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A COMUNICAÇÃO HUMANA
O ser humano tem grande necessidade de externar seus sentimentos e suas idéias.
Comunicar, portanto, implica a busca de entendimento, de compreensão.
Se uma pessoa ficar isolada de seus semelhantes, com alimentação e conforto físico
garantidos, mas privada de qualquer forma de contato com o mundo exterior, tenderá a
apresentar rapidamente sintomas de ansiedade. Uma manifestação básica dessa ansiedade
será a necessidade de falar com outros (...)
SAIBA MAIS...
Para entender um pouco mais sobre a importância da comunicação para os seres humanos, que
tal assistir a alguns filmes? Sugerimos Nell e Náufrago. Junte os amigos, prepare a pipoca e boa
diversão!
Uma dica legal: Assista aos filmes sugeridos e discuta, com seu grupo ou com o tutor, sobre
3 Mensagem: o objeto
da comunicaçã o, ou
seja, aquilo que se
quer comunicar. Em
um e-mail, por exem-
plo, a mensagem é o
texto escrito.
4. Canal: o meio físico através do qual se opera a comunicaçã o. Pode
ser visual, auditivo, tá til, olfativo ou gustativo.
H. Berends
Steve Woods
Joanna Kopik
Fonte: www.sxc.hu
CURIOSIDADE
A comunicação se realiza por meio das sensações provocadas pelo olfato, pelo tato, pela visão, pela
audição e pelo paladar. Imagine uma situação conforme a descrita a seguir:
Exemplos: Língua Portuguesa, Língua Francesa, Língua Inglesa, o Có digo Nacional de Trâ nsito,
Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS) etc.
Português Instrumental
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6. Referente ou contexto: o objeto ou a situaçã o a que a mensagem se refere. É o assunto da
mensagem.
ATIVIDADE 2
Agora, depois de ler cuidadosamente a tirinha exibida, veja se você consegue identificar
nela os elementos fundamentais da comunicaçã o.
a. Quem é o emissor?
b. E o receptor?
LÍNGUA E SOCIEDADE
A língua é o principal có digo desenvolvido e utilizado pelos homens em sua vida social.
O caráter social de uma língua já parece ter sido fartamente demonstrado. Entendida como um
sistema de signos convencionais que faculta aos membros de uma comunidade a
possibilidade de comunicação, acredita-se, hoje, que seu papel seja cada vez mais
importante nas relações humanas, razão pela qual seu estudo já envolve modernos
processos científicos de pesquisa. (...)
Nas grandes civilizações, a língua é o suporte de uma dinâmica social, que compreende,
não só as relações diárias entre os membros da comunidade, como também uma atividade
intelectual, que vai desde o fluxo informativo dos meios de comunicação de massa, até a
vida cultural, científica ou literária.
(PRETI, Dino. Sociolingüística: os níveis da fala. São Paulo, 1974.)
Para entender melhor, vamos conhecer alguns conceitos bá sicos de Comunicaçã o humana
e linguagem signo, língua, fala e linguagem, um a um?
Língua
Fala
Ao contrá rio da língua, é um ato intencional, em nível individual, de vontade e de
inteligência, ou seja, é o uso individual da língua, aberto à criatividade e ao desenvolvimento
da liberdade de compreensã o e expressã o.
Mensagem na garrafa
Quando você ouve a palavra “garrafa”, reco- nhece os sons que formam
essa palavra. Esses sons se identificam com a lembrança que está presente
Linguagem
É o que possibilita a comunicaçã o ao homem, ou seja, é a capacidade do homem de se
comunicar por meio de uma língua. Faz parte da natureza humana. Por isso, podemos dizer que
todo ser humano possui, ao nascer, uma aptidã o que permite a aquisiçã o da linguagem. No
entanto, sem que haja o convívio social, essa predisposiçã o se ATROFIA.
Exemplo:
ATROFIA
Sr. Diretor de faturamento: Do verbo atrofiar,
significa
Informo que, após a inspeção dos EPIs do setor de enfraquecimento.
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
a) Função emotiva (ou expressiva): centrada no emissor. Revela sua opiniã o, sua emoçã o. Nela,
prevalece a 1ª pessoa do singular. Sã o muito usadas as interjeiçõ es e as exclamaçõ es. É a
linguagem das biografias, memó rias, poesias líricas e cartas de amor. Esse tipo de funçã o é
também comum em propagandas que pretendem mudar o comportamento do receptor, por
meio de depoimentos.
Exemplo:
Quero que todos os dias do
ano todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.
(Carlos Drummond de Andrade)
b) Função referencial (ou denotativa): centrada no referente, isto é, quando o emissor procura
oferecer informaçõ es da realidade. Objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do
singular. É a linguagem usada nas notícias de jornal e livros científicos.
Exemplo:
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL584004-
9356,00- BOVESPA+OPERA+EM+ALTA+NA+ESTEIRA+DO+GRAU+DE+INVES
TIMENTO.html (acesso em 30/5/2008)
c) Função apelativa (ou conativa): centra-se no receptor. Nela o emissor procura
influenciar o comportamento do receptor, dirigindo-se diretamente a ele. Por isso, é
comum o uso de tu e você, ou do nome da pessoa, além dos vocativos e imperativos.
É usada nos discursos, sermõ es e propagandas que se dirigem diretamente ao
consumidor.
d) Função fática: centrada no canal. Tem como objetivo prolongar ou nã o o contato com
o receptor ou testar a eficiência do canal de comunicaçã o. É a linguagem das
conversas telefô nicas, das saudaçõ es e similares.
Exemplo:
– Alô !
– Quem fala?
– É a Carla! Eu gostaria de falar com o Joã o.
– Com o Joã o Manoel ou com o Joã o Roberto?
Exemplo:
abraçar: do Lat. Abbrachiare. v. tr., cingir com os braços; dar abraços; circundar; cercar;
abranger; conter; compreender; aceitar; admitir; adotar; consagrar-se.
ATIVIDADE 1
d. Procura convencer ou defender uma tese ou um ponto de vista, com destaque para os
canais utilizados .
Você saberia identificar qual é a diferença entre esses dois re- cados? Poderia responder
por que as pessoas se comunicam de maneiras tã o diferentes? Provavelmente, você também já
utilizou diferentes formas de linguagem em suas atividades cotidianas. E sabe por quê?
Isso ocorre porque, dependendo do meio em que nos encontramos, a maneira de nos
expressarmos se modifica, de- vido a vá rios fatores, tais como regiã o geográ fica, ambiente,
grupos sociais dos falantes ou época.
Em sua opiniã o, há uma língua-padrã o, uma língua considerada culta? Se sua resposta for
afirmativa, em que situaçã o você sente necessidade de utilizá -la? Na fala, no seu cotidiano ou
apenas na forma escrita?
Essas diferenças acontecem porque o conceito de língua é bas- tante amplo, englobando
todas as manifestaçõ es da fala, com suas incontá veis possibilidades. Dentro desse extenso
universo, há também
variaçõ es que nã o sã o decorrentes do uso individual da língua, mas sim de outros fatores, a
saber: geográ ficos (os falares dialetos), sociais (as gírias), profissionais (as linguagens técnicas),
situacionais etc.
Falar e escrever também implicam profundas diferenças na elaboraçã o de mensagens.
As variaçõ es chegam a tal ponto que acabaram surgindo duas modalidades distintas para o
uso da língua, cada qual com as suas especificidades: a língua falada e a língua escrita. Entã o,
você já deve ter concluído que podemos reconhecer três tipos de língua: a falada, a escrita e a
literá ria, que faz parte da língua escrita.
LÍNGUA FALADA
A língua falada é mais despojada, mais livre, intercalada com pausas e auxiliada por
entonaçõ es. A situaçã o de uso da língua falada determinará a aceitaçã o ou nã o de gírias,
abreviaçõ es ou coloquialismo.
Exs.: Aí, galera.
Dr. Fernando, bom dia. Eu estou com muita dor de cabeça. O que eu faço?
LÍNGUA ESCRITA
Ex.:
Ao lado dos inegáveis benefícios trazidos pelo recente desenvolvimento econômico do Brasil, vêm
emergindo, em escala crescente, problemas intimamente dependentes do binômio industrialização-
urbanização, destacando-se, entre eles, a poluição ambiental e os infortúnios do trabalho,
representados, estes últimos, pelos acidentes do trabalho e pelas doenças profissionais.
A LÍNGUA LITERÁRIA
Deus,
Vivo e desnudo.
SAIBA MAIS...
Atende ao Objetivo 3
Leia os enunciados com atençã o e responda: Que tipo de linguagem você usaria
em cada uma das situaçõ es? Em que nível (formal ou informal)?
a. Para comentar o ú ltimo jogo da seleção brasileira de futebol com seus amigos.
Pense: Que tipos de falantes normalmente empregariam as for- mas lingü ísticas 1 e 2?
Compare:
ATIVIDADE 3
O texto a seguir é parte da carta de uma leitora que elogia a matéria publicada
sobre gírias numa revista. Leia o texto e, em seguida, reescreva-o, substituindo as
palavras e expressõ es da gíria por outras da norma culta.
É massa!
1. Dessa vez a revista “arrepiou”. Foi “da hora” a matéria NA PONTA DA LÍNGUA, com as
gírias “maneiras” de todos os lugares. É por isso que me “amarro” cada vez mais nesta
revista: “descolada”, divertida, diferente e “trilegal”.
2. Faça, agora, o contrá rio: reescreva as frases a seguir, escritas em norma culta, empregando
a norma popular. Você poderá usar termos e expressõ es regionais, populares, da gíria, como
quiser:
2. Receptor: é quem recebe a mensagem. Pode ser a pessoa que lê, ouve,
ou então um pequeno grupo, um auditório ou uma multidão.
• Os níveis da linguagem
A língua escrita – é mais trabalhada. A escolha e a combinação das palavras são mais
criteriosas. Não é permitida a repetição de palavras, é necessário perseguir a clareza
das idéias e a entonação é marcada pela pontuação.