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Comunicação
e Expressão
Profa. Nívia Garcia
Estruturas e formatos de textos
Mesmo que cada gênero apresente especificidades, podemos apontar uma estrutura
comum entre alguns.
No caso do filme adaptado de um livro, por exemplo, podemos afirmar que ambos
contam uma história, com personagens em determinado tempo.
Quando nos referimos à estrutura dos textos, normalmente os classificamos como:
Narrativos – como quando se conta um fato ou uma história.
Descritivos – como quando se descreve algo.
Dissertativos – como a defesa de um ponto de vista sobre algum assunto referente
ao mundo em que vivemos.
É certo que, muitas vezes, os tipos se mesclam, mas, em cada caso, é possível
identificar o predomínio de um deles.
Textos narrativos
O texto descritivo, por sua vez, tem por objetivo enumerar as características de alguém
ou de algum objeto ou local.
É marcado pela simultaneidade dos enunciados, sem relação de anterioridade e
posterioridade, que marcam o narrativo.
Muitas vezes, uma narrativa contém trechos descritivos, com a finalidade de que o leitor
crie a imagem de personagens ou de lugares.
É o que observamos, por exemplo, no capítulo II do romance Iracema, de José de Alencar.
O trecho a seguir é destinado a construir a imagem da protagonista:
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a
asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no
bosque como seu hálito perfumado.
Textos dissertativos (expositivos) e argumentativo-opinativos
Os textos que têm como finalidade expor temas ou defender determinado ponto de vista
trabalham com ideias e elementos abstratos.
Ainda que recorram a exemplos ou a pequenas narrativas na argumentação ou na
ilustração do tema, esses textos têm como foco a discussão de ideias.
Os textos dissertativos discorrem sobre um tema, trazendo informações sobre ele ou
explicando conceitos.
Os argumentativos, por sua vez, apresentam o posicionamento do autor sobre o
assunto.
Os textos temáticos tendem a seguir uma estrutura composta por introdução,
desenvolvimento e conclusão.
Nos argumentativos há uma tese (ideia central) que precisa ser fundamentada.
É muito importante construir bem a argumentação.
Textos dissertativos e argumentativo-opinativos
Até o final do ano, estima-se que cerca de 65.000 pessoas terão sido assassinadas no Brasil, o que nos
coloca na melancólica liderança do ranking mundial de homicídios no mundo em números absolutos ou o
11º em números relativos (levando em conta o tamanho da população).
(https://brasil.elpais.com/brasil/2015/06/03/opinion/1433333585_575670.html. Acesso em: 21 maio 2019.)
Para sustentar a tese de que o Brasil é um país violento, o autor vale-se principalmente
de dados estatísticos.
Trata-se de uma estratégia de peso, pois se acredita que números “não mentem”.
No caso, as informações estatísticas apresentadas são assustadoras e fundamentam o
posicionamento do autor.
Deve-se observar, no entanto, que o uso de números não é neutro como se costuma
pensar.
Se a taxa de homicídios em uma cidade é de 1% e, em outra, é de 10%, imaginamos
que na segunda há muito mais assassinatos. Mas isso depende do número de
habitantes em cada local.
Tipos de argumentos – com base no raciocínio lógico
“Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), até 2030, mais de 90% da população
mundial viverá nos grandes centros urbanos”. A afirmação é um caso típico de:
a) Argumentação com base no raciocínio lógico.
b) Argumentação com base em dados falsos.
c) Argumentação com base no real.
d) Argumentação por competência linguística.
e) Argumentação de consenso.
Resposta
“Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), até 2030, mais de 90% da população
mundial viverá nos grandes centros urbanos”. A afirmação é um caso típico de:
a) Argumentação com base no raciocínio lógico.
b) Argumentação com base em dados falsos.
c) Argumentação com base no real.
d) Argumentação por competência linguística.
e) Argumentação de consenso.
Problemas de argumentação
posteriormente localizadas
Referências
usando como suporte original Formatadas de acordo com
a NBR 6023:2002.
as fichas:
Texto
Resumo, comentário ou
citação do arquivo original.
No caso da citação, usa-se
o que determina a NBR
10520:2001.
Local
Onde o texto foi
encontrado, como uma
biblioteca, por exemplo.
Neste caso, era uma cópia.
Fonte: http://conversadeportugues.com.br/wp-
content/uploads/2016/06/Fichamento.png.
Resumo
A resenha crítica é composta por uma parte descritiva e por outra opinativa-argumentativa.
De que trata o texto? Sob que perspectiva o autor aborda o
A parte descritiva deve conter o nome do
tema? Como o problema é tratado? Qual a tese do autor?
autor, o título do texto e as informações sobre
Quais os argumentos utilizados? Há assuntos paralelos em
a publicação, além de um resumo da obra
relação à ideia central?
Há coerência interna? Qual a originalidade do texto? Qual o
A parte opinativa-argumentativa deve
seu alcance? As ideias são válidas e relevantes? Quais as
apresentar os julgamentos fundamentados
contribuições da obra? Os objetivos do autor foram atingidos?
sobre a obra.
A tese é sustentada com bons argumentos?
Esse roteiro deve ser adaptado de acordo com a natureza da obra a ser resenhada.
Em um romance, por exemplo, deve-se expor um resumo do enredo e, em seguida, o juízo
crítico do resenhista.
Paráfrase
A paráfrase é o texto que expressa as ideias de outro texto, mas com redação própria –
parafrasear, portanto, consiste em reescrever com outras palavras.
A paráfrase respeita a ordem e o encadeamento das ideias do texto original.
Outro ponto importante é não inserir comentários ou informações adicionais.
A paráfrase deve ter boa dose de autoria e não a mera substituição de palavras.
O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de
certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo. Não existe, entre o círculo familiar e o
Estado, uma gradação, mas antes uma descontinuidade e até uma oposição.
(Original de Sergio Buarque de Holanda, em Raízes do Brasil, 1995).
De acordo com Sérgio Buarque de Holanda (1995), Estado e família têm essências distintas. O Estado não é,
como pensaram alguns, a ampliação do ambiente familiar, tampouco um conjunto de agrupamentos
particulares. Trata-se de duas formas distintas, e até opostas, de organização. (Paráfrase).
Ensaio
O relatório não tem um formato único. Sua estrutura varia em função da área do saber e
dos objetivos.
Em essência, trata-se de um texto com características narrativas e descritivas sobre
algum experimento ou alguma pesquisa.
Capa, sumário, introdução, desenvolvimento, conclusões, bibliografia e anexos.
Já as comunicações científicas são a exposições de pesquisas em congressos,
seminários, simpósios e encontros acadêmicos.
Elas podem ser orais, com duração média de 15 minutos, ou por meio de banners.
Em qualquer formato, a comunicação deve apresentar: introdução da pesquisa,
justificativa, objetivos, delimitação do problema, metodologia e ideia central.
Artigo Científico e Projeto de Pesquisa
O artigo científico, segundo a ABNT (NBR 6022, 2003 , p. 2), é a “publicação com
autoria declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e
resultados nas diversas áreas do conhecimento”.
O artigo é publicado em revistas especializadas, a fim de divulgar conhecimentos, de
comunicar resultados ou novidades a respeito de um assunto.
Já os projetos são os textos desenvolvidos por pesquisadores. Antes de iniciar sua
pesquisa, é necessário que o estudante elabore um projeto.
O texto revela a delimitação do tema e os objetivos que se pretende atingir.
Um projeto de pesquisa geralmente é composto por itens como: tema, objetivos,
problema, hipóteses, justificativa, referencial teórico, metodologia, cronograma e
referências bibliográficas.
Monografia
“A maior parte dos crimes violentos cometidos no Brasil é cometida por menores de idade.
Portanto, faz todo sentido diminuir a maioridade penal”.
A frase é um caso típico de:
a) Raciocínio errado com dados certos.
b) Raciocínio certo com dados errados.
c) Raciocínio errado com dados errados.
d) Raciocínio certo com dados certos.
e) Raciocínio equivocado com dados errados.
Resposta
“A maior parte dos crimes violentos cometidos no Brasil é cometida por menores de idade.
Portanto, faz todo o sentido diminuir a maioridade penal”.
A frase é um caso típico de:
a) Raciocínio errado com dados certos.
b) Raciocínio certo com dados errados.
c) Raciocínio errado com dados errados.
d) Raciocínio certo com dados certos.
e) Raciocínio equivocado com dados errados.
Alguns gêneros textuais da comunicação empresarial
SAUTCHUK, I.
Perca o medo de
escrever: da frase
ao texto. São
Paulo: Saraiva,
2011. p. 258.
Ata
ocorrências de uma reunião. Aos doze dias do mês de março de dois mil e dezoito, com início às nove
horas, na sala de professores, reuniram-se os docentes de todas as
Os assuntos são apontados em ordem disciplinas do ensino fundamental, o coordenador pedagógico e o diretor
cronológica, no pretérito do indicativo. do curso afim, digo, a fim de planejar as atividades do semestre. O primeiro
a se manifestar foi o professor de matemática João Ramos, que expôs os
É um documento composto por resultados de sua turma e defendeu a realização de um trabalho
interdisciplinar para o oitavo ano. Na sequência [...]. Nada mais a tratar, foi
apenas um parágrafo. encerrada a reunião, da qual redigi e lavrei a ata que vai assinada por mim
Seu texto não pode conter rasuras. e por todos os demais participantes.
(Seguem as assinaturas)
Caso haja algo a corrigir, deve-se acrescentar a palavra “digo” ou, no final do
documento, utilizar a expressão “em tempo” seguida da devida correção.
Declaração
Declaro, para os devidos fins, que Maria Aparecida Leite foi aluna deste
estabelecimento de ensino no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2008.
______________
Mônica Teixeira
Secretária Geral
Relatório
Fonte: ZANOTELLO, S.
Redação: reflexão e uso.
São Paulo: Arte e
Ciência, 1999. p. 115.
Requerimento
NADÓLSKIS, H.
Comunicação
redacional. 13. ed.
São Paulo: Saraiva,
2011. p. 180.
Currículo
Fonte: http://buscatextual.
cnpq.br/buscatextual/visuali
zacv.do?id=K4721217H7.
Acesso em: 21 maio 2019.
E-mail
Fonte: http://buscatextual.
cnpq.br/buscatextual/visual
izacv.do?id=K4721217H7.
Acesso em: 21 maio 2019.
Comentários
Fonte: ORLANDELI, W.
A. Grump: um dia eu
chego lá! São Paulo:
Sesi, 2016. p. 88.
Fóruns de discussão
O blog surgiu como uma espécie de diário virtual público. Nele, a pessoa expõe
atividades do seu cotidiano ou aborda questões referentes a um tema específico.
Com o tempo, os blogs foram se transformando em páginas de conteúdo político,
cultural ou acadêmico.
Trata-se de um gênero que pode apresentar variados formatos, com o uso de imagens e
vídeos também.
A consolidação do gênero deveu-se ao fato de ser uma ferramenta sem custo, de fácil
uso e capaz de tornar qualquer pessoa um produtor de conteúdo.
Muitas pessoas assumem atualmente a profissão de
blogueiro, e seu desempenho depende do número de
seguidores que conseguem.
O sucesso de um blog na rede pode render a seu autor
patrocínios e outras formas de renda.
Blogs
Os blogs são construídos com base no hipertexto, isto é, com a sugestão de outros links
que levam o leitor a novas páginas e permitem a interatividade.
Com o tempo, surgiram também os blogs cooperativos, ou seja, aqueles construídos por
mais de uma pessoa.
É o que ocorre com o Blog “Brasil Acadêmico”, que se afirma como o “blog do
acadêmico descolado”.
Como o nome indica, trata-se de uma página com notícias e textos sobre o universo
acadêmico, destinado especialmente a estudantes.
Fonte: http://blog.brasilacademico.com/
Meme
Grupo UNIP-Objetivo.
Meme
Grupo UNIP-Objetivo.
Interatividade
Eles surgiram como diários virtuais e hoje são fontes de geração de renda para muitos
especialistas. Eles são:
a) Os sites.
b) Os blogs.
c) Os e-mails.
d) As redes sociais.
e) Os jogos virtuais.
Resposta
Eles surgiram como diários virtuais e hoje são fontes de geração de renda para muitos
especialistas. Eles são:
a) Os sites.
b) Os blogs.
c) Os e-mails.
d) As redes sociais.
e) Os jogos virtuais.
ATÉ A PRÓXIMA!