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Aula 03

Português p/ TJ-RJ (Com Videoaulas) -


Pós-Edital

Autor:
Décio Terror Filho
Aula 03

14 de Março de 2020

12110104732 - Iasmin Silva


Décio Terror Filho
Aula 03

RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E


ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO.
Sumário

1 – Conceitos importantes ................................................................................................................................... 2

1 – Frase ......................................................................................................................................................... 2

2 – Período ..................................................................................................................................................... 6
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3 – Oração ..................................................................................................................................................... 6

2 – Diferença entre coordenação e subordinação ............................................................................................. 7

1 - Enumeração ............................................................................................................................................... 8

2 – Conjunções coordenativas ....................................................................................................................... 11

2.2.1 Aditivas ............................................................................................................................................ 13

2.2.2 Adversativas .................................................................................................................................... 24

2.2.3 Alternativas ...................................................................................................................................... 38

2.2.4 Conclusivas ....................................................................................................................................... 41

2.2.5 Explicativas ...................................................................................................................................... 54

3 – As orações intercaladas (Comentário do autor) ......................................................................................... 61

4 – O que devo tomar nota como mais importante? ........................................................................................ 69

5 – Lista de questões de revisão ...................................................................................................................... 72

6 – Gabarito .................................................................................................................................................... 98

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1 – CONCEITOS IMPORTANTES
Olá, pessoal!

O assunto “Domínio da estrutura morfossintática do período” e “Emprego dos sinais de pontuação”,


previstos em nossa aula, serão trabalhados concomitantemente com o entendimento da relação de
coordenação e subordinação. Nesta aula, falaremos sobre a coordenação. Na próxima, desenvolveremos a
subordinação.

Para entendermos esse tema, devemos partir de alguns conceitos importantes.

1 – Frase

Frase é um enunciado que possua sentido completo. Ela é finalizada por ponto final (.), ponto de
exclamação (!), ponto de interrogação (?), dois-pontos (:) e reticências (...).

Cada uma destas pontuações sinaliza um tipo diferente de frase.

Frase declarativa: apenas apresenta uma informação ao leitor.

Em 1979, Mandy, uma garota de 13 anos de idade, participou de uma excursão em uma ilha da
Escócia.

Frase exclamativa: apresenta certa emoção ao comunicar.

Lá estava ela com sua ginga exuberante e porte sensual!

Socorro! Psiu!

Frase interrogativa direta: expressa uma dúvida, motivando uma resposta.

A prova será realizada ainda hoje?

Você já notou, em palestras, aulas ou em outras situações em que haja uma explicação de um
argumento, o locutor faz uma pergunta para ele mesmo responder?

Esse é um tipo de procedimento argumentativo muito usado em textos dissertativos para que o leitor
sinta necessidade de ler ou ouvir a resposta:

“E o que é impessoalidade?”. “Bom, impessoalidade é a forma como o servidor deve tratar o cidadão
ou outro servidor do Estado”.

O autor não teve dúvida ao perguntar, a sua intenção foi nos chamar a atenção sobre um conceito
importante.

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Às vezes temos também a pergunta retórica, aquela em que o autor do texto não responde
diretamente, mas a condução do texto nos enfatiza a resposta. Veja:

“A política no Brasil é duvidosa quanto à moral e os bons costumes. Em relação às obras referentes à
Copa do mundo, será que todos os recursos serão aplicados devidamente ao que foi previsto nas licitações?

Uma boa dica seria a participação do cidadão como fiscal, monitorando o tempo gasto no andamento
das obras e a lisura nos processos.”

1. (CESPE / EMAP Nível Superior – 2018)


Fragmento do texto: Primeiro fazia uma cara de indecisão, depois um sorriso triste contrabalançado por um
olhar heroicamente exultante, até que esse exame de consciência era cortado pela voz do interlocutor, que
começava a falar chãmente em outras coisas, que, aliás, o Juca não estava ouvindo... Porque as pessoas
sensíveis são as criaturas mais egoístas, mais coriáceas, mais impenetráveis do reino animal. Pois, meus
amigos, da última vez que vi o Juca, o impasse continuava... E que impasse!
Se, após “animal” (linha 4), o ponto final fosse substituído por ponto de interrogação, tanto a correção
gramatical quanto os sentidos do texto seriam preservados, pois a pergunta resultante da substituição teria
efeito apenas retórico.

Comentário:: A frase “Porque as pessoas sensíveis são as criaturas mais egoístas, mais coriáceas, mais
impenetráveis do reino animal.”, por terminar com ponto final, transmite uma declaração, uma afirmação.
Com a troca dessa pontuação para ponto de interrogação, naturalmente a natureza frasal torna-se
interrogativa direta e o conectivo causal “Porque” deve ser substituído pela expressão interrogativa “Por
que”. Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

2. (CESPE / Polícia Civil ES nível médio – 2011)


Fragmento do texto: No dia 3 de julho de 1950, a Coreia do Norte atacou e tomou Seul, a capital do Sul.
Começava ali uma guerra que opunha os povos de um país dividido, com os Estados Unidos da América de
um lado e a China e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas do outro. O conflito durou cerca de três
anos e terminou com o país ainda dividido ao meio. O saldo? Três milhões e meio de mortos.
Na linha 4, o emprego da interrogação é um recurso estilístico e retórico que confere ênfase à informação
subsequente.

Comentário: A pergunta e a resposta se encontram ligadas quase que diretamente, por isso o autor poderia
fazer apenas uma afirmação: O saldo é de três milhões e meio de mortos. Porém, o autor preferiu chamar a

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atenção do leitor realizando a pergunta, pois o ponto de interrogação faz o leitor dar uma pausa frasal antes
de continuar a leitura. Essa pergunta é retórica, porque tem como princípio enfatizar o termo posterior, que
é a resposta.

Gabarito: C

Além disso, as frases podem trazer uma ideia de continuidade, com o uso das reticências, na intenção de
que o leitor interprete algo além do que foi dito.

Joana está sempre de bom humor, só gosta das piadas do chefe...

Neste exemplo podemos entender uma malícia do autor do texto em relação ao comportamento de
Joana.

Muitas vezes o autor usa esta continuidade do pensamento para que o leitor reflita mais sobre o assunto.

Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres e muita munição, entra num colégio
em Realengo (RJ) e...

As reticências nos remetem a pensar na catástrofe ocorrida em abril de 2011 em Realengo-RJ. O autor
não precisa dizer mais nada, nós já entendemos que ele (o autor) quer nossa reflexão no problema.

As frases também podem fazer parte de um discurso direto. Neste caso a voz do narrador é finalizada
por dois-pontos, na intenção de abrir a voz do personagem.

O candidato afirmou:

– Vou entrar com recurso.

A voz do personagem é chamada de citação, isto é, o recorte literal da fala de alguém ou de um


fragmento do texto. Esta fala pode também ser delimitada por aspas. Exemplo:

O candidato afirmou: “Vou entrar com recurso.”

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3. (CESPE / TRE ES Técnico – 2011)


No artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, dispôs a Carta Magna de 1988: “Aos
remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a
propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.” Era o reconhecimento de um
direito. Restava regulamentar a forma pela qual esse direito seria garantido. Em novembro de 2003, o
presidente da República assinou o Decreto n.º 4.877, que estabelece, em seu artigo 2.º: “Consideram-se
remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins deste decreto, os grupos étnico-raciais,
segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais
específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica
sofrida.”
O Estado de S.Paulo, 29/11/2010 (com adaptações).

Os trechos entre aspas são citações literais de texto de natureza jurídica.

Comentário: Observe que as aspas marcam citações, recortes literais de outro texto: da lei. Assim, as
expressões “dispôs a Carta Magna de 1988:” e “o Decreto n.º 4.877, que estabelece, em seu artigo 2.º:”
reforçam que essas citações fazem parte realmente de textos de natureza jurídica.

Gabarito: C

4. (CESPE / Correios Médio – 2011)


Fragmento do texto: Um estudo realizado por Dorothy Hatsukami e outros pesquisadores da Universidade
de Minnesota revelou que fumantes inveterados que diminuem a frequência de suas tragadas ainda assim
respiram duas vezes mais toxinas por cigarro que as pessoas que fumam menos. (...) O estudo é consistente
com trabalhos epidemiológicos anteriores, que revelaram que indivíduos que diminuíram o número de
cigarros fumados não reduziram riscos à saúde. Moral da história: “pode não haver benefício em fumar
menos”, conclui a pesquisadora. “Se os fumantes querem mesmo diminuir o risco de câncer e doenças”, ela
acrescenta, “precisam é parar de fumar”.
As aspas empregadas no texto delimitam citação.

Comentário: Note que as aspas marcam a fala direta de alguém ou o recorte de um Fragmento do texto. Isso
é a citação, a qual delimita o discurso direto. Perceba que o recorte registrado em “pode não haver benefício
em fumar menos” não iniciava a frase no texto original. Assim, foi iniciado com letra minúscula.

Gabarito: C

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Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período.

2 – Período

Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo.

Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois terem sentido completo, a
frase pode ou não ter verbo, mas o período obrigatoriamente terá.

Assim, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período. Veja:

“Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.

“Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo.

“Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.

“Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo.

Como o período deverá ter sentido completo, então a pontuação final dele deve ser a mesma da
frase: . ! ? : ...

Agora veremos a oração.

3 – Oração

A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo.

Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.

Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há período, porque, além de ter
sentido completo, tem verbo. Há orações, porque cada oração terá um verbo diferente.

Assim, vejamos:

1. “Socorro!” (apenas frase)

2. “Ajude-me!” (frase, período e oração)

3. “Olá!” (apenas frase)

4. “Você está bem?” (frase, período e oração)

5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e orações)

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Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este enunciado de período simples,
como ocorre com os períodos “Ajude-me!”, “Você está bem?”. Dizemos que período simples é também uma
oração absoluta.

Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período composto, como ocorre com “Ana
foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.”.

Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que período simples e é o mesmo
que uma frase, portanto terá a mesma pontuação final de uma frase: . ! ? : ...

Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores de cada oração dentro de
um período composto é o nosso foco nesta e na próxima aula. Por isso dizemos que, além da pontuação final
vista acima, a oração pode ser sucedida por: , ; ─ e às vezes não receberá nenhuma pontuação.

Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por coordenação ou por subordinação.
Isso vai depender da oração que nele se inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome conforme sua função.
Quando um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta.

Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque sua relação semântica
também muda e aí veremos o papel muito importante da conjunção e da pontuação.

2 – DIFERENÇA ENTRE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO


Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação:

1 2 3 4

Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova, passará

no concurso.

Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com isso, percebemos que temos

também um período. Como há vários verbos, há várias orações em um período composto.

O resultado principal do enunciado é “passará no concurso.”. Para que alguém consiga esse resultado,
deverá passar por algumas condições: “se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo
durante a prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de estruturas
coordenadas. Elas estão justapostas porque todas possuem o mesmo valor: condição.

O CESPE chama esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO.

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Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si. Mas perceba também que a junção
destas três condições (estruturadas em coordenação) foi necessária para se ter um resultado: “passará no
concurso”.

Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam sentido; por isso, além de
estarem coordenadas entre si, elas dependem do resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas
precisam de outra para terem sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria sentido?
1 2 3

Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova ...

Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que as outras (subordinadas)
tenham sentido.

Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas entre si (justapostas, paralelas,


enumeradas) e que estas mesmas orações estão subordinadas em relação à oração 4 (principal).

A oração subordinada se refere a uma oração principal e a oração coordenada se liga a outra também
coordenada (ou também chamada de oração inicial). Nesta aula, exploraremos apenas a estrutura
coordenada.

Vimos anteriormente que essas estruturas paralelas não ocorrem só com orações. Elas também
podem ocorrer com os termos da oração. Veja:

“Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.”

Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os substantivos “carnes”, “frutas”
e “legumes” estão paralelos entre si e compõem o aposto enumerativo.

Dizemos que estão paralelos porque se somam e possuem o mesmo valor: explicar a palavra “itens”.

1 - Enumeração

Como falamos anteriormente, a banca CESPE chama esses termos paralelos de ENUMERAÇÃO. Então
podemos entender que termos paralelos (enumerados, coordenados) podem ser substantivos (quando
queremos nominar os seres), adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e verbos (quando queremos
demonstrar uma sequência de ações).

1 Enumeração de substantivos:

Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno.

2 Enumeração de adjetivos:

Achei a pintura clara, intrigante, linda!

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3 Sequência de ações

Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e voltou para casa.

Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas?

Poderíamos retirar a vírgula após os vocábulos “Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3,
respectivamente)?

Lógico que não. Mas isso não é novidade, não é?

Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente os termos coordenados
ficarão separados por vírgula. É natural, também, que o último dos termos possa ficar separado pela
conjunção “e”, para que o leitor faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório. Veja que, na enumeração
dos adjetivos, o autor preferiu não inserir a conjunção “e”.

A banca CESPE muitas vezes pergunta se essas vírgulas ocorrem porque separa termos de uma
enumeração ou termos de mesmo valor. Isso é corretíssimo.

5. (CESPE / TRT 10ªR Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: O encontro terá a participação de ministros de tribunais superiores, desembargadores,
juízes, promotores, advogados, delegados, diretores de tribunais e professores universitários. Entre as
palestras, painéis e mesas-redondas estão programados temas a respeito de gestão, informatização,
correição virtual, paradigmas, meio ambiente, conciliação, comunicação, todos eles relacionados à justiça.
No fragmento acima, excetuada a última, todas as demais vírgulas têm a mesma justificativa de uso.

Comentário: Exceto a última vírgula, todas as demais são usadas para separar termos de mesma função
sintática. Isso é chamado de enumeração. Assim, tais vírgulas têm a mesma justificativa. Confirme:

O encontro terá a participação de ministros de tribunais superiores, desembargadores, juízes,


promotores, advogados, delegados, diretores de tribunais e professores universitários. Entre as palestras,
painéis e mesas-redondas estão programados temas a respeito de gestão, informatização, correição virtual,
paradigmas, meio ambiente, conciliação, comunicação, todos eles relacionados à justiça.

Note apenas que a última vírgula marca o início de um Comentário: à parte do autor: “todos eles
relacionados à justiça”. Você verá na próxima aula que este segmento é chamado de oração intercalada,
parentética ou Comentário: do autor.

Gabarito: C

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6. (CESPE / MI Assistente Técnico Administrativo – 2013)


Fragmento do texto: Esse projeto tem o objetivo de assegurar a oferta de água para 12 milhões de habitantes
de 391 municípios do Agreste e do Sertão dos estados de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande
do Norte.
As vírgulas da linha 3 são empregadas para isolar aposto explicativo.

Comentário: Novamente uma questão cobrando o reconhecimento do uso das vírgulas para separarem
termos enumerados. Note que houve a enumeração de vários estados. Assim, não há aposto explicativo e a
questão está errada. Confirme:

Esse projeto tem o objetivo de assegurar a oferta de água para 12 milhões de habitantes de 391 municípios
do Agreste e do Sertão dos estados de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Gabarito: E

7. (CESPE / ANS Técnico – 2013)


Fragmento do texto: O grupo técnico — composto por representantes de operadoras, beneficiários, órgãos
de defesa do consumidor, entre outros — estudou o tema e levou em consideração inúmeras publicações
disponíveis que dão suporte à proposta feita pela ANS.
O emprego de vírgulas logo depois de “operadoras” e de “beneficiários” justifica-se porque elas isolam
aposto explicativo.

Comentário: A afirmativa está errada, pois as vírgulas apenas separam elementos de uma enumeração. Veja:

...composto por representantes de operadoras, beneficiários, órgãos de defesa do consumidor, entre outros...

Gabarito: E

8. (CESPE / ANS Superior – 2013)


Fragmento do texto: Além do descumprimento dos prazos de atendimento para consultas, exames e
cirurgias, previstos na RN 259, passaram a ser considerados todos os itens relacionados à negativa de
cobertura, como o rol de procedimentos, o período de carência, a rede de atendimento, o reembolso e o
mecanismo de autorização para os procedimentos.
As vírgulas empregadas logo após “procedimentos” (linha 3) e “carência” (linha 3) isolam elementos de
mesma função sintática componentes de uma enumeração de termos.

Comentário: A afirmativa está correta, pois as vírgulas separam elementos de uma enumeração, os quais
possuem a mesma função sintática. Neste caso, tais elementos funcionam como termos exemplificativos.
Veja:

...como o rol de procedimentos, o período de carência, a rede de atendimento, o reembolso e o mecanismo


de autorização para os procedimentos.

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Gabarito: C

9. (CESPE / TRE ES Técnico – 2011)


Fragmento do texto: Em Roraima, municípios como Normandia e Pacaraima deram alento ao cultivo de
cereais. Também no Tocantins, no Maranhão, no Ceará, em Pernambuco, na Bahia e no Piauí o agronegócio
teve peso decisivo.
As vírgulas logo após “Tocantins”, “Maranhão”, “Ceará” e “Pernambuco” justificam-se por isolarem termos
de mesma função sintática componentes de uma enumeração.

Comentário: Note que os substantivos estão sendo separados por vírgula para marcar um termo composto
(enumerado). Todos eles fazem parte do adjunto adverbial de lugar.

Gabarito: C

10. (CESPE / Detran ES nível médio – 2011)


Fragmento do texto: Contraposto aos sucessivos recordes de congestionamentos nas grandes cidades
brasileiras, esse resultado expõe as fragilidades de um modelo de desenvolvimento e urbanização que
privilegia o transporte motorizado individual, prejudica a mobilidade e até a produtividade das pessoas. O
carro, no entanto, não é o único vilão. A solução para o problema da mobilidade passa pela criação de
alternativas ao uso do transporte individual.
“Como as opções alternativas ao transporte individual são pouco eficientes, pela falta de conforto,
segurança ou rapidez, as pessoas continuam optando pelos automóveis, motocicletas ou mesmo táxis, ainda
que permaneçam presas no trânsito”, afirma S. G., profissional da área de desenvolvimento sustentável.
Contudo, restringir o uso do carro não resolve o problema.
A vírgula empregada logo após “individual” (linha 3) tem a função de separar os termos de uma enumeração,
função semelhante à da vírgula empregada imediatamente após “conforto” (linha 6).

Comentário: Note que a primeira vírgula pedida na questão separa verbos coordenados (“privilegia”,
“prejudica”). A segunda separa substantivos (“conforto”, “segurança”) também coordenados entre si. Este
sinal de pontuação, portanto, separa termos de mesma função, pois estão enumerados.

Gabarito: C

2 – Conjunções coordenativas

Entendemos basicamente a estrutura enumerativa e o uso da pontuação nestes casos.


Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor semântico de cada estrutura coordenativa.

Para isso, vamos ver que as conjunções COORDENATIVAS podem ter cinco valores semânticos, de
acordo com o esquema a seguir:

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Esquema do Período Composto por Coordenação

____________________ e ____________________. (aditiva)

____________________, mas ____________________. (adversativa)

____________________ ou ____________________. (alternativa)

____________________, portanto ____________________. (conclusiva)

____________________, pois ____________________. (explicativa)

Oração inicial Oração coordenada sindética

Período Composto por Coordenação

Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações coordenadas. Os elementos
coordenados estão unidos pelas conjunções “e”, “mas”, “ou”, “portanto”, “pois”.

A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e síndetos. Assim, quando uma oração
coordenada é iniciada por conjunção, ela é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai depender de
seu valor semântico, conforme apontado no esquema acima.

Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste caso a chamamos de orações
coordenadas assindéticas. É importante reconhecê-las porque a vírgula será obrigatória, independente do
sentido. Exemplo:

Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética)

Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética)

O CESPE não cobra o nome destas orações, mas temos que entender sua estrutura para sabermos
trocar conjunções de mesmo sentido, saber quando usamos a vírgula, além de entender o funcionamento
textual destes valores e por que tal conjunção foi utilizada. Vejamos os principais valores:

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2.2.1 Aditivas

____________________ e ____________________. (aditiva)

Oração inicial Oração coordenada sindética

Período Composto por Coordenação

As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear enumeração dentro de uma lógica. As
principais são:

e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, senão também, tanto...como.

Ex.: Fechou a porta e foi tomar café.

Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso no nosso esquema do período
composto por coordenação. Mas, se o “e” for substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como os
mostrados acima, naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos.

Ex.: Ele caminha e corre todos os dias.

Ele não caminha nem corre.

Josefina não trabalha, tampouco estuda.

Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos.

A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações:

a) quando o sujeito for diferente:

Ana estudou, e Jucélia trabalhou.

Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é facultativa.

b) quando o sentido for de contraste, oposição:

Estudei muito, e não entendi nada.

Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste caso houve uma contradição,
um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode ser substituída por “mas”. Apesar de alguns autores usarem
esta estrutura sem a vírgula, a norma culta a exige. Assim, pode-se considerá-la como obrigatória.

c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter valor significativo no texto, o
qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja:

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Enumeração subjetiva:

_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________.

A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se calmamente, e chegou tranquila, e
realizou a prova, e saiu confiante.

A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações. Chamamos de subjetiva ou
enfática, porque transmite uma carga de emoção para aumentar a força nos argumentos.

Vimos quando empregamos vírgula antes da conjunção “e”, agora vejamos um aprofundamento do
que trabalhamos no início desta aula. A pontuação numa enumeração, agora com a objetiva:

Enumeração objetiva:

_________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila,
realizou a prova e saiu confiante.

Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor simplesmente se atém a relatar aquilo
que realmente ocorreu, sem transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa enumeração
subjetiva.

Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas são obrigatórias. Perceba a conjunção
“e”, que sinaliza o último termo da enumeração. Ela pode ser retirada, sem prejuízo gramatical. Veja:

_________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila,
realizou a prova, saiu confiante.

A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a entonação final da
enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula. Mas as duas construções estão corretas.

Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou vírgula dentro dos termos
enumerados. Com isso é natural separarmos esses elementos por ponto e vírgula. Veja:

Uso do ponto e vírgula:

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2


_____ e _____ ; _____ e _____ ; __________ ; _____ e _____ ; __________ ; e __________.

1 2 3 4 5 6

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Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição leve; alimentaram-se bem;
chegaram tranquila e calmamente à sala; realizaram a prova; e saíram confiantes.

Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por ponto e vírgula, porque há
divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do ponto e vírgula não é obrigatório, porém transmite maior
clareza na enumeração. Assim também o ponto e vírgula antes da conjunção “e” que une os elementos 5 e
6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é utilizada para que o leitor não confunda o último
termo enumerado e o penúltimo como apenas um.

Assim veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna:

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2


_____ e _____ , _____ e _____ , __________ , _____ e _____ , __________ e __________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2
_____ e _____ , _____ e _____ , __________ , _____ e _____ , __________ , e __________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2
_____ e _____ ; _____ e _____ ; __________ ; _____ e _____ ; __________ e __________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2
_____ e _____ ; _____ e _____ ; __________ ; _____ e _____ ; __________ ; e __________.

1 2 3 4 5 6

11. (CESPE / IPHAN Nível superior – 2018)


Fragmento do texto: Os israelitas atravessaram o Mar Vermelho, e passaram da África à Ásia, fugindo do
cativeiro; estes atravessam o mar oceano na sua maior largura, e passam da mesma África à América e para
viver e morrer cativos. Os outros nascem para viver, estes para servir. Nas outras terras do que aram os
homens, e do que fiam e tecem as mulheres, se fazem os comércios: naquela o que geram os pais e o que
criam a seus peitos as mães, é o que se vende, e se compra.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a vírgula empregada logo após “viver” (ℓ.3) fosse
substituída por ponto e vírgula.

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Comentário: No período “Os outros nascem para viver, estes para servir.”, a vírgula separa orações
coordenadas assindéticas. Assim, cabe a sua substituição por ponto e vírgula e a afirmação está correta.

Gabarito: C

12. (CESPE / EMAP Nível Superior – 2018)


Fragmento do texto: Uma estrutura de VTS é composta minimamente de um radar com capacidade de
acompanhar o tráfego nas imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações denominado
automatic identification system, um sistema de comunicação em VHF, um circuito fechado de TV, sensores
ambientais (meteorológicos e hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados. Todos
esses sensores operam integrados em um centro de controle, ao qual cabe, na sua área de responsabilidade,
identificar e monitorar o tráfego marítimo, adotar ações de combate à poluição, planejar a movimentação
de embarcações e divulgar informações ao navegante.
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados se as vírgulas empregadas logo após
“marítimo” (linha 6) e “poluição” (linha 6) e a conjunção “e” (linha 7) fossem substituídas por ponto e vírgula.

Comentário: O verbo “cabe” é transitivo indireto, o termo “ao qual” é o objeto indireto e as orações
“identificar e monitorar o tráfego marítimo”, “adotar ações de combate à poluição”, “planejar a
movimentação de embarcações” e “divulgar informações ao navegante” constituem o sujeito oracional
composto. Na aula de concordância veremos que o sujeito oracional mantém o verbo da oração principal no
singular: cabe.

Tudo isso é afirmado para você perceber que o segmento “identificar e monitorar o tráfego marítimo”
é o primeiro elemento da enumeração, “adotar ações de combate à poluição” é o segundo elemento da
enumeração, “planejar a movimentação de embarcações” é o terceiro e “e divulgar informações ao
navegante” é o último elemento da enumeração, por isso foi precedido da conjunção “e”.

Como as vírgulas separam orações coordenadas assindéticas e a conjunção “e” separa uma oração
coordenada sindética, podem esses segmentos ser separados por ponto e vírgula, como vimos na estrutura
de pontuação. Compare e confirme:

Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle, ao qual cabe, na sua área de
responsabilidade, identificar e monitorar o tráfego marítimo, adotar ações de combate à poluição, planejar
a movimentação de embarcações e divulgar informações ao navegante.

Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle, ao qual cabe, na sua área de
responsabilidade, identificar e monitorar o tráfego marítimo; adotar ações de combate à poluição; planejar
a movimentação de embarcações; divulgar informações ao navegante.

Gabarito: C

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13. (CESPE / EBSERH Área assistencial – 2018)


Fragmento do texto: O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-
natalista. Por cerca de 450 anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência
de altas taxas de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial
e do crescimento do mercado interno.
A substituição do ponto empregado logo após “pró-natalista” (linhas 1 e 2) por vírgula, com a devida
alteração da letra inicial maiúscula para minúscula, manteria a correção do texto.

Comentário: Primeiro, devemos relembrar que cada período sintático apresenta uma ideia-chave, uma
relação de independência, de autonomia:

O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-natalista. Por cerca de
450 anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência de altas taxas de
mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial e do
crescimento do mercado interno.

O parágrafo apresenta dois períodos coordenados entre si e a sinalização entre eles é a do ponto
final. Note que o segundo período apresenta um adjunto adverbial de tempo “Por cerca de 450 anos”. Com
o ponto final separando os dois períodos, é certo que este adjunto adverbial inicia o novo período e tem
relação de dependência com a oração posterior.

Assim, a substituição do ponto por vírgula abriria uma possibilidade de ambiguidade, isto é, o adjunto
adverbial acima citado é dependente da oração anterior ou posterior? Assim, ficaríamos com as seguintes
dúvidas:

O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-natalista, por cerca de
450 anos?

ou

Por cerca de 450 anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência de altas
taxas de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial e do
crescimento do mercado interno?

É certo que há mudança de sentido, mas a questão pede apenas a correção gramatical.

Note que, com a vírgula, passaríamos a ter a chamada frase siamesa, isto é, uma frase muito longa
sem uma separação das duas ideias-chave (os períodos sintáticos). Como passaria a haver uma ambiguidade
e isso traria prejuízo para o argumento, tal estrutura frasal longa prejudica a correção gramatical.

Mas cuidado: não é o simples fato de uma frase ser longa que traria erro gramatical. O problema é a
frase ser longa e trazer ambiguidade.

Detalhe: o que nos ajuda a perceber o erro é o fato de o adjunto adverbial estar antecipado. Neste
caso, o contexto também nos mostra que não cabe a simples substituição do ponto pela vírgula, pois levaria

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não só a uma mudança de sentido, mas a uma ambiguidade e a uma frase longa sem precisão. Assim,
também há incorreção.

Por tudo isso, notamos que a afirmação está errada.

Gabarito: E

14. (CESPE / PM MA Soldado – 2017)


Fragmento do texto: O problema da segurança, portanto, não pode mais estar adstrito apenas ao repertório
tradicional do direito e das instituições da justiça. Evidentemente, as soluções devem passar pelo
fortalecimento da capacidade do Estado em gerir a violência, pela retomada da capacidade gerencial no
âmbito das políticas públicas de segurança, mas também devem passar pelo alongamento dos pontos de
contato das instituições públicas com a sociedade civil e com a produção acadêmica mais relevante à área.
A locução “mas também” (linha 4) estabelece uma relação de oposição no período em que ocorre.

Comentário: Note que a conjunção “mas” é um realce ao último elemento enumerado, o qual está precedido
do advérbio que transmite inclusão “também”.

Assim, não há relação de oposição, mas de adição.

Portanto, a afirmação está errada.

Gabarito: E

15. (CESPE / CBM AL Combatente – 2017)


Fragmento do texto: Os conflitos do século XX possuem uma diferença marcante em relação às guerras
ocorridas em épocas anteriores. Até o século XIX, as guerras provocavam morte e destruição principalmente
nas zonas de combate e em suas proximidades, e a maior parte das baixas era causada entre os combatentes.
A vírgula empregada na linha 3 separa orações cujos sujeitos são distintos.

Comentário: A conjunção “e” une duas orações de sujeitos diferentes: o termo “as guerras” é o sujeito da
oração coordenada anterior e “a maior parte das baixas” é o sujeito da oração coordenada posterior.

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

16. (CESPE / TRF 1ªR Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: O espaço urbano foi organizado de sorte a favorecer as operações de circulação,
compra e venda de mercadorias; e, ao mesmo tempo, nele se oferece ao consumo uma diversidade de
localizações, paisagens, topografias físicas e simbólicas que são de diferentes modos incorporadas à dinâmica
mercantil.

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Na linha 2, o emprego de ponto e vírgula justifica-se porque a segunda oração do período apresenta
elementos em série.

Comentário: Sabemos que o emprego de ponto e vírgula transmite clareza no trecho coordenado. Assim, no
lugar de vírgula, o autor pode optar pelo ponto e vírgula.

Com base nisso, é importante observar que a conjunção “e” une orações coordenadas as quais
apresentam divisões internas já com vírgula.

Assim, caberia uma vírgula antes da conjunção “e” devido a esta unir orações com sujeitos diferentes.
Como já há divisão interna nas duas orações, o autor optou por empregar o ponto e vírgula.

Dessa forma, a afirmação da questão está errada, pois tal sinal não foi empregado apenas porque a
segunda oração apresenta elementos em série, pois isso também ocorreu na primeira. O motivo real foi a
união de orações de sujeitos diferentes e haver divisão interna nas duas orações.

Gabarito: E

17. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017)


Fragmento do texto: Falamos não só de uma crise ecológica, mas também de uma crise civilizatória de
amplas dimensões, do funcionamento de um sistema que destrói e ameaça as suas próprias bases de
sobrevivência, sustentado pela separação homem/natureza, com repercussões para toda a vida social.
A expressão “mas também” (linha 1) introduz no período em que ocorre uma ideia de oposição.

Comentário: A expressão correlativa de adição “não só... mas também” transmite valor de adição, e não de
oposição.

Gabarito: E

18. (CESPE / SEEDF Monitor – 2017)


Fragmento do texto: Como qualquer profissional do ambiente escolar, os monitores também são
educadores, e cabe à equipe gestora realizar ações formativas para que eles saibam como interagir com as
crianças e os jovens nos diversos espaços (como o pátio, os corredores, as quadras, a cantina, o banheiro
etc.).
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a vírgula empregada imediatamente após “educadores”
(linha 2) fosse suprimida.

Comentário: A vírgula antes da conjunção “e” separa orações de sujeitos diferentes. Assim, a vírgula é
facultativa e a afirmação está correta.

Gabarito: C

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19. (CESPE / TCE PA Analista – 2016)


Fragmento do texto: As audiências públicas integram o perfil dos Estados democráticos de direito,
modelados pelo constitucionalismo europeu do pós-guerra, segundo o qual o poder político não apenas
emana do povo, sendo em nome dele exercido, mas comporta a participação direta do povo.
No trecho “segundo o qual o poder político não apenas emana do povo (...) mas comporta a participação
direta do povo”, a locução “não apenas (...) mas” introduz no período ideia de adição.

Comentário: A questão explora o valor da expressão correlativa de adição “Não só ... mas também”.
Naturalmente, você entendeu o valor de adição dessa expressão.

Gabarito: C

20. (CESPE / PC PE Superior – 2016)


Fragmento do texto: A decisão ou vontade política de eleger a segurança pública como prioridade é o
primeiro marco que se deve destacar quando se pensa em recuperar a memória dessa política, sobretudo
quando se considera o fato de que o tema da segurança pública, no Brasil, tem sido historicamente
negligenciado. Muitas autoridades públicas não só evitam associar-se ao assunto como também o tratam de
modo simplista, como uma questão que diz respeito apenas à polícia.
No trecho “Muitas autoridades públicas não só evitam associar-se ao assunto como também o tratam de
modo simplista” (linhas 4 e 5), do texto, o vocábulo “como” integra uma expressão que introduz no período
uma ideia de
a) proporcionalidade.
b) adição.
c) comparação.
d) explicação.
e) oposição.

Comentário: O vocábulo “como” integra a expressão correlativa de adição “não só...como também”. Assim,
a alternativa correta é a (B).

Gabarito: B

21. (CESPE / FUB Superior – 2016)


Fragmento do texto: Brasília tinha apenas dois anos quando ganhou sua universidade federal. A
Universidade de Brasília (UnB) foi fundada com a promessa de reinventar a educação superior, entrelaçar as
diversas formas de saber e formar profissionais engajados na transformação do país.
A vírgula foi empregada para separar orações.

Comentário: No segundo período, há três orações coordenadas entre si:

“reinventar a educação superior”¹,

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“entrelaçar as diversas formas de saber”² e

“formar profissionais engajados na transformação do país”³.

A segunda oração² é coordenada assindética aditiva, a terceira oração³ é coordenada sindética


aditiva. Assim, a vírgula foi empregada para separar as duas primeiras orações coordenadas e a afirmação
está correta.

Gabarito: C

22. (CESPE / FUB Superior – 2016)


Fragmento do texto: Senti como se estivesse nascendo naquele momento. Uma vida nova, passada a limpo,
me esperava em direção a um Norte mais nítido, a uma morte mais próxima e sem alternativa. Mas aquela
casa me protegia, e dentro dela uma mulher se esforçava por me fazer feliz.
A vírgula empregada logo após “protegia” (linha 3) separa orações aditivas que têm sujeitos distintos.

Comentário: Antes de comentar a vírgula, vamos a uma consideração: o último período do trecho acima é
precedido da conjunção “Mas”. Assim, ele está coordenado ao período anterior. Para nossa análise de
pontuação, devemos contar como oração inicial o segmento “aquela casa me protegia” (já sem o conectivo
“Mas”, pois sua relação é com o período anterior).

Assim, no último período temos a oração inicial “aquela casa me protegia” e a oração coordenada
sindética “e dentro dela uma mulher se esforçava”.

Há vírgula antes da conjunção “e”, pois nessas duas orações há dois sujeitos distintos: “aquela casa”
e “uma mulher”.

Por isso a afirmação está correta.

Gabarito: C

23. (CESPE / BSF nível superior – 2014)


Fragmento do texto: Entre os critérios em discussão, encontram-se os conceitos da produtividade no setor
público; a modificação dos processos orçamentários com definições ligadas a objetivos e produtos
mensuráveis e passíveis de avaliação; a revisão dos elementos que definem a rentabilidade social dos
programas, serviços e investimentos realizados pelo Estado; a incorporação de critérios que atribuam peso
maior à demanda dos usuários na tomada de decisão no setor público; e, por último, a adoção de padrões
comparativos como forma de avaliar o rendimento e a qualidade da ação estatal.
No parágrafo acima, o emprego do sinal de ponto e vírgula deve-se à necessidade de separar elementos
extensos de uma enumeração.

Comentário: Observe que há enumeração de elementos realmente extensos e com conjunções aditivas,
além de vírgulas internas. Daí a necessidade de transmitir clareza inserindo os sinais de ponto e vírgula. É

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interessante perceber que, mesmo não havendo divisão interna, se os termos enumerados são de grande
extensão, por motivo de clareza, o autor pode inserir ponto e vírgula.

Gabarito: C

24. (CESPE / CNJ Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Em 2012, o CNJ promoveu, em parcerias com órgãos do Executivo e do Judiciário,
campanhas importantes para promover o bem-estar do cidadão, como a da aplicação da Lei Maria da Penha
no âmbito dos tribunais; a do reconhecimento da paternidade voluntária; a do fortalecimento da ideia de
conciliação no Judiciário; e a de valorização da vida.
Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir os sinais de ponto e vírgula por vírgulas no
trecho “como a da aplicação da Lei Maria da Penha (...) a de valorização da vida” (linhas 2 a 4).

Comentário: O sinal de ponto e vírgula é um recurso estilístico que deixa a separação dos termos da
enumeração mais clara. Assim, tal sinal não é obrigatório, ele pode ser substituído por vírgula.

O erro na questão é afirmar que substituição dos sinais de ponto e vírgula por vírgulas prejudica a
correção gramatical. Tal substituição não prejudica, por isso a questão está errada.

Gabarito: E

25. (CESPE / DPRF Policial Rodoviário Federal – 2013)


Fragmento do texto: Em outras sociedades, o direito à vida é inviolável e nem o Estado nem ninguém tem o
direito de tirar a vida alheia.
Dado o fato de que nem equivale a e não, a supressão da conjunção “e” empregada logo após “inviolável”
manteria a correção gramatical do texto.

Comentário: O conectivo “nem” não está relacionado com a conjunção “e”. Ele trabalha em conjunto com o
segundo conectivo “nem” (nem o Estado nem ninguém). Assim, a conjunção “e” é imprescindível no período,
pois conecta a oração inicial “Em outras sociedades, o direito à vida é inviolável” à oração coordenada
sindética aditiva “e nem o Estado nem ninguém tem o direito”. Assim, a afirmativa está errada.

Gabarito: E

26. (CESPE / SEGER ES nível superior – 2011)


Fragmento do texto: Sabe-se que o desenvolvimento pressupõe a acumulação de capital físico e humano, e
ganhos permanentes de produtividade.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a vírgula logo após “humano” fosse retirada, o que,
entretanto, tornaria menos claras as relações sintáticas estabelecidas pela conjunção “e”, em sua segunda
ocorrência.

Comentário: Como vimos nos esquemas anteriores, a vírgula inserida antes do último “e” não é obrigatória,
mas tem um papel importante na clareza do texto. No caso desta frase, a vírgula mostra ao leitor que a

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primeira conjunção “e” faz uma divisão interna do primeiro termo enumerado (a acumulação de capital físico
e humano) e que o último “e” inicia o segundo termo da enumeração “ganhos permanentes da
produtividade”.

Gabarito: C

Outro fato relevante para as provas da banca CESPE é notarmos que algumas vezes este tipo de
oração encontra-se com verbo no gerúndio e sem conjunção. Chamamos isso de oração reduzida de
gerúndio, a qual será mais explorada em outras aulas. Veja:

O Brasil exportou mais em 2010, continuando sua trajetória econômica ascensional.

A banca CESPE pede muitas vezes para transformarmos essa oração reduzida em desenvolvida, com
a conjunção aditiva “e”. Veja:

O Brasil vem exportando bastante, continuando sua trajetória econômica ascensional.

O Brasil vem exportando bastante e continua sua trajetória econômica ascensional.

Veja mais um exemplo:

“O Banco Central deixa de ser responsável pela intermediação das ordens de pagamento, transferindo
essa atribuição para um conjunto de câmaras de compensação e liquidação (clearings), que passam a
garantir a finalização destas operações.”

A forma verbal “transferindo”(ℓ.2) poderia ser substituída, sem prejuízo para a correção do período,
por e transfere, eliminando-se a vírgula após “pagamento”(ℓ.2)?

Podemos entender nesse período uma sequência de processos verbais referentes ao Banco Central.
Primeiro, ele deixa de ser responsável pela intermediação. Depois, transfere essa atribuição para um
conjunto de câmaras de compensação e liquidação (clearings) e estes passam a garantir a finalização destas
operações.

Assim, entre essas orações há valor de adição.

Por esse motivo, pode-se substituir a oração reduzida de gerúndio pela sua forma desenvolvida, com
conjunção “e” e verbo conjugado no presente (“transfere”).

Como a conjunção “e” liga duas orações de mesmo sujeito, é natural não haver vírgula.

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27. (CESPE / MPE-PI Superior – 2012)


Fragmento do texto: Vestidos de palhaço, eles aproveitam o tempo dos carros parados no semáforo para
cumprir essa missão. Com cartazes educativos, ocupam a faixa de pedestres, fazem performances e brincam
com os motoristas. Muita gente fecha o vidro do carro.
Sem prejuízo semântico para o texto, as formas verbais “fazem” (linha 2) e “brincam” (linha 2) poderiam ser
substituídas pelas formas fazendo e brincando, respectivamente.

Comentário: Veja que há uma sequência de ações, da mesma forma como vimos na teoria. Assim, podemos
substituir os verbos, transformando as orações em reduzidas de gerúndio. Compare:

Com cartazes educativos, ocupam a faixa de pedestres, fazem performances e brincam com os motoristas.

Com cartazes educativos, ocupam a faixa de pedestres, fazendo performances e brincando com os
motoristas.

Gabarito: C

2.2.2 Adversativas

Exprimem contraste, oposição, ressalva, compensação. As principais são: mas, porém, contudo,
todavia, entretanto, no entanto.

Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a valor adversativo e podem
iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao passo que, antes (=pelo contrário), já, não obstante, apesar
disso, em todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor adversativo; por isso é
importante entender a oposição e não apenas memorizar as conjunções.

Ex.: Trabalhou duro, mas não ganhou muito dinheiro.

Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa.

Estude bastante o conteúdo específico, todavia não se desligue dos conhecimentos básicos.

Não desmatar é importante, no entanto não é a única solução para a sustentabilidade do planeta.

O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver.

Atenção na adversativa, pois a vírgula é obrigatória

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____________________, mas ____________________. (adversativa)

Oração inicial Oração coordenada sindética

Período Composto por Coordenação

Todas as conjunções, exceto “mas”, podem ficar no início, no meio e no fim desta oração. Veja as
possibilidades:

Há muito serviço, porém ninguém trabalhava.

Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava.

Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém.

A banca CESPE costuma cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O posicionamento dessas
conjunções é que irá determinar se a troca é possível ou não. A conjunção “porém”, nestes exemplos, pode
ser substituída pela conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções entretanto, contudo, no
entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições vistas acima.

Uso do ponto e vírgula:

Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode-se substituir a vírgula que
separa as orações adversativas por ponto e vírgula.

Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava.

Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém.

Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções deslocadas (como visto
acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração, é percebida em bons autores a divisão por ponto e
vírgula. Veja:

Há muito serviço; porém ninguém trabalhava.

Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se após a conjunção: a
primeira delas é a adversativa e a segunda será vista adiante.

Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava.

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28. (CESPE / PGE PE Assistente de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: A modernidade é um contrato. Todos nós aderimos a ele no dia em que nascemos, e
ele regula nossa vida até o dia em que morremos. Pouquíssimos entre nós são capazes de rescindi-lo ou
transcendê-lo. Esse contrato configura nossa comida, nossos empregos e nossos sonhos; ele decide onde
moramos, quem amamos e como morremos.
A vírgula empregada na linha 1 tem a finalidade de demarcar uma relação de oposição entre as orações
“Todos nós aderimos a ele no dia em que nascemos” (linhas 1) e “e ele regula nossa vida até o dia em que
morremos” (linhas 1 e 2).

Comentário: A vírgula antes da conjunção “e”, na linha 1, ocorre porque tal conjunção une orações de
sujeitos diferentes, e não por supostamente haver valor de oposição.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

29. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: Não será difícil caracterizar os programas de formação que serviram a intuitos
“reformadores”: o seu objetivo primordial é o de adaptar os professores a “novas” técnicas ou processos.
A avaliar pela situação que se vive nas escolas, talvez esta prática de formação não tenha servido ao
que se propôs. E não se poderá imputar a responsabilidade à incipiente concepção, à escassez de recursos,
à falta de financiamento dos programas ou ao tradicional individualismo dos professores.
No contexto em que ocorre, a conjunção “E” (linha 4) possui sentido adversativo, podendo ser substituída,
sem prejuízo para os sentidos do texto, pela conjunção mas.

Comentário: Entendemos do contexto que talvez a prática de formação falada no texto não tenha servido
ao que se propôs e não se poderá imputar a responsabilidade à incipiente concepção, à escassez de recursos,
à falta de financiamento dos programas ou ao tradicional individualismo dos professores.

Assim, notamos a adição de outra negação à anterior, por isso não cabe valor adversativo, sugerido
na questão, ao pedir a substituição por “mas”.

Portanto, a afirmação está errada.

Gabarito: E

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30. (CESPE / CGM de João Pessoa Técnico – 2018)


Fragmento do texto: A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação ruim com a
lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto de que essa regra universal produz legalidade
e cidadania. Eu pago meus impostos integralmente e, por isso, posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Agora, se
eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”,
aí temos o “jeitinho” virando corrupção.

A palavra “Agora” (linha 3) exprime uma circunstância temporal.

Comentário: A palavra “agora” pode ser advérbio de tempo ou conectivo coordenativo adversativo.

Note no contexto que a palavra “agora” transmite uma ideia de contraste entre a ideia de ser um
cidadão que cumpre as suas obrigações e cobrar pelo serviço público e ser uma pessoa que age com o
“jeitinho brasileiro” (uma corrupção).

Assim, a palavra “Agora”, neste contexto, não tem valor temporal. Na realidade, pode ser substituída
por “Porém”.

Gabarito: E

31. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2017)


Fragmento do texto: Atente-se: a classe lucrativa tem conduta adversa ao estilo de vida da camada dirigente,
não obstante a explore, e viva, em grande parte, de seus favores, numa espécie de capitalismo político,
dependente e subordinado ao Estado.
Na linha 2, a substituição de “não obstante” por contudo preservaria a correção gramatical e o sentido
original do texto

Comentário: A expressão “não obstante” pode ter valor coordenativo adversativo ou valor adverbial
concessivo, assunto a ser visto na próxima aula. Para sabermos se “não obstante” tem valor coordenativo,
basta verificar se o verbo está flexionado no indicativo, como no seguinte exemplo:

Ana estudou bastante para a prova, não obstante não foi aprovada.

Porém, se o conectivo “não obstante” estiver iniciando oração com verbo no subjuntivo, terá valor
adverbial concessivo, como no exemplo abaixo:

Não obstante estudasse pouco, Joaquim passou na prova.

Bom, voltando ao contexto da questão, como o verbo “explore” (linha 2) se encontra flexionado no
modo subjuntivo, o conectivo “não obstante” não tem valor coordenativo adversativo, mas adverbial
concessivo, por isso não pode ser substituído por “contudo” e a afirmação está errada.

Gabarito: E

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32. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A Constituição de 1988 contém uma norma que protege os animais,
independentemente de sua origem ou classificação. Porém, a proteção que lhes é garantida baseia-se em
um argumento puramente utilitarista: os animais são protegidos com a finalidade de garantir um hábitat
saudável às atuais e futuras gerações humanas.
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso a conjunção “Porém” (linha 2)
fosse substituída por Mas.

Comentário: Sabemos que a conjunção “Porém” só pode ter valor coordenativo adversativo. Assim, seria
natural a sua troca pela conjunção “Mas”, a qual possui mesmo valor semântico.

Porém, note que, no texto original, a conjunção “Porém” se encontra seguida de vírgula, o que pode
ocorrer também com as conjunções “contudo”, “entretanto”, “todavia”, “no entanto”; mas não com a
conjunção “mas”.

Por isso a afirmação está errada.

Gabarito: E

33. (CESPE / TRT 7ª Região Analista – 2017)


Fragmento do texto: Em suma, reconhecer a centralidade que assumiu a discussão sobre direitos ajuda a
entender a atual onipresença da palavra cidadania. Mas avançar na elucidação desse fenômeno impõe
perceber que, ao lado da valorização dos direitos, se desenvolve igualmente a certeza de que o caminho
para efetivá-los é a mobilização pública do sentimento de justiça, e não a ativação de métodos
personalistas de acesso a eles. Em outras palavras, considera-se cada vez mais importante que os direitos
estejam fortemente conectados com a plena autonomia política dos indivíduos, de modo que não sejam
vividos como favores concedidos por governantes, filantropos, patronos ou equivalentes.
Sem prejuízo para a correção e os sentidos do texto, a expressão “e não” (linha 4) poderia ser substituída
por
a) não só.
b) e nem.
c) senão.
d) mas não.

Comentário: Entendemos do contexto que o caminho para efetivar os direitos não é a ativação de métodos
personalistas de acesso a eles, mas a mobilização pública do sentimento de justiça.

Dessa forma, entendemos uma oposição, um contraste, e a conjunção “e” tem valor coordenativo
adversativo, e isso é reforçado pela presença do advérbio “não”.

Por isso, a alternativa (D) é a correta, pois podemos substituir “e não” por “mas não”, preservando o
sentido e a correção.

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Gabarito: D

34. (CESPE / TRF 1ªR Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: Para Abba Lerner, Prêmio Nobel de Economia de 1954, toda transação econômica
realizada é um conflito político resolvido. Inversamente, podemos sustentar que toda disputa pelos recursos
não mercantis das cidades — saúde e saneamento, mobilidade, meio ambiente, segurança — não redutível
a relações de compra e venda configura conflitos políticos em potencial.
A coerência e a correção gramatical do último parágrafo seriam preservadas caso se substituísse
“Inversamente” (linha 2) por Entretanto.

Comentário: O advérbio “inversamente” demonstra que há uma oposição entre as orações “toda transação
econômica realizada é um conflito político resolvido” e “podemos sustentar que toda disputa pelos recursos
não mercantis das cidades — saúde e saneamento, mobilidade, meio ambiente, segurança — não redutível
a relações de compra e venda configura conflitos políticos em potencial”. Dessa forma, a conjunção
coordenativa adversativa “Entretanto” manterá tal oposição.

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

35. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017)


Fragmento do texto: A pedagogia tradicional é caracterizada pela preocupação com a eficiência sempre
maior, inspirada no modelo econômico dominante, e pelo impulso da educação popular, isto é, o
aparecimento de enormes grupos-classes, implicando uma organização global extremadamente detalhada.
Entretanto, no início do século XX, a pedagogia tradicional foi contestada pela Escola Nova. A
pedagogia nova se constitui como oposição estreita à tradição: concentração da atenção na criança, suas
afinidades e seus campos de interesse; definição do docente como guia etc. A pedagogia nova se opõe a uma
pedagogia tradicionalmente centrada no mestre e nos conteúdos a transmitir.
A conjunção “Entretanto” (linha 3) tem, no período em que se insere, sentido conclusivo, equivalendo,
semanticamente, a Portanto.

Comentário: A conjunção “Entretanto” só pode ser coordenativa adversativa. Assim, não pode ser
substituída pela conjunção conclusiva “Portanto”.

Gabarito: E

36. (CESPE / Prefeitura de São Luís MA Professor – 2017)


Fragmento do texto: Ao fim de tanto tempo de sujeição, que iriam fazer cá fora, sem saber em que se
ocupar? E Damião sentia renascer no seu espírito o impulso da revolta, querendo denunciar a burla e
protestar contra o novo engodo à liberdade dos negros. Mas vinha-lhe o desânimo.
No texto, a oração “Mas vinha-lhe o desânimo” (linha 3) expressa uma ideia de
a) consequência.

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b) finalidade.
c) conclusão.
d) adversidade.
e) condição.

Comentário: A conjunção “Mas” inicia oração de valor coordenativo adversativo. Assim, a alternativa correta
é a (D).

Gabarito: D

37. (CESPE / DPU Agente Administrativo – 2016)

No terceiro quadrinho, o pensamento de Mafalda é introduzido por uma oração adversativa, que apresenta
ideia que contrasta com as ideias veiculadas nos quadrinhos anteriores.

Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa. Assim, transmite contraste em relação à


informação anterior e a afirmação está correta.

Gabarito: C

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38. (CESPE / CPRM Superior – 2016)


Fragmento do texto: Há, ainda, outro detalhe surpreendente: os dois genes em questão só se ativam na
presença do PET, o que constitui uma “ativação por substrato”, mecanismo muito comum em velhas rotas
metabólicas. Parece evidente, entretanto, que isso não precisa ser o resultado de milhões de anos de
paciente evolução. Basta um século, ou menos.
A conjunção “entretanto” (linha 3) do texto introduz, no período em que se insere, ideia de
a) condição.
b) explicação.
c) oposição.
d) comparação.
e) adição.

Comentário: A conjunção “entretanto” só pode ter valor adversativo, o qual transmite contraste, oposição
em relação à informação anterior. Assim, a alternativa (C) é a correta.

Gabarito: C

39. (CESPE / Prefeitura de São Paulo Médio – 2016)


Fragmento do texto: O Brasil é um país de cidades novas. A maior parte de seus núcleos urbanos surgiu no
século passado. Há cidades, entretanto, que já existem há bastante tempo. Contemporâneas dos primeiros
tempos da colonização, algumas delas já ultrapassaram inclusive a marca do quarto centenário. Poucas são
as cidades brasileiras, contudo, que ainda apresentam vestígios materiais consideráveis do passado.
No texto I, a conjunção “entretanto” (linha 2) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de
a) condição.
b) causa.
c) consequência.
d) oposição.
e) adição.

Comentário: A conjunção “entretanto” só pode ter valor adversativo, o qual transmite contraste, oposição
em relação à informação anterior. Assim, a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

40. (CESPE / DEPEN Superior – 2015)


Fragmento do texto: Ao todo, os detentos podem remir até quarenta e oito dias apenas com as leituras. Essa
possibilidade, no entanto, ainda é restrita a penitenciárias federais de segurança máxima.
A substituição da locução “no entanto” por conquanto manteria a relação estabelecida entre a última oração
do segundo parágrafo e a que a antecede.

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Comentário: O conectivo “no entanto” só pode ter valor coordenativo adversativo. Veremos na próxima aula
que a conjunção “conquanto” só pode ter valor adverbial concessivo. Assim, não pode haver a substituição
direta de um pelo outro.

Gabarito: E

41. (CESPE / TRE GO Analista Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: Os militares, por outro lado, defendiam um Poder Executivo forte e se opunham à
autonomia buscada pelos civis. Isso sem mencionar as acirradas disputas internas de cada grupo. Esse era
um quadro que demonstrava a grande instabilidade sentida pelos cidadãos que viveram naqueles anos. Mas
havia cidadãos?
A inserção de vírgula logo após “Mas” (linha 3) não prejudicaria a correção gramatical do texto, pois, nesse
caso, a utilização da vírgula é de caráter facultativo.

Comentário: Os conectivos adversativos “porém”, “contudo”, “entretanto”, “no entanto”, “todavia”, quando
iniciam períodos ou forem precedidos de ponto e vírgula, podem ser seguidos de vírgula:

Estudo pouco. Porém, passou no concurso.

Estudo pouco; porém, passou no concurso.

Contudo, devemos observar que somente a conjunção “mas” não admite tal pontuação posterior.
Assim, a afirmativa é errada.

Gabarito: E

42. (CESPE / FUB Nível Médio – 2015)


Fragmento do texto: “O preconceito linguístico é um equívoco, e tão nocivo quanto os outros. Segundo
Marcos Bagno, especialista no assunto, dizer que o brasileiro não sabe português é um dos mitos que
compõem o preconceito mais presente na cultura brasileira: o linguístico”.
A redação acima poderia ter sido extraída do editorial de uma revista, mas é parte do texto O oxente
e o ok, primeiro lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro,
realizada pelo Ministério da Educação em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e
Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC).
O elemento coesivo “mas” (linha 4) inicia uma oração coordenada que exprime a ideia de concessão em uma
sequência de fatos.

Comentário: A conjunção “mas” inicia oração coordenada de valor adversativo, e não concessivo. A
concessão é circunstância adverbial, sobre a qual falaremos na próxima aula.

Gabarito: E

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43. (CESPE / ICMBIO Superior – 2014)


Fragmento do texto: Com as técnicas de simulação em laboratórios de que dispomos atualmente, por
exemplo, não se pode prever como será o desempenho da bateria de um carro elétrico nos próximos quinze
anos. As simulações de computador podem, por fim, tornar-se sofisticadas a ponto de substituir
experimentos de longo prazo. Enquanto isso, no entanto, precisamos adotar cautela extra ao construirmos
coisas que precisam durar.
A expressão “no entanto” (linha 4) poderia ser substituída pelo vocábulo entretanto, sem que houvesse
prejuízo à correção gramatical e ao sentido do texto.

Comentário: Os conectivos “no entanto” e “entretanto” só podem ter sentido adversativo. Assim, eles
podem ser trocados sem qualquer problema gramatical, além de preservar o sentido no texto.

Gabarito: C

44. (CESPE / ICMBIO Superior – 2014)


Fragmento do texto: Os estados e municípios deverão adotar os novos parâmetros até agosto de 2014, caso
contrário, não receberão recursos da União. Nesse contexto, a lei propõe incentivos dos municípios para a
organização desses trabalhadores em cooperativas, em detrimento do trabalho autônomo dos catadores de
rua. A maioria dos catadores autônomos, entretanto, é moradora de rua ou desempregada, sem acesso ao
mercado de trabalho formal. Em muitos casos, são dependentes químicos ou alcoólatras, e não têm horários
estabelecidos para o trabalho.
O elemento coesivo sentencial “entretanto” (linha 4) tem a finalidade semântica de introduzir uma relação
de adversidade entre a informação expressa no período de que faz parte e a informação expressa nos
períodos que o antecedem

Comentário: O conectivo “entretanto” só pode ter sentido adversativo. Assim, realmente, ele tem a
finalidade de transmitir adversidade entre a informação iniciada por ele (a maioria dos catadores autônomos
é moradora de rua não tem acesso ao emprego formal) em relação às informações anteriores (adoção de
novos parâmetros, proposta de incentivos por lei para as cooperativas em detrimento do trabalho
autônomo).

Gabarito: C

45. (CESPE / ICMBIO Superior – 2014)


Fragmento do texto: A depender da contribuição de especialistas em desenvolvimento sustentável da
Universidade de Brasília, o lema de 1889, inspirado nos conceitos positivistas do francês Augusto Comte,
teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo Progresso”. Essa renovação de ideias, entretanto, precisa do
apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual, e do Brasil em particular, é muito diferente do
registrado há duas décadas, por exemplo. Na configuração geopolítica do século XXI, a supremacia dos
Estados Unidos da América e da Europa é confrontada pelo dinamismo econômico de nações como a China,
Índia, África do Sul e o próprio Brasil.

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Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o termo “entretanto” (linha 3) e o trecho “e do Brasil em
particular” (linha 4), bem como as vírgulas que os isolam, poderiam ser excluídos do período a que
pertencem.

Comentário: Primeiramente, sabemos que as orações coordenadas podem ser sindéticas (com conjunção)
ou assindéticas (sem conjunção). Assim, a exclusão da conjunção “entretanto” apenas transforma a oração
coordenada sindética em “assindética”, não havendo prejuízo para a correção gramatical.

A expressão “e do Brasil em particular” é apenas um Comentário: extra do autor e não é


imprescindível na estrutura sintática. Assim, podemos excluir também essa expressão e não haverá prejuízo
à correção gramatical.

Gabarito: C

46. (CESPE / ICMBIO Médio – 2014)


Fragmento do texto: Depois, quando a captura com malha foi autorizada, ele se destacou entre os colegas.
Chegava a voltar com até 300 quilos de peixe na embarcação. Hoje, o lago já não é tão abundante quanto há
uma década e meia, mas ele ainda chega com o barco cheio. Entre tilápias, tucunarés, carpas e traíras, soma
250 quilos de peixe por semana e perto de dois mil reais por mês.
O vocábulo “mas” (linha 3) é um elemento coesivo que introduz relação de conclusão entre a informação
expressa no período de que faz parte e a informação expressa no período que o antecede.

Comentário: O vocábulo “mas” tem valor coordenativo adversativo, e não conclusivo, como afirma a
questão.

Gabarito: E

47. (CESPE / MTE Agente Administrativo – 2014)


Fragmento do texto: Assim, toda relação de emprego (espécie) é uma relação de trabalho, mas nem toda
relação de trabalho é uma relação de emprego.
Caso se substituísse o conectivo “mas” (linha 1) por no entanto, seriam mantidos a correção gramatical e o
sentido do texto.

Comentário: Os conectivos “mas” e “no entanto” têm sentido coordenativo adversativo. Assim, eles podem
ser trocados sem qualquer problema gramatical, além de preservar o sentido no texto.

Gabarito: C

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48. (CESPE / Anatel Superior – 2014)

No segundo quadrinho, a palavra “Já” tem valor temporal.

Comentário: A palavra “Já”, no segundo quadrinho, transmite um valor adversativo, isto é, um contraste em
relação à informação anterior. Tanto assim que o contexto admite a substituição de “Já” por “Mas”. Assim,
não há valor temporal e a afirmativa está errada.

Gabarito: E

49. (CESPE / SEGER-ES Analista do Executivo – 2013)


Fragmento do texto: Não entrei na faculdade com grandes ilusões, mas também não estava preparado por
ela no meu primeiro dia à frente de uma sala de aula, com trinta alunos já decididos a me rejeitar. Tornei-
me professor muito depois de receber o diploma com a habilitação. Acho que posso dizer que fui lapidado
com a prática e que ainda tenho muito pela frente, pois só faz quatro anos desde aquele primeiro dia.
Porém já tenho as minhas certezas: ser professor poderia ser muito mais confortável, poderia ser
muito menos estafante, mas vale todos os momentos.
A conjunção “Porém” estabelece relação de subordinação sintática entre o parágrafo que ela inicia e o
anterior.

Comentário: A conjunção “Porém” é coordenativa adversativa. Assim, não estabelece relação de


subordinação sintática, mas de coordenação.

Gabarito: E

50. (CESPE / DPRF Policial Rodoviário Federal – 2013)


Fragmento do texto: Leio que a ciência deu agora mais um passo definitivo. É claro que o definitivo da ciência
é transitório, e não por deficiência da ciência (é ciência demais), que se supera a si mesma a cada dia...
Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do texto, a conjunção “e”, em “e não por deficiência da
ciência” (linha 2), poderia ser substituída por mas.

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Comentário: Vimos que a conjunção “e” pode ser também usada com valor adversativo, neste caso, cabendo
ser substituída por “porém”, “mas”, “contudo”, “entretanto”. Assim, bastava perceber o valor de contraste
realizando a substituição. Veja:

É claro que o definitivo da ciência é transitório, e não por deficiência da ciência (é ciência demais), que se
supera a si mesma a cada dia...

É claro que o definitivo da ciência é transitório, mas não por deficiência da ciência (é ciência demais), que se
supera a si mesma a cada dia...

É claro que o definitivo da ciência é transitório, porém não por deficiência da ciência (é ciência demais), que
se supera a si mesma a cada dia...

Gabarito: C

51. (CESPE / TCU Auditor Federal de Controle Interno – 2011)


Fragmento do texto: Para o filósofo Bentham, a felicidade era uma proposição matemática, e ele passou
anos realizando pequenos ajustes em seu “cálculo da felicidade”, um termo maravilhosamente atraente. Eu,
por exemplo, nunca associei cálculo à felicidade. No entanto, trata-se de matemática simples. Some os
aspectos prazerosos de sua vida, depois subtraia os desagradáveis. O resultado é a sua felicidade total.
A expressão “No entanto” introduz, no texto, ideia de oposição ao fato de o autor nunca ter associado cálculo
à felicidade.

Comentário: A expressão “No entanto” é um conectivo adversativo, o qual transmite contraste, oposição.
Note que o autor dizia no texto que nunca tinha associado cálculo à felicidade, em seguida insere a oposição
de que este cálculo existe e é simples. Assim, a afirmativa está correta.

Gabarito: C

52. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível médio – 2011)


Fragmento do texto:
O governo do estado de São Paulo lançou um programa que fechará o cerco ao consumo de álcool
por crianças e adolescentes. A medida inclui uma lei mais severa, que punirá com multas pesadas e
fechamento os estabelecimentos comerciais que reincidirem na venda de bebidas a indivíduos com menos de
dezoito anos de idade, sejam bares, supermercados, restaurantes, boates ou lojas de conveniência.
(...)
Em 2007, o governo paulista determinou que os estabelecimentos infratores deveriam fechar as
portas. A lei de agora reafirma a punição em vigor há mais de quatro anos e inova ao estabelecer multas com
valores altos, que variam de acordo com o tamanho do negócio e 10 vão de R$ 1.745,00 a R$ 43.625,00.

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O sentido e a correção gramatical do texto seriam mantidos caso se substituísse o trecho “os
estabelecimentos infratores deveriam fechar as portas. A lei de agora reafirma” (linhas 5 e 6) por os
estabelecimentos infratores deveriam fechar as portas, mas a lei de agora reafirma.

Comentário: Pela reescrita do trecho, a questão cobrou do candidato o valor semântico entre os dois últimos
períodos do texto.

É crucial observarmos o verbo “reafirma” na linha 9. Ele dá ao último período uma ideia de
confirmação, e não de oposição, como estava sendo proposto pela questão com a inserção da conjunção
“mas”.

Note que, em 2007, já havia uma determinação, e a lei de agora a reafirma e inova. Assim, não pode
haver valor de contraste, oposição. Entre esses dois períodos, há uma relação de adição, confirmação.

Gabarito: E

53. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomacia – 2011)


Fragmento do texto:
Quando se pensa em como era a infância séculos atrás, uma das primeiras imagens que vêm à cabeça
é a de meninos dando duro em minas ou limpando chaminés. A ideia de que essa fase da vida era
simplesmente ignorada e de que as pessoas passavam de bebês a trabalhadores, do dia para a noite, é
reforçada por inúmeras pinturas antigas retratando crianças sérias, tristemente vestidas como miniadultos.
As fontes de informações medievais, entretanto, quando analisadas de perto, não oferecem evidência alguma
de que as pessoas daquela época tivessem, com relação às crianças, atitudes muito diferentes das de hoje —
com exceção, talvez, apenas do uso em excesso de castigos físicos, que, de qualquer modo, 10 também
eram aplicados em adultos.
O vocábulo “entretanto” (linha 7) é um elemento coesivo que introduz uma relação de adversidade entre a
informação expressa no período de que faz parte e as informações expressas nos períodos anteriores.

Comentário: A conjunção “entretanto” é coordenativa adversativa. Assim, transmite relação de contraste,


oposição, adversidade entre a sua oração e as informações anteriores.

Gabarito: C

54. (CESPE / TRE ES nível médio – 2011)


Fragmento do texto: Convocada por D. Pedro em junho de 1822, a constituinte só seria instalada um ano
mais tarde, no dia 3 de maio de 1823, mas acabaria dissolvida seis meses depois, em 12 de novembro.
A substituição da conjunção “mas” por “conquanto” manteria o sentido original do texto e acrescentaria
característica rebuscada à linguagem empregada.

Comentário: A conjunção “mas” tem valor coordenativo adversativo, enquanto a conjunção “conquanto” é
subordinativa adverbial concessiva, a qual leva o verbo obrigatoriamente para o subjuntivo. Então uma não
pode substituir a outra. As orações subordinadas adverbiais serão vistas na próxima aula.

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Gabarito: E

55. (CESPE / PGM RR ES Procurador – 2011)


Fragmento do texto: Assim, o drama da desigualdade não constitui apenas um problema de distribuição
mais justa da renda e da riqueza: envolve a inclusão produtiva digna da maioria da população desempregada,
subempregada, ou encurralada nos diversos tipos de atividades informais. Um PIB que cresce mas não inclui
as populações não é sustentável.
No desenvolvimento da argumentação, apesar de enfraquecer a ideia de oposição, a substituição de “mas”
por e mantém a coerência e a correção do texto.

Comentário: A conjunção “e” pode ter valor de oposição, depende do contexto, como foi este. Veja que a
conjunção “mas” exige vírgula antecipando-a, mas o autor do texto preferiu não utilizar, por isso a conjunção
“e” também com valor de oposição não foi antecedida de vírgula. Fica claro que, quando mantemos a
oposição com a conjunção “mas”, isso se dá de maneira mais enfática do que apenas com a conjunção “e”.
Por isso, está correta nesta questão a expressão: “apesar de enfraquecer a ideia de oposição”.

Gabarito: C

56. (CESPE / SEGER ES nível superior – 2011)


Fragmento do texto: A diferença é que, nesse caso, a previsão não se vale de dados, mas de sentimentos;
algo que poderia também ser chamado de intuição, mas que deriva da experiência de vida.
A inserção do termo também logo depois de “mas” preservaria tanto as relações de coerência entre os
argumentos quanto a correção gramatical do texto, com a vantagem de que reforçaria os aspectos utilizados
no tipo de previsão mencionado.

Comentário: Note que a expressão “mas de sentimentos” é adversativa, contrastante à informação anterior.
A inserção do vocábulo “também” transformaria essa expressão em adição, o que não condiz com o
contexto.

Gabarito: E

2.2.3 Alternativas

A conjunção alternativa é por excelência “ou”, sozinha ou repetida em cada uma das orações. Com a
conjunção “ou” sozinha, as orações alternativas normalmente não são separadas por vírgula. Veja as
principais conjunções:

ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.

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____________________ ou ____________________. (alternativa)

Oração inicial Oração coordenada sindética

Período Composto por Coordenação

Ex.: Faça este trabalho novamente, ou procure outro emprego.

A conjunção coordenativa “ou” poucas vezes é cobrada pela banca CESPE como conectivo de orações,
ela normalmente cobra seu valor de inclusão ou exclusão entre substantivos ou adjetivos.

Inclusão:

João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão)

Há alternativa de inclusão quando se mostra que, independente de qual dos termos, os dois possuem
tal característica: Tanto João quanto Pedro possuem as características de bons candidatos.

Exclusão:

João ou Pedro ganhará a presidência do clube. (valor de exclusão)

Um termo exclui o outro automaticamente. Se João ganhar, excluirá Pedro e vice-versa.

Como vimos acima, há outros vocábulos de diferentes classes gramaticais que cumprem valor
conjuntivo indicando alternância, como ora...ora, já...já, quer...quer, seja...seja, bem...bem. Eles devem ser
duplos e iniciar cada uma das orações alternativas. Não é de rigor, mas o uso da vírgula se fortalece por bons
autores separando orações cujo conectivo é repetido:

Ora narrava, ora comentava.

57. (CESPE / TRF 1ª Região Técnico Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A pergunta a respeito da exigibilidade ou não de procedimento licitatório prévio para
a contratação de serviços profissionais de advocacia não comporta uma resposta genérica, seja em sentido
positivo, seja em sentido negativo.
Na linha 2, o vocábulo “seja”, nas suas duas ocorrências, introduz uma condição.

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Comentário: A expressão correlativa “seja ... seja” tem valor coordenativo alternativo, e não condicional.
Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

58. (CESPE / STJ Analista Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: Desse modo, o termo justiça como conformidade da conduta a uma norma é
empregado para julgar o comportamento da pessoa humana diante de uma norma, seja esta moral, seja de
direito natural ou de direito positivo.
Em “seja esta moral, seja de direito natural” (linha 2 e 3), é obrigatório o emprego da vírgula para indicar a
relação de alternância entre os elementos de orações de mesmo nível sintático.

Comentário: Quando repetimos a conjunção alternativa, devemos inserir a vírgula. Assim, a afirmativa está
correta.

Gabarito: C

59. (CESPE / FUB Analista de Tecnologia da Informação – 2015)


Fragmento do texto: Ser objeto de referência, seja na Web, seja em publicações científicas, constitui fator
importante em avaliações globais.
As relações estabelecidas pelo emprego da expressão “seja (...) seja” (linha 1), que poderia ser corretamente
substituída pelo par quer (...) quer, indicam termos sintaticamente dependentes entre si.

Comentário: Dizemos que os conectivos “quer..quer”, “seja...seja”, “ou...ou”, “ora...ora” são correlativos.
Tais conectivos iniciam orações coordenadas alternativas. Assim, não pode haver dependência sintática
entre elas, pois elas não são orações subordinadas. A relação entre elas é de paralelismo, coordenação,
justaposição. Assim, a afirmativa está errada.

Gabarito: E

60. (CESPE / TRE ES Técnico – 2011)


Fragmento do texto: Na hipótese de doações a partidos políticos ou candidatos por meio da Internet, as
fraudes ou erros cometidos pelo doador, sem conhecimento dos candidatos, dos partidos ou das coligações,
não ensejam a responsabilidade destes nem a rejeição de suas contas eleitorais.
A conjunção ou empregada em “as fraudes ou erros” (linhas 1 e 2) designa exclusão, como na frase Liberdade
ou morte!

Comentário: A conjunção “ou” possui dois valores: inclusão ou exclusão. A exclusão marca que, havendo um
termo, o outro obrigatoriamente se exclui, como em “Liberdade ou morte”. Já na alternância de inclusão,
um termo não exclui o outro, podendo-se aglomerar, como no contexto: havendo “fraudes” não implica a
exclusão de “erros”. Eles podem coexistir.

Gabarito: E

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61. (CESPE / CEF Médio – 2011)


Fragmento do texto: Cientistas da Universidade de Essex, na Inglaterra, investigaram a serotonina, um
neurotransmissor ligado ao humor, e estudaram a preferência de 97 voluntários relativamente a diferentes
tipos de imagens. Pessoas em que se identificou apenas a versão longa do gene para a proteína
transportadora de serotonina — que controla os níveis do neurotransmissor nas células do cérebro —
tenderam a prestar atenção em figuras agradáveis (como imagens de chocolates) e evitaram as negativas
(como fotografias de aranhas). As pessoas com a forma curta do gene apresentaram preferências opostas,
embora não tão fortemente.
A substituição de “embora” (linha 7) por ou não prejudicaria a correção nem o sentido do texto.

Comentário: A conjunção “embora” tem valor concessivo, contrastante (veremos essa conjunção na próxima
aula). No texto, percebemos que as pessoas com a forma curta do gene apresentaram preferências opostas,
mesmo a apresentação dessa preferência não sendo tão forte. Com a substituição da conjunção “embora”
pela conjunção “ou”, haveria mudança de sentido, pois esta conjunção, neste contexto, transmitiria uma
ideia de alternância de exclusão; havendo, assim, um prejuízo à coerência do texto.

Gabarito: E

2.2.4 Conclusivas

São muito utilizadas em textos dissertativos, como resultado de um fato originário, fechamento de
argumento conclusivo e dedução. As principais conjunções são: logo, portanto, por conseguinte, pois
(colocada depois do verbo), por isso, então, assim, em vista disso.

____________________, portanto ____________________. (conclusiva)

Oração inicial Oração coordenada sindética

Período Composto por Coordenação

A vírgula ocorre neste tipo de oração, apesar de serem encontrados exemplos destas construções
sem vírgula. Então não se cobra na prova a obrigatoriedade ou não deste sinal de pontuação. Ele
simplesmente pode ocorrer, é o registro mais aceitável.

Ex.: Ele se manteve organizado, logo teve êxito nas tarefas.

O Brasil vem exportando muito, portanto está crescendo economicamente.

Joaquim trabalhou duro; terminou, pois, sua casa própria.

Realizamos muitos exercícios, por conseguinte a prova foi fácil.

Estudou, então passou.

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Da mesma forma que o valor adversativo, as conjunções coordenativas conclusivas também têm a
capacidade de mobilidade, podendo se posicionar também no meio ou no final da oração, com vírgula(s)
obrigatória(s):

Há muito serviço, portanto trabalharemos até tarde.

Há muito serviço, trabalharemos, portanto, até tarde.

Há muito serviço, trabalharemos até tarde, portanto.

Há muito serviço; trabalharemos, portanto, até tarde.

Há muito serviço; trabalharemos até tarde, portanto.

Há muito serviço; portanto trabalharemos até tarde.

Há muito serviço; portanto, trabalharemos até tarde.

Como vimos, somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se após a
conjunção: a primeira foi a adversativa e a segunda é a conclusiva. Note o último exemplo da sequência
anterior.

62. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019)


Fragmento do texto: Aquela senhora furiosa revoltou-se antes do tempo e não viu a condenação do conde
brutal. Tal suscetibilidade, decorrente da situação inferior em que, do modo mais injusto, as mulheres são
mantidas em nossas sociedades, é compreensível. Mas indignou-se cedo demais.
A oração “não viu a condenação do conde brutal” (ℓ. 1 e 2) exprime o motivo, a causa por que a senhora
furiosa revoltou-se antes do tempo.

Comentário: A conjunção “e” na oração “e não viu a condenação do conde brutal” apresenta valor de efeito,
de resultado; pois entendemos do texto a senhora não ver a condenação do conde brutal é o resultado de
ela ter-se revoltado antes do tempo. Assim, podemos, inclusive, substituir a conjunção “e” por “por isso”,
“portanto”, “por conseguinte”.

Assim, notamos que a conjunção “e” encontra-se numa relação de causa e efeito, porém ela inicia o
resultado, o efeito, e não a causa.

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Gabarito: E

63. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2019)


Fragmento do texto: A tributação, portanto, somente pode ser compreendida a partir da necessidade dos
indivíduos de estabelecer convívio social organizado e de gerir a coisa pública mediante a concessão de poder
a um soberano. Em decorrência disso, a condição necessária (mas não suficiente) para que o poder de
tributar seja legítimo é que ele emane do Estado, pois qualquer imposição tributária privada seria
comparável a usurpação ou roubo.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados se o termo “Em decorrência disso” (linha 3)
fosse substituído pela seguinte expressão.
a) Devido isso b) Em suma c) Por conseguinte
d) Consoante isso e) Para tanto

Comentário: O termo “Em decorrência disso” é um sequenciador que retoma uma causa anterior, e o
segmento a ele correlacionado “condição necessária (mas não suficiente)” transmite um valor de
consequência, de efeito do que aconteceu anteriormente.

Dessa forma, o sequenciador que também inicia um segmento de valor conclusivo e retoma uma
causa anterior é “por conseguinte”.

Portanto, a alternativa correta é a (C).

A alternativa (A) está errada, pois “Devido” rege a preposição “a”. Assim, a forma correta é “Devido
a isso”.

A alternativa (B) está errada, pois “Em suma” transmite um valor de concisão, de resumo ao
anteriormente mencionado.

A alternativa (D) está errada, pois “Consoante” transmite valor de conformidade.

A alternativa (E) está errada, pois “para” transmite valor de finalidade.

Gabarito: C

64. (CESPE / IPHAN Nível Médio – 2018)


Fragmento do texto: Sabemos bem que o trabalho do historiador, ao fabricar um patrimônio no seu próprio
ofício da escrita da história, está integrado a um projeto de nacionalização, de construção do Estado e,
portanto, de poder.
Os sentidos originais e as relações de coesão do texto seriam preservados caso se substituísse a palavra
“portanto” (ℓ.3) por também, uma vez que ambas exprimem uma ideia de conclusão.

Comentário: A conjunção “portanto” sempre tem valor conclusivo, e o advérbio “também” tem valor de
inclusão, por isso não cabe a substituição e a afirmação está errada.

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Gabarito: E

65. (CESPE / EMAP Nível Médio – 2018)


Fragmento do texto: A estrutura desses primeiros agrupamentos urbanos era tripartite: a cidade
propriamente dita, cercada por muralhas, onde ficavam os principais locais de culto e as células dos futuros
palácios reais; uma espécie de subúrbio, extramuros, local que agrupava residências e instalações para
criação de animais e plantio; e o porto fluvial, espaço destinado à prática do comércio e que era utilizado
como local de instalação dos estrangeiros, cuja admissão, em regra, era vedada nos muros da cidade. Não se
trata, portanto, de uma criação aleatória apenas vinculada à atividade comercial.
A palavra “portanto” (linha 6) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de conclusão.

Comentário: A conjunção “portanto” sempre tem valor conclusivo. Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

66. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: Na verdade, tanto o alfabetizador quanto o alfabetizando, ao pegarem, por exemplo,
um objeto, como faço agora com o que tenho entre os dedos, sentem o objeto, percebem o objeto sentido
e são capazes de expressar verbalmente o objeto sentido e percebido. Como eu, o analfabeto é capaz de
sentir a caneta, de perceber a caneta e de dizer caneta. Eu, porém, sou capaz de não apenas sentir a caneta,
de perceber a caneta, de dizer caneta, mas também de escrever caneta e, consequentemente, de ler caneta.
A conjunção “porém” (linha 4) expressa conclusão no período em que ocorre, por isso poderia ser
substituída, sem prejuízo do sentido original do texto, pela conjunção portanto.

Comentário: A conjunção “porém” só pode transmitir valor coordenativo adversativo. Assim, nunca terá
valor conclusivo, muito menos pode ser substituído por “portanto”. Por conseguinte, a afirmação está
errada.

Gabarito: E

67. (CESPE / IHVDF Médico – 2018)


Fragmento do texto: O pulso de Roy se acelerou. Ele passava por aquele caminho todo dia e sabia que logo
a maré ia subir e lavar um Picasso original autêntico. Ele tinha de fazer algo para salvá-lo. Mas como?
O vocábulo “logo” (linha 1) introduz uma ideia de conclusão, razão por que poderia ser substituído por
portanto, desde que isolado por vírgulas, sem alteração dos sentidos originais do texto.

Comentário: A palavra “logo” pode ser advérbio de tempo ou conectivo coordenativo conclusivo.

Note no contexto que a palavra “logo” é advérbio de tempo, pois transmite a ideia de que a maré
subiria rapidamente. Assim, não cabe a substituição de “logo” por portanto neste contexto e a afirmação
está errada.

Gabarito: E

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68. (CESPE / PC MA Delegado – 2018)


Fragmento do texto: Outro passo é tentar erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades, lutando para
atingir um desenvolvimento sustentado e o respeito pelos direitos humanos, reforçando as instituições
democráticas, promovendo a liberdade de expressão, preservando a diversidade cultural e o ambiente.
É, então, no entrelaçamento “paz — desenvolvimento — direitos humanos — democracia” que
podemos vislumbrar a educação para a paz.
No texto, em “É, então, no entrelaçamento ‘paz — desenvolvimento — direitos humanos — democracia’ que
podemos vislumbrar a educação para a paz” (linhas 4 e 5), o vocábulo “então” expressa uma ideia de
a) conclusão.
b) finalidade.
c) comparação.
d) causa.
e) oposição.

Comentário: Note que o contexto permite a troca de “então” por “portanto”, “assim”, pois tal conectivo
inicia o segmento que transmite resultado, efeito.

Assim, há valor de conclusão e a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

69. (CESPE / PC GO Delegado – 2017)


Fragmento do texto: A principal finalidade da investigação criminal, materializada no inquérito policial (IP),
é a de reunir elementos mínimos de materialidade e autoria delitiva antes de se instaurar o processo criminal,
de modo a evitarem-se, assim, ações infundadas, as quais certamente implicam grande transtorno para
quem se vê acusado por um crime que não cometeu.
Modernamente, o IP deixou de ser o procedimento absolutamente inquisitorial e discricionário de
outrora. A participação das partes, pessoalmente ou por seus advogados ou defensores públicos, vem
ganhando espaço a cada dia, com o objetivo de garantir que o IP seja um instrumento imparcial de
investigação em busca da verdade dos fatos.
Acrescente-se que o estigma provocado por uma ação penal pode perdurar por toda a vida e, por
isso, para ser promovida, a acusação deve conter fundamentos fáticos e jurídicos suficientes, o que, em
regra, se consegue por meio do IP.
Nas orações em que ocorrem no texto, os elementos “assim” (linha 3) e “por isso” (linhas 9 e 10) expressam,
respectivamente, as ideias de
a) consequência e consequência.
b) finalidade e proporcionalidade.
c) causa e consequência.
d) conclusão e conclusão.

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e) restrição e conformidade.

Comentário: Os conectivos “assim” e “por isso” encontram-se em orações que traduzem o resultado, o efeito
da informação do segmento anterior. Assim, ambas têm valor coordenativo conclusivo e a alternativa (D) é
a correta.

Gabarito: D

70. (CESPE / TRF 1ª Região Técnico Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A preocupação do filósofo era levar as pessoas, por meio do autoconhecimento, à
sabedoria e à prática do bem. Para o filósofo grego, o papel do educador é, portanto, o de ajudar o discípulo
a caminhar nesse sentido, despertando sua cooperação para que ele consiga, por si próprio, iluminar sua
inteligência e sua consciência.
O vocábulo “portanto” (linha 2) denota que a oração na qual está inserido constitui uma conclusão,
alcançada a partir das informações expostas no período anterior.

Comentário: A conjunção “portanto” só pode ter valor coordenativo conclusivo e logicamente transmite
esse valor em relação à informação do segmento anterior. Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

71. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017)


Fragmento do texto: O universo da comunicação vem se ampliando com maior dinamismo, nos últimos anos,
para atender à demanda de seus usuários, nas mais diferentes situações de interatividade. Nele estamos
inseridos, exercitando nossa linguagem oral e escrita, até mesmo na área digital. Por isso, necessitamos
sempre assimilar novos conhecimentos e expressá-los com objetividade e competência.
A substituição de “Por isso” (linha 3) por Por esse motivo manteria a correção e o sentido original do texto.

Comentário: O conectivo “Por isso” transmite uma noção de conclusão. Ele pode ser substituído por “Por
esse motivo” haja vista que “isso” retoma o motivo anteriormente informado, da mesma forma que a
expressão “esse motivo”. Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

72. (CESPE / PC PE Superior – 2016)


Fragmento do texto: Por outro lado, os progressos da ciência médica têm tornado imperioso que o momento
do óbito seja estabelecido com o máximo rigor. De fato, a problemática ligada à separação de partes
cadavéricas destinadas a transplantes em vivos exige que sua retirada seja feita em condições de
aproveitamento útil, o que impõe, em muitos casos, que esse procedimento seja feito em prazos curtos,
iniciados com o momento da morte. É importante, pois, que o médico estabeleça o momento de ocorrência
do êxito letal com a maior precisão possível.
A conjunção “pois” (linha 5) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de

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a) conclusão.
b) explicação.
c) causa.
d) finalidade.
e) consequência.

Comentário: Você viu anteriormente que, quando a conjunção “pois” encontra-se deslocada após o verbo,
só pode ter valor conclusivo. Até por isso podemos trocá-la por “portanto”, “por conseguinte”, “dessa forma”
etc.

A alternativa correta é a (A).

Gabarito: A

73. (CESPE / PC PE Superior – 2016)


Fragmento do texto: O fenômeno da corrupção, em virtude de sua complexidade e de seu potencial danoso
à sociedade, exige, além de uma atuação repressiva, também uma ação preventiva do Estado. Portanto, é
preciso estimular a integridade no serviço público, para que seus agentes sempre atuem, de fato, em prol do
interesse público.
Seria mantida a correção gramatical do texto se o vocábulo “Portanto” (linha 2) fosse substituído por Por
conseguinte.

Comentário: Para resolver esta questão, nem precisaríamos voltar ao texto, haja vista que os conectivos
“Portanto” e “Por conseguinte” só podem ter valor coordenativo conclusivo. Assim, um pode substituir o
outro.

Gabarito: C

74. (CESPE / TRE PE Superior – 2017)


Fragmento do texto: O jurista Luiz Roberto Barroso bem esclarece a distinção ao afirmar que “Enunciado
normativo é o texto ainda por interpretar. Já a norma é o produto da incidência do enunciado normativo
sobre os fatos da causa, fruto da interação entre texto e realidade.” Portanto, o enunciado normativo
resume-se ao texto legal, o qual, porém, somente se torna norma jurídica quando aplicado aos casos
concretos, ou seja, ao tornar-se efetivo.
O vocábulo “Portanto” (linha 3) introduz no texto a efetividade do direito eleitoral e a soberania popular
uma ideia de
a) finalidade.
b) conclusão.
c) causa.
d) consequência.

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e) condição.

Comentário: Outra questão que também não precisa retorno ao texto, haja vista que a conjunção “Portanto”
só pode ter valor coordenativo conclusivo. Assim, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

75. (CESPE / TRE PE Superior – 2017)


Fragmento do texto: Como lembra Marilena Chaui, a cidadania se define pelos princípios da democracia,
significando necessariamente conquista e consolidação social e política. A cidadania requer instituições,
mediações e comportamentos próprios, constituindo-se na criação de espaços sociais de lutas (movimentos
sociais, sindicais e populares) e na definição de instituições permanentes para a expressão política, como
partidos, legislação e órgãos do poder público. Distingue-se, portanto, a cidadania passiva, aquela que é
outorgada pelo Estado, com a ideia moral do favor e da tutela, da cidadania ativa, aquela que institui o
cidadão como portador de direitos e deveres, mas essencialmente criador de direitos para abrir novos
espaços de participação política.
No último período do texto, o vocábulo “portanto” (linha 5) introduz uma ideia de
a) adição.
b) tempo.
c) consequência.
d) conclusão.
e) explicação.

Comentário: Outra questão que também não precisa retorno ao texto, haja vista que a conjunção “Portanto”
só pode ter valor coordenativo conclusivo. Assim, a alternativa (D) é a correta.

Gabarito: D

76. (CESPE / Prefeitura de São Paulo Médio – 2016)


Fragmento do texto: É importante ressaltar que o grafite, inicialmente, foi uma arte caracterizada pela
autoria anônima, por meio da qual o grafiteiro transformava a cidade em um importante suporte de
comunicação artística sem delimitação de espaço, de mensagem ou de mensageiro.
Portanto, o que importava naquele momento era a arte em si e não o nome de seu autor. Por esse
motivo, os ditos “cânones” são retirados de sua posição central e imperativa para dar lugar a uma arte de
todos e para todos; arte da rua, na rua e para a rua; arte da cidade, na cidade e para a cidade: o grafite.
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto caso a palavra “Portanto”, no trecho “Portanto,
o que importava naquele momento era a arte em si e não o nome de seu autor” (linha 4), fosse substituída
por
a) Pois.
b) No entanto.

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c) Logo.
d) Entretanto.
e) Porquanto.

Comentário: A conjunção “Portanto” só pode ter valor conclusivo e pode ser substituído pela conjunção
também conclusiva “Logo”. Assim, a alternativa (C) é a correta.

Quanto às demais alternativas, a conjunção “pois” tem valor explicativo ou causal e só terá valor
conclusivo se estiver após o verbo, o que não ocorreu neste contexto. Os conectivos “No entanto” e
“Entretanto” têm valor coordenativo adversativo, e a conjunção “porquanto” pode ter valor explicativo ou
causal.

Gabarito: C

77. (CESPE / TRE PI Taquígrafo – 2016)


Fragmento do texto: Os partidos representam diferentes ideologias e convicções políticas existentes na
sociedade, reunindo, como seus filiados, cidadãos adeptos a sua corrente de pensamento. Por isso, antes de
se filiar a um partido político, o eleitor deveria tomar conhecimento do estatuto partidário, norma interna
que rege sua organização e seu funcionamento, com o objetivo de verificar sua afinidade com aquele projeto
político.
A expressão “Por isso” (linha 2) tem a função de retomar elemento já mencionado no texto e poderia ser
substituída por Porquanto, sem prejuízo do sentido original do texto.

Comentário: O conectivo “Por isso” é coordenativo conclusivo e não pode ser substituído por “Porquanto”,
que é um conectivo explicativo.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

78. (CESPE / FUB Analista de Tecnologia da Informação – 2015)


Fragmento do texto: Como a população cresce em número e em capacidade de consumo, também aumenta
o desejo de que a economia utilize mais recursos de base biológica, recicláveis e renováveis, logo, mais
sustentáveis — e essa é a base da bioeconomia.
O vocábulo “logo” (linha 2), por indicar conclusão de ideia anterior, poderia ser substituído pela expressão
por conseguinte, o que manteria a correção gramatical e a coerência textual.

Comentário: Sabendo-se que o conectivo “por conseguinte” também tem valor conclusivo, a substituição
pode ser realizada sem qualquer problema gramatical, de sentido ou de coerência. Assim, a afirmativa está
correta.

Gabarito: C

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79. (CESPE / TCU Técnico Federal de Controle Externo – 2015)


Fragmento do texto: A invenção e a difusão da técnica da escritura, somadas à compilação de costumes
tradicionais, proporcionaram os primeiros códigos da Antiguidade, como o de Hamurábi, o de Manu, o de
Sólon e a Lei das XII Tábuas. Constata-se, destarte, que os textos legislados e escritos eram melhores
depositários do direito e meios mais eficazes para conservá-lo que a memória de certo número de pessoas,
por mais força que tivessem em função de seu constante exercício.
Sem prejuízo do sentido do texto, o termo “destarte” (linha 3) poderia ser substituído por contudo ou
todavia.

Comentário: O conectivo “destarte” tem valor conclusivo, porém “contudo” e “todavia” têm valor
coordenativo adversativo, por isso a substituição não pode ocorrer.

Gabarito: E

80. (CESPE / Secretaria de Ciência e Tecnol DF Médio – 2014)


Fragmento do texto: É de se observar que a Constituição Federal de 1988 (CF) por nenhuma vez utiliza o
termo funcionário, embora este seja de uso comum na legislação ordinária; entretanto, há dispositivos legais
que tratam de pessoas que exercem funções públicas, quer administrativas, quer legislativas, quer
jurisdicionais, e ainda, pessoas que exercem tais funções sem vínculo empregatício com o Estado. Por
conseguinte, conclui-se, então, que seja imperiosa a adoção de outro vocábulo, de sentido mais amplo do
que servidor público, para designar as pessoas que exercem a função pública, com ou sem vínculo
empregatício.
A expressão “Por conseguinte” (linhas 4 e 5), utilizada para estabelecer conexão entre as ideias do texto,
equivale semanticamente a contudo.

Comentário: A expressão “por conseguinte” só pode ter valor coordenativo conclusivo e a conjunção
“contudo” só pode ter valor coordenativo adversativo. Assim, elas não se equivalem semanticamente.

Gabarito: E

81. (CESPE / ICMBIO Médio – 2014)


Fragmento do texto: A depender da contribuição de especialistas em desenvolvimento sustentável da
Universidade de Brasília, o lema de 1889, inspirado nos conceitos positivistas do francês Augusto Comte,
teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo Progresso”. Essa renovação de ideias, entretanto, precisa do
apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual, e do Brasil em particular, é muito diferente do
registrado há duas décadas, por exemplo. Na configuração geopolítica do século XXI, a supremacia dos
Estados Unidos da América e da Europa é confrontada pelo dinamismo econômico de nações como a China,
Índia, África do Sul e o próprio Brasil.
Na linha 3, a substituição do vocábulo “entretanto” pelo vocábulo portanto não acarretaria mudança de
significado no período em questão.

Comentário: O vocábulo “entretanto” só pode ter valor coordenativo adversativo e “portanto” só pode ter
valor coordenativo conclusivo. Dessa forma, a troca de um pelo outro acarretaria, sim, mudança de sentido.

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Gabarito: E

82. (CESPE / MTE Contador – 2014)


Fragmento do texto: Os responsáveis pela gestão de pessoas em uma organização são os gestores, e não a
área de RH. Gente é o ativo mais importante nas organizações: é o propulsor que as move e lhes dá vida.
Portanto, os aspectos que envolvem a gestão de pessoas têm de ser tratados como parte de uma política
de valorização desse ativo, na qual gestores e RH são vasos comunicantes, trabalhando em conjunto, cada
um desempenhando seu papel de forma adequada.
O vocábulo “Portanto” (linha 3) poderia ser substituído pela expressão Não obstante, sem prejuízo do
sentido original do texto.

Comentário: O vocábulo “Portanto” só pode ter valor coordenativo conclusivo e a expressão “Não obstante”
tem valor coordenativo adversativo. Assim, a troca de um pelo outro implicaria alteração de sentido.

Gabarito: E

83. (CESPE / Câmara Deputados Agente Pol Legislativa – 2014)

No terceiro quadrinho, a expressão “Sendo assim” poderia, sem prejuízo para a correção e a coerência do
texto, ser substituída por qualquer um dos seguintes conectores: Portanto, Por conseguinte, Conquanto.

Comentário: A expressão “Sendo assim” tem valor coordenativo conclusivo, da mesma forma que
“Portanto”, “Por conseguinte”. Porém, veremos na próxima aula que a conjunção “Conquanto” tem valor
adverbial concessivo, isto é, de contraste. Assim, a troca de um pelo outro implicaria alteração de sentido e
naturalmente contrariaria a lógica do texto, por isso transmitiria incoerência e incorreção gramatical.

Gabarito: E

84. (CESPE / ANTAQ nível médio – 2014)


Fragmento do texto: Mas para conhecer a Amazônia de verdade é preciso entender sua posição estratégica
para o país. Os rios são a chave para esse conhecimento. São as estradas que a natureza construiu e em cujas
margens se desenvolveram inúmeras povoações. Portanto, é impossível pensar em Amazônia sem associar
a importância que os rios têm para o desenvolvimento econômico e social. Eles devem ser vistos como os
grandes propulsores do desenvolvimento sustentável da região.

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Mantêm-se a correção gramatical do texto e suas informações originais ao se substituir “Portanto” (linha 3)
por qualquer um dos seguintes termos: Por isso, Logo, Por conseguinte.

Comentário: O vocábulo “Portanto” e as expressões “Por isso”, “Logo” e “Por conseguinte” têm valor
coordenativo conclusivo, por isso a troca de um pelo outro mantém o mesmo sentido.

Gabarito: C

85. (CESPE / CNJ Analista Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Quanto mais intensa a discriminação e mais poderosos os mecanismos inerciais que
impedem o seu combate, mais ampla é a clivagem entre discriminador e discriminado. Dessa lógica resulta,
inevitavelmente, que aos esforços de uns em prol da concretização da igualdade se contraponham os
interesses de outros na manutenção do status quo. É crucial, pois, que as ações afirmativas, mecanismo
jurídico concebido com vistas a quebrar essa dinâmica perversa, sofram o influxo dessas forças contrapostas
e atraiam considerável resistência, sobretudo da parte dos que historicamente se beneficiaram da exclusão
dos grupos socialmente fragilizados.
Na linha 4, o vocábulo “pois” está empregado com valor conclusivo, equivalendo a portanto.

Comentário: A conjunção “pois”, quando está deslocada, isto é, após o verbo, tem valor coordenativo
conclusivo. Assim, pode ser substituída pela conjunção “portanto”.

Gabarito: C

86. (CESPE / TRE-MS Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Na democracia direta, o povo participa diretamente da vida política do Estado,
exercendo os poderes governamentais, fazendo leis, administrando e julgando. É, pois, aquela em que o
povo exerce de modo imediato as funções públicas.
A conjunção “pois” (linha 2) exerce, na oração em que se insere, função explicativa.

Comentário: A conjunção “pois” está posicionada após o verbo e entre vírgulas. Assim, só pode ter valor
coordenativo conclusivo.

Gabarito: E

87. (CESPE / MPU Assistente Técnico Administrativo – 2013)


De fato, dados recentes indicam que, no Brasil, com 4,2 promotores para cada 100 mil habitantes, há uma
situação de clara desvantagem no que diz respeito ao número relativo de integrantes. No Panamá, por
exemplo, o número é de 15,3 promotores para cada cem mil habitantes; na Guatemala, de 6,9; no Paraguai,
de 5,9; na Bolívia, de 4,5. Em situação semelhante ou ainda mais crítica do que o Brasil, estão, por exemplo,
o Peru, com 3,0; a Argentina, com 2,9; e, por fim, o Equador, com a mais baixa relação: 2,4. É correto dizer
que há nações proporcionalmente com menos promotores que o Brasil. No entanto, as atribuições do
Ministério Público brasileiro são muito mais extensas do que as dos Ministérios Públicos desses países.

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Seriam mantidas a coerência e a correção gramatical do texto se, feitos os devidos ajustes nas iniciais
maiúsculas e minúsculas, o período “É correto (...) o Brasil” (linhas 5 e 6) fosse iniciado com um vocábulo de
valor conclusivo, como logo, por conseguinte, assim ou porquanto, seguido de vírgula.

Comentário: Você nem precisaria ter lido o fragmento do texto. Bastava observar que a conjunção
“porquanto” não pode ter valor conclusivo, como as demais. Você verá adiante que ela tem valor explicativo.
Este é o único problema, pois realmente o período tem valor conclusivo.

Gabarito: E

88. (CESPE / Secretaria da Saúde ES Médico – 2011)


Fragmento do texto: Os critérios para o diagnóstico da síndrome são: tiques motores múltiplos e um ou mais
tiques vocais devem estar presentes durante algum tempo, não necessariamente ao mesmo tempo...
O emprego de portanto imediatamente antes de “não necessariamente” manteria a correção gramatical e
o sentido original do período.

Comentário: A expressão “não necessariamente ao mesmo tempo” transmite um valor de contraste,


cabendo uma estrutura adversativa e não conclusiva.

Gabarito: E

É importante ressaltar que as orações coordenadas são chamadas de independentes. Isso porque
geralmente elas não dependem de outras para fazerem sentido.

Assim, algumas vezes encontramos frases muito grandes nos textos e a banca CESPE pede apenas
para que nós nos atentemos na divisão dos argumentos no texto. Confirme isso com esta questão do TRE:

89. (CESPE / TRE ES Técnico – 2011)


Fragmento do texto: Octaciano Nogueira, em trabalho a respeito do tema, parte da premissa de que essa
distorção “não é obra do regime militar, que, na verdade, se utilizou desse expediente, como de inúmeros
outros, para reforçar a Arena, durante o bipartidarismo; sua origem remonta à Constituinte de 1890, quando,
por sinal, o problema foi exaustivamente debatido; a partir daí, incorporou-se à tradição de nosso direito
constitucional legislado, em todas as subsequentes constituições; e o princípio, portanto, estabelecido
durante as fases democráticas sob as quais viveu o País e mantido sempre que se restaurou o livre debate,
subsequente aos regimes de exceção, foi invariavelmente preservado, como ocorreu em 1946 e 1988.”

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Os três sinais de ponto e vírgula empregados neste parágrafo do texto poderiam ser substituídos, com
correção, por ponto final, ajustando-se as iniciais maiúsculas nos novos períodos e suprimindo-se a
conjunção “e” do segmento “e o princípio”.

Comentário: Veja que toda a estrutura se constitui de orações coordenadas, com isso os sinais de ponto e
vírgula que demarcam pausas maiores (orações coordenadas) podem ser substituídos por ponto final. Note
que cada oração (numerada abaixo) constitui um argumento a mais na composição do texto, por isso cabe a
divisão em períodos.

Além disso, perceba que o último enunciado coordenado já está com a conjunção coordenativa
conclusiva, o que permite a eliminação da conjunção “e”.

Veja:
1
Octaciano Nogueira, em trabalho a respeito do tema, parte da premissa de que essa distorção “não é obra
do regime militar, que, na verdade, se utilizou desse expediente, como de inúmeros outros, para reforçar a
2
Arena, durante o bipartidarismo. Sua origem remonta à Constituinte de 1890, quando, por sinal, o problema
3
foi exaustivamente debatido. A partir daí, incorporou-se à tradição de nosso direito constitucional legislado,
4
em todas as subsequentes constituições. O princípio, portanto, estabelecido durante as fases democráticas
sob as quais viveu o País e mantido sempre que se restaurou o livre debate, subsequente aos regimes de
exceção, foi invariavelmente preservado, como ocorreu em 1946 e 1988.”

Gabarito: C

2.2.5 Explicativas

Iniciam termo que esclarece uma declaração anterior ou ameniza uma ordem. As principais
conjunções são: porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.

____________________, pois ____________________. (explicativa)

Oração inicial Oração coordenada sindética

Período Composto por Coordenação

Apesar de observarmos comumente a vírgula antes da estrutura explicativa, as gramáticas não


enfatizam que sua inserção seja obrigatória.

Um detalhe importante: as conjunções de causa também podem ter valor de explicação. Assim, é
natural a banca CESPE pedir para substituir essas conjunções explicativas por “uma vez que”, “já que”, etc.
Reconheceremos na próxima aula essas conjunções.

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Podem-se dividir as orações coordenadas explicativas em duas:

a) Esclarecimento de uma informação anterior:

Chorou muito, porque os olhos estão inchados.

Choveu durante a madrugada, pois o chão está alagado.

Era uma criança estudiosa, porquanto sempre tirava boas notas.

b) Amenização de uma ordem:

Volte logo, que vai chover.

Tem sido bastante cobrada nas provas da banca CESPE a inserção da conjunção coordenativa
explicativa com a retirada de ponto final ou dois-pontos. Mas, para isso, deve-se entender SEMPRE o valor
semântico da oração no texto. Veja os exemplos:

Ele não foi à casa dos pais. Sua aparência de esgotamento os preocuparia.

Pode-se substituir o ponto final pela conjunção “pois”, desde que o vocábulo “Sua” mude a inicial
maiúscula para minúscula. Veja:

Ele não foi à casa dos pais pois sua aparência de esgotamento os preocuparia.(Note que a vírgula
antes da conjunção “pois” é facultativa.)

Esta mesma estrutura poderia ser separada por dois-pontos. Veja:

Ele não foi à casa dos pais: sua aparência de esgotamento os preocuparia.

90. (CESPE / PGE PE Assistente de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Ela fazia um para cada dia da semana, assim, eu podia me esbaldar e me sujar à
vontade, porque sempre teria um macacão limpo para usar no dia seguinte.
A substituição do conectivo “porque” (linha 2) por pois manteria os sentidos originais do texto.

Comentário: A conjunção “porque” é explicativa e pode ser substituída pela de mesmo valor “pois”. Assim,
a afirmação está correta.

Gabarito: C

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91. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Sempre duvidei que o conceito de crise tivesse qualquer utilidade para definir uma
sociedade ou uma época.
Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para absolver o presente,
nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos.
Na linha 3, os dois-pontos foram empregados com a finalidade de introduzir uma síntese das ideias
enunciadas no primeiro parágrafo do texto.
Comentário: O sinal de dois-pontos sinaliza que em seguida haverá uma ampliação, um
esclarecimento do que deve ficar claro, e não um resumo, uma síntese.
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

92. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)


Fragmento do texto: O nome é o nosso rosto na multidão de palavras. Delineia os traços da imagem que
fazem de nós, embora não do que somos (no íntimo). Alguns escondem seus donos, outros lhes põem nos
olhos um azul que não possuem. Raramente coincidem, nome e pessoa. Também há rostos quase idênticos,
e os nomes de quem os leva (pela vida afora) são completamente díspares, nenhuma letra se igualando a
outra.
A informação apresentada pela oração “nenhuma letra se igualando a outra” (ℓ. 5) é redundante em relação
à informação apresentada na oração imediatamente anterior, servindo para reforçar-lhe o sentido.

Comentário: A redundância pode ser utilizada no texto, como um estilo, uma estratégia argumentativa, para
reforçar o entendimento, esclarecendo a ideia anterior ou para evitar duplicidade de sentido.

O uso de “nenhuma letra se igualando a outra” reforça a ideia de que não há igualdade, não há
semelhança, são “completamente díspares”.

Dessa maneira, a afirmação está correta (C).

Gabarito: C

93. (CESPE / IHVDF Técnico – 2018)


Fragmento do texto: Viajou por toda a Europa, visitando hospitais. Coisa que os pais não viam com bons
olhos: enfermeiras eram consideradas pessoas de categoria inferior, de vida desregrada.
A correção gramatical do texto seria mantida caso o sinal de dois-pontos empregado logo após “olhos” (linha
2) fosse suprimido e, em seu lugar, fosse empregada uma vírgula seguida da expressão visto que, da seguinte
forma: olhos, visto que.

Comentário: Note que o sinal de dois-pontos marca uma explicação. Assim, cabe a substituição desse sinal
por “visto que”. Você vê na aula de orações subordinadas que tal locução conjuntiva é originalmente causal,

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mas também cabe (assim como ocorre com “porque”, “pois” e “porquanto”) o valor explicativo. Portanto, a
questão apenas pediu a transformação da oração coordenada assindética em sindética explicativa. Confirme:

Coisa que os pais não viam com bons olhos: enfermeiras eram consideradas pessoas de categoria inferior, de
vida desregrada.

Coisa que os pais não viam com bons olhos, visto que enfermeiras eram consideradas pessoas de categoria
inferior, de vida desregrada.

Gabarito: C

94. (CESPE / TCE PE Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A democracia deve gerar uma cidadania integral (civil, política e social), em que o
regime eleitoral é condição fundamental, embora insuficiente. A democracia eleitoral se revela restrita ao
não englobar temas como direitos sociais e econômicos.
Feitas as devidas alterações de maiúsculas e minúsculas e de pontuação, a expressão uma vez que poderia
ser utilizada para ligar os dois períodos que compõem o quarto parágrafo do texto, sem prejuízo para seus
sentidos.

Comentário: Lembre-se do que falamos sobre a característica principal das orações coordenadas: elas são
independentes, autônomas. A forma de se evidenciar isso é perceber que as frases têm valores coordenados
entre si, por isso conseguimos inserir um ponto final entre orações coordenadas, as quais se transformam
em dois períodos distintos, duas frases distintas.

Entendemos que o segundo período “A democracia eleitoral se revela restrita ao não englobar temas
como direitos sociais e econômicos.” tem relação coordenada com o período anterior: “A democracia deve
gerar uma cidadania integral (civil, política e social), em que o regime eleitoral é condição fundamental,
embora insuficiente.”.

Note que o segundo período esclarece, explica por que se considera, se julga que o regime eleitoral,
apesar de ser condição fundamental, é insuficiente. Isso ocorre porque a democracia eleitoral se revela
restrita ao não englobar temas como direitos sociais e econômicos.

Assim, confirmamos que o segundo período apresenta um valor coordenativo explicativo, por isso
cabe a locução conjuntiva “uma vez que”, assim como caberia “porque” ou “pois”.

Por tudo isso, a afirmação está correta.

Gabarito: C

95. (CESPE / TCE PA Auxiliar Técnico – 2016)


Fragmento do texto: Passados os atropelos da chegada de D. João ao Brasil, era hora de colocar mãos à obra.
Os planos eram grandiosos e havia tudo por fazer. A colônia precisava de estradas, escolas, tribunais,
fábricas, bancos, moeda, comércio, imprensa, biblioteca, hospitais, comunicações eficientes. Em especial,

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necessitava de um governo que se responsabilizasse por tudo isso. D. João não perdeu tempo. No dia 10 de
março de 1808, quarenta e oito horas depois de desembarcar no Rio de Janeiro, organizou seu novo
gabinete.
Seriam mantidas a correção gramatical e as informações veiculadas no texto caso o ponto final empregado
logo após “tempo” (linha 4) fosse substituído por dois-pontos, da seguinte forma: D. João não perdeu tempo:
no dia 10 de março (...).

Comentário: Note que o último período sintático (“No dia 10 de março de 1808, quarenta e oito horas depois
de desembarcar no Rio de Janeiro, organizou seu novo gabinete.”) serve como um esclarecimento da
informação anterior de que D. João não perdeu tempo. Tanto assim que podemos entender o seguinte:

D. João não perdeu tempo, pois, no dia 10 de março de 1808, quarenta e oito horas depois de desembarcar
no Rio de Janeiro, organizou seu novo gabinete.

Assim, este último segmento é coordenativo explicativo, pois esclarece a informação anterior. Assim,
pudemos, como visto acima, transformar o período explicativo numa oração coordenada sindética
explicativa.

Como há o valor explicativo, podemos, sim, transformar essa oração em coordenada assindética
explicativa iniciando-a com dois pontos. Veja:

D. João não perdeu tempo: no dia 10 de março de 1808, quarenta e oito horas depois de desembarcar no Rio
de Janeiro, organizou seu novo gabinete.

Assim, a afirmação está correta.

Gabarito: C

96. (CESPE / TCU Técnico Federal de Controle Externo – 2015)


Fragmento do texto: Tendo presente essas asserções genéricas, podemos compreender melhor as
ambiguidades e os limites do liberalismo brasileiro, porquanto, desde os primórdios, ele teve de conviver
com uma estrutura político-administrativa patrimonialista e com uma dominação econômica escravista das
elites agrárias.
A ideia introduzida pela conjunção “porquanto” (linha 2) poderia ser expressa também por conquanto.

Comentário: A conjunção “conquanto” será vista na aula posterior. Ela terá sempre valor adverbial
concessivo, por isso não pode substituir o conectivo explicativo “porquanto”.

Gabarito: E

97. (CESPE / ANS Técnico – 2013)


Fragmento do texto: A fiscalização do cumprimento das garantias de atendimento é uma forma eficaz de se
certificar o beneficiário da assistência por ele contratada, pois leva as operadoras a ampliarem o
credenciamento de prestadores e a melhorarem o seu relacionamento com o cliente.

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Mantêm-se a correção gramatical do período e suas informações originais ao se substituir o termo “pois”
(linha 2) por qualquer um dos seguintes: já que, uma vez que, porquanto.

Comentário: A conjunção “pois” inicia uma oração coordenada explicativa. Tal conjunção pode ser
substituída por qualquer dos conectivos elencados na questão, como “já que”, “uma vez que” ou
“porquanto”.

Gabarito: C

98. (CESPE / Polícia Federal Escrivão – 2013)


Fragmento do texto: O que tanta gente foi fazer do lado de fora do tribunal onde foi julgado um dos mais
famosos casais acusados de assassinato no país? Torcer pela justiça, sim: as evidências permitiam uma forte
convicção sobre os culpados, muito antes do encerramento das investigações.
==104788==

Sem prejuízo do sentido original do texto, os dois-pontos empregados logo após “sim” (linha 2) poderiam ser
substituídos por vírgula, seguida de dado que ou uma vez que.

Comentário: Primeiro, façamos as mudanças pedidas na questão. Compare:

Torcer pela justiça, sim: as evidências permitiam uma forte convicção sobre os culpados, muito antes do
encerramento das investigações.

Torcer pela justiça, sim, dado que as evidências permitiam uma forte convicção sobre os culpados, muito
antes do encerramento das investigações.

Torcer pela justiça, sim, uma vez que as evidências permitiam uma forte convicção sobre os culpados, muito
antes do encerramento das investigações.

Dessa forma, percebemos que o sinal de dois-pontos sinaliza que há em seguida uma oração de valor
explicativo. Assim, podemos inserir conectivos que transmitem este mesmo sentido.

Gabarito: C

99. (CESPE / TRE ES Técnico – 2011)


Fragmento do texto: Trata-se de assunto cuja importância e mesmo centralidade não podem ser
desprezadas: princípio basilar da democracia representativa é o voto de cada pessoa ter o mesmo peso
eletivo.
Dadas as relações de sentido do período, o sinal de dois-pontos poderia ser substituído pela conjunção
“porque”, sem prejuízo do sentido geral do trecho.

Comentário: A expressão “princípio basilar da democracia representativa é o voto de cada pessoa ter o
mesmo peso eletivo” é uma explicação da estrutura “importância e mesmo centralidade não podem ser
desprezadas”. Essa explicação é, na realidade, uma oração coordenada assindética explicativa. Por isso,
pode-se substituir esse sinal de dois-pontos pela conjunção “porque”, a qual é uma conjunção explicativa.

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Note que com isso a oração coordenada passaria a ficar sem vírgula, o que não compromete a norma culta.
Veja as estruturas abaixo:

Trata-se de assunto cuja importância e mesmo centralidade não podem ser desprezadas: princípio
basilar da democracia representativa é o voto de cada pessoa ter o mesmo peso eletivo.

Trata-se de assunto cuja importância e mesmo centralidade não podem ser desprezadas porque
princípio basilar da democracia representativa é o voto de cada pessoa ter o mesmo peso eletivo.

Gabarito: C

100. (CESPE / TRE ES Técnico – 2011)


Fragmento do texto: Realizada em Copenhague, sob o signo da recessão mundial, a COP-15 foi uma relativa
decepção: não conseguiu produzir um documento tornando obrigatórias as metas de redução da emissão
de poluentes, mas houve consensos.
A substituição do sinal de dois-pontos por uma vírgula seguida da expressão uma vez que prejudicaria a
correção gramatical e a informação original do período.

Comentário: Note que os dois-pontos sinalizam que a oração posterior explicará toda a informação “a COP-
15 foi uma relativa decepção”. Essa oração posterior ao sinal de dois-pontos é chamada de coordenada
explicativa e, no contexto em que se encontra, pode ser separada por dois-pontos. O que a banca quis era
apenas que o candidato inserisse a locução “uma vez que” (a qual normalmente inicia uma oração causal,
mas pode também iniciar a oração explicativa), ajustando o sinal para vírgula. O erro da questão foi afirmar
que causaria prejuízo.

Gabarito: E

101. (CESPE / PGM RR ES Procurador – 2011)


Fragmento do texto: Assim, o drama da desigualdade não constitui apenas um problema de distribuição
mais justa da renda e da riqueza: envolve a inclusão produtiva digna da maioria da população desempregada,
subempregada, ou encurralada nos diversos tipos de atividades informais.
No trecho “da renda e da riqueza: envolve” a função do sinal de dois-pontos corresponde à função de um
conectivo explicativo; por isso, preservam-se a correção gramatical e a coerência textual ao se reescrever
esse trecho do seguinte modo: da renda e da riqueza, pois envolve.

Comentário: Os dois-pontos iniciam normalmente uma explicação e é natural se poder substituir esta
pontuação por uma conjunção explicativa.

Gabarito: C

102. (CESPE / Polícia Civil CE Inspetor – 2012)


Fragmento do texto: Pensar o império não significa ressuscitá-lo dos mundos passados. Trata-se de
considerar a multiplicidade de formas de exercício do poder sobre um dado espaço.

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Com os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas, o ponto após “passados” pode ser substituído por dois-
pontos sem que haja prejuízo para a correção gramatical e o sentido original do texto.

Comentário: Note que há dois períodos paralelos, coordenados entre si, em que o segundo explica o
primeiro. Assim, podemos transformá-los em um só período de diversas formas: inserindo a conjunção
explicativa (“pois”, “porque”, “porquanto”), ou as pontuações vírgula, travessão, dois-pontos. Veja:

Pensar o império não significa ressuscitá-lo dos mundos passados, pois se trata de considerar a multiplicidade
de formas de exercício do poder sobre um dado espaço.

Pensar o império não significa ressuscitá-lo dos mundos passados, trata-se de considerar a multiplicidade de
formas de exercício do poder sobre um dado espaço.

Pensar o império não significa ressuscitá-lo dos mundos passados – trata-se de considerar a multiplicidade
de formas de exercício do poder sobre um dado espaço.

Pensar o império não significa ressuscitá-lo dos mundos passados: trata-se de considerar a multiplicidade de
formas de exercício do poder sobre um dado espaço.

Assim, a afirmativa está correta.

Gabarito: C

3 – AS ORAÇÕES INTERCALADAS (COMENTÁRIO DO AUTOR)


As orações intercaladas são inserções feitas pelo autor, com desprendimento sintático, por isso
podem ser separadas por vírgula, travessão ou parênteses. Essa estrutura é também chamada de expressão
parentética (porque pode ficar separada por parênteses) ou comentário do autor e transmite certos valores
semânticos, mas os que mais nos interessam são:

a) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário:

Em 1945 – isto aconteceu no dia do meu aniversário – conheci um dos meus melhores amigos.

b) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar:

D. Benta (malvada que era) dizia que a sua doença impedia a brincadeira da garotada.

“Comíamos, é verdade, mas era um comer virgulado de palavrinhas doces.” (Machado de Assis)

c) desejo: o falante aproveita a ocasião para exprimir um desejo, bom ou mau:

José – Deus o conserve assim! – conquistou o primeiro lugar da classe.

“É bem feiozinho, benza-o Deus, o tal teu amigo!” (Aluísio Azevedo)

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d) escusa: o falante se desculpa:

“Pouco depois retirou-se: eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por que fenômenos de
ventriloquismo cerebral (perdoem-me os filósofos essa frase bárbara) murmurei comigo...” (Machado de
Assis)

e) permissão: o falante solicita algo:

Meu espírito (permita-me aqui uma comparação de criança), meu espírito era naquela ocasião uma
espécie de peteca.” (Machado de Assis)

f) ressalva: o falante faz uma limitação à generalidade de um enunciado:

“Daqui a um crime distava apenas um breve espaço e ela transpôs, ao que parece.” (Alexandre
Herculano)

Ele, que eu saiba, nunca veio aqui.

“Cobiça de cátedras e borlas que, diga-se de passagem, Jesus Cristo repreendeu severamente aos
fariseus.” (Camilo Castelo Branco)

Os livros, pode-se bem dizer, são o alimento do espírito.

g) esclarecimento, síntese ou conclusão do que foi enunciado:

“– A razão é clara: achava a sua conversação menos insossa que a dos outros homens.” (Machado de
Assis)

“Não era desgosto: era cansaço e vergonha” (Cochat Osório)

“Eu em sua igreja não mando: só assisto e apoio” (S. de Mello Breyner Andressen)

Por estar em final de período, é antecedida de dois-pontos, mas também pode receber vírgula ou
travessão:

“Sua metodologia é simples – por meio de conversas frequentes com a família, o voluntário receita
cuidados básicos para evitar que a criança morra por falta de conhecimento, como os hábitos de higiene, a
administração do soro caseiro e a adoção da farinha de multimistura...” (Jornal do Commercio. In prova
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103. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2019)


Entre os maiores poderes concedidos pela sociedade ao Estado, está o poder de tributar. A tributação
está inserida no núcleo do contrato social estabelecido pelos cidadãos entre si para que se alcance o bem
comum. Desse modo, o poder de tributar está na origem do Estado ou do ente político, a partir da qual foi
possível que as pessoas deixassem de viver no que Hobbes definiu como o estado natural (ou a vida pré-
política da humanidade) e passassem a constituir uma sociedade de fato, a geri-la mediante um governo, e
a financiá-la, estabelecendo, assim, uma relação clara entre governante e governados.
A tributação, portanto, somente pode ser compreendida a partir da necessidade dos indivíduos de
estabelecer convívio social organizado e de gerir a coisa pública mediante a concessão de poder a um
soberano. Em decorrência disso, a condição necessária (mas não suficiente) para que o poder de tributar
seja legítimo é que ele emane do Estado, pois qualquer imposição tributária privada seria comparável a
usurpação ou roubo.
Internet: <www.receita.fazenda.gov.br> (com adaptações).

Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto, julgue os itens seguintes.


I No trecho “o poder de tributar está na origem do Estado ou do ente político” (linha 3), a substituição de
“ou” por e prejudicaria a correção gramatical do texto.
II A supressão dos parênteses empregados no trecho “(ou a vida pré-política da humanidade)” (linhas 4 e
5) alteraria os sentidos originais do texto.
III No trecho “seria comparável a usurpação ou roubo” (linhas 10 e 11), a forma verbal “seria” expressa
dúvida quanto à possibilidade de concretização da referida comparação.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

Comentário: A afirmação I está errada, por mencionar que haveria prejuízo à correção gramatical. Note que
a conjunção alternativa “ou” transmite uma noção de inclusão, ou seja, o poder de tributar está na origem
tanto do Estado quanto do ente político, de um ou de outro. Assim, a substituição de “ou” por “e” não
prejudicaria a correção gramatical.

A afirmação II está correta, pois a expressão entre parênteses “(ou a vida pré-política da
humanidade)” é um comentário à parte do autor, mostrando que se pode entender a expressão “vida pré-
política da humanidade” como sinônima de “o estado natural”. Veja: esta é uma interpretação do autor!
Com os parênteses, entendemos que Hobbes definiu algo como o estado natural, ele não definiu como “vida
pré-política da humanidade”. Essa foi apenas a interpretação do autor.

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Com a exclusão dos parênteses, mudamos o sentido: agora o próprio Hobbes definiu algo como o
estado natural ou vida pré-política da humanidade.

A afirmação III está errada, pois o futuro do pretérito “seria” transmite uma ideia de hipótese, e não
de dúvida, isto é, se houvesse qualquer imposição tributária privada, sem dúvida isso seria comparável a
usurpação ou roubo, não haveria dúvida.

Assim, a alternativa (B) é a correta.

Gabarito: B

104. (CESPE / TRE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: Com relação a essa ideia, vale destacar que o alcance da moralidade vincula-se a
princípios ou normas de conduta, aos padrões de comportamento geralmente reconhecidos, pelos quais são
julgados os atos dos membros de determinada coletividade. Disso é possível deduzir que os membros de
uma corporação profissional — no caso, funcionários e servidores da administração pública — também
devem ser submetidos ao julgamento ético-moral.
A correção gramatical do texto seria mantida caso fosse empregada vírgula imediatamente após o travessão
na linha 4.

Comentário: A expressão “no caso, funcionários e servidores da administração pública” é um comentário à


parte do autor. Ela é uma informação adicional ao que se encontra no discurso, na estrutura sintática. Ao
retirarmos esta estrutura intercalada, fica fácil perceber que não cabe vírgula entre o sujeito “os membros
de uma corporação profissional” e o predicado “também devem ser submetidos ao julgamento ético-moral”.
Confirme:

Disso é possível deduzir que os membros de uma corporação profissional também devem ser submetidos
ao julgamento ético-moral.

Assim, a afirmação está errada.

Gabarito: E

105. (CESPE / TCE PA Auxiliar Técnico – 2016)


Fragmento do texto: Com os planos de expansão territorial fracassados, restou a D. João se concentrar na
primeira — e mais ambiciosa — de suas tarefas: mudar o Brasil para reconstruir nos trópicos o sonhado
império americano de Portugal.
No parágrafo do texto, os travessões foram empregados para isolar informação adicional que se intercala no
discurso.

Comentário: A expressão “e mais ambiciosa” é um comentário à parte do autor, por motivo de ênfase. Ela é
uma informação adicional ao que se encontra no discurso, na estrutura sintática.

Assim, a afirmação está correta.

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Gabarito: C

106. (CESPE / FUB Nível Superior – 2015)


Fragmento do texto: Em momentos de incerteza econômica, buscar soluções para aumentar a produtividade
é uma escolha certeira para sobreviver e prosperar: nesse sentido, as empresas brasileiras estão fazendo o
dever de casa.
Preservam-se as relações sintáticas e a correção gramatical entre as orações ao substituir o sinal de dois-
pontos (linha 2) por ponto e vírgula ou vírgula.

Comentário: A expressão (“nesse sentido, as empresas brasileiras estão fazendo o dever de casa”) é um
comentário extra do autor. Estando ela no final de período, pode ser precedida de dois pontos, travessão ou
vírgula.

Como tal expressão já possui vírgula interna (após “nesse sentido”), cabe também o ponto e vírgula.
Veja as possibilidades:

Em momentos de incerteza econômica, buscar soluções para aumentar a produtividade é uma escolha
certeira para sobreviver e prosperar: nesse sentido, as empresas brasileiras estão fazendo o dever de casa.

Em momentos de incerteza econômica, buscar soluções para aumentar a produtividade é uma escolha
certeira para sobreviver e prosperar ─ nesse sentido, as empresas brasileiras estão fazendo o dever de casa.

Em momentos de incerteza econômica, buscar soluções para aumentar a produtividade é uma escolha
certeira para sobreviver e prosperar, nesse sentido, as empresas brasileiras estão fazendo o dever de casa.

Em momentos de incerteza econômica, buscar soluções para aumentar a produtividade é uma escolha
certeira para sobreviver e prosperar; nesse sentido, as empresas brasileiras estão fazendo o dever de casa.

Gabarito: C

107. (CESPE / FUB Nível Médio – 2015)


Fragmento do texto: A autora do artigo é estudante do 2.º ano do ensino médio em uma escola estadual do
Ceará, e foi premiada ao lado de outros dezenove alunos de escolas públicas brasileiras, durante um evento
em Brasília, no último mês de dezembro. Como nos três anos anteriores, vinte alunos foram vencedores ―
cinco em cada gênero trabalhado pelo projeto. Além de opinião (2.º e 3.º anos do ensino médio), a olimpíada
destacou produções em crônica (9.º ano do ensino fundamental), poema (5.º e 6.º anos) e memória (7.º e
8.º anos). Tudo regido por um só tema: “O lugar em que vivo”.
Na linha 3, caso o travessão fosse substituído por dois-pontos, não haveria prejuízo para a correção
gramatical do texto.

Comentário: A expressão (“cinco em cada gênero trabalhado pelo projeto”) é um comentário extra do autor.
Tal expressão explicita a informação anterior. Estando ela no final de período, pode ser precedida de dois
pontos, travessão ou vírgula. Como a oração anterior já possui vírgula interna (após “Como nos três anos
anteriores”), cabe também o ponto e vírgula. Veja as possibilidades:

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Como nos três anos anteriores, vinte alunos foram vencedores ― cinco em cada gênero trabalhado pelo
projeto.

Como nos três anos anteriores, vinte alunos foram vencedores: cinco em cada gênero trabalhado pelo
projeto.

Como nos três anos anteriores, vinte alunos foram vencedores, cinco em cada gênero trabalhado pelo
projeto.

Como nos três anos anteriores, vinte alunos foram vencedores; cinco em cada gênero trabalhado pelo
projeto.

Gabarito: C

108. (CESPE / ANS nível Superior – 2013)


Fragmento do texto: Os planos com pior avaliação — durante dois períodos consecutivos — estão sujeitos à
suspensão temporária da comercialização.
A substituição dos travessões da linha 1 por vírgulas ou por parênteses preservaria a correção gramatical do
período.

Comentário: Vimos que o comentário do autor pode ser delimitado por parênteses, duplo travessão ou dupla
vírgula. Assim, o autor inseriu a expressão “durante dois períodos consecutivos” como um comentário à
parte. Neste caso, o comentário transmite o tempo de duração. Por isso, a substituição dos travessões por
vírgulas ou por parênteses está correta.

É muito importante fazermos uma observação aqui!!!!

Se a expressão “durante dois períodos consecutivos” estivesse separada apenas por dupla vírgula no
texto original, nós a entenderíamos como um adjunto adverbial de tempo, o qual deveria permanecer com
dupla vírgula. Porém, o autor inseriu tal termo entre travessões, no texto original, para enfatizar esta
expressão como comentário. Somente por isso entendemos esta expressão como comentário do autor e não
como adjunto adverbial de tempo.

Veja que a banca CESPE partiu da interpretação do autor do texto, sugerido como comentário do
autor por estar entre travessões. Como a banca sabe que não temos a obrigação de ler este segmento como
comentário do autor, ela dificilmente pediria o contrário, isto é, substituir a dupla vírgula por travessão ou
parênteses, pois, neste caso, entenderíamos como simples adjunto adverbial e não permitiríamos o uso dos
travessões ou parênteses Tudo isso porque sabemos que termo adverbial só pode ser separado por vírgulas.

Reforço aqui que só entendemos tal segmento como comentário do autor porque o autor do texto
preferiu usar os travessões, tudo bem?!

Gabarito: C

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109. (CESPE / INCA nível médio – 2010)


Fragmento do texto: A importância da Pastoral é palpável: a média nacional de mortalidade infantil para
crianças de até 1 ano, que é de 22 indivíduos por mil nascidos vivos, cai para 12 mil nos lugares atendidos
pela instituição”.
O emprego de sinal de dois-pontos em “é palpável:” justifica-se porque o trecho subsequente a esse sinal
apresenta argumento comprobatório da afirmativa anterior.

Comentário: Foi dado ao leitor um esclarecimento sobre a importância da Pastoral com dados
comprobatórios, encaixando-se na letra (g) dos tipos de enunciados independentes, vistos anteriormente.

Gabarito: C

110. (CESPE / INCA nível superior – 2010)


Fragmento do texto: Vale a apena rever certas crenças que se têm multiplicado a respeito das chamadas
emoções negativas. Diferentemente do que alguns autores propõem, sublimá-las não gera benefícios para a
pessoa — essa atitude, aliás, tende mais a trazer-lhe prejuízos à saúde.
O travessão empregado logo após “pessoa”, usado para destacar a informação final do enunciado, pode ser
corretamente substituído por ponto e vírgula.

Comentário: O travessão inicia um comentário do autor, que serve de esclarecimento e enfatiza o resultado
da ação de sublimar alguns autores. Como vimos, esta estrutura pode ser separada por dois-pontos,
travessão e vírgula. Por já haver divisões internas, pode-se inserir ponto e vírgula. Vale notar que toda a
expressão após o travessão também pode ser separada por parênteses.

Gabarito: C

111. (CESPE / Caixa Econômica Federal nível médio – 2010)


Fragmento do texto: A aposentadoria — mesmo a minguada quantia mensal paga pelo Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) — é a principal renda fixa do idoso paulistano.
O travessão empregado após o vocábulo “aposentadoria” poderia ser substituído por vírgula, o que manteria
a correção e o sentido original do texto.

Comentário: Note que há duplo travessão. Poder-se-ia substituir esse duplo travessão por dupla vírgula ou
parênteses. Mas apenas um deles não pode ser substituído.

Gabarito: E

112. (CESPE / EBC Nível Médio – 2011)


Fragmento do texto: São tantos os espaços para a dita participação popular nos meios de comunicação que
o ouvinte, telespectador ou leitor nem sabe mais como dar conta de tanta interatividade. Esse montante de
ferramentas e recursos buscados pelos programadores está enterrando o que poderia ser um
instrumento de inclusão na comunicação social.

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Esse processo em nada se diferencia de outro já muito conhecido pelos estudiosos da comunicação:
a proliferação demasiada de determinados espaços acaba por apagá-los por si mesmos. Pode-se considerar
tal fenômeno, claramente, em relação aos outdoors. Já não há espaços de visibilidade claros dentro da
maioria dos ambientes urbanos, mas, sim, uma diversidade de cores, formas e mensagens que passam
despercebidas e simplesmente acabam por gerar a tão conhecida poluição visual.
A substituição dos dois-pontos empregados logo após “comunicação” pelo vocábulo pois alteraria o sentido
original do texto.

Comentário: Vimos que algumas vezes podemos substituir o sinal de dois-pontos pela conjunção “pois”,
marcando uma oração coordenada explicativa.

Neste caso específico, veja que a oração “a proliferação demasiada de determinados espaços acaba
por apagá-los por si mesmos” esclarece o fenômeno ocorrido com o outro processo já conhecido (uso dos
outdoors). Assim, funciona como um comentário explicativo do autor e por isso é iniciado por dois-pontos.

Com a inserção da conjunção “pois”, não se perde a coerência, mas observamos que agora esta
mesma oração passa a ser o motivo, a causa de esse processo não se diferenciar de outro já conhecido. Veja
os referentes em negrito para ficar mais claro:

Esse processo em nada se diferencia de outro já muito conhecido pelos estudiosos da comunicação: a
proliferação demasiada de determinados espaços acaba por apagá-los por si mesmos.

Esse processo em nada se diferencia de outro já muito conhecido pelos estudiosos da comunicação, pois a
proliferação demasiada de determinados espaços acaba por apagá-los por si mesmos.

Assim, mantém-se a coerência, mas o sentido muda. Passamos a ter uma oração subordinada
adverbial causal, iniciada pela conjunção “pois”. Portanto, a questão está correta.

Gabarito: C

113. (CESPE / ANEEL nível Médio – 2010)


Fragmento do texto: O estudo aponta forte concentração dos investimentos na exploração de petróleo e
gás, não tanto no pré-sal, mas, especialmente, na cadeia econômica ligada ao óleo, como a indústria naval e
a de fabricação de plataformas. Trata-se de um investimento que estimula outros setores da economia.
O termo “como” (linha 3) estabelece, no período em que foi empregado, uma relação de comparação entre
a “cadeia econômica ligada ao óleo” e “a indústria naval e a de fabricação de plataformas”.

Comentário: Na realidade, a palavra “como” inicia termo exemplificativo. Note que “a indústria naval” e “a
de fabricação de plataformas” são exemplos de cadeia econômica ligada ao óleo.

Gabarito: E

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4 – O QUE DEVO TOMAR NOTA COMO MAIS IMPORTANTE?

Esquema do Período Composto por Coordenação

____________________ e ____________________. (aditiva)

____________________, mas ____________________. (adversativa)

____________________ ou ____________________. (alternativa)

____________________, portanto ____________________. (conclusiva)

____________________, pois ____________________. (explicativa)

Oração inicial Oração coordenada sindética

Período Composto por Coordenação

• Principais conjunções e valores semânticos

1) Aditivas: e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, senão também,
tanto...como.

2) Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.

3) Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.

4) Conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por isso, então, assim, em
vista disso.

5) Explicativas: porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.

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• Esquema das possíveis construções da enumeração com divisão interna:

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2


_____ e _____ , _____ e _____ , __________ , _____ e _____ , __________ e __________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2
_____ e _____ , _____ e _____ , __________ , _____ e _____ , __________ , e __________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2
_____ e _____ ; _____ e _____ ; __________ ; _____ e _____ ; __________ e __________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2
_____ e _____ ; _____ e _____ ; __________ ; _____ e _____ ; __________ ; e __________.

1 2 3 4 5 6

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5 – LISTA DE QUESTÕES DE REVISÃO

1. (CESPE / EMAP Nível Superior – 2018)


Fragmento do texto: Primeiro fazia uma cara de indecisão, depois um sorriso triste contrabalançado por um
olhar heroicamente exultante, até que esse exame de consciência era cortado pela voz do interlocutor, que
começava a falar chãmente em outras coisas, que, aliás, o Juca não estava ouvindo... Porque as pessoas
sensíveis são as criaturas mais egoístas, mais coriáceas, mais impenetráveis do reino animal. Pois, meus
amigos, da última vez que vi o Juca, o impasse continuava... E que impasse!
Se, após “animal” (linha 4), o ponto final fosse substituído por ponto de interrogação, tanto a correção
gramatical quanto os sentidos do texto seriam preservados, pois a pergunta resultante da substituição teria
efeito apenas retórico.

2. (CESPE / Polícia Civil ES nível médio – 2011)


Fragmento do texto: No dia 3 de julho de 1950, a Coreia do Norte atacou e tomou Seul, a capital do Sul.
Começava ali uma guerra que opunha os povos de um país dividido, com os Estados Unidos da América de
um lado e a China e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas do outro. O conflito durou cerca de três
anos e terminou com o país ainda dividido ao meio. O saldo? Três milhões e meio de mortos.
Na linha 4, o emprego da interrogação é um recurso estilístico e retórico que confere ênfase à informação
subsequente.

3. (CESPE / TRE ES Técnico – 2011)


No artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, dispôs a Carta Magna de 1988: “Aos
remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a
propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.” Era o reconhecimento de um
direito. Restava regulamentar a forma pela qual esse direito seria garantido. Em novembro de 2003, o
presidente da República assinou o Decreto n.º 4.877, que estabelece, em seu artigo 2.º: “Consideram-se
remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins deste decreto, os grupos étnico-raciais,
segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais
específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica
sofrida.”
O Estado de S.Paulo, 29/11/2010 (com adaptações).
Os trechos entre aspas são citações literais de texto de natureza jurídica.

4. (CESPE / Correios Médio – 2011)


Fragmento do texto: Um estudo realizado por Dorothy Hatsukami e outros pesquisadores da Universidade
de Minnesota revelou que fumantes inveterados que diminuem a frequência de suas tragadas ainda assim

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respiram duas vezes mais toxinas por cigarro que as pessoas que fumam menos. (...) O estudo é consistente
com trabalhos epidemiológicos anteriores, que revelaram que indivíduos que diminuíram o número de
cigarros fumados não reduziram riscos à saúde. Moral da história: “pode não haver benefício em fumar
menos”, conclui a pesquisadora. “Se os fumantes querem mesmo diminuir o risco de câncer e doenças”, ela
acrescenta, “precisam é parar de fumar”.
As aspas empregadas no texto delimitam citação.

5. (CESPE / TRT 10ªR Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: O encontro terá a participação de ministros de tribunais superiores, desembargadores,
juízes, promotores, advogados, delegados, diretores de tribunais e professores universitários. Entre as
palestras, painéis e mesas-redondas estão programados temas a respeito de gestão, informatização,
correição virtual, paradigmas, meio ambiente, conciliação, comunicação, todos eles relacionados à justiça.
No fragmento acima, excetuada a última, todas as demais vírgulas têm a mesma justificativa de uso.

6. (CESPE / MI Assistente Técnico Administrativo – 2013)


Fragmento do texto: Esse projeto tem o objetivo de assegurar a oferta de água para 12 milhões de habitantes
de 391 municípios do Agreste e do Sertão dos estados de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande
do Norte.
As vírgulas da linha 3 são empregadas para isolar aposto explicativo.

7. (CESPE / ANS Técnico – 2013)


Fragmento do texto: O grupo técnico — composto por representantes de operadoras, beneficiários, órgãos
de defesa do consumidor, entre outros — estudou o tema e levou em consideração inúmeras publicações
disponíveis que dão suporte à proposta feita pela ANS.
O emprego de vírgulas logo depois de “operadoras” e de “beneficiários” justifica-se porque elas isolam
aposto explicativo.

8. (CESPE / ANS Superior – 2013)


Fragmento do texto: Além do descumprimento dos prazos de atendimento para consultas, exames e
cirurgias, previstos na RN 259, passaram a ser considerados todos os itens relacionados à negativa de
cobertura, como o rol de procedimentos, o período de carência, a rede de atendimento, o reembolso e o
mecanismo de autorização para os procedimentos.
As vírgulas empregadas logo após “procedimentos” (linha 3) e “carência” (linha 3) isolam elementos de
mesma função sintática componentes de uma enumeração de termos.

9. (CESPE / TRE ES Técnico – 2011)


Fragmento do texto: Em Roraima, municípios como Normandia e Pacaraima deram alento ao cultivo de
cereais. Também no Tocantins, no Maranhão, no Ceará, em Pernambuco, na Bahia e no Piauí o agronegócio
teve peso decisivo.
As vírgulas logo após “Tocantins”, “Maranhão”, “Ceará” e “Pernambuco” justificam-se por isolarem termos
de mesma função sintática componentes de uma enumeração.

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10. (CESPE / Detran ES nível médio – 2011)


Fragmento do texto: Contraposto aos sucessivos recordes de congestionamentos nas grandes cidades
brasileiras, esse resultado expõe as fragilidades de um modelo de desenvolvimento e urbanização que
privilegia o transporte motorizado individual, prejudica a mobilidade e até a produtividade das pessoas. O
carro, no entanto, não é o único vilão. A solução para o problema da mobilidade passa pela criação de
alternativas ao uso do transporte individual.
“Como as opções alternativas ao transporte individual são pouco eficientes, pela falta de conforto,
segurança ou rapidez, as pessoas continuam optando pelos automóveis, motocicletas ou mesmo táxis, ainda
que permaneçam presas no trânsito”, afirma S. G., profissional da área de desenvolvimento sustentável.
Contudo, restringir o uso do carro não resolve o problema.
A vírgula empregada logo após “individual” (linha 3) tem a função de separar os termos de uma enumeração,
função semelhante à da vírgula empregada imediatamente após “conforto” (linha 6).

11. (CESPE / IPHAN Nível superior – 2018)


Fragmento do texto: Os israelitas atravessaram o Mar Vermelho, e passaram da África à Ásia, fugindo do
cativeiro; estes atravessam o mar oceano na sua maior largura, e passam da mesma África à América e para
viver e morrer cativos. Os outros nascem para viver, estes para servir. Nas outras terras do que aram os
homens, e do que fiam e tecem as mulheres, se fazem os comércios: naquela o que geram os pais e o que
criam a seus peitos as mães, é o que se vende, e se compra.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a vírgula empregada logo após “viver” (ℓ.3) fosse
substituída por ponto e vírgula.

12. (CESPE / EMAP Nível Superior – 2018)


Fragmento do texto: Uma estrutura de VTS é composta minimamente de um radar com capacidade de
acompanhar o tráfego nas imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações denominado
automatic identification system, um sistema de comunicação em VHF, um circuito fechado de TV, sensores
ambientais (meteorológicos e hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados. Todos
esses sensores operam integrados em um centro de controle, ao qual cabe, na sua área de responsabilidade,
identificar e monitorar o tráfego marítimo, adotar ações de combate à poluição, planejar a movimentação
de embarcações e divulgar informações ao navegante.
A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados se as vírgulas empregadas logo após
“marítimo” (linha 6) e “poluição” (linha 6) e a conjunção “e” (linha 7) fossem substituídas por ponto e vírgula.

13. (CESPE / EBSERH Área assistencial – 2018)


Fragmento do texto: O Brasil, durante a maior parte da sua história, manteve uma cultura familista e pró-
natalista. Por cerca de 450 anos, o incentivo à fecundidade elevada era justificado em função da prevalência
de altas taxas de mortalidade, dos interesses da colonização portuguesa, da expansão da ocupação territorial
e do crescimento do mercado interno.
A substituição do ponto empregado logo após “pró-natalista” (linhas 1 e 2) por vírgula, com a devida
alteração da letra inicial maiúscula para minúscula, manteria a correção do texto.

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14. (CESPE / PM MA Soldado – 2017)


Fragmento do texto: O problema da segurança, portanto, não pode mais estar adstrito apenas ao repertório
tradicional do direito e das instituições da justiça. Evidentemente, as soluções devem passar pelo
fortalecimento da capacidade do Estado em gerir a violência, pela retomada da capacidade gerencial no
âmbito das políticas públicas de segurança, mas também devem passar pelo alongamento dos pontos de
contato das instituições públicas com a sociedade civil e com a produção acadêmica mais relevante à área.
A locução “mas também” (linha 4) estabelece uma relação de oposição no período em que ocorre.

15. (CESPE / CBM AL Combatente – 2017)


Fragmento do texto: Os conflitos do século XX possuem uma diferença marcante em relação às guerras
ocorridas em épocas anteriores. Até o século XIX, as guerras provocavam morte e destruição principalmente
nas zonas de combate e em suas proximidades, e a maior parte das baixas era causada entre os combatentes.
A vírgula empregada na linha 3 separa orações cujos sujeitos são distintos.

16. (CESPE / TRF 1ªR Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: O espaço urbano foi organizado de sorte a favorecer as operações de circulação,
compra e venda de mercadorias; e, ao mesmo tempo, nele se oferece ao consumo uma diversidade de
localizações, paisagens, topografias físicas e simbólicas que são de diferentes modos incorporadas à dinâmica
mercantil.
Na linha 2, o emprego de ponto e vírgula justifica-se porque a segunda oração do período apresenta
elementos em série.

17. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017)


Fragmento do texto: Falamos não só de uma crise ecológica, mas também de uma crise civilizatória de
amplas dimensões, do funcionamento de um sistema que destrói e ameaça as suas próprias bases de
sobrevivência, sustentado pela separação homem/natureza, com repercussões para toda a vida social.
A expressão “mas também” (linha 1) introduz no período em que ocorre uma ideia de oposição.

18. (CESPE / SEEDF Monitor – 2017)


Fragmento do texto: Como qualquer profissional do ambiente escolar, os monitores também são
educadores, e cabe à equipe gestora realizar ações formativas para que eles saibam como interagir com as
crianças e os jovens nos diversos espaços (como o pátio, os corredores, as quadras, a cantina, o banheiro
etc.).
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a vírgula empregada imediatamente após “educadores”
(linha 2) fosse suprimida.

19. (CESPE / TCE PA Analista – 2016)


Fragmento do texto: As audiências públicas integram o perfil dos Estados democráticos de direito,
modelados pelo constitucionalismo europeu do pós-guerra, segundo o qual o poder político não apenas
emana do povo, sendo em nome dele exercido, mas comporta a participação direta do povo.
No trecho “segundo o qual o poder político não apenas emana do povo (...) mas comporta a participação
direta do povo”, a locução “não apenas (...) mas” introduz no período ideia de adição.

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20. (CESPE / PC PE Superior – 2016)


Fragmento do texto: A decisão ou vontade política de eleger a segurança pública como prioridade é o
primeiro marco que se deve destacar quando se pensa em recuperar a memória dessa política, sobretudo
quando se considera o fato de que o tema da segurança pública, no Brasil, tem sido historicamente
negligenciado. Muitas autoridades públicas não só evitam associar-se ao assunto como também o tratam de
modo simplista, como uma questão que diz respeito apenas à polícia.
No trecho “Muitas autoridades públicas não só evitam associar-se ao assunto como também o tratam de
modo simplista” (linhas 4 e 5), do texto, o vocábulo “como” integra uma expressão que introduz no período
uma ideia de
a) proporcionalidade.
b) adição.
c) comparação.
d) explicação.
e) oposição.

21. (CESPE / FUB Superior – 2016)


Fragmento do texto: Brasília tinha apenas dois anos quando ganhou sua universidade federal. A
Universidade de Brasília (UnB) foi fundada com a promessa de reinventar a educação superior, entrelaçar as
diversas formas de saber e formar profissionais engajados na transformação do país.
A vírgula foi empregada para separar orações.

22. (CESPE / FUB Superior – 2016)


Fragmento do texto: Senti como se estivesse nascendo naquele momento. Uma vida nova, passada a limpo,
me esperava em direção a um Norte mais nítido, a uma morte mais próxima e sem alternativa. Mas aquela
casa me protegia, e dentro dela uma mulher se esforçava por me fazer feliz.
A vírgula empregada logo após “protegia” (linha 3) separa orações aditivas que têm sujeitos distintos.

23. (CESPE / BSF nível superior – 2014)


Fragmento do texto: Entre os critérios em discussão, encontram-se os conceitos da produtividade no setor
público; a modificação dos processos orçamentários com definições ligadas a objetivos e produtos
mensuráveis e passíveis de avaliação; a revisão dos elementos que definem a rentabilidade social dos
programas, serviços e investimentos realizados pelo Estado; a incorporação de critérios que atribuam peso
maior à demanda dos usuários na tomada de decisão no setor público; e, por último, a adoção de padrões
comparativos como forma de avaliar o rendimento e a qualidade da ação estatal.
No parágrafo acima, o emprego do sinal de ponto e vírgula deve-se à necessidade de separar elementos
extensos de uma enumeração.

24. (CESPE / CNJ Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Em 2012, o CNJ promoveu, em parcerias com órgãos do Executivo e do Judiciário,
campanhas importantes para promover o bem-estar do cidadão, como a da aplicação da Lei Maria da Penha

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no âmbito dos tribunais; a do reconhecimento da paternidade voluntária; a do fortalecimento da ideia de


conciliação no Judiciário; e a de valorização da vida.
Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir os sinais de ponto e vírgula por vírgulas no
trecho “como a da aplicação da Lei Maria da Penha (...) a de valorização da vida” (linhas 2 a 4).

25. (CESPE / DPRF Policial Rodoviário Federal – 2013)


Fragmento do texto: Em outras sociedades, o direito à vida é inviolável e nem o Estado nem ninguém tem o
direito de tirar a vida alheia.
Dado o fato de que nem equivale a e não, a supressão da conjunção “e” empregada logo após “inviolável”
manteria a correção gramatical do texto.

26. (CESPE / SEGER ES nível superior – 2011)


Fragmento do texto: Sabe-se que o desenvolvimento pressupõe a acumulação de capital físico e humano, e
ganhos permanentes de produtividade.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a vírgula logo após “humano” fosse retirada, o que,
entretanto, tornaria menos claras as relações sintáticas estabelecidas pela conjunção “e”, em sua segunda
ocorrência.

27. (CESPE / MPE-PI Superior – 2012)


Fragmento do texto: Vestidos de palhaço, eles aproveitam o tempo dos carros parados no semáforo para
cumprir essa missão. Com cartazes educativos, ocupam a faixa de pedestres, fazem performances e brincam
com os motoristas. Muita gente fecha o vidro do carro.
Sem prejuízo semântico para o texto, as formas verbais “fazem” (linha 2) e “brincam” (linha 2) poderiam ser
substituídas pelas formas fazendo e brincando, respectivamente.

28. (CESPE / PGE PE Assistente de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: A modernidade é um contrato. Todos nós aderimos a ele no dia em que nascemos, e
ele regula nossa vida até o dia em que morremos. Pouquíssimos entre nós são capazes de rescindi-lo ou
transcendê-lo. Esse contrato configura nossa comida, nossos empregos e nossos sonhos; ele decide onde
moramos, quem amamos e como morremos.
A vírgula empregada na linha 1 tem a finalidade de demarcar uma relação de oposição entre as orações
“Todos nós aderimos a ele no dia em que nascemos” (linhas 1) e “e ele regula nossa vida até o dia em que
morremos” (linhas 1 e 2).

29. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: Não será difícil caracterizar os programas de formação que serviram a intuitos
“reformadores”: o seu objetivo primordial é o de adaptar os professores a “novas” técnicas ou processos.
A avaliar pela situação que se vive nas escolas, talvez esta prática de formação não tenha servido ao
que se propôs. E não se poderá imputar a responsabilidade à incipiente concepção, à escassez de recursos,
à falta de financiamento dos programas ou ao tradicional individualismo dos professores.
No contexto em que ocorre, a conjunção “E” (linha 4) possui sentido adversativo, podendo ser substituída,
sem prejuízo para os sentidos do texto, pela conjunção mas.

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30. (CESPE / CGM de João Pessoa Técnico – 2018)


Fragmento do texto: A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma relação ruim com a
lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto de que essa regra universal produz legalidade
e cidadania. Eu pago meus impostos integralmente e, por isso, posso exigir dos funcionários públicos do meu país. Agora, se
eu dou um jeito nos meus impostos porque o delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”,
aí temos o “jeitinho” virando corrupção.

A palavra “Agora” (linha 3) exprime uma circunstância temporal.

31. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2017)


Fragmento do texto: Atente-se: a classe lucrativa tem conduta adversa ao estilo de vida da camada dirigente,
não obstante a explore, e viva, em grande parte, de seus favores, numa espécie de capitalismo político,
dependente e subordinado ao Estado.
Na linha 2, a substituição de “não obstante” por contudo preservaria a correção gramatical e o sentido
original do texto

32. (CESPE / TRF 1ª Região Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A Constituição de 1988 contém uma norma que protege os animais,
independentemente de sua origem ou classificação. Porém, a proteção que lhes é garantida baseia-se em
um argumento puramente utilitarista: os animais são protegidos com a finalidade de garantir um hábitat
saudável às atuais e futuras gerações humanas.
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso a conjunção “Porém” (linha 2)
fosse substituída por Mas.

33. (CESPE / TRT 7ª Região Analista – 2017)


Fragmento do texto: Em suma, reconhecer a centralidade que assumiu a discussão sobre direitos ajuda a
entender a atual onipresença da palavra cidadania. Mas avançar na elucidação desse fenômeno impõe
perceber que, ao lado da valorização dos direitos, se desenvolve igualmente a certeza de que o caminho
para efetivá-los é a mobilização pública do sentimento de justiça, e não a ativação de métodos
personalistas de acesso a eles. Em outras palavras, considera-se cada vez mais importante que os direitos
estejam fortemente conectados com a plena autonomia política dos indivíduos, de modo que não sejam
vividos como favores concedidos por governantes, filantropos, patronos ou equivalentes.
Sem prejuízo para a correção e os sentidos do texto, a expressão “e não” (linha 4) poderia ser substituída
por
a) não só.
b) e nem.
c) senão.
d) mas não.

34. (CESPE / TRF 1ªR Analista Judiciário Taquígrafo – 2017)


Fragmento do texto: Para Abba Lerner, Prêmio Nobel de Economia de 1954, toda transação econômica
realizada é um conflito político resolvido. Inversamente, podemos sustentar que toda disputa pelos recursos

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não mercantis das cidades — saúde e saneamento, mobilidade, meio ambiente, segurança — não redutível
a relações de compra e venda configura conflitos políticos em potencial.
A coerência e a correção gramatical do último parágrafo seriam preservadas caso se substituísse
“Inversamente” (linha 2) por Entretanto.

35. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017)


Fragmento do texto: A pedagogia tradicional é caracterizada pela preocupação com a eficiência sempre
maior, inspirada no modelo econômico dominante, e pelo impulso da educação popular, isto é, o
aparecimento de enormes grupos-classes, implicando uma organização global extremadamente detalhada.
Entretanto, no início do século XX, a pedagogia tradicional foi contestada pela Escola Nova. A
pedagogia nova se constitui como oposição estreita à tradição: concentração da atenção na criança, suas
afinidades e seus campos de interesse; definição do docente como guia etc. A pedagogia nova se opõe a uma
pedagogia tradicionalmente centrada no mestre e nos conteúdos a transmitir.
A conjunção “Entretanto” (linha 3) tem, no período em que se insere, sentido conclusivo, equivalendo,
semanticamente, a Portanto.

36. (CESPE / Prefeitura de São Luís MA Professor – 2017)


Fragmento do texto: Ao fim de tanto tempo de sujeição, que iriam fazer cá fora, sem saber em que se
ocupar? E Damião sentia renascer no seu espírito o impulso da revolta, querendo denunciar a burla e
protestar contra o novo engodo à liberdade dos negros. Mas vinha-lhe o desânimo.
No texto, a oração “Mas vinha-lhe o desânimo” (linha 3) expressa uma ideia de
a) consequência.
b) finalidade.
c) conclusão.
d) adversidade.
e) condição.

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37. (CESPE / DPU Agente Administrativo – 2016)

No terceiro quadrinho, o pensamento de Mafalda é introduzido por uma oração adversativa, que apresenta
ideia que contrasta com as ideias veiculadas nos quadrinhos anteriores.

38. (CESPE / CPRM Superior – 2016)


Fragmento do texto: Há, ainda, outro detalhe surpreendente: os dois genes em questão só se ativam na
presença do PET, o que constitui uma “ativação por substrato”, mecanismo muito comum em velhas rotas
metabólicas. Parece evidente, entretanto, que isso não precisa ser o resultado de milhões de anos de
paciente evolução. Basta um século, ou menos.
A conjunção “entretanto” (linha 3) do texto introduz, no período em que se insere, ideia de
a) condição.
b) explicação.
c) oposição.
d) comparação.
e) adição.

39. (CESPE / Prefeitura de São Paulo Médio – 2016)


Fragmento do texto: O Brasil é um país de cidades novas. A maior parte de seus núcleos urbanos surgiu no
século passado. Há cidades, entretanto, que já existem há bastante tempo. Contemporâneas dos primeiros

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tempos da colonização, algumas delas já ultrapassaram inclusive a marca do quarto centenário. Poucas são
as cidades brasileiras, contudo, que ainda apresentam vestígios materiais consideráveis do passado.
No texto I, a conjunção “entretanto” (linha 2) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de
a) condição.
b) causa.
c) consequência.
d) oposição.
e) adição.

40. (CESPE / DEPEN Superior – 2015)


Fragmento do texto: Ao todo, os detentos podem remir até quarenta e oito dias apenas com as leituras. Essa
possibilidade, no entanto, ainda é restrita a penitenciárias federais de segurança máxima.
A substituição da locução “no entanto” por conquanto manteria a relação estabelecida entre a última oração
do segundo parágrafo e a que a antecede.

41. (CESPE / TRE GO Analista Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: Os militares, por outro lado, defendiam um Poder Executivo forte e se opunham à
autonomia buscada pelos civis. Isso sem mencionar as acirradas disputas internas de cada grupo. Esse era
um quadro que demonstrava a grande instabilidade sentida pelos cidadãos que viveram naqueles anos. Mas
havia cidadãos?
A inserção de vírgula logo após “Mas” (linha 3) não prejudicaria a correção gramatical do texto, pois, nesse
caso, a utilização da vírgula é de caráter facultativo.

42. (CESPE / FUB Nível Médio – 2015)


Fragmento do texto: “O preconceito linguístico é um equívoco, e tão nocivo quanto os outros. Segundo
Marcos Bagno, especialista no assunto, dizer que o brasileiro não sabe português é um dos mitos que
compõem o preconceito mais presente na cultura brasileira: o linguístico”.
A redação acima poderia ter sido extraída do editorial de uma revista, mas é parte do texto O oxente
e o ok, primeiro lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro,
realizada pelo Ministério da Educação em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e
Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC).
O elemento coesivo “mas” (linha 4) inicia uma oração coordenada que exprime a ideia de concessão em uma
sequência de fatos.

43. (CESPE / ICMBIO Superior – 2014)


Fragmento do texto: Com as técnicas de simulação em laboratórios de que dispomos atualmente, por
exemplo, não se pode prever como será o desempenho da bateria de um carro elétrico nos próximos quinze
anos. As simulações de computador podem, por fim, tornar-se sofisticadas a ponto de substituir
experimentos de longo prazo. Enquanto isso, no entanto, precisamos adotar cautela extra ao construirmos
coisas que precisam durar.

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A expressão “no entanto” (linha 4) poderia ser substituída pelo vocábulo entretanto, sem que houvesse
prejuízo à correção gramatical e ao sentido do texto.

44. (CESPE / ICMBIO Superior – 2014)


Fragmento do texto: Os estados e municípios deverão adotar os novos parâmetros até agosto de 2014, caso
contrário, não receberão recursos da União. Nesse contexto, a lei propõe incentivos dos municípios para a
organização desses trabalhadores em cooperativas, em detrimento do trabalho autônomo dos catadores de
rua. A maioria dos catadores autônomos, entretanto, é moradora de rua ou desempregada, sem acesso ao
mercado de trabalho formal. Em muitos casos, são dependentes químicos ou alcoólatras, e não têm horários
estabelecidos para o trabalho.
O elemento coesivo sentencial “entretanto” (linha 4) tem a finalidade semântica de introduzir uma relação
de adversidade entre a informação expressa no período de que faz parte e a informação expressa nos
períodos que o antecedem

45. (CESPE / ICMBIO Superior – 2014)


Fragmento do texto: A depender da contribuição de especialistas em desenvolvimento sustentável da
Universidade de Brasília, o lema de 1889, inspirado nos conceitos positivistas do francês Augusto Comte,
teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo Progresso”. Essa renovação de ideias, entretanto, precisa do
apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual, e do Brasil em particular, é muito diferente do
registrado há duas décadas, por exemplo. Na configuração geopolítica do século XXI, a supremacia dos
Estados Unidos da América e da Europa é confrontada pelo dinamismo econômico de nações como a China,
Índia, África do Sul e o próprio Brasil.
Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o termo “entretanto” (linha 3) e o trecho “e do Brasil em
particular” (linha 4), bem como as vírgulas que os isolam, poderiam ser excluídos do período a que
pertencem.

46. (CESPE / ICMBIO Médio – 2014)


Fragmento do texto: Depois, quando a captura com malha foi autorizada, ele se destacou entre os colegas.
Chegava a voltar com até 300 quilos de peixe na embarcação. Hoje, o lago já não é tão abundante quanto há
uma década e meia, mas ele ainda chega com o barco cheio. Entre tilápias, tucunarés, carpas e traíras, soma
250 quilos de peixe por semana e perto de dois mil reais por mês.
O vocábulo “mas” (linha 3) é um elemento coesivo que introduz relação de conclusão entre a informação
expressa no período de que faz parte e a informação expressa no período que o antecede.

47. (CESPE / MTE Agente Administrativo – 2014)


Fragmento do texto: Assim, toda relação de emprego (espécie) é uma relação de trabalho, mas nem toda
relação de trabalho é uma relação de emprego.
Caso se substituísse o conectivo “mas” (linha 1) por no entanto, seriam mantidos a correção gramatical e o
sentido do texto.

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48. (CESPE / Anatel Superior – 2014)

No segundo quadrinho, a palavra “Já” tem valor temporal.

49. (CESPE / SEGER-ES Analista do Executivo – 2013)


Fragmento do texto: Não entrei na faculdade com grandes ilusões, mas também não estava preparado por
ela no meu primeiro dia à frente de uma sala de aula, com trinta alunos já decididos a me rejeitar. Tornei-
me professor muito depois de receber o diploma com a habilitação. Acho que posso dizer que fui lapidado
com a prática e que ainda tenho muito pela frente, pois só faz quatro anos desde aquele primeiro dia.
Porém já tenho as minhas certezas: ser professor poderia ser muito mais confortável, poderia ser
muito menos estafante, mas vale todos os momentos.
A conjunção “Porém” estabelece relação de subordinação sintática entre o parágrafo que ela inicia e o
anterior.

50. (CESPE / DPRF Policial Rodoviário Federal – 2013)


Fragmento do texto: Leio que a ciência deu agora mais um passo definitivo. É claro que o definitivo da ciência
é transitório, e não por deficiência da ciência (é ciência demais), que se supera a si mesma a cada dia...
Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do texto, a conjunção “e”, em “e não por deficiência da
ciência” (linha 2), poderia ser substituída por mas.

51. (CESPE / TCU Auditor Federal de Controle Interno – 2011)


Fragmento do texto: Para o filósofo Bentham, a felicidade era uma proposição matemática, e ele passou
anos realizando pequenos ajustes em seu “cálculo da felicidade”, um termo maravilhosamente atraente. Eu,
por exemplo, nunca associei cálculo à felicidade. No entanto, trata-se de matemática simples. Some os
aspectos prazerosos de sua vida, depois subtraia os desagradáveis. O resultado é a sua felicidade total.
A expressão “No entanto” introduz, no texto, ideia de oposição ao fato de o autor nunca ter associado cálculo
à felicidade.

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52. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível médio – 2011)


Fragmento do texto:
O governo do estado de São Paulo lançou um programa que fechará o cerco ao consumo de álcool
por crianças e adolescentes. A medida inclui uma lei mais severa, que punirá com multas pesadas e
fechamento os estabelecimentos comerciais que reincidirem na venda de bebidas a indivíduos com menos de
dezoito anos de idade, sejam bares, supermercados, restaurantes, boates ou lojas de conveniência.
(...)
Em 2007, o governo paulista determinou que os estabelecimentos infratores deveriam fechar as
portas. A lei de agora reafirma a punição em vigor há mais de quatro anos e inova ao estabelecer multas com
valores altos, que variam de acordo com o tamanho do negócio e 10 vão de R$ 1.745,00 a R$ 43.625,00.

O sentido e a correção gramatical do texto seriam mantidos caso se substituísse o trecho “os
estabelecimentos infratores deveriam fechar as portas. A lei de agora reafirma” (linhas 5 e 6) por os
estabelecimentos infratores deveriam fechar as portas, mas a lei de agora reafirma.

53. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomacia – 2011)


Fragmento do texto:
Quando se pensa em como era a infância séculos atrás, uma das primeiras imagens que vêm à cabeça
é a de meninos dando duro em minas ou limpando chaminés. A ideia de que essa fase da vida era
simplesmente ignorada e de que as pessoas passavam de bebês a trabalhadores, do dia para a noite, é
reforçada por inúmeras pinturas antigas retratando crianças sérias, tristemente vestidas como miniadultos.
As fontes de informações medievais, entretanto, quando analisadas de perto, não oferecem evidência alguma
de que as pessoas daquela época tivessem, com relação às crianças, atitudes muito diferentes das de hoje —
com exceção, talvez, apenas do uso em excesso de castigos físicos, que, de qualquer modo, 10 também
eram aplicados em adultos.
O vocábulo “entretanto” (linha 7) é um elemento coesivo que introduz uma relação de adversidade entre a
informação expressa no período de que faz parte e as informações expressas nos períodos anteriores.

54. (CESPE / TRE ES nível médio – 2011)


Fragmento do texto: Convocada por D. Pedro em junho de 1822, a constituinte só seria instalada um ano
mais tarde, no dia 3 de maio de 1823, mas acabaria dissolvida seis meses depois, em 12 de novembro.
A substituição da conjunção “mas” por “conquanto” manteria o sentido original do texto e acrescentaria
característica rebuscada à linguagem empregada.

55. (CESPE / PGM RR ES Procurador – 2011)


Fragmento do texto: Assim, o drama da desigualdade não constitui apenas um problema de distribuição
mais justa da renda e da riqueza: envolve a inclusão produtiva digna da maioria da população desempregada,
subempregada, ou encurralada nos diversos tipos de atividades informais. Um PIB que cresce mas não inclui
as populações não é sustentável.
No desenvolvimento da argumentação, apesar de enfraquecer a ideia de oposição, a substituição de “mas”
por e mantém a coerência e a correção do texto.

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56. (CESPE / SEGER ES nível superior – 2011)


Fragmento do texto: A diferença é que, nesse caso, a previsão não se vale de dados, mas de sentimentos;
algo que poderia também ser chamado de intuição, mas que deriva da experiência de vida.
A inserção do termo também logo depois de “mas” preservaria tanto as relações de coerência entre os
argumentos quanto a correção gramatical do texto, com a vantagem de que reforçaria os aspectos utilizados
no tipo de previsão mencionado.

57. (CESPE / TRF 1ª Região Técnico Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A pergunta a respeito da exigibilidade ou não de procedimento licitatório prévio para
a contratação de serviços profissionais de advocacia não comporta uma resposta genérica, seja em sentido
positivo, seja em sentido negativo.
Na linha 2, o vocábulo “seja”, nas suas duas ocorrências, introduz uma condição.

58. (CESPE / STJ Analista Judiciário – 2015)


Fragmento do texto: Desse modo, o termo justiça como conformidade da conduta a uma norma é
empregado para julgar o comportamento da pessoa humana diante de uma norma, seja esta moral, seja de
direito natural ou de direito positivo.
Em “seja esta moral, seja de direito natural” (linha 2 e 3), é obrigatório o emprego da vírgula para indicar a
relação de alternância entre os elementos de orações de mesmo nível sintático.

59. (CESPE / FUB Analista de Tecnologia da Informação – 2015)


Fragmento do texto: Ser objeto de referência, seja na Web, seja em publicações científicas, constitui fator
importante em avaliações globais.
As relações estabelecidas pelo emprego da expressão “seja (...) seja” (linha 1), que poderia ser corretamente
substituída pelo par quer (...) quer, indicam termos sintaticamente dependentes entre si.
60. (CESPE / TRE ES Técnico – 2011)
Fragmento do texto: Na hipótese de doações a partidos políticos ou candidatos por meio da Internet, as
fraudes ou erros cometidos pelo doador, sem conhecimento dos candidatos, dos partidos ou das coligações,
não ensejam a responsabilidade destes nem a rejeição de suas contas eleitorais.
A conjunção ou empregada em “as fraudes ou erros” (linhas 1 e 2) designa exclusão, como na frase Liberdade
ou morte!

61. (CESPE / CEF Médio – 2011)


Fragmento do texto: Cientistas da Universidade de Essex, na Inglaterra, investigaram a serotonina, um
neurotransmissor ligado ao humor, e estudaram a preferência de 97 voluntários relativamente a diferentes
tipos de imagens. Pessoas em que se identificou apenas a versão longa do gene para a proteína
transportadora de serotonina — que controla os níveis do neurotransmissor nas células do cérebro —
tenderam a prestar atenção em figuras agradáveis (como imagens de chocolates) e evitaram as negativas
(como fotografias de aranhas). As pessoas com a forma curta do gene apresentaram preferências opostas,
embora não tão fortemente.
A substituição de “embora” (linha 7) por ou não prejudicaria a correção nem o sentido do texto.

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62. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019)


Fragmento do texto: Aquela senhora furiosa revoltou-se antes do tempo e não viu a condenação do conde
brutal. Tal suscetibilidade, decorrente da situação inferior em que, do modo mais injusto, as mulheres são
mantidas em nossas sociedades, é compreensível. Mas indignou-se cedo demais.
A oração “não viu a condenação do conde brutal” (ℓ. 1 e 2) exprime o motivo, a causa por que a senhora
furiosa revoltou-se antes do tempo.

63. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2019)


Fragmento do texto: A tributação, portanto, somente pode ser compreendida a partir da necessidade dos
indivíduos de estabelecer convívio social organizado e de gerir a coisa pública mediante a concessão de poder
a um soberano. Em decorrência disso, a condição necessária (mas não suficiente) para que o poder de
tributar seja legítimo é que ele emane do Estado, pois qualquer imposição tributária privada seria
comparável a usurpação ou roubo.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam preservados se o termo “Em decorrência disso” (linha 3)
fosse substituído pela seguinte expressão.
a) Devido isso b) Em suma c) Por conseguinte
d) Consoante isso e) Para tanto

64. (CESPE / IPHAN Nível Médio – 2018)


Fragmento do texto: Sabemos bem que o trabalho do historiador, ao fabricar um patrimônio no seu próprio
ofício da escrita da história, está integrado a um projeto de nacionalização, de construção do Estado e,
portanto, de poder.
Os sentidos originais e as relações de coesão do texto seriam preservados caso se substituísse a palavra
“portanto” (ℓ.3) por também, uma vez que ambas exprimem uma ideia de conclusão.

65. (CESPE / EMAP Nível Médio – 2018)


Fragmento do texto: A estrutura desses primeiros agrupamentos urbanos era tripartite: a cidade
propriamente dita, cercada por muralhas, onde ficavam os principais locais de culto e as células dos futuros
palácios reais; uma espécie de subúrbio, extramuros, local que agrupava residências e instalações para
criação de animais e plantio; e o porto fluvial, espaço destinado à prática do comércio e que era utilizado
como local de instalação dos estrangeiros, cuja admissão, em regra, era vedada nos muros da cidade. Não se
trata, portanto, de uma criação aleatória apenas vinculada à atividade comercial.
A palavra “portanto” (linha 6) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de conclusão.

66. (CESPE / SEDUC AL Professor – 2018)


Fragmento do texto: Na verdade, tanto o alfabetizador quanto o alfabetizando, ao pegarem, por exemplo,
um objeto, como faço agora com o que tenho entre os dedos, sentem o objeto, percebem o objeto sentido
e são capazes de expressar verbalmente o objeto sentido e percebido. Como eu, o analfabeto é capaz de
sentir a caneta, de perceber a caneta e de dizer caneta. Eu, porém, sou capaz de não apenas sentir a caneta,
de perceber a caneta, de dizer caneta, mas também de escrever caneta e, consequentemente, de ler caneta.
A conjunção “porém” (linha 4) expressa conclusão no período em que ocorre, por isso poderia ser
substituída, sem prejuízo do sentido original do texto, pela conjunção portanto.

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67. (CESPE / IHVDF Médico – 2018)


Fragmento do texto: O pulso de Roy se acelerou. Ele passava por aquele caminho todo dia e sabia que logo
a maré ia subir e lavar um Picasso original autêntico. Ele tinha de fazer algo para salvá-lo. Mas como?
O vocábulo “logo” (linha 1) introduz uma ideia de conclusão, razão por que poderia ser substituído por
portanto, desde que isolado por vírgulas, sem alteração dos sentidos originais do texto.

68. (CESPE / PC MA Delegado – 2018)


Fragmento do texto: Outro passo é tentar erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades, lutando para
atingir um desenvolvimento sustentado e o respeito pelos direitos humanos, reforçando as instituições
democráticas, promovendo a liberdade de expressão, preservando a diversidade cultural e o ambiente.
É, então, no entrelaçamento “paz — desenvolvimento — direitos humanos — democracia” que
podemos vislumbrar a educação para a paz.
No texto, em “É, então, no entrelaçamento ‘paz — desenvolvimento — direitos humanos — democracia’ que
podemos vislumbrar a educação para a paz” (linhas 4 e 5), o vocábulo “então” expressa uma ideia de
a) conclusão.
b) finalidade.
c) comparação.
d) causa.
e) oposição.

69. (CESPE / PC GO Delegado – 2017)


Fragmento do texto: A principal finalidade da investigação criminal, materializada no inquérito policial (IP),
é a de reunir elementos mínimos de materialidade e autoria delitiva antes de se instaurar o processo criminal,
de modo a evitarem-se, assim, ações infundadas, as quais certamente implicam grande transtorno para
quem se vê acusado por um crime que não cometeu.
Modernamente, o IP deixou de ser o procedimento absolutamente inquisitorial e discricionário de
outrora. A participação das partes, pessoalmente ou por seus advogados ou defensores públicos, vem
ganhando espaço a cada dia, com o objetivo de garantir que o IP seja um instrumento imparcial de
investigação em busca da verdade dos fatos.
Acrescente-se que o estigma provocado por uma ação penal pode perdurar por toda a vida e, por
isso, para ser promovida, a acusação deve conter fundamentos fáticos e jurídicos suficientes, o que, em
regra, se consegue por meio do IP.
Nas orações em que ocorrem no texto, os elementos “assim” (linha 3) e “por isso” (linhas 9 e 10) expressam,
respectivamente, as ideias de
a) consequência e consequência.
b) finalidade e proporcionalidade.
c) causa e consequência.
d) conclusão e conclusão.

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e) restrição e conformidade.

70. (CESPE / TRF 1ª Região Técnico Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A preocupação do filósofo era levar as pessoas, por meio do autoconhecimento, à
sabedoria e à prática do bem. Para o filósofo grego, o papel do educador é, portanto, o de ajudar o discípulo
a caminhar nesse sentido, despertando sua cooperação para que ele consiga, por si próprio, iluminar sua
inteligência e sua consciência.
O vocábulo “portanto” (linha 2) denota que a oração na qual está inserido constitui uma conclusão,
alcançada a partir das informações expostas no período anterior.

71. (CESPE / SEEDF nível superior – 2017)


Fragmento do texto: O universo da comunicação vem se ampliando com maior dinamismo, nos últimos anos,
para atender à demanda de seus usuários, nas mais diferentes situações de interatividade. Nele estamos
inseridos, exercitando nossa linguagem oral e escrita, até mesmo na área digital. Por isso, necessitamos
sempre assimilar novos conhecimentos e expressá-los com objetividade e competência.
A substituição de “Por isso” (linha 3) por Por esse motivo manteria a correção e o sentido original do texto.

72. (CESPE / PC PE Superior – 2016)


Fragmento do texto: Por outro lado, os progressos da ciência médica têm tornado imperioso que o momento
do óbito seja estabelecido com o máximo rigor. De fato, a problemática ligada à separação de partes
cadavéricas destinadas a transplantes em vivos exige que sua retirada seja feita em condições de
aproveitamento útil, o que impõe, em muitos casos, que esse procedimento seja feito em prazos curtos,
iniciados com o momento da morte. É importante, pois, que o médico estabeleça o momento de ocorrência
do êxito letal com a maior precisão possível.
A conjunção “pois” (linha 5) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de
a) conclusão.
b) explicação.
c) causa.
d) finalidade.
e) consequência.

73. (CESPE / PC PE Superior – 2016)


Fragmento do texto: O fenômeno da corrupção, em virtude de sua complexidade e de seu potencial danoso
à sociedade, exige, além de uma atuação repressiva, também uma ação preventiva do Estado. Portanto, é
preciso estimular a integridade no serviço público, para que seus agentes sempre atuem, de fato, em prol do
interesse público.
Seria mantida a correção gramatical do texto se o vocábulo “Portanto” (linha 2) fosse substituído por Por
conseguinte.

74. (CESPE / TRE PE Superior – 2017)


Fragmento do texto: O jurista Luiz Roberto Barroso bem esclarece a distinção ao afirmar que “Enunciado
normativo é o texto ainda por interpretar. Já a norma é o produto da incidência do enunciado normativo

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sobre os fatos da causa, fruto da interação entre texto e realidade.” Portanto, o enunciado normativo
resume-se ao texto legal, o qual, porém, somente se torna norma jurídica quando aplicado aos casos
concretos, ou seja, ao tornar-se efetivo.
O vocábulo “Portanto” (linha 3) introduz no texto a efetividade do direito eleitoral e a soberania popular
uma ideia de
a) finalidade.
b) conclusão.
c) causa.
d) consequência.
e) condição.

75. (CESPE / TRE PE Superior – 2017)


Fragmento do texto: Como lembra Marilena Chaui, a cidadania se define pelos princípios da democracia,
significando necessariamente conquista e consolidação social e política. A cidadania requer instituições,
mediações e comportamentos próprios, constituindo-se na criação de espaços sociais de lutas (movimentos
sociais, sindicais e populares) e na definição de instituições permanentes para a expressão política, como
partidos, legislação e órgãos do poder público. Distingue-se, portanto, a cidadania passiva, aquela que é
outorgada pelo Estado, com a ideia moral do favor e da tutela, da cidadania ativa, aquela que institui o
cidadão como portador de direitos e deveres, mas essencialmente criador de direitos para abrir novos
espaços de participação política.
No último período do texto, o vocábulo “portanto” (linha 5) introduz uma ideia de
a) adição.
b) tempo.
c) consequência.
d) conclusão.
e) explicação.

76. (CESPE / Prefeitura de São Paulo Médio – 2016)


Fragmento do texto: É importante ressaltar que o grafite, inicialmente, foi uma arte caracterizada pela
autoria anônima, por meio da qual o grafiteiro transformava a cidade em um importante suporte de
comunicação artística sem delimitação de espaço, de mensagem ou de mensageiro.
Portanto, o que importava naquele momento era a arte em si e não o nome de seu autor. Por esse
motivo, os ditos “cânones” são retirados de sua posição central e imperativa para dar lugar a uma arte de
todos e para todos; arte da rua, na rua e para a rua; arte da cidade, na cidade e para a cidade: o grafite.
Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto caso a palavra “Portanto”, no trecho “Portanto,
o que importava naquele momento era a arte em si e não o nome de seu autor” (linha 4), fosse substituída
por
a) Pois.
b) No entanto.

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c) Logo.
d) Entretanto.
e) Porquanto.

77. (CESPE / TRE PI Taquígrafo – 2016)


Fragmento do texto: Os partidos representam diferentes ideologias e convicções políticas existentes na
sociedade, reunindo, como seus filiados, cidadãos adeptos a sua corrente de pensamento. Por isso, antes de
se filiar a um partido político, o eleitor deveria tomar conhecimento do estatuto partidário, norma interna
que rege sua organização e seu funcionamento, com o objetivo de verificar sua afinidade com aquele projeto
político.
A expressão “Por isso” (linha 2) tem a função de retomar elemento já mencionado no texto e poderia ser
substituída por Porquanto, sem prejuízo do sentido original do texto.

78. (CESPE / FUB Analista de Tecnologia da Informação – 2015)


Fragmento do texto: Como a população cresce em número e em capacidade de consumo, também aumenta
o desejo de que a economia utilize mais recursos de base biológica, recicláveis e renováveis, logo, mais
sustentáveis — e essa é a base da bioeconomia.
O vocábulo “logo” (linha 2), por indicar conclusão de ideia anterior, poderia ser substituído pela expressão
por conseguinte, o que manteria a correção gramatical e a coerência textual.

79. (CESPE / TCU Técnico Federal de Controle Externo – 2015)


Fragmento do texto: A invenção e a difusão da técnica da escritura, somadas à compilação de costumes
tradicionais, proporcionaram os primeiros códigos da Antiguidade, como o de Hamurábi, o de Manu, o de
Sólon e a Lei das XII Tábuas. Constata-se, destarte, que os textos legislados e escritos eram melhores
depositários do direito e meios mais eficazes para conservá-lo que a memória de certo número de pessoas,
por mais força que tivessem em função de seu constante exercício.
Sem prejuízo do sentido do texto, o termo “destarte” (linha 3) poderia ser substituído por contudo ou
todavia.

80. (CESPE / Secretaria de Ciência e Tecnol DF Médio – 2014)


Fragmento do texto: É de se observar que a Constituição Federal de 1988 (CF) por nenhuma vez utiliza o
termo funcionário, embora este seja de uso comum na legislação ordinária; entretanto, há dispositivos legais
que tratam de pessoas que exercem funções públicas, quer administrativas, quer legislativas, quer
jurisdicionais, e ainda, pessoas que exercem tais funções sem vínculo empregatício com o Estado. Por
conseguinte, conclui-se, então, que seja imperiosa a adoção de outro vocábulo, de sentido mais amplo do
que servidor público, para designar as pessoas que exercem a função pública, com ou sem vínculo
empregatício.
A expressão “Por conseguinte” (linhas 4 e 5), utilizada para estabelecer conexão entre as ideias do texto,
equivale semanticamente a contudo.

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81. (CESPE / ICMBIO Médio – 2014)


Fragmento do texto: A depender da contribuição de especialistas em desenvolvimento sustentável da
Universidade de Brasília, o lema de 1889, inspirado nos conceitos positivistas do francês Augusto Comte,
teria a seguinte redação: “Ordem e um Novo Progresso”. Essa renovação de ideias, entretanto, precisa do
apoio das novas gerações, pois o cenário mundial atual, e do Brasil em particular, é muito diferente do
registrado há duas décadas, por exemplo. Na configuração geopolítica do século XXI, a supremacia dos
Estados Unidos da América e da Europa é confrontada pelo dinamismo econômico de nações como a China,
Índia, África do Sul e o próprio Brasil.
Na linha 3, a substituição do vocábulo “entretanto” pelo vocábulo portanto não acarretaria mudança de
significado no período em questão.

82. (CESPE / MTE Contador – 2014)


Fragmento do texto: Os responsáveis pela gestão de pessoas em uma organização são os gestores, e não a
área de RH. Gente é o ativo mais importante nas organizações: é o propulsor que as move e lhes dá vida.
Portanto, os aspectos que envolvem a gestão de pessoas têm de ser tratados como parte de uma política
de valorização desse ativo, na qual gestores e RH são vasos comunicantes, trabalhando em conjunto, cada
um desempenhando seu papel de forma adequada.
O vocábulo “Portanto” (linha 3) poderia ser substituído pela expressão Não obstante, sem prejuízo do
sentido original do texto.

83. (CESPE / Câmara Deputados Agente Pol Legislativa – 2014)

No terceiro quadrinho, a expressão “Sendo assim” poderia, sem prejuízo para a correção e a coerência do
texto, ser substituída por qualquer um dos seguintes conectores: Portanto, Por conseguinte, Conquanto.

84. (CESPE / ANTAQ nível médio – 2014)


Fragmento do texto: Mas para conhecer a Amazônia de verdade é preciso entender sua posição estratégica
para o país. Os rios são a chave para esse conhecimento. São as estradas que a natureza construiu e em cujas
margens se desenvolveram inúmeras povoações. Portanto, é impossível pensar em Amazônia sem associar
a importância que os rios têm para o desenvolvimento econômico e social. Eles devem ser vistos como os
grandes propulsores do desenvolvimento sustentável da região.
Mantêm-se a correção gramatical do texto e suas informações originais ao se substituir “Portanto” (linha 3)
por qualquer um dos seguintes termos: Por isso, Logo, Por conseguinte.

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85. (CESPE / CNJ Analista Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Quanto mais intensa a discriminação e mais poderosos os mecanismos inerciais que
impedem o seu combate, mais ampla é a clivagem entre discriminador e discriminado. Dessa lógica resulta,
inevitavelmente, que aos esforços de uns em prol da concretização da igualdade se contraponham os
interesses de outros na manutenção do status quo. É crucial, pois, que as ações afirmativas, mecanismo
jurídico concebido com vistas a quebrar essa dinâmica perversa, sofram o influxo dessas forças contrapostas
e atraiam considerável resistência, sobretudo da parte dos que historicamente se beneficiaram da exclusão
dos grupos socialmente fragilizados.
Na linha 4, o vocábulo “pois” está empregado com valor conclusivo, equivalendo a portanto.

86. (CESPE / TRE-MS Técnico Judiciário – 2013)


Fragmento do texto: Na democracia direta, o povo participa diretamente da vida política do Estado,
exercendo os poderes governamentais, fazendo leis, administrando e julgando. É, pois, aquela em que o
povo exerce de modo imediato as funções públicas.
A conjunção “pois” (linha 2) exerce, na oração em que se insere, função explicativa.

87. (CESPE / MPU Assistente Técnico Administrativo – 2013)


De fato, dados recentes indicam que, no Brasil, com 4,2 promotores para cada 100 mil habitantes, há uma
situação de clara desvantagem no que diz respeito ao número relativo de integrantes. No Panamá, por
exemplo, o número é de 15,3 promotores para cada cem mil habitantes; na Guatemala, de 6,9; no Paraguai,
de 5,9; na Bolívia, de 4,5. Em situação semelhante ou ainda mais crítica do que o Brasil, estão, por exemplo,
o Peru, com 3,0; a Argentina, com 2,9; e, por fim, o Equador, com a mais baixa relação: 2,4. É correto dizer
que há nações proporcionalmente com menos promotores que o Brasil. No entanto, as atribuições do
Ministério Público brasileiro são muito mais extensas do que as dos Ministérios Públicos desses países.
Seriam mantidas a coerência e a correção gramatical do texto se, feitos os devidos ajustes nas iniciais
maiúsculas e minúsculas, o período “É correto (...) o Brasil” (linhas 5 e 6) fosse iniciado com um vocábulo de
valor conclusivo, como logo, por conseguinte, assim ou porquanto, seguido de vírgula.

88. (CESPE / Secretaria da Saúde ES Médico – 2011)


Fragmento do texto: Os critérios para o diagnóstico da síndrome são: tiques motores múltiplos e um ou mais
tiques vocais devem estar presentes durante algum tempo, não necessariamente ao mesmo tempo...
O emprego de portanto imediatamente antes de “não necessariamente” manteria a correção gramatical e
o sentido original do período.

89. (CESPE / TRE ES Técnico – 2011)


Fragmento do texto: Octaciano Nogueira, em trabalho a respeito do tema, parte da premissa de que essa
distorção “não é obra do regime militar, que, na verdade, se utilizou desse expediente, como de inúmeros
outros, para reforçar a Arena, durante o bipartidarismo; sua origem remonta à Constituinte de 1890, quando,
por sinal, o problema foi exaustivamente debatido; a partir daí, incorporou-se à tradição de nosso direito
constitucional legislado, em todas as subsequentes constituições; e o princípio, portanto, estabelecido
durante as fases democráticas sob as quais viveu o País e mantido sempre que se restaurou o livre debate,
subsequente aos regimes de exceção, foi invariavelmente preservado, como ocorreu em 1946 e 1988.”

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Os três sinais de ponto e vírgula empregados neste parágrafo do texto poderiam ser substituídos, com
correção, por ponto final, ajustando-se as iniciais maiúsculas nos novos períodos e suprimindo-se a
conjunção “e” do segmento “e o princípio”.

90. (CESPE / PGE PE Assistente de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Ela fazia um para cada dia da semana, assim, eu podia me esbaldar e me sujar à
vontade, porque sempre teria um macacão limpo para usar no dia seguinte.
A substituição do conectivo “porque” (linha 2) por pois manteria os sentidos originais do texto.

91. (CESPE / PGE PE Analista Judiciário de Procuradoria 2019)


Fragmento do texto: Sempre duvidei que o conceito de crise tivesse qualquer utilidade para definir uma
sociedade ou uma época.
Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para absolver o presente,
nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos.
Na linha 3, os dois-pontos foram empregados com a finalidade de introduzir uma síntese das ideias
enunciadas no primeiro parágrafo do texto.

92. (CESPE / PRF Policial Rodoviário Federal 2019)


Fragmento do texto: O nome é o nosso rosto na multidão de palavras. Delineia os traços da imagem que
fazem de nós, embora não do que somos (no íntimo). Alguns escondem seus donos, outros lhes põem nos
olhos um azul que não possuem. Raramente coincidem, nome e pessoa. Também há rostos quase idênticos,
e os nomes de quem os leva (pela vida afora) são completamente díspares, nenhuma letra se igualando a
outra.
A informação apresentada pela oração “nenhuma letra se igualando a outra” (ℓ. 5) é redundante em relação
à informação apresentada na oração imediatamente anterior, servindo para reforçar-lhe o sentido.

93. (CESPE / IHVDF Técnico – 2018)


Fragmento do texto: Viajou por toda a Europa, visitando hospitais. Coisa que os pais não viam com bons
olhos: enfermeiras eram consideradas pessoas de categoria inferior, de vida desregrada.
A correção gramatical do texto seria mantida caso o sinal de dois-pontos empregado logo após “olhos” (linha
2) fosse suprimido e, em seu lugar, fosse empregada uma vírgula seguida da expressão visto que, da seguinte
forma: olhos, visto que.

94. (CESPE / TCE PE Analista Judiciário – 2017)


Fragmento do texto: A democracia deve gerar uma cidadania integral (civil, política e social), em que o
regime eleitoral é condição fundamental, embora insuficiente. A democracia eleitoral se revela restrita ao
não englobar temas como direitos sociais e econômicos.
Feitas as devidas alterações de maiúsculas e minúsculas e de pontuação, a expressão uma vez que poderia
ser utilizada para ligar os dois períodos que compõem o quarto parágrafo do texto, sem prejuízo para seus
sentidos.

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95. (CESPE / TCE PA Auxiliar Técnico – 2016)


Fragmento do texto: Passados os atropelos da chegada de D. João ao Brasil, era hora de colocar mãos à obra.
Os planos eram grandiosos e havia tudo por fazer. A colônia precisava de estradas, escolas, tribunais,
fábricas, bancos, moeda, comércio, imprensa, biblioteca, hospitais, comunicações eficientes. Em especial,
necessitava de um governo que se responsabilizasse por tudo isso. D. João não perdeu tempo. No dia 10 de
março de 1808, quarenta e oito horas depois de desembarcar no Rio de Janeiro, organizou seu novo
gabinete.
Seriam mantidas a correção gramatical e as informações veiculadas no texto caso o ponto final empregado
logo após “tempo” (linha 4) fosse substituído por dois-pontos, da seguinte forma: D. João não perdeu tempo:
no dia 10 de março (...).

96. (CESPE / TCU Técnico Federal de Controle Externo – 2015)


Fragmento do texto: Tendo presente essas asserções genéricas, podemos compreender melhor as
ambiguidades e os limites do liberalismo brasileiro, porquanto, desde os primórdios, ele teve de conviver
com uma estrutura político-administrativa patrimonialista e com uma dominação econômica escravista das
elites agrárias.
A ideia introduzida pela conjunção “porquanto” (linha 2) poderia ser expressa também por conquanto.

97. (CESPE / ANS Técnico – 2013)


Fragmento do texto: A fiscalização do cumprimento das garantias de atendimento é uma forma eficaz de se
certificar o beneficiário da assistência por ele contratada, pois leva as operadoras a ampliarem o
credenciamento de prestadores e a melhorarem o seu relacionamento com o cliente.
Mantêm-se a correção gramatical do período e suas informações originais ao se substituir o termo “pois”
(linha 2) por qualquer um dos seguintes: já que, uma vez que, porquanto.

98. (CESPE / Polícia Federal Escrivão – 2013)


Fragmento do texto: O que tanta gente foi fazer do lado de fora do tribunal onde foi julgado um dos mais
famosos casais acusados de assassinato no país? Torcer pela justiça, sim: as evidências permitiam uma forte
convicção sobre os culpados, muito antes do encerramento das investigações.
Sem prejuízo do sentido original do texto, os dois-pontos empregados logo após “sim” (linha 2) poderiam ser
substituídos por vírgula, seguida de dado que ou uma vez que.

99. (CESPE / TRE ES Técnico – 2011)


Fragmento do texto: Trata-se de assunto cuja importância e mesmo centralidade não podem ser
desprezadas: princípio basilar da democracia representativa é o voto de cada pessoa ter o mesmo peso
eletivo.
Dadas as relações de sentido do período, o sinal de dois-pontos poderia ser substituído pela conjunção
“porque”, sem prejuízo do sentido geral do trecho.

100. (CESPE / TRE ES Técnico – 2011)


Fragmento do texto: Realizada em Copenhague, sob o signo da recessão mundial, a COP-15 foi uma relativa
decepção: não conseguiu produzir um documento tornando obrigatórias as metas de redução da emissão
de poluentes, mas houve consensos.

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A substituição do sinal de dois-pontos por uma vírgula seguida da expressão uma vez que prejudicaria a
correção gramatical e a informação original do período.

101. (CESPE / PGM RR ES Procurador – 2011)


Fragmento do texto: Assim, o drama da desigualdade não constitui apenas um problema de distribuição
mais justa da renda e da riqueza: envolve a inclusão produtiva digna da maioria da população desempregada,
subempregada, ou encurralada nos diversos tipos de atividades informais.
No trecho “da renda e da riqueza: envolve” a função do sinal de dois-pontos corresponde à função de um
conectivo explicativo; por isso, preservam-se a correção gramatical e a coerência textual ao se reescrever
esse trecho do seguinte modo: da renda e da riqueza, pois envolve.

102. (CESPE / Polícia Civil CE Inspetor – 2012)


Fragmento do texto: Pensar o império não significa ressuscitá-lo dos mundos passados. Trata-se de
considerar a multiplicidade de formas de exercício do poder sobre um dado espaço.
Com os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas, o ponto após “passados” pode ser substituído por dois-
pontos sem que haja prejuízo para a correção gramatical e o sentido original do texto.

103. (CESPE / SEFAZ RS Auditor Fiscal 2019)


Entre os maiores poderes concedidos pela sociedade ao Estado, está o poder de tributar. A tributação
está inserida no núcleo do contrato social estabelecido pelos cidadãos entre si para que se alcance o bem
comum. Desse modo, o poder de tributar está na origem do Estado ou do ente político, a partir da qual foi
possível que as pessoas deixassem de viver no que Hobbes definiu como o estado natural (ou a vida pré-
política da humanidade) e passassem a constituir uma sociedade de fato, a geri-la mediante um governo, e
a financiá-la, estabelecendo, assim, uma relação clara entre governante e governados.
A tributação, portanto, somente pode ser compreendida a partir da necessidade dos indivíduos de
estabelecer convívio social organizado e de gerir a coisa pública mediante a concessão de poder a um
soberano. Em decorrência disso, a condição necessária (mas não suficiente) para que o poder de tributar
seja legítimo é que ele emane do Estado, pois qualquer imposição tributária privada seria comparável a
usurpação ou roubo.
Internet: <www.receita.fazenda.gov.br> (com adaptações).

Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto, julgue os itens seguintes.


I No trecho “o poder de tributar está na origem do Estado ou do ente político” (linha 3), a substituição de
“ou” por e prejudicaria a correção gramatical do texto.
II A supressão dos parênteses empregados no trecho “(ou a vida pré-política da humanidade)” (linhas 4 e
5) alteraria os sentidos originais do texto.
III No trecho “seria comparável a usurpação ou roubo” (linhas 10 e 11), a forma verbal “seria” expressa
dúvida quanto à possibilidade de concretização da referida comparação.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.

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c) Apenas os itens I e III estão certos.


d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

104. (CESPE / TRE PE Analista – 2017)


Fragmento do texto: Com relação a essa ideia, vale destacar que o alcance da moralidade vincula-se a
princípios ou normas de conduta, aos padrões de comportamento geralmente reconhecidos, pelos quais são
julgados os atos dos membros de determinada coletividade. Disso é possível deduzir que os membros de
uma corporação profissional — no caso, funcionários e servidores da administração pública — também
devem ser submetidos ao julgamento ético-moral.
A correção gramatical do texto seria mantida caso fosse empregada vírgula imediatamente após o travessão
na linha 4.

105. (CESPE / TCE PA Auxiliar Técnico – 2016)


Fragmento do texto: Com os planos de expansão territorial fracassados, restou a D. João se concentrar na
primeira — e mais ambiciosa — de suas tarefas: mudar o Brasil para reconstruir nos trópicos o sonhado
império americano de Portugal.
No parágrafo do texto, os travessões foram empregados para isolar informação adicional que se intercala no
discurso.

106. (CESPE / FUB Nível Superior – 2015)


Fragmento do texto: Em momentos de incerteza econômica, buscar soluções para aumentar a produtividade
é uma escolha certeira para sobreviver e prosperar: nesse sentido, as empresas brasileiras estão fazendo o
dever de casa.
Preservam-se as relações sintáticas e a correção gramatical entre as orações ao substituir o sinal de dois-
pontos (linha 2) por ponto e vírgula ou vírgula.

107. (CESPE / FUB Nível Médio – 2015)


Fragmento do texto: A autora do artigo é estudante do 2.º ano do ensino médio em uma escola estadual do
Ceará, e foi premiada ao lado de outros dezenove alunos de escolas públicas brasileiras, durante um evento
em Brasília, no último mês de dezembro. Como nos três anos anteriores, vinte alunos foram vencedores ―
cinco em cada gênero trabalhado pelo projeto. Além de opinião (2.º e 3.º anos do ensino médio), a olimpíada
destacou produções em crônica (9.º ano do ensino fundamental), poema (5.º e 6.º anos) e memória (7.º e
8.º anos). Tudo regido por um só tema: “O lugar em que vivo”.
Na linha 3, caso o travessão fosse substituído por dois-pontos, não haveria prejuízo para a correção
gramatical do texto.

108. (CESPE / ANS nível Superior – 2013)


Fragmento do texto: Os planos com pior avaliação — durante dois períodos consecutivos — estão sujeitos à
suspensão temporária da comercialização.
A substituição dos travessões da linha 1 por vírgulas ou por parênteses preservaria a correção gramatical do
período.

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109. (CESPE / INCA nível médio – 2010)


Fragmento do texto: A importância da Pastoral é palpável: a média nacional de mortalidade infantil para
crianças de até 1 ano, que é de 22 indivíduos por mil nascidos vivos, cai para 12 mil nos lugares atendidos
pela instituição”.
O emprego de sinal de dois-pontos em “é palpável:” justifica-se porque o trecho subsequente a esse sinal
apresenta argumento comprobatório da afirmativa anterior.

110. (CESPE / INCA nível superior – 2010)


Fragmento do texto: Vale a apena rever certas crenças que se têm multiplicado a respeito das chamadas
emoções negativas. Diferentemente do que alguns autores propõem, sublimá-las não gera benefícios para a
pessoa — essa atitude, aliás, tende mais a trazer-lhe prejuízos à saúde.
O travessão empregado logo após “pessoa”, usado para destacar a informação final do enunciado, pode ser
corretamente substituído por ponto e vírgula.

111. (CESPE / Caixa Econômica Federal nível médio – 2010)


Fragmento do texto: A aposentadoria — mesmo a minguada quantia mensal paga pelo Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) — é a principal renda fixa do idoso paulistano.
O travessão empregado após o vocábulo “aposentadoria” poderia ser substituído por vírgula, o que manteria
a correção e o sentido original do texto.

112. (CESPE / EBC Nível Médio – 2011)


Fragmento do texto: São tantos os espaços para a dita participação popular nos meios de comunicação que
o ouvinte, telespectador ou leitor nem sabe mais como dar conta de tanta interatividade. Esse montante de
ferramentas e recursos buscados pelos programadores está enterrando o que poderia ser um
instrumento de inclusão na comunicação social.
Esse processo em nada se diferencia de outro já muito conhecido pelos estudiosos da comunicação:
a proliferação demasiada de determinados espaços acaba por apagá-los por si mesmos. Pode-se considerar
tal fenômeno, claramente, em relação aos outdoors. Já não há espaços de visibilidade claros dentro da
maioria dos ambientes urbanos, mas, sim, uma diversidade de cores, formas e mensagens que passam
despercebidas e simplesmente acabam por gerar a tão conhecida poluição visual.
A substituição dos dois-pontos empregados logo após “comunicação” pelo vocábulo pois alteraria o sentido
original do texto.

113. (CESPE / ANEEL nível Médio – 2010)


Fragmento do texto: O estudo aponta forte concentração dos investimentos na exploração de petróleo e
gás, não tanto no pré-sal, mas, especialmente, na cadeia econômica ligada ao óleo, como a indústria naval e
a de fabricação de plataformas. Trata-se de um investimento que estimula outros setores da economia.
O termo “como” (linha 3) estabelece, no período em que foi empregado, uma relação de comparação entre
a “cadeia econômica ligada ao óleo” e “a indústria naval e a de fabricação de plataformas”.

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6 – GABARITO

1. E 30. E 59. E 88. E


2. C 31. E 60. E 89. C
3. C 32. E 61. E 90. C
4. C 33. D 62. E 91. E
5. C 34. C 63. C 92. C
6. E 35. E 64. E 93. C
7. E 36. D 65. C 94. C
8. C 37. C 66. E 95. C
9. C 38. C 67. E 96. E
10. C 39. D 68. A 97. C
11. C 40. E 69. D 98. C
12. C 41. E 70. C 99. C
13. E 42. E 71. C 100. E
14. E 43. C 72. A 101. C
15. C 44. C 73. C 102. C
16. E 45. C 74. B 103. B
17. E 46. E 75. D 104. E
18. C 47. C 76. C 105. C
19. C 48. E 77. E 106. C
20. B 49. E 78. C 107. C
21. C 50. C 79. E 108. C
22. C 51. C 80. E 109. C
23. C 52. E 81. E 110. C
24. E 53. C 82. E 111. E
25. E 54. E 83. E 112. C
26. C 55. C 84. C 113. E
27. C 56. E 85. C
28. E 57. E 86. E
29. E 58. C 87. E

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