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DIVISÃO DE ENGENHARIA

CURSO DE ENGENHARIA DE MINAs

SELEÇÃO DE MAQUINARIA- 4º ANO

Perfuratrizes e tratores

Discentes :

Alberto Jossefa

Nicolas Aurelio

Fernando Duarte

Docente: Mcs. Ismael Racis

TETE, 2017
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Discentes

Alberto Jossefa

Nicolas Aurelio

Fernando Duarte

Trabalho intitulado perfuratrizes e tratores, apresentado ao Instituto


Superior Politécnico de Tete ‘ISPT’,

no âmbito de pesquisa e consolidação da matéria relacionada

com a cadeira de selecao de maquinaria , tema esse que foi

atribuido por Msc. Ismael Racia , docente da cadeira.

TETE, 2017
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age

Indice
1. Introducao ................................................................................................................................ 7

2. Objectivos ................................................................................................................................ 8

2.1. Objective geral ................................................................................................................. 8

2.2. Objective especifico ......................................................................................................... 8

3. Perfuracao ................................................................................................................................ 9

3.1. Acessórios de perfuração ................................................................................................. 9

3.2. Uso de perfuratrizes e brocas para perfuracao das rochas ............................................... 9

3.3. Tipos de perfuracao predominantes ............................................................................... 10

3.4. Metodos De Perfuração .............................................................................................. 10

3.4.1. Perfuratrizes rotopercussivo.................................................................................... 11

3.4.2. Perfuracao por Rotacão .............................................................................................. 13

3.4.2.1. Vantagens de martelo de fundo ........................................................................... 14

3.4.2.2. Desvantagens ....................................................................................................... 14

3.5. Perfuratrizes Pneumáticas........................................................................................... 15

3.5.2. A perfuração Rotopercutiva apresenta as seguintes vantagens ............................... 16

3.5.3. Grandezas que determinam o desenvolvimento e a eficiencia da perfuracao ............ 18

3.5.3.1. força de contacto ................................................................................................. 18

3.5.3.2. limpeza do furo.................................................................................................... 19

3.5.3.3. velocidade de penetração .................................................................................... 20

3.6. Tipos de equipamentos de perfuração a céu aberto........................................................ 20

3.7. Elementos de perfuração de equipamentos a céu aberto com martelo à cabeça ............ 21

3.7.1. Elementos de união – tipos de roscas ......................................................................... 22

3.7.2. Adaptadores de varas .............................................................................................. 23


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3.7.3. Varas de perfuração ................................................................................................ 23

3.7.4. Brocas de perfuração .................................................................................................. 24

3.8. Classificacao ............................................................................................................... 24

3.8.2. Brocas com Bits de Botões ..................................................................................... 25

3.8.3. Brocas com Bits de Pastilhas .................................................................................. 25

3.9. Problemática ...................................................................................................................... 25

4. Máquinas tratoras .................................................................................................................. 27

4.1. Tratores de esteiras ......................................................................................................... 27

4.1.2. Vantagens do trator de esteiras: ................................................................................... 27

4.1.3. Desvantagens: .............................................................................................................. 28

4.2. Emprego dos tratores de esteiras ................................................................................ 28

4.3. Tratores de rodas ............................................................................................................ 28

4.3.1. Vantagens:............................................................................................................... 28

4.3.2. Desvantagens: ......................................................................................................... 29

4.4. Equipamento escavador deslocador ............................................................................... 29

4.3.2. Trator com lâmina angulada ........................................................................................ 30

4.3.3. Trator com lâmina ajustável ........................................................................................ 30

4.3.4. Trator com lâmina inclinável ....................................................................................... 30

4.5. Produção horária ............................................................................................................ 31

4.6. Escarificadores ............................................................................................................... 32

4.7. Problematica ................................................................................................................... 33

5. Conclusao .............................................................................................................................. 38

6. Referencias bibliograficas ..................................................................................................... 39


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1. Introducao
A perfuração da rocha para fins de Desmonte de Maciços é a primeira das operações a realizar. O
objectivo consiste em abrir espaços, neste caso furos, com distribuição espacial adequada ao
maciço, onde posteriormente se irá alojar o explosivo e os acessórios que facultaria a Detonação
e a consequente fragmentação de rocha.

O presente trabalha traz uma abordagem relacionado as tecnicas de perfuracao bem como o uso
de tratores na escavacao de rochas com uso de laminas e escarificadores, focando nas vantagens,
na diversidade e nas formas de operacao e ainda conta com analise de alguns problemas trazendo
resolucoes dos exercicios dado pelo docente de selecao de maquinaria
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2. Objectivos
2.1. Objective geral
 Abordar sobre perfuratrizes, quanto aos tipos e sua forma de realizacao de perfuracao
bem como a aplicacao dos tratores para obras de escavacao e empurro do material

2.2. Objective especifico


 conhecer os diferentes tipos de perfuratrizes de acordo com as caracteristicas da rocha a
desmontar;
 Conhecer a variedade de brocas e a sua empregabilidade;
 Abordar os tipos de equipamentos escavo-empurradores, sua productividade e suas
limitacoes de trabalho.
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3. Perfuracao
Entenda-se por perfuração de rocha, o perfeito sincronismo de quatro movimentos: impacto ou
percussão, rotação, avanço e limpeza.Impacto ou percussão - sua função é de provocar o
cisalhamento no material a serperfurado (rocha ou refratário).

3.1. Acessórios de perfuração


Considerando-se como broca de extensão o conjunto de componentes que sai do mandril da
perfuratriz e desce até a superfície final do furo, podem ser observadas as seguintes partes
distintas:

• Punho;
• Haste;
• Luva de acoplamento;
• Coroa.

Segundo (Ricardo e Catalani, 1977), Dentre esses componentes, o mais importante,


principalmente quando se refere ao maciço rochoso, é a coroa. A coroa é o aplicador de energia
no sistema, atacando a rocha mecanicamente para promover a penetração. Em sua face externa
estão inseridas as pastilhas de metal duro, como por exemplo, carboneto de tungstênio, que
trabalham a rocha, perfurando-a.

A coroa recebe através das hastes e do punho, a energia fornecida pela perfuratriz e a transforma
no trabalho de perfuração. Recebe também o fluxo de ar ou água de limpeza que passa através da
perfuratriz e do punho, desce pelo furo central da haste e é lançado no furo através de orifícios
criteriosamente colocados, de modo a proporcionar a máxima remoção de detritos possível, além
de controlar a poeira, refrigerar as coroas e estabilizar as paredes dos furos.

3.2. Uso de perfuratrizes e brocas para perfuracao das rochas


Embora haja uma vasta quantidade de Sistema de perfuracao, o mais usado na industria mineira é
o Sistema com uma fonte mecanica de energia devido a sua eficiencia tecnica e economica.

Os principais componentes deste tipo de sistema mecânico de perfuração são os seguintes:

 equipamento de perfuração, que é a fonte de energia mecânica - As hastes, como meio de


transmissão da energia mecânica.
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 Os bits, que transformam esta energia mecânica em energia incidente sobre a rocha daí
resultando a perfuração.
 meio que permite a evacuação do detritos do furo produzido pelo perfuração. Este meio
de limpeza, pode ser um líquido, um gás ou simplesmente ar comprimido.

3.3. Tipos de perfuracao predominantes


Dependendo da condicoes do local da realizacao da perfuracao, esta pode ocorrer em duas
modalidades distintas que nomeadamente sao: perfuracao mecanica e perfuracao manual.

A Perfuração Manual é realizada com equipamento ligeiro directamente manuseado pelos


operadores. É utilizado em trabalhos de pequena dimensão e normalmente em locais de difícil
acesso para equipamentos pesados. E também utilizado em situações onde não se justifica
economicamente a aplicação de equipamentos pesados.

A Perfuração Mecânica utiliza equipamentos de perfuração montados em veículo, mediante os


quais os operadores facilmente os movimentam e controlam. Estes veículos podem ser de rastos
ou de pneus e permitem a perfuração a partir de uma posição cómoda para o operador.

Os trabalhos de perfuração, nomeadamente os mecânicos dividem-se em várias categorias


consoante o trabalho a executar. Esta classificação permite numa primeira análise determinar o
tipo de equipamento de perfuração:

Trabalho de perfuração em bancada – é considerado o melhor método para desmonte de rocha, já


que dispõe de uma frente livre para a projecção do material desmontado, permitindo desta forma
uma sistematização dos trabalhos. É um método que se utiliza em desmontes a céu aberto e com
os furos verticais ou levemente inclinados.

3.4. Metodos De Perfuração


Segundo Ingersoll-Rand, 1999 Os diversos metodos de perfuracao sao selecionados de acordo
com o tipo de equipamento, a consistencia do material a ser perfurado de acordo com o
desempenho de cada metodo, e dentre os diversos metodos, os metodos mais destacados sao:
percussivo, rotativos e rotapercussivo.
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3.4.1. Perfuratrizes rotopercussivo

As perfuratrizes rotopercussivas têm sua aplicação limitada a pequenas e médias minerações,


perfuração secundária, trabalhos de desenvolvimento e desmonte secundário. Isto se deve aos
diâmetros dos furos das perfuratrizes percussivas que variam entre 2½” a

6” (63mm a 150mm), não alcançando diâmetros maiores, tais como 9” a 10½” (229mm a
267mm), que têm grande aceitação nas operações de grande porte

3.4.1.1. Funcionamento das Perfuratrizes RotoPercussivas


As perfuratrizes percussivas transmitem à broca percussão e, no intervalo entre duas percussões
sucessivas, uma rotação de pequeno arco de circulo.
Simultaneamente esses dois movimentos ocorrem à introdução na perfuração de ar ou água de
limpeza. Portanto, Segundo (Llera et al. , 1987), a perfuração rotopercussiva se baseia na
combinação das seguintes ações:
1. Sistema de percussão;
2. Sistema de rotação;
3. Pressao de avanco
4. Sistema de limpeza.

3.4.1.1.1. Sistema de percussão


Sistema da Percussão O sistema de percussão consta essencialmente de duas partes, ou seja, de
umcilindro em cujo interior se desloca o pistão. Este é, em geral, formado por uma peça
única,com dois diâmetros, sendo a parte de diâmetro maior o pistão propriamente dito e a
dediâmetro menor o pescoço ou guia do pistão com a face de impacto.

3.4.1.1.2. Sistema de rotação;

Rotação: com esse movimento se faz girar a broca para que se produzam impactos sobre a rocha
em diferentes posições;
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A rotação que gira a coroa entre impactos sucessivos tem como objetivo fazer com que ela atue
sobre os pontos distintos da rocha no fundo do furo. Para cada tipo de rocha e tipo de coroa
existe uma velocidade ótima de rotação.
O movimento de rotação contínuo pode ser produzido por um motor de pistões colocado no
cabeçote da perfuratriz, ou por um motor independente da perfuratriz. Em ambos os casos, a
rotação é reversível, para facilitar a introdução ou a retirada dos segmentos (hastes) da coluna de
perfuração.

3.4.1.1.3. Pressao de avanco


para se manter a ferramenta de perfuração em contato com a rocha é exercida uma pressão de
avanço sobre a broca de perfuração;
Para que a energia gerada pelo mecanismo de impacto do martelo seja transmitida à rocha é
necessário que a coroa permaneça sempre em contato com o fundo do furo. Isto se consegue com
uma força de avanço gerada por um motor ou cilindro de avanço. A aplicação desta força
depende, fundamentalmente, do tipo de rocha e da coroa de perfuração. Uma pressão de avanço
insuficiente reduz a velocidade de penetração, produz um maior desgaste de hastes e punhos,
diminui o ajuste da haste, causando o aquecimento da mesma. Uma pressão de avanço excessiva
diminui também a velocidade de penetração, dificulta o desenroscamento da haste, aumenta o
desgaste das coroas e pode causar desvios do furo.

3.4.1.1.4. Sistema de limpeza


Fluido de limpeza: o fluido de limpeza permite extrair os detritos do fundo do furo.
Para que a perfuração seja eficiente é necessário que o fundo do furo se mantenha
constantemente limpo, retirando-se os detritos logo após a sua formação. Caso isto não se
realize, uma grande quantidade de energia será consumida na trituração destas partículas
ocasionando desgastes, principalmente da coroa, e perdas de rendimento.
A limpeza dos furos é normalmente realizada com ar comprimido, água e espuma. Na sua forma
mais usual, o fluido de limpeza é injetado com uma determinada pressão até o fundo do furo
através de um orifício central da haste, e de aberturas localizadas na coroa de perfuração. As
partículas são retiradas do furo através da área anelar localizada entre a parede do furo e a haste.
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Nas minas a céu aberto o pó produzido nas operações de perfuração é usualmente retirado dos
furos com ar comprimido e captado por coletores. Já a limpeza com água é mais utilizada em
minas subterrâneas. A espuma é particularmente utilizada em locais onde o maciço apresenta um
elevado grau de fraturamento. Ela, além de ajudar na elevação de partículas grossas até a
superfície, exerce também a função de revestimento na parede do furo.

3.4.2. Perfuracao por Rotacão

Este metodo de perfuracao é muito usado quando se trata de rochas de maior consistencia, ou
seja, duras. Neste, a ferramenta de perfuracao é uma broca tipo tricone. Cada cone possue um
grande numero de dentes de aço (rochas macias e moderadamente duras) ou insertos de
carbetode tungstenio (rochas duras e muito duras) .
A penetração obtida pela aplicação de força e torque sobre a broca, pressionando-a contra a
rocha e fazendo-a girar.
Cada dente, ou inserto (button) , ao ser pressionado contra a rocha, provoca deformação
elastica, esmigalhamento, fraturamento com formação de lascas em uma sucessao igual a
anteriormente descrita para a perfuraçao percussiva. A rotação faz com que os dentes se
sucedam no contacto com a rocha e o desenho dos cones e tal que os dentes não ocupam, a
cada volta da broca, a mesma posiçao ocupada na volta anterior, mas uma posiçao práxima.

Os equipamentos que permitem a rotopercussão classificam-se em dois grupos:

Martelo à cabeça – estas perfuradoras realizam duas operações básicas: a rotação e a precursão.
Estas operações são realizadas fora do furo, sendo a energia transmitida pelo martelo através das
varas até ao bit. Os martelos podem ser pneumáticos ou hidráulicos. Actualmente, é possível
identificar os dois tipos de funcionamento no mesmo martelo.

Martelo no fundo – a rotação é igual ao sistema com martelo à cabeça, no exterior do furo; a
percussão é realizada directamente no fundo do furo através da cabeça de perfuração. O
mecanismo de rotação é realizado hidraulicamente, enquanto a precursão pode ser ou pneumática
ou hidráulica.
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3.4.2.1. Vantagens de martelo de fundo


As vantagens da perfuração com martelo de fundo de furo com relação a outros métodos são:

 A velocidade de percussão se mantém praticamente constante com o aumento da


profundidade;
 Os desgastes das coroas são menores que nas perfuratrizes de martelo de superfície;
 A vida útil das hastes é maior que das hastes e punhos utilizados nas perfuratrizes com
martelo de superfície;
 Os desvios dos furos são pequenos;

 A menor energia por impacto, e alta freqüência do golpe favorecem seu emprego em
formações intemperizadas ou com pouca estratificação;
 O custo por metro linear em diâmetros grandes e rochas duras é menor que na
perfuratriz rotativa;
 O consumo de ar é mais baixo que na perfuratriz de martelo de superfície;

 O nível de ruído é menor, pois o martelo fica localizado dentro do furo.

3.4.2.2. Desvantagens
Entretanto, as desvantagens são:

 Velocidade de penetração baixa;


 Risco de se perder o martelo dentro do furo;
 Necessidade de compressores de alta vazão com elevados consumos energéticos
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Figura 3.6- Perfuratriz de fundo de furo

modelo Roc L8 – Atlas Copco.

3.5. Perfuratrizes Pneumáticas


Nas perfuratrizes pneumáticas o martelo é acionado por ar comprimido e possui basicamente:

 Um cilindro com uma tampa dianteira que dispõe de uma abertura axial, onde são
colocados o punho e as hastes de perfuração;
 Um pistão que golpeia, com movimento alternado, o punho da perfuratriz,
transmitindo a onda de choque às hastes;
 Uma válvula que regula a passagem de ar comprimido de forma alternada para a
parte anterior e posterior do pistão;
 Um mecanismo de rotação para girar a haste de perfuração;
 Um sistema de limpeza do furo que permite a passagem do ar pelo interior da
haste.
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3.5.1. Perfuratrizes Hidráulicas

O princípio de funcionamento é basicamente o mesmo das perfuratrizes pneumáticas. Porém, ao


invés de utilizar o ar comprimido para o acionamento do motor de rotação, e para produzir o
movimento alternativo do pistão do martelo, utiliza-se um grupo de bombas que acionam esses
componentes através de fluidos hidráulicos.

As perfuratrizes hidráulicas possuem melhor desempenho que as perfuratrizes pneumáticas por


diversas razões (Llera, et al., 1987):

 Menor consumo de energia: as perfuratrizes hidráulicas consomem 1/3 da energia por metro
perfurado, quando comparadas com as perfuratrizes pneumáticas;
 Menor desgaste dos acessórios de perfuração;
 Maior capacidade de perfuração: devido à melhor transmissão de energia, as velocidades de
penetração em perfuratrizes hidráulicas são 50 a 100% maiores que nas perfuratrizes
pneumáticas;
 Melhores condições ambientais: a ausência de escape de ar resulta em menores níveis de
ruído quando comparadas com as perfuratrizes pneumáticas;
 Maior flexibilidade de operação: é possível variar a pressão de acionamento do sistema, a
energia por impacto e a freqüência de percussão;
 Maior facilidade de automatização: os equipamentos são mais aptos para automação das
operações, tais como, troca de haste, mecanismos antitravamento etc.

A maior desvantagem desse equipamento, quando comparado com as perfuratrizes pneumáticas,


é o seu maior investimento inicial.

3.5.2. A perfuração Rotopercutiva apresenta as seguintes vantagens:


 É aplicável a todo o tipo de rochas desde as menos competentes as mais duras
 A gama de diâmetros de perfuração possível de utilizar é grande
 Os equipamentos são versáteis adaptam-se a vários tipos de trabalho e tem grande
mobilidade
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 Necessitam apenas de um operador para a manobrar


 A manutenção é fácil e rápida

A perfuratriz percussiva reproduz esses movimentos. Embora chamada apenas percussiva, ele, na
realidade, produz um giro na broca, imediatamente após cada golpe. Esse giro sempre de um
pequeno arco de círculo é, portanto, descontínuo. Desta maneira reproduz as perfurações
manuais, caracterizadas por outros tipos:

a) Churn-drills – Caracterizam-se pela construção solidária da ponta percussora e


domecanismo de percussão.

b) Marteletes – Caracterizam-se pela construção separada da ponta percussora e do pistão.


Marteletes movidos a ar comprimido (são os mais utilizados) e Marteletes manuais

O agente na perfuracao por percursao é uma ferramente em forma de cunha que actua sobre a
rocha por impactos sucessivos , entre cada dois impactos a ferramenta recua uma pequena
distancia e gira de um pequeno Angulo para percurtir em posicao diferente de anterior
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- Sistema de funcionamento de um sistema Rotopercutivo (“manual do operador” - sandvik).

3.5.3. Grandezas que determinam o desenvolvimento e a eficiencia da perfuracao


Alem dos movimentos de rotacao, percursao e rotopercussao existem algumas actividades
precedentes a essas que permintem quando observados e bem combinados a eficiencia das
actividades de perfuracao.

3.5.3.1. força de contacto


O contacto íntimo entre o bit e o fundo do furo permite que a acção de percussão se realize
com maior eficácia e, por outro lado, que a velocidade de penetração aumente. A energia é
transmitida pelo martelo ao fundo do furo sob as formas de rotação e percussão, e a força de
contacto exercida pelo martelo permite que seja permanente o contacto com o maciço que se
pretende furar.

A força de contacto é uma acção que permite que os fenómenos de perfuração se realizem
nas melhores condições. Desta forma, é possível identificar o que sucede quando a força de
contacto é excessiva ou deficiente. Para os casos em que a força de contacto é excessiva a
consequência imediata é a diminuição da velocidade de penetração. O facto, de existir uma maior
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pressão dificulta o processo de introdução e remoção de varas no furo. Da mesma forma, o


excesso de pressão aumenta o desgaste dos bits e provoca vibrações excessivas no equipamento.

Por vezes, na prática, é necessário aumentar as velocidades de penetração para obter o


maior número de metros por hora. O que é possível fazer é aumentar a percussão e desta forma
aumentar o feed de uma forma proporcional. Aumentar somente o feed vai provocar, para além
do que foi referido anteriormente, desvios no furo. Este fenómeno vai provocar no arranque de
rocha com explosivos uma menor eficiência deste processo, principalmente se os furos forem
inclinados.

No caso de a força de contacto ser insuficiente, a velocidade de penetração diminui, as varas


estão sujeitas a fenómenos de encurvadura e aquecimento, e por isso desgastam-se mais
rapidamente.

3.5.3.2. limpeza do furo


Com o objectivo de diminuir a acumulação de detritos produzidos pela perfuração no fundo
do furo é necessário evacuar as partículas trituradas. A não evacuação dos detritos durante o
processo vai provocar desgaste no bit diminuir e o rendimento do equipamento no sentido da
diminuição da velocidade de penetração.

A limpeza das partículas é efectuada através de fluido (agua, óleos, espumas, etc.) ou ar. Este
fluido/ar é injectado sobre pressão até ao fundo do furo através das varas, existindo no bit umas
aberturas que permitem a expulsão do fluido/ar. A limpeza, no caso mais comum, é realizada de
dentro para fora: o fluido/ar sai pelo bit e o material é expulso ao longo das paredes do furo. As
partículas que são evacuadas do furo, no caso de mina a céu aberto, são captadas pelo
equipamento e reencaminhadas para um separador. Este separador divide as partículas em duas
gamas granulométricas e tem duas saídas de evacuação.

Para que a Limpeza do furo seja realizada de forma eficaz as velocidades de ascensão dos
detritos variam no caso do ar como veículo de transporte, entre 15 e 30 m/s.

Em alguns casos a limpeza do furo é utilizada para realizar controlo de teores do material,
sendo uma prática comum dos geólogos de campo para identificarem ao pormenor os teores do
bloco que está a ser objecto de perfuração. Este método de log in permite identificar exactamente
quais os teores do bloco segundo a malha de perfuração.
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O material removido como detritos pode também ser utilizado para realizar o tamponamento
do furo no momento da colocação do explosivo, procedimento que permite reduzir custos globais
no que diz respeito a todo o processo de desmonte.

3.5.3.3. velocidade de penetração

A velocidade de penetração é um parâmetro que permite avaliar a rapidez que todo o


conjunto de perfuração (martelo, vara e bit) consegue atingir de cada vez que entra em contacto
com o maciço. Esta velocidade avalia a acção (neste caso, de rotopercussão) sempre que esta se
dá. A unidades que se utilizam para este tipo de velocidade são o (cm/min). Por outro lado a
velocidade de perfuração é a quantidade de metros que o equipamento consegue perfurar numa
hora de trabalho; está mais relacionada com o rendimento do equipamento, mais do que a
capacidade de penetração.

Quando se planeia a aquisição de um equipamento de perfuração, um dos principais factores


a ter em conta é a velocidade de perfuração. Estas características, para elementos de perfuração
rotopercutivos dependem de alguns factores como os seguintes:

• Conhecimento da geologia do terreno


• Conhecimento do comportamento geomecânico
• Diâmetro e comprimento dos furos
• Objectivos da perfuração
• Condições de trabalho
• Objectivos de eficiência do trabalho

3.6. Tipos de equipamentos de perfuração a céu aberto

estão divididos os equipamentos de perfuração a céu aberto em duas categorias principais:


equipamentos que se movimentam sobre pneus e sobre rastos.

Os equipamentos sobre rastos são mais utilizados em condições em que os terrenos sobre os
quais se movimentam apresentam irregularidades e dificuldades de locomoção para pneus. Os
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equipamentos deste tipo são de comum utilização na indústria mineira especialmente nas
explorações a céu aberto e com o objectivo de perfurações de produção. Estes equipamentos
apresentam algumas desvantagens no que diz respeito à sua mobilidade que é reduzida. As
vantagens que apresentam são a sua utilização em condições extremas do terreno e maior
estabilidade do equipamento no momento de perfuração, evitando assim erros de desvios dos
furos.

Os equipamentos sobre pneus apresentam uma grande mobilidade no que diz respeito à
velocidade de deslocação e ao facto de serem mais facilmente manobráveis. Na prospecção
mineira a céu aberto é comum a utilização de camiões de perfuração sobre rodas. Em trabalhos
em meio urbano para desmonte de pequenos blocos de rocha, existem equipamentos que se
adaptam a estas circunstâncias.

A escolha do tipo de braço faz-se em função da natureza do trabalho a realizar. Por exemplo se
em um determinado local, tenho que realizar vários furos que se encontram no mesmo
enfiamento e a curtas distâncias não movimento a maquina para realizar os furos, apenas executo
a operação de alongar o braço de perfuração.

No caso do braço fixo necessito sempre de movimentar o equipamento para realizar outro
furo.

A última etapa de classificação é o tipo de martelo, que depende do diâmetro de perfuração.


No caso dos equipamentos sobre rastos a classificação não está assente no tipo de braço, mas sim
no tipo de martelo (ligeiro, médio ou pesado).

3.7. Elementos de perfuração de equipamentos a céu aberto com martelo à cabeça


Factores como o mecanismo de perfuração (rotação, percussão e rotopercussão), o tipo de
martelo (à cabeça ou de fundo), as exigências do terreno (pneus ou rastos) e os diâmetros
pretendidos (bits, tricones), caracterizam o tipo de perfuração.

Quando se pretende realizar um trabalho de perfuração, existem vários factores outros a ter em
conta no momento da eleição dos meios de perfuração, pelo qual é possível obter varias
combinações. Alguns dos factores que se deve considerar são: o diâmetro dos furos, a sua
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profundidade, a estrutura geológica em que estão enquadrados, a resistência a abrasividade da


rocha, a potência do martelo, e o volume de metros cúbicos pretendidos anualmente.

O aparelho de perfuração é constituído de uma forma genérica pelo martelo, o adaptador de vara
(elemento de transmissão da energia – shank), os acoplamentos (encaixes da vara ao adaptador e
as varas), as varas (rods), e as brocas (bits).

É fundamental o conhecimento do terreno para fazer a melhor eleição dos elementos de


perfuração dentro das gamas disponíveis pelas marcas. Do mesmo modo, é importante conhecer
as características dos materiais para obter melhores rendimentos dos equipamentos.

Elementos de perfuração (Atlas Copco)

3.7.1. Elementos de união – tipos de roscas


As roscas são elementos que permitem unir acoplamentos, varas e bits. O ajustamento entre estes
elementos deve ser o mais eficiente para garantir a transmissão de energia entre os diferentes
elementos. O ajustamento deve coexistir numa relação óptima de aperto/folga que permita, para
alem da transmissão de energia o rápido encaixe da vara no shank, assim como a rápida remoção
da vara do furo.

O principal objectivo das roscas é portanto permitir que uma transmissão eficiente de energia se
faça à vara e ao bit, pelo que aquelas, devem apresentar determinado tipo de características, no
que diz respeito ao ângulo de flanco e ao passo da rosca. Para o mesmo diâmetro se obtivermos
um passo maior juntamente com um flanco menor, esta situação permite uma fácil remoção da
vara.
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3.7.2. Adaptadores de varas


O adaptador de vara (shank) é o elemento que transmite, a partir do martelo, a energia de
impacto, a rotação às varas e a força de contacto.

O sistema de limpeza, na maioria dos casos é realizado através do shank. Neste adaptador de
haste é possível identificar um orifício que se encontra entre as estrias e a rosca e que permite a
entrado da agulha de limpeza e permitindo a remoção ds detritos.

Os adaptadores variam quanto ao seu diâmetro e ao número de estrias que apresentam. É através
destas estrias que a energia de impacto e de rotação é transmitida às varas.

3.7.3. Varas de perfuração


As varas constituem um meio de prolongamento do martelo à cabeça. Apresentam várias
configurações, tanto podendo ser de secção hexagonal como circular.

As varas são elementos de perfuração sujeitos a desgaste em duas localizações. A principal zona
de desgaste da vara é a rosca de encaixe ao adaptador de haste, nos equipamentos de perfuração
mais modernos, e nos acoplamentos para equipamentos mais antigos.

Por outro lado, as varas estão sujeitas a constantes forças de impactos, e por efeito deste
fenómeno ocorre a encurvadura da vara. É fundamental do ponto de vista operativo ter em conta
este efeito, devido ao facto de reduzir o tempo útil de vida do adaptador de haste, assim como
todo o conjunto de encaixe quando se utiliza mais do que uma vara de perfuração. A encurvadura
da vara vai provocar no momento da execução do furo um desvio considerável do mesmo,
impedindo desta forma que o alinhamento dos furos seja o idealizado.

Os equipamentos modernos apresentam a possibilidade de utilizar varas com o acoplamento


integrado o qual permite que o processo de encaixe no adaptador seja mais rápido e mais fácil.
Desta forma, a transmissão de energia é melhor, os furos apresentam-se mais rectilíneos e a
operação é mais segura.
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Varas e acoplamentos do catálogo da Sandvik para elementos de perfuração do tipo Bench


Drilling

3.7.4. Brocas de perfuração


A broca é a parte que fica em contacto com a rocha durante a perfuracao e permite a destruicao
da mesma, trasmitem a rocha os esforcos gerados pela perfuratriz.

3.8. Classificacao
As brocas podem ser classificadas em:

 brocas integrais – em que os components forma uma unica peça;


 brocas de extencao – associacao de pecas por meio de luvas

partes constituintes das brocas integrais ou monoblocos.

Punho – penetra e se encaixa no madril da perfuratriz;

Colar – recebe o impacto do pistao da perfuratriz e limita o encaixe da mesma no madril;

Haste transmite a coroa os esforcos recebidos


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Coroa – onde esta o material cortante e o furo para limpeza

3.8.1. Brocas de perfuração

As brocas de perfuração utilizadas para perfuração rotativa e percussiva-rotativas são de dois tipos:

 Brocas com bits de botões; e


 Brocas com bits de pastilhas.

Ambos apresentam orifícios de injeção do ar ou fluido de limpeza;

Apresentam uma forma ligeiramente cónica onde a parte mais larga está em contato com o furo,
com objetivo de evitar que a broca fique preso ao fundo do furo.

3.8.2. Brocas com Bits de Botões


São mais favoráveis para perfuração com rotação porque apresentam melhores performances no
que diz respeito a velocidade de penetração. São menos susceptíveis ao desgaste devido a forma
dos botões. Bit de botões tem metal duro de maior resistência ao desgaste que os bits de insertos.
Isto é possível devido ao formato favorável dos botões que permite sua fixação em torno de
todos seu contorno quer por contração quer por pressão a frio. Este bit tem os botões frontais e
laterais todos do mesmo diâmetro, usualmente é empregado em formações rochosas
moderadamente abrasivas.

3.8.3. Brocas com Bits de Pastilhas


Apresentam dois tipos de desenhos, os modelos em cruz e em ´´X``. Ambos são constituídos por
pequenas placas de carboneto de tungstênio.

3.9. Problemática
Nas brocas de extencao o avanço da perfuração é feita atravez de adicao sucessiva de hastes
rosqueadas na broca aumentando o seu comprimento. A primeira haste introduzida no furo é a
que mais vai trabalhar, logo mantida essa situacao sera a primeira a atingir o limite de fadiga,
rompendo-se ou sendo descartada das demais. Essa situacao indesejada é evitada com o rodizio
das hastes. Dessa maneira todas as hastes empregadas na perfuracao de um certo numero de
furos envelhhecem simultaneamente, isto é, perfuram o mesmo numero de metros.
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1.1.Faz a rotacao de hastes na execucao de 6 furos de 12 metros com 6 hastes de 3 metros

Dados

Altura da haste = 3m

Numero de haste = 6m

Altura de furo = 12m

Numero de furos = 6 furos

Resolucao

Primeiro é necessario calcurar a relacao entre metros-de-haste e metro-de-furo

Nh + 1
𝐾=
2

4+1
𝐾=
2

K= 2,5

Entao

Metros-de-haste = k* metros de furo

Metros de haste = 2,5* (6*12)

Metros de haste = 180m

Observacoes

(6*12) – equivale a profundidade total dos furos

Em numero de haste sao empregues 4 hastes por cada perfuracao uma vez que o furo somente
tem 12 metros e olhando para a altura das hastes, as 4 preechem o furo as outras 2 ficando para o
caso como reserve para o seu posterior uso tomando em conta o sequeciamento.
27

4. Máquinas tratoras
4.1. Tratores de esteiras
Trator é a máquina automotora especialmente construída para empurrar outra(s) máquina(s). e/ou
acionar implemento(s) a ela adaptado(s), podendo ser:

a) De esteiras – trator que se movimenta por meio de esteiras;

b) De roda – trator que se movimenta sobre rodas, podendo ter chassis rígido ou articulado; c)
De tração combinada – trator que se movimenta sobre rodas e esteiras, podendo ter chassis rígido
ou articulado.

A característica mais importante dos tratores de esteiras é a própria esteira.

A esteira em si é constituída pelo conjunto de pinos, buchas, elos e sapatas

Esse conjunto é fechado através de um pino mestre que possui a característica de ser removível
em relação aos outros pinos que são fixados com maior pressão.

A esteira se desloca no mesmo sentido do movimento do trator, de forma a proporcionar um


trilho para a roda guia e roletes. Assemelha-se este movimento ao deslocamento de uma
locomotiva sobre uma cremalheira.

O trator possui uma roda dentada (motriz) que se engrena nas buchas da esteira proporcionando a
força de tração que impele os roletes a se deslocarem sobre os elos fixos das sapatas.

As sapatas normais (standard) dos tratores são dimensionadas para distribuir ao solo uma pressão
de 0,5 kgf/cm2, referente ao peso total do trator.

4.1.2. Vantagens do trator de esteiras:


• Maior capacidade de tração em terrenos pouco aderentes;
• trabalha em qualquer condição topográfica;
• Prescinde de pistas ou estradas para trabalhar;
• Opera em terrenos de baixo suporte;
• tem grande versatilidade de uso.

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4.1.3. Desvantagens:
• Possui pequena velocidade de trabalho;
• Não pode ser usado para deslocamentos longos;
• exige cuidados especiais ao se deslocar em superfícies acabadas ou duras.

4.2. Emprego dos tratores de esteiras


Os tratores de esteiras são indicados para os trabalhos seguintes:

a) Gerais de reboque;

b) Como unidades de tração de equipamentos de escavação que operam em velocidades baixas e


em rampas fortes, em terrenos pouco consistentes;

c) Como unidade escavadora quando dotado de lâmina frontal;

d) Como unidade carregadora, em terrenos impróprios para máquinas sobre rodas, quando
dotado de concha frontal;

e) De tração de escarificadores e rolos de compactação.

4.3. Tratores de rodas


4.3.1. Vantagens:

• Fácil manobra, condução e operação;


• Tem boas velocidades de deslocamento em estradas e superfícies regularizadas,
alcançando velocidade de 40 km/h
• Podem ser usados para longos deslocamentos
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4.3.2. Desvantagens:

• Necessitam de pistas regularizadas;


• Os terrenos devem estar secos para sua operação;
• Possuem pouca aderência em terrenos argilosos.

4.4. Equipamento escavador deslocador

São equipamentos que executam inúmeros serviços em obras de escavação, constituindo-se na


base fundamental da mecanização na terraplenagem. As máquinas (tratores) se completam como
equipamentos de escavação e transporte, pela colocação do implemento denominado de lâmina.

em função do tipo de lâmina esses equipamentos escavadores podem ser subdivididos em


tratores com lâmina:

a) Reta;

b) Angulada;

c) Ajustável;

d) Inclinável

4.3.1. Trator com lâmina reta

Tem esse equipamento outras denominações, como: trator de lâmina reta, ou trator de “queixo
duro”. (“bulldozer”).

O implemento colocado no trator é um robusto suporte metálico que tem à sua frente uma lâmina
de aço montada perpendicularmente ao eixo longitudinal do trator.

A lâmina tem apenas dois movimentos, um de elevação e outro de abaixamento, ambos


executados através de cilindros hidráulicos. O extremo inferior da lâmina e suas laterais têm as
30

bordas constituídas com aço extremamente duro, para melhor resistir à abrasão. (São bordas
substituíveis).

É o equipamento indicado para escavação e transporte dos materiais em linha reta, desmonte de
materiais e rochas pouco duras, deslocamento de blocos de pedra. Isto tudo, devido à sólida
construção oferecida pelo conjunto máquina/lâmina.

4.3.2. Trator com lâmina angulada

Outras designações atribuídas a esse equipamento: trator de lâmina oblíqua, “angledozer”. A sua
lâmina é de construção semelhante à do “bulldozer”. A diferença está no sistema de suporte da
lâmina o qual permite, além dos movimentos de elevação e abaixamento, o posicionamento da
lâmina de forma perpendicular (reta) ou formando ângulos com o eixo longitudinal do trator (O
usual é de até 25°, à esquerda ou à direita).

4.3.3. Trator com lâmina ajustável

Também chamado de tipedozer (“tipdozer”).

O ajuste da lâmina é obtido através de um conjunto de peças adaptadas ao “bulldozer” ou ao


“angledozer” o qual dá um novo posicionamento para a lâmina.

A lâmina poderá ser movida e fixada em uma nova posição em relação a um eixo horizontal,
aumentando ou diminuindo o seu ângulo de ataque, em relação ao terreno.

Essa montagem permite “rolar” a terra na frente da lâmina, com melhor aproveitamento no
transporte do material.

4.3.4. Trator com lâmina inclinável

Também chamado de tiltedozer (“tiltdozer”), é outra forma de dar outra fixação para a lâmina em
relação a um plano de apoio do conjunto de esteiras. O equipamento efetua com essa nova
disposição, cortes a meia encosta e abertura de valetas.
31

4.5. Produção horária


A produção horária dos equipamentos escavadores deslocadores de rodas ou esteiras pode ser
obtida diretamente de gráficos fornecidos pelos fabricantes desses equipamentos. Os gráficos são
elaborados para as condições ótimas de operação, sendo movimentado o material de escavação
em terreno plano.

60 ∗ C ∗ E ∗ f ∗ η
𝑃ℎ =
T

Onde: Ph = produção horária, em metros cúbicos/hora;

T = tempo de ciclo, em minutos;

C = capacidade de corte da lâmina, em m3;

E = eficiência do trabalho;

f = fator de empolamento ;

η = fator de correção obtido na Tabela

Tabela de empolamento em diversos materias


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4.6. Escarificadores
Para auxiliar a desagregação de terrenos e pavimentos, são utilizados equipamentos auxiliares de
escavação como os escarificadores (“rooters”) ou de porte mais reforçado como os empregados
na remoção de troncos de árvores (“rooters ripers”).

Os escarificadores são hastes de aço, dotadas de uma ponta substituível, também de aço, porém
de maior dureza. Essas hastes são cravadas no solo e arrastadas pela força de tração de um trator
ou de uma motoniveladora.

Quanto aos tipos de escarificadores, estes podem ser classificados como:

• Rebocados e acoplados à máquinas de tração.


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Os escarificadores revolvem os terrenos onde os escreipers e pás carregadeiras irão proceder a


movimentação do material do solo. Prestam-se ainda, para desagregar revestimentos de estradas
ensaibradas ou macadamizadas, quando acoplados à motoniveladoras.

Os mais reforçados escarificadores, são usados para o rompimento de concretos asfálticos,


remoção de raízes e blocos de pedra.

Recomendações de interesse, quando são empregados os escarificadores:

a) Os custos dos serviços de escarificação devem ser sempre comparados com outros
métodos de desagregação (devido a serem um pouco caros);

b) A escarificação deve ser feita de preferência, em declive;

c) As hastes devem ser colocadas em posições simétricas, em relação ao eixo longitudinal


do escarificador;

d) O número de hastes deve ser reduzido quando a escarificação se processa em terrenos


muito duros;

e) A altura de escarificação deve ser regulada conforme o terreno permitir;

f) A escarificação deve ser feita contra os planos de sedimentação do terreno;

g) Uma escarificação feita em direções cruzadas tem maior poder de desagregação do


terreno ou do pavimento.

4.7. Problematica
Qual a producao obtida por um trator de esteiras modelo D10R equipado de um escarificador de
um dente, considerando que o espacamento entre as passadas é de 1m, desenvolve uma
velocidade media entre 1.8km/h (considerando manobra). A distancia percorrida em um passe é
de 100m e requer um tempo de 0,25 min para levanter o escarificador, articular, girar, e baixar
novamente. A profundidade de penetracao de 600mm e que o equipamento dedicado apenas a
escarificar sem executar servicos de empurrar material com uma utilizacso de 80%. Considere
que o material desmontado possui empolamento de 30% apos a escarrificacao.

Resolucao
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Dados

U = 80%

V = 1.8km/h

D = 100m

t = 0,25 min

profundidade = 600mm

e = 30%

modelo D10R

resolucao

calculo do tempo de ciclo

T = tf + tv

𝑑𝑖𝑠𝑡𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑑𝑎𝑠


T = 0.06 ∗ + 𝑡𝑓
𝑣𝑚

100𝑚
T = 0.06 + 0.25 min
1.8𝑘𝑚/ℎ

𝑇 = 3.58𝑚𝑖𝑛

Entao o ciclo por hora sera igual a:

Horas/ciclo = 60min/tc

Horas/ciclo = 60min/ 3,58 min

Horas por ciclo = 16,76

De seguida vamos calcular a producao por ciclo

𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑐𝑎𝑜
= 𝐷 ∗ 𝐸 ∗ 𝑝𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑛𝑒𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎𝑜
𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜
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𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑐𝑎𝑜
= 100 ∗ 1 ∗ 0.6
𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜

𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑐𝑎𝑜
= 60 𝑚3/𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜
𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜

E finalmente vamos calcular a producao por horas

𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑐𝑎𝑜 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜
𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑐𝑎𝑜 𝑝𝑜𝑟 ℎ𝑜𝑟𝑎 = ∗
𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 ℎ𝑜𝑟𝑎

𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑐𝑎𝑜 𝑝𝑜𝑟 ℎ𝑜𝑟𝑎 = 60 ∗ 16. 76

𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑐𝑎𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜 = 1005,6 ∗ 𝑈 ∗ 𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑐𝑎𝑜 𝑝𝑜𝑟 ℎ𝑜𝑟𝑎 = 1005, 6 ∗ 0,80 ∗ 1,3

𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑐𝑎𝑜 𝑝𝑜𝑟 ℎ𝑜𝑟𝑎 = 1045, 824 𝑚3/ℎ

2.1. considerando o material encontrado em um determinado local como folhelho e que o


material foi ensaiado e determinada a velocidade das ondas sismicas de 2000 m/s

a) selecione o melhor equipamento

O melhor equipamento é selecionda observando as tabelas de desepenho de riper calculado


atraves de velocidade de propagacao de ondas sismicas , uma vez que a velocidade das ondas
sismicas para o nosso exercicio de 2000 m/s, observando para as tabelas em relacao as
velocidade existem tres equipamentos que podem ser aplicados: o D9R, D10R, D11R, mas
analisando o melhor equipamento olhando para aspectos de producao e factores economicos o
que pode der aplicado é o D9R.

A relacao de velocidade de propagacao de onda e a escarificacao de material pelo trator


encontra-se em anexo 1

b) estime a producao para operacao de escarificacao em tempo integral para uma eficiencia de
80% e trator equipado com escarrificador unico e condicoes ideais de operacao.
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A estimative de producao para este tipo de operacao é observada atravez de uso de gráficos de
cálculo de produção em Gráficos de Produção Estimada do Ríper, cujo o grafico das operacoes
encontra-se em anexo 2

C) este equipamento nao atende a producao adversa

A estimative das producoes é dada nos anexos 3 e 4.

d) dados

E = 80%

Velocidade sismica = 2000 m/s

Resolucao

Densidade solta = facto empolamento * densidade insitu

Desnsidade solta = 1,3 * 2,3

Densidade solta = 2, 99 t/m3

Vs = massa/ densidade

Vs = 1300/ 2,99

Vs = 434,78 m3

Baseando se nos graficos os seguintes equipamentos podem atender a esta producao: D9R, D10R
e D11R. as tabelas em anexo 5
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38

5. Conclusao

A perfuracao é uma das principais atividades na mineração, uma vez sendo a primeira actividade
antes do desmonte necessario é verificar todas as condicoes necessarias de trabalha para maior
eficiencia e para que o projecto seja economico, observando factores relacionados a vida util das
brocas e hastes bem como as condicoes de seguranca e saude.

O uso de tratores visando eficiência dos equipamentos, a sua disponibilidade física, a capacidade
e tipo de equipamento a ser utilizado, garantindo maior flexibilidade no processo de operação de
escavação e carregamento em mina de lavra a céu aberto influencia na produtividade de qualquer
empreendimento, mas tambem para o uso destes deve tambem se observar a distancia em que
estarao em operacao Segundo as recomendacoes dadas pelo fabricante.
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6. Referencias bibliograficas

 Felix, Aluízio et all. Apostila de perfuração de rochas. Universidade federal de


Pernambuco, centro de tecnologia e geociências departamento de engenharia de minas,
 2009. 152p. LLERA, J. M., et al. Manual de Perforacion y Voladura de Rocas. Madrid:
Instituto Geologico Y Minero de Espña. 1987. 442 p
 MANUAL DE PRODUÇÃO CATERPILLA, 31a edicao; outubro 2000

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