armaduras especiais para


controle de fissuração
Zonas de regularização de tensões
• Blocos parcialmente carregados
– em 1 face: comprimento de regularização = a
– em 2 faces: comprimento de regularização = 2a

A regularização significa que as tensões tendem a se


distribuir da maneira mais uniforme possível.
Zonas de regularização de tensões

Introdução de perturbações no campo de tensões


• introdução de forças concentradas
• aberturas
• peças curtas

Determinação do campo de tensões


em regime elástico pelo Método dos
Elementos Finitos (procedimento
geral)
Zonas de regularização de tensões
Zonas de regularização de tensões
Métodos das bielas e tirantes

Constitui-se num tratamento elementar da


distribuição dos esforços em zonas de regularização.

Consiste na consideração de:


– barras ideais retilíneas comprimidas Ö bielas de
concreto
– tirantes tracionados Ö armaduras de aço
Métodos das bielas e tirantes

O bloco parcialmente carregado tratado anteriormente


pode ser idealizado como:
Métodos das bielas e tirantes
• Espalhamento das tensões de compressão
– condições de contorno
– atan(1/2) ≤ θ ≤ atan(2)
atan(2) ≤ θ ≤ atan(3) Ö intensa fissuração da peça,
situação deve ser evitada
atan(3) ≤ θ Ö problema de flexão com cisalhamento
Métodos das bielas e tirantes
Convém desdobrar bielas muito compridas quando
comparadas com as dimensões da zona de perturbação de
tensões
tirantes secundários de solidarização, admitindo-se
suas direções afastem-se de θ, tal que
atan(2/3) ≤ θ ≤ atan(3/2) em relação à direção geral
de caminhamento dos esforços
Métodos das bielas e tirantes
• Problemas mais complexos
– Determinação do campo de tensões no regime
elástico pelo Método dos Elementos Finitos
– Simplificação do problema (métodos elementares)

Segundo Schäfer e Schlaich


Métodos das bielas e tirantes
Método das bielas e tirantes - Exemplos
Método das bielas e tirantes - Exemplos

Tirantes
Bielas
Método das bielas e tirantes - Exemplos
Método das bielas e tirantes - Exemplos
Método das bielas e tirantes - Exemplos
Método das bielas e tirantes - Exemplos
Dimensionamento das bielas e tirantes
• Tirantes
– dimensionamento tração simples
– ancoragem das extremidades (por aderência ou
dobramento)
• Bielas
– verificação
– dimensões determinadas por
• condições de contorno
• arranjos das armaduras

• Seções críticas
– Estão sempre junto aos nós das bielas (efeito de
regularização)
• Estados planos de tensão com confinamento
• Estados simples de compressão ( + fissuração por
efeito de esforços longitudinais em alguns casos)
Dimensionamento das bielas e tirantes

• Valores de σcd para dimensionamento das bielas


(de acordo o que foi visto no tópico 4)
Para Para
fck ≤ 40 MPa fck > 40 MPa
concreto confinado em
σcd ≤ fcd σcd ≤ 0,90 fcd
estado plano de tensões
concreto não-confinado σcd ≤ 0,85 fcd σcd ≤ 0,80 fcd
concreto não-confinado
σcd ≤ 0,60 fcd σcd ≤ 0,50 fcd
e fissurado
cisalhamento τcd ≤ 0,30 fcd τcd ≤ 0,25 fcd

A seguir, Figuras ilustrativas (fck ≤ 40 MPa -


estruturas planas)
Dimensionamento das bielas e tirantes
Dimensionamento das bielas e tirantes
Dimensionamento das bielas e tirantes
Dimensionamento das bielas e tirantes
Dimensionamento das bielas e tirantes
Armaduras de controle da fissuração
Tensões de tração provocam a fissuração do
concreto, sendo necessária a existência de uma armadura
que controle a fissuração, sendo que sua ausência pode
comprometer a durabilidade da peça.

Controle Distribuição microfissuração


da da mais fissuras, menores
Fissuração Fissuração e mais espaçadas
Armaduras de controle da fissuração

• Fissuras visíveis
– microfissuração interna impede que a abertura dessas
fissuras junto à armadura aumente exageradamente
Armaduras de controle da fissuração

• Vigas altas
– arborização das fissuras
– adoção de uma armadura de pele
Armaduras de controle da fissuração

• Armadura de pele
– deve ser colocada junto à face a ser protegida
– deve resistir aos esforços liberados pela ruptura da
camada periférica de concreto que lhe é adjacente de
espessura hf = 2,5c + φ
– Espaçamento: ≤ 30cm ou 2h
Armaduras de controle da fissuração

A NBR 6118 prescreve as seguintes recomendações


para a armadura de pele vigas altas:

altura útil > 60cm


aço CA40, CA50, CA60
zona
comprimida

< d/3
> 6cm < 30cm
< 20cm

As = 0,05 bwh
fyk ≥ fyk,longitudinal
Armaduras de controle da fissuração

As armaduras de pele podem ser necessárias diante de


estados de coação de duas categorias distintas:

I- Estados de coação devido a causas externas


Causas da coação não residem na própria região de
coação:
- recalques de apoio
- inibição total ou parcial das deformações devidas à
retração do concreto
- quedas de temperatura
- alongamentos de armaduras de tração concentradas em
regiões discretas da peça estrutural
A fissuração devida ao estado de coação ocorre
simultaneamente me toda a espessura hr e desta forma a
taxa geométrica ρr da armadura de pele deve ser dada por
Armaduras de controle da fissuração

A sr fctk
ρr = =
A cr fyk
onde Asr = área total da seção da armadura de pele
existente na área Acr de concreto, tomando-se para fctk
valores como os previstos pela NBR6118

II - Estados de coação devidos a causas internas


Estados de coação originados na própria região onde
se colocam as armaduras de pele. Incluem nesta categoria
os estados de coação devidos a gradientes térmicos e
retração diferencial ao longo da peça estrutural consideral
Armaduras de controle da fissuração

Estado de coação provoca uma fissuração progressiva a


partir da periferia da peça, admitindo-se que a taxa
geométrica da armadura de pele seja determinada por

fctk
ρr = 0,5
fyk

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