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FISIOLOGIA DA NATAÇÃO

ASPECTOS FISIOLÓGICOS
RELACIONADOS À NATAÇÃO

Prof. Adenilson Escóssio


CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Segundo Novaes (2017) na realidade, não existe uma
fisiologia do treinamento deste ou daquele esporte, existindo,
sim, o conhecimento fisiológico geral, tentando explicar o
funcionamento orgânico do atleta nas diversas modalidades.
Assim sendo do ponto de vista metabólico, o treinador de
natação buscará os conhecimentos fundamentais da
bioenergética para explicar o porquê desta ou daquela
atividade física aplicada nas diferentes fases do ciclo de
treinamento buscando incentivar as valências necessárias para
o melhor desenvolvimento do seu atleta.
VIAS METABÓLICAS
SISTEMA ATP-CP

A atividade física de alta intensidade e curta


duração requer energia imediata, como na corrida
de 100 m, na natação de 25 m ou no
levantamento de pesos pesados.
VIAS METABÓLICAS
SISTEMA GLICOLÍTICO

A glicólise rápida gera apenas cerca de 5% do ATP


total durante a degradação completa da molécula de
glicose em energia. Exemplos de atividades que
dependem fundamentalmente do ATP gerado pela
glicólise rápida incluem os piques (sprints) no final da
corrida de 1,6 km, a natação nas provas de 50 ou 100
m, os exercícios no aparelho para ginástica e os
piques (sprint) nas provas de atletismo de até 200 m.
VIAS METABÓLICAS
SISTEMA GLICOLÍTICO
A glicólise anaeróbica rápida para a ressíntese do ATP pode ser
considerada uma fonte energética de reserva. Ela se torna ativa
quando uma pessoa acelera no início do movimento ou durante os
últimos quilômetros em uma corrida, quando realiza um esforço
máximo do início ao fim durante uma corrida de 440 m ou uma prova
de natação de 100 m. Acúmulos rápidos e consideráveis de lactato
sanguíneo ocorrem principalmente no músculo agonista, movimentos
máximos entre 60 e 180 s de duração.
VIAS METABÓLICAS
SISTEMA OXIDATIVO

A redução na intensidade para prolongar o período de movimento


acarreta redução correspondente da taxa de acúmulo de lactato e no
nível final de lactato sanguíneo.

Durante a atividade leve e moderada (< 50% da capacidade aeróbica),


a formação de lactato sanguíneo é igual a sua eliminação.
EXEMPLIFICANDO...
Um pique de 100 m corresponde a qualquer atividade
física de alto impacto por cerca de 10 s, enquanto
uma corrida de 800 m e uma prova de natação de
200m duram aproximadamente 2 min. A atividade de
alto impacto com duração de 1 min inclui a corrida de
400 m, a prova de natação de 100 m e as pressões
repetidas por toda a quadra durante uma partida de
basquete.
Os sistemas ATP-PCr e do ácido láctico suprem cerca
de metade da energia para a atividade intensa com
duração de 2 min; o restante é fornecido pelas reações
aeróbicas.

Nos eventos de alta duração, a fosfocreatina (fosfato


de creatina) será usada nos primeiros segundos e, se
tiver sido ressintetizada durante a competição, no
pique (sprint) até o final da prova.
A atividade física intensa de duração intermediária,
realizada por 5 a 10 min (p. ex., corrida e natação de
média distância ou basquete), impõe grande
demanda sobre a transferência de energia aeróbica.
A corrida de maratona de longa duração, as provas de
natação de longa distância, o ciclismo exigem
suprimento constante de energia aeróbica com pouca
dependência da energia proveniente de fontes
anaeróbicas.
O nadador melhora a resistência aeróbia da
musculatura inspiratória, assim como tem que expirar
contra a resistência oferecida pela água e, para
compensar esta menor VE, tem que melhorar a
extração tissular de O2, a nível periférico.
Testes ventilatórios de máxima ventilação voluntária
mostram elevados resultados em nadadores, pois
apresentam grande mobilidade do sistema
tóracopulmonar, indicando baixa resistência elástica
do mesmo.
RECUPERAÇÃO DOS SISTEMAS
ATP - CP
• Diminui à 20% no
exercício intenso e
curto.
• Recuperação
imediatamente pós-
exercício
– Fase rápida
• 50% do repouso:
21 – 22 seg.
• 70% do repouso
30 seg.
• Recuperação completa:
Entre 3 e 5 min.
GLICOGÊNIO

• Leva dias
• Depende de:
– Tipo de exercício
– Consumo de carboidratos
Exercício contínuo
• Pequena
ressíntese 24
G
imediata L
I 20
• 46 horas com C

ingesta de O
G
16
Dieta rica em CBO
carboidratos Ê
N 12
• Pequena I
O
ressíntese em 5 M
08
Sem alimento

dias sem dieta U


S 04
com carboidratos. C. Apenas gord. e prot.

• Muito rápido diante 5 15 25 35 45 5 dias


de dieta de CHO Tempo de recuperação
(60% em 10 horas)
EXERCÍCIO INTERMITENTE
• Boa ressíntese
em 30’
– 40% em duas
horas
– 53% em cinco
horas
• Não requer
ingesta adicional
• 24 horas diante de
dieta normal de
CHO.
• Lactato, piruvato,
glicose taxa de
redução explicam
diferenças.
REDUÇÃO DO LACTATO
• Acúmulo depende
da intensidade,
duração e
intervalo.
• Remoção
– 50% em 25’
– 95% em cerca de
1h
• Recuperação ativa
– Intensidade varia
de atletas p/
sedentários
– Especificidade é
importante
EXERCÍCIO x REMOÇÃO DE
LACTATO
OS LIPÍDIOS
• AGLs séricos dobram após exercício
• Depende da intensidade e duração
• Fica elevado por até 12 horas.
• Sua energia será usada na restauração
das outras fontes.
– Explica o emagrecimento pós - exercício

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