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Ariana Souza de Jesus Coelho Pinto

Psicopedagoga Clínica e Institucional


Disciplina: Introdução A Psicopedagogia

Resenha sobre os Aspectos Fundamentais da Psicopedagogia


A educação sistematizada surgiu após a Revolução Industrial, através
dela os jovens passaram a aprender com outros adultos, seguido metodologias
e currículos comuns. Estando juntos com os mesmos professores e
aprendendo as mesma coisas, observou-se que nem todos os alunos
aprendiam da mesma maneira, nem todos tinham as mesmas facilidades, ou
aprendiam ao mesmo tempo, isso fez com que as dificuldades de
aprendizagem recebesse destaque, o que abriu caminho para a
Psicopedagogia.
O psicopedagogo pode atuar em uma perspectiva preventiva ou em uma
abordagem terapêutica, clínica. Tendo o seu trabalho vinculado a uma
instituição que pode ser escola, hospital, centro comunitário entre outros, ou
em consultório próprio.
A Psicopedagogia além de procurar solucionar as dificuldades de
aprendizagem ( perspectiva clínica), busca atuar com uma prática preventiva,
evitando o aparecimento de novos distúrbios de aprendizagem. Um
determinado distúrbios de aprendizagem pode ter várias causas, sendo
necessário um tratamento interdisciplinar, em conjunto com vários
profissionais de áreas diferentes, a saber psicopedagogo, professores,
psicólogos, fonoaudiólogos, médicos, entre outros.
O papel da Psicopedagogia é identificar e analisar os fatores que
possam facilitar, intervir ou atrapalhar o processo da aprendizagem. Assim,
durante a intervenção preventiva, o psicopedagogo pode atuar relatando
sobre as habilidades, os conceitos e princípios que são pré-requisitos para as
aprendizagens e intervindo para que o processos de ensino e aprendizagem
sejam direcionados ao desenvolvimento, orientando e coordenando a
formação e o funcionamento de equipes de trabalho, analisando as questões
relacionais e socioculturais, envolvendo a participação da família e da
sociedade, sempre levando em consideração a óptica do professor-aluno.
O psicopedagogo poderá contribuir no esclarecimento de dificuldades
de aprendizagem que não tem como causa apenas deficiências do aluno, mas
que são consequência de problemas escolares, tais como os processos
didático- metodológicos, a dinâmica institucional, a relação professor–aluno, a
linguagem do professor, etc., ou seja, o psicopedagogo deve percebe que os
problemas de aprendizagem são antes de tudo, problemas de âmbito escolar e
devem, merecer atenção da escola preliminarmente.
Dessa forma é interessante que o aluno possa ser trabalhado na sua
escola e só sejam encaminhados para serviços especiais os casos mais
graves, que necessitam de diagnóstico mais especializado e exames
complementares. Nessa perspectiva, o psicopedagogo pode atuar
terapeuticamente na escola, preparando o professor para a realização de
atendimentos pedagógicos individualizados; ajudando na compreensão de
problemas na sala de aula e dando subsídios que permitam a intervenção do
professor; participando do diagnóstico dos distúrbios específicos da
aprendizagem; atendendo pequenos grupos de alunos; aconselhando os pais.
Para auxiliar no diagnóstico o qual é concluído em equipe
interdisciplinar, o psicopedagogo deve desenvolver procedimentos de
Anamnese e análise do material escolar desde a pré-escola; contato com a
escola (direto ou por meio de questionário); observação do desempenho em
situação de aprendizagem; aplicação de testes psicopedagógicos específicos;
solicitação de exames complementares (psicológico, neurológico,
oftalmológico, audiométrico ou outros que se fizerem necessário. E assim o
psicopedagogo deve criar hipóteses que venham explicar as áreas de
competência e de dificuldades da aprendizagem do aluno.
Outro fator que deve ser considerado durante a avaliação
psicopedagógica é a área emocional, pois frequentemente uma criança com
distúrbio de aprendizagem tem um distúrbio afetivo associado. O atendimento
emocional deve ser indicado e pode ocorrer antes, simultânea ou
posteriormente ao tratamento psicopedagógico. Por fim, a partir das indicações
terapêuticas, o psicopedagogo apresenta os resultados aos pais e à escola e
com eles planeja o atendimento psicopedagógico.
Todo trabalho de intervenção é projetado sobre os resultados obtidos no
Psicodiagnóstico que antecede o tratamento em si. A intervenção pode estar
voltada para atividades ligadas a concentração, memória, compreensão de
textos e leituras, raciocínio lógico ou abstrato, cálculos, escrita, organização
espaço-temporal, coordenação motora, pode ocorrer também o trabalho dos
conteúdos escolares que estão sendo ensinados ao aluno, embora essa não é
a prioridade do trabalho.
Normalmente quando o trabalho psicopedagógico está sendo focado no sujeito
que não aprende, é indicada a participação tanto da família quanto da escola
para auxiliaram no trabalho. Durante a orientação familiar deve-se esclarecer
aos familiares o tipo de problema que o estudante possui, oferecendo
estratégias e atividades que possibilitem o grupo trabalhar em casa certas
dificuldades ou hábitos. Na escola também é feito aconselhamento
esclarecendo possibilidades reais do aluno e quais as ações pedagógicas que
favorecem o desenvolvimento do mesmo.

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