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Escola de Engenharia
Departamento de Mecânica - DEMEC
Notas de Aula
Março de 2011
Sumário
1
6.3 REPRESENTAÇÃO EM DIAGRAMA DE BLOCOS ............................................................................... 44
6.4 AUTOMAÇÃO ................................................................................................................................ 45
6.4.1 Lógica Combinatória.......................................................................................................... 45
6.4.2 Lógica Seqüencial............................................................................................................... 46
7 PROJETOS ..................................................................................................................................... 47
7.1 FREIOS ABS.................................................................................................................................. 47
7.2 PROJETO DE SISTEMAS - DOMÓTICA ............................................................................................. 47
7.3 AUTOMAÇÃO DE SISTEMAS - ROVER ............................................................................................ 47
7.4 AUTOMAÇÃO DE SISTEMAS – IDENTIFICAÇÃO DE PONTO DE IMPACTO .......................................... 47
2
Capítulo 1
1 Introdução à Mecatrônica
A mecatrônica pode ser compreendida como uma filosofia relacionada à
aplicação combinada de conhecimentos de áreas tradicionais, como a engenharia
mecânica, a eletrônica, controle e a computação, de forma integrada e concorrente.
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Controlador Lógico Programável (CLP): é um dispositivo programável com
entradas e saídas analógicas ou digitais, muito utilizado para a automação industrial.
Nele podem ser implementadas lógicas Combinatórias e Seqüenciais e Controladores.
De maneira geral, os CLPs podem receber armazenar manipular e enviar dados.
4
1.2 Monitoramento, Automação e Controle de Sistemas
5
Neste caso, o processamento digital colhe as informações e processa para uma
tomada de decisão para aplicação da ação. São utilizados para isso a lógica
combinatória, na qual a saída é formada por uma cominação da entrada, e a lógica
sequencial, onde as saídas são formadas pela combinação das entradas e das saídas
ocorrendo um sequenciamento de atuações.
6
Uma forma conveniente de entender um processo de controle de sistemas é
como descrito abaixo, onde o ambiente computacional adquire os dados provenientes do
sensor, compara com uma resposta desejável, calcula uma correção através do
controlador, gerando assim a chamada lei de controle que é implementada no sistema
mecânico através do atuador. Note que neste tipo de estratégia ocorre rejeição à
distúrbios, pois espera-se que a resposta obtida seja sempre igual à resposta desejada.
7
Capítulo 2
Observe que, no caso da Figura 2-1, ocorre uma realimentação mecânica que é
feita pelo parafuso que posiciona as massas, isto é, a alteração da velocidade é feita pela
posição do parafuso. Então, pode ser dito que um sistema mecânico ativo consiste de
vários sistemas mecânicos passivos.
8
2.3 Complexidade de Sistemas Mecatrônicos
A figura acima diz que é muito difícil se desenvolver um componente, como por
exemplo, um sensor específico para um determinado fim do que utilizá-lo em uma
máquina. Porém, a complexidade lógica necessária do sistema que utilizará o sensor
desenvolvido é muito elevada.
9
2.4 Desenvolvimento de um Sistema Mecatrônico
10
2.5 Definições básicas
Variável Física é a quantidade física que se deseja medir para ser usada no
sistema de controle/monitoramento, por exemplo, deslocamento, velocidade, aceleração,
temperatura, pressão, etc.
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Condicionador de sinais é o dispositivo que “condiciona” o sinal medido pelo
transdutor para ser adequadamente interpretado pelo sistema de aquisição de dados ou
de medição. Os condicionadores de sinais podem incluir um amplificador operacional
como fonte de alimentação básica, um sistema de amplificação, filtros analógicos,
integradores, derivadores, etc.
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Filtro de reconstrução é um filtro analógico adicionado na saída do conversor
D/A com o intuito de eliminar as frequências introduzidas pelo circuito Hold,
normalmente “escadas” feitas pelo ZOH. Este filtro pode ser eliminado do processo se
necessário.
13
Capítulo 3
Deve ser lembrado que um sistema físico linear e invariante no tempo altera a
quantidade física de entrada em amplitude e fase como apresentado na Figura 3.1.
Usualmente, os fabricantes especificam os sensores através de suas especificações
estáticas e dinâmicas.
3.1 Sensores
14
Repetibilidade é a capacidade do sensor tem em medir uma mesma entrada
aplicada várias vezes.
15
3.1.2 Especificações Dinâmicas
16
Figura 3-5: Exemplos de erro de polarização e de acuracidade
Há uma infinidade de tipos de sensores, e aqui será apresentada apenas uma lista
classificando-os de acordo com a sua função.
Elementos de Comando:
Botões, pedais, interruptores, alavancas, chaves de fim de curso, solenoides,
reles, etc. Estes instrumentos são encontrados na forma normalmente aberto ou fechado.
São utilizados para dar início ou fim a um determinado processo.
17
Figura 3-7: Exemplo botão e de uma chave de fim de curso
Um relé (do francês relais), por vezes pronunciado como relê (por influência do
inglês relay) é um interruptor acionado eletricamente. A movimentação física deste
"interruptor" ocorre quando a corrente elétrica percorre as espiras da bobina do relé,
18
criando assim um campo magnético que por sua vez atrai a alavanca responsável pela
mudança do estado dos contatos. O relé é um dispositivo eletromecânico ou não, com
inúmeras aplicações possíveis em comutação de contatos elétricos. Servindo para ligar
ou desligar dispositivos. Basicamente o relé pode ser entendido como um sistema de
processamento de sinais, os elementos de processamento de sinais são responsáveis por
manipular os sinais de entrada, de forma a fornecer os sinais de saída de acordo com a
especificação do sistema de comando. Os próprios contatos dos relés auxiliares podem
ser utilizados como elementos de saída de sinal, caso estejam conectados à alimentação
de máquinas e outros equipamentos.
Elementos de Proximidade:
Fotodiodo, sensores infravermelho, ultra-sônicos, magnéticos, etc. Verificam
a presença ou proximidade de um evento, normalmente são sensores que não requerem
o contado direto para serem acionados, podem ser utilizados para verificação, contagem
de peças, alarmes, etc.
Elementos de Medida:
Sensores de Posição: medem distância em relação a um sistema de eixos.
Encoders: são dispositivos para medidas de ângulo ou rotação.
Acelerômetros: medem aceleração.
Transdutores de Força: medem força.
Termopares: medem temperatura.
Pontes Extensométricas: medem deformação.
19
de efeito Peltier-Seebeck ou efeito termelétrico. Na verdade, são dois efeitos que podem
ser considerados como diferentes manifestações do mesmo fenômeno físico.
20
Figura 3.12: Configuração do extensômetro
21
Figura 3.16: Acelerômetros
Encoders ópticos: são sensores que medem ângulo de rotação. Nele há uma
fonte emissora de luz que passa através de um disco com raias, as raias de luz são
projetadas no receptor óptico que transforma o sinal óptico em elétrico. Observe que
este sensor é baseado na utilização de um atuador, fonte emissora de luz, e de um
fotodiodo, receptor óptico. Os encoders podem ser incrementais e absolutos e são
caracterizados pela resolução mínima de giro capaz de ser detectada.
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Os encoders óticos absolutos fornecem informações mais rigorosas que os
encoders óticos incrementais. Possuem a capacidade de informar a posição física do
robô assim que ele é ativado, sem a necessidade de fixação da posição inicial. Isto é
possível porque o encoder transmite, para o controlador, um sinal diferente para cada
posição da junta.
Casamento de Impedâncias;
Conversão de voltagem para corrente e vice-versa;
Conversão de voltagem para freqüência e vice-versa;
Amplificação do sinal;
Isolação e aterramento;
Filtragem;
Integração;
Diferenciação;
Teste de cabos;
Identificação de sinal baixo ou sobresinal;
3.3 Atuadores
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Figura 3-18: Representação esquemática de atuadores pneumáticos e hidráulicos
Ambos os motores podem girar nas duas direções e gerar diferentes torques
dependendo do modelo. Além disso, podem parar exatamente em uma determinada
posição, o servomotor requer um sistema em realimentação para que isso seja feito,
enquanto que no motor de passo isso é feito por um controle em avanço.
1
Motor elétrico de corrente alternada cuja velocidade de rotação é proporcional à freqüência da sua
alimentação.
24
Figura 3-20: Representação esquemática dos sistemas de controle dos atuadores
25
3.4 Cabos de Conexão
Figura 3-24: Conectores para instrumentação: BNC jack (fêmea); BNC plug (macho),
tipo lemo e micro-BNC ou 10-32.
26
Capítulo 4
Aqui serão utilizadas duas terminologias, uma para placas de aquisição e outra
para sistemas de aquisição de dados. Um sistema de aquisição de dados se diferencia de
uma placa de aquisição de dados pela adição de componentes específicos para
determinados fins, como sistemas de condicionamento de sinais, entradas e saídas
específicas e programação dedicada a determinadas tarefas.
27
4.1 Tipos de Sinais
28
4.2 Placas e Sistemas de Aquisição de Dados
De modo geral, as placas de aquisição de dados são mais baratas que os sistemas
de aquisição de dados e algumas placas podem não ter sistema de processamento
embarcado, isto é, elas são apenas um sistema que adquire ou emite sinais e todo o
processamento é feito por um computador ao qual ela está instalada. Elas são
conhecidas como placas de aquisição de dados SEM sistema de processamento,
exemplos deste tipo são algumas placas de som e de vídeo de um computador pessoal,
placas de comunicação serial, etc. Porém, não significa que ela não tenha algum
processador embutido, apenas significa que ela não opera separada de um computador,
isto é, o seu desempenho está ligado ao desempenho do processador do computado no
qual a placa está instalada. Portanto, quanto mais rápido for o processador do
computador, melhor o desempenho da placa de aquisição.
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Sistemas de Aquisição de Dados são equipamentos que em geral são
completamente independentes do computador, e é uma junção de uma placa de
aquisição de dados com sistema de processamento embutido juntamente com sistemas
de condicionamento de sinais. Além disso, podem ser pré-programados para realizarem
determinadas funções como medidas de Função de Resposta em Freqüência, que são os
sistemas conhecidos como analisadores espectrais.
A resolução dos canais de entrada e saída são dadas pelos conversores A/D
(Analógico/Digital) e D/A (Digital/Analógico). O conversor Analógico/Digital ou ADC
(Analog Digital Converter) é dispositivo que permite a digitalização de um sinal
analógico. O conversor Digital/Analógico é o dispositivo que transforma sinais digitais
gerados pelo sistema de aquisição de dados para sinais analógicos, em outras palavras, o
conversor D/A gera uma saída analógica em voltagem em função de uma dada voltagem
digital.
Exemplo 4.1: Um conversor A/D com 4 bits, ajustado para medir um sinal que pode
variar em ± 10 Volts. Qual a precisão do conversor A/D?
30
Exemplo 4.2:Supor um sinal analógico com apenas uma freqüência igual a 400 Hz. Se
a amostragem for feita com uma freqüência de amostragem fa = 1600 Hz. Pede-se:
31
Exemplo 4.4: Supondo que um conversor A/D trabalhando ao mesmo tempo com 32
canais ativos a sua fa seja de 10 KHz, se fossem utilizados apenas 20 canais, qual seria
nova fa?
Solução:
10.000
Para os 20 canais, fa para 20 canais fa 32 16 KHz
20
32
4.5 Controlador Lógico Programável (CLP)
33
4.6 Microcontroladores
34
Capítulo 5
35
“Remote Data Acquisition” o computador e a aplicação estão afastados, podem
do variar de 100 metros a 100 km. Neste caso é necessária a utilização de redes de
comunicação para o envio e recebimento de dados.
36
terminações. Se a comunicação é feita em ambas as direções ao mesmo tempo, ela é
chamada de Full-Duplex.
37
Figura 5.5: Conector Fêmea RS-232 de 9 pinos, mas pode ser de 25 pinos
2
A distância depende do fabricante
38
mantém a comunicação ponto-a-ponto, neste caso multi-drop, não permite múltiplos
emissores somente múltipilos recebedores.
Também não é possível a utilização de um único par de fios para operar como
"barramento", ou seja, os dados são transmitidos por uma linha e recebidos por outra. O
principal uso do padrão RS-422 é para estender a comunicação RS 232 a grandes
distâncias com maior velocidade, de maneira transparente ao usuário sem a necessidade
de alterar a programação e protocolos.
EIA RS 485 é uma evolução do padrão RS 422, tendo como principal enfoque a
comunicação em rede, ou seja, com apenas um par de fios é possível se comunicar com
diversos equipamentos em rede usando o mesmo barramento, par de fios. Assim como o
RS 422, o RS 485 utiliza linha de dados balanceada, bastante similar as linhas de dados
da interface RS 422, logo também permite comunicação em distâncias de até 1200
metros de maneira extremamente confiável a uma taxa de 10 Mbps (baud rate) e com
redes de até 32 emissores.
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Há um compromisso entre a distância e a capacidade de comunicação, para
aumentar a distância, deve-se diminuir a capacidade de comunicação. Caso não seja
possível diminuir a capacidade de comunicação devido ao tipo de aplicação, então uma
alternativa é utilizar repetidores.
Uma das vantagens deste protocolo é que ele é roteável, isto é, ele foi concebido
para trabalhar em grandes redes e a longas distâncias, onde pode haver vários caminhos
para se atingir o destinatário. Além disso, é um protocolo aberto, isto é, qualquer
fabricante pode incorporar este protocolo em seus produtos.
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Este protocolo consiste em dar um número de identificação para cada
equipamento, endereço IP, o qual indica o equipamento e a qual rede ele pertence. Para
isso, cada componente da rede deve possuir um endereço IP.
5.3.2 FieldBus
A decisão sobre fornecer o tal padrão partiu de: Instrument Society of America
(ISA), a International Electrotechnical Commission (IEC), Profibus (German national
standard) e French national standard (FIP), formando a IEC/ISA SP50 Fieldbus
committee. O padrão a ser desenvolvido deveria integrar uma grande variedade de
dispositivos de controle. A tecnologia tem como promessa melhorar a qualidade e
reduzir custos.
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Capítulo 6
ms – massa de ¼ de veículo;
mn – massa da roda;
cs – constante de amortecimento da suspensão, dada pelo amortecedor;
ks – constante de rigidez da mola da suspensão;
kp – constante de rigidez do pneu;
ys(t) – deslocamento da massa de ¼ de veículo;
yn(t) – deslocamento da roda;
w(t) – distúrbio, perfil da via
u(t) – força de atuação de controle
m S 0 y S ( t ) c S c S y S ( t ) k S k S y S ( t ) 1 0 u (t )
0
m N y N ( t ) c S c S y N ( t ) k S k S k P y N ( t ) 1 k P w ( t )
Equações de Movimento na forma matricial
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6.2 Representações Típicas
0 0 1 0 0 0
x 1 0 0 0 1 x 1 0 0
x k kS c c S x 2 1
0
2 S u
m S
x 3 S mS mS m S x 3 m S w
k
x 4 S k k P c S c 1 kP
S S x 4
mN mN mN mN mN mN
x1
y n ( t ) 1 0 0 0 x 2 0 0 u
y s ( t ) 0 1 0 0 x 3 0 0 w
x 4
Representação em Espaço de Estados
N1(s) N 2(s)
Ys(s) U(s) W (s)
D(s) D(s)
N3(s) N 4(s)
Yn (s) U(s) W (s)
D(s) D(s)
Representação em Função de Transferência em Laplace
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Assim como o sistema a ser controlado, o sistema de controle também pode ser
do tipo MIMO. Por exemplo, no caso da suspensão, pode-se considerar que o sistema de
controle irá atuar para diminuir a aceleração e o deslocamento da massa suspensa, mas a
sua atuação será apenas a saída em força u(t), então o sistema de controle será do tipo
MISO. Observe que w(t) é a variável de distúrbio do sistema, pois ela não pode ser
impedida de entrar no sistema.
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6.4 Automação
A automação de sistemas pode ser feita utilizando a pneumática pura através dos
comandos de entrada e saída, utilizando CLPs ou microcontroladores, todos utilizando
lógica combinatória ou seqüencial.
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6.4.2 Lógica Seqüencial
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Capítulo 7
7 Projetos
Automação veicular.
Projetar um veículo que será controlado remotamente para exploração.
O projeto deve conter:
a) Aplicação escolhida, isto é, para qual finalidade ele será
projetado;
b) Desenho esquemático;
c) Funções necessárias.
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Referências Bibliográficas
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