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**Tem como tema principal a ideia de que o grande salto para o caos foi exatamente o grande
salto para o agravamento da dívida externa e aumento significativo da dependência do Brasil
pelo capital externo.
II PND
Pretende-se concluir o ciclo de indústria pesada, acabar de internalizar a indústria de
bens de capital e completar o porque industrial de insumos básicos e bens intermediários.
O Estado além de fixar diretrizes de objetivos ao capital deveria vigiar para garantir um
equilíbrio entre as três partes, a estatal, o capital privado nacional e o capital internacional.
INFLAÇÃO
O preço de alguns serviços e bens foram contidos em 1975/76, assim como o crédito
de longo prazo promovido pelo BNDE.
De acordo com a Conceição Tavares somente a partir de 1977 começaram a indagar essas
políticas por alguns autores, pois:
Houve uma elevação da inflação principalmente a partir de 73, pois os fatores propiciaram
isso:
1 – devido a economia brasileira ser ligada à economia internacional, ao aumentar La fora os
preços, aumenta no Brasil também. Os empresários para manter o lucro, aumenta o preço dos
produtos industrializados, defendendo o nível de rentabilidade, e reduzindo o consumo real da
classe trabalhadora.
O aumento da taxa de juros domestica não era para conter a demanda. O governo queria na
verdade, era deixar um diferencial de taxa de juros interna em relação ao mercado e taxa de
juros internacional, para incentivar as empresas a tomar empréstimos no mercado
internacional. Desta forma, ela restringiu o mercado domestico, propositalmente, para
capitanear recursos lá fora.
O governo implementa uma ciranda financeira a partir das letras do tesouro nacional,
garantindo reservas.
No primeiro momento a empresa estatal seria pelo BNDE, mas o governo não liberou crédito
pelas empresas públicas e privadas, de forma que as mesmas teriam que capitanear recursos
estrangeiros para levar o II PND adiante, com taxa de juros baixa.
As estatais trazem recursos estrangeiros, o governo aplica uma parte desses recursos para
aumentar a reserva internacional e elevar o II PND, e a outra parte aplica na economia interna.
As empresas estatais são proibidas de aumentar o preço dos bens e serviços. À medida que o
governo aumenta seu endividamento externo, aumenta também a taxa de juros.
A taxa de juros alta para conter a inflação, acabava não contendo a inflação, pois as empresas
repassavam o aumento para o preço final do produto.
A taxa de juros da dívida externa aumenta no inicio da década de 80. Tem duas opções:
declarar a moratória ou pagar a divida. O Brasil decide pelo pagamento, e para isso tem que
ter superávit comercial.
Anunciou um novo pacote econômico que não diferia qualquer programa ortodoxo:
- restrição monetária e de crédito
- aumento de juros
- reforço da capacidade fiscal do governo
- liberação dos preços
- corte nos gastos públicos
- alteração da lei salarial
- retomada de incentivo às exportações
Empresas estatais foram as que mais capitanearam recursos externos, por uma política
deliberada pelo governo.
No II PND empresas privadas se desestimularam e foram atuar no setor financeiro devido as
letras do tesouro, que oferecia altas taxas de juros, e também no agronegócio. Resgatando a
questão da vocação do Brasil (Simonsen).
A Resolução 432 do Conselho Monetário Nacional pregava que qualquer empresa nacional
endividada em moeda estrangeira poderia depositar parte ou totalidade da sua divida em
cruzeiros no BACEN, e o mesmo assumiria a dívida, pagando em dólar.
Durante o governo de Geisel, a divida que era de 3,8 bilhões passou para 82,8 bilhões de
dólares.
No final da década de 70 e início de 80, Ronald Reigan assume o comando dos EUA, Paul Vock
aumenta a taxa de juros. A grande sacada dele é canalizar todo o dinheiro para os EUA, por
conta da taxa de juros, se tornando novamente o centro financeiro mundial, pois capitaneia
grandes quantias de dinheiro.
Os EUA passa a ter um déficit significativo, financiada pelos outros países, ocorre uma
sobrevalorização da moeda, tendo um déficit comercial. Há também o déficit fiscal, devido ao
investimento em armas, déficit tributário. Os EUA abaixa os tributos para os ricos
potencializando o crescimento na sua economia. Promoção do endividamento dos
trabalhadores, através do credito e os trabalhadores, gerando lucro econômico.
Os EUA ao fazer isso fica dois anos em recessão, e também outros países, e depois se
recupera.
Essas medidas dos EUA colocou em risco os países latinos, que não conseguem se auto
financiar.
O II PND aumentou significativamente o Brasil, sendo estabilizada, seja pela resolução 432 , e
pelas letras do tesouro nacional.
Delfim Neto desvaloriza a moeda em 30% usando medidas ortodoxas. Capitaneia recursos via
governos externos para equipamentos industriais, compra de máquinas financiados, e pega
parte do dinheiro para fechar a balança comercial.
A política econômica se alterou devido a uma mudança internacional. Os EUA como centro
financeiro mundial, que para ter um déficit, era necessário o mundo ter um superávit.
A política do Brasil era a de conter a inflação e pagar a dívida externa. A inflação no Brasil se
torna inercial, sempre a inflação é levada ao futuro e projetada na inflação passada,
naturalmente.
O governo pode gerar os cruzeiros dos encargos de forma autônoma, por meios fiscais
ou por emissão monetária, mas os dólares correspondentes só podem ser gerados com
superávit comercial, se afastado o endividamento.
Em 1983, só com a conta com juros da dívida externa ultrapassava os US$12 bilhões.
US$ 5,5 bilhões era o quando o FMI poderia liberar para o Brasil em 3 anos.
Houve uma fuga dos bancos para a Europa , fugindo da sede e do controle sistemático dos
EUA.A partir da década de 60 esses bancos se instalaram na Europa e vão enfiar dinheiro
goela abaixo para os países do 3º mundo.
Isso redundou num super endividamento nos países da America Latina. Os EUA aumenta a taxa
de juros, o México ao decretar a moratória, espanta os bancos europeus que deixa de financiar
os países da America Latina e passam a aplicar nos EUA.
Em 1958 no governo de JK - no Plano de Metas o FMI disse que o Brasil gastaria muito para
construir Brasília, o que agrava a inflação,o governo deveria conter os gastos e parar a
construção.
O fato de JK ter rompido com o FMI não significa nacionalismo, simplesmente porque não
queria adotar as políticas impostas pelo FMI.
Em 1983 o governo de Figueiredo na figura do ministro Delfim Neto vai reatar as relações
com o FMI e a política econômica passa a ser regida pelo próprio FMI para tentar uma
rolagem da dívida brasileira através dos bancos.
Cartas Compromissos – esboços do que o Brasil deveria fazer, auditada pelo FMI e Banco
Mundial, para ver se o Brasil tinha cumprido as cartas compromissos objetivando conter a
inflação e gerar o superávit para pagar a dívida externa.
O Brasil aplica a teoria keynesiana ás avessas. Aplica uma política anti keynesiana. Amento de
impostos regressivos, ocorre até os dias de hoje. Quem paga são os que ganham menos.
O pensamento é tentar pagar a dívida externa e para isso, precisa criar mecanismos para
honrar o compromisso, e pagar os 12 bilhões.
Na década de 80 a política econômica sofre uma reversão econômica.
A vitória de Reagan e a execução de sua doutrina de retomada da expansão ou do
poderio militar dos EUA através de um déficit fiscal crescente, provocado por corte de
impostos e aumentos contínuos dos gastos militares resultaram numa pressão imperial sobre
o resto do mundo.
Em maio de 1985, a dívida pública dos EUA era de 1,6 trilhões de dólares.
Só a América Latina deu uma contribuição da ordem de U$$ 100 bilhões, entre 1984.
EUA – diminuição dos impostos da classe dos mais ricos aumentando o gasto a dívida pública
aumenta investimento em armas bélico militar. Eles retomam sobremaneira, por causa da
soberania do crescimento. Possui armas com poder de destruição.
Voltam a investir na indústria bélica , financiado por todos os países do mundo por meio da
compra de títulos públicos dos EUA recuperando assim, sua hegemonia, tornando se o mais
poderoso do mundo.
América terrorista – situação constante em alerta para investir mais na indústria bélica.
Só a
América Latina enviou 100 bilhões de pagamento da dívida externa.