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Por Patricia Lages

AULA 1 - MINDSET GERENCIADOR


Resumo de aula do Curso Finanças para Vencer a Crise

Novos pensamentos, novos rumos


O objetivo desta aula é desconstruir conceitos equivocados sobre finanças que você
provavelmente carrega consigo desde muito cedo. Infelizmente a cultura brasileira não tem
a característica de celebrar o sucesso e nem de nos preparar para sermos pessoas bem-
sucedidas financeiramente. Por isso, antes que você aprenda prática do dia a dia – que
veremos nas próximas aulas –, é preciso acertar o seu mindset, ou seja, a sua programação
mental e alinhar as suas crenças e pensamentos.

● A maioria das pessoas sabe que, quando o problema é gastar muito, deveriam
reduzir e/ou cortar gastos. Mas entre saber o que fazer e conseguir efetivamente fazer
existe uma barreira imensa chamada crenças limitantes e é delas que você vai se livrar
definitivamente.

Crenças – pensamentos – emoções – ações – resultados

As nossas crenças dão o tom dos nossos pensamentos, afinal de contas, ninguém
considera verdade coisas nas quais não acredita. Já os seus pensamentos darão origem às
suas emoções e sentimentos e são essas emoções que irão causar as suas ações, ainda que,
muitas vezes, pareçam involuntárias.

Todo indivíduo, por mais incrédulo e cético que seja, leva consigo um conjunto de
crenças que molda o seu caráter e o faz reagir diante dos mais diversos acontecimentos.

“Dinheiro não traz felicidade.”

● Por que você tem de escolher entre ter dinheiro e ser feliz?
● Você não pode ter dinheiro e ser feliz ao mesmo tempo?
● O dinheiro realmente elimina as chances de você ser feliz?

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● E se o dinheiro não traz felicidade, a pobreza trará?
● Quando você não honra seus compromissos por falta de dinheiro se sente feliz?
● Quando não tem condições financeiras de fazer um curso, uma melhoria em casa ou
conquistar o que deseja por meio do seu trabalho você se sente satisfeito ou frustrado?
Por mais que essa frase não tenha o menor sentido quando a analisamos racionalmente, ela
vem sendo tão difundida ao longo dos séculos que muitos a consideram uma verdade
absoluta.

• “Dinheiro na mão é vendaval”


• “Quem nasceu para tostão nunca chega a milhão”
• “Quem trabalha não tem tempo de ganhar dinheiro”
• “Quem não se endivida não tem nada na vida”

São pequenos conceitos como esse que acabam fazendo com que as pessoas se
conformem e se acomodam com o fato de que a vida é assim mesmo: você recebe o seu
salário e, como ele é vendaval, vai logo para bem longe de você!

E para finalizar as inúmeras e quase infinitas falácias sobre dinheiro, riqueza e


gerenciamento próprio, não podíamos deixar de mencionar a “pérola” dos nossos dias que é
o ditado “quem não se endivida não tem anda na vida”. Ele vem hoje em uma embalagem
mais chamativa, envelopado na proposta: “Parcelinhas que cabem no seu bolso!”.

Exercício prático – Questionário da auto análise financeira


Anote nas linhas a seguir os conceitos errados e todos os conselhos e críticas negativas
que o tem impedido de crescer e acreditar em si mesmo.
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Agora, escreva abaixo pensamentos que rebatam cada uma das palavras e frases
negativas que ouviu ou disse. Essa será a sua estratégia para combater os maus
pensamentos e começar a criar o seu novo mindset gerenciador.
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AULA 2 - RECONHEÇA SUAS HABILIDADES COM A MATRIZ SWOT
Resumo de aula do Curso Prepare sua Carreira para o Futuro

A sigla SWOT é formada pelas palavras em inglês strengths, weaknesses, opportunities


e threats, que significam forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Por isso, em
português, a chamamos de FOFA. A matriz SWOT ou FOFA é uma ferramenta que tem o
objetivo de fazer uma análise estratégica de empresas de todos os tamanhos, desde micro
até multinacionais. Porém, devido à sua simplicidade, também podemos aplicar em pessoas
e esta é a proposta deste capítulo.

Se você trabalha por conta própria vai poder aplicar a análise em seu negócio, bem
como para avaliar a sua performance como empreendedor. E se você está no mercado de
trabalho e já participou de programas de seleção de pessoal em grandes empresas deve ter
feito alguma dinâmica incluindo a FOFA
Agora vejamos um exemplo da FOFA aplicada em uma pessoa para avaliação de seus
quatro aspectos:

Neste caso, temos uma matriz com divisões um pouco diferentes para que você
observe que o importante é ter os quatro aspectos separados de forma a serem visualizados
com facilidade. Nas forças e oportunidades, vemos um funcionário jovem, cheio de energia

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e disposição, pronto para liderar pessoas e com uma bagagem de tecnologia pronta para ser
explorada.

Ele busca projetos dinâmicos para usar seus conhecimentos tecnológicos e implantar
automação aos processos. Parece um colaborador perfeito, porém, como vimos, todos
temos os quatro lados, sendo dois deles negativos, e precisamos avaliá-los com isenção e
objetividade para buscarmos sempre o equilíbrio. Em contrapartida de suas qualidades
vemos fraquezas e ameaças que demonstram um jovem ansioso, impaciente, com
tendência à insubordinação e ainda inexperiente. Além disso, demonstra desinteresse pela
história da empresa e suas tradições e não se comunica bem com os funcionários mais
antigos. Em vista disso, proponho alguns exercícios a seguir, topa?

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AULA 3 - VOCÊ É OUVINTE, LEITOR OU VISUAL?
Resumo de aula do Curso Aprendizado para Renda Extra

Nós já vimos em aulas anteriores vários tipos de inteligência. Nós falamos do Howard
Gardner, do Daniel Goleman, mas agora nós vamos abordar outra vertente. Você vai ver que
cada pessoa tem uma forma diferente de aprender. Então, para você desenvolver as suas
inteligências é importante saber como você aprende. Basicamente nós utilizamos os nossos
sentidos para aprender: Visão, audição, tato, olfato e paladar. Por isso é que os bebês
querem pegar tudo e também colocam tudo na boca. Eles estão aprendendo a usar os
sentidos. Eles não sabem ainda que um perfume não é pra por na boca.

Com o tempo eles vão assimilando melhor as formas de aprender cada coisa. Só que,
em um determinado ponto da vida, nós vamos deixando de explorar as formas de
prendizado e a nossa tendência é querer aprender as coisas como as outras pessoas
aprendem. E aí a gente começa a se comparar. “Eu não aprendo igual ao Fulano. Ele lê uma
vez e pronto!” “Eu não aprendo igual ao Beltrano. Ele vê alguém fazendo uma vez e pronto!”
Mas isso é porque cada um tem a sua própria forma de aprender.

Aprenda a aprender
Bom, se tem uma coisa que uma pessoa que quer gerenciar a si mesmo precisa fazer
certamente é aprender. E aprender sempre!

Ouvinte, Leitor ou Visual


Neste curso nós tivemos o cuidado de colocar todas as formas de aprendizado para
você praticar. Você me ouve falar o tempo todo. Você tem recursos visuais em todas as
aulas que trazem imagens, textos e até umas dramatizações. E você é sempre convidado ao
fim de cada aula a escrever. Não é por acaso que o nosso material complementar não é
editável no computador. Propositalmente você tem de baixar a escrever à mão.

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O formato que eu desenvolvi esse curso estimula a você que está aí do outro lado a
usar as três formas de aprendizado para poder assimilar melhor o conteúdo. Então, para
começar, será que você sabe responder essa pergunta aí?

Você é um leitor?
Hoje em dia nós estamos enfrentando um problema seríssimo chamado analfabetismo
funcional. Você já ouviu falar? Ao longo de todo o curso você nos viu indicando uma série de
livros. Mas sempre que indicamos alguma leitura, várias pessoas dizem:
Eu não entendo quando eu leio, eu prefiro que alguém me explique.

Só que nós precisamos entender que não entender é uma coisa e preferir que alguém
explique é outra. Então, vamos analisar antes de mais nada quem é considerado analfabeto
funcional para você não sair falando que lê e não entende!

São chamados de analfabetos funcionais os indivíduos que são incapazes de


compreender textos simples. No Brasil, 50% declaram não ler livros por não conseguirem
compreender seu conteúdo, embora sejam alfabetizados.
Fonte: Instituto Pró-Livro

Um estudo feito com 1.200 pessoas bem-sucedidas apontou que todos têm o hábito
da leitura.

Bill Gates – Fundador da Microsoft – lê cerca de 50 livros por ano – 1 por semana
Oprah Winfrey – Apresentadora de TV – tem um clube do livro e compartilha com
seus associados o seu livro preferido do mês
Elon Musk – CEO da Tesla Motors, SpaceX – “Como você aprendeu a construir
foguetes?” – “Lendo.”
Mark Zuckerberg – Fundador do Facebook – Lê um livro a cada duas semanas

Mas as pessoas de sucesso não leem qualquer coisa. E você também não deve perder
o seu tempo lendo qualquer coisa. Você deve desenvolver o hábito de ler porque a leitura
trabalha áreas específicas do cérebro que, se você não utilizar, elas vão ficando cada vez

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mais destreinadas, digamos assim. E a leitura é importante porque é uma forma de auto
aprendizado. Você não depende de alguém para te ensinar. Você aprende por conta própria.
E existe uma forma de turbinar a sua leitura que funciona muito bem para várias pessoas.

Você Age de Acordo com a Forma que seu Cérebro Aprende Melhor?
Talvez você aprenda mais ouvindo alguém explicar ou vendo alguém fazer. Quem
aprende ouvindo é o que a gente chama de aluno-ouvinte. E quem aprende só de olhar é o
aluno visual. Então, se você aprende ouvindo a explicação de outra pessoa, procure cursos
on-line, onde você sempre tem uma pessoa explicando. Vá a palestras, ouça podcasts
interessantes, baixe áudio-books e priorize essa forma de aprendizado. E se você é do tipo
que aprende vendo alguém fazer, explore isso. Assista vídeos no YouTube, faça cursos
práticos e aproveite o seu potencial. E uma dica para quem é visual e pega as coisas só de
olhar:

Assista vídeos de outros países também. Como você não precisa muito da audição ou
da leitura, aprenda olhando como as pessoas de outros lugares fazem as coisas. Pode ser
muito interessante e te abre um leque imenso de possibilidades.

Priorize a sua forma principal de aprendizado, mas desenvolva outras paralelamente.


Mesmo que você já saiba como aprende melhor, não deixe de desenvolver outras maneiras
sempre que for possível.

É importante que você tenha essa habilidade de aprender porque, como você já sabe,
no mundo de hoje, onde as coisas mudam toda hora, a gente tem que estar sempre
aprendendo. E não só aprendendo, mas aprendendo rápido!

Para finalizar, veja outras formas de aprendizado e tente praticar para ver se você se
dá bem em alguma delas.

● Lendo em voz alta


● Explicando o que entendeu para outra pessoa
● Desenhando

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● Fazendo combinações de aprendizado:
■ Leitor-redator
■ Leitor-falante
■ Ouvinte-redator
■ Ouvinte-falante
■ Visual-redator
■ Visual-falante

O importante é que você esteja atento às suas melhores formas de aprendizado,


conheça outras maneiras e procure desenvolver todas que puder.

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AULA 4 - BASES PARA CONTROLE E ANÁLISE FINANCEIRA
Resumo de aula do Curso Finanças para Vencer a Crise

Toda caminhada começa com um passo


Embora o número de inadimplentes no Brasil tenha batido recordes e passado da casa
dos 64 milhões de pessoas, o brasileiro em geral é preocupado em manter suas contas em
dia.

O que vem ocorrendo nos últimos anos é a somatória de várias questões e talvez
você se enquadre em alguma delas:

● Perda de renda, seja por desemprego ou falência;


● Diminuição de renda familiar, seja por um emprego com menor salário ou pela
queda de faturamento;
● Contratação de crédito sem planejamento prévio;
● Compras parceladas além da capacidade orçamentária;
● Ter emprestado o nome a alguém que não honrou o pagamento;
● Urgências ou emergências, como: tratamento médico, remédios, carro quebrado,
reforma na casa, viagem inesperada etc., sem ter uma reserva preparada para tal.

Essas são as consequências mais comuns, porém, a causa é uma só: falta de educação
financeira.

“Eu não levo jeito com dinheiro!”

Seria a mesma coisa que você dizer: “eu não levo jeito para escovar os dentes”. Tem
que aprender e fazer.
A diferença com as finanças é que, provavelmente, ninguém lhe ensinou a lidar com o
dinheiro. Ninguém pegou na sua mão e ensinou a comprar as coisas pelos motivos certos e a
guardar parte do que ganhava.

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Passo 1 – Junte todas as contas que tem a pagar
● Verifique no seu extrato bancário ou em seu controle todas as contas pagas nos
últimos meses;
● Ainda no seu extrato bancário, verifique todas as taxas que são cobradas
mensalmente e esporadicamente;
● Se você tem um arquivo de contas pagas, passe um pente fino e verifique tudo o que
é pago mensalmente;
● Passe paras as contas esporádicas, como matrículas a serem pagas de tempos em
tempos, impostos e outras contas anuais (IPTU, IPVA, material escolar, seguro do carro,
licenciamento etc.);
● Verifique nos extratos dos cartões de crédito se há contas debitadas
automaticamente e também os pagamentos futuros de compras parceladas;
● Considere os parcelamentos que ainda têm mensalidades a serem quitadas.

Passo 2 – Estude suas contas


1. Gastos fixos de valor fixo
São os que pagamos todos os meses e que não têm variação de valor, ainda que em
determinado período sofram reajustes.
Aqui se enquadram despesas como:

 Aluguel
 Condomínio
 Educação (escola das crianças/faculdade/cursos livres)
 Prestações de empréstimos, compras parceladas ou financiamentos
 Plano de saúde
 Mensalidade da academia
 TV por assinatura
 Celular pré-pago
 Internet
 Parcelas de IPVA, IPTU e outros impostos

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 Parcelas de seguros (veículo, residencial, pessoal)

2. Gastos fixos de valor variável


São pagas todos os meses, mas com valores que oscilam de alguma forma, como:

 Contas de consumo: água, luz, gás, telefones (fixo e celular pós pago)
 Transporte (ônibus, metrô, trem, táxi, combustível, estacionamento etc.)
 Supermercado, feira/sacolão
 Educação (materiais de apoio como livros, cópias etc.), se houver
 Farmácia (no caso de remédios de uso contínuo)

Começando pelas contas fixas, anote em um caderno ou planilha de computador, o


valor das contas mais altas até as mais baixas. Isso vai lhe mostrar quais contas têm pesado
mais no seu orçamento.

Passo 3 – Verifique os motivos dos aumentos das despesas


Uma vez que você percebeu que há meses em que gasta mais que outros, tente se
lembrar dos motivos. Por exemplo: talvez a sua conta de energia elétrica tenha ficado mais
cara em julho e agosto, então, você vai analisar as possíveis razões.

Agora que você está com todas as suas contas em mãos e fez a sua lição de casa, o
próximo passo é aprender como montar uma planilha de orçamento unificada que também
pode ser chamada de “a planilha mais fácil do mundo”!

Por Patricia Lages


AULA 5 - TALENTO X RESILIÊNCIA
Resumo de aula do Curso Prepare sua Carreira para o Futuro

Talento é garantia de boa remuneração?


Se você quer uma resposta direta em uma única palavra, lá vai: não! Ser talentoso
apenas não garante boa remuneração nem aqui, nem em qualquer outro país do mundo.
Resiliência.

Essa palavra está em alta há alguns anos e, em muitos processos de seleção, os


candidatos já incluem em seus currículos algo como: João, profissional responsável,
dinâmico, proativo e resiliente. Inclusive jovens que estão em busca do primeiro emprego se
autoclassificam resilientes quando, na verdade, nem sequer viveram o suficiente para
desenvolver essa qualidade. Mas antes de prosseguir, vejamos o significado da palavra.

Resiliência:
1. Física – propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original
após terem sido submetidos a uma deformação elástica.
2. Figurado (sentido) – capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte
ou às mudanças.

Resiliência na prática
1. Encare a realidade, não fuja
Entrar em negação não vai resolver o problema, muito pelo contrário, só vai fazê-lo se
estender cada vez mais. O quanto antes encararmos a realidade e olharmos para a frente,
mais rápido vamos nos armar para lutar contra a situação adversa.

2. Busque sentido, não se vitimize


Quando estiver enfrentando um momento difícil, em vez de ficar perguntando por
que, se achando injustiçado e se vitimizando, busque um sentido. Crie objetivos para tirar o
foco do problema e você vai conseguir ser resiliente.

Por Patricia Lages


3. Improvise continuamente
Faça o melhor que puder com o que tem, usando seus recursos de modos inusitados e
imagine possibilidades que os outros não veem. O improviso é uma habilidade essencial no
desenvolvimento da resiliência. Pessoas mais metódicas que não se adaptam às mudanças e
não conseguem agir fora de um planejamento predeterminado tendem a sofrer mais em
momentos de crise.

Quando passamos a olhar o mundo pelo prisma da resiliência, conseguimos entender


a lógica da vida e que, se soubermos lidar com as injustiças, elas poderão nos fazer crescer.

Exercício prático – Histórias que inspiram


Neste momento, gostaria que você deixasse registrada abaixo, com as suas palavras,
alguma história de superação que conheça ou que já vivenciou. Se não souber ou não se
lembrar de nenhuma, pesquise na internet e resuma nas linhas a seguir. O objetivo deste
exercício é que, quando estiver passando por um momento difícil – pois os desertos vêm
para todos nós – consulte estas páginas para relembrar que é possível dar a volta por cima.

A história de ________________________________________________________________

Resumo:
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Por Patricia Lages


AULA 6 - QUANDO FALTA APOIO PARA MUDAR
Resumo de aula do Curso Aprendizado para Renda Extra

QUANDO O APOIO NÃO VEM


Você vai ver o motivo de termos colocado a falta de apoio como uma inversão de
papéis. Você que está trabalhando no gerenciamento de si mesmo precisa ter o assunto
desta aula bem claro na sua mente.

Não entregue o controle da sua vida a ninguém!

Bom, você já tem aí três coisas:

● Inversão de papéis
● Falta de apoio e
● Controle da sua vida.

O que essas três coisas têm a ver com o gerenciamento da sua vida? Muita coisa! Mas
o conceito é bem simples de explicar: Quando você desiste do que quer fazer porque não
conta com o apoio das pessoas, o que você está fazendo é, nada mais, nada menos, do que
entregar o controle da sua vida para essas pessoas. E entregar o controle de algo que é
exclusivamente da sua responsabilidade é inverter os papéis.

“Comecei a costurar para fora há quatro meses e estava muito feliz. Já tenho clientes
fiéis e amo trabalhar em casa, ao lado do meu filho pequeno e ainda ganho mais do que
quando trabalhava fora. Mas minha família não me apoia e diz que eu deveria procurar
emprego porque trabalhar em casa não é trabalho de verdade. Meu marido não liga para o
que eu faço. Nunca elogiou minhas costuras. Estou desanimada e já penso em vender a
máquina e esquecer toda essa bobagem de ser empreendedora. Se eu tivesse apoio seria
diferente, mas infelizmente não tenho.”

Por Patricia Lages


Bem triste, né? São pessoas que abandonam seus projetos por causa da opinião dos
outros. Que trancam a faculdade porque a família acha caro e não vai ter retorno nenhum.
Teve um caso que uma adolescente até parou de ler porque a mãe queria que ela
limpasse a casa e não ficasse perdendo tempo sentada, fazendo nada. São histórias bem
difíceis de ler, mas que são mais comuns do que a gente pensa.

No Brasil, nós não temos uma cultura que valoriza o sucesso. Muito pelo contrário, as
pessoas fazem pouco caso do sucesso dos outros. A gente ainda tem aquela cultura de que o
rico é ladrão, que quem tem sucesso é porque faz falcatrua. Mas a verdade é que também
tem pobre ladrão e pobre que faz falcatrua. Esse tipo de coisa tem a ver com o caráter da
pessoa e não com a conta bancária.

“O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons.”
- Martin Luther King

Quando o honesto se conforma com um salário que mal dá para pagar as contas, sabe
o que acontece? Sobra mais espaço para o desonesto crescer. Lembra que eu dei o exemplo
do ladrão na aula 30? Eu falei que a expectativa do ladrão em relação a reconhecimento é
zero. Ele não está nem aí se não tem a família apoiando! Ele simplesmente vai lá e faz.
Enquanto que quem está trabalhando, crescendo, buscando melhorar de vida, no primeiro
obstáculo ou diante da falta de apoio já pensa em desistir. Isso é ou não uma inversão de
papéis?

Não Espere Apoio!

Quando você tem apoio e pode contar com a ajuda das pessoas – ou que, pelo menos,
elas não atrapalhem – é ótimo! Mas quando você desiste quando o apoio não vem, sabe o
que você está fazendo? Você está dando controle demais da sua vida para os outros. A sua
vida é sua responsabilidade e você não deve terceirizar nem por vontade própria e muito
menos por pressão.

Por Patricia Lages


Não tem como você gerenciar a si mesmo se você passa o controle da sua vida para
quem quer que seja.

Tem que ter paciência e realmente não esperar apoio de ninguém. Quando ele vem é
um bônus, mas a falta dele não vai me parar e é isso que tem que acontecer com você. Não
tem apoio, ótimo! É a sua chance de provar para si mesmo que você é perfeitamente capaz
de gerenciar a sua vida.

Chegou a sua hora!

É a vez do exercício prático

E você vai desengavetar os seus planos ou não engavetar mais! Pense no que você tem
deixado de fazer por falta de apoio e veja se ainda faz sentido retomar.

E se aquele projeto não tem mais nada a ver com você, mas você tem outros, crie aí
uma estratégia para não permitir que ele vá parar no fundo de uma gaveta, ok?

Por Patricia Lages


AULA 7 – PROJEÇÕES FINANCEIRAS E OBJETIVOS
Resumo de aula do Curso Finanças para Vencer a Crise

Para que serve o diagnóstico financeiro e como fazer o seu

Você vai entender o que está acontecendo no seu orçamento e traçar um plano do
que pode ser feito para melhorar a sua situação, qualquer que seja ela. Você vai aprender a
gerenciar suas contas de maneira a equilibrar as suas finanças da melhor forma possível.

Na sequência você deve analisar pontos de atenção no seu fluxo de caixa, como a
ocorrência do dia 2, quando você entrou no limite para pagar a conta de energia elétrica.
Então, mais um alerta: falta de saldo para pagamento de conta. Depois, analise cada
conta fazendo três perguntinhas básicas:

1. Essa conta, despesa ou gasto é necessária ou faz sentido?


2. Essa conta, despesa ou gasto é proporcional ao meu orçamento?
3. O valor dessa conta, despesa ou gasto pode ser diminuído?

Por Patricia Lages


A análise financeira não deve ser emocional, mas sim, racional. Solicite que a sua conta
passe a ser essencial a partir de agora. Espere por uma certa resistência do funcionário do
banco, mas insista até ser atendido. Os gastos com cartão de crédito e supermercado têm
uma representatividade alta dentro do orçamento e, portanto, precisam ser vistas mais de
perto.

Essas novas projeções já podem ser colocadas na planilha do mês atual para você ver
como o seu novo orçamento se comporta. Essa atitude pode dar um gás para que você
continue na sua análise, pois ela vai fazer o seu dinheiro valer mais!

Por Patricia Lages


Agora vamos analisar os chamados gastos arbitrários, que são aqueles que não estão
previstos no nosso orçamento, mas que podem levar boa parte do nosso dinheiro. Mas
apesar de muito legais, os gastos arbitrários podem ser os vilões do seu orçamento, porque
geralmente gastamos valores pequenos, mas com constância. E, quando se fala em finanças,
o longo prazo influencia muito.

● Restaurante – 3 vezes por semana – R$ 25 cada ida (R$ 75 por semana)


● Manicure – 1 vez por semana – R$ 20 por serviço
● Água – 1 garrafa por dia de segunda a sexta – R$ 3 cada (R$ 15 por semana)
● Lanche para o filho na cantina da escola – R$ 15 por semana

O segredo para equilibrar as contas não é cortar todos os gastos arbitrários, pois isso
nem seria possível e, ainda que fosse, a vida ficaria muito chata! A chave estar em não
gastar sem perceber, porque se você compra por costume ou simplesmente por não
perceber que há escolhas melhores, o seu dinheiro não está sendo bem empregado.

Por Patricia Lages


As três contas em amarelo serão canceladas ou alteradas durante o mês vigente que,
nesse caso, é dezembro. Sendo assim, elas ainda terão de ser pagas neste mês, com exceção
da TV a cabo que foi trocada pela assinatura de streaming imediatamente.

Exercício prático – Faça o seu diagnóstico


Como você já sabe, sua tarefa será analisar conta a conta, despesa a despesa e
empregar os critérios que mencionamos aqui. Ao longo desta jornada, você obterá mais
dicas de como melhorar o seu orçamento e poderá voltar aqui e analisar novamente cada

Por Patricia Lages


um dos itens das suas planilhas. Aliás, é importante dizer que essa análise não é única, ou
seja, de tempos em tempos você deverá reanalisar o seu orçamento com o objetivo de
sempre melhorá-lo.

Por Patricia Lages


AULA 8 - PROBLEMAS OU OPORTUNIDADES
Resumo de aula do Curso Prepare sua Carreira para o Futuro

Se problemas geram oportunidades, grandes problemas geram grandes oportunidades

Você tem problemas? Ótimo!


Se não fosse por um problema gigantesco que tive de enfrentar anos atrás nós
provavelmente não nos conheceríamos. Você já sabe que fui uma super endividada e que,
justamente por causa disso, me especializei em finanças pessoais e o resto é história. Na
verdade, sempre gostei de escrever, de estudar e de ensinar, mas jamais havia me ocorrido
a ideia de que eu poderia me tornar especialista em alguma coisa a ponto de ser autora
best-seller, palestrante internacional e muito menos apresentadora de TV.

Foi o problema que me trouxe a oportunidade, embora o talento já existisse. Por isso,
muitas vezes o seu talento está adormecido porque você ainda não passou por um
problema que lhe forçasse a encontrar uma solução.

No meu caso, quando me vi com uma dívida astronômica e sem ter mais meu negócio
e nem sequer um emprego, não faltaram pessoas para me apontar o caminho mais fácil:
peça falência. Desapareça por um tempo, arranje um emprego e viva modestamente. Logo
as pessoas tocam seus barcos e esquecem que você existe. Mas por mais tentadora que a
solução instantânea possa parecer, não era aquilo que eu queria fazer. Por que eu me
esconderia feito uma criminosa? Eu simplesmente abri um negócio que deu errado, assim
como milhares de pessoas ao redor do mundo. Eu não era a primeira e nem seria a última,
mas a última coisa que eu queria era passar por aquilo tudo a troco de nada.

Era preciso tirar uma lição daquilo tudo e meu pensamento sempre girava em torno da
mesma questão: não é possível que eu esteja passando por todo esse transtorno à toa, tem
de haver um porquê! E sempre há, desde que a gente procure.

Por Patricia Lages


Quando resolvi dar um jeito de criar uma estratégia para solucionar o meu problema,
sem perceber, criei algo que podia resolver também os problemas dos outros. E sabe o que
descobri? Que as pessoas literalmente pagam para não terem problemas!

Pessoas estão propensas a pagar, com muito gosto, por coisas que lhes proporcionem:

 Solução de problemas;
 Comodidade;
 Ganho de tempo.

Se você oferece esses três itens à empresa que paga o seu salário ou se o seu negócio
proporciona esse conjunto de aspectos ao seu cliente, então você está no caminho certo. E
se você está enfrentando problemas, melhor ainda, pois são eles que vão tirá-lo da zona de
conforto e fazê-lo buscar mais soluções para voltar à comodidade e não perder mais tempo
com... problemas. Depois disso, em vez de lhe desejar descanso e comodidade, espero (e
faço votos) que você tenha outros problemas!

Muitas empresas que hoje são unicórnios, ou seja, que cresceram e atingiram a cifra
de um bilhão de dólares, nasceram de problemas que foram encarados como
oportunidades. Em seu livro Oportunidades Disfarçada – que conta com 2 volumes – Carlos
Domingos traz inúmeros exemplos de empresas de sucesso que surgiram ou se aprimoraram
diante de problemas. Lembra-se da questão talento X resiliência? Você pode ser a mais
talentosa das pessoas, mas se não souber lidar com as mudanças e os imprevistos vai acabar
se deixando vencer. Domingues afirma no volume 2 de sua obra que:

“Num futuro próximo, não restará aos profissionais alternativas a não ser criar suas
ocupações. E nada melhor do que erros, limitações, crises, fatalidades, concorrências,
fracassos e insatisfação de clientes para nos indicar oportunidades de negócio e de inovação,
brechas de mercado, empresas que devem ser abertas, processos e produtos que devem ser
aperfeiçoados etc.”

Por Patricia Lages


Se você é funcionário de uma empresa, ainda que pequena, e ache que não tem muita
oportunidade de crescimento, procure problemas. É bem provável que você não encontre
um, mas vários, e quando encontrar, faça disso a sua ocupação.

Em 1995 eu trabalhava na Record TV – à época Rede Record de Televisão – e uma


apresentadora recém-chegada apresentava um programa que nem mesmo os funcionários
da casa conheciam direito. O que se sabia era que uma mulher, vinda do departamento
comercial da editora Abril, estava à frente de um programa feminino que ocupava um
pequeno estúdio ainda na Avenida Miruna, antiga sede da emissora. Sede essa, aliás, que
enfrentava sérios problemas de falta de espaço, mas que todos diziam que “não tinha para
onde crescer” porque sua proximidade com o aeroporto de Congonhas não permitia subir
mais andares. Além do que, o bairro havia crescido muito e não existiam mais grandes
espaços disponíveis nem mesmo para compra.

A questão é que, um dia, por acaso – ou não – cruzei com a tal apresentadora na porta
da emissora e pensei: “nossa, é ela que faz aquele programa novo. Como é o nome
mesmo?” Mais tarde, refletindo sobre aquilo, perguntei a mim mesma: “se nem nós que
somos funcionários conhecemos esse programa, imagine as pessoas de fora? Isso não pode
acontecer!” Foi aí que me interessei mais em conhecer – de verdade – a programação da
casa. Eu lia os releases dos programas para escrever os planos de patrocínio, mas na
verdade, eu não conhecia os programas.

Passei a ir mais aos estúdios, mesmo com o meu chefe me censurando por achar que
eu queria “fazer cera” na hora do trabalho. Mas como minhas tarefas nunca estavam
atrasadas, ele não tinha nada do que reclamar e eu continuei acompanhando mais de perto.
Até que, passados alguns anos, depois de o programa já ter crescido muito e ninguém mais
ter de explicar quem era Ana Maria Braga, detectei um problema que poderia diminuir o
faturamento da empresa.

Os clientes de merchandising do antigo “Note & Anote” eram responsáveis por cerca
de 20% do faturamento da emissora, mas estavam querendo cada vez mais interferir no
programa, o que a “Namaria” jamais permitiu. Ela mesma passou a dirigir a atração e

Por Patricia Lages


pouquíssimas pessoas tinham liberdade de palpitar no formato, nos quadros e nos
convidados. Como eu trabalhava diretamente no comercial, era a mim que chegavam as
demandas dos clientes. Quem fazia “merchan” de produtos alimentícios queria usar a
cozinha do estúdio, quem queria expor o produto queria sentar na salinha de entrevistas e
por aí vai. Eles não queriam mais que todas as ações fossem feitas no mesmo local, queriam
uma certa ambientação para o seu produto.

Aparentemente isso não parecia ser um problema, mas em uma coisa Ana Maria Braga
sempre foi categórica: “não se mistura editorial com comercial. O lugar das ações de
merchandising é separado dos espaços das atrações.” Isso porque ela fazia questão de que
as pessoas identificassem o que era “matéria paga” do que era atração de fato. Diante disso
fez-se um problemão: os clientes se uniram para força-la a permitir que eles usassem o
cenário todo ou iriam boicotar o programa e cancelar os anúncios.

Minha função era colocar os merchandisings vendidos e não resolver problemas com
os clientes, pois, para isso, existiam os contatos (que eram os vendedores) e seus gerentes
que, via de regra, estavam ali para mediar conflitos. Porém, os gerentes se limitaram a
pressionar os acionistas para que, por sua vez, estes pressionassem a
apresentadora/diretora a aceitar que os clientes usassem os espaços que quisessem e se
misturassem à programação normal para não parecer que estavam fazendo propaganda.

A presidência, como sempre, disse que a decisão cabia à apresentadora e que eles
negociassem diretamente com ela. Mas, conhecendo a Ana Maria como eu conhecia –
bastava um olhar e eu já sabia o que ela queria – tinha 100% de certeza de que jamais
cederia. Então, antes que a terceira guerra mundial fosse declarada, propus a ela que
permitíssemos aos clientes que produzissem uma tapadeira (espécie de cenário móvel) para
apresentar seus produtos em um espaço com toda caracterização de suas marcas. Nessa
tapadeira eles poderiam colocar a imagem que quisessem e a ação de merchandising seria
feita ali, sem interferir no cenário e sem que todos usassem um local igual. Ela aceitou na
hora e o comercial se propôs a apresentar a ideia aos clientes que, por sua vez, também
aceitaram.

Por Patricia Lages


Nisso, criamos um braço na marcenaria só para fazer as tapadeiras e acabamos
faturando um extra, pois os clientes nos pagavam para produzir o material. Por outro lado,
passei a ter trabalho extra, pois tive de intermediar o envio das artes para aprovação, o
recebimento do PVC impresso, o envio para a marcenaria, o acompanhamento da
montagem enfim, mais responsabilidades.

Meus colegas diziam que eu havia “arrumado para a minha cabeça”, mas eu estava
feliz por ter resolvido um problema que poderia ter feito o faturamento da emissora cair.
Em contrapartida, pedi uma reunião com meu chefe, apresentei os resultados positivos e
pedi um acerto na minha função. Foi aí que de coordenadora passei a supervisora e meu
salário aumentou consideravelmente. Esse é um exemplo real de problemas são
oportunidades de crescimento para quem “vende” a solução, bem como para quem a
“compra”. Sobre isso, Carlos Domingos cita:

“Só quem for capaz de resolver conflitos, preencher lacunas, propor soluções criativas
para situações complexas e fazer mais com menos terá lugar assegurado nessa nova
realidade.”

Mas tem um detalhe: a solução de ontem não dura para sempre e, ainda por cima,
pode virar o problema de amanhã. A solução das tapadeiras, por exemplo, não durou muito,
pois mais tarde elas se tornaram o próprio problema! Passados alguns meses, o número de
tapadeiras que tínhamos era tão grande que não havia onde guardá-las. Nessa época nós já
estávamos na nova sede, no bairro da Barra Funda, em um estúdio muito maior e mais bem
estruturado, mas mesmo assim, não havia espaço para aquele material enorme, ainda mais
naquela quantidade! Tivemos que criar novas soluções para manter os anunciantes e a
audiência e esses problemas foram nossa melhor escola.

De onde surgem os problemas


De uma forma muito coerente, Carlos Domingos dividiu o conteúdo do livro
Oportunidades Disfarçadas 2 em capítulos que citam a origem dos problemas. É uma forma
muito simples e eficiente de detectar fontes de problemas e, portanto, de oportunidades.
Dentre os mais de dez capítulos vou citar algumas categorias de problemas:

Por Patricia Lages


 Insatisfação de clientes
 Erros
 Crises
 Fracassos
 Concorrência acirrada
 Ameaça ambiental

Se os seus clientes parecem estar constantemente insatisfeitos, reclamando do seu


produto ou serviço, ouça-os. Se os seus superiores igualmente vivem chamando a sua
atenção e exigindo mais do que você está oferecendo, ouça-os. Sei muito bem que não é
fácil, mas coloque-se no lugar do cliente ou na posição do seu superior e pense no seguinte:
se você entra em um estabelecimento e recebe um atendimento ruim ou percebe algo que o
irrita profundamente, o que você faria? Perderia o seu tempo reclamando ou iria para o
concorrente? Se você é aquele que reclama, saiba que você é o melhor cliente! Aquele que
simplesmente vai embora não diz o que percebeu de errado, não colabora com a melhoria
da empresa e, ainda por cima, vai colocar o dinheiro que era para ser seu diretamente no
bolso do concorrente. Mas aquele que reclama lhe dá a oportunidade de perceber a sua
falha e, se você for esperto o bastante, irá aproveitar para corrigir o erro. E caso você seja
mais do que esperto, irá recompensar o cliente que lhe apontou o problema. Todo mundo
sai ganhando e a raiz de tudo isso foi um problema de insatisfação.

Lembro-me de que minha prima Eloisa comprou um panetone Visconti e, logo na


primeira fatia, percebeu que havia uma pedrinha bem pequena no meio da massa. Ficamos
atônitas porque alguém poderia ter quebrado um dente! Imediatamente ela ligou no SAC e
relatou o problema. Enquanto ela aguardava, nossa família dizia que era perda de tempo,
que eles não iam ligar e que ainda poderiam dizer que nós é que havíamos colocado a pedra
ali. Mas a atendente – extremamente atenciosa – pediu desculpas pela demora na espera e
justificou dizendo que teve de consultar a supervisão, pois nunca havia acontecido algo
daquela natureza, por isso, ela simplesmente não sabia qual seria o procedimento. Com as
informações em mãos, ela pediu que o panetone não fosse consumido, mas que fosse
colocado novamente na embalagem, pois seria retirado por um portador e enviado para

Por Patricia Lages


testes. Esse mesmo portador levaria outro já no dia seguinte. Minha prima passou todas as
informações que a atendente solicitou e, no outro dia, recebeu um panetone maior e um
pedido formal de desculpas. Mas não parou por aí. Como nós havíamos consumido parte do
panetone – no melhor estilo quem não mata, engorda! – a Visconti nos enviou o resultado
da análise laboratorial feita no panetone mostrando que o alimento não havia sido
contaminado e que não apresentava nenhum risco à saúde. Isso nós até já sabíamos, pois
ninguém passou mal, mas o fato de termos visto que a empresa estava focada em nós, seus
clientes, e não no produto, nos fez ver que se trata de uma marca séria e de confiança. E
essa já é outra lição que devemos aprender: precisamos estar focados no nosso cliente e
não no nosso produto, bem como estar focados na empresa para a qual trabalhamos e não
no nosso trabalho.

Quando você foca no produto, em vez de ouvir o cliente e reconhecer os possíveis


erros, você vai justificar que seu produto é ótimo, que ganhou prêmios, que nunca recebeu
uma reclamação etc. etc. etc. Você pode falar o que quiser e justificar o quanto quiser, mas
vai perder o cliente do mesmo jeito! E quando se trata de ambientes corporativos, devemos
reconhecer os erros em vez de querer justifica-los. Para ilustrar, vou dar um exemplo bem
comum nos dias de hoje. Quando um funcionário comete algum equívoco, em vez de ouvir,
corrigir e aprender, geralmente o que a maioria faz é dar uma “carteirada” dizendo: “eu sou
formado nisso, pós-graduado naquilo e doutorado em não sei o que”. Para esse tipo de coisa
só me resta o sarcasmo da pergunta: e só por causa disso você se tornou um ser perfeito
que não erra nunca? Ah, tá!

Na verdade, é bem ridículo quando as pessoas tentam desesperadamente se livrar das


culpas de seus erros por uma simples razão: só não erra quem não faz nada. Sobre isso,
Ingvar Kamprad, fundador da Ikea, a gigante fabricante de móveis, disse:

“Cometer erros é privilégio de quem tenta. Somente pessoas medíocres são sempre
negativas, passando o tempo todo provando que não estão erradas.” E, diga-se de
passagem, a Ikea já foi chamada de “a empresa que mais erra no mundo”. Portanto, o
segredo do sucesso não está em não errar – muito menos em justificar erros – mas sim, em
saber fazer dos problemas, oportunidades.

Por Patricia Lages


Por isso, seja um caçador de problemas de agora em diante. Detecte insatisfações,
erros e tudo o que as pessoas julgam ser negativo e ocupe-se em achar uma solução.

Neste momento, por exemplo, estou escrevendo este capítulo em pleno voo São
Paulo/Natal e, graças à reclamação de inúmeros passageiros no passado, hoje posso
trabalhar tranquilamente com meu notebook. Isso porque, apesar de o voo ser longo, posso
carregar o computador e minha bateria não vai descarregar. Agora, imagine se os
fabricantes de avião dissessem aos clientes insatisfeitos: queridos, nós estamos aqui para
levá-los do ponto A para o ponto B e não para carregar os seus equipamentos durante o
trajeto!

Então, a dica final é: ouça, avalie e busque soluções. É isso que vai fazer o seu cliente
optar por você e não pelo seu concorrente, bom como a sua empresa manter você a bordo e
não trocá-lo por outro candidato que aceitaria o seu emprego mesmo por um salário menor.

Exercício prático – Identifique problemas, reconheça oportunidades


Minha proposta é que você pare por alguns instantes e anote no espaço abaixo todas
as reclamações que trouxeram até você, seja da sua performance ou do seu produto ou
serviço. Tente lembrar-se também de questões mal resolvidas e o que poderia ter sido feito
para que tudo tivesse terminado de uma forma melhor.
Aproveite também para pensar no seu maior fracasso e o que ele trouxe – ou poderia
ter trazido – de bom para você. Esse é o começo do seu sucesso: transformar problemas em
oportunidades!
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Por Patricia Lages


AULA 9 - COMO COMEÇAR SUA RENDA EXTRA?
Resumo de aula do Curso Aprendizado para Renda Extra

O nome dessa aula é “renda extra é para todos” para que você deixe de lado aquele
pensamento de que você não precisa de uma renda extra porque já tem a sua. “A sua” no
singular e esse é que é o problema! Sabe aquele ditado que diz:

“Quem tem dois tem um e quem tem um não tem nenhum?”

Pois é… Você pode estar empregado hoje, mas e se vier a perder o emprego, o que
acontece?

Segundo a Anbima, 58% dos brasileiros não têm nenhuma reserva de emergência.
(Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Dos 42% que têm alguma aplicação, apenas 9% depositaram algum valor em 2017.
(Dados divulgados em 2018).
Dos que têm reserva de emergência, 89% mantém o dinheiro na poupança.

Resumindo: mais da metade dos brasileiros não têm nenhum dinheiro guardado.

Então, se essas pessoas perderem a única fonte de renda que têm, em pouco tempo
vão estar endividados apenas para pagar as contas comuns do dia a dia. Pouco mais de 40%
tem algum dinheiro, mas mal investido, porque a grande maioria estará parado na
poupança. O endividamento não é só por má administração, mas também por contar com
uma única fonte de renda que, na maioria dos casos, é um emprego. E aí, perdeu o
emprego, perdeu 100% da renda.

Lembra da aula passada sobre ser otimista demais?

As pessoas falam:

Por Patricia Lages


“Ah, não! Eu não vou perder o emprego, não!”

“Vira essa boca pra lá!”

“E se perder, dá-se um jeito!”

Pois é... acham que a solução vai aparecer do nada… Mas não é isso que a gente tem
visto por aí. Por isso, a ideia aqui é que, se você ainda não se conscientizou de que precisa
ter mais de uma fonte de renda, você repense os seus conceitos.

Não tenho ideia do que fazer, e agora?

Várias pessoas me escrevem pedindo ideias do que fazer para ter uma renda extra.
Mas, embora eu possa nomear várias coisas, eu não sei qual é a realidade da sua cidade, o
que você tem talento para fazer, o tempo que você tem, enfim, seriam chutes! Então, o que
eu acredito que pode te ajudar são dicas para encontrar ideias de negócio e para validar
essas ideias. Então, anota aí a primeira dica!

Faça o seu brainstorm


O brainstorm ou brainstorming geralmente é feito em grupo onde cada pessoa dá suas
ideias sem a preocupação se são viáveis ou não em um primeiro momento. A ideia é
incentivar o pensamento criativo. Mas você pode fazer isso sozinha e de uma maneira muito
simples.

O que você vai fazer?


Você vai pegar um papel qualquer e vai anotar todas as coisas que acredita que possa
fazer ou que gostaria de fazer. Vá anotando nesse papel. Se você não tem a ideia exata do
que quer fazer, uma sugestão é você escrever as coisas que você gosta.
E o que você deve considerar para refinar as suas ideias?

→ Simples
→ Pessoal

Por Patricia Lages


→ Real

O seu negócio ou o seu produto tem que ser entendido em questão de segundos. E
isso você só consegue se for uma coisa simples. Mesmo que seja um aplicativo cheio de
possibilidades, não importa! O importante é que você possa descrever em segundos, tipo: É
um aplicativo para resolver a sua vida financeira. Pronto, simples!

Por que pessoal?


Porque produtos e serviços devem ser voltados para a pessoa. Lembra que a gente
falou que as pessoas literalmente pagam para não terem problemas? Então! Você tem que
apresentar uma solução.

O que é o real?
Que o seu produto ou serviço realmente cumpra com a finalidade que você está
apresentando. Então, não adianta prometer coisas que o produto ou serviço não atendem.
Quantas vezes você comprou um produto que prometia uma coisa, mas não cumpria? Você
comprou de novo? Não, né? Então, o seu produto ou o seu serviço tem de cumprir o
prometido. Tem que ser real.

Agora é a sua vez!

É hora do exercício prático e eu te convido a fazer o seu brainstorm.

Coloque aí a cabeça para funcionar!

Por Patricia Lages

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