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ÁCIDO HIALURÔNICO E SEU USO TÓPICO

Fernanda da Silva de Quadros¹; Larissa Antonela¹; Rhendrica Alérico Tomazini¹; Ana Paula
Konrad¹; Natally Marchioro Drai²; Roseni Bortolon Grassi De Carli²;

¹Acadêmicas do Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade


Paranaense – Unipar – Unidade Universitária de Francisco Beltrão, e-mail:
fernanda.quadros@edu.unipar.br
² Orientadora, Professora do Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética da
Universidade Paranaense – Unipar – Unidade Universitária de Francisco Beltrão.

Introdução:
O envelhecimento é um processo natural do organismo, inclusive da pele, ele surge por
alterações estruturais, físicas, químicas e funcionais. Coincidem também fatores ambientais e
socioculturais, como qualidade e estilo de vida (alimentação, sedentarismo, rotina) que irão
resultar em um envelhecimento sadio, ou patológico. (SANTOS et al., 2009)
O ácido hialurônico é um composto glicosaminoglicano, constituído de ácido glucurônico
e podemos encontrá-lo na matriz extracelular da pele, é algo natural do nosso organismo porém
conforme envelhecemos a produção desse ácido irá diminuindo gradativamente e por causa dessa
diminuição acaba surgindo as famosas rugas.  Podemos repor o ácido hialurônico em nosso
organismo com hidratação e restauração da pele facial e assim ter um efeito antienvelhecimento. 
O Astro hialurônico tem sido utilizado há mais de uma década na indústria de Cosméticos, com
preenchimento de rugas, sulcos entre outros. Conforme pesquisas histológicas, este composto é
absorvido gradativamente ao longo dos meses pelo nosso organismo. (FERREIRA et al., 2016)

Objetivo:
Realizar um levantamento bibliográfico sobre os benefícios do uso tópico de ácido
hialurônico.

Desenvolvimento:
A pele se divide em duas camadas: epiderme e derme, na epiderme 95% são considerados
células denominadas como queratinócitos, os quais produzem queratina que é uma proteína
fibrosa, que tem por função a característica de dar firmeza a pele, rigidez, elasticidade e
impermeabilização da água. Já os outros 5% se dividem em: camada basal, espinhosa, granulosa e
córnea, melanócitos, células de Langherans, e Merkel. (BARCAUI et al., 2015) A epiderme é
responsável pela barreira cutânea da pele, contém células compactadas e cimentadas entre si.
(AGOSTINI et al., 2010)
Na derme os principais componentes são fibroblastos, células dendríticas dérmicas,
mastocitos e macrófagos. Entre os componentes extracelulares encontra-se fibras de colágeno e
elastina, e também uma substancia fundamental, amorfa, (BARCAUI et al., 2015) que é formada
por glicosaminoglicanos, proteoglicanos, glicoproteínas, água e íons. Com o passar do tempo e
falta de cuidados a uma redução de sua síntese, o que vem a desencadear alterações como
desidratação cutânea seguida de linhas e rugas. (AGOSTINI et al., 2010)
Entre essas duas camadas existe a membrana basal, é uma rede de macromoléculas que
liga queratinócitos da camada basal às fibras de colágeno na derme papilar. Já o tecido
subcutâneo, ou hipoderme é constituído por células adipócitos, onde os lóbulos de gordura se
separam através de septos fibrosos. (BARCAUI et al., 2015)
A pele reage ao tempo com modificações, sendo um relógio cronológico do corpo, pode
passar por dois tipos de envelhecimento, o intrínseco (natural) e o extrínseco (exposição), e tudo
depende dos cuidados diários de cada pessoa, como exposição solar exagerada e sem proteção,
ingesta inadequada de água e alimentação, a não utilização de protetor, falta de atividades físicas,
entre outros. (AGOSTINI et al., 2010)
Conforme o aumento do tempo da vida, assim como o corpo, organismo em geral, a pele
perde algumas funções, sofrendo algumas alterações significativas em sua estrutura como na
junção epiderme-dérmica e em anexos epidérmicos. As linhas de expressão, rugas ocorrem por
alterações no tecido conjuntivo o qual atua como alicerce estrutural para epiderme, formando
mudanças externas. (COUTO et al., 2007)
O ácido hialurônico é uma molécula carregada negativamente e possui uma alta
capacidade de ligar-se a molécula de água formando um bloco coeso com grande força para
Preencher as rugas. (MORAES et al., 2017)
Ao devolver o ácido hialurônico nas camadas internas da pele se restabelece o equilíbrio
hídrico, filtra se e regula se a distribuição de proteínas dos tecidos e compõem se um ambiente
físico no qual ocorre o movimento das células e isso contribui para a melhora e elasticidade da
pele, removendo rugas e realçando o volume facial. (MORAES et al., 2017)
O ácido hialurônico vem com a proposta de minimizar essas alterações causadas na pele,
quando ocorre a diminuição na produção deste ativo, acontece uma perda hídrica onde é possível
notar linhas de expressão e até mesmo rugas. (AGOSTINI et al., 2010)
Tem como funções hidratação, lubrificação e estabilização desses meios. Há também
alguns fatores que interferem na produção natural do ácido hialurônico na pele, como a
temperatura que é importante para o crescimento celular, o Ph que tem papel fundamental na
biomolécula e que, através de estudos tem-se que a uma melhor síntese em Ph 6,7. (MORAES
et al., 2017)

Conclusão:
A partir desse levantamento referencial tem se uma visão mais ampla da importância do
ácido hialuronico na pele, como acontece sua síntese no organismo pode escrever o que acontece,
resumidamente . O uso tópico, o qual muitas vezes é confundido com o de fator oleosidade, que é
algo totalmente diferente água e óleo, como o tecido cutâneo necessita desse equilíbrio para
manter sua estrutura, e assim evitar inclusive linhas de expressão e até rugas profundas.

Referências:

AGOSTINI, T. et al. ÁCIDO HIALURÔNICO: PRINCIPIO ATIVO DE COSMÉTICOS.


Disponível em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Tatiane%20Agostini.pdf Acesso em: 15 Jun. 2020.

BARCAUI, E. et al. Estudo da anatomia cutânea com ultrassom de alta frequência (22 MHz)
e sua correlação histológica. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-
39842015000500324&script=sci_arttext&tlng=pt Acesso em: 25 Jun. 2020.

COUTO, J. et al. ESTUDO DO ENVELHECIMENTO DA DERME E EPIDERME -


REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Disponível em:
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2007/trabalhos/saude/epg/EPG00392_01O.pdf Acesso em:
10 Jul. 2020.

FERREIRA, N et al. USO DO ACIDO HIALURONICO NA PREVENÇÃO DO


ENVELHECIMENTO FACIAL. Revista Científica Unilago. Disponível em:
http://unilago.edu.br/revista/edicaoatual/Sumario/2016/downloads/33.pdf Acesso em: 10 Jun.
2020.

MORAES, B. et al. ÁCIDO HIALURÔNICO DENTRO DA ÁREA DE ESTÉTICA E


COSMÉTICA. Revista Saúde em Foco – 9. ed. 2017. Disponível em:
http://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-
content/uploads/sites/10001/2018/06/062_acidohialuronico.pdf Acesso em: 08 Jun. 2020.

SANTOS, F. et al. ENVELHECIMENTO: UM PROCESSO MULTIFATORIAL. Disponível


em: https://www.scielo.br/pdf/pe/v14n1/a02v14n1.pdf Acesso em: 03 Jul. 2020.

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