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Sumário

CAPITULO 1 REFLEXOS PRIMITIVOS ....................................................................... 3


CAPITULO 2 DESENVOLVIMENTO MOTOR NORMAL ............................................. 9
CAPITULO 3 RN DE RISCO ...................................................................................... 22
CAPITULO 4 PATOLOGIAS ..................................................................................... 27
CAPITULO 5 ATIVIDADES CRIATIVAS .................................................................... 43
CAPITULO 1
REFLEXOS PRIMITIVOS
Reflexos primitivos são reflexos originados do sistema nervoso central que são
presentes em crianças novas, especialmente bebês, mas não em adultos com
sistema nervoso intacto. Estes reflexos desaparecem ou são inibidos pelos
lóbulos frontais à medida que a criança se desenvolve pela maturação do
cérebro pela mielinização, arborização e formação das sinapses das células
nervosas, com crescente controle voluntário de cada uma das atividades com
estes reflexos relacionadas.
Na criança a falta de amadurecimento ou desaparecimento de tais reflexos
pode significar a existência de lesões cerebrais. O mesmo se dá para adultos
que retornem a adquiri-los. Daí sua importância na pediatria e na neurologia.

Uma listagem dos reflexos primitivos inclui:


• Reflexo de preensão palmar e plantar (comumente chamado de reflexo
preênsil), relacionado com o reflexo plantar
• Reflexo de busca
• Reflexo de sucção
• Reflexo de Babinki
• Reflexo tônico cervical assimétrico (RTCA)
• Reflexo de Moro
• Reflexo da marcha automática
• Reflexo de Galant
• Reflexo de escada
• Reflexo de fuga
• Reflexo de olho de boneca
• Reflexo tônico labiríntico
• Reflexo tônico cervical de retificação
• Reflexo positivo ou de suporte apoio plantar
• Reflexo de Propulsão
• Reflexo/Reação de landau
• Entre outros....
Pressionar a face
0–3 palmar da mão do A resposta é a flexão
Reflexo de meses RN com o dedo do dos dedos. A
pressão palmar examinador resposta deve ser
simétrica

0–7 Pressionar a face A resposta é a flexão


Reflexo de meses plantar do pé do RN dos dedos. A
pressão plantar com o dedo do resposta deve ser
examinador simétrica

Estimular os lábios
do RN em várias A resposta esperada
posições (direita, é a abertura da
Reflexo de 0–2 esquerda, acima e boca, desvio da
busca meses abaixo) com o dedo cabeça e
enluvado do movimentação da
examinador língua em direção ao
estimulo

Provoca
movimentos
O toque dos lábios involuntários de
da criança com o abertura da boca a
Reflexo de 0–3 dedo enluvado pressão do dedo. A
sucção meses língua reage em
forma de cânula e
faz movimentos
ondulatórios
anteroposteriores

0–6 Firme estimulo tátil Caracteriza-se por


Reflexo de Meses é aplicado na lateral uma extensão do
Babinski do pé hálux e os outros
dedos do pé
afastam-se entre si

Com RN em A resposta normal é


decúbito dorsal a extensão dos
Reflexo Tônico 0–2 manter o tronco membros do lado da
Cervical Meses centrado e face e a flexão dos
Assimétrico promover a rotação membros do lado
e manutenção da occipital. A resposta
cabeça para um dos pode ser parcial ou
lados completa
O RN faz extensão
de membros
Com o RN em superiores com
posição supina vai abertura de dedos e
tracionar levemente extensão de
Reflexo de 0 – 4 o RN pelos braços a membros inferiores.
Moro Meses poucos centímetros Após essa reação é
do leito e soltar os seguida da face do
braços permitindo braço que é quando
que RN retorne ao ele fica como se
leito tivesse tentando
agarrar alguma coisa
seguida de choro.

Desencadeará
Reflexo de 0–2 Após endireitar o movimentos
Marcha Meses tronco, inclinar sucessivos de
automática levemente a criança marcha dos
para frente membros inferiores
de modo simétrico

Realizar um A resposta obtida é


estimulo cutâneo o encurvamento do
Reflexo de 0–2 com o dedo no tronco com a
Galant Meses sentido longitudinal concavidade para o
a 3 cm ao lado da lado estimulado. A
linha media resposta deve ser
vertebral desde a simétrica. Testar os
coluna lombar até a dois lados
cervical

É desencadeado por Observa-se elevação


estimulo tátil do do pé como se
Reflexo de 0–2 dorso do pé estivesse subindo
escada Meses estando o bebe um degrau de
seguro pelas axilas escada
Avaliado colocando Em alguns segundo
a criança em o RV deve virar o
Reflexo de fuga 0–2 decúbito ventral no rosto liberando o
Meses leito, com a face nariz para respirar
voltada para o normalmente
colchão

O RN fica reclinado
nos braços do Os olhos
examinador e faz permanecem na
Reflexo Olho 1–3 rotação lateral da posição inicial, não
de boneca Meses cabeça e tem que acompanha a
mantê-la na posição cabeça.
por alguns
segundos

Examinador leva a Na posição prona,


criança suavemente ocorre aumento do
para a posição tônus flexor de
Reflexo tônico 1–4 prona ou supina braço, pernas e
labiríntico Meses sobre uma quadris. Em supino,
superfície (a própria ocorrerá aumento
posição é o do tônus extensor
estimulo para de braço, pernas e
desencadear o quadris.
reflexo).

Reflexo cervical 0–3 É obtido virando a O corpo vai todo


de retificação Meses cabeça do bebê para o mesmo lado
para um lado que virou a cabeça

Segura a criança
pelo tronco com as
Reflexo 0–2 duas mãos, corpo
positivo de meses fica inclinado para Extensão do MMII
suporte ou frete, apoiar o
apoio plantar calcanhar em
superfície plana e
rígida
Consiste no
Reflexo de 0–2 Coloca o bebe em deslocamento para
propulsão meses decúbito ventral frente e tem apoio
no dorso dos pés

Primeiro ergue a
Levanta a criança de cabeça, de maneira
Reflexo/Reação 4–6 bruços da mesa, que a face esteja
de landau meses apoiada apenas numa posição
com a mão do vertical, após esta
examinador sob o elevação da cabeça
tórax ocorre uma
extensão tônica da
coluna e membros
inferiores

Se acontecer uma
extensão de cervical,
vai acontecer uma
Realiza através de extensão de
estimulo visual, membros superiores
Reflexo tônico 2–6 pode fazer um e em flexão de
cervical Meses estimulo auditivo membros inferiores
simétrico ou também pode (gato olhando para
realizar o lua) se faz uma
movimento passivo flexão de cervical,
no bebê flexão de membros
superiores e
extensão de
membros inferiores
(gato bebendo leite)

O bebê utiliza a
Bebê Já possui própria orientação
controle de cervical espacial para realizar
Reação 4–6 e começa a se o movimento, passa
labiríntica de meses movimentar com a a ter noção do corpo
retificação cervical alinhada em relação ao
com o corpo espaço e ela utiliza
disso para manter a
simetria
Testa sentado 6 meses:
A porque já tem uma anteriorização dos
Reação de partir função muscular braços; 8 meses:
paraquedas dos 6 para realizar o lateralização dos
meses movimento braços;
‘’empurrão’’ para 10 meses
ele reagir posteriorização dos
braços

Estimula-se a planta Observa-se flexão e


Reação de 0–2 do pé do membro abdução seguida de
extensão Meses em extensão extensão e adução
cruzada mantido pelo do membro oposto
examinador
CAPITULO 2
DESENVOLVIMENTO
MOTOR NORMAL
O desenvolvimento motor, é estudado para entender as mudanças que
ocorrem no comportamento humano durante as várias fases da vida desde o
nascimento, e assim, conhecer os fatores que interferem neste processo. É
importante conhecermos o desenvolvimento motor normal para conseguir
diagnosticar anormalidades e entrar com a intervenção adequada. Existe uma
sequência previsível de crescimento e maturação no desenvolvimento motor
normal da maioria das crianças, porém, mesmo tendo esta sequência prevista,
cada criança tem padrões e ritmos individuais o que não significa que estejam
com atraso no desenvolvimento motor normal.
Os principais fatores que interferem no desenvolvimento motor são:

• Baixo peso ao nascer


• Distúrbios cardiovasculares, respiratórios e neurológicos
• Infecções neonatais
• Desnutrição
• Baixas condições sócio-econômicas
• Nível educacional precário dos pais
• Prematuridade
• Exploração do Ambiente
• Estímulo Externos
A seguir veremos todas as etapas do desenvolvimento motor normal:
DESENVOLVIMENTO atitudes, aparecem com mais frequência
quanto estão em supino.
MOTOR NORMAL
Sentado
0 – 20 dias de vida
Cabeça pendendo para frente e ampla
O recém-nascido em repouso cifose tóraco-dorsal quando colocado
sentado. MMSS pendem livremente e
Apresenta uma postura simétrica com MMII em FL, ABD e RE.
predomínio do padrão flexor de tronco e
membros em todas as posturas, •Sem movimentos antigravitacionais de
decorrente da predominância do tônus de MMSS, MMII ou abdominais quando
hipertonia flexora fisiológica. . puxado para sentar.]
De pé
Em supino
Mantém o peso do corpo quando
A cabeça encontra-se lateralizada, suspenso devido à reação positiva de
ombros elevados e com adução, MMSS apoio
em flexão. Os pés em pequeno contato
com a região do calcanhar, quadril •Marcha automática
rodada externamente e abduzida e os
joelhos fletidos. 1° mês de vida
Com a maturação do sistema nervoso
e com a influência da reação labiríntica
de retificação, a hipertonia fisiológica
diminui gradativamente. .
Em supino
a cabeça voltada para um dos lados;
consegue trazer a cabeça na linha
media, quando estimulada; ombros
Em prono elevados e protraídos; cotovelo
semifletidos ou fletidos com pronação;
Mantem o padrão postural em flexão,
cabeça voltada para um dos lados, mas
punho em posição neutra e mãos
pode ergue-la por alguns segundos, a fim fechadas ou abertas. Em MMII pernas
de liberar as vias aéreas superiores e semifletidas, abduzidas com rotação
para aliviar o peso corporal da face. externa; Pés movimentam-se livres.
. Nessa idade o bebe comunica-se com
choro e com movimentação
espontânea.

O recém-nato apresenta marcha


automática que desaparecerá por volta
dos 8° semana. Os bebes recém-natos
não são passivos. Geralmente mexem-se
enquanto estão acordados, através de
movimentos espontâneos de pequenas
Em prono • Marcha automática ou ausência
Predomínio da postura flexora, coluna
arredondada, ombros elevados e
protraídos, cabeça voltada para lados. 2° mês de vida
Se colocá-lo de pé sustentado pelas o bebe já passou por um processo de
axilas, apresenta apoio plantar e grande adaptação ao novo ambiente. O
marcha automática presente. tônus começa a diminuir e a reação
labiríntica de retificação está mais ativa. .

Em supino
Apresenta atitude assimétrica,
ocasionalmente com comportamento
motor em RTCA (reflexo tônico cervical
assimétrico), quando o organismo
neuromotor experimenta a dissociação
dos movimentos entre os dimídios
corporais. A cabeça está na linha média
e apresenta movimentos com os mesmos
padrões motores do 1° mês, porém com
Nos primeiros 4 meses, o bebe maior amplitude.
permanece na postura em que é
colocado e cabe ao cuidador, no
decorrer do dia, fazer-lhe as mudanças
de posição necessárias para que
receba os estímulos sensoriais nas
diversas posturas.
Sentado
•Puxado para sentar:
–Nenhum controle flexor cervical,
porém mais alerta
Em prono
–Tentativas para manter cabeça na
vertical eleva a cabeça e mantem mais ou menos
a 45°, podendo vira-la para ambos lados.
–Menor flexão dos MMII
Quando acordado e ativo faz movimentos
•Sentado com suporte: de flexoextensão com as pernas de
forma dissociada. De pé, suspenso pela
–Cabeça flete com tentativas para axila, apresenta reação de apoio plantar
manter (atividade do sistema vestibular e marcha automática presente.
e visual)
–Cifose total com pelve perpendicular
(descarga de peso nos isquios)
De pé
MMSS aumentam atividade em
extensão durante esforço
•Quadris fletidos e posterior aos
ombros
Sentado mantem a cabeça na linha média, leva as
mãos ate a linha média; brinca com as
Menor atraso na cabeça quando mãos, leva-a a boca, mantendo o foco
puxado para sentar visual nas mesmas; segura os
•Cifose total da coluna brinquedos colocados nas mãos, pela
presença do reflexo de preensão palmar,
•Sentado mantém a cabeça elevada mas não consegue solta-los. Os
com movimentos para frente e para movimentos são realizados de forma
trás mais harmoniosas e com maior
amplitude.
De pé
Em prono
Astasia e abasia
•Cabeça elevada em hiperextensão
•Melhor controle de cabeça que
sentado (elevação ombros)
•Quadris atrás dos ombros

faz apoio dos cotovelos, eleva a cabeça


a 90°, mantendo-a durante bastante
tempo. Suspenso pelas axilas, não
suporta o peso corporal nos membros,
iniciando a fase de astasia. (Período em
que o bebe não suporta o peso corporal
nos MMII, voltando um pouco no 5° mês,
podendo no 8° mês suportar todo o peso
3° mês de vida corporal, ficando em pé). Nesse mês,
apresenta o reflexo de moro.
O desenvolvimento está intimamente
ligado a exploração do próprio corpo, Sentado
principalmente com as mãos, colocando-
as na boca.

Em supino
•Quando puxado para sentar 4° mês de vida
–Menor atraso na flexão da cabeça
–Elevação dos ombros o bebe adquire extensão total de
cotovelo para alcançar objetos. Mãos
•MMSS começam a ajudar no abertas quanto tentam pegar um objeto.
movimento
Em supino
•Pode ou não haver sinergia entre
flexores cervicais, abdominais e
flexores dos quadris MMII em ABD e
RE
•Controle de cabeça sentado com
adução escapular
De pé

Mantem a cabeça na linha média, faz


elevação das pernas e braços contra a
gravidade.

Em prono

•Sustenta peso melhor em abdução


•Controle cervical com menos
hiperextensão e menos elevação dos
ombros
•Tônus de MMSS e escápula auxiliam Eleva a cabeça, mantendo-a elevada
no controle de tronco enquanto houver motivação, adquire o
controle cortical, faz apoio os braços com
•Reflexo de preensão plantar presente extensão de cotovelos. Intensifica a
transferências de peso entre os dimídios.
Nesse mês, a etapa neuroevolutiva mais
importante é o apoio de braços com
extensão de cotovelo e ganho de
extensão de quadril. Diminuição da
hipertonia flexora.
O reflexo de preensão plantar está quase
inibido, vira a cabeça para um lado,
virando todo seu corpo em bloco para o
mesmo lado, o que faz com que comece
a receber informações sensoriais dos 5° mês de vida
dois dimídios corporais.
o bebe já se movimenta
Sentado intencionalmente. Quando é puxado
Puxado para sentar: para sentar, o bebe realiza uma flexão
e eleva a cabeça com o queijo para
–Boa fixação visual no examinador dentro.
–Atividade flexora antecipatória
(cabeça, MMSS, MMII)
Em supino
•Quando sentado
–Se usa ADD escápula p/ equilíbrio
limita alcance
–Falta coordenação MMSS para
alcance
–Brinquedo colocado na mão boca p/
brinquedo
–MMII em anel aumentam base de
apoio
Apresenta movimentos livres de
De pé
cabeça, mantendo-a na linha media
Suporta peso com maior controle voluntariamente segura os pés com os
joelhos semifletidos, podendo levar a
•Pode ser segurado pelos braços boca dentro do seu campo visual,
•Melhor controle cervical de pé que alcança objetos.
sentado Em prono
•ADD escápula reforçando padrão
extensor
–Quadríceps forte (trava joelho em
extensão) e início contração glúteo
máximo
– Extensão quadril contribui para
lordose lombar
–Maior ADD MMII; RE ainda presente
–Preensão plantar por falta de
estabilidade proximal Rola pra supino, brinca de voar,
fazendo extensão total de corpo e dos
membros, faz movimentos de “pisotear”
e vai rodando em torno do eixo corporal
na tentativa de pegar o objeto. Quando
faz apoio de cotovelo com um braço e
o outro tenta pegar o objeto.
A etapa – chave do 5° mês é a
aquisição do rolar na postura de prono
para supino.
Puxado para sentar 6° mês de vida
–Cabeça não atrasa, pode elevar os o componente de controle motor sobre o
ombros discretamente para ajudar a padrão flexor para vencer a ação da
estabilizar cabeça gravidade se completa, a criança
consegue manter os quatro membros em
–Antecipam o alcance para ser puxado
extensão e a cabeça em flexão.
–Preensão ativa nas mãos do
examinador
Em supino
–Flexão cotovelos
–MMII: flexão quadris, joelhos e DF
tornozelos
Sentado
–Boa postura sentado se segurado
pelas mãos ou tronco
–Mínima mobilidade rotacional
–MMII em FL, leve ABD e RE quadris,
joelhos fletidos
–Mantém-se brevemente sozinho c/ Faz elevação de pernas com extensão
MMSS apoiados frente de joelhos, segura os membros inferiores
em extensão preparando o sentar, rola
De pé de supino para prono e faz ponte.
Realiza preensão voluntária, arrasta para
•Mantém a postura ereta quando
trás, brinca de bater o bumbum no solo.
segurado Em prono
•Quadris ainda não alinhados com os
ombros
•Suporta o peso do corpo nos MMII
•Alterna entre extensão e flexão de
joelhos (ativa e desativa quadríceps)
•Extensores lombares ativos, sem
atividade abdominal (aumentam
lordose)

rola para os dois lados, arrasta-se para


trás, faz dissociação dos membros
inferiores. A etapa neuroevolutiva mais
significativa do 6° mês é o bebe
conseguir permanecer sentado quando
colocado e fazer flexão de cabeça
ativamente conta a gravidade.
Sentado Em prono

De pé Arrasta-se mais para trás do que para


frente, passa de pronto para sentado
•Suporta completamente o peso nos
quando quer pegar algum objeto,
MMII
estende o membro superior para pegar o
•Tronco ainda inclinado p/ frente objeto e flexiona o inferior. Apresenta
força muscular de extensão de quadril controle de tronco e de quadril suficiente
incompleta para sentar sozinho. Se colocado em pé
e mantido segurado pelas axilas, toma
•Pode ser segurado pelo tronco ou peso dos membros inferiores com base
pelas mãos alargada. No final do 7° mês começa a
fazer transferências de peso na lateral,
•Alterna entre extensão e flexão dos adota a postura de gatinhas.
joelhos
Sentado
7° mês de vida
•Senta-se a partir de quatro apoios
a criança tem a capacidade de passar
•Ao ser puxado para sentar:
ativamente de deitado para sentado, fica
na postura de quatro apoios e já possui –Flexão cabeça ativa
controlo de tronco.
–Puxa-se ativamente com os MMSS
Supino
–Contração abdominal, flexão quadris,
joelhos em extensão, pés em flexão
plantar

•Senta-se de forma independente


•Lordose quando sentado
•ROT cabeça inicia ROT tronco
•Manipula objetos diferentes c/ 2 mãos

•Passa de sentado p/ quadrúpede ou


prono
Arrasta-se para trás, rola para prono, não
gosta de ficar em supino, passa para De pé
sentado e manipula objetos.
•Suporte total de peso
•Puxa-se para de joelhos a partir de
quadrúpede
•Passa para de pé usando as mãos para De pé
se puxar com extensão simétrica dos
MMII ou passa por semi-ajoelhado.
•Balança

8° mês de vida
o bebe já consegue sentado, passar
ativamente para os dois lados. Na
posição sentado pode ajoelhar-se se tiver
com a mão apoiada. Faz transferências
da postura de sentado, de gatas,
engatinhando e de pé com apoio. A
etapa neuroevolutiva marco do 8° mês é Andar
a aquisição do gatinhas, podendo
manifesta-se em qualquer semana do
mês. O importante é que o bebe adquira
a postura de quatro apoios até o final
desse mês.
Prono

•Anda para frente quando segurado pelas


mãos:

–Sem rotação pelve


–MMII usam planos frontal e sagital
–Muita abdução e RE quadris

Sentado
9° mês de vida
O bebe brinca com todas as atividades
motoras que adquiriu até o momento.
Passa de sentado para prono, fica de
gatinhas, não permanece em prono nem
em supino quando está em atividade,
engatinha com rapidez, com rotação de
tronco, passa para pé, usando o meio
ajoelhado, fica de pé com apoio. No 8° e
9° mês, o bebe aprimora todas as
atividades, ativando reações de proteção,
retificação e equilíbrio. Quando de pé, já
consegue transferir todo o peso do corpo
para os MMII, entretanto, colocar as
mãos nos móveis ainda é necessário.
Sentado Puxando para de pé

•Faz muito esforço p/ puxar-se p/ de pé


•Começa a experimentar o abaixar-se a
partir da posição de pé transfere o
peso demasiadamente para os quadris
neste movimento
•Manipulação de um brinquedo mais
importante que manutenção do equilíbrio
perda do equilíbrio

Quadrúpede

Andar para os lados


•Apoio dos MMSS ainda é importante
•Melhor controle dos MMII no plano
frontal abd com menos flex quadril e
mais extensão joelhos
•Começa a desenvolver controle no plano
•Engatinha com padrão reciprocado de transversal rotações
extremidades, contra rotação de tronco
De joelhos
•Brinca na postura de joelhos

–Usa quadríceps p/ elevar tronco


–Extensão quadril auxiliam
- Flexores quadris mais fortes
-Mantém postura semi-fletida.
•Pode brinca semi-ajoelhado
An•Marcha com apoio
–Eleva os MMSS e realiza adução
escapular facilita extensão da coluna e
anteversão pélvica
–Ombros em linha com os quadris devido
à extensão lombar e anteversão da pelve
–Ampla base de suporte ABD + RE
–Compensa a falta de extensão de •Consegue baixar-se da postura de pé
quadril com anteversão de pelvedar para
frente. •Agacha simetricamente segurando-se
com as duas mãos
10° mês de vida •Tentativas de alcance estimulam os
Começa a ficar em pé sem apoio, realiza mecanismos de “feedforward”.
transferências de peso laterais, fazendo Andar de lado
um ensaio para a marcha espontânea.
Engatinha, passa de gatinhas para •Consegue olhar na direção para onde
sentado, passa de sentado para prono, está indo
engatinha com o padrão de movimentos
•Pode conseguir andar segurando-se
cruzados, fica de pé e abaixa-se com
com apenas uma mão
apoio, anda lateralmente com apoio.
Quando chamado, vira-se para trás, •Habilidades de planejamento motor
aumenta a base de sustentação. permitem mudar a direção do andar
Sentado
•Aumentam as habilidades motoras finas
– muita exploração tátil e visual
•Imita gestos
•Postura sentada estática é rara

•Consegue sentar em “long sitting”, side


sitting ou em “W”
•Pode engatinhar carregando dois
brinquedos nas mãos desenvolvimento
dos arcos palmares
Marcha com apoio
Engatilhar e puxar-se para de pé
•Pode andar segurando em apenas uma
•É a principal atividade nesta fase mão

•Ao encontrar diversos obstáculos no •Encontra estabilidade usando adução


caminho o bebê desenvolve escapular, extensão de tronco e
planejamento motor e habilidade para anteversão da pelve
resolução de problemas
•Demonstra bom controle de dissociação
pélvica quando fica semi-ajoelhado
•Pode conseguir ficar ajoelhado sem
apoio
•Ao puxar-se para de pé:
–MMII bastante ativos. Usa o semi-
ajoelhado
–MMSS usados mais para o equilíbrio
que para controle
De pé
•Usa músculos dos MMII podendo
conseguir ficar de pé sem suporte dos
MMSS.
11° mês de vida
É um mês de poucas aquisições
motoras, entretanto aprimora-se a
linguagem dia após dia, anda
lateralmente com apoio, consegue para
em pé com apoio por um período curto
de tempo, ativando reações de proteção,
retificação e equilíbrio e da um passo
quando consegue fica de pé sozinho com
a base alargada, faz estabilização dos
tornozelos quando fica na ponta dos pés
para alcançar algum objeto, podem Agachado
apresentar marcha espontânea nesse
•Pode brincar na postura agachado
mês.
•Passa para de pé a partir do agachado
Sentar
forte preensão plantar pode
•Pode permanecer quieto nesta postura acompanhar esta transição aumenta
quando concentrado em atividades que estabilidade MMII
mimetizam atividades familiares vestir-
•Pode retornar para acocorado bom
se, comer
controle de quadríceps e glúteos
•Liberdade para assumir posições
variadas ao sentar
•Pratica bastante flexão lateral quando
sentado
•Rotação de tronco controlada
Engatilhar
•Principal meio de locomoção

•Atenção com o esquema corporal (entra


e sai em caixas, por baixo de cadeiras,
etc)
•Usa contração sinérgica de glúteos e
quadríceps para alcançar postura de
joelhos sem apoio
Puxar-se para em pé
Escalar
•Utiliza posição de joelho, semi-
•Gosta de escalar móveis e descer ajoelhado, acocorado
necessita supervisão
12° mês de vida –Passos pequenos

Bebe pode levantar para ficar em pé e –Curta fase de balanço


dar alguns passos, ainda inseguros –Ampla base de apoio
devido a imaturidade das reações de
equilíbrio. No início desse mês, anda –Sem balanço dos MMSS
com apoio só com umas das mãos,
abaixa-se sozinho, pode ficar parado
com apoio, brinca sem apoio na posição
meio ajoelhado e meio sentado no
calcanhar. No final desse mês, anda
sozinho.
Transições do sentar

•Transfere-se facilmente para


quadrúpede, ajoelhado, agachado e de

Utiliza de forma consistente rotações de


tronco para as transições do sentar para
gatas
•Boa mobilidade lombar, quadris, joelhos
e tornozelos
•Anda independente, porém prefere o
engatinhar quando quer ser rápido

•Gosta de atividades de escalar


De pé
•Passa para de pé sem necessidade de
suporte
•Abaixa-se sem ajuda dos MMSS
•Inicia habilidade de transferir peso e
manter o equilíbrio em um pé só
•Marcha independente:
–Grande velocidade
CAPITULO 3
RN DE RISCO
É a criança sofreu complicações no período pré e/ou perinatal e que pode
apresentar défict ou atraso no DNPMN.
Nas últimas décadas houve melhoria da qualidade dos cuidados ao RN, através
da capacitação profissional e maior sofisticação e tecnologia
Houve Diminuição da Mortalidade e Aumento da Morbidade
Cerca de 9% dos RN são de risco
Cerca de 30% dos Nascidos PIG sobrevivem, destes 30% apresentam sequelas
Quanto menor a idade gestacional e o peso ao nascer, maior é a morbidade e a
mortalidade
Nesse capitulo veremos o conceito de bebê de risco, quais os principais
fatores de risco, estimulação precoce, posicionamento terapêutico e
exercícios terapêuticos e estimulação proprioceptiva.
Sinais negativos

Prematuridade • Desvio do olhar (fixo ou


movimentos instáveis)
RN com menos de 37 semanas • Irritação, choro ou sonolência
• Pele pálida ou marmórea
------------- Limítrofe Moderado Extremo
• Caretas ou expressão facial
Gestação 35 a 36 31 a 34 <30 vaga
semanas semanas semanas • Hiperreatividade corporal,
Peso 2200g e 1590g e <1500g;
abalos, tremores
2800g 2110g
• Extensão exagerada
• Ausência de movimentação
Fatores de risco Sinais Positivos

• Pré-natais • Estado de sono e vigília bem


Fatores que incidem desde o momento definidos
da concepção do bebê até o início do • Pele rosada
trabalho de parto • Respiração tranquila
• Expressão facial atenta, choro
• Neonatais forte e rítmico
Corresponde ao intervalo de tempo • Reflexo de procura e sucção,
entre o nascimento e os 28 dias de vida boa alimentação
• Perinatais Movimentos em direção a linha média
• Fatores que incidem do início
do trabalho de parto até o 30.º
ESTIMULAÇÃO PRECOCE:
dia de vida do bebê
TÁTIL e TÁTIL CINESTÉSICA
VESTIBULAR
Prenatais Neonatais Perinatais
70 % 20% 10% VISUAL
AUDITIVA
Idade materna Prematuridade Anóxia
Nível sócio- Posmaturidade Infecções Metas
econômico
Uso de drogas Peso PIG ou Hipoglicemia • Identificar fatores de risco e
GIG alterações sensoriomotoras
Medicação Parto Icterícia • Modificar a estimulação
continua
sensorial para o bebê vinda do
Distúrbios Sofrimento fetal
ambiente da UTI Neonatal para
genéticos
promover organização
DM e HAS Asfixia perinatal
Doenças auto- comportamental e estabilidade
imunes fisiológica
Gestação prévia • Reduzir o reforço ativo de
Gestação atual padrões de movimento e
posturas anormais
• Promover experiências normais
de movimento
• Melhorar as habilidades dos
pais para prestação de
assistência
Como a estimulação precoce POSICIONAMENTO
pode ser alcançada? TERAPÊUTICO
• Adequação do ambiente de
acordo com as limitações
impostas pelos cuidados
intensivos;
• Estar de acordo com a
maturidade do neonato;
• Ser apropriada em relação ao
estado do paciente, condições
fisiológicas e respostas
comportamentais;
• Ser individualizada e modificada Fonte: UCI neonatal HBL
conforme as condições clínicas
e o estado de maturação da • Promover contenção e
criança; adaptação;
• Ser sensível aos sinais emitidos • Promover flexão para obter um
pelo neonato; padrão postural próximo do
• Considerar a quantidade de saudável;
estímulos sensoriais que o • Otimizar a estabilidade
mesmo pode tolerar. fisiológica e a organização
neurocomportamental;
• Facilitar as mãos na linha
Pacientes para estimulação média;
precoce: • Manter alinhamento articular;
• Prevenir assimetrias posturais;
• Maior de 27 semanas; • Facilitar o controle de cabeça;
• Idade pós-natal maior que 72 • Auxiliar o movimento
horas; antigravitacional;
• Estável hemodinamicamente; • Promover interação familiar.
• Com ganho de peso
• Em ventilação espontânea com
ou sem O2
Evitar continuar se:

• Hipertensão ou hipotensão;
• Taqui ou bradicardia;
• Dispnéia ou apnéia;
• Sp O2 menor que 88;
• Dor
POSICIONAMENTO – SUPINO POSICIONAMENTO – PRONO

Fonte: UCI neonatal HBL


Fonte: UCI neonatal HBL •↓ Gasto energético;
•Dificulta o movimento de alcance; •↓ FR;
•Favorece as posturas assimétricas; •↓ PIC;
•Favorece a rotação da cabeça, •↓ RGE;
preferencialmente para o lado direito;
•↓ Episódios de apnéia;
•Favorece os procedimentos realizados
no dia-a-dia da UTIN. • ↓A assincronia toracoabdominal

POSICIONAMENTO - DL •↓Tempo de choro e desorganização;


•Aumenta o tempo de sono profundo;
•Melhora SpO2;
•Regulariza a FC;
•Promove estabilidade da caixa
torácica;
•Favorece a excursão diafragmática;
•Desequilíbrio entre flexores e
extensores do pescoço,
Fonte: UCI neonatal HBL
•Extensão exagerada do tronco
•Proporciona alerta visual para as
mãos; •Restrição da moviemntação centrípeta
anterior;
•Movimentação para a linha média e
boca; •Dificuldade em permanecer em
postura lateral;
•DLD → favorece o esvaziamento
gástrico; •Tendência de manter MmSS
flexionados e abduzidos;
•DLE → diminui episódios de RGE.
•Cabeça com rotação para um dos
lados;
•Predisposição a desvios do pé
INTERVENÇÃO TÁTIL EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS E
ESTIMULAÇÃO PROPRIOCEPTIVA

•Manter um equilíbrio entre contenção,


exploração e auto-organização;
•O toque leve deve ser evitado;
•Contenção manual.
INTERVENÇÃO TÁTIL -
CINESTÉSICA

• Mudanças no sistema
neuroendócrino e imunológico;
• Ganho de peso e maturação
comportamental;
• Massagem terapêutica
reduzindo o estresse.
CAPITULO 4
Patologias
Nesse capitulo abordaremos as patologias que são mais prováveis que nós
fisioterapeutas vamos encontrar na nossa profissão:

• Distrofia muscular de Duchenne


• Distrofia muscular de Becker
• Síndrome de Down
• Síndrome do bebê sacudido
• Transtorno do espectro autista (TEA)
• Microcefalia
• Mielomeningoncele
• Hidrocefalia
• Paralisia Cerebral (PC)
• Alterações na pele
retarde sua progressão. A terapia gênica,
DISTROFIA MUSCULAR uma possível cura para DMD, está sendo
É a designação coletiva de um grupo pesquisada e consiste em introduzir no
de doenças musculares hereditárias, DNA, um gene sintético, que compensará o
progressivas, sendo sua principal gene deletado. O tratamento é feito com
característica a degeneração da fisioterapia, para melhorar a qualidade de
membrana que envolve a célula vida do paciente e ainda não existe cura ou
muscular, causando sua morte, tratamento que retarde sua progressão. A
afetando os músculos causando terapia gênica, uma possível cura para
fraqueza DMD, está sendo pesquisada e consiste em
introduzir no DNA, um gene sintético, que
compensará o gene deletado.

Sintomas

• Quedas frequentes

• Dificuldade para levantar de uma posição


deitada ou sentada

• Dificuldade com habilidades motores,


como correr e saltar

• Andar cambaleante
Essa fraqueza muscular, dependendo do
tipo de distrofia, afeta grupos de músculos • Grandes músculos da panturrilha
diferentes e tem velocidade de • Dificuldades de aprendizagem
degeneração variável.
• Fadiga
Tipos de distrofia
• Retardo mental
Distrofia muscular de Duchenne
• Fraqueza que piora com o tempo.

Distrofia muscular de Becker

Essa é a forma mais frequente de distrofia


muscular. Ocorre em meninos, e os
primeiros sinais de fraqueza muscular
Assemelha-se muito com a distrofia
surgem assim que começam a caminhar,
muscular de duchenne no que se refere
ao redor dos três aos cinco anos de idade.
aos sintomas iniciais e evolução, exceto
O tratamento é feito com fisioterapia, para
pelo fato de ter um início em geral mais
melhorar a qualidade de vida do paciente e
tardio, evolução mais lenta e uma variação
ainda não existe cura ou tratamento que
muito grande no grau de
comprometimento muscular entre as
pessoas com essa distrofia, podendo ser
confundida com outras distrofias.

Com relação à taxa de incidência, essa


forma de distrofia afeta cerca de um em
cada trinta mil nascimentos.

O tratamento para a distrofia muscular de


Becker é feito para aliviar os sintomas de
cada pessoas e, por isso, pode variar em
cada caso. Porém, as formas mais comuns
de tratamento incluem: Remédios
corticoides, Fisioterapia, Terapia
ocupacional e além disso, pode ainda ser O sinal de Gowers, também conhecido
necessário fazer cirurgias, especialmente como manobra de Gowers ou manobra do
se os músculos ficarem mais curtos ou levantar miopático, é um sinal médico que
muito contraídos, para soltá-los e corrigir o indica fraqueza dos músculos proximais,
encurtamento. especificamente aqueles do membro
Já quando as contraturas surgem nos inferior. O sinal descreve um paciente que
músculos dos ombros ou costas, podem usa suas mãos para "escalar" seu próprio
provocar deformações na coluna vertebral corpo a partir de uma posição agachada
que precisam ser corrigidas com cirurgia devido à falta de força muscular no quadril
também. e coxas.

Sintomas O sinal de Gowers é classicamente


observado na distrofia muscular de
• Dificuldade gradual para caminhar e subir Duchenne, mas também ocorre na
escadas. miopatia centronuclear, distrofia miotônica
• Quedas frequentes sem razão aparente. e diversas outras doenças associadas com
• Perda de massa muscular. fraqueza muscular proximal.

• Enfraquecimento dos músculos do Para esta manobra, o paciente é colocado


pescoço e braços. no chão distante de outros objetos com os
quais ele poderia usar para se apoiar no
• Cansaço excessivo. momento de ficar na posição ereta. A
manobra também pode ser usada para
• Perda de equilíbrio e coordenação.
testar paraplegia.
Síndrome de down mosaicismo são apontados como
diferentes tipos de síndrome de down,
sendo que a maior parte das características
apresentadas pelos portadores dessa
condição são similares.

De forma geral, o paciente com síndrome


de down pode viver uma vida
perfeitamente normal, desde que sejam
feitas adaptações ao seu ritmo de
aprendizado e a sua forma de ver o mundo.

Para conscientizar a população sobre a


O que é síndrome de down? importância da luta por direitos iguais e
A síndrome de down é uma condição por respeito aos portadores dessa
genética causada por um problema nos condição foi criada uma data especial. O
cromossomos. dia da síndrome de down é celebrado em
21 de março.
Normalmente, o ser humano possui 23
pares de cromossomos, que são os Quais são as características da
responsáveis por abrigar o nosso código síndrome de down?
genético. São eles que contêm informações
que vão da cor da pele e do cabelo ao Normalmente, o paciente com síndrome
desenvolvimento mental e às de down apresenta características físicas
características gerais que vão ditar a que são bastante marcantes. Dentre elas,
fisiologia de um indivíduo podemos destacar:

A síndrome de down é caracterizada por – Rosto arredondado, com olhos puxados e


uma diferenciação no número de orelhas pequenas;
cromossomos, sendo que o cromossomo – Mãos de tamanho reduzido e dedos
de número 21, ao invés de apresentar um curtos;
par, apresenta três cromossomos, na
chamada trissomia simples do – Tônus muscular mais fraco e
cromossomo 21, apontada como causa da
– Língua protusa e maior do que o normal.
síndrome de down.
Outras características da síndrome de
Existem outras duas condições que podem
down podem incluir:
causar a síndrome de down. Entre elas,
podemos destacar a translocação - Desenvolvimento intelectual um pouco
cromossômica, quando o cromossomo 21 mais lento que a média
se apresenta grudado a um outro
– Condições cardíacas congênitas;
cromossomo, dando a impressão de ser um
cromossomo extra, e o mosaicismo, – Refluxo;
quando o problema na divisão celular
acontece depois da formação do embrião, – Problemas de tireoide;
sendo que nem todas as células acabam – Otites crônicas e
tendo a trissomia do cromossomo 21.
– Apneia do sono.
A trissomia simples do cromossomo 21, a
translocação cromossômica e o Nem sempre o paciente com síndrome de
down apresenta todas essas condições,
mas, por ter a síndrome, ele pode ter uma 7 brincadeiras para crianças com
propensão acima da média para Síndrome de Down que se destacam
desenvolver as doenças mencionadas
acima. 1. Jogo dos obstáculos

O jogo dos obstáculos é uma forma de


Como a síndrome de down é
incentivar o desenvolvimento da
diagnosticada? habilidade motora, da consciência
O diagnóstico da síndrome de down pode corporal, do equilíbrio e da coordenação
ser feito com o bebê ainda na barriga, por das crianças com SD. Também é uma
meio de exames específicos. maneira de fazer a turminha aprender que
pode superar contratempos e restrições, e
Após o nascimento da criança, é feito o se sentir confiante por ter conseguido.
exame do cariótipo, que avalia justamente
a posição dos cromossomos como forma A dificuldade pode variar de acordo com a
de saber se a trissomia está presente. idade e a capacidade motora. Lembre-se
de que um percurso muito difícil pode
PAPEL DA FISIOTERAPIA NA frustrar os pequenos, enquanto um
SÍNDROME DE DOWN caminho fácil não desafia as habilidades.

2. Brincar em frente ao espelho


O tratamento deve focar em particular no
trabalho de equilíbrio, postura, A brincadeira com espelho desenvolve a
lateralidade e a coordenação de autopercepção e é um jeito de a criançada
movimentos, inclusive movimentos finos se reconhecer e perceber os movimentos.
da mão. É uma atividade lúdica, que trabalha o
desenvolvimento psicológico e ainda
Algumas alterações graves do sistema
auxilia a descobrir os limites do próprio
locomotor precisam ser investigadas:
corpo.
subluxação cervical, com ou sem lesão
medular, luxação de quadril ou Assim, vale pedir para a molecada fazer
instabilidade das articulações, devida a diferentes expressões faciais e caretas.
hipotonia e frouxidão ligamentar Imitar gestos também é uma atividade
benéfica, além de apontar para
Lembrando que sempre que se atua com
determinada parte do corpo e perguntar o
crianças o foco da atividade no tratamento
nome.
deve ser sempre a brincadeira.
Posicionar um espelho de frente para a
O lúdico é sempre o melhor caminho para
criança enquanto ela brinca é outra
que o tratamento fisioterapêutico seja
maneira de ela se enxergar e perceber o
leve, prazeroso e até divertido.
seu espaço.
Ele estimula a descoberta pelo novo e pelo
3. Jogos para descobrir e conhecer melhor
mundo, que norteiam a motivação e o
as formas
interesse da criança.
Atividades que exercitam a percepção
Por exemplo para crianças de idade maior
visual das crianças são fundamentais para
pode ser utilizado um circuito a ser
que elas entendam como as coisas ao seu
completado – andar em superfícies
redor funcionam. Brincadeiras que
instáveis ou com texturas diferentes,
envolvam formas ajudam a melhorar a
passar por aros, pegar ou colocar objetos
coordenação motora.
em suportes etc.
Isso acontece porque a turminha percebe o Escolha símbolos, como casa, animais,
que encaixa e como manusear um objeto. alimentos e outros objetos. Então, desenhe
Também há uma percepção de espaço, dois de cada em cartões ou imprima da
tamanho e profundidade dos itens. internet. Disponha para a turminha
determinar os pares e, a cada acerto,
Para administrar esses jogos, é possível
pergunte o que é a imagem.
apresentar desenhos de triângulo,
quadrado, círculo e retângulo e pedir para 6. Esconde-esconde
que o pequeno aponte objetos com
Juntar a meninada para brincar de
aquelas formas. Estimular que desenhem
esconde-esconde é outra opção positiva
as formas geométricas é de grande ajuda,
para o crescimento das crianças com
assim como recorrer a brinquedos de
Síndrome de Down. É um jeito de trabalhar
encaixe.
o raciocínio e a coordenação motora.
4. Brincadeiras que ensinam sobre os
Essa brincadeira ajuda o pequeno a
alimentos
determinar qual lugar é o mais adequado
Brincadeiras que estimulam o aprendizado para que ela se esconda ou descobrir em
sobre alimentos são ótimas para que local os amigos estão escondidos. A
reconhecer texturas, formar um bom atividade ainda exercita a musculatura e
paladar e incentivar a experimentar coisas melhora o controle corporal.
novas. Essa atividade pode ser realizada
7. Massinha de modelar
durante as refeições, ao perguntar os
nomes dos alimentos no prato. Outra ideia Brincar com massinha de modelar favorece
é trazer biscoitos doces e salgados e pedir a criatividade — afinal, a criança poderá
que a criança separe-os de acordo com o criar objetos variados. A coordenação
sabor. motora também sai ganhando, já que a
turminha precisa modelar e manusear a
As frutas também entram na brincadeira:
massinha para que ela se transforme no
ofereça opções para a turminha
que deseja. Isso exercita os dedos e as
determinar quais são doces, cítricas ou
mãos, além de trabalhar o tato e a visão.
azedas (ácidas). Ao fazer compras, é
interessante chamar a molecada e mostrar A massinha pode ser oferecida em cores
quais alimentos precisam ficar na para que ela solte a imaginação, ou vir com
geladeira, na despensa ou em outro lugar moldes de números, de formas
específico. geométricas, de carros e, até mesmo, de
pizza. É importante que sempre haja a
5. Jogos da memória
supervisão de um adulto durante as
Algumas crianças com Síndrome de Down atividades.
têm dificuldade intelectual e problemas em
As brincadeiras para crianças com
desempenhar duas atividades ao mesmo
Síndrome de Down são estímulos
tempo. Por isso, é importante apostar em
essenciais para o desenvolvimento de
brincadeiras que estimulem a
habilidades motoras, mentais, emocionais
concentração e a memória.
e sociais. Ao saber quais brincadeiras fazer
O jogo da memória é divertido e melhora o com a criançada, a diversão é garantida,
foco, o que traz benefícios para a assim como o crescimento saudável!
turminha. Se você não tiver um em casa,
não se preocupe: dá para fazer o seu de
maneira bem simples.
SÍNDROME DO BEBÊ SACUDIDO O Transtorno do Espectro do
Autismo (TEA)

Se sacudir o bebê, o cérebro pode golpear o


interior do crânio

A síndrome do bebê sacudido, também


chamado traumatismo cranial por maltrato, Reúne desordens do desenvolvimento
é uma lesão cerebral severa cuja causa neurológico presentes desde o nascimento
principal é uma sacudida violenta. Pode ou começo da infância. São elas: Autismo
afetar bebês de poucos meses, mas Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo
também pode acontecer em crianças de Kanner, Autismo de Alto
pequenas de três a quatro anos. Funcionamento, Autismo Atípico,
Transtorno Global do Desenvolvimento
A sacudida ocasiona danos nas células sem outra especificação, Transtorno
cerebrais e impede que o cérebro do menor Desintegrativo da Infância e a Síndrome de
receba oxigênio suficiente. Como Asperger.
consequência pode desencadear
hemorragias, hematomas, danos cerebrais Costuma ser identificado na infância, entre
irreparáveis ou, até mesmo, a morte. 1 ano e meio e 3 anos, embora os sinais
iniciais às vezes apareçam já nos primeiros
Seus sintomas variam em função da região meses de vida. O distúrbio afeta a
do cérebro afetado, mas com frequência comunicação e capacidade de aprendiza...
leva um dano axonal difuso. Em alguns
casos se manifestam de maneira evidente Na forma qualificada como de baixa
em pouco tempo, mas também pode causar funcionalidade, a criança praticamente não
sequelas a longo prazo. interage, vive repetindo movimentos e
apresenta atraso mental. O quadro
provavelmente vai exigir tratamento pela
vida toda...

O autismo não possui causas totalmente


conhecidas, porém há evidências de que
haja predisposição genética para ele.
Outros reportam o suposto papel de
infecções durante a gravidez e mesmo
fatores ambientais...
Sinais e sintomas com autismo. A familiaridade com o local é
sempre um ponto positivo para o autista.
– Bebês que evitam o contato visual com a
mãe, inclusive durante a amamentação

– Choro ininterrupto

– Apatia

– Inquietação exacerbada

– Pouca vontade para falar

– Surdez aparente: a criança não atende


aos chamados

– Transtorno de linguagem, com repetição


de palavras que ouve

– Movimentos pendulares e repetitivos de


tronco, mãos e cabeça

– Ansiedade

– Agressividade

– Resistência a mudanças na rotina: recusa


provar alimentos ou aceitar um novo
brinquedo, por exemplo

PAPEL DO FISIOTERAPEUTA NO
TEA
O profissional de fisioterapia atua
diretamente nas habilidades motoras da
pessoa autista, o fisioterapeuta trabalha
para desenvolver e aprimorar as funções
básicas, como andar, sentar, ficar de pé,
jogar, rolar, tocar objetos, engatinhar e a
se locomover de maneira geral. O
fisioterapeuta trabalha toda coordenação
motora grossa e também se concentra no
desenvolvimento da força muscular.

Além disso, o profissional de fisioterapia


pode informar aos pais sobre os exercícios
que são fundamentais para a criança.
Dessa forma, pais e responsáveis podem
gerenciar a execução dos exercícios feitos
em casa, caso o terapeuta passe alguns
deles para serem realizados no ambiente
doméstico. O fato de fazer as atividades
em casa pode dar mais confiança à criança
MICROCEFALIA O papel da fisioterapia no
tratamento da microcefalia
Crianças com microcefalia têm,
normalmente, deficiências motoras e
cognitivas, características que no futuro
podem comprometer, significativamente, a
qualidade de vida. Dessa forma, a criança
diagnosticada com a doença deve receber
um acompanhamento fisioterapêutico
desde cedo.

são caracterizadas por apresentar a cabeça Até os três anos de idade, a criança já pode
e o cérebro em tamanho menor do que o evidenciar dificuldades motoras e o
normal para sua idade e, quando profissional acompanha o quadro com
comparadas a outras crianças da mesma estímulos através de procedimentos
idade e do mesmo sexo, a diferença é bem específicos da fisioterapia. Após os quatro
nítida. A explicação está na redução do anos de idade, podem surgir as primeiras
espaço para o crescimento do cérebro e de dificuldades cognitivas, momento em que
suas capacidades, pois as fontanelas os especialistas já iniciam o processo de
(conhecidas como moleiras, popularmente) reabilitação intelectual, associando o
que deveriam demorar mais tempo para se trabalho fisioterapêutico com a atuação de
fecharem após o nascimento do bebê, outros profissionais, como psicólogos e
acabam se unindo precocemente, fonoaudiólogos.
impedindo esse crescimento normal e O trabalho do fisioterapeuta vai depender
necessário do cérebro dentro da caixa do quadro de evolução da criança: quantas
craniana e o perímetro da cabeça fica, sessões por semana, a intensidade e o tipo
então, menor do que o normal. A doença de estímulo a ser aplicado, etc. Mas é
também pode ser decorrente de um sempre importante ressaltar que o
crescimento insuficiente do cérebro já trabalho deve ser multidisciplinar, ou seja,
durante a gestação. em conjunto com o trabalho de outros
O diagnóstico da microcefalia é obtido, profissionais, como, por exemplo, os já
mais comumente, após o primeiro ano de mencionados. Não existe um tratamento
vida quando é perceptível que o tamanho definitivo para a doença, todo o trabalho
da cabeça da criança é bem inferior ao realizado pela fisioterapia e outros
tamanho que deveria apresentar. Mas profissionais tem por objetivo a redução
pode ser evidenciada também logo após o dos impactos que a criança sofre como
nascimento durante os primeiros exames decorrência do acometimento pela
que a criança realiza pós-parto. microcefalia.

Principais efeitos: A relação da microcefalia com o


Zika vírus
Epilepsia; Autismo; Déficit intelectual;
Rigidez nos músculos; Convulsões, etc. Recentemente, acompanhamos junto ao
Ministério da Saúde quadros de crianças
diagnosticadas com microcefalia como
decorrência da transmissão do Zika vírus
da mãe para o bebê durante a gestação, • Pode ou não estar acompanhada de
através da placenta. protusão e displasia das membranas

A febre Zika é causada pela ação do • Afeta sistemas osteoneuromuscular e


mosquito Aedes aegypti que transmite a genitourinário
doença e sua relação com o
• Ocorre paralisia sensório-motora que
desenvolvimento da microcefalia (atuação
acomete os MMII abaixo do nível da lesão
do vírus no organismo humano, período de
maior vulnerabilidade da gestante, Nível neurológico
infecção do feto, etc) ainda permanece sob
investigações, porém, sabe-se que o risco Torácico
inicial está associado aos primeiros três Lombar Alto
meses de gestação.
Lombar baixo

Sacral
MIELOMENINGONCELE

A mielomeningocele, também conhecida


como espinha bífida aberta, é uma
malformação congênita da coluna
vertebral da criança em que as meninges, a
medula e as raízes nervosas estão
expostas.

Acontece entre 18 e 21 dias de gestação e


é o defeito do tubo neural mais comum,
ocorrendo em 1 a 10 a cada 1000
nascimentos.

Espinha Bífida

• Má formação congênita que afeta o


desenvolvimento do tubo neural

• Fechamento incompleto do canal


vertebral

• Ocorre entre 3ª e 5ª semana de gestação


NÍVEL TORÁCICO •O treino de marcha só pode ser realizado
com RGO com órtese Longa bilateral e
cinto pélvico com prolongamento torácico

•Ausência de sensibilidade e de
musculatura ativa abaixo do quadril. Nível Lombar Alto
•Postura de abandono em Mmii • Apresentam alguma sensibilidade abaixo
•São capazes de adquirir posição sentada dos quadris, atividade de flexores e
(com ou sem apoio), deslocar-se adutores de quadris e podem ter extensão
arrastando no solo e realizar transferências de joelhos.
com MMSS.

•O ortostatismo só é possível com uso do


parapodium ( contra indicado Qdo flexão
>30º) .

• Geralmente tem bom controle de tronco,


deslocam-se engatinhando, passam para o
de pé com auxílio de MMSS e deambulam
com apoio.
Nível Lombar Baixo

• Apresenta alguma sensibilidade abaixo


dos quadris e atividade de flexores e
adutores de quadris, flexores e extensores
de joelhos e, eventualmente, abdutores de
quadris, dorsiflexores e eversores dos pés.

• São capazes de realizar etapas motoras,


como passagem de ajoelhado e semi-
ajoelhado para de pé.

• Realizam deambulação com goteiras e


muletas e podem usar hates laterais
Nível Sacral.

A hidrocefalia pode afetar pessoas de


qualquer idade, mas é mais comum nas
crianças e nos idosos.

Pode ser causada por hemorragias ou


sangramentos intracranianos,
traumatismos cranianos, infecções
(meningite), idiopática, ou seja, sem causa
aparente, congênitas (malformações
cerebrais), tumores e cistos.

Seu tratamento é feito através de um


procedimento cirúrgico onde se coloca um
cateter que fica em contato com o líquor a
Hidrocefalia uma válvula que limita a quantidade de
líquido a ser drenado.

A outra extremidade do cateter é passada


por baixo da pele ate uma outra cavidade
do corpo que possa receber este liquido,
geralmente a cavidade abdominal.

Paralisia Cerebral (PC)

A hidrocefalia se caracteriza pelo acúmulo


de líquidos na cabeça. O excesso retido faz
com que os ventrículos cerebrais se
dilatem, provocando danos nas estruturas
encefálicas.

Hidrocefalia (hidro = água + céfalo =


cabeça) é uma condição que se caracteriza Paralisia cerebral é um transtorno de
pelo acúmulo do líquido cefalorraquidiano movimento postura, resultante de uma
(LCR) nos ventrículos cerebrais (cavidades lesão ou defeito no cérebro em
intercomunicantes localizadas em áreas do desenvolvimento (dano cerebral).
encéfalo) e no espaço subaracnoide entre
as membranas aracnoide e pia-mater das CAUSAS
meninges. Esse acúmulo pode ser causado Paralisia cerebral pode ser causada por
por um desequilíbrio entre a produção e a lesão cerebral durante a vida intra-uterina
reabsorção do líquido cefalorraquidiano ou ou no nascimento. Também podem ser
por algum tipo de obstrução que impeça adquiridos após o nascimento. Neste caso,
sua circulação e drenagem. O fato é que o paralisia cerebral geralmente é causada
excesso retido faz os ventrículos cerebrais por lesões cerebrais nos primeiros meses
dilatarem, o que pode provocar ou anos de vida.
compressão e danos nas estruturas
encefálicas.
FATORES DE RISCO está desenvolvendo habilidades motoras
normalmente.
Vários fatores de risco podem aumentar a
probabilidade de paralisia cerebral. Sintomas que podem acompanhar a
paralisia cerebral incluem:
No entanto, é importante saber que esses
fatores de risco não necessariamente Espasticidade
resultarão na doença.
Movimento involuntário
Estes fatores de risco estão normalmente
Problemas andando ou movendo-se
presentes:
Dificuldade de deglutição
Durante o desenvolvimento fetal, antes,
durante ou logo após o nascimento Problemas com a fala
Durante a infância Paralisia cerebral varia de leve a grave.
Sinais físicos de paralisia cerebral incluem
Fatores de risco para a paralisia cerebral
fraqueza e hipotonia dos músculos, ou
incluem:
espasticidade e rigidez. Em alguns casos,
Nascimento prematuro doenças neurológicas (tais como retardo
mental ou convulsões) também ocorrem
Baixo peso ao nascer
em crianças com paralisia cerebral.
Má nutrição intra-uterina
SOBRE ESPASTICIDADE DEVIDO À
Falta de fatores de crescimento durante a PARALISIA CEREBRAL
vida intra-uterina
Espasticidade é causada por dano ou
Incompatibilidade de RH ou tipo de sangue prejuízo de uma parte do sistema nervoso
A-B-O entre a mãe e a criança central (cérebro ou medula espinhal) que
controla o movimento voluntário. Este
Infecção da mãe com sarampo alemão ou dano interrompe sinais importantes entre
outras doenças virais no início da gravidez o sistema nervoso e músculos, criando um
Infecção bacteriana da mãe, do feto ou desequilíbrio que aumenta a atividade
criança que ataca direta ou indiretamente muscular ou espasmos.
o sistema nervoso central do bebê Espasticidade pode dificultar o movimento,
Perda prolongada de oxigênio antes ou postura e equilíbrio. Ela pode afetar a
durante o parto habilidade de uma pessoa para mover um
ou mais membros, ou para mover um lado
Icterícia grave logo após o nascimento do corpo. Às vezes, a espasticidade é tão
SINTOMAS severa que atrapalha as atividades diárias,
padrões de sono e os cuidados. Em
Os primeiros sinais de paralisia cerebral determinadas situações, essa perda de
geralmente aparecem antes de uma controle pode ser perigosa para o
criança completar 18 meses de idade. indivíduo.
Crianças com paralisia cerebral são
frequentemente lentas para atingir marcos Objetivos da fisioterapia no tratamento
do desenvolvimento, tais como aprender a da Paralisia Cerebral
rolar, sentar, engatinhar, sorrir ou A fisioterapia tem função importante na
caminhar. Os pais muitas vezes são os facilitação do desenvolvimento motor, no
primeiros a suspeitar que seu bebê não desenvolvendo dos reflexos, ajuda a
diminuir bloqueios, contraturas e Os efeitos físicos da fisioterapia aquática
deformidades. Com isto, o foco do também oferecem vantagens ao
fisioterapeuta deve ser o de se aproximar tratamento, sendo eles:
ao máximo do desenvolvimento motor
Densidade relativa, de quem depende a
normal.
capacidade de flutuação;
Os objetivos com o tratamento
Empuxo, força oposta à gravidade;
fisioterapêutico na paralisia cerebral
incluem principalmente o aprimoramento Tensão superficial, atuando como
das habilidades existentes, desenvolvendo resistência ao movimento;
funções e promovendo a independência,
além de colaborar com a prevenção ou Pressão hidrostática que é a pressão de
diminuição de deformidades. imersão, dependente direta da
profundidade da imersão;
Benefícios da fisioterapia para a Paralisia
Cerebral Ambiente agradável e lúdico para as
crianças e adolescentes.
A fisioterapia é muito importante para o
tratamento da paralisia cerebral, uma vez Esses benefícios ainda estão ligados ao
que o profissional é responsável por aumento potencial de confiança, de
auxiliar no desenvolvimento da motivação e de interesse. Isso pelo fato de
independência do paciente, facilitando as tornar mais fácil certas tarefas que fora da
atividades de vida diária. Todavia, o água seriam difíceis ou até mesmo
tratamento fisioterapêutico se estende, impossíveis de serem realizadas.
também, à família. Uma vez que possibilita
Alterações na pele do RN
a conscientização dos parentes a fim de
fornecer orientações e ensinar técnicas
para facilitar a integração ao ambiente
familiar.

Além disso, o fisioterapeuta irá tratar


também a condição motora do paciente,
desenvolvendo um trabalho para diminuir
contraturas e deformidades, com o uso de
diversos equipamentos.

Fisioterapia aquática como tratamento da


Paralisia Cerebral

A fisioterapia aquática se destaca no


tratamento da paralisia cerebral devido às
particularidades que o tratamento em
meio liquido é capaz de exercer sobre o
paciente. Assim, uma das vantagens é
facilitar a aquisição de postura assim como FONTE: @GAVETEIROO
no controle dos movimentos, na Eritema tóxico: é uma erupção benigna
normalização do tônus muscular, no e autolimitada, de causa desconhecida,
aumento da amplitude de movimento que geralmente surge nos primeiros dois
articular, além da melhora respiratória e da dias de vida. As lesões consistem em
socialização do indivíduo. pápulas ou pústulas firmes, de 1 a 3 mm,
brancas ou amarelo-claras, sob uma base
eritematosa. É comum na face,
extremidades proximais, tronco e nádegas,
ou qualquer lugar do corpo, exceto nas
palmas e plantas;

Hemangiomas: são tumores cutâneos


benigno, geralmente não estão presentes
ao nascimento, mas podem aparecer
algumas semanas depois e aumentar
consideravelmente durante o primeiro ano
de vida, tendo a regredir espontaneamente
aos dois ou três anos de idades. São
nódulos elásticos vermelho vivo, com uma
superfície enrugada e margens bem
definida;

Vernix caseosa: Substância

gordurosa esbranquiçada formada, que


lubrifica a pele e facilita a passagem
através do canal do parto;

Lanugo: pelo fino, sem medula e


abundante, que recobre a pele do rn,
principalmente nas costas, ombros e face.
Desaparece nas primeiras semanas

de vida, com substituição por pelo corporal


definitivo;

Cianose: é a coloração azulada da pele


e é comum em rn. Geralmente está
presente como cianose de extremidades;

Milium sebáceo: é caracterizado por


pequenos pontos brancos localizados na
base do nariz, queixo e testa, devido a
presença de glândulas sebáceas obstruídas
em função de hormônios materno;

Manchas Mongólicas: são manchas


azul-acinzentadas, que se localizam na
região próxima aos glúteos ou no sacro.

Mancha salmão: são avermelhadas,


comuns na região da testa, pálpebras, e
região posterior do pescoço. É comum e
costuma desaparecer em alguns meses.
CAPITULO 5
ATIVIDADES CRIATIVAS
Fala-se muito a respeito de ludicidade e atividades lúdicas para crianças.
No entanto, ainda há pais que se perguntam o que são e, o mais
importante, como desenvolvê-las com os filhos. Em um primeiro
momento, podemos conceituar atividades lúdicas como brincadeiras e
tarefas recreativas que têm a finalidade de entreter e divertir as crianças
de maneira educativa e didática.

Nesse sentido, o primeiro processo de aprendizagem e desenvolvimento


começa com jogos e brincadeiras. Assim, os pequenos aprendem e nem
se dão conta disso, pois são atividades divertidas e relaxantes.

Abaixo, listamos alguns benefícios obtidos com tarefas recreativas. Você


perceberá como as atividades lúdicas ajudarão a criança a
desenvolver habilidades essenciais para a vida toda.
Será possível...
0-3 meses • Iniciar seu bebê na

O CICLISTA descoberta do próprio


corpo.
• Potencializar o
desenvolvimento motor
das pernas do bebê.
• Favorecer a sincronização
dos movimentos do bebê
• Estimulá-lo a adquirir
sentido de ritmo.

Vamos fazer um pouco de exercício


SAPATINHO
com o bebê. Por isso, podemos
acomodá-lo de barriga para cima no
MUSICAL
berço ou no trocador.
Pegamos seus tornozelos com as
nossas mãos e vamos flexionando e
esticando, alternativamente, suas
perninhas com delicadeza:
esticamos uma perna e flexionamos
a outra, flexionamos a primeira e Para realizar essa atividade,
esticamos a segunda e, assim devemos preparar previamente o
sucessivamente, seguindo um ritmo ‘’sapatinho musical’’. Basta
suave. costurarmos com firmeza um
Pouco a pouco, podemos aumentar chocalho pequeno na ponta de um
a velocidade das ‘’pedaladas’’ ou dos sapatinhos de tricô (ou meias).
fazer algumas variações no ritmo Podemos calçar o ‘’sapatinho
(ora mais lento, ora mais rápido). musical’’ em um dos pés e o outro
Depois, para variar um pouco a sapatinho, sem chocalho, no outro.
brincadeira, segure seus tornozelos Se o bebê não mexer as pernas,
e estique ambas as pernas de uma nós mesmos podemos mexê-las
vez. Enquanto isso, podemos cantar para chamar a atenção dele para os
alguma musiquinha. pés, aproveitando o som ou o brilho
Damos o exercício por finalizado metálico do chocalho.
antes que o bebê comece a A partir desse momento, o bebe
demonstrar sinais de cansaço, o mexera as pernas para tentar tocar
beijamos e fazemos cócegas nos o chocalho com suas mãos. E
seus pés. também tentara aproximar o pé da
boca.
Em outro dia, podemos mudar o cairá, e o barulho chamará sua
‘’sapatinho musical’’ de pé para atenção
surpreendê-lo.
Tornamos a lhe oferecer o objeto
A atividade deve durar um tempo para que se divirta segurando-o por
ponderado, para que a criança não algum tempo; ele o deixará cair em
fique cansada por causa do esforço. seguida, e nós o devolveremos
novamente ao bebê.
Será possível...
Também podemos ajuda-lo a
• Exercitar as pernas e os
segurar o chocalho e lhe ensinar o
braços do bebê
barulho que o objeto faz quando o
• Inicia-lo no movimentarmos em diferentes
reconhecimento das ritmos.
relações de causa e efeito
(ao mexer uma perna, toca Quando virmos que o bebe se
um chocalho) cansou do jogo, devemos mudar de
• Desenvolver os sentidos de atividade.
visão e de audição do bebê Será possível...
• Praticar a sincronização
óculo-manual dele. • Aumentar a coordenação
óculo-manual do bebê
• Estimula-lo a descobrir os
objetos e as texturas
O chocalho • Exercitar suas mãos e
estimulá-lo a adquirir
sentido de ritmo
• Aumentar o controle
psicomotor do bebê

Nestes primeiros meses de vida, o


bebê começa a segurar objetos com
as mãos, mesmo que por pouco
tempo, já que os deixam cair logo
em seguida.
Colocamos um chocalho nas mãos
do nosso pequenino para que ele
tente pegá-lo
Como ele não consegue segurá-lo
durante muito tempo, o chocalho
familiarizando com os sons e com a
A bola gigante nossa voz.
Quando percebemos que o bebê
está cansado, mudamos de
atividade.

Será possível...
• Inicia-lo na aquisição da
noção de lateralidade.
• Favorecer o relaxamento
do bebê, movimentos que o
Necessitamos de uma bola suíça, ajudam a dormir.
de uns 75cm de diâmetro, que • Aumentar o controle motor
podemos encontrar em alguma loja e o sentido de equilíbrio do
de brinquedos, de esporte ou em bebê
grandes lojas de variedades. • Explorar as capacidades
Colocamos a bola de plástico no motoras do bebê.
chão, se possível sobre o carpete
ou o tapete.
Posicionamo-nos em frente a bola
suíça e colocam0os o bebê em cima
dela, de modo que apoie a
barriguinha nela. Devemos segurá-
lo bem com as mãos, já que o
pequenino ainda não consegue se
manter nem em pé nem sentado.
Fazemos com que a bola de
plástico rode suavemente, com o
bebe apoiado nela, com cuidado,
para que ele não escorregue. É
preciso levar em conta que o bebê
ai9nda não sustenta a cabeça com
firmeza; por isso, devemos segurá-
la.
Podemos mover a bola para frente,
para trás, para um lado e para o
outro.
E, a todo momento, devemos
explicar o que estamos fazendo ao
nosso pequenino, para que, mesmo
que ele não nos entenda, vá se
3 – 6 meses
Será possível...
• Fazer com que o bebê
comece a controlar sua
A GANGORRA postura e a manter o
equilíbrio.
• Favorecer o relaxamento
do bebê e estimular seu
prazer sensorial.
• Ensiná-lo adquirir
segurança na realização de
atividades em diferentes
pontos.

Sentamo-nos no chão com as


pernas fechadas e esticadas
Espelho magico
Deitamos o bebê de barriga para
cima sobre as nossas coxas, de
modo que as pernas do bebê
fiquem sobre o nosso0 estômago e
sua cabecinha se apoie, mais ou
menos, sobre os nossos joelhos
Então, suspendemos o bebê pelas
mãos. Agora, bem devagar, Os espelhos atraem muito a
reclinamos as costas até o chão, atenção dos pequeninos. Se
enquanto levantamos as pernas, tivermos um grande em casa,
fazendo com que o bebê fique de pé podemos fazer essa brincadeira.
em nossa barriga.
Colocamo-nos diante do espelho
Depois, repetimos no sentido com o bebê nos braços, de modo
contrário para voltar à posição que ele possa se olhar no espelho
inicial. comodamente.
Podemos fazer esse movimento de Agora, chamamos a sua atenção
gangorra varias vezes, enquanto para que se vê no espelho, dizendo
falamos coisas carinhosas a ele algumas palavras carinhosas.
Quando conseguirmos que fique
atento, seguramos a sua mãozinha,
a levantamos e o cumprimentamos,
dizendo ‘’O bebê está
cumprimentando com a mão’’.
Podemos continuar brincando dessa
maneira, realizando movimentos,
diferentes e mudando de posição,
fazendo gestos ou mexendo podemos projetar no teto ou na
diversas partes do corpo ou objetos. parede, mas sempre bem à visto do
nosso bebê.
Devmos observar como nosso bebê
reage e continuar brincando, até Quando tivermos certeza de que ele
notarmos que ele ficou cansado. está vendo a luz colorida, vamos
mexendo aos poucos a lanterna
Será possível...
para que o pequenino siga seu
• Fazer com que perceba os movimento com o olhar.
movimentos próprios de
Enquanto durar a brincadeira,
cada parte do corpo.
podemos contar ao bebê alguma
• Ajudá-lo a descobrir o história inventada sobre o que é
próprio corpo. essa luz que se vê, ir nomeando os
• Inicia-lo no objetos que vamos iluminando ou
reconhecimento da própria colocar uma música suave de
imagem. fundo.
• Desenvolver a lateralidade
no bebê Numa outra ocasião, podemos usar
um papel celofone de outra cor para
que o pequenino vá se
familiarizando com as diferentes
Luzinhas cores.
Será possível...
Faze-lo praticar a exploração
visual de imagens.
Proporcionar ao bebê a
superação do medo diante de
uma situação nova.
Potencializar a visualização e a
identificação das diferentes
cores.
Para este exercício, precisamos de Exercitar o movimento da cabeça
uma pequena lanterna, papel e do pescoço do bebê.
celofone de cores vistosas e fita
crepe.
Tampamos o foco da lanterna com
o papel celofane, que colocamos
com a fita crepe.
Deixamos o quarto do bebê com
pouca luz e nos sentamos ao lado
dele.
Acendemos a lanterna e chamamos
sua atenção para a luz que
Será possível...
O pequeno • Exercitar a motricidade das
malabarista extremidades do nosso
bebê.
• Estimular a coordenação
da percepção ocular e a
dinâmica geral do bebê
• Fazê-lo perceber a solidez
e a permanência dos
objetos
• Inicia-lo na percepção das
distâncias (perto-longe).

Nesta atividade, precisamos de uma


bola pequena de plástico, de cores
bem chamativa.
Deitamos o bebe no berço ou sobre
uma superfície lisa.
Mostramos a ele a bolinha para que
observe as cores.
Levantamos sus pernas e
colocamos a bolinha sobre seus
pés.
Tratamos de ajuda-lo a mantê-la
sobre seus pés, mesmo que ele dê
chutes.
Quando a bolinha cair, devemos
mostrar alegria com alguma frase e
voltar a repetir a operação varias
vezes.
Enquanto segurarmos a bolinha
sobre seus pés, podemos ensiná-lo
a chutá-la fazer com que ele a gire,
etc.
6 – 9 meses
Será possível...
• Exercitar e fortalecer os
braços e as pernas do
Pulando •
pequenino.
Estimular a coordenação
obstáculos de movimentos de
deslocamento do bebê.
• Desenvolver a sua
agilidade e o seu sentido
de equilíbrio.
• Potencializar o controle de
sua motricidade.

Nós mesmos nós fazemos de A marionete


obstáculos físicos para que nosso
bebê aprenda a vencê-los.
Os pais sentam no chão com as
pernas esticadas, um ao lado do
outro. O bebê também estará
sentado no chão, perto de um dos
dois.
Deixamos um brinquedo do outro
lado e estimulamos o bebê para que
vá busca-lo, passando por cima de
nossas pernas.
Com uma marionete de qualquer
Também podemos nos posicionar personagem, podemos entreter o
de outras maneiras (um deitado de bebê por um bom tempo. Podemos
barriga para cima e o outro sentado compra-la em alguma loja de
com as pernas dobradas em forma brinquedos ou fazê-la com uma luva
de túnel, por exemplo) para que o ou meia, alguns botões, etc.
bebê procure opções para nos
saltar engatilhando. com o bebê sentado no chão ou no
colo do pai ou da mãe, um dos dois
Se for necessário, nas primeiras se aproxima dele, escondendo, nas
vezes, o ajudaremos a subir e a costas, a mão que segura a
descer. E, muito importante: marionete.
devemos sempre parabenizar o
bebê pelos seus esforços e Quando chegar perto do bebê,
demonstrar grande alegria quando mostrar a marionete e fazer com
ele alcançar um brinquedo. que ela cumprimente o bebê,
procurando mudar o tom de voz.
Podemos esconder a marionete No meio do quarto, formamos uma
outra vez e tornar a mostrá-la para ‘’área montanhosa’’ com um monte
que o bebê a toque. de almofadas, cobertores e roupas
amontoadas. Os obstáculos devem
Depois, podemos preparar duas
ser facilmente escaláveis pelo bebê
marionetes. Colocamos uma em
e devemos procurar um piso cuja
cada mão e encenamos alguma
superfície não seja escorregadia,
pequena história para o nosso
para que as almofadas não saiam
pequenino.
do lugar quando o bebê for subi-las.
Se prepararmos mari0ontetes de
Convidamos o bebê para subir,
pessoas e animais, as
fazendo gestos como se também
possibilidades de realizar esta
pudéssemos subir, mostrando que
atividade serão bem maiores.
estamos animados.
Será possível...
Com estes estímulos, o bebê subirá
• Estimular a capacidade de contente.
antecipação do bebê.
Devemos estar sempre bem perto
• Exercitar o movimento da dele para ajuda-lo quando for
cabeça e do pescoço do necessário.
pequeno.
• Potencializar a sua Quando ele já estiver se
percepção visual de movimentando com desenvoltura,
objetos. poderemos fazer uma ladeira
• Aprimorar a sua levemente inclinada com uma tábua
capacidade de localizar e e uma alça, para que ele suba e
observar os objetos. desça por ela. É preciso ter muito
cuidado para que ele não caia.
Será possível...

Subindo a • Desenvolver as habilidades


motoras e de coordenação.
montanha • Aumentar seu dinamismo e
sua segurança no que se
refere as coordenações
gerais.
• Trabalhar a coordenação
dinâmica geral do bebê.
• Exercitar sua força
Algumas almofadas grandes, peças orgânica e muscular.
de roupas, alguns cobertores ou
edredons podem servir para a
criação de uma montanha
‘’íngreme’’ no quarto, que permitirá
que o nosso bebê inicie uma
‘’escalada’’
Será possível...
Mundo do papel • Ajuda-lo a descobrir novas
texturas.
• Estimular a motricidade de
sus extremidades
superiores.
• Aumentar sua habilidade
para manipular objetos.
• Favorecer a coordenação
da percepção ocular do
bebê.

O papel oferece muitas


possibilidades de entretenimento as
crianças de qualquer idade. Para
esta atividade, devemos preparar
diferentes tipos de papel de cores
variadas
Entregamos uma folha de papel ao
bebê para ver o que ele vai fazer
com ela.
Se não fizer nada, pegamos uma
nós mesmo e a amassamos com a
mão. Quanto maior for o barulho
que fizermos, melhor.
Assim, ensinamos ao pequenino a
amassar a folha
Depois, certamente, ele jogará no
chão
Então, podemos usar o papel
amassado para brincar de bolinha
Se o bebê estiver sentado sobre
nossas pernas e tivermos uma caixa
perto dos nossos pés, poderemos
brincar de encestar a bola
improvisada.
Para cada cesta que fizermos
daremos gritos de alegria e, quando
não acertamos, diremos ‘’Aaaaah!’’.
9 – 12 meses
pense que está nos arrastando, o
que será muito divertido para ele.
Será possível...
Estica e puxa Exercitar e fortalecer as
extremidades superiores do bebê.
Compartilhar experiências e
estabelecer vínculos afetivos.
Desenvolver a atenção do
pequenino.
Estimular adua capacidade de
segurar objetos.
Com um pedaço de pano resistente,
podemos ajudar o bebê a fazer
exercício de uma maneira divertida
e interessante. O lençol sem fim
Sentamo-nos com o nosso bebê no
chão.
Entregamos-lhe um pedaço de
pano, que ele logo pegará e
examinará.
Seguramos o pedaço de pano pela
outra extremidade e o tiramos do
bebê delicadamente, dando
pequeno puxões e afrouxando de
vez em quando.
O pequenino deverá notar a todo Com meia dúzia de lenços, se
momento, em nosso rosto e no possível de cores diferentes,
nosso modo de falar, que se trata podemos preparar uma brincadeira
de uma brincadeira. de mágica que encantará o nosso
bebê.
Nunca devemos soltar o pano
repentinamente, para evitar que o Damos um nó em cada lenço, um
bebê caia de costas e se atrás do outro, de modo que formem
machuque. uma enorme fileira.

Na primeira vez, para lhe ensinar Colocamos os lenços amarrados


como funciona a brincadeira, dentro do casaco ou da camiseta,
podemos fazer uma demonstração, deixando que apareça um
brincando só o pai e a mãe. pedacinho deles por cima da gola.

Desta maneira, quando o bebê Aproximamo-nos do bebê; depois


puxar o pano, faremos com que de falar um pouco com ele em tom
carinhoso, deixamos que ele
perceba o pedaço do lenço que diferentes, o bebê pode exercitar
deixamos visível. sua imaginação.
Agora convidamos o pequenino a Colocamos o bebê sentado no chão
tirar o lenço dali9 para ver o que e deixamos vários blocos de
acontece. madeira ou peças de construção de
diferentes tamanhos perto dele.
Se for o caso, o ajudamos a tirar ou
começamos a fazê-lo nós mesmos Se isso não chamar a atenção dele,
para que ele continue. começamos a brincar, nós mesmos,
empilhando-os das mais variadas
Quando ele acabar de tirar os
maneiras.
lenços, poderemos começar a
brincadeira novamente. Logo o pequenino irá se interessar
pelos blocos de madeira e
Será possível...
começará a brincar com eles.
• Aumentar a habilidade do Não devemos ajuda-lo muito.
bebê para manipular Porque convém deixar os blocos
objetos.
caiam para que ele aprenda e
• Desenvolver a sua ganhe experiência. Além do que,
capacidade de observação muitas veze3s, ele se divertirá
atenta. derrubando tudo e reiniciando suas
• Potencializar a capacidade construções.
de reconhecimento de
objetos e cores do bebê. Podemos brincar com ele, mas
• Estimulá-lo a expressar deixando que ele tome a iniciativa
emoções. ou fazer construções paralelas às
deles, para que ele veja como nós
fazemos e tente nos imitar.

Primeira Será possível...


construção • Favorecer o
desenvolvimento da sua
capacidade criativa e
estimular a sua imaginação
• Estimular a aprendizagem
por meio do exemplo e da
imitação
• Fazer com que ele perceba
a permanência dos objetos
• Potencializar as
brincadeiras de construção
Com alguns blocos de madeira, criativas.
algumas peças de construção ou
algumas caixas de tamanhos
12 – 24 meses
Será possível...
• Aumentar a habilidade de
arremessamento da
Pontaria •
criança.
Ensiná-la a administrar
corretamente a força.
• Fazer com que aumente o
controle da lateralidade.
• Propiciar-lhe a percepção
das distâncias.

Com uma bola pequena e um par


de garrafas de plástica (pet) ou
Andando muito
Tetra Pak, podemos exercitar a
pontaria.
bem
Estamos em uma extremidade da
sala vazia (sala ou quarto de
brinquedos) com o nosso
pequenino, com uma bolinha.
Colocamos, no chão, duas garrafas
de plástico, um pouco separadas
entre si, a um metro de distância de
nós.
Convidamos a criança para que
jogu8e a bola com uma das mãos, a
princípio, para derrubar as garrafas Agora que a criança já está
e, depois de algum treino, para que começando a andar, as
faça a bolinha passar entre elas, possibilidades de brincadeiras se
sem derrubá-las. multiplicam. O próprio ato de
Pouco a pouco, vamos afastando as caminhar pode ser transformado em
garrafas, senão a bola não passará brincadeira.
entre elas, voltamos ao começo. No parque, no campo ou na praia,
A brincadeira fica mais complexa se podemos oferecer ao nosso
fizermos com que o nosso filho pequenino a oportunidade de andar
jogue a bola algumas vezes com a sobre superfícies de texturas
mão direita e outras, com a diferentes.
esquerda. ficamos descalços e andamos com
ele, de mão dadas, sobre a grama,
a areia, as pedras, o cimento, etc.
enquanto fazemos isso, podemos
comentar como é o chão em que
estamos pisando: frio ou quente,
duro ou mole, enrugado ou liso. As bolhinhas
Também podemos lhe ensinara
andar de um modo diferente: de
lado, para trás e de várias outras
formas.
Sempre que for necessário,
seguramos sua mão, mas, quando
ele já tiver um pouco de prática,
podemos fazer com que nos imite.
Devemos incentivá-lo a andar e
aplaudir com carinho seus
progressos.

Será possível...
Podemos fazer com que a criança
• Desenvolver o sentido do se entretenha com a água de muitas
tato da criança maneiras. Para esta atividade,
• Desenvolver suas necessitaremos de um canudinho
habilidades motoras de plástico.
básicas A criança deve estar sentada diante
• Fazê-la explorar suas de um recipiente com água.
possibilidades motoras e Mostramos a ela um canudinho de
conhecer o ambiente ao plástico (de refrigerante) e a
seu redor. ensinamos a soprá-lo, mas de modo
• Ensiná-la a manter o que não absorva o líquido.
equilíbrio.
Quando já estiver sabendo um
pouco como soprar, convidamos a
criança a fazer isso na águ8a, para
que surjam bolhinhas.
Ao escutar o barulho que produzirá
ao soprar no canudinho, logo a
criança se animará.
Podemos imitar os barulhos que ela
fizer e, assim, participaremos de
sua diversão.
Não devemos nos importar em ter
que, depois, secar água que tiver
caído, se o nosso pequenino, tiver
experimentando bons momentos e
ficado com vontade de repetir a
brincadeira outro dia.
Será possível... Quando a criança vir o que estamos
fazendo, em seguida, ficará com
• Ensiná-la a controlar a
vontade de nos imitar.
boca e a respiração.
• Fazê-la aprender por meio Se o pequenino ou nós nos
do exemplo e da imitação. cansarmos da música, podemos
• Mostra-lhe como mudar de atividade.
reconhecer materiais e Será possível...
texturas diversificados.
• Descarregar ou liberar as • Controlar o tono muscular
energias da criança. da criança (pegar e bater
com força variada)
• Desenvolver nela o sentido
de ritmo e sua relação com
o movimento.
A orquestra • Melhorar sua habilidade
para manipular objetos.
• Aumentar a sua
coordenação dinâmica
geral.

Desde o momento em que já


conseguem segurar objetos com as
mãos, os pequeninos adoram criar
sua própria ‘’música’’
Quando a criança estiver sentada
em sua cadeira ou no chão,
entregamos-lhe uma colher e
deixamos ao seu alcance diversos
objetos que façam barulhos
diferentes ao bateremos neles.
No começo, nós lhe ensinaremos
como ‘’tocar’’ esses instrumentos
(por exemplo, panelas e frigideiras
velhas).
Procuramos seguir algum tipo de
ritmo, variando-o de vez em
quando.
24 – 36 meses
Marcamos uma linha de partida no
chão e, cerca de 4 ou 5 metros,
outra de chegada.

O mundo das Ficamos ‘’de quatro’’ com a bexiga


na linha de partida, depois do sinal,
bexigas a empurramos com o nariz até que
ela passe da linha de chegada.
Quem chegar primeiro ganha três
‘’vivas’’
Será possível...
• Melhorar o controle da
boca e da respiração da
Agora que a criança já começa a criança
saber como0 se assopra, podemos • Ensiná-la coordenar a
preparar uma brincadeira com respiração enquanto se
bexigas. movimenta.
• Exercitar a percepção
Pegamos a bexiga e a entregamos visual da criança
ao pequenino para que ele a encha. • Ensiná-la a antecipar
Uma vez bem cheia, damos um nó situações
para que o ar não escape.
A criança deve ficar em uma das
pontas de uma mesa retangular, e
nós, na outra. Bolhas de sabão
Deixamos a bexiga no centro da
mesa e, depois do sinal combinado,
começamos a soprá-la, tentando
empurrá-la para outro lado da mesa.
Não devemos abusar da nossa
força física, a criança é quem deve
tomar a iniciativa.
Quando a bexiga cair no chão,
podemos realizar outra brincadeira
se ainda tivermos disposição e
vontade, agora que já temos um
pouco de prática.
Para isso, enchemos outra bexiga
de caracteristcxas semelhantes á Embora seja possível brincar com
anterior. bolhas de sabão em qualquer lugar,
um momento propício para isso
pode ser a hora do banho.
Agora que a criança saber soprar, objetos de diferentes tamanhos e
podemos ensiná-la a usar um kit de formatos. Esta é uma de muitas
fazer bolhas de sabão. Com a água brincadeiras de manipulação, para
e o sabão, conseguindo inúmeras qual precisaremos de alguns
bolhas, garantindo a diversão do pregadores de roupa.
pequenino.
Juntamos vários objetos pequenos
Deixamos que ele faça bolhas de texturas diferentes e de cores
durante um tempo e, depois, chamativas. Podem ser botões,
pedimos para fazer também. pedrinhas, palitinhos, etc.
Entanto, o convidamos a tocar, com Entregamos alguns pregadores para
as mãos, as bolhas que soltarmos. a criança e lhe ensinamos a pegar
os diferentes objetos que tivermos
Podemos lhe ‘’bombardear’’ com
preparado.
bolhas de sabão e também lhe
ensinar a estourá-las com as mãos, Em seguida, observamos como ela
a empurrá-las sem que aprende a usar os pregadores
estourassem, a soprá-la para corretamente.
mantê-las no ar, a quebrá-las com
Agora, pedimos para ela fazer
um dedo só, etc.
montinhos, separando os objetos
Será possível... por tipo.
• Descobrir as capacidades e Á medida que ela vai ‘’pinçando’’ os
as limitações da criança. objetos, podemos conta-los em voz
• Ensiná-la por meio do alta, para que, aos poucos, ela se
exemplo e da imitação. familiarize com os números.
• Fazê-la entender que o erro
é um estímulo para novas
tentativas. Será possível...
• Ensiná-la a controlar a
• Fazê-la ter noção de
boca e a respiração.
distância e desenvolver a
sua habilidade de
manipulação.
Os pregadores •

Usar corretamente a força.
Exercitar sua capacidade
de organização pôr as
coisas em ordem.
• Favorecer a coordenação
viso motora da criança.

Aos poucos, nosso pequenino vai


adquirir habilidades para manipular
Será possível...
Bote e rebote • Exercitar a ppercepção
visual da criança
• Ajuda-la adquirir destreza e
firmeza na executação de
atividades que requerem
precisão.
• Aumentar o controle da
lateralidade da criança.
• Ajudá-la a adquirir noção
de distância.

Vamos brincar, mais uma vez, com


uma bola. Desta vez, com uma bola
Anotações
pequena.
_____________________________
Colocamo-nos em frente à parede,
_____________________________
a cerca de três metros dela.
_____________________________
A brincadeira consiste em jogar a _____________________________
bola delicadamente contra a parede _____________________________
e peá-la depois, procurando não a _____________________________
deixar cair no chão. _____________________________
_____________________________
A princípio, parece um pouco _____________________________
complicado, mas a criança logo _____________________________
aprenderá a fazê-la muito bem. _____________________________
Depois, nos sentarmos no chão, um _____________________________
em frente ao outro, a alguns metros _____________________________
de distância, e passamos a bola um _____________________________
ao outro: sem que ela toque no _____________________________
chão, fazendo-a quicar várias _____________________________
vezes, rolando-a ou como _____________________________
quisermos. _____________________________
_____________________________
Quando notarmos que a criança, _____________________________
está cansada ou entediada, _____________________________
deixamos a brincadeira para um _____________________________
outro dia. _____________________________
_____________________________
_____________________________
_____________________________
_____________________________
_____________________________
_____________________________
_____________________________
_____________________________

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