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Curso de Licenciatura em Geografia EAD/UAB/Unipampa

Disciplina: Geografia e Turismo


Professora responsável: Carmen Regina Dorneles Nogueira e Victor Paulo Kloeckner Pires.
Tutor(a): Luiz Carlos de Santis Alves/ Edimara Triches
Polo: Camargo
Acadêmico(a): Charline Lovizon

ATIVIIDADE SOBRE TOMBAMENTO

A cidade de Antônio Prado foi fundada em 1886, reúne edificações de valor cultural, que
ainda estão conservadas na segunda década do século 21. Tombado pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1990, a cidade possui 47 casas tombadas e preservadas.
São exemplares de arquitetura popular, a maioria sendo grandes casarões em alvenaria e madeira,
ornamentados com lambrequins, localizados ao redor da Praça Garibaldi e ao longo da avenida
principal. Por preservar todas as características originais nesses locais, Antônio Prado é considerado
o município com o maior acervo de imigração italiana no país.
No Brasil existem três níveis de proteção e preservação legais: municipal, estadual e
nacional. A preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural é feita através de uma
ferramenta chamada “tombamento”. Com o tombamento o bem de interesse fica inscrito no livro
tombo e passa a ser de interesse coletivo. Sua preservação fica garantida, pois é uma obrigação
legal. O órgão máximo para preservação dos bens culturais do país é o IPHAN - Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A sede do IPHAN fica em Brasília, mas como Antonio
Prado possui um volume expressivo de bens de interesse cultural nacional, o instituto possui na
cidade um escritório técnico. O Instituto é responsável por diversas atividades, desde a
documentação dos bens de valor cultural até a coordenação de programas para sua preservação,
como é o caso do Monumenta, que já promoveu a restauração de diversas edificações e centros
históricos do país e também viabilizou ações de educação para o patrimônio.
Além de proteger as casas, o IPHAN buscou preservar o traçado das ruas do Centro. A
medida impede a demolição dos imóveis e estabelece níveis de proteção, com restrições nas
intervenções. Os proprietários não podem, por exemplo, mudar a estrutura das casas.
Segundo o IPHAN, o traçado quadriculado urbano, é típico das povoações organizadas por
engenheiros militares, no século 19. No plano urbanístico, destaca-se a homogeneidade do casario,
pois os edifícios existentes não chegam a comprometer a paisagem urbana da sede.
A cidade, que compõe um dos principais legados da colonização italiana, começou a ser
erguida no final do século 19, início do século 20. Sua arquitetura guarda traços não encontrados em
outras regiões do Rio Grande do Sul. As tábuas, como material básico para a construção das casas,
foram serradas manualmente, até chegarem as primeiras serrarias movidas a rodas d`água. Depois
vieram os motores elétricos e à diesel.
Segundo o IPHAN, nos últimos 30 anos, o governo federal destinou R$ 3,7 milhões para a
preservação. Antônio Prado foi o município que mais recebeu verbas para uso em propriedades
privadas no país. No entanto, alguns prédios sofreram com a ação do tempo. A igreja, por exemplo,
construída nos anos 1890, é um dos locais mais visitados. As paredes descascadas mostram a
necessidade de obras.Entre os moradores, não há consenso de que o tombamento tenha sido positivo
para a cidade.
A primeira delas foi tombada em 1985, conhecida como Casa da Neni A Casa de Dona Neni
é um exemplar de arquitetura urbana em madeira, construído na região de imigração italiana, em
1910.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Casarão de Madeira na R. Gustavo Sampaio, nº 34, ou Casa de Dona Neni
Localização: R. Luiza Bocchese, nº 34 – Antônio Prado – RS
Número do Processo: 1145-T-1985
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 572, de 30/09/1985
Uso Atual: Casa de Cultura Padre Schio.
Descrição: Exemplar de arquitetura urbana em madeira, construído na região de imigração
italiana, em 1910. As esquadrias da fachada possuem bandeiras em arco pleno e o primeiro
pavimento apresenta um balcão central com guarda-corpo em ferro. O frontão, além da decoração
com lambrequins, é o único na cidade que ainda possui detalhes executados em madeira torneada. A
cobertura foi feita com telhas de zinco. A construção ocorreu no período do apogeu da exploração
das matas de araucária na serra do Rio Grande do Sul. Foi o primeiro imóvel representativo da
cultura da imigração italiana, no Brasil, tombado pelo IPHAN. A sala frontal do térreo, com seu
mobiliário original, ainda é ocupada com atividade comercial. No restante da casa moravam os
proprietários. A Casa da Neni é para a comunidade e visitantes o símbolo do Patrimônio Histórico
de Antônio Prado. Atualmente abriga a Central de Informações ao Turista e o Museu Municipal,
onde objetos e peças ambientados aos cômodos da casa preservam e contam o modo de viver das
famílias e a história da formação do Município. (IPHAN)
Apesar de possuir esse patrimônio, com uma grande quantidade de casas tombadas, Antônio
Prado não conseguiu se firmar como roteiro turístico. A culpa disso acabou passando por vários
responsáveis: a vocação da população pelo turismo; a falta de investimento dos gestores; a falta de
hotéis para os turistas; falta de estradas e outras atrações para manter os visitantes na cidade.
Segundo informações do site da Prefeitura Municipal de Antônio Prado, atualmente o
patrimônio está fehado aos visitantes pois passa por um processo de manuntenção.

REFERÊNCIAS.
< https://www.antonioprado.rs.gov.br/turismo/patrimonios.php> Acesso em 22 de junho de 2021.
<http://portal.iphan.gov.br/> Acesso em 22 de junho de 2021

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