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● A maioria das pessoas sabe que, quando o problema é gastar muito, deveriam
reduzir e/ou cortar gastos. Mas entre saber o que fazer e conseguir efetivamente fazer
existe uma barreira imensa chamada crenças limitantes e é delas que você vai se livrar
definitivamente.
As nossas crenças dão o tom dos nossos pensamentos, afinal de contas, ninguém
considera verdade coisas nas quais não acredita. Já os seus pensamentos darão origem às
suas emoções e sentimentos e são essas emoções que irão causar as suas ações, ainda que,
muitas vezes, pareçam involuntárias.
Todo indivíduo, por mais incrédulo e cético que seja, leva consigo um conjunto de
crenças que molda o seu caráter e o faz reagir diante dos mais diversos acontecimentos.
● Por que você tem de escolher entre ter dinheiro e ser feliz?
● Você não pode ter dinheiro e ser feliz ao mesmo tempo?
● O dinheiro realmente elimina as chances de você ser feliz?
São pequenos conceitos como esse que acabam fazendo com que as pessoas se
conformem e se acomodam com o fato de que a vida é assim mesmo: você recebe o seu
salário e, como ele é vendaval, vai logo para bem longe de você!
Agora, escreva abaixo pensamentos que rebatam cada uma das palavras e frases
negativas que ouviu ou disse. Essa será a sua estratégia para combater os maus
pensamentos e começar a criar o seu novo mindset gerenciador.
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Se você trabalha por conta própria vai poder aplicar a análise em seu negócio, bem
como para avaliar a sua performance como empreendedor. E se você está no mercado de
trabalho e já participou de programas de seleção de pessoal em grandes empresas deve ter
feito alguma dinâmica incluindo a FOFA
Agora vejamos um exemplo da FOFA aplicada em uma pessoa para avaliação de seus
quatro aspectos:
Neste caso, temos uma matriz com divisões um pouco diferentes para que você
observe que o importante é ter os quatro aspectos separados de forma a serem visualizados
com facilidade. Nas forças e oportunidades, vemos um funcionário jovem, cheio de energia
Ele busca projetos dinâmicos para usar seus conhecimentos tecnológicos e implantar
automação aos processos. Parece um colaborador perfeito, porém, como vimos, todos
temos os quatro lados, sendo dois deles negativos, e precisamos avaliá-los com isenção e
objetividade para buscarmos sempre o equilíbrio. Em contrapartida de suas qualidades
vemos fraquezas e ameaças que demonstram um jovem ansioso, impaciente, com
tendência à insubordinação e ainda inexperiente. Além disso, demonstra desinteresse pela
história da empresa e suas tradições e não se comunica bem com os funcionários mais
antigos. Em vista disso, proponho alguns exercícios a seguir, topa?
Nós já vimos em aulas anteriores vários tipos de inteligência. Nós falamos do Howard
Gardner, do Daniel Goleman, mas agora nós vamos abordar outra vertente. Você vai ver que
cada pessoa tem uma forma diferente de aprender. Então, para você desenvolver as suas
inteligências é importante saber como você aprende. Basicamente nós utilizamos os nossos
sentidos para aprender: Visão, audição, tato, olfato e paladar. Por isso é que os bebês
querem pegar tudo e também colocam tudo na boca. Eles estão aprendendo a usar os
sentidos. Eles não sabem ainda que um perfume não é pra por na boca.
Com o tempo eles vão assimilando melhor as formas de aprender cada coisa. Só que,
em um determinado ponto da vida, nós vamos deixando de explorar as formas de
prendizado e a nossa tendência é querer aprender as coisas como as outras pessoas
aprendem. E aí a gente começa a se comparar. “Eu não aprendo igual ao Fulano. Ele lê uma
vez e pronto!” “Eu não aprendo igual ao Beltrano. Ele vê alguém fazendo uma vez e pronto!”
Mas isso é porque cada um tem a sua própria forma de aprender.
Aprenda a aprender
Bom, se tem uma coisa que uma pessoa que quer gerenciar a si mesmo precisa fazer
certamente é aprender. E aprender sempre!
Você é um leitor?
Hoje em dia nós estamos enfrentando um problema seríssimo chamado analfabetismo
funcional. Você já ouviu falar? Ao longo de todo o curso você nos viu indicando uma série de
livros. Mas sempre que indicamos alguma leitura, várias pessoas dizem:
Eu não entendo quando eu leio, eu prefiro que alguém me explique.
Só que nós precisamos entender que não entender é uma coisa e preferir que alguém
explique é outra. Então, vamos analisar antes de mais nada quem é considerado analfabeto
funcional para você não sair falando que lê e não entende!
Um estudo feito com 1.200 pessoas bem-sucedidas apontou que todos têm o hábito
da leitura.
Bill Gates – Fundador da Microsoft – lê cerca de 50 livros por ano – 1 por semana
Oprah Winfrey – Apresentadora de TV – tem um clube do livro e compartilha com
seus associados o seu livro preferido do mês
Elon Musk – CEO da Tesla Motors, SpaceX – “Como você aprendeu a construir
foguetes?” – “Lendo.”
Mark Zuckerberg – Fundador do Facebook – Lê um livro a cada duas semanas
Mas as pessoas de sucesso não leem qualquer coisa. E você também não deve perder
o seu tempo lendo qualquer coisa. Você deve desenvolver o hábito de ler porque a leitura
trabalha áreas específicas do cérebro que, se você não utilizar, elas vão ficando cada vez
Você Age de Acordo com a Forma que seu Cérebro Aprende Melhor?
Talvez você aprenda mais ouvindo alguém explicar ou vendo alguém fazer. Quem
aprende ouvindo é o que a gente chama de aluno-ouvinte. E quem aprende só de olhar é o
aluno visual. Então, se você aprende ouvindo a explicação de outra pessoa, procure cursos
on-line, onde você sempre tem uma pessoa explicando. Vá a palestras, ouça podcasts
interessantes, baixe áudio-books e priorize essa forma de aprendizado. E se você é do tipo
que aprende vendo alguém fazer, explore isso. Assista vídeos no YouTube, faça cursos
práticos e aproveite o seu potencial. E uma dica para quem é visual e pega as coisas só de
olhar:
Assista vídeos de outros países também. Como você não precisa muito da audição ou
da leitura, aprenda olhando como as pessoas de outros lugares fazem as coisas. Pode ser
muito interessante e te abre um leque imenso de possibilidades.
É importante que você tenha essa habilidade de aprender porque, como você já sabe,
no mundo de hoje, onde as coisas mudam toda hora, a gente tem que estar sempre
aprendendo. E não só aprendendo, mas aprendendo rápido!
Para finalizar, veja outras formas de aprendizado e tente praticar para ver se você se
dá bem em alguma delas.
O que vem ocorrendo nos últimos anos é a somatória de várias questões e talvez
você se enquadre em alguma delas:
Essas são as consequências mais comuns, porém, a causa é uma só: falta de educação
financeira.
Seria a mesma coisa que você dizer: “eu não levo jeito para escovar os dentes”. Tem
que aprender e fazer.
A diferença com as finanças é que, provavelmente, ninguém lhe ensinou a lidar com o
dinheiro. Ninguém pegou na sua mão e ensinou a comprar as coisas pelos motivos certos e a
guardar parte do que ganhava.
Aluguel
Condomínio
Educação (escola das crianças/faculdade/cursos livres)
Prestações de empréstimos, compras parceladas ou financiamentos
Plano de saúde
Mensalidade da academia
TV por assinatura
Celular pré-pago
Internet
Parcelas de IPVA, IPTU e outros impostos
Contas de consumo: água, luz, gás, telefones (fixo e celular pós pago)
Transporte (ônibus, metrô, trem, táxi, combustível, estacionamento etc.)
Supermercado, feira/sacolão
Educação (materiais de apoio como livros, cópias etc.), se houver
Farmácia (no caso de remédios de uso contínuo)
Agora que você está com todas as suas contas em mãos e fez a sua lição de casa, o
próximo passo é aprender como montar uma planilha de orçamento unificada que também
pode ser chamada de “a planilha mais fácil do mundo”!
Resiliência:
1. Física – propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original
após terem sido submetidos a uma deformação elástica.
2. Figurado (sentido) – capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte
ou às mudanças.
Resiliência na prática
1. Encare a realidade, não fuja
Entrar em negação não vai resolver o problema, muito pelo contrário, só vai fazê-lo se
estender cada vez mais. O quanto antes encararmos a realidade e olharmos para a frente,
mais rápido vamos nos armar para lutar contra a situação adversa.
A história de ________________________________________________________________
Resumo:
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● Inversão de papéis
● Falta de apoio e
● Controle da sua vida.
O que essas três coisas têm a ver com o gerenciamento da sua vida? Muita coisa! Mas
o conceito é bem simples de explicar: Quando você desiste do que quer fazer porque não
conta com o apoio das pessoas, o que você está fazendo é, nada mais, nada menos, do que
entregar o controle da sua vida para essas pessoas. E entregar o controle de algo que é
exclusivamente da sua responsabilidade é inverter os papéis.
“Comecei a costurar para fora há quatro meses e estava muito feliz. Já tenho clientes
fiéis e amo trabalhar em casa, ao lado do meu filho pequeno e ainda ganho mais do que
quando trabalhava fora. Mas minha família não me apoia e diz que eu deveria procurar
emprego porque trabalhar em casa não é trabalho de verdade. Meu marido não liga para o
que eu faço. Nunca elogiou minhas costuras. Estou desanimada e já penso em vender a
máquina e esquecer toda essa bobagem de ser empreendedora. Se eu tivesse apoio seria
diferente, mas infelizmente não tenho.”
No Brasil, nós não temos uma cultura que valoriza o sucesso. Muito pelo contrário, as
pessoas fazem pouco caso do sucesso dos outros. A gente ainda tem aquela cultura de que o
rico é ladrão, que quem tem sucesso é porque faz falcatrua. Mas a verdade é que também
tem pobre ladrão e pobre que faz falcatrua. Esse tipo de coisa tem a ver com o caráter da
pessoa e não com a conta bancária.
“O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons.”
- Martin Luther King
Quando o honesto se conforma com um salário que mal dá para pagar as contas, sabe
o que acontece? Sobra mais espaço para o desonesto crescer. Lembra que eu dei o exemplo
do ladrão na aula 30? Eu falei que a expectativa do ladrão em relação a reconhecimento é
zero. Ele não está nem aí se não tem a família apoiando! Ele simplesmente vai lá e faz.
Enquanto que quem está trabalhando, crescendo, buscando melhorar de vida, no primeiro
obstáculo ou diante da falta de apoio já pensa em desistir. Isso é ou não uma inversão de
papéis?
Quando você tem apoio e pode contar com a ajuda das pessoas – ou que, pelo menos,
elas não atrapalhem – é ótimo! Mas quando você desiste quando o apoio não vem, sabe o
que você está fazendo? Você está dando controle demais da sua vida para os outros. A sua
vida é sua responsabilidade e você não deve terceirizar nem por vontade própria e muito
menos por pressão.
Tem que ter paciência e realmente não esperar apoio de ninguém. Quando ele vem é
um bônus, mas a falta dele não vai me parar e é isso que tem que acontecer com você. Não
tem apoio, ótimo! É a sua chance de provar para si mesmo que você é perfeitamente capaz
de gerenciar a sua vida.
E você vai desengavetar os seus planos ou não engavetar mais! Pense no que você tem
deixado de fazer por falta de apoio e veja se ainda faz sentido retomar.
E se aquele projeto não tem mais nada a ver com você, mas você tem outros, crie aí
uma estratégia para não permitir que ele vá parar no fundo de uma gaveta, ok?
Você vai entender o que está acontecendo no seu orçamento e traçar um plano do
que pode ser feito para melhorar a sua situação, qualquer que seja ela. Você vai aprender a
gerenciar suas contas de maneira a equilibrar as suas finanças da melhor forma possível.
Na sequência você deve analisar pontos de atenção no seu fluxo de caixa, como a
ocorrência do dia 2, quando você entrou no limite para pagar a conta de energia elétrica.
Então, mais um alerta: falta de saldo para pagamento de conta. Depois, analise cada
conta fazendo três perguntinhas básicas:
Essas novas projeções já podem ser colocadas na planilha do mês atual para você ver
como o seu novo orçamento se comporta. Essa atitude pode dar um gás para que você
continue na sua análise, pois ela vai fazer o seu dinheiro valer mais!
O segredo para equilibrar as contas não é cortar todos os gastos arbitrários, pois isso
nem seria possível e, ainda que fosse, a vida ficaria muito chata! A chave estar em não
gastar sem perceber, porque se você compra por costume ou simplesmente por não
perceber que há escolhas melhores, o seu dinheiro não está sendo bem empregado.
Foi o problema que me trouxe a oportunidade, embora o talento já existisse. Por isso,
muitas vezes o seu talento está adormecido porque você ainda não passou por um
problema que lhe forçasse a encontrar uma solução.
No meu caso, quando me vi com uma dívida astronômica e sem ter mais meu negócio
e nem sequer um emprego, não faltaram pessoas para me apontar o caminho mais fácil:
peça falência. Desapareça por um tempo, arranje um emprego e viva modestamente. Logo
as pessoas tocam seus barcos e esquecem que você existe. Mas por mais tentadora que a
solução instantânea possa parecer, não era aquilo que eu queria fazer. Por que eu me
esconderia feito uma criminosa? Eu simplesmente abri um negócio que deu errado, assim
como milhares de pessoas ao redor do mundo. Eu não era a primeira e nem seria a última,
mas a última coisa que eu queria era passar por aquilo tudo a troco de nada.
Era preciso tirar uma lição daquilo tudo e meu pensamento sempre girava em torno da
mesma questão: não é possível que eu esteja passando por todo esse transtorno à toa, tem
de haver um porquê! E sempre há, desde que a gente procure.
Pessoas estão propensas a pagar, com muito gosto, por coisas que lhes proporcionem:
Solução de problemas;
Comodidade;
Ganho de tempo.
Se você oferece esses três itens à empresa que paga o seu salário ou se o seu negócio
proporciona esse conjunto de aspectos ao seu cliente, então você está no caminho certo. E
se você está enfrentando problemas, melhor ainda, pois são eles que vão tirá-lo da zona de
conforto e fazê-lo buscar mais soluções para voltar à comodidade e não perder mais tempo
com... problemas. Depois disso, em vez de lhe desejar descanso e comodidade, espero (e
faço votos) que você tenha outros problemas!
Muitas empresas que hoje são unicórnios, ou seja, que cresceram e atingiram a cifra
de um bilhão de dólares, nasceram de problemas que foram encarados como
oportunidades. Em seu livro Oportunidades Disfarçada – que conta com 2 volumes – Carlos
Domingos traz inúmeros exemplos de empresas de sucesso que surgiram ou se aprimoraram
diante de problemas. Lembra-se da questão talento X resiliência? Você pode ser a mais
talentosa das pessoas, mas se não souber lidar com as mudanças e os imprevistos vai acabar
se deixando vencer. Domingues afirma no volume 2 de sua obra que:
“Num futuro próximo, não restará aos profissionais alternativas a não ser criar suas
ocupações. E nada melhor do que erros, limitações, crises, fatalidades, concorrências,
fracassos e insatisfação de clientes para nos indicar oportunidades de negócio e de inovação,
brechas de mercado, empresas que devem ser abertas, processos e produtos que devem ser
aperfeiçoados etc.”
A questão é que, um dia, por acaso – ou não – cruzei com a tal apresentadora na porta
da emissora e pensei: “nossa, é ela que faz aquele programa novo. Como é o nome
mesmo?” Mais tarde, refletindo sobre aquilo, perguntei a mim mesma: “se nem nós que
somos funcionários conhecemos esse programa, imagine as pessoas de fora? Isso não pode
acontecer!” Foi aí que me interessei mais em conhecer – de verdade – a programação da
casa. Eu lia os releases dos programas para escrever os planos de patrocínio, mas na
verdade, eu não conhecia os programas.
Passei a ir mais aos estúdios, mesmo com o meu chefe me censurando por achar que
eu queria “fazer cera” na hora do trabalho. Mas como minhas tarefas nunca estavam
atrasadas, ele não tinha nada do que reclamar e eu continuei acompanhando mais de perto.
Até que, passados alguns anos, depois de o programa já ter crescido muito e ninguém mais
ter de explicar quem era Ana Maria Braga, detectei um problema que poderia diminuir o
faturamento da empresa.
Os clientes de merchandising do antigo “Note & Anote” eram responsáveis por cerca
de 20% do faturamento da emissora, mas estavam querendo cada vez mais interferir no
programa, o que a “Namaria” jamais permitiu. Ela mesma passou a dirigir a atração e
Aparentemente isso não parecia ser um problema, mas em uma coisa Ana Maria Braga
sempre foi categórica: “não se mistura editorial com comercial. O lugar das ações de
merchandising é separado dos espaços das atrações.” Isso porque ela fazia questão de que
as pessoas identificassem o que era “matéria paga” do que era atração de fato. Diante disso
fez-se um problemão: os clientes se uniram para força-la a permitir que eles usassem o
cenário todo ou iriam boicotar o programa e cancelar os anúncios.
Minha função era colocar os merchandisings vendidos e não resolver problemas com
os clientes, pois, para isso, existiam os contatos (que eram os vendedores) e seus gerentes
que, via de regra, estavam ali para mediar conflitos. Porém, os gerentes se limitaram a
pressionar os acionistas para que, por sua vez, estes pressionassem a
apresentadora/diretora a aceitar que os clientes usassem os espaços que quisessem e se
misturassem à programação normal para não parecer que estavam fazendo propaganda.
A presidência, como sempre, disse que a decisão cabia à apresentadora e que eles
negociassem diretamente com ela. Mas, conhecendo a Ana Maria como eu conhecia –
bastava um olhar e eu já sabia o que ela queria – tinha 100% de certeza de que jamais
cederia. Então, antes que a terceira guerra mundial fosse declarada, propus a ela que
permitíssemos aos clientes que produzissem uma tapadeira (espécie de cenário móvel) para
apresentar seus produtos em um espaço com toda caracterização de suas marcas. Nessa
tapadeira eles poderiam colocar a imagem que quisessem e a ação de merchandising seria
feita ali, sem interferir no cenário e sem que todos usassem um local igual. Ela aceitou na
hora e o comercial se propôs a apresentar a ideia aos clientes que, por sua vez, também
aceitaram.
Meus colegas diziam que eu havia “arrumado para a minha cabeça”, mas eu estava
feliz por ter resolvido um problema que poderia ter feito o faturamento da emissora cair.
Em contrapartida, pedi uma reunião com meu chefe, apresentei os resultados positivos e
pedi um acerto na minha função. Foi aí que de coordenadora passei a supervisora e meu
salário aumentou consideravelmente. Esse é um exemplo real de problemas são
oportunidades de crescimento para quem “vende” a solução, bem como para quem a
“compra”. Sobre isso, Carlos Domingos cita:
“Só quem for capaz de resolver conflitos, preencher lacunas, propor soluções criativas
para situações complexas e fazer mais com menos terá lugar assegurado nessa nova
realidade.”
Mas tem um detalhe: a solução de ontem não dura para sempre e, ainda por cima,
pode virar o problema de amanhã. A solução das tapadeiras, por exemplo, não durou muito,
pois mais tarde elas se tornaram o próprio problema! Passados alguns meses, o número de
tapadeiras que tínhamos era tão grande que não havia onde guardá-las. Nessa época nós já
estávamos na nova sede, no bairro da Barra Funda, em um estúdio muito maior e mais bem
estruturado, mas mesmo assim, não havia espaço para aquele material enorme, ainda mais
naquela quantidade! Tivemos que criar novas soluções para manter os anunciantes e a
audiência e esses problemas foram nossa melhor escola.
“Cometer erros é privilégio de quem tenta. Somente pessoas medíocres são sempre
negativas, passando o tempo todo provando que não estão erradas.” E, diga-se de
passagem, a Ikea já foi chamada de “a empresa que mais erra no mundo”. Portanto, o
segredo do sucesso não está em não errar – muito menos em justificar erros – mas sim, em
saber fazer dos problemas, oportunidades.
Neste momento, por exemplo, estou escrevendo este capítulo em pleno voo São
Paulo/Natal e, graças à reclamação de inúmeros passageiros no passado, hoje posso
trabalhar tranquilamente com meu notebook. Isso porque, apesar de o voo ser longo, posso
carregar o computador e minha bateria não vai descarregar. Agora, imagine se os
fabricantes de avião dissessem aos clientes insatisfeitos: queridos, nós estamos aqui para
levá-los do ponto A para o ponto B e não para carregar os seus equipamentos durante o
trajeto!
Então, a dica final é: ouça, avalie e busque soluções. É isso que vai fazer o seu cliente
optar por você e não pelo seu concorrente, bom como a sua empresa manter você a bordo e
não trocá-lo por outro candidato que aceitaria o seu emprego mesmo por um salário menor.
O nome dessa aula é “renda extra é para todos” para que você deixe de lado aquele
pensamento de que você não precisa de uma renda extra porque já tem a sua. “A sua” no
singular e esse é que é o problema! Sabe aquele ditado que diz:
Pois é… Você pode estar empregado hoje, mas e se vier a perder o emprego, o que
acontece?
Segundo a Anbima, 58% dos brasileiros não têm nenhuma reserva de emergência.
(Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Dos 42% que têm alguma aplicação, apenas 9% depositaram algum valor em 2017.
(Dados divulgados em 2018).
Dos que têm reserva de emergência, 89% mantém o dinheiro na poupança.
Resumindo: mais da metade dos brasileiros não têm nenhum dinheiro guardado.
Então, se essas pessoas perderem a única fonte de renda que têm, em pouco tempo
vão estar endividados apenas para pagar as contas comuns do dia a dia. Pouco mais de 40%
tem algum dinheiro, mas mal investido, porque a grande maioria estará parado na
poupança. O endividamento não é só por má administração, mas também por contar com
uma única fonte de renda que, na maioria dos casos, é um emprego. E aí, perdeu o
emprego, perdeu 100% da renda.
As pessoas falam:
Pois é... acham que a solução vai aparecer do nada… Mas não é isso que a gente tem
visto por aí. Por isso, a ideia aqui é que, se você ainda não se conscientizou de que precisa
ter mais de uma fonte de renda, você repense os seus conceitos.
Várias pessoas me escrevem pedindo ideias do que fazer para ter uma renda extra.
Mas, embora eu possa nomear várias coisas, eu não sei qual é a realidade da sua cidade, o
que você tem talento para fazer, o tempo que você tem, enfim, seriam chutes! Então, o que
eu acredito que pode te ajudar são dicas para encontrar ideias de negócio e para validar
essas ideias. Então, anota aí a primeira dica!
→ Simples
→ Pessoal
O seu negócio ou o seu produto tem que ser entendido em questão de segundos. E
isso você só consegue se for uma coisa simples. Mesmo que seja um aplicativo cheio de
possibilidades, não importa! O importante é que você possa descrever em segundos, tipo: É
um aplicativo para resolver a sua vida financeira. Pronto, simples!
O que é o real?
Que o seu produto ou serviço realmente cumpra com a finalidade que você está
apresentando. Então, não adianta prometer coisas que o produto ou serviço não atendem.
Quantas vezes você comprou um produto que prometia uma coisa, mas não cumpria? Você
comprou de novo? Não, né? Então, o seu produto ou o seu serviço tem de cumprir o
prometido. Tem que ser real.