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RESUMO:
Este trabalho teve como objetivo verificar se houve desperdício de recursos na
produção de Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS) entre os municípios da
região sudoeste do Paraná em 2013, com base nas suas eficiências relativas
determinadas pela análise envoltória de dados (DEA). A eficiência relativa, em um
mercado onde há várias organizações que desenvolvem atividades semelhantes, é a
medida de desempenho comparada a um parceiro de excelência, quando o sistema
produtivo envolve múltiplos insumos e produtos. A eficiência técnica global está
relacionada à produção de bens/serviços com a menor utilização possível de
recursos, de forma que para aumentar a produção de um produto/serviço, precisaria
reduzir a produção de algum outro. Igualmente, ao se considerar os rendimentos de
escala, a eficiência técnica global pode ser decomposta em eficiência técnica pura
em condições de retorno variável de escala e sua eficiência. Para atingir o objetivo
proposto, utilizou-se o software livre SIAD v.3.0 para fazer os cálculos DEA, modelos
com retornos constantes e variáveis de escala, orientado a insumo. A seleção das
variáveis utilizadas, três inputs e quatro outputs, se deu por meio do método
Multicritério Combinatório Inicial. Os resultados revelaram que o escore médio de
eficiência técnica dos municípios pesquisados foi de 0,908485, e que 26,19% deles
estão operando na fronteira de eficiência global. Os demais apresentaram algum tipo
de ineficiência técnica e/ou de escala. De forma geral, se estes municípios
conseguissem atingir a eficiência de seus pares, seria possível obter uma redução
de 8,25% no total dos gastos em ASPS no ano de 2013.
1 Introdução
Boueri (2006, p. 34) se propôs “[...] a avaliar o montante de recursos que
poderiam ser poupados caso os municípios brasileiros despendessem
eficientemente os recursos orçamentários [...]” para prover os serviços públicos. O
autor esclarece que eficiência, neste caso, é “[...] definida como o correspondente
dos municípios de melhor desempenho”. Para isso, Boueri (2006) utilizou-se do
método não paramétrico denominado Análise Envoltória de Dados (DEA – Data
Envelopment Analysis), com base nos modelos de retornos constantes e variáveis
de escala, a fim de realizar análise sobre a escala de produção de 3.206 municípios
de todas as regiões do Brasil. O autor utilizou as seguintes variáveis: despesa
orçamentária municipal (input) e Matrículas de crianças na rede municipal de ensino
básico, Internações na rede hospitalar municipal e Domicílios com coleta de lixo no
município (outputs). O trabalho detectou entre outras coisas, que grande parte do
desperdício aconteceu entre os municípios de menor população, “[...] embora os
dados indiquem retornos decrescentes de escala na provisão” (BOUERI, 2006, p.
42).
No ano de 2013, Queiroz et al. avaliaram a alocação dos recursos destinados
à saúde pública nos municípios do estado do Rio Grande do Norte com a utilização
do método DEA, com retornos variáveis de escala (RVE), orientação ao produto.
Eles usaram cinco variáveis: 1 input (Gasto público em saúde) e 4 outputs
(Cobertura de vacinação, total de famílias atendidas pelo Programa Saúde da
Família (PSF), Total de pessoas atendidas pelos procedimentos ambulatoriais e
Total de leitos existentes). Dentre os resultados obtidos, os autores relataram que “o
município mais ineficiente no gasto com a saúde, embora tenha efetuado maior
dispêndio, apresentou menor cobertura de vacinação, número de leitos,
atendimentos realizados e famílias atendidas pelo Programa Saúde da Família [...]”,
fato que evidencia que a ineficiência dos gastos públicos municipais se refere à
capacidade do executivo municipal de gerir os recursos a sua disposição. Em termos
gerais, Queiroz et al. (2013, p. 761) concluem “[...] que a dotação financeira de
recursos é condição necessária, porém não suficiente, para alcançar a eficiência nos
indicadores da saúde pública municipal”.
A partir da promulgação da Constituição Federal (CF) brasileira de 1988, a
saúde passou a ser um direito de todos e dever do Estado. O conjunto das ações e
serviços públicos de saúde (ASPS) passou a compor uma rede regionalizada e
hierarquizada, formando um sistema único, que é descentralizado, “com direção
única em cada esfera de governo”, e que se propõe universal e igualitário, com
atendimento integral (BRASIL, 1988, p. 72). De acordo com o parágrafo 1º do artigo
198 da CF, o sistema único de saúde (SUS) “será financiado, nos termos do artigo
195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes”.
Em 2015, com a Emenda Constitucional (EC) nº 86, os recursos mínimos
obrigatórios para saúde passaram a representar, no caso da União, 15% da receita
corrente líquida (RCL) do respectivo exercício financeiro, a ser cumprido de forma
progressiva no quinquênio 2016-2020, inciando com 13,2%. Em relação aos Estados
e Distrito Federal, este mínimo é de 12% da arrecação dos impostos e dos recursos,
conforme especificado no artigo 198 da CF; e quanto aos Municípios e o Distrito
Federal, segundo o mesmo artigo constitucional, os recursos mínimos correspondem
a 15% sobre a arrecadação dos impostos e dos recursos.
Ocké-Reis e Funcia (2015) entre outros autores argumentam que o volume de
recursos destinados pela administração pública brasileira para a função saúde, não
3
tem se mostrado suficiente para sustentar o SUS previsto na Carta Magna, e que
este quadro tende a ficar ainda mais crítico, dado a atual conjuntura econômica,
política e fiscal; as mudanças demográficas, ambientais e epidemiológicas; e a
judicialização do sistema, que vem ocorrendo por falta de uma regulamentação em
relação a sua integridade.
Além disso, consoante Benício, Rodopoulos e Bardella (2015), há que se
observar que a relação gastos públicos/PIB já é considerada alta, quando
comparada com a de outros países de perfil semelhante ao do Brasil, mostrando que
o atendimento da demanda por ASPS por meio da expansão dos gastos públicos, é
limitado. No contraponto deste cenário, de acordo com o índice Bloomberg1 de
eficiência em saúde, o Brasil ocupa a penúltima posição entre os 51 países
analisados, revelando que o Estado brasileiro está gastando mal os recursos
aplicados nesta área. Estas informações revelam que há espaço para aumentar as
ASPS com o orçamento existente, desde que esses recursos sejam aplicados com
maior eficiência.
Contudo, de acordo com Organização Mundial da Saúde - World Health
Organization - WHO (2005), apesar de o gasto total em saúde no Brasil, como
percentual do PIB, ser maior que o de países como Argentina, Chile, México, Cuba,
Espanha, Itália e Reino Unido, deste total, o gasto público em saúde responde por
48,2%. Este número é muito inferior ao de outros países que possuem sistemas
públicos semelhantes ao do Estado brasileiro, como é o caso do Reino Unido, com
um gasto público de 83,5%.
Neste contexto, depreende-se que o governo brasileiro tem um grande
desafio a ser superado para conseguir disponibilizar o SUS estabelecido na sua
constituição; e, para continuar avançando nesse sentido, é necessário perseguir o
objetivo de maior eficiência na gestão dos gastos públicos.
Para isso, Benício, Rodopoulos e Bardella (2015) escrevem que a utilização
de técnicas de mensuração quantitativa da eficiência dos fornecedores de ASPS
pode gerar informações úteis para a elaboração de políticas de aprimoramento do
gasto público. Em complemento, Peña (2008, p. 92) argumenta que o método não
paramétrico Data Envelopment Analysis (DEA), ou seja, Análise Envoltória de
Dados, tem sido “aplicado com sucesso no estudo da eficiência da administração
pública [...]”; e como resultado da aplicação desse método para averiguar a
eficiência dos gastos públicos na área da saúde, podem ser citados, entre outros, os
trabalhos de Faria, Jannuzzi e Silva (2008), Lopes e Toyoshima (2008), Trompieri-
Neto et al. (2008), Fonseca e Ferreira (2009), Silva et al. (2010), Costa (2011),
Duarte et al. (2012), Marinho, Cardoso e Almeida (2012), Portulhak, Raffaelli e
Scarpin (2013), Queiroz et al. (2013), e Mazon, Mascarenhas e Dallabrida (2015).
Diante de uma demanda por ASPS que cresce mais que proporcionalmente
sua oferta, dentre outros motivos, pelo subfinanciamento crônico; pelas mudanças
demográficas, ambientais e epidemiológicas; e pela judicialização do sistema público
de saúde, este trabalho se propõe a responder a seguinte questão de pesquisa:
considerando a eficiência relativa calculada com base na análise envoltória de
dados, as ações e serviços públicos em saúde disponibilizados aos cidadãos dos
1 Índice calculado com base em dados do Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e
Organização Mundial de Saúde, para uma amostra de países com uma população mínima de 5
milhões de habitantes e renda per capita de 5 mil dólares. Ele considera as variáveis esperança de
vida ao nascer, gasto com saúde como porcentagem do PIB e gasto per capita em saúde, com
pesos respectivos, de 60, 30 e 10%.
4
2 Revisão teórica
atingir os objetivos dos cidadãos em relação aos serviços públicos com a utilização
dos recursos disponíveis, sem que haja necessidade de crescimento desmesurado
do gasto” (BENÍCIO; RODOPOULOS; BARDELLA, 2015, p. 14).
Contudo, para que a administração pública brasileira consiga melhorar de
forma geral a eficiência dos seus gastos, de acordo com Boueri (2006), há que se
percorrer um longo caminho. E os primeiros passos dessa jornada devem ser no
sentido de conhecer o tamanho dos desperdícios existentes, pois, de outra forma,
não há como estabelecer objetivos plausíveis para reduzi-los.
Para aprofundar esse entendimento são apresentados na sequência, alguns
conceitos importantes.
Mattos e Terra (2015) tratam dessa mesma eficiência como sendo eficiência
alocativa. Eles mencionam que sob a ótica dos custos (insumos), a unidade
tomadora de decisão busca produzir o total desejado com o menor custo possível.
De outra forma, Ferreira e Gomes (2009, p. 53) falam que a eficiência alocativa
“reflete a habilidade de uma firma utilizar os insumos em proporções ótimas, dados
os seus respectivos preços, minimizando os custos”.
Peña (2008) e Mattos e Terra (2015) também afirmam que é possível que a
organização seja eficiente tecnicamente mesmo que o custo não seja minimizado.
Outrossim, quando essas duas medidas de eficiências (técnica e alocativa) são
combinadas, obtém-se a eficiência total.
Em complemento, Ferreira e Gomes (2009, p. 123) enfatizam que a operação
com eficiência técnica “das unidades produtivas com Rendimentos Constantes de
Escala, RCE, quando comparada com a operação com Rendimentos Variáveis de
Escala, RVE, pode ser decomposta em duas formas de eficiência”, ou seja:
eficiência técnica pura “em condições de RVE, e a eficiência de escala”. Mattos e
Terra (2015, p. 214) também colocam que “[...] a ineficiência de escala surge quando
a firma opera em uma escala desfavorável [...]”, ou seja, quando a produtividade
média dos insumos não é maximizada.
Contudo, antes de analisar a eficiência técnica relativa de uma organização é
necessário conhecer o conceito de eficácia, pois não adianta só fazer certas as
coisas (eficiência), mas também é preciso fazer as coisas certas (eficácia). Ou seja,
os administradores têm que estabelecer os objetivos certos a serem perseguidos,
dado que de outra forma as organizações passariam a tomar decisões inadequadas,
gerando ineficiência. Com isso, “o ideal é que a organização seja eficiente e eficaz”,
e quando isso acontece de forma duradoura tem-se uma gestão efetiva (PEÑA,
2008, p. 86).
[...] impede que uma DMU seja comparada com outras muito diferentes
dela. Isso porque, ao forçar que os pesos das combinações lineares somem
1, ela impossibilita que DMUs com vetores de insumo ou de produtos muito
maiores ou muito menores possam estar no conjunto de referência da DMU
investigada.
10 CCR/RCE
9 RNC
C BCC/RVE
8
D Qc Qv
Q
7
Produtos
6 Rc R
5
A Pc Pv
4 P
1
RND
B
•
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Insumos
GRÁFICO 1 – EFICIÊNCIA TÉCNICA E EFICIÊNCIA DE ESCALA
FONTE: Adaptado de Ferreira e Gomes (2009, p. 193).
Como APC / AP = (APV / AP) x (APC / APV), então ETI, RCE = ETI, RVE x EEI.
Portanto, EEI = ETI, RCE / ETI, RVE. Em outros termos, pode-se dizer que:
Eficiência técnica global (ETI, RCE) = Eficiência técnica pura (ETI, RVE) x Eficiência
de escala (EEI)
De forma semelhante, são obtidas as medidas de eficiência da DMU
localizada no ponto Q do Gráfico 1:
Situação 1: se ETI, RCE = ETI, RVE, então o ETI, RCE e o somatório dos *
(lambda5 ótimo) são iguais a 1;
Situação 2: se ETI, RCE ≠ ETI, RVE, então pode resultar em duas possibilidades:
- Se o somatório dos (lambda) < 1, em qualquer resultado para ETI, RCE,
então: rendimentos crescentes, implicando em somatório dos * (lâmbida
ótimo) < 1;
- Se o somatório dos (lambda) > 1, em qualquer resultado para ETI, RCE,
então: rendimentos decrescentes, implicando em somatório dos * (lambda
ótimo) > 1.
A aplicação prática do método Seiford-Zhu consoante Ferreira e Gomes
(2009) se dá em duas etapas como segue:
Etapa 1: selecionar todas as DMUs que têm é ETI, RCE = ETI, RVE
independentemente do somatório dos * (lambda ótimo). Essas DMUs têm
rendimentos constantes de escala.
Etapa 2: utilizar o valor do somatório dos * (lambda ótimo) de cada DMU
calculados com rendimentos constantes de escala (CCR/RCE), ou seja, com livre,
para em seguida determinar os reais rendimentos de escala (crescentes ou
decrescentes) das demais DMUs, com ETI, RVE calculados com retornos variáveis de
escala (BCC/RVE), ou seja, com somatório dos igual a 1, aplicando as regras
apresentadas na Situação 2.
Portanto, após calcular os índices de eficiência nos modelos CCR/RCE e
BCC/RVE, as DMUs podem ser classificadas de acordo com duas categorias. Na
primeira, com base no modelo BCC/RVE, em relação à eficiência técnica pura, elas
são classificadas como eficientes ou ineficientes. As DMUs eficientes são aquelas
que estão produzindo quantidade compatível com o uso dos insumos; no
contraponto, as ineficientes estão utilizando insumos em excesso.
Subsequentemente, na segunda categoria, as DMUs são classificadas de
acordo com a eficiência de escala, obtidas pela razão ETI, RCE / ETI, RVE. Nesta, elas
podem estar operando, como já descrito, com retornos constantes (escala ótima),
crescentes (abaixo da escala ótima) ou decrescentes (acima da escala ótima).
Com isso, é possível identificar seis combinações possíveis de insumo e
produto das DMUs nos modelos DEA (Quadro 1), relacionando o tipo de retorno
(crescente, constante ou decrescente) e a condição da DMU em relação a sua
eficiência técnica pura, ou seja, eficiente ou ineficiente.
5
Os lambdas são os índices de representatividade dos benchmarks de uma DMU.
14
3 Metodologia
Para atingir o objetivo proposto neste trabalho, optou-se pela utilização do
método quantitativo, não paramétrico, conhecido como análise envoltória de dados
(DEA), com retornos variáveis e constantes de escala, orientado ao insumo. Os
cálculos dos índices de eficiência, alvos e benchmarks nos dois modelos foram
realizados com o apoio do software livre SIAD, v.3.0 (ÂNGULO MESA et al., 2005a,
2005b).
Além dos alvos (objetivos) a serem perseguidos pelas DMUs com índices de
eficiência menor que 1, o software utilizado também discrimina os seus respectivos
15
INPUT OUTPUT
1 Gasto público com saúde em relação ao PIB 1 Produção ambulatorial per capita (em R$)
(em %)
2 Médicos por 1000 habitantes 2 Internação de média complexidade por 100
habitantes
3 Morte por causas evitáveis de 5 a 74 anos por 3 Internação de alta complexidade por 1000
1000 habitantes habitantes
4 Morte por causas evitáveis em menores de 5 4 Cobertura de equipes de atenção básica
anos por 1000 habitantes (em %)
5 Ações de vigilância sanitária consideradas
necessárias realizadas (em %)
6 Nascidos vivos de mães com sete ou mais
consultas de pré-natal (em %)
QUADRO 2 – INSUMOS E PRODUTOS APRESENTADOS PARA ANÁLISE
FONTE: Da pesquisa.
INPUT
Número Fonte dos dados secundários e forma de cálculo das variáveis
- Gasto público do município com saúde em 2013 (Brasil, 2013a)
Input 1 - PIB do município em 2013 (2013b)
Input 1 = Gasto público do município com saúde em 2013 / PIB do município em 2013
x 100
- Médicos por município em 2013 (Brasil, 2013c)
Input 2 - População do município em 2013 (Brasil, 2013d)
Input 2 = Médicos por município em 2013 / População do município em 2013 x 1000
- Óbitos municipais por causas evitáveis de 5 a 74 anos por residência em 2013
(Brasil, 2013e)
Input 3 - População do município em 2013 (Brasil, 2013d)
Input 3 = Óbitos municipais por causas evitáveis de 5 a 74 anos por residência em
2013 / População do município em 2013 x 1000
- Óbitos municipais por causas evitais em menores de 5 anos por residência em 2013
(Brasil, 2013e)
Input 4 - População do município em 2013 (Brasil, 2013d)
Input 3 = Óbitos municipais por causas evitáveis em menores de 5 anos por residência
em 2013 / População do município em 2013 x 1000
OUTPUT
Número Fonte dos dados secundários e forma de cálculo das variáveis
- Produção ambulatorial do município por valor aprovado (Brasil, 2013f)
Output 1 - População do município em 2013 (Brasil, 2013d)
Output 1 = Produção ambulatorial do município por valor aprovado / População do
município em 2013
Continua
17
OUTPUT
4 Resultados
O Quadro 4 apresenta algumas estatísticas das variáveis selecionadas pelo
método Multicritério Combinatório Inicial (MCI). Nele, observa-se que a dispersão
dos dados medida pelo desvio padrão populacional, se apresenta mais elevada no
Output 1 - Produção ambulatorial per capita (em R$), dado a amplitude de 193,45
verificada entre os dados de Pato Branco (193,51) e Flor da Serra do Sul (0,06). Já
em relação ao menor valor observado nos dados do Input 1 - Gasto público com
saúde em relação ao PIB (em %), registrado para o município de Saudades do
Iguaçu, é importante registrar que ele é resultado de um aumento no PIB municipal
por conta de este ter adquirido na justiça, o direito de receber sozinho, os royalties
da usina hidrelétrica de Salto Santiago instalada nos seus domínios.
Input Output
Estatísticas
1 2 3 1 4 5 6
Média 2,82 1,66 3,76 27,61 95,96 77,55 82,93
Mediana 2,65 1,46 3,66 20,51 100,00 78,57 83,34
Desvio Padrão 1,17 0,94 0,77 37,99 11,25 16,54 7,37
Menor valor 0,60 0,62 1,78 0,06 48,84 42,86 69,03
Maior valor 5,80 5,32 5,69 193,51 100,00 100,00 97,44
Amplitude 5,20 4,70 3,91 193,45 51,16 57,14 28,41
QUADRO 4 – Estatísticas dos Inputs e Outputs selecionados pelo método MCI
FONTE: Da pesquisa.
DMU Redução
Input1 Radial Folga Alvo Redução (em R$)
Nº (em %)
1 2,12 2,000365 2,000365 48.9721,09 5,64
2 2,80 2,800000 2,800000 0,00 0,00
3 4,29 4,136122 2,027295 2,108827 126.0652,56 50,90
4 3,69 2,555432 0,236599 2,318833 866.673,53 37,21
5 5,80 4,048997 0,820253 3,228744 1.306.275,19 44,33
6 1,74 1,740000 1,740000 0,00 0,00
7 1,61 1,610000 1,610000 0,00 0,00
8 2,78 2,780000 2,780000 0,00 0,00
Continua
22
DMU Redução
Input1 Radial Folga Alvo Redução (em R$)
Nº (em %)
9 1,70 1,348050 1,348050 1.408.088,60 20,75
10 3,53 3,530000 3,530000 0,00 0,00
11 2,67 2,369324 0,158056 2,211268 2.194.665,63 17,16
12 4,06 2,902647 0,924924 1,977723 1.805.875,55 51,34
13 1,86 1,661694 1,661694 2.122.133,98 10,68
14 2,39 2,390000 2,390000 0,00 0,00
15 3,56 3,543133 1,598820 1,944313 1.399.427,30 45,42
16 2,56 2,560000 2,560000 0,00 0,00
17 3,42 2,617837 0,500471 2,117366 1.939.009,79 38,10
18 2,06 2,060000 2,060000 0,00 0,00
19 5,22 4,444463 2,504829 1,939634 1.468.915,09 62,82
20 0,83 0,830000 0,830000 0,00 0,00
21 2,37 2,370000 2,370000 0,00 0,00
22 2,82 2,761829 0,415052 2,346777 1.291.501,28 16,76
23 4,91 4,633356 2,243871 2,389485 1.894.419,07 51,36
24 2,40 1,888312 1,888312 1.188.958,24 21,34
25 2,43 2,332031 2,332031 710.931,64 4,03
26 3,09 3,090000 3,090000 0,00 0,00
27 3,33 2,517740 0,178760 2,338980 1.219.182,53 29,74
28 5,23 5,230000 5,230000 0,00 0,00
29 2,63 2,105970 2,105970 1.219.459,73 19,95
30 2,96 2,153656 2,153656 1.240.874,72 27,21
31 1,83 1,470836 1,470836 1.475.557,05 19,58
32 1,80 1,800000 1,800000 0,00 0,00
33 3,78 2,708427 0,222321 2,486106 962.049,01 34,23
34 2,51 2,510000 2,510000 0,00 0,00
35 2,89 2,890000 2,890000 0,00 0,00
36 2,46 2,410191 0,104963 2,305230 546.703,36 6,30
37 1,23 1,230000 1,230000 0,00 0,00
38 3,64 2,882595 2,882595 1.470.213,99 20,78
39 0,60 0,600000 0,600000 0,00 0,00
40 3,69 3,690000 3,690000 0,00 0,00
41 2,27 1,614836 1,614836 1.248.093,97 28,83
42 1,08 1,080000 1,080000 0,00 0,00
Total 30.729.382,90 8,25
QUADRO 7 – Movimento radial folga e alvo para o Input1– modelo BCC/RVE, calculados com a
utilização do software livre SIAD – v3.0
FONTE: Da pesquisa.
GRÁFICO 1 – Escore de ETI, RVE versos Gasto com saúde em relação ao PIB (em %)
FONTE: Da pesquisa.
24
5 Conclusão
Incialmente observa-se que as médias/medianas dos dados outputs
referentes à cobertura de equipes de atenção básica, ações de vigilância sanitária
considerada necessária realizada e nascidos vivos de mães com sete ou mais
consultas de pré-natal, revelaram a preocupação dos gestores municipais da região
sudoeste do estado do Paraná em relação a esses aspectos da saúde pública no
ano de 2013.
Como resultado dessa priorização dos municípios, o escore médio de
eficiência técnica dos municípios pesquisados foi de 0,908485, e que 26,19% deles
estão operando na fronteira de eficiência global, apresentando a melhor atuação
quando comparado com os seus pares, dado que eles utilizaram os recursos sem
desperdício e operaram em escala ótima de produção. Contudo, percebe-se que
alguns municípios ainda têm bastante a melhorar, pois se detectou que dos demais
municípios (23,81%) apresentam algum tipo de ineficiência técnica ou de escala, e
que 50% deles ainda operam com os dois tipos de ineficiência. Os menores índices
de ineficiência técnica foram observados para os municípios de Bom Jesus do Sul e
Boa Esperança do Iguaçu.
Dentre os dezenove municípios que estão na fronteira de eficiência técnica
pura, aqueles que mais se apresentaram como benchmarks aos seus pares, foi o
município de Bom Sucesso do Sul, 17 vezes; e os municípios de Barracão, Enéas
Marques e Pato Branco, 10 vezes cada um.
O cálculo dos índices de eficiência pelos métodos com retornos constantes e
variáveis de escala permitiu a distinção das eficiências/ineficiências global, técnica
pura e de escala. Com isso, foi possível verificar que a origem da ineficiência de 8
municípios (Barracão, Capanema, Chopinzinho, Mariópolis, Pinhal do São Bento,
Santa Izabel do Oeste, São João e Sulina) era exclusivamente de escala, e que com
exceção de Barracão e Pinhal de São Bento, todos trabalharam com rendimentos
crescentes. Neste caso, foi possível identificar que eles não utilizaram recursos em
excesso dado que são eficientes tecnicamente, mas que estão operando abaixo da
escala ótima de produção, significando que eles podem aumentar a produção a
custos decrescentes. Já em relação aos municípios de Barracão e Pinhal do São
Bento apesar de serem tecnicamente eficientes, eles estão operando acima da
escala ótima de produção e, neste caso, a superutilização da planta pode ser
vantajosa.
Diferentemente, os municípios de Flor da Serra do Sul e Manfrinópolis
operam com ineficiência técnica pura e com escala ótima de produção, ou seja, eles
podem perseguir uma redução no uso dos insumos e continuar produzindo a mesma
quantidade de produtos e serviços. Outrossim, constatou-se que 21 municípios
estão operando com ambas as ineficiências (técnica e de escala), e que destes, 15
estão trabalhando com rendimentos crescentes e 6, com rendimentos decrescentes.
Para os dois casos, os municípios precisam trabalhar para adequar o volume de
recursos utilizados a fim de obter maior eficiência técnica.
Estas informações são estratégicas para um setor cuja demanda vem
crescendo mais que proporcionalmente aos recursos disponíveis para atendê-la, e
podem auxiliar os gestores na alocação eficiente dos recursos disponíveis para essa
área.
26
A análise dos resultados apresentados pelo SIAD, v3.0, para o cálculo dos
índices de eficiência pelo modelo de retornos variáveis, orientado a insumos,
evidenciou a existência de 13 municípios fracamente eficientes, ou seja, que
precisavam despender um esforço adicional para atingirem os seus respectivos
alvos, e serem tão eficientes quanto os seus benchmarks. Destes, Manfrinópolis
(2,504829), Nova Esperança do Sudoeste (2,243871) e Bela Vista da Caroba
(2,027295) apresentaram as maiores folgas.
De forma geral, se os municípios que não figuram na fronteira de
possibilidades de produção eficientes, trabalharem para atingi-la, os gestores podem
obter uma redução de 8,25% do total dos gastos com ações e serviços públicos de
saúde - ASPS (R$ 372,30 bilhões), ou seja, de R$ 30,73 bilhões, mantendo o
volume de produção existente.
As maiores reduções projetadas para os gastos em ASPS são para os
municípios de Manfrinópolis (62,82%), Nova Esperança do Sudoeste (51,36%),
Cruzeiro do Iguaçu (51,34%), Bela Vista da Caroba (50,90%), Flor da Serra do Sul
(45,42%) e Bom Jesus do Sul (44,33%), confirmando constatação feita por Boueri
(2006), ou seja, de que normalmente o desperdício acontece entre os municípios
menores. Contudo, Boueri (2006) também observa que os dados indicaram retornos
decrescentes de escala na provisão dos serviços públicos, o que não foi verificado
neste estudo, onde 21 municípios apresentaram rendimentos crescentes de escala,
13 com rendimentos constantes, e apenas 8 registraram rendimentos decrescentes.
A relação do gasto com saúde em relação ao PIB (Input 1) os escores de
eficiência técnica pura (ETI, RVE) permitiu verificar que a dotação financeira de
recursos para as ASPS é condição necessária, mas não suficiente, e que o
crescimento dos níveis dos serviços públicos ofertados pelos municípios deve se dar
mais pelo aprimoramento da eficiência na aplicação dos recursos existentes, do que
pelo seu aumento e, para isso, há que se conhecer o tamanho dos desperdícios
existentes, pois, de outra forma, não há como estabelecer objetivos adequados para
mitigá-los.
Quanto ao recurso Médicos por 1000 habitantes, verificou-se que somente
três municípios (Pranchita - 1,098425, Coronel Vivida - 0,805296 e Honório Serpa -
0,435638) apresentaram folga, o que exige maior esforço para atingir a eficiência
técnica dos benchmarks referenciados. Por consequência, as maiores reduções
necessárias para atingir a eficiência técnica na utilização desse recurso, foram
registradas para os municípios de Pranchita (47,89%), Honório Serpa (38,58%),
Coronel Vivida (36,59%), Boa Esperança do Iguaçu (30,75%) e Bom Jesus do Sul
(30,19%).
Por fim, considerando que o Estado brasileiro trabalha com restrições
orçamentárias apesar da atual carga tributária existente, que as condições
econômicas, políticas e fiscais atuais não sejam favoráveis para a elevação dos
gastos públicos, as mudanças demográficas, ambientais e epidemiológicas porque
passam a população brasileira e o país, além dos impactos cada vez maiores no
orçamento da saúde, por conta da judicialização do sistema, os resultados deste
trabalho mostram que os governos municipais do sudoeste paranaense, podem
elevar os níveis dos serviços públicos ofertados a seus cidadãos pela via do
aprimoramento da eficiência na aplicação dos recursos públicos existentes.
27
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