O documento descreve um projeto realizado por alunos do 3o ano da Escola Capitão Luiz Reis sob a orientação da professora Alba de Língua Portuguesa. Os alunos pesquisaram sobre os escritores pernambucanos Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto e notaram coincidências entre eles. A partir disso, os alunos criaram releituras de poemas dos autores usando técnicas literárias como paráfrase e paródia. O documento também fornece breves biografias dos dois escritores
O documento descreve um projeto realizado por alunos do 3o ano da Escola Capitão Luiz Reis sob a orientação da professora Alba de Língua Portuguesa. Os alunos pesquisaram sobre os escritores pernambucanos Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto e notaram coincidências entre eles. A partir disso, os alunos criaram releituras de poemas dos autores usando técnicas literárias como paráfrase e paródia. O documento também fornece breves biografias dos dois escritores
O documento descreve um projeto realizado por alunos do 3o ano da Escola Capitão Luiz Reis sob a orientação da professora Alba de Língua Portuguesa. Os alunos pesquisaram sobre os escritores pernambucanos Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto e notaram coincidências entre eles. A partir disso, os alunos criaram releituras de poemas dos autores usando técnicas literárias como paráfrase e paródia. O documento também fornece breves biografias dos dois escritores
O presente trabalho foi construdo a partir da interpretao
dos alunos das turmas de terceiro anos da Escola Capito Luiz Reis, sob a orientao da professora Alba de Lngua Portuguesa. A partir de pesquisa objetivando conhecer pernambucanos que fazem parte da Literatura Brasileira, descobriu-se coincidncias entre dois grandes nomes: Manuel Bandeira e Joo Cabral de Melo Neto. A partir destas coincidncias foi traada uma linha de criao, de maneira que os alunos pudessem colocar em prtica seus conhecimentos lingusticos de parfrase, pardia e polissemia. Diante da leitura de poemas de Joo Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira observou-se que havia um dilogo entre os autores, to distintos e de fases diferentes do Modernismo Brasileiro. Foi proposto aos alunos que a partir de poemas escolhidos por eles, criassem releituras das temticas apresentadas. Essa exposio a demonstrao do esforo e da criatividade desse alunos autores.
Manuel Bandeira Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife no dia 19 de abril de 1886, na Rua da Ventura, atual Joaquim Nabuco, filho de Manuel Carneiro de Souza Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza Bandeira. Em 1890 a famlia se transfere para o Rio de Janeiro e a seguir para Santos - SP e, novamente, para o Rio de Janeiro. Passa dois veres em Petrpolis. Em 1892 a famlia volta para Pernambuco. A famlia mais uma vez se muda do Recife para o Rio de Janeiro, em 1896, onde reside na Travessa Piau, na Rua Senador Furtado e depois em Laranjeiras. Bandeira cursa o Externato do Ginsio Nacional (atual Colgio Pedro II). Tem como professores Silva Ramos, Carlos Frana, Jos Verssimo e Joo Ribeiro. Entre seus colegas esto Sousa da Silveira e Antenor Nascentes. No ano de 1921, conhece Mrio de Andrade. Estavam presentes, entre outros, Oswald de Andrade, Srgio Buarque de Holanda e Osvaldo Orico. Inicia ento, em 1922, a se corresponder com Mrio de Andrade. Bandeira no participa da Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro em so Paulo, no Teatro Municipal. Na ocasio, porm, Ronald de Carvalho l o poema "Os Sapos", de "Carnaval
Fonte: http://www.releituras.com/mbandeira_bio.asp Joo Cabral de Melo Neto Joo Cabral de Melo Neto nasceu na cidade de Recife - PE, no dia 09 de janeiro de 1920, na rua da Jaqueira (depois Leonardo Cavalcanti), segundo filho de Luiz Antnio Cabral de Melo e de Carmem Carneiro-Leo Cabral de Melo. Primo, pelo lado paterno, de Manuel Bandeira e, pelo lado materno, de Gilberto Freyre. Passa a infncia em engenhos de acar. Primeiro no Poo do Aleixo, em So Loureno da Mata, e depois nos engenhos Pacoval e Dois Irmos, no municpio de Moreno. Em 1940 viaja com a famlia para o Rio de Janeiro, onde conhece Murilo Mendes. Esse o apresenta a Carlos Drummond de Andrade e ao crculo de intelectuais que se reunia no consultrio de Jorge de Lima. No ano seguinte, participa do Congresso de Poesia do Recife, ocasio em que apresenta suasConsideraes sobre o poeta dormindo. Em 1958 removido para o Consulado Geral em Marselha. Recebe o prmio de melhor autor no Festival de Teatro do Estudante, realizado no Recife. Publica em Lisboa seu livro Quaderna, em 1960. removido para Madri, como primeiro secretrio da embaixada. Publica, em Madri, Dois parlamentos. Em 1961 nomeado chefe de gabinete do ministro da Agricultura, Romero Cabral da Costa, e passa a residir em Braslia. Com o fim do governo Jnio Quadros, poucos meses depois, removido outra vez para a embaixada em Madri. A Editora do Autor, de Rubem Braga e Fernando Sabino, publica Terceira feira, livro que rene Quaderna, Dois parlamentos, ainda inditos no Brasil, e um novo livro: Serial. Com a mudana do consulado brasileiro de Cdiz para Sevilha, Joo Cabralmuda-se para essa cidade, onde reside pela segunda vez. Continuando seu vai-e-vem pelo mundo, em 1964 removido como conselheiro para a Delegao do Brasil junto s Naes Unidas, em Genebra. Nesse ano nasce seu quinto filho, Joo.
Fonte: http://www.releituras.com/jcmneto_bio.asp EVOCAO AO RECIFE Manuel Bandeira Recife No a Veneza americana No a Mauritsstad dos armadores das ndias Ocidentais No o Recife dos Mascates Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois - Recife das revolues libertrias Mas o Recife sem histria nem literatura Recife sem mais nada Recife da minha infncia A rua da Unio onde eu brincava de chicote-queimado e partia as vidraas da casa de dona Aninha Viegas Totnio Rodrigues era muito velho e botava o pincen na ponta do nariz Depois do jantar as famlias tomavam a calada com cadeiras mexericos namoros risadas A gente brincava no meio da rua Os meninos gritavam: Coelho sai! No sai! (...) Rua da Unio... Como eram lindos os montes das ruas da minha infncia Rua do Sol (Tenho medo que hoje se chame de dr. Fulano de Tal) Atrs de casa ficava a Rua da Saudade... ...onde se ia fumar escondido Do lado de l era o cais da Rua da Aurora... ...onde se ia pescar escondido Capiberibe - Capiberibe L longe o sertozinho de Caxang Banheiros de palha (...) Capiberibe - Capiberibe Rua da Unio onde todas as tardes passava a preta das bananas Com o xale vistoso de pano da Costa E o vendedor de roletes de cana O de amendoim que se chamava midubim e no era torrado era cozido Me lembro de todos os preges: Ovos frescos e baratos Dez ovos por uma pataca Foi h muito tempo... A vida no me chegava pelos jornais nem pelos livros Vinha da boca do povo na lngua errada do povo Lngua certa do povo Porque ele que fala gostoso o portugus do Brasil Ao passo que ns O que fazemos macaquear A sintaxe lusada (...) Recife... Rua da Unio... A casa de meu av... Nunca pensei que ela acabasse! Tudo l parecia impregnado de eternidade Recife... Meu av morto. Recife morto, Recife bom, Recife brasileiro como a casa de meu av.
O pernambucano Manuel Bandeira Joo Cabral de Melo Neto
Recifense criado no Rio, No pde lavar-se um resduo: No o do sotaque, pois falava Num carioca federativo, Mas certo sotaque do ser Acre mas no espinhadio, Que no pode desaprender Nem com sulista nem no exlio.
O Rio que amo
Esse rio que transborda no meu corao Cheio de emoo, Cheio de Vida, esse meu rio. Meu rio no tem poluio Ele azul como o cu Com gua cristalina que eu posso beber Matar minha sede e me satisfazer.
O rio que alimenta minha alma Queria dividir com todos A emoo que tenho a falar Sobre o rio que tenho a desejar Poderia o tempo todo aqui falar Mas j que o tempo curto Tenho que aqui terminar.
Alunos: Douglas Henrique, Felipe Cavalcante e Wesley (3 A)
O Relgio
Tempo passa, tempo passa dias vem e vai e a semana no pra. Enquanto somos jovens nunca temos hora pra nada quando envelhecemos parece que ficamos preso numa jaula. Tempo passa, tempo passa, passam horas, semanas, meses, anos e o mundo no parar.
Alunas: Karina Maria, Carina Barbosa , Erica da Silva, Dbora Silva. (3 A)
Dificil ser estagirio
Difcil ser estagirio. Em plena segunda - feira eu ligo para um amigo pedindo ajuda .
L fora chove o que me deixa mais assim sem tempo para cuidar de mim.
A dor da perda, o luto de uma paixo , de um amor proibido, choro, tristeza e dor ,
Desde que estou retirando s a morte vejo ativa , s com ela deparei e as vezes at festivo , sou eu um estagirio sem amor . Alunos: Clebson silva , Lays ruanna , Hadassa Thifani (3A)
Pernambuco
Andando por suas cidades, pelas ruas de Olinda. So tantos lugares para visitar ponte do Recife, percebemos sua beleza. So tantos lugares para visitar, teatros, O Recife antifo, e tambm a beira-mar.
Assim como o marco zero, e o palcio das Princesas Que o d para deixar de apreciar. Assim como a riqueza de sua cultura tambm A comida regional Com a feijoada e a dobradinha no h igual.
Feliz quem mora e pode vier nela Usufruir de suas belas praias Cheias de coqueiros, de suas culturas Frevo, maracatu a beleza do carnaval.
Alunas: Andreza Carla, Andreza Pereira, Monaliza Cntia (3A) Uma alma perdida
Como um morto enterrado sob sete palmos de terra. Assim como uma alma vagando sobre a terra, sem rumo ou direo. Mas como possusse o corao ativo, um corao que no bate, um corao sem piedade.
Alunos Gabriel Gomes, Bruno Ruan , Stephane Camila e Bianca Moraes (3A)
Recife
Cidade to deslumbrante Me encanta com seu rio Que deixa toda a parte Seis a mais de mil.
Com praias exuberantes Que no d para negar Queria por toda a vida Em tuas guas me abrigar.
E nada profundamente Nas tuas guas sem razo E viver eternamente Nesse mar de solido.
Alunos: Ronny Cleyton, Suelleyn, Thaz Gabriela.
Carta de meu av
Em um tempo da vida Tomei a curiosidade De saber o que tinha nas cartas Que meu av mandava da cidade
Eram cartas apaixonadas Falando de amor Mas nada me surpreendia Ele no tempo no era senhor
Pergunto-me Quo bom era? No tempo de meu av Quando ele escrevia aquelas cartas apaixonadas Falando de amor
Poesias no vale mais nada Parece que todos tm medo de amar Nos tempos de hoje no existe mais amor Apenas ficar
No tempo de meu av Tudo era diferente No tinha isso de ficar Pois eles eram experientes
Alunos: Icaro, Weslley Miguel Carlos Tavares (3B) Saudade
Sorriso no existe mais Quando voc se despediu Adeus, tu foi embora E meu corao partiu
A noite por fim chegou Lembranas de ti ficara Meu corao sem voc chorou Seu cheiro em tudo estava
Os dias se passam Sem voc estou No me ensinaste a viver sem ti Meu doce, doce amor
Espero que voc volte Junto a ti quero estar Todos os dias novamente Ao teu lado acordar
Alunos: Pedro Paulo, Roberta Larissa e Robson (3B)
Os Gatos
Os gatos Cheio de papo, saem do isolamento. Aos saltos, os gatos. A luz tem deslumbramento. Em estrondo que apavora, Mia o gato Angor: Meu tio foi luta! Foi sim! Foi! Foi sim! O gato siams, Parnasiano frustrado, diz: Meu livreto bem criado. Veja como sou bom em eliminar os hiatos! Que arte! E nunca rimo. Os termos cognatos!
Alunas: Andreza Ellen, Rayane e Thalia(3B)
Amor de vidro
Sinto que o pouco amor que me destes, Foi assim, era tudo e ao mesmo tempo nada. As promessas infinitas, s iluso.
Que em meio tempo, tudo veio ao fim Te entreguei o meu amor que por fim Tu no valorizastes, e a a afeio um dia o tempo Apagou.
Sinto que o pouco amor tu me deste Era tudo vidro. No me querendo, desisto de ti.
Pedindo a Deus que aquele que amei Seja feliz. Guardado na lembrana, deixa saudades tristes, Das migalhas do pouco amor que destes. Mas mesmos as tua migalhas, me do a certeza Que um dia te amei.
Alunas: Maria da Conceio, Shuria, Daniele Ferreira (3 B)
A Lua
Vi uma lua muito triste Vi que era uma lua solitria Chorando no fim do dia Durante a minha vida vazia.
O meu corao abandonado Vivo me perguntando Onde mora a felicidade? Estou morrendo de saudade.
Eu a ouvir dizer que ficaria, Mais triste ainda quando, Chegasse a hora do fim Do meu dia.