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Fls.
Modalidades de Auditoria:
Auditoria Especializada
Categorias de Auditoria:
Auditoria de Obras Públicas
Órgão Auditado:
Departamento Estadual de Rodovias - DER
Obra Auditada:
Restauração (com aumento de capacidade e
alargamento de plataforma) da Rodovia CE-293,
Trecho: Missão Velha – Entr. CE-060 (Barbalha)
Fls.
Secretário-Executivo
Auditor de Controle Interno
Paulo Roberto de Carvalho Nunes
Articuladoras
Auditoras de Controle Interno
Isabelle Pinto Camarão Menezes
Emiliana Leite Filgueiras
Orientador
Auditor de Controle Interno
Antonio Sergio Beltrão Mafra
Missão Institucional
Assegurar a adequada aplicação dos recursos públicos, contribuindo para uma gestão ética e
transparente e para oferta dos serviços públicos com qualidade.
CGE/COAUD
Relatório Nº 080101.01.03.03.009.0118
Fls.
Restauração da Rodovia CE-293, Trecho: Missão Velha – Entr. CE-060 (Barbalha)
I – VISÃO GERAL
1. DA ATIVIDADE DE AUDITORIA
8. Dessa forma, para a elaboração da Curva ABC, a auditoria tomou como base os
itens medidos e pagos até a 7ª Medição do Contrato n° 001/2017, considerando a
documentação disponibilizada pelo DER.
9. Assim, a Curva ABC foi composta por três faixas de itens: a faixa A, com os
itens que correspondem até 50% do valor total dos itens medidos até a 7ª Medição;
a faixa B, com 30%; e a C, com 20% do valor total dos itens medidos até a 7ª
Medição.
11. Além dos itens constantes na faixa A da curva ABC, a equipe de auditoria
analisou, “in loco”, os itens da planilha orçamentária constantes da faixa B e C,
conforme descrito nas Tabelas 2 e 3.
14.3.4.1 C0215 ARMADURA CA-50A GROSSA D=12,5 A 25,0MM KG 36152 6,34 229.203,68 137.522,20
CORPO DE BUEIRO TRIPLO CAPEADO
5.1.34 C0917 M 24 6775,01 162.600,24 91.462,64
(3.00X3.00M)
CORPO DE BUEIRO DUPLO CAPEADO
5.1.30 C0878 M 49 2430,55 119.096,95 87.499,80
(2.50X1.00M)
12. Esses itens foram analisados pela comparação dos custos constantes no
orçamento contratado com os da tabela de referência da SEINFRA e dos
quantitativos do orçamento com os Projetos Básico e Executivo e as medições
realizadas.
16. Com fundamento no § 1º, inciso II do Art. 3º da Lei Estadual nº. 13.325/2003,
foram requeridos documentos e informações ao DER, por meio da Requisição no.
01/2017, de 19/09/2017, referente à obra de Restauração da Rodovia CE-293,
imprescindíveis ao planejamento do trabalho.
2. DO OBJETO AUDITADO
21. A execução da restauração da Rodovia CE-293 foi firmada por meio do Contrato
nº. 001/2017, de 24/01/2017, publicado no DOE em 14/02/2017, celebrado entre o
DER e a construtora Maciel Construções e Terraplanagens Ltda., no valor original
de R$55.238.974,96, financiados com recursos do Contrato de Empréstimo nº.
2964/OC-BR, pactuado entre o Governo do Estado e o Banco Interamericano de
Desenvolvimento – BID, e do Tesouro Estadual.
22. O prazo para execução dos serviços foi estabelecido em 450 dias, a partir do
recebimento da Ordem de Serviço do DER, datada de 21/02/2017, autorizando o
início da execução da obra. A vigência do contrato foi fixada em 570 dias a partir da
data de publicação do Extrato do Contrato no DOE, datado de 14/02/2017. De
acordo com informações pesquisadas no Portal de Transparência, até 22/12/2017
não tinha sido celebrado aditivo de prorrogação de prazo ou de valor do contrato.
24. A Tabela 4 apresenta uma síntese do valor do Contrato nº. 001/2017, com suas
atualizações, medições e reajuste.
Valor
Valor Inicial Valor Atual do Valor Medido Glosado Valor do Valor Pago até
do Contrato Contrato* até a 8ª Medição até a 8ª Reajuste a 8ª Medição
Medição
25. Até 20/12/2017, tinham sido realizadas oito (08) medições parciais da execução
do contrato, no valor de R$7.935.475,86. Dessa quantia foi glosada, em seis (06)
medições, a soma de R$101.951,74, resultando no valor de R$7.833.524,12. Houve
também um reajuste sobre o valor da 8ª Medição no valor de R$33.982,37,
totalizando o valor de R$7.867.506,49 que foi integralmente empenhado e pago à
Contratada.
Total 7.867.506,49
30. Nesse sentido, o TCU deliberou, em seu Acórdão 516/2013 Plenário, sobre a
irregularidade de contratação de obras sem a Licença Prévia e o início das obras
sem a Licença de Instalação:
31. Tal entendimento foi ratificado pelo Tribunal de Contas do Estado do Ceará –
TCE em recente julgado, por unanimidade dos votos, que resultou na Resolução n°
01661/2017, a qual resolve:
[...]
35. O Parecer Técnico emitido pela SEMACE nº 3139/2017 – DICRA informou que
realizou uma vistoria no local da obra, em 04/08/2017, constatando que as obras de
terraplenagem, nivelamento do terreno, e de escoamento de água (bueiros) já
37. Dessa forma, restou comprovado que as Licenças Prévia e de Instalação não
foram emitidas pela SEMACE, tendo em vista o DER não ter solicitado
tempestivamente a Licença Prévia, a qual deve ser requerida ao órgão ambiental na
fase preliminar do planejamento, sendo condição indispensável para a elaboração
do Projeto Básico; bem como a Licença de Instalação, necessária ao início das
obras.
Manifestação do DER
O auditado se manifestou informando que:
A obra em questão integra o Programa Viário de Integração Logística – Ceará IV,
financiado parcialmente pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID,
tendo licenciamento prévio para todas as obras do referido programa, Licença
Prévia Nº 151/2013 – DICOP – GECON, revalidada através de Renovação Nº
3/2015, com validade até 04/10/2017. (docs. 01 e 02)
No que diz respeito a Licença de Instalação foi regularizada, e se encontra válida
até 09/11/2019, Licença Nº 355/2017. (doc. 03). [sic]
Análise da CGE
Entretanto, é importante citar que esta auditoria solicitou ao DER, por meio do
oficio nº. 1157/2017, Requisição nº. 01/2017 – DER, de 19 de setembro de
2017, as licenças ambientais prévia e de instalação para obra de Construção e
Ampliação da Rodovia CE 293, e em resposta foi apresentado o comprovante
de abertura de processo na SEMACE solicitando a Licença Prévia, datado de
10/02/2017, não tendo o órgão auditado informado sobre a existência do
licenciamento prévio para todas as obras do Programa Viário de Integração
Logística – Ceará IV.
40. Esse processo sofre a influência de fatores como a natureza do solo, teor de
umidade, energia de compactação, número de passadas do rolo e velocidade de
compactação.
41. Para se obter uma boa compactação deve haver um controle da adição de água
até que o material atinja a umidade ótima. Caso se adicione água demais, é
provável a ocorrência de deformações em que o solo fica excessivamente plástico,
ocasionando o aparecimento do fenômeno chamado de "solo borrachudo".
44. Durante a visita de campo foi verificado na Estaca 640, conforme Figura 2, a
presença de “solo borrachudo” na camada de base que havia sido finalizada no dia
anterior. A auditoria entende que esse problema pode ter sido ocasionado por falha
no processo de compactação e/ou no acompanhamento da execução do serviço.
BORRACHUDO
Manifestação do DER
Análise da CGE
47. De acordo com a norma DERT-ES-T 06-00, os solos para aterros deverão ser
isentos de matérias orgânicas. O DNIT também expediu a norma DNIT 108-2009-
ES, que trata desse assunto. Dessa forma, durante a execução do aterro, deve-se
providenciar a presença de raizeiros para a retirada de tocos, raízes e pedras de
maior dimensão presentes no material utilizado na terraplenagem.
50. Assim, foi solicitado ao DER esclarecimentos acerca das providências para
solucionar a ausência de raizeiros na obra, bem como as providências adotadas
para a correção dos trechos da terraplenagem e camadas da Sub-base e Base da
rodovia executados com essa imperfeição.
Manifestação do DER
Análise da CGE
52. Segundo a norma DERT-ES-P 03/00, que trata da Sub-base granular, a camada
compactada deve ter a sua espessura maior que 10 cm e menor que 22 cm, com
tolerância de 2cm para menos e 5cm para mais em relação à espessura de projeto.
53. Em ensaios de campo constatou-se, no trecho entre as estacas 466 e 477, que
as espessuras são de 19,5cm e 20cm, enquanto que o projeto determina 15cm de
espessura. A Figura 3 apresenta a Ficha de Ensaio de Densidade “in situ” com as
espessuras no limite máximo permitido pela citada Norma.
Fonte: Ficha de Ensaio de Densidade “IN SITU” – Método do Frasco de Areia (Supervisora)
56. Dessa forma, a auditoria entende que, apesar de a espessura de 20cm da sub-
base estar em conformidade com a Norma do DER (DERT-ES-P 03/00), ela não
atende à Norma DNIT 139/2010 – ES, que é uma norma mais atual, com
parâmetros e valores mais adequados à realidade.
Manifestação do DER
não obedece a especificação mais atual do DNIT, que na visão do órgão auditor,
deveria ser utilizada.
Esta tolerância na espessura da especificação do DER, serve para corrigir o
nivelamento das camadas inferiores, que também possuem sua tolerância no
controle de cotas geométricas.
As espessuras da camada de um pavimento são determinadas pelo método de
dimensionamento do Eng. Murilo Lope de Sousa, método muito utilizado pelo
DNIT, onde se calcula a espessura mínima de todo o pavimento para suportar as
cargas previstas no projeto.
Neste intervalo de 220 metros, a sub-base ficou 5 cm acima da espessura mínima
indicada pelo projeto, tornando a estrutura mais segura, não trazendo nenhum
prejuízo na qualidade e não proporcionando dano ao erário uma vez que foi
medido conforme a espessura de projeto. [sic]
Análise da CGE
5. OUTROS ACHADOS
Manifestação do DER
Análise da CGE
III - CONCLUSÃO
59. Assim, este relatório de auditoria deverá ser encaminhado à gestão do DER
para a elaboração de Plano de Ação para Sanar Fragilidades (PASF), com a
finalidade de dar cumprimento às recomendações apresentadas, definindo-se
responsáveis, recursos e prazos necessários à sua implementação.