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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TÉCNOLOGIA

PAULA SOUZA
ESCOLA TÉCNICA ZONA SUL
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

ANIZIA ALMEIDA
EDMILSON
LETICIA LIMA
MICHELE NUNES
TAINAH GALDINO

COOPERATIVA E LEGISLAÇÃO EM ENFERMAGEM

São Paulo
2016
Introdução
O objetivo desta pesquisa é apresentar o trabalho de cooperativas, seu
funcionamento, por qual motivo existem e quais leis regem este tipo de serviço. Em
especial citaremos como funciona uma cooperativa de enfermagem, e
exemplificaremos através de um vídeo detalhado.
COOPERETIVA
COMO FUNCIONA UMA?
Cooperativa é uma associação de pessoas com interesses comuns, economicamente
organizada de forma democrática, isto é, contando com a participação livre de todos e
respeitando direitos e deveres de cada um de seus cooperados, aos quais presta
serviços, sem fins lucrativos.
Uma cooperativa de enfermagem deve ser formada por profissionais de enfermagem
e deve seguir com rigor a legislação cooperativista reforçada pela lei 5764 / 71 que define
a política nacional de cooperativismo e pela lei 8949/94 que cria as cooperativas de
prestação de serviço sem caracterização de vínculo empregatício.
Cooperativas de Enfermagem devem se destacar pela qualidade dos serviços
prestados e pela educação continuada de seus cooperados, além de gerar trabalho,
renda e cidadania para seus membros.
As cooperativas representam uma opção segura de contratação tanto para os
profissionais quanto para as empresas. Um dos grandes objetivos das cooperativas de
enfermagem é atuar no cuidado domiciliar e assistência de enfermagem em clínicas e
hospitais.
Uma Cooperativa de Enfermagem traz muitos benefícios aos pacientes e aos seus
cooperados, pois os pacientes são atendidos pelos próprios donos das empresas,
portanto a responsabilidade é maior.

Legislação
As Sociedades Cooperativas estão reguladas pela Lei 5.764, de 16 de dezembro de
1971, que definiu a Política Nacional de Cooperativismo e instituiu o regime jurídico das
Cooperativas.
A sociedade cooperativa apresenta os seguintes traços característicos:

1) é uma sociedade de pessoas.


2) O objetivo principal é a prestação de serviços.
3) pode ter um número ilimitado de cooperados.
4) O controle é democrático: uma pessoa = um voto.
5) Nas assembleias, o “quórum” é baseado no número de cooperados.
6) não é permitida a transferência das quotas-parte a terceiros, estranhos à
sociedade, ainda que por herança.
7) Retorno proporcional ao valor das operações.
8) não está sujeita à falência.
9) constitui-se por intermédio da assembleia dos fundadores ou por instrumento
público, e seus atos constitutivos devem ser arquivados na Junta Comercial e publicados
10) Deve ostentar a expressão “cooperativa” em sua denominação, sendo vedado o
uso da expressão “banco”.
11) Neutralidade política e não discriminação religiosa, social e racial.
12) Indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de
dissolução da sociedade.
Saliente-se que a cooperativa existe com o intuito de prestar serviços a seus
associados, de tal forma que possibilite o exercício de uma atividade comum econômica,
sem que tenha ela fita de lucro.

FORMAÇÃO DO QUADRO SOCIAL E ASSOCIADOS


O ingresso nas cooperativas é livre a todos que desejarem utilizar os serviços
prestados pela mesma, desde que adiram aos propósitos sociais e preencham as
condições estabelecidas no estatuto (art. 29 da Lei 5.764/71).

CAPITAL SOCIAL
O capital social será fixado em estatuto e dividido em quotas-parte que serão
integralizadas pelos associados, observado o seguinte:
a) o valor das quotas-parte não poderá ser superior ao salário mínimo;
b) o valor do capital é variável e pode ser constituído com bens e serviços;

c) nenhum associado poderá subscrever mais de 1/3 (um terço) do total das quotas-
parte, salvo nas sociedades em que a subscrição deva ser diretamente proporcional ao
movimento financeiro do cooperado ou ao quantitativo dos produtos a serem
comercializados, beneficiados ou transformados ou ainda, no caso de pessoas jurídicas
de direito público nas cooperativas de eletrificação, irrigação e telecomunicação;

d) as quotas-parte não podem ser transferidas a terceiros estranhos à sociedade,


ainda que por herança.

DENOMINAÇÃO SOCIAL
Neste tipo societário será sempre obrigatória a adoção da expressão “Cooperativa” na
denominação, sendo vedada a utilização da expressão “Banco”.

ADMINISTRAÇÃO
A sociedade cooperativa será administrada por uma diretoria ou conselho de
administração ou ainda outros órgãos necessários à administração previstos no estatuto,
composto exclusivamente de associados eleitos pela assembleia geral, com mandato
nunca superior a quatro anos sendo obrigatória a renovação de, no mínimo, 1/3 do
conselho de administração.

FORMA CONSTITUTIVA
A sociedade cooperativa constitui-se por deliberação da assembleia geral dos
fundadores, constantes da respectiva ata ou por instrumento público.

OBRIGATORIEDADE DE ESCRITURAÇÃO
CONTÁBIL
A NBC T 10.8, em seu item 10.8.2.1, estipula que a escrituração contábil é
obrigatória, para qualquer tipo de cooperativa. Portanto, mesmo uma pequena
cooperativa (por exemplo, uma cooperativa de pescadores), deve escriturar seu
movimento econômico e financeiro.

COOPERATIVA DE TRABALHO
Considera-se Cooperativa de Trabalho a sociedade constituída por trabalhadores
para o exercício de suas atividades laborativas ou profissionais com proveito comum,
autonomia e autogestão para obterem melhor qualificação, renda, situação
socioeconômica e condições gerais de trabalho.
A regulamentação das referidas cooperativas é determinada pela Lei 12.690/2012.

COOPERATIVAS SOCIAIS
A Lei 9.867/1999 dispõe sobre a criação e o funcionamento de Cooperativas Sociais,
constituídas com a finalidade de inserir as pessoas em desvantagem no mercado
econômico, por meio do trabalho, fundamentadas no interesse geral da comunidade em
promover a pessoa humana e a integração social dos cidadãos.

COOPERATIVAS DE CRÉDITO
As cooperativas de crédito têm por objetivo fomentar as atividades do cooperado via
assistência creditícia. É ato próprio de uma cooperativa de crédito a captação de
recursos, a realização de empréstimos aos cooperados bem como a efetivação de
aplicações financeiras no mercado, o que propicia melhores condições de financiamento
aos associados.

TRIBUTAÇÃO
IRPJ
Os resultados (sobras) decorrentes dos atos cooperativos não são tributáveis pelo
IRPJ, conforme Lei 5.764/71, art. 3.

DIPJ – DECLARAÇÃO DE INFORMAÇÕES


ECONÔMICO-FISCAIS DA PESSOA JURÍDICA
A cooperativa, assim como as demais pessoas jurídicas, é obrigada á entrega da
DIPJ anual. O fato de operar somente com operações cooperativadas (não tributáveis
pelo Imposto de Renda) não a desobriga de apresentar a declaração respectiva.

SOCIEDADES COOPERATIVAS DE CONSUMO –


TRIBUTAÇÃO INTEGRAL DOS RESULTADOS
As sociedades cooperativas de consumo, que tenham por objeto a compra e
fornecimento de bens aos consumidores, sujeitam-se, a partir de 1998, às mesmas
normas de incidência dos impostos e contribuições de competência da União, aplicáveis
às demais pessoas jurídicas, mesmo que suas vendas sejam efetuadas integralmente a
associados (art. 69 da Lei 9.532/97).

COOPERATIVAS DE CRÉDITO – OPÇÃO


OBRIGATÓRIA PELO LUCRO REAL
As cooperativas de crédito, cuja atividade está sob controle do Banco Central do
Brasil, são obrigatoriamente tributadas pelo lucro real, conforme Lei 9.718/98, art. 14.

CSLL
A partir de 01.01.2005, as sociedades cooperativas que obedecerem ao disposto na
legislação específica, relativamente aos atos cooperativos, ficam isentas da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido - CSLL.

ICMS
Havendo circulação de mercadorias ou prestação de serviços tributáveis, a
cooperativa estará sujeita ao ICMS, de acordo com a legislação estadual em que efetuar
as operações.

IPI
A cooperativa é considerada estabelecimento industrial quando executa qualquer das
operações consideradas como industrialização. Neste caso, deverá recolher o IPI
correspondente à alíquota aplicável a seus produtos, dentro dos moldes exigidos pelo
Regulamento respectivo.

ISS
A Cooperativa será contribuinte do ISS somente se prestar a terceiros serviços
tributados pelo referido imposto.
A prestação de serviços a cooperados não caracteriza operação tributável pelo ISS, já
que, expressamente, a Lei 5.764/71, em seu artigo 79, especifica que os atos
cooperativos não implicam operação de mercado, nem contrato de compra e venda.

PIS
As cooperativas deverão pagar o PIS de duas formas:
1) SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTO, mediante a aplicação de alíquota de 1%
sobre a folha de pagamento mensal de seus empregados.

2) SOBRE A RECEITA BRUTA, a partir de 01.11.1999 (data fixada pelo Ato


Declaratório SRF 88/99), com exclusões da base de cálculo previstas pela Medida
Provisória 2.113-27/2001, art. 15.
COFINS
Ficou revogada a isenção da COFINS, prevista na Lei Complementar 70/91, para as
cooperativas.
Portanto, a partir de 01.11.1999 (data fixada pelo Ato Declaratório SRF 88/99), as
cooperativas deverão recolher a COFINS sobre a receita bruta.

PIS E COFINS NÃO CUMULATIVO


Observe que, para as cooperativas de produção agropecuária e as de consumo, estas
estarão sujeitas ao PIS e à COFINS não cumulativa (Leis 10.637/2002 e 10.833/2003).

DCTF – ENTREGA PELA COOPERATIVA


As cooperativas, mesmo não tendo incidência de Imposto de Renda sobre suas
atividades econômicas, estão sujeitas à apresentação da DCTF.

Lei Nº 12.690/2012 – Cooperativas de Trabalho


No último dia 20 de julho foi publicada no Diário Oficial da União a lei que
regulamenta as cooperativas do ramo trabalho - Lei nº 12.690. A lei trata da organização
e o funcionamento das Cooperativas de Trabalho e institui o Programa Nacional de
Fomento às Cooperativas de Trabalho – PRONACOOP. (Houve veto sobre a terceira
disposição que era a revogação do parágrafo único do art. 442 da Consolidação das Leis
do Trabalho - CLT.).
A lei geral das sociedades cooperativas (Lei nº 5.764/71) continua sendo aplicada
(supletivamente) naquilo que não se conflita com a nova legislação, assim como as
disposições atinentes do Código Civil, especialmente as do capítulo VII. No entanto, as
cooperativas do ramo trabalho devem legalmente de agora em diante, ser denominadas
de “cooperativas de trabalho” e não só de cooperativas, como acontece com os outros
ramos.
Pela leitura da nova legislação nota-se que há uma intenção de conceituar o que
vem a ser “cooperativa de trabalho” com a definição de suas duas espécies (produção e
serviço), bem como exceções para a aplicação de seus comandos.
A lei traz como exceção à sua aplicação as cooperativas “de assistência à saúde”
na forma da legislação de saúde suplementar; as cooperativas de transporte desde que
detenham “por si ou por seus sócios, a qualquer título, os meios de trabalho”, isto é, os
veículos; as cooperativas de profissionais liberais, cujos sócios exerçam as atividades em
seus próprios estabelecimentos; e as cooperativas de médicos cujos honorários sejam
pagos por procedimento.
Entende-se, portanto, por cooperativa de trabalho de produção, aquelas
constituídas por cooperados que contribuam com trabalho para a produção em comum de
bens, e a cooperativa detém, a qualquer título, os meios de produção, desta forma
inexiste mais, de forma independente, o ramo produção da OCB.
A segunda espécie está definida como cooperativa de trabalho de serviço, quando
constituída por sócios para a prestação de serviços especializados a terceiros. Parece
que este é, na verdade, o objetivo principal da regulamentação. Nesta espécie é que se
cria uma figura nova, um cooperado coordenador, com funções legais e específicas
perante os outros cooperados.
Desta forma, as atividades da Cooperativa de Trabalho de serviço, quando
prestadas fora do estabelecimento da cooperativa, deverão ser submetidas a uma
coordenação com mandato nunca superior a 1 (um) ano ou ao prazo estipulado para a
realização dessas atividades, tal comissão é eleita em reunião específica pelos sócios
que se disponham a realizá-las, na qual serão expostos os requisitos para sua
consecução, os valores contratados e a retribuição pecuniária de cada sócio partícipe.
A nova legislação preocupa-se em regular a atividade das cooperativas de trabalho
de forma a se evitar a “intermediação de mão de obra subordinada (1) ”.
O conceito legal de “cooperativa de trabalho” define-a como sociedade constituída
por trabalhadores para o exercício de suas atividades laborativas ou profissionais. Tal
sociedade deve ter proveito comum, autonomia e autogestão. Seu objetivo é que os
cooperados obtenham melhor qualificação, renda, situação socioeconômica e condições
gerais de trabalho.

Para tanto a lei delimita autonomia e define


autogestão, no seguinte sentido:
1. Autonomia deve ser exercida de forma coletiva e coordenada, mediante a fixação,
em Assembleia Geral, das regras de funcionamento da cooperativa e da forma de
execução dos trabalhos.
2. Autogestão é o processo democrático no qual a Assembleia Geral define as
diretrizes para o funcionamento e as operações da cooperativa, e os sócios decidem
sobre a forma de execução dos trabalhos, nos termos da lei.
A Lei nº 12.690 inova ao elencar outros princípios cooperativos além dos contidos no
art. 4º da Lei nº 5.764/71 e no art. 1094, do Código Civil, adotando basicamente alguns
dos princípios da ACI – Aliança Cooperativa Internacional aliados a questões da relação
de trabalho, resultando, no total em onze princípios e valores específicos para as
cooperativas de trabalho (2).
Talvez uma das maiores modificações trazidas pela Lei Nº 12.690 é a possibilidade
da constituição desta espécie de cooperativa com sete cooperados. Sepulta ou reaviva
uma discussão bastante antiga acerca do número necessário de cooperados para
constituição de uma cooperativa, relevante do ponto de vista jurídico, para aplicação da
legislação (legalidade e configuração), mas irrelevante do ponto de vista da viabilidade
econômica, que na verdade é o mote que resultará no sucesso ou insucesso do
empreendimento.
Neste assunto antevemos uma certa dificuldade prática de aplicação da legislação,
pois se os comandos da Lei nº 5.764/71 continuam vigentes, o fato de uma cooperativa
funcionar com sete cooperados criará, no mínimo situações complexas, a exemplo do
número de cooperados responsáveis pela decisão de certas matérias, senão vejamos:
mesmo com o comando do art. 16(3), três dos cooperados deverão pertencer ao
conselho fiscal, e havendo um colegiado(4) “Conselho de Administração”, com mais 03
cooperados, se perfaz o número de seis cooperados, cabendo ao único cooperado
restante a aprovação de matérias em que hajam interesses opostos ou impedimento, por
exemplo, a aprovação das contas e balanço do exercício.
Outra questão nova é a obrigatoriedade de realização de uma assembleia
“especial” anual (no segundo semestre) com pauta específica que deve conter: análise
sobre gestão da cooperativa, disciplina, direitos e deveres dos sócios, planejamento e
resultado econômico dos projetos e contratos firmados e organização do trabalho. Uma
crítica que se faz ao texto resume-se ao fato de que a falta de consciência societária seja
objeto de preocupação da lei, com mecanismos de criação de mais uma assembleia com
pauta específica e possibilidade legal de incentivo a participação do cooperado nas
assembleias ou mesmo possibilidade de sanção ante a ausência (§2º do art. 11). Além
disto também a possibilidade de que direitos e deveres possam ser tratados em
Regimento Interno[5], que sabemos não é o diploma conveniente e adequado a tratar
direitos e deveres.
Um fato curioso é a minúcia que se chegou ao redigir um comando que determina a
obrigatoriedade de que o destino das sobras líquidas ou o rateio dos prejuízos, se dê,
apenas, em assembleia ordinária, portanto grave problema se a cooperativa não realizar
nos três primeiros meses do ano sua assembleia geral ordinária, pois não poderá
deliberar a matéria em assembleia extraordinária.
Outra questão que vai suscitar considerações doutrinárias é a estipulação de
direitos do trabalhador em uma relação societária, pois esta nova lei determina que a
cooperativa deve garantir direitos[6] de retiradas mínimas, duração de trabalho e
repousos remunerados, além de seguro e adicionais. À par desta discussão doutrinária,
na prática, entendemos que para a concretização destes direitos aos cooperados, prévias
estipulações (preço) deverão constar dos contratos da cooperativa com o tomador, pois
por ser dever da cooperativa esta deve precaver-se destes custos sob pena de apresentar
perdas no balanço que deverão ser rateadas entre os próprios beneficiários destes
direitos que são os cooperados.
Outra modificação que vai suscitar cuidados na aplicação diz respeito ao quórum
de instalação de terceira convocação, para assembleias, pois passa a ser de 50
cooperados ou, no mínimo, 20% do total de sócios, prevalecendo o menor número. É
todavia, exigida, a presença de, no mínimo, 4 (quatro) sócios para as cooperativas que
possuam até 19 (dezenove) sócios matriculados.
Uma facilitação que a nova legislação introduz é a possibilidade de comunicação
pessoal dos cooperados (convocação para assembleia), admitindo-se por via de
publicação em jornal como exceção.
A lei também parece alterar a questão da distribuição de juros ao capital, tendo em
vista a proibição do art. 13 (7). Idem com relação ao pró-labore e cédula de presença.
Salvo melhor juízo.
A lei 12.690 possui um capítulo que trata de fiscalização e penalidades, cuja
atribuição de fiscalização é do Ministério do Trabalho e Emprego. A penalização é por
“intermediação de mão de obra subordinada”, com aplicação de presunção (ver §§ 1º e 2º
do art. 17) com inclusive penalização aos dirigentes de participarem de cooperativas por
cinco anos.
Há também a criação do Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de
Trabalho - PRONACOOP, com a finalidade de promover o desenvolvimento e a melhoria
do desempenho econômico e social da Cooperativa de Trabalho, o qual será gerido pelo
Comitê Gestor do Pronacoop.
O Comitê Gestor terá composição paritária entre o governo e entidades
representativas do cooperativismo de trabalho, sendo que a organização e o
funcionamento do Comitê Gestor serão estabelecidos em regulamento.
Outra novidade é a Relação Anual de Informações das Cooperativas de Trabalho -
RAICT, a ser preenchida pelas Cooperativas de Trabalho, anualmente, com informações
relativas ao ano-base anterior. O Poder Executivo regulamentará o modelo de formulário
da RAICT, os critérios para entrega das informações e as responsabilidades institucionais
sobre a coleta, processamento, acesso e divulgação das informações.
As cooperativas já existentes, antes da publicação desta lei, terão prazo de 12
(doze) meses, contado de sua publicação, para adequar seus estatutos às disposições
nela previstas, bem como as cooperativas de trabalho de serviços, já existentes, terão
também o mesmo prazo para assegurar aos sócios as garantias previstas nesta
legislação.

Lei das Cooperativas (Lei nº 8949/94):


A reforma Administrativa investiu-se de um arcabouço jurídicos-legal com forte
impacto sobre a força de trabalho, permitindo uma ampla flexibilização das relações
de trabalho tanto no serviço privado quanto no público e atingindo frontalmente os
serviços de saúde.
Podemos destacar a Lei das Cooperativas nº 8949/94 que possibilitou a
organização de trabalhadores para prestação de serviços dentro de uma empresa
sem caracterizar vínculo empregatício, mas também sem direitos trabalhistas, como
13º salário, férias, descanso semanal e previdência social. No setor saúde houve uma
expansão de cooperativas que congregavam determinadas especialidades médicas, a
exemplo dos anestesistas, com as quais o gestor público passou a firmar contratos de
prestação de serviços.
CONCLUSÃO
Concluímos por fim que cooperativas foram fundadas em princípios, trabalho
este que é fundamentado na autoajuda, auto responsabilidade, igualdade de visões
dos cooperados, equidade e solidariedade. Valores que continuam formando até hoje
a base das cooperativas.
É fundamental esclarecer que toda cooperativa é uma organização social e
econômica e seu único objetivo é prestar serviços aos seus cooperados. Buscando os
benefícios corretos para seus cooperados.
O presente trabalho desenvolveu capacidades teóricas sobre as competências
exigidas pelo curso, buscando qualificação nos diferentes campos do ensino. Portanto
foi de suma importância o desenvolvimento individual do aluno em técnico de
enfermagem.

REFERÊNCIAS
http://www.paranacooperativo.coop.br/ppc/index.php/sistema-ocepar/2011-12-05-11-29-42/interpretacoes-
da-legislacao-cooperativista/91375-lei-n-126902012-cooperativas-de-trabalho

http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/cooperativas.htm

LIVRO: Seguridades Social e saúde: Tendências e desafios. Campina Grande, publicado


em web: scielo de 2011.
http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/11335/cooperativa-de-
enfermagem#ixzz42VBFIFFR

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