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ENTOMOLOGIA I

Mimetismo Camuflagem Bioluminescência


Desenvolvimento Embrionário e Pós Embrionário

Grupo 3: Danilo Nunes - Nicole Gomes - Stefhanie Nunes - Wiliane Marinho


Confundir a presa Reprodução

Alimentação
Mimetismo Proteção

O mimetismo é um mecanismo onde uma espécie se beneficia por imitar outra. Pode ser feito através
da APARÊNCIA, SOM, CHEIRO E COMPORTAMENTO.

Mimetismo de ataque Mimetismo defensivo Mimetismo reprodutivo


o organismo mimético é o a presa é mimética para é realizado por plantas que se
predador afastar seu predador assemelham às fêmeas de seus
polinizadores

Thaumoctopus mimicus Coral-falsa A orquídea do gênero Ophrys


Padrões mimético de grupos diferentes 1º - Besouro da
1º Formiga
feiticeira- Hoplomutilla sp Família Lycidae (Calopteron
(Ordem Hymenoptera, sp.), 2º - barata da
Família Mutilidae) Família Blattellidae
2º e 3º - Besouros (Eushelfordiella paraense).
(Ordem Coleoptera), um da 3º- Besouro da
Família Curculionidae Família Lampyridae
(richaptus mutillarius) e outro da (Hyas flabellata).
Família Cerambycidae
(Compsosoma mutillarium).

Formas miméticas entre


moscas (Ordem Diptera) da
Família Asilidae, à
esquerda, e himenópteros
à direita, um marimbondo
(Vespidae) e um
mamangava (Apidae).
Classificação
do Mimetismo
Batesiano e o Mülleriano

Mimetismo batesiano
(DEFENSIVO)
O mais comum: onde uma
espécie que não causa
danos e que pode servir de
alimento mimetiza-se em
outra que causa danos ou
não é palatável. Naturalista inglês
 Henry Walter Bates
(1863) Larva da mariposa Hemeroplanes ornatus e
a cobra-papagaio-verde
Falsa Cobra Coral    X    Cobra Coral-Verdadeira 
Erythrolamprus aesculapii Micrurus corallinus

Falsa Cobra Coral 


Cobra Coral-Verdadeira
O imitador tenta enganar o predador
usando cores e características que causam
repulsa (coloração de advertência ou
aposematismo) Gafanhoto- Locust borer
Orthoptera

VESPA
Rhene flavicomans
Hymenoptera
Wasp Mimic Jumping Spider

As mesmas cores e formas são copiadas


pelo agente imitador. Assim, o predador se
afasta por acreditar que, tal como o
modelo, o imitador contém substâncias
Lepidoptera Coleoptera Diptera
venenosas, ferrões, espinhos ou pelos que
causam coceiras. MARIPOSAS BESOUROS MOSCAS
Vespula germânica 
Chorona Cinza
Borboleta-monarca
(Danaus plexippus)

Mimetismo mülleriano
Quando espécies igualmente
toxicas, não palatáveis ou
perigosas para o predador
apresentam um
compartilhamento evolutivo
de semelhanças
Cientista Johann
Friedrich Theodor
REFORÇANDO O SINAL DE PERIGO Müller (1822-1897)

Borboleta-vice-rei 
(Limenitis archippus)
Outros tipos
Mimetismo agressivo ou
Peckhamiano
"um lobo em pele de cordeiro"

É caracterizado pelo disfarce


do predador.
Facilitar o ataque do
predador, que se disfarça de
presa ou reproduz situações
Mimetismo inofensivas.
formigas -defesa:
Besouros *Objetivo de PROTEÇÃO + de 300 espécies
Moscas
Vespas sem asas EX: Aranhas do gênero Myrmarachne
Ninfas – gafanhoto,
(mimetismo agressivo e batesiano)
louva deus
Vespa macho
imita comportamentos da
fêmea na intenção de afastar
outros pretendentes machos

Reprodutivo ou
comportamental
Ele é usado para vencer a
competição no momento
da reprodução.

Orquídea Ophrys apifera,  imita a


fêmea da abelha, atraindo o macho
É diferente do mimetismo batesiano, no qual animais inofensivos se parecem com
Um novo tipo de mimetismo? perigosos, e assim repelem potenciais predadores. Também não se encaixa no
mimetismo mülleriano, no qual duas ou mais espécies diferentes se assemelham
umas às outras, e assim reforçam o sinal de perigo aos predadores

"Mariposa disfarçada de beija-flor, pode


evitar virar almoço".

• Aves insetívoras não reconheceriam o


invertebrado como presa potencial, de
acordo com proposta de novo tipo de
mimetismo.
2020 - Pesquisa FAPESP

Elas se parecem com animais que


não fazem parte da dieta de seus
predadores, que são aves
insetívoras
Caso curioso
"Más atrizes e falta de fidelidade na
imitação"
Mosca-das-flores imita vespa e
abelha para despistar predadores, mas
não fica muito parecida com elas.
PORÉM:
mosca-das-flores
A fraca imitação não prejudica a
espécie, que continua abundante vespa que ela tenta imitar

Por que não foram eliminados pela seleção natural?

Segundo estudo publicado na revista “Nature”, não aperfeiçoaram as


técnicas de imitação porque isto não foi necessário para a
sobrevivência da espécie. Elas não seriam uma presa tão vantajosa
para os predadores e por isso enfrentaram uma seleção natural
menos intensa, conhecida como “seleção relaxada”
Vespula germânica
Camuflagem
A camuflagem é um conjunto de mecanismos que reúne as mais diversas
estratégias para dificultar a identificação de um organismo por seus
predadores.
Camuflagem de ataque Camuflagem de defesa
o organismo camuflado é o predador o organismo camuflado é a presa e faz uso desse
mecanismo para se afastar do seu predador

Louva-a-deus orquídea Lagarta


Tipos de Camuflagem

Homocromia Homotipia
Quando o indivíduo apresenta Quando o indivíduo apresenta a
coloração semelhante a do estrutura corporal que
ambiente. confunde-se com elementos do
ambiente.
Ex. Gafanhoto da areia
Ex. Bicho-pau
Bicho-folha
(Phyllium giganteum)
Quebra de Contorno
Coloração disruptiva

Larva de mariposa
(Phobetron pithecium)
Bicho-pau-espinhoso-gigante
Polimorfismo de Cor
(Extatosoma tiaratum)
Bioluminescência
Capacidade que os organismos vivos têm de
emitirem luz, como resultado de reações químicas
internas, normalmente também oxidativas:
(Insetos, dinoflagelados, bactérias, fungos, alguns peixes)

• A classe dos insetos é a mais rica em


espécies luminescentes!
• A luminescência é comumente produzida dentro de
tecidos ou órgãos com a produção de moléculas do
pigmento luciferina e da enzima luciferase: a enzima
luciferase intermedia a ligação entre o oxigênio e a
luciferina resultando em uma nova molécula,
altamente energética (oxiluciferina), que libera
energia em forma de luz.
• Diferentes criaturas -> diferentes variedades desses
produtos químicos = diferentes cores de luz
• A bioluminescência é chamada de “luz fria (sem
perda de calor)
O Brasil é o país com a maior biodiversidade de
insetos bioluminescentes no mundo com cerca
de 23% da fauna mundial destes coleópteros.

A bioluminescência é encontrada
em cerca de 2000 espécies nas
ordens Diptera,
Collembola e principalmente Lampyridae
Coleoptera

Elateridae
Superfamília Elateroidea que inclui Agrypninae (subf.)
as principais famílias de vagalumes:
Lampyridae, Phengodidae, Elateridae.

Espécies bioluminescentes foram


relatadas na família Staphylinidae.
Phengodidae – Larva
Gênero Phrixothrix
• Os padrões de emissão de luz nos besouros são variados.
Destaque para a família Lampyridae com mais de duas mil espécies distribuídas pelo mundo
Os mais conhecidos são os vaga-lumes onde os seus órgãos luminescentes localizam-se na parte
inferior do abdômen.

Dependendo do estágio de desenvolvimento do vaga-lume a bioluminescência tem finalidades diferentes:

Quando adultos: a luz emitida é usada para


atrair parceiros para o acasalamento.

Quando imaturos (larvas):


Utilizam a bioluminescência como um sinal de
aviso a predadores alertando-os sobre o sabor
desagradávelou a presença de substâncias
tóxicas no seu corpo.
Desenvolvimento Embrionário
Fecundação do
Eclosão Reprodução
óvulo pelo Núcleo Zigótico
(imatura) sexuada
espermatozoide Larva ou ninfa

Ocorre sem Estimulo mecânico


fecundação do óvulo no momento da
pelo espermatozoide deposição
Reprodução
OU
Partenogenética
Pode estar ligado a
entrada de O2 no
ovo

Desenvolvimento embrionário Vivíparos


completo no útero da fêmea
Desenvolvimento
Embrionário

EMBRIÃO - O núcleo move-se


Formado por um para dentro ->
processo de divisão Núcleos de
ordenada do ovo Clivagem

Formação da
Núcleos migram
clivagem
para a periferia do
meroblástica ou
ovo
superficial

Formação do
blastoderma – Centrolécitos
envolve o vitelo
Desenvolvimento Embrionário
Surgimento das células Essas células
Formação do disco
endodérmicas e aprofundam-se no vitelo
germinativo
mesodérmicas durante a gastrulação
Desenvolvimento Embrionário

Todos os apêndices do
Toda a parede
externa do embrião
Ectoderme adulto são formados
por evaginações

❑ O sistema nervoso desenvolve-se a partir de neuroblastos.

❑ O sistema traqueal é originado por conjuntos de células nas regiões laterais do embrião. Elas se invaginam e os ramos
resultantes tomam a forma de um T maiúsculo, os braços se fundem em segmentos adjacentes e formam os troncos
traqueais longitudinais.

❑ As duas extremidades do corpo formam duas grandes dobras invaginadas - estomodeo e proctodeo.
Desenvolvimento Embrionário

Processo de formação variável entre as Ordens:


Derivação da camada
interna do disco
Mesoderme e somitos Mesoderme germinativo

Nos Diptera
Mais
Cyclorrhapha, a Origina:
basais: placas Nos Lepidoptra
mesoderme
laterais e
não se Músculos do corpo, o
tornam-se Hymenoptera,
segmenta antes diafragma dorsal, os
segmentares e os somitos
da formação hemócitos, células
os somitos permanecem
das estruturas
separam-se uns conectados
do corpo dela
pericárdicas, gônadas e
dos outros corpos gordurosos.
derivadas.

Coração - Formado por cardioblastos


Desenvolvimento Embrionário
construído a partir de dois
rudimentos de células que
ficam agrupadas nos polos
Endoderme anterior e posterior do
embrião

Mesêntero Surgem invaginações


anterior e posterior da
ectoderme - estomodeo e
ao proctodeo
Dois rudimentos começam
Vaso dorsal a se desenvolver

Os dois rudimentos se
aproximam e fundem-se -
Testículo e Ovário Mesêntero
• Tem início na eclosão;
Desenvolvimento pó • Nascimento da forma imatura: larva ou ninfa;
s-embrionário: • Término na fase adulta.
Ecdise:

• Com o crescimento do tamanho dos


insetos, o exoesqueleto é
continuamente substituído por um
maior;
• Digestão de porções da cutícula antiga
e a síntese de uma nova cutícula;
• Revestimentos cuticulares: traqueias,
intestino anterior, posterior e as
estruturas do endoesqueleto;
• Exúvias: cutícula desprendida que
frequentemente mantém a forma dos
insetos.
Ecidse:
• Desencadeados pela liberação de PTTH (hormônio
cerebral) das células neurossecretoras do cérebro;
• PTTH Glândulas protorácicas a liberar ecdisona
na hemolinfa;
• Ecdisona A separação da cutícula antiga da
epiderme subjacente;
• Processo denominado: Apólise;
• Divisão da cutícula antiga ao longo de linhas de
fraqueza;
• Linha média da superfície dorsal do tórax;
• A força da ruptura é a pressão da hemolinfa (e às
vezes ar ou água) forçada para o tórax por meio da
contração dos músculos abdominais.
Instar:
• O estágio do inseto entre as ecdises
geralmente é denominado: instar;
• O 1º instar: Ocorre entre a eclosão e a
primeira muda larval ou ninfal;
• O 2º instar: Ocorre entre a primeira e a
segunda muda;
• Crescimento e mudança de forma;
• Metamorfose.

Percevejo da soja: Euschistus heros


Metamorfose:
• Ametabólicos: Desenvolvimento sem
aparente modificação ou
metamorfose. Do ovo eclodem as
formas jovens que por mudas
sucessivas vão simplesmente
aumentando de tamanho até
atingirem a forma adulta. Subclasse
Apterygota;
• Metabólicos: Evidenciam
modificações morfológicas que podem
ser incompleta (hemimetabólico) ou
completa (holometabólico).
Larvas:
• Ápodes: Com segmentação abdominal e
dotadas de apêndices apenas na região
cefálica.
• Oligópodes: Possuem apêndices cefálicos e
torácicos normais, porém sem as pernas
abdominais transitórias. As pernas torácicas às
vezes são muito desenvolvidas.
• Polípodes: Possuem, além de apêndices
cefálicos e torácicos normais, pseudópodes ou
espuripédios, que são divertículos abdominais Larvas polípodes: A. Lepidoptera: Sphingidae; B. Lepidoptera: Geometridae; C. Hymenoptera: Diprionidae.
do tegumento, com função locomotora. Larvas oligópodes: D. Neuroptera: Osmylidae; E. Coleoptera: Carabidae; F. Coleoptera: Scarabaeidae. Larvas
ápodes: G. Coleoptera: Scolytinae; H. Diptera: Calliphoridae; I. Hymenoptera: Vespidae.
• Prótopodes: Dotados de apêndices
mandibulares sendo os demais cefálicos e
torácicos rudimentares ou vestigiais; carecem
de segmentação abdominal.
Pupas:
• Transformação de larva em
forma adulta;
• Holometabolia;
• Intensa atividade: histólise e
histogênese;
• Nuas ou protegidas por casulos;
• Estruturas e formas variáveis
segundo as espécies.
Tipos de pupas:
• Obteca: Os apêndices torácicos são
aderidos à superfície do corpo. Típica
de lepitdópteros, esse tipo é
comumente designado de crisálida.
• Exarata: Apresenta os apêndices
torácicos livres, como se observa nos
coleópteros e himenópteros. Também
chamada “pupa liberta”.
• Coarctata: Envolta pela última exúvia
larval, endurecida, não se observando
os apêndices, como ocorre na maioria
dos dípteros.
Adulto ou
Imago:
• Fase final do desenvolvimento;
• Última exúvia da forma imatura,
o inseto adulto não sofre mais
qualquer processo de ecdise;
• Forma de reprodução;
• Perpetuação da espécie;
• Exceção: Ephemeroptera, as
náiades de último ínstar sofrem
uma ecdise dando origem à
forma alada chamada subimago.
OBRIGADA!

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