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Escola Cidadã Integral Professora Neir Alves Porto

Disciplina: Língua Portuguesa


Professora: Valdinete de Queiroz Ribeiro
1ª Série – 3º Bimestre
Aluno(a):_______________________________________________________________
Conteúdo: O classicismo (pág:96)

Atividade

Texto I
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou
Camões
Vocabulário: Assento etéreo: lugar celestial; céu (etéreo: de éter)

Texto II
No avesso Adeus, alma minha gentil que nem partiste apenas esqueceste ao contrário
daquela, a de Camões. Alma, que nunca foste minha, por que mentia o bardo se a alma é
sozinha e o mais são apêndices que ousam parecer o amor?
ARCHANJO, Neide. In: Todas as horas e antes: poesia reunida. São Paulo: A Girafa,
2004.
Vocabulário: Bardo: poeta (referência a Camões)

Releia o soneto de Camões e o poema de Neide Archanjo e responda às questões


abaixo:

1. O sujeito lírico dirige-se à mulher amada, que ele chama de “Alma minha”. O que
aconteceu com sua amada? Que expressão da primeira estrofe justifica sua resposta?

2. Encontre no soneto uma antítese que exprime a distância que separa o amante da
amada.
3. Na última estrofe, o sujeito lírico faz um pedido à amada. Explique qual é o seu
desejo.

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