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Bauhaus
Funcionalismo racionalista
Organicismo
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A arquitectura moderna surgiu na segunda metade do século XIX, quando surgiram os primeiros edifícios de
estrutura metálica e a novidade do cimento armado e do ascensor tornaram possível construir, nos Estados
Unidos, os primeiros arranha-céus. No entanto, seria nos inícios do século XX, quando os arquitectos souberam
aproveitar todas as potencialidades dos novos materiais como o ferro, o aço, o vidro, o alumínio, mas sobretudo
o betão, que foi possível criar novas formas e testar todo o conjunto de experiências construtivas que
caracterizam a arquitectura desse século.
Nos inícios do século XX, as exigências da sociedade industrial, a aceleração da vida quotidiana, o
crescimento urbano mais intenso, a destruição causada pela 1ª Guerra Mundial, levaram à necessidade de
reconstruir as cidades e de alojar condignamente os cidadãos, sendo necessária a adopção de novas soluções
urbanísticas, percebendo-se a desadequação da arquitectura burguesa tradicional face às novas realidades:
torna-se imperioso impôr um tipo de construção simples e barata, mas com condições de habitabilidade, a par da
redefinição do planeamento urbano. Nasce o funcionalismo racionalista (levando ao chamado Estilo
Internacional) e o organicismo, o primeiro dos movimentos em torno dos arquitectos alemães Peter Behrens e
Walter Gropius e do suíço Le Corbusier, e o segundo em torno do norte-americano Frank Lloyd Wright e do
finlandês Alvar Aalto.
Características fundamentais:
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A parede de
janelas foi
descrita por
um visitante
como “um
gigantesco
cubo de luz
(...)
irradiando
uma luz
branca, ofuscante, de todas as paredes (...), as janelas altas de
vidro, revelando abertamente a leve estrutura de aço (...) delineada em toda a sua transparência pela grelha de
ferro da estrutura exterior.” (Nelly Schwalacher)
Fundada em 1919 por Walter Gropius, em Weimar, a Casa da Construção (Bauhaus) foi uma escola de
arquitectura, arte e desenho. Resultou da fusão da Escola Superior de Artes Plásticas e da Escola de Artes e
Ofícios e pretendia dar aos alunos uma boa preparação num ofício, dando-lhes possibilidade de conhecerem e
utilizarem diversos materiais. Pretendia conseguir a integração de todos os géneros artísticos e artesanais. Partia
do princípio que as belas-artes e as artes aplicadas, a teoria e a prática deviam ser integradas numa criação
comum, cuja conclusão seria a arquitectura, vista como arte integradora. Daí que tenha implementado o design,
atribuindo valor estético a objectos de uso comum e produzidos em massa – cadeiras, sofás, candeeiros,
cinzeiros, electrodomésticos, etc., que formariam um todo no conjunto do edifício.
No programa curricular de 1919, aparecia o elenco dos ofícios que se podiam aprender na escola e que iam
desde o ofício de escultor a ceramista, de fundidor a marceneiro ou de esmaltador a tecelão. Os alunos
aprendiam ainda a comercializar os seus produtos e torná-los rentáveis, numa tentativa de apagar a imagem
corrente do artista boémio e pobre.
No Manifesto, os fundadores declaravam que pretendiam construir algo de novo sobre as ruínas deixadas pela
Grande Guerra, oferecendo aos jovens a possibilidade de realizar os seus ideais e de criar uma nova sociedade.
Mas, acima de tudo, era uma escola que pretendia a renovação pedagógica do ensino da arte, até aí
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profundamente académico. Os estudos duravam três anos e meio, escalonados por níveis e pela frequência de
ateliers onde os artistas se integravam conforme os seus interesses: Atelier de Madeira, de Metal, de Tecido, de
Cor, de Impressão e Tipografia, de Arquitectura e Construção, de Publicidade, de Fotografia e de Artes
Plásticas.
A partir de 1923, a Bauhaus começou a dar especial relevo à arquitectura, até então secundarizada, bem
como à produção de objectos sobretudo destinados à indústria, sendo considerada a iniciadora do desenho
industrial ou design. Walter Gropius entendia que deveria haver uma estreita colaboração entre a arte e a
indústria, defendendo que, ao artista caberia o papel inventivo e a função de garantir qualidade estética aos
objectos, enquanto que o industrial se limitaria a fabricá-los em série.
Decorá-lo era, outrora, a principal tarefa das artes plásticas e estas eram partes constituintes
inseparáveis da grande arquitectura. Actualmente, elas existem de forma isolada e auto-suficiente,
podendo apenas voltar a ser resgatadas através da colaboração e da cooperação consciente de
todos os artesãos. Arquitectos, pintores e escultores têm de aprender de novo a conhecer e a
compreender a forma complexa do edifício no seu todo e nas suas partes. [...]
As antigas escolas de arte não conseguiram criar esta unidade. Como poderiam fazê-lo, se a arte
não é ensinável? As escolas têm de regressar à oficina. [...] O jovem que sente em si o amor pela
actividade plástica deve começar o seu percurso, como antigamente, aprendendo um ofício [...].
Arquitectos, escultores, pintores, todos nós devemos voltar aos ofícios! Não existe nenhuma
diferença essencial entre o artista e o artesão! O artista desenvolve-se a partir do artesão! Em raros
momentos luminosos, que não dependem da sua vontade, a misericórdia divina permite que a arte
floresça, inconscientemente, a partir da obra das suas mãos, mas é imprescindível para todos os
artistas o conhecimento do ofício. Aí reside a fonte original do gesto criador.
Fundemos, pois, uma nova corporação de artesãos sem as arrogantes distinções de classes que
pretenderam erguer um muro altivo entre artesãos e artistas. Desejemos, imaginemos, criemos, em
conjunto, o novo edifício do futuro, que será tudo numa só forma - arquitectura, escultura e
pintura. Um edifício que, criado por milhões de mãos de artesãos, há-de, um dia, subir aos céus
como símbolo cristalino de uma nova fé que virá.
Walter Gropius
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-Bandas de janelas que estruturam a fachada ou fachadas-cortina em vidro, que garantem ampla luminosidade
e a ligação entre o interior e o exterior do edifício;
-Pilotis ( estacas sobre as quais as casas parecem pairar acima do solo;
-A estrutura da casa torna-se visível do exterior: a função e a construção deviam formar uma unidade.
O design:
Dos diversos ateliers da Bauhaus saíram objectos de uso comum desenhados tendo em conta o fim prático a
que se destinavam, embora imbuídos de uma concepção estética que os transformava em obras de arte. A Escola
criou um estilo próprio e demonstrou que o desenho de um objecto elaborado por um artista podia ser
simultaneamente artístico e industrial, desde que houvesse uma perfeita articulação entre a forma e a
função desse objecto.
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Criou construções inspiradas no cubismo, separadas do solo e assentes sobre pilares finos (os pilotis), muitas
vezes recuados, dando uma sensação de grande leveza ao edifício em suspensão. Este estratagema permitia que
o espaço verde se introduzisse por entre os pilares que sustentavam a casa. A planta era livre, a fachada sem
ornamentos, os telhados planos e ajardinados e as janelas sobre o comprido, em fita.
Teve também uma grande preocupação pelo urbanismo, que se revela nas suas «unidades de habitação», a
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mais célebre das quais se localiza em Marselha, grandes edifícios destinados a alojar um grande número de
pessoas resolvendo, assim, os graves problemas de alojamento com que se debatiam as cidades europeias no
período entre as duas guerras mundiais.
As suas habitações, demasiado frias e impessoais na sua racionalidade, não foram, de um modo geral, bem
aceites por aqueles que se tornaram seus habitantes, sendo também alvo de fortes críticas por parte de
arquitectos como Lloyd Wright e dos adeptos da arquitectura orgânica e do conceito da casa-refúgio.
A grande difusão deste estilo, praticamente sem variantes, um pouco por todo o mundo industrializado,
conduziria ao chamado Estilo Internacional.
Casa em série Citrohan (para não dizer Citroen). Uma casa como um automóvel, concebida e
planeada como um autocarro ou uma cabina de navio. As necessidades actuais de habitação podem
precisar-se e exigem uma solução. É necessário reagir
contra a antiga casa e o seu sentido de espaço.
Actualmente, é necessário considerar a casa como uma
«máquina de habitar» ou como uma ferramenta. [...] Até
hoje, uma casa era um conjunto pouco coerente de
inúmeras grandes salas. Nas salas havia sempre espaço a
mais ou a menos. [...]
Le Corbusier
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Formas geométricas,
fachadas brancas e sem
elementos decorativos,
janelas em fita e cobertura
em terraço fazem deste
edifício um exemplo puro
do funcionalismo
arquitectónico.
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O ORGANICISMO:
Este movimento insere-se numa tendência de crítica ao funcionalismo racionalista que, entretanto, entrara em
crise. Insurge-se contra o conceito da “casa, máquina para habitar”. Critica nele a frieza e despersonalização,
“muros de cimento armado” disfarçados pelas múltiplas janelas, a excessiva abertura ao exterior, retirando a
necessária sensação de conforto, bem como a excessiva repetição das formas.
Em seu lugar, propõe uma arquitectura em perfeita harmonia com o meio envolvente, com a natureza.
O principal nome desta corrente foi Frank Lloyd Wright.
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Síntese:
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Este moderno
edifício
albergando
um
laboratório
experimental
e escritórios
revela
Vista exterior
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Vista interior
A Casa de Chá da Boa Nova foi projectada e construída num importante período de transição da arquitectura
portuguesa, em que Álvaro Siza-Vieira foi um inovador ainda isolado. Esta obra é um paradigma da inserção do
edifício no meio ambiente, típico do organicismo: recurso a materiais do próprio meio envolvente em simultâneo
com materiais prefabricados, acompanhamento do declive, intersecção de planos diversos, etc.
Sites relacionados:
www.greatbuildings.com (pesquisa por edifício ou arquitecto; imagens, localização, história; modelos 3D; em
inglês)
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