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ALUNO(A): __________________________________________________________________________
Oração de Domingo
Das horas de trabalho
Senhor, Que se seguirão durante a semana,
Posto que hoje é domingo Não direi que não terei
Nesta terra que Tu criaste Coragem e saúde,
E assim cantam os sabiás, Porque o Senhor
Rogo a Ti o meu pedido, Sempre tem esse cuidado.
Que neste momento, E, portanto, meu Deus,
Acho-me a olhar o céu aberto, Sei que hei de estar contigo.
Assim de frente para dia de maio, Amém!
E tenho que bem dizer do sabor
De contar da mesa farta SOUSA, Teresa Cristina
De água, arroz, feijão e um pouco de carne, Cerqueira de Sousa. Disponível em:
De modo que em todas as casas http://www.recantodasletras.com.b
Reúnam-se as famílias r/autores/flordecaju.
Fazendo uma saudável refeição.
1. O que levou o eu lírico a não pedir pela semana que se inicia foi
A) a própria fé.
B) a coragem e saúde que já tem.
C) a mesa farta de domingo.
D) o respeito a Deus.
Quando minha avó Inês colocava os pratos às mesas no salão do Hotel Bambu, no século passado, os
hóspedes eram de uma alegria sem medidas. O almoço era marcado por um apetitoso feijão caseiro seguido de
galinha caipira, que ninguém resistia a tamanhas iguarias. Ora, dizia quem provava que também havia arroz,
macaxeira frita e ainda uma carne de porco assada na panela – um dos meus pratos preferidos – e um doce de
goiaba para sobremesa. Defendiam-se os mais gordos que era difícil fazer uma dieta com Dona Inês com as mãos
nas panelas e, comumente, argumentavam que era somente naquele dia, em que estavam hospedados ali, que
cometiam o pecado da gula.
Com forte tendência a ser conhecida por seus doces e bolos, esta senhora logo após os cinquenta anos, que
para os filhos ainda era a mais jovem das mães, começou a ensinar a uma neta o ofício de doceira. E ela mesma
explicava às filhas que, para agradar ao marido, deveriam saber “conquistá-lo também pelo estômago”.
Entre as meninas de sua adolescência, pois casou aos quatorze anos como era comum na época, as
brincadeiras de casinha eram recheadas de piqueniques sem restrição a iguarias caseiras como doce de batata-
doce, doce de abóbora e doce de mamão. Na intimidade da cozinha da mãe, também se arriscou desde cedo a
ajudar a fazer os cozidos de carne de gado e dava atenção especial ao prato preferido do pai que era “maria-isabel”.
Não se sabe quem em Piracuruca começou a fazer doces de casca de laranja ou doces de caju com
castanha assada. O certo é que passou a ser questão de honra receber bem uma visita e servi-la com esses quitutes
enquanto os homens colocavam as conversas de política em dia.
E fica registrado que por muito tempo, essa herança das cozinhas permanecerá como forma de ser do povo
piracuruquense. Sendo, pois, ela quem dirá que nosso paladar conhece a fundo nossa gente e se deixa dizer de
nosso passado e cultura.
SOUSA, Teresa Cristina Cerqueira de Sousa. Disponível em:
http://www.recantodasletras.com.br/autores/flordecaju.
9. A Autora explica dentro dos parênteses “(Os olhos são fonte de imaginação!)”. Tal verso, no contexto,
permite concluir que
A) a criança estava com sono.
B) a menina é sempre sonhadora.
C) quem lê para a menina é o pai.
D) A leitura faz a criança entrar em contato com um mundo imaginário.