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Como Entender Astrologicamente a Crise Econômica
Atual

Como Entender Astrologicamente a Crise Econômica


Atual
Como Entender Astrologicamente a Crise Econômica
Atual
24/10/2008by masterartigos1 Comment
Jayme Carvalho em 24 de outubro de 2008

Nessas últimas semanas assistimos ao colapso


generalizado dos principais mercados e a uma crescente
preocupação por algo que está se passando na
economia e na vida das pessoas e que ainda não
conseguimos nomear. Daí o medo.

Nós, astrólogos, há alguns anos temos ponderado sobre


o que aconteceria em 2008, a partir da entrada de
Plutão em Capricórnio [Janeiro de 2008] e da oposição
Urano-Saturno [a partir de outubro de 2008]. Como tudo
o que podemos ver são apenas sombras de fantasmas,
seria arriscado dizer precisamente como a crise
econômica [marcada tanto pelas transformações no seio
de Capricórnio, tanto quanto pela tensão sobre seu
regente Saturno] poderia se concretizar. O melhor que
podíamos recomendar era colocar as barbas de molho e
não arriscar. Ou como sugeriu um astrólogo americano
aos seus clientes-investidores em bolsa: é o momento
de investir em si mesmo.

Ao analisarmos a tensão entre Saturno e Urano [cuja


primeira passagem ocorrerá, em grau exato, no dia 4 de
novembro de 2008 e a quinta e última passagem, em 26
de julho de 2010], podemos pensar que a tensão entre
Saturno e Urano mostra a impossibilidade de conciliação
entre as formas “conhecidas” e as formas “novas” que
estão surgindo; o que pode nos bloquear por medo da
mudança e, assim, nos deixar presos, sem conseguirmos
sair daquela situação. Representa um período de
desconstrução. A saída é dar tempo ao tempo. Urano
sobre Saturno é romper as estruturas. É, portanto,
preciso ter cuidado para estar bem estruturado porque
senão tudo pode vir ao chão por falta de solidez, seja
por ter os alicerces muito abalados ou por não conseguir
mudar aquilo que é preciso. A grande lição é encarar a
possibilidade de um plano B porque nem tudo sairá de
acordo com o planejado. E o mais importante nesse
trânsito é não perder o eixo.
Do ponto de vista da economia, quando olhamos para
trás, pelo retrovisor, o que podemos suspeitar é tratar-
se, nos fundamentos, da reversão do ciclo econômico de
longo prazo [conhecido como ciclo de Kondratieff], que
representa o esgotamento das possibilidades de
expansão da fase ascendente do próprio ciclo, isto é, o
esgotamento das possibilidades advindas da introdução
de novas tecnologias que impulsionaram o ciclo atual –
como a tecnologia da informação e a micro-eletrônica,
por exemplo – e que, agora, uma vez estabelecidas,
passam a fazer resistência cada vez maior à inovação
tecnológica, ou melhor, à novíssima tecnologia, gerando
um crescente estado de tensão entre o que até
recentemente era o novo e o novíssimo. Isto tudo está
na teoria dos ciclos econômicos de Schumpeter.

Portanto podemos supor que adentramos uma fase


descendente com duração média entre 20 e 25 anos, tal
qual o mundo já fizera antes, no período iniciado entre
os anos 1968/73 [quando da primeira Crise do Petróleo]
até os anos 90, quando do surgimento de uma nova
ordem mundial a partir da queda do Muro de Berlim,
seguindo a partitura escrita pelo Consenso de
Washington. Movimento análogo também poderia ser
resgatado pelos estudiosos dos anos 20. Curiosamente,
os movimentos de virada das fases de ascensão para as
de descenso deste ciclo são coincidentes com as
conjunções e oposições de Saturno e Urano, desde que
foi possível montar a série histórica com os dados de
evolução dos preços, a partir dos fins do século XVIII.
[VerBusiness Cycle, Schumpeter].

Porém, a crise atual tem um adjetivo próprio que as


fases anteriores [1968/1989 e 1919/1945] não
possuíam, isto é, tem componentes novos muito
diferentes das desacelerações ou dos colapsos das fases
anteriores. E isso é muito importante, pois desta vez a
oposição Saturno-Urano coincide com a entrada de
Plutão em Capricórnio. Por isto mesmo o argumento de
que estamos mais bem instrumentalizados para esta
crise do que jamais estivemos parece ignorar o fato de
que a economia real hoje tampouco se assemelha à
simplicidade dos instrumentos e das interconexões dos
agentes econômicos prevalecente nas economias do
passado. Hoje somos igualmente muito mais
sofisticados e complexos. Ademais, o deus Hades
penetrando no signo que representa os fundamentos, as
garantias ou o básico no mundo aponta para um
momento em que teremos a oportunidade de ver
grandes transformações no centro da economia, quer
macro ou microeconomicamente falando, de forma que
tudo o que estiver podre e fraudulento dentro das
empresas deverá emergir [na verdade, já está
emergindo através da tomada de consciência de que as
classificações de risco dos diferentes títulos não
correspondiam ao risco neles embutidos, por exemplo],
assim como tudo o que estiver sem função vital, dentro
dos estados ou de qualquer outra estrutura [das placas
tectônicas aos alicerces de prédios e empresas; de
biografias públicas a histórias pessoais], deverá ser
deixado para trás. Mitologicamente podemos dizer que
é o momento em que Hades virá à tona buscar tudo o
que não tiver mais função, para correr o rio que
atravessa o campo da Lethe, em direção ao mundo dos
mortos. Então podemos esperar o que disse o Papa:
“aqueles que ergueram suas moradas sobre areia
perecerão”. Não sei se ele disse realmente desta forma,
mas soa bonito assim.

Entretanto, não basta lançar o olhar para trás e tentar


entender a crise atual pelas crises passadas, seja para o
estouro da bolha da internet de 2000, o colapso de 1987
ou a grande depressão de 1929. Seria o mesmo que
tentar explicar a folha fresca da árvore a partir da folha
seca no chão. O fato é que ninguém pode saber [ainda]
como vamos sair deste imbróglio porque nem sabemos
o que ele é realmente, nem sua real dimensão. Já
começa a ficar claro que não é só um problema de
subprime. A crise imobiliária é apenas o estopim. Esta
crise é maior do que qualquer um. Maior do que Obama,
Gordon, Sarkosy e Merkel juntos. Do que Keynes e
Krugman somados. A questão é que não conhecemos
ainda o monstro com o qual estamos lidando,
semelhante ao que aconteceu na medicina nos anos 80,
quando do surgimento da Aids [exatamente quando
Plutão entrou em Escorpião]. Só que desta vez a Aids
está na economia e não no sexo. Da mesma forma, a
crise não poupará ricos nem pobres, nem fará distinção
por gênero, etnia ou crença religiosa. Vamos precisar de
um tempo para compreender os mecanismos de
funcionamento deste vírus. E depois mais outro tanto
para desenvolvermos posologias, terapias, técnicas,
políticas e teorias sobre como lidar com isto tudo. Muita
água vai rolar sob e sobre esta ponte. A crise financeira
já está batendo às portas da economia real, mas ainda
falta a crise econômica chegar ao cenário político,
porque dificilmente os atuais líderes estarão capacitados
a enfrentá-la. Eles na sua quase totalidade pertencem à
velha geração. Suas visões foram forjadas na fase de
ascenso do ciclo econômico. Maior vantagem terá quem
possuir um espírito mais aberto a ouvir novas vozes.
Quem tiver audiência para o novo. Quem souber
perscrutar as demandas do novo tempo que se avizinha.
Só assim poderemos ter alguma esperança.

Nossa maior dificuldade em enxergar é o fato de que


acabamos de penetrar o nevoeiro. Ou o escurinho do
cinema. Vamos ter de acostumar a vista. Infelizmente a
possibilidade de um conflito armado de grandes
proporções, entre 2010 e 2012, não está descartada,
pois, em meados de 2010, Plutão, Saturno, Urano,
Júpiter e Marte estarão todos nos primeiros graus de
signos cardinais, fazendo aspectos tensos entre si. Se
pensarmos no desejo de todos os países por despejar
suas produções excedentes nas praças alheias, com o
conseqüente espraiamento do protecionismo e o
desfraldamento cada vez mais intenso de bandeiras
nacionalistas; os recorrentes defaults das dívidas
privadas e as moratórias dos países, levando a falência
de estados [de novo Plutão em Capricórnio], em um
mundo muito mais globalizado do que em qualquer
época anterior; a falta de crédito internacional para
permitir o fluxo de produção dos países exportadores de
matérias-primas e alimentos em direção aos
importadores de insumos básicos; tudo isto deverá
acirrar os ânimos e poderá induzir, como forma de
utilização do excedente econômico em investimentos
não-produtivos, a uma corrida armamentista. Esta
deverá ser uma briga entre vencedores e perdedores do
jogo econômico ou, para usar a língua falada pelo
mercado, entre vendidos e comprados. Este é o lado
mais sombrio da destruição criadora mencionada pelo
velho austríaco, pois em casa onde falta pão, todos
brigam e ninguém tem razão.

Precisamos evitar enveredar por caminhos tão


sedutores quanto equivocados, como imaginarmos ser
esta finalmente a derradeira crise do capitalismo. Se
voltarmos ao velho Marx, podemos lembrar que ele
mesmo disse que um sistema econômico não cede vez a
outro antes de esgotadas todas as suas possibilidades.
Não por outra razão, as “revoluções comunistas” na
Rússia e na China não tiveram outro efeito se não o de
implementar as reformas necessárias para a
implantação do capitalismo em cada um desses países
[inclusive as reformas agrárias, com idas e vindas], e
assim criar para si uma elite capitalista nacional e um
amplo mercado interno consumidor.

Então como entender o que está se passando, se as


estatísticas nem estão prontas ainda? O prédio não
desabou por inteiro. Os escombros ainda estão caindo.
Em outras palavras, não temos o afastamento histórico
requerido para nos debruçar sobre os dados. Hoje só
podemos observar o desmoronar dos mercados
acionários e a esquizofrenia dos mercados cambiais,
enquanto os governantes perdem preciosos e raros fios
de cabelo tentando debelar uma situação insustentável.
Convém lembrarmos o velho Keynes que alertava para
os riscos do aumento da preferência pela liquidez em
momentos de crise como esta. Por isso o dinheiro se
empoça, ninguém fornece crédito a ninguém. Por isso
ninguém compra, os investimentos são adiados e as
decisões de consumir, postergadas. Promessas não são
cumpridas; sonhos são despedaçados. Em que patamar
estará o fundo do poço? Em 1929/33, as cotações de
Wall Street caíram 90% e o nível de atividade, nos EUA,
só voltou ao patamar de 1929 em 1938.
Enquanto os responsáveis pelo navio ainda esperam que
o barco não afunde completamente, cabe a cada um
perguntar-se sobre o significado que este momento tem
para si. O significado para o mundo parece mais claro.
Nós exorbitamos. Isto mesmo, saímos de órbita.
Acreditamos demais no próprio monstro que criamos: o
mercado. Demo-lhe voz e vontade própria – o mercado
está preocupado; o mercado não gostou da medida; o
mercado não reagiu bem à fala do presidente –, o
alimentamos e lhe demos corda – se mal lhe pergunte: o
mercado é livre para quê? –, e agora é chegada a hora
de vermos o pêndulo oscilar na direção oposta.
Poderemos assistir a maior intervenção do Estado na
economia desde a queda do Muro, desta vez efetuada
em nome do bom funcionamento do capitalismo. Tudo
será mais regulamentado, controlado, quiçá estatizado,
do que o moribundo Consenso de Washington gostaria
de ver. O mundo precisava mesmo de uma freada de
arrumação. Caminhávamos para a destruição, não do
planeta, que sobreviverá à raça humana por bilhões de
anos, mas caminhávamos, naquele ritmo, em passo
acelerado para a ameaça de extinção da própria raça
humana. Não fazia, nem faz sentido termos cinco
celulares, três iPods, dois aparelhos de tv e um carro por
pessoa. Bens de consumo não medem qualidade de
vida! De agora em diante, e por um bom tempo,
teremos todos que aprender a viver com menos. Mas
não nos desesperemos, não é o fim do mundo; só é,
certamente, o fim de UM mundo.

Nunca é tarde lembrar que o ritmo do mundo


econômico, assim como a vida, tem um compasso, um
pulsar, e nos esquecemos de que depois da bonança
vem a tempestade, preferindo sempre acreditar que a
nova bonança não terá fim. Talvez por isso, falar de
transformação incomode; mencionar a palavra crise
atemorize, entretanto, toda vez que as letras celestes
apontam para um declínio, crise ou morte estão, na
verdade, acenando para a necessidade de uma
transformação radical dos valores, ou seja, uma
mudança profunda [Plutão] no sentido da ambição
material dos homens [expressa pelo campo semântico
de Capricórnio]. Se vamos realizá-la ou não, é outra
estória. Se o mundo retomará o consumismo
desenfreado depois que a turbulência passar, são outros
quinhentos. Mas a história é sempre um vir a ser e
devemos estar preparados a deixar para trás o passado,
senão lhe seremos subservientes do modo mais duro
possível.

Para não encerrar de forma que soe tão pessimista,


devo dizer que a análise astrológica/econômica aqui
desenvolvida se refere ao mundo como um todo,
principalmente ao centro do mundo. Porém quando,
especificamente, analisamos o Brasil, podemos supor
que por aqui os efeitos da crise internacional se darão
de forma diferente, quer em função dos fundamentos da
economia brasileira, quer pela informação “insider” de
que o ascendente do Brasil está situado no signo de
Aquário e, por isso mesmo, costumamos andar na
contramão do “resto do mundo”. Um comportamento
do tipo-tesoura como já nos havia alertado o Prof
Ignácio Rangel. Quando eles crescem, nós patinamos;
quando caem, nós nos mantemos. Portanto apesar de a
festa econômica já estar acabando, quando mal
estacionamos o carro, pelo menos podemos esperar
efeitos deletérios menores, pois estamos mais sóbrios
que os animados festeiros e, certamente, sofreremos
menos da ressaca. Assim, antes de nos precipitarmos a
planejar ganhar a vida dirigindo uma limusine em
Miami, podemos esperar encontrar soluções pessoais
mais promissoras aqui mesmo no Brasil.

Jayme Carvalho

Astrólogo e economista

Rio, 24 de outubro de 2008.


É proibida a reprodução total ou parcial deste texto.

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01 – Saturno em Capricórnio

05 – Lua Cheia – Eclipse Penumbral da Lua 01:46h –


13°38’ Capricórnio/Câncer
08 – Mercúrio quadratura Marte 06°06’ Câncer/Áries

12 – Mercúrio direto 05°29’ Câncer

12 – Sol trígono Netuno 20°51’ Câncer/Peixes

12 – Lua no apogeu (maior distância da Terra)

12 – Quarto Minguante 20:30h – 21°03’ Áries/Câncer

14 – Sol oposição Júpiter 22°20’ Câncer/Capricórnio

15 – Sol oposição Plutão 23°44’ Câncer/Capricórnio

20 – Lua Nova 14:34h – 28°27’ Câncer

20 – Sol oposição Saturno 28°38’ Câncer/Capricórnio

22 – Sol em Leão

22 – Mercúrio em máxima elongação 20° Oeste


25 – Lua no perigeu (menor distância da Terra)

27 – Quarto Crescente 09:34h – 04°56’ Escorpião/Leão

27 – 2º sextil Júpiter/Netuno 20°39’ Capricórnio/Peixes

27 – Vênus quadratura Netuno 20°39’ Gêmeos/Peixes

27 – Mercúrio quadratura Marte 16°20’ Câncer/Áries

30 – Mercúrio oposição Júpiter 20°18’


Câncer/Capricórnio

30 – Mercúrio trígono Netuno 20°35’ Câncer/Peixes

EVENTOS
FOTOS
Com Vânia CarvalhoCom Regina Fernandes

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