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SISTEMA DE ENSINO À DISTÂNCIA

CURSO DE PEDAGOGIA

BRUNA APARECIDA DOS SANTOS

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR FRENTE ÀS TEORIAS E


CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS CONTEMPORÂNEAS

Sertãozinho - SP
2021
BRUNA APARECIDA DOS SANTOS

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR FRENTE ÀS TEORIAS E


CONCEPÇÕES PEDAGÒGICAS CONTEMPORÂNEAS

Trabalho de Pedagogia apresentado como requisito


parcial para obtenção de média bimestral nas disciplinas
avaliação na educação , história na educação , teorias e
práticas do currículo , sociologia da educação , educação
formal e não formal , práticas pedagógicas : gestão da
sala de aula e didática .

Sertãozinho – SP
2021
SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO........................................................................................................3
2- DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................10
4-REFERÊNCIAS.......................................................................................................11
3

1 – INTRODUÇÃO

O trabalho apresentado esta consolidado nos conhecimentos


adquiridos com os conteúdos das disciplinas ao longo do semestre com o tema : A
formação do professor frente as teorias e concepções pedagógicas contemporâneas
, essa temática tem o objetivo de nos levar a reflexão sobre a importância dos
docentes conhecer profundamente os temas relacionados as praticas pedagógicas ,
que são vivenciados na contemporaneidade .
Pois enquanto educadores os docentes devem conhecer os motivos
pelos quais eles ensinam, tendo em vista que a formação do docente esta sempre
em constante transformação e evolução.
Diante dessas concepções foi elaborado este trabalho com um texto
que apresenta as temáticas indicados tendo como base os conteúdos das disciplinas
e matérias complementares.
2- DESENVOLVIMENTO

2.1-AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Avaliar diz respeito a um conjunto de procedimentos didáticos que


se estende por um longo período e em vários espaços escolares de caráter
processual e usando sempre a melhoria ao objeto avaliado, quando falamos em
avaliação devemos pensar em avaliações pois dependendo do objetivo e a
finalidade da avaliação , ela assume diferentes características .
O surgimento da avaliação escolar é datado por volta do século XVII
e a expansão de seu uso no século XIX, com o crescimento da obrigatoriedade da
escolarização nos países europeus.
Segundo Perrenoud a avaliação “é uma invenção nascida com os
colégios por volta do século XVII e tornada como indissociável do ensino de massa
que conhecemos desde o século XIX “(PERRENOUD, 1999, P.9)
Com a obrigatoriedade da escolarização nos séculos seguintes, vai
se consolidando em conceito de avaliação que separa o ensino-aprendizagem de
avaliação o aluno é colocado como responsável pela sua aprendizagem e começa a
se usar os resultados da avaliação para classificar e dizer se o aluno será promovido
para o ano seguinte ou não.
Segundo LUCKESI, “a pratica escolar usualmente denominado de
avaliação, pouco tem haver com avaliação; ela constitui-se muito mais de provas e
exames do que avaliar “(LUCKESI , 1996, P.169)
Deve-se entender que a finalidade da avaliação é de ajudar o
professor a ensinar melhor o aluno e ampliar os seus conhecimentos, motivo pelo
qual devemos estar o tempo todo fazendo mapeamentos de como esta a
aprendizagem do nosso aluno.
A avaliação classificatória (somativa) ela tem a função da
classificação dos alunos, é realizado no final de um curso ou unidade de ensino,
classificando os estudantes de acordo como os níveis de aproveitamento
previamente estabelecidos.

É através deste tipo de avaliação que são fornecidos aos estudantes


feedback que informa o seu nível de aprendizagem .Esse tipo de avaliação possui
um caráter punitivo pois não leva em consideração de cada estudante tem um ritmo
de aprendizagem individual e com isso estabelece algum tipo de punição para os
que não atingem o resultado esperado , gerando muitas vezes reprovação ,
exclusão entre outras praticas punitivas. De acordo com Pedro Morales (2003, P.44)
a avaliação somativa (classificatória) é mais ou menos convencional o intuito é de
verificar a situação de aprendizado de cada um e que nota merece. (Pedro Morales
2003, P.44). Na atual legislação brasileira esse tipo de avaliação de aprendizagem
tem perdido força, pois na educação básica fundamentalmente, a legislação nos
indica a necessidade de uma avaliação processual e continua, na qual predominam
os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e nos quais os exames finais não
devem se sobrepor à avaliação feita durante o processo.
O momento em que a avaliação ocorre nos diz o tipo de avaliação
que estamos realizando, mais o que caracteriza o tipo de avaliação é a função que
ele desempenha.
A LDB, art.24 enfatiza a avaliação processual e contínua, a
avaliação qualitativa da aprendizagem, focando na avaliação formativa.
A avaliação formativa, ela confirma o que de fato foi aprendido, pois
é imprescindível conhecer as aprendizagens que o aluno já possui, e as que estão
em construção, esse processo faz parte da avaliação , esse é o ponto em que o
educador começa a reavaliar suas praticas docentes. Essa avaliação traz o aluno
como centro da sua formação, dentro desse processo temos também a auto
avaliação, aluno e professor precisam estar totalmente envolvidos nesse contexto,
os professores por exemplo devem trazer para suas aulas temas bem
interessantes , para que se tenha total atenção dos alunos , buscando sempre
mante–los motivados.
Para os grandes cientistas e pensadores, a avaliação formativa que
realmente tem valor acredita que o desempenho escolar é algo provisório e em
constante evolução. A avaliação formativa considera que o desempenho escolar não
é algo parado, considera que tudo que envolve a aprendizagem é algo que sempre
esta em evolução, ela não é uma avaliação que busca pontuação, ela se pauta nas
experiências do passado, presente futuro dos alunos buscando sempre tudo que
contribua para melhoria do ensino e aprendizagem, ela também pode ser entendido
como uma avaliação diagnostica, e uma avaliação inclusiva pois ela não descarta o
aluno , ela o mostra como melhorar e ser o autor do seu processo de
aprendizagem , ela garante uma troca constante e objetiva entre alunos e
professores, trazendo uma forma positiva de interação dentro do ambiente escolar,
colocando os estudantes como os verdadeiros protagonistas do seu processo de
avaliação, tornando-se realmente ativos.

2.2–HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

Conhecer a história da educação é de suma importância para


identificar os erros cometidos no passado e tentar não comete-los novamente, é
saber como foi moldado a educação para compreender como ela se situa no
presente e como ela será no futuro, portanto a compreensão do trajeto da historia da
educação é muito importante para a formação dos professores. É a partir do
conhecimento adquiridos na historia da educação, que se é possível entender de
onde surgiu a estrutura do ensino no Brasil, e relacionou a sua evolução nas
diferentes épocas até os dias atuais, conhecendo as relações positivas e negativas.
Tendo em mente tudo o que aconteceu no passado e possível saber os principais
marcos da historia da educação no Brasil.
Segundo Favaro “a história da educação pode ser entendido como
uma das fundadoras da Ciência da Educação” (Favaro,2011,P.01).
Para Nóvoa (1996) ao estudar o passado, deve-se analisar os
vestígios deixados foram estabelecidos em um espaço-tempo, visto que cada
momento histórico da educação atendeu a certos objetivos que eram
correspondentes, as visões de homem e de mundo, e assim eram constituídos as
relações entre fatos passados e presentes, “não como uma investigação do passado
em si, mas de indícios pelos quais o historiador interpreta o passado”
(ABBUD.2008,P.06).
Ao estudar o passado , para entendermos o presente não devemos
julgar como certo ou errado, nos resta compara-los e tirar o melhor do passado, pois
bem sabemos que sem o passado não conseguiríamos as mudanças no futuro. Para
os professores conhecer a história da educação é de extrema importância pois é
uma herança muito rica que nos foi deixados, a reflexão dos erros que não podem
ser cometidos acertos que devemos buscar, nos encontrarmos através da história da
educação; somente dessa forma é que se consegue diminuir os erros durante todos
esses anos.
Conforme Nóvoa (2005) que o mínimo que o educador deve ter é a
capacidade de [...] pensar a sua ação nas continuidades e mudanças do tempo
participando criticamente na renovação da escola e da pedagogia [...]. Mas também
não há história da educação sem um pensamento e um olhar especifico sobre a
realidade educativa e pedagógica (Nóvoa,2005,P.09).

2.3-CURRÍCULO ESCOLAR

No currículo escolar contem os conteúdos que devem ser


abordados no processo de ensino e aprendizagem e a metodologia utilizada pelos
diferentes níveis de ensino, o currículo é uma construção histórica e também cultural
que com o passar do tempo vai sofrendo transformações em suas definições.
O currículo deve ajudar na construção da identidade dos alunos,
deve ser ressaltadas as individualidades e o contexto social em que estão inseridos,
não devendo só focar e ensinar um determinado assunto mais deve provocar a
criticidade dos alunos e suas potencialidades.
As teorias tradicionais tem objetivo de preparar para aquisição de
habilidades intelectuais através de praticas de memorização, esse tipo de currículo
teve origem nos Estados Unidos e tem como base a tendência conservadora,
baseada nos princípios de Taylor, ele igualava o sistema educacional ao modelo
organizacional e administrativo das empresas, o Taylorismo queria a padronização
das regras no ambiente produtivo, trabalho repetitivo e com divisões especificas de
tarefas, as teorias tradicionais também seguiram essa logica no princípio do
currículo, então o currículo era visto como uma instrução mecânica em que os
assuntos eram impostos e deveriam ser ensinados pelo professor e memorizados
pelos alunos, com isso os alunos eram vistos como repetidores e a elaboração do
currículo era uma atividade limitada, burocrática e sem sentido e o professor era o
centro de tudo e não os alunos.
A teoria critica tem como principio de que não existia uma teoria
neutra, pois toda a teoria esta baseada nas relações de poder, elas estão baseadas
nas concepções Marxistas, também na teoria critica de Marx, Horkheimer, Theodor
Adorno, Pierre Bourdieu e Louis Althursser, para esses autores tanto a escola
quanto a educação reproduzem as desigualdades sociais que são constituídas na
sociedade capitalista, a desigualdade social impulsiona a saída de grande parte dos
alunos da escola sem mesmo aprender as habilidades das classes dominantes. O
currículo esta atrelado aos interesses e conceitos das classes dominantes então
percebe-se que o currículo é como um espaço de liberdade, um espaço cultural e
social de lutas.
A teoria pós critica do currículo surge nas décadas de 1970 e
1980 o currículo é conhecido como algo que produz a relação de gêneros,
criticava a desvalorização cultural e histórico de alguns grupos étnicos e os
conceitos de modernidade, como a razão e a ciência, nesse sentido era preciso
combater a opressão de grupos marginalizados e lutar por sua inclusão no meio
social. A teoria pós critica considerava o currículo tradicional como um
legitimador dos preconceitos que a sociedade estabelece.
Com tantas divergências entre as teorias curriculares a escola deve
pensar e discutir muito bem qual currículo deve ser adotado para que o objetivo
desejado seja alcançado, e ai é que entra o seu projeto politico pedagógico (P.P.P),
que vai fundamentar a pratica teórica da instituição e as necessidades dos alunos.

2.4-PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA SALA DE AULA


Na atualidade esta cada vez mais difícil estar em sala de aula,
os profissionais da educação precisa estar em constante formação buscando
novas aprendizagens, criando novas estruturas de ensino, proporcionando para
seus alunos um lugar de aconchego, segurança e um bom conhecimento. É um
trabalho significativo do educador que contribui para a permanência dos alunos
na escola.
O docente deve adotar uma proposta colaborativa, trocar com seus
pares pode melhorar o rendimento da sala, entender o perfil da turma para assim
saber o que e como trabalhar com ela, entendendo que cada turma se comporta de
uma maneira de acordo com as características e vivencias de cada aluno, as tic’s
devem ser usadas em favor do professor, elas devem ser apenas mais uma
ferramenta de apoio para o desenvolvimento das habilidades e competências dos
alunos. Cabe ao docente estar sempre em busca de novos conhecimentos e
maneiras de ensinar, isso ajuda a melhorar a prática pedagógica para que a falta de
interesse não prejudique o ensino-aprendizagem, seguir o seu próprio modo de dar
aula mas sempre observando da turma, os recursos devem trazer benefícios para o
aprendizado dos alunos.
A aprendizagem é o objetivo e as formas de se alcançar esta
meta são inúmeras e o que tem que se levar em conta é que as práticas
pedagógicas não são inflexíveis, as ações pedagógicas devem ser coerentes com
os objetivos a ser alcançados, com cada envolvido proporcionando a elaboração de
práticas educacionais favoráveis ao aprendizado.

2.5-DIDÁTICA
O trabalho do docente implica diretamente na socialização do
conhecimento, formação ética dos discentes e superar muitas dificuldades da
profissão. O docente está efetivamente ligado a formação dos cidadãos e a
formação ao mercado de trabalho, o docente é um agente transformador de
realidade e organizador do trabalho escolar, o professor é uma das figuras mais
importante de todo o processo educativo. O professor tem a capacidade de planejar
e executar o ensino de forma a contribuir para que a aprendizagem ocorra de forma
efetiva e significativa em seus alunos segundo a ideia de Azzi, in: Pimenta,
2000,P.43. [...] O saber pedagógico é o saber que o professor constrói no seu
cotidiano de trabalho e que fundamenta sua açao docente, ou seja, é o saber que
possibilita ao professor interagir com seus alunos na sala de aula, no contexto da
escola onde atua. A prática docente é simultaneamente expressão desse saber
pedagógico construído e fonte de seu desenvolvimento.
O professor hoje em dia assumiu o papel de mediador do
conhecimento, ele da espaço para que o aluno receba as informações para que ele
possa questiona-los e pensar por si só, dessa forma o professor desempenha um
papel primordial na educação e seu trabalho também é uma pratica social. O
professor é um aliado importante na construção de uma sociedade melhor, pois ele
ajuda a formar os cidadãos.
3-CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho foi abordado sobre as temáticas relevantes do


presente semestre, foram abordados temas de como se deu as concepções sobre
as avaliações classificatórias e formativas; qual a importância de tais avaliações no
processo de ensino-aprendizagem, foi tratado sobre a história da avaliação e como
esse conhecimento pode leva-lo a não repetir os erros do passado, e a importância
das modificações educacionais durante todo a trajetória da educação do
passado até os dias atuais.
Sobre o currículo escolar foi possível entender como este foi se
modicando ao longo do tempo, nos faz perceber que em se tratando de currículo as
instituições do ensino deve discutir bem qual se encaixa melhor dentro de seu
projeto politico pedagógico para que se atenda adequadamente as práticas teóricas
a as necessidades aos alunos.
Na prática pedagógica foi trabalhado como o trabalho do
professor pode ser efetivo para o sucesso e para o fracasso educacional, foram
mostrados as formas que o professor deve buscar para evolução de suas praticas
pedagógicas através do conhecimento e dessa forma conseguir acabar com a falta
de interesse dos alunos. Ainda dentro desta temática, tratou-se de como o professor
por meio de uma didática correta consegue ser o mediador do desenvolvimento e
aprendizado de seu aluno.
Este trabalho foi muito importante para a mina compreensão do
que se faz necessário que eu conheça para a minha formação como futura docente.
REFERÊNCIAS

Site http://www.educacaoliteratura.com.br/index%2092.htm Acesso 07.mar.2021.

Site http://www.periodicos.unibave.net/index.php/cienciaecidadania. Acesso


07.mar.2021.

LUCKESI, Carlos Cipriano. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 3ed São Paulo:


Cortez, 1996.

MORALES, Pedro. Avaliação Escolar: o que é, como se faz. São Paulo. Loyola,
2003.

https://blog.jovensgenios.com/taxonomia-de-bloom-na-avaliacao-dos-alunos/ Acesso
07.mar.2021.

http://educacao.imagine.com.br/caracteristicas-da-avaliacao-formativa/ Acesso
14.mar.2021.

https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2080/por-que-o-educador-precisa-estudar-
historia-da-educacao Acesso 22.mar.2021.

FAVARO, M.R.G. O ensino da história da educação no curso de pedagogia da


universidade estadual de Londrina.

NÓVOA, Antônio. História da educação: percursos de uma disciplina.


Lisboa/Portugal.Universidade de Lisboa. Texto traduzido em 1996.

https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/teorias-curriculares.htm
Acesso 29.mar.2021.

https://www.infoescola.com/educacao/teorias-do-curriculo/ Acesso 29.mar.2021.

https://www.aeducacaonosmove.com.br/ Acesso 16.abr.2021.

https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/ Acesso 29.abr.2021.

AZZI, S. Trabalho docente: autonomia didática e construção do saber pedagógico.


In: Pimenta, S.G.(org) Saberes Pedagógicos e Atividades Docente. São Paulo:
Cortez, 2002.

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