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Bacteriologia

Mecanismos imunes contra Bactérias e Sepse


Introdução à Bacteriologia
Definição

• Bactérias são seres vivos unicelulares e


procariontes, isto é, não possuem membrana
nuclear envolvendo seu material genético.

• Algumas bactérias são causadoras de doenças,


fermentações ou putrefacção nos seres vivos ou
em matérias orgânicas.
Estrutura de células bacterianas
Ciclo de vida
• A reprodução das bactérias é através de fissão
binária (reprodução assexuada) onde os
organismos unicelulares dividem essa única
célula em duas através da mitose. Cada umas
das novas células possui o mesmo genoma da
célula-mãe,(mesmo DNA ou material genético).

• Se as condições forem muito favoráveis a


divisão da bactéria ocorre em cerca de meia
hora. Os descendentes dessa bactéria formam
uma colônia, como todos eles são resultado da
mesma célula, costumam ter composição
genética igual. É importante ressaltar que, ao
morrem, as células podem ter seu DNA
capturado por outras bactérias.
Tipos Morfológicos
As células bacterianas são classificadas em três
grupos básicos, de acordo com a sua forma:
Cocos, bacilos e espiroquetas.

 Os cocos são esféricos, os bacilos exibem forma


de bastonete, e os espiroquetas são espirados.

 Algumas bactérias variam quanto à forma, sendo


referidas como pleomórficas (com muitas
formas). A forma de uma bactéria é determinada
pela sua parede celular rígida.
 As bactérias variam de tamanho. As menores
bactérias exibem tamanho aproximadamente
equivalente aos maiores vírus dos animais. As
bactérias bacilares mais longas exibem tamanho
similar de algumas leveduras e hemácias
humanas.
Classificação
Gram – positivas e Gram - negativas

• Gram – positivas: retém o cristal violeta devido


a presença de uma expressa camada de
peptidoglicano (polímero constituído por açúcares
e aminoácidos que originam uma espécie de
malha na região exterior à membrana celular das
bactérias) em suas paredes celulares,
apresentando-se na cor rosa.
• Gram-negativas - possuem uma parede de
peptidoglicano mais fina que não retém o cristal
violeta durante o processo de descoloração e
recebem a cor vermelha no processo de coloração
final.
• Exemplos de bactérias Gram-positivas:
Enterococcus

Clostridium

Listria

Nocardia

Bacillus

Lactobacillus

Streptococcus Staphylococcus

Streptomyces Cornyebacterium Mycoplasma

Actinomyces Propionibacterium Gardnerella


• Exemplos de bactérias Gram-negativas:

Salmonella

Escherichia

Helicobcater

Hemophilus

Neisseria

Enterobacter

Pseudomonas Chlamydia Klebsiella


• Coloração de Gram

 O corante cristal violeta cora todas as células


em azul/púrpura.

 A solução de íodo (um mordente) é adicionada,


formando um complexo cristal violeta-íodo;
todas as células matem a coloração azul.
 O solvente orgânico, como acetona ou etanol,
remove o complexo corante azul das bactérias
gram-negativa de parede fina e ricas em
lipídeos, em grau maior do que das bactérias
gram-positivas de parede mais expressa e
pobres em lipídeos.

 Os organismos gram-negativos apresentam-se,


então, incolores; as bactérias gram-positivas
permanecem azuis.

 O corante vermelho safranina cora em


vermelho/rosa as células gram-negativas
descoloridas; as bactérias gram-positivas
permanecem azuis.
Todas são patogênicas?
• Um microrganismo é considerado um
patógeno quando é capaz de causar
doença.

• Alguns microrganismos, por sua vez,


são altamente patogênicos (causam
doença com frequência), enquanto
outros raramente causam doença.

• Patógenos oportunistas são os que


raramente provocam doença em
indivíduos imunocompetentes, mas que
podem causar infecções graves em
pacientes imunocomprometidos.
• Algumas bactérias que fazem mal:

 Tuberculose: Em geral, este micro-organismo


ataca pulmões, causando tosse persistente por
meses ou até anos.

 Hanseníase: Ela é comumente conhecida como


lepra. Ela é transmitida por meio de contato
direto, causa lesões na pele que atingem também
o sistema nervoso, fazendo com que a pessoa
perca a sensibilidade na região afetada.

 Coqueluche: A coqueluche é conhecida como


tosse comprida é uma doença causada pela
bactéria Bordetella pertussis.
• Algumas bactérias quem fazem bem:

 Probióticos: Os probióticos são micro-organismos


que prosperam no intestino humano e são
bactérias que fazem bem à saúde. Essas
bactérias contribuem para o metabolismo,
absorvem nutrientes e ajuda a manter a função
imunológica.

 Actinobactéria: As actinobactérias produzem


esporos quando o solo seca, então quando a
chuva molha criam cheiros fortes e doces e
também são usadas na fabricação de diversos
antibióticos.
Defesa do Hospedeiro
As defesas do hospedeiro são compostas por dois
sistemas complementares e frequentemente
interativos:

Imunidade Inata Imunidade


(especificidade) Adquirida
(altamente específica)

Protege contra Protege contra um


microrganismos em microrganismo em
geral. particular.
Os principais mecanismos envolvidos na
infecção bacteriana são:

• contato com as células do hospedeiro;

• proliferação;

• invasão do tecido e

• indução de lesões teciduais principalmente por


liberação de toxinas.
Do ponto de vista da resposta imune, as
bactérias são classificadas em duas
categorias conforme sua localização:

Bactérias Bactérias
Extracelulares Intracelulares

• Bactérias extracelulares, • Bactérias intracelulares, que


que se replicarem fora das são capazes de se replicarem
células do hospedeiro (na no interior das células do
circulação, no lúmen hospedeiro como nos
intestinal, vias aéreas). fagossomos, no citoplasma,
sendo que algumas bactérias,
desse grupo, são ditas
intracelulares obrigatórias -
pois só sobrevivem dentro da
célula do hospedeiro.
• Bactérias Extracelulares:

 Como as bactérias extracelulares são capazes de


se replicarem no exterior das células do
hospedeiro, algumas barreiras iniciais são
importantes para limitar a infecção bacteriana,
contribuindo na expulsão dos patógenos.

 Dentre essas barreiras destacam-se:
a secreção de muco os movimentos
do trato movimentos ciliares das vias
gastrointestinal peristálticos aéreas

além de um epitélio íntegro que atua como


uma barreira física entre o patógeno e o
tecido do hospedeiro.
 Dentre os mecanismos da imunidade inata
envolvida na eliminação das bactérias
extracelulares destacam-se a ação das:

Defensinas
Citocinas Sistema
As defensinas são complemento
pequenas Substâncias (via alternativa
proteínas secretadas pelas ou das lectinas)
catiônicas. células do Sistema
Imune que têm como
função mediar as O sistema complemento é
funções do Sistema composto por proteínas da
Imunológico, servindo membrana plasmática e solúveis
também como no sangue, que participam das
mecanismo de defesas inatas e adquiridas ao
comunicação entre as opsonizar os patógenos e
células. induzir uma série apropriada de
respostas inflamatórias que
auxiliam no combate à
infecção.
 Quanto à resposta adaptativa, a imunidade
humoral é o principal mecanismo envolvido na
eliminação das bactérias extracelulares.

 Os anticorpos, produzidos contra esses


patógenos, desempenham mecanismos efetores
importantes como:

a ativação do
Opsonização
complemento
Neutralização seguido de
pela via
fagocitose
clássica
• Bactérias intracelulares:

 Devido a sua localização, a eliminação de


bactérias intracelulares requer mecanismos
mediados por células.

 O passo inicial para a eliminação do patógeno


envolve componentes do sistema imune inato
(imunidade inata), tais como:

Células Produção de
fagocíticas citocinas

Células NK
Quimiocinas
(natural killer)
 Uma vez que somente a resposta imune inata
não promova a eliminação de bactérias
patogênicas, haverá necessidade da participação
da resposta imune adaptativa.

 Nesta etapa destacam-se os mecanismos


efetores que envolvem: linfócitos TCD4 (perfil
Th1, produtoras de IL-2 e IFN-γ) e TCD8.1
Mecanismos de Evasão/Escape
• Bactérias extracelulares: possuem
mecanismos de escape com o intuito de resistir
à imunidade do hospedeiro.

• Dentre desses mecanismos destacam-se:

 A variação antigênica, apresentada por algumas


bactérias como, por exemplo, Neisseria
gonorrhoeae;

 A presença de cápsula, inibe vários mecanismos,


como a fagocitóse;

 A proteína A, liberada pela Staphylococus


aureus.
• Bactérias intracelulares: dispõem de
mecanismos de escape contra a resposta imune
sendo os macrófagos os alvos preferenciais.

 Outro mecanismo de escape da ação da


resposta imune é o visto em Listeria
monocytogeneses que é capaz de romper a
membrana do fagossomo e escapar para o
citoplasma, e a Mycobacteria tuberculosis que
inibe a formação do fagolisossomo, e, assim
ambas tentam escapar da ação das substâncias
bactericidas produzidas nas vesículas dos
macrófagos ativados.
Transmissão
Embora algumas infecções sejam causadas por
membros da microbiota natural, a maioria é
adquirida de fontes externas.

 As vias de transmissão de
microrganismos incluem os
processos entre humanos, assim
como os entre não humanos e
humanos.

 Fontes não humanas incluem


animais, solo, água e alimentos.
 A transmissão entre humanos pode ocorrer
tanto pelo contato direto quanto
indiretamente, por meio de um vetor como
carrapatos e mosquitos.

 A transmissão entre animais e humanos


também pode ocorrer por contato direto ou
indireto via vetor (Vetor é todo ser vivo capaz de
transmitir um agente infectante, de maneira ativa ou passiva).

 As principais portas de entrada do corpo


humano são o trato respiratório, o trato
gastrintestinal, a pele e o trato genital.

 Doenças humanas para as quais os animais são


os reservatórios são denominadas zoonoses.
Patologias causadas por Bactérias

Botulismo Gonorreia Tuberculose

Sífilis
Tétano Meningite
BOTULISMO
Bactéria causadora -> Clostridium botulinum
GONORREIA
Bactéria causadora -> Neisseria gonorrhoeae
TUBERCULOSE
Bactéria causadora -> Mycobacterium
tuberculosis
TÉTANO
Bactéria causadora -> Clostridium tetani
SÍFILIS
Bactéria causadora -> Treponema pallidum
MENINGITE
Bactéria Causadora -> Neisseria meningitidis

 É uma bactéria que possui um formato


semelhante ao coco, arredondada. Esse grupo
possui vários subgrupos, chamados de sorotipos.

 Cada um deles é definido


de acordo com a
estrutura da bactéria. Ou
seja, é mais ou menos
como se cada sorotipo
tivesse alguma pequena
diferença no corpo
(cápsula).
 Os mais frequentes são os sorogrupos A, B, C,
W135 e Y. Inclusive, esses tipos possuem
vacina no Brasil.
Neisseria meningitidis ou
meningococo
Definição

 A meningite é um processo inflamatório das


meninges, membranas que envolvem o cérebro
e a medula espinhal.

 Caracterizada como uma grave infecção em


detrimento do seu risco potencial de
complicações e sequelas em longo prazo da
doença e a sua gravidade, a meningite depende
do microrganismo causador, bem como de
fatores relacionados com o hospedeiro.
Fisiopatologia da meningite: como a
bactéria infecta o corpo?

 Em geral, as bactérias invadem o corpo e


colonizam a mucosa da nasofaringe.

 Ou seja, quando alguma pessoa contaminada


espirra ou tosse, por exemplo, gotículas de saliva
contendo as bactérias entram em contato com o
organismo saudável e os agentes invadem os
tecidos.

 A concentração de bactérias na parte do


nasofaringe é considerada uma fase transitória,
geralmente assintomática, da infecção.
 Aos poucos, os bactérias penetram nas mucosas
e, vencendo os agentes imunes, chegam à
corrente sanguínea.

 Se conseguir sobreviver pelo trajeto, elas


chegam à barreira hematoencefálica (membrana
que envolve e protege o sistema nervoso
central) e finalmente atingem o espaço
subaracnóideo.

 Como lá não há concentrações de anticorpos, o


agente infeccioso encontra um ambiente de fácil
replicação. Inicia-se então a liberação de
substâncias inflamatórias, responsáveis pelo
surgimento dos sintomas característicos.
Transmissão

 A transmissão da meningite é de pessoa a


pessoa, por meios das vias respiratórias ou por
gotículas e secreções da nasofaringe, sendo
assim há a necessidade de um contato íntimo
com indivíduo infectado ou contato direto com
secreções respiratórias do paciente.

 Normalmente o período de incubação é de 2 a


10 dias, em média 3 a 4 dias, mas isso varia de
acordo com o agente etiológico que está
causando a doença.
Sintomas
Diagnóstico
 O diagnóstico é feito com base no estado
clínico do paciente, levando em consideração
a presença dos sintomas e sinais.

 Quando há suspeitas, o médico recorre aos


exames para confirmar o diagnóstico e
identificar o agente causador, auxiliando na
escolha da terapia farmacológica.

Punção
Exame físico
Exame microscópico lombar
do líquido
Exame de cefalorraquidiano Outros
sangue exames...
Tratamento Medicamentoso

 Em geral, a meningite bacteriana necessita de


internamento e isolamento do paciente.

 A terapia visa combater e eliminar o agente


infeccioso por meio de antibióticos, além de
reduzir os sintomas por meio de reidratação e
terapia analgésica à base de corticoides.

 O tratamento com antibiótico deve ser instituído


tão logo seja possível, preferencialmente logo
após a punção lombar e a coleta de sangue para
hemocultura.
• MEDICAMENTOS - A conduta adotada no
tratamento da meningite bacteriana consiste na
administração medicamentosa de:

Antibióticos Penicilina G. Cristalina ou Ampicilina

 Mecanismo de ação - Como os demais


antibióticos beta-lactâmicos, as penicilinas
possuem ação bactericida.
 Elas atuam por inibição da síntese da parede
celular bacteriana através do bloqueio da síntese
da camada de peptidoglicano da parede celular.
 Ao inibir a síntese da parede celular, as
penicilinas levam a bactéria a lise osmótica e
morte. OBS: O mau uso de antibióticos cria superbactérias que podem
matar!
Corticoides

A literatura sobre o real benefício dessas drogas na


redução de mortalidade e, principalmente, de
sequelas neurológica e audiológica é conflitante

Reposição e
controle

Podem ser administrados soros para a reposição


de líquidos e sais minerais perdidos devido aos
vômitos.
Outras condições, decorrentes do agravamento da
meningite bacteriana, podem ser controladas com
medicamentos e suporte para respiração
(ventilação).
Possíveis Sequelas
Tratamento Fisioterapêutico
A fisioterapia como parte integrante da equipe
multiprofissional, desempenha um importante
papel no tratamento da meningite, evitando:

Complicações
respiratórias;
Motoras;
ou de outra
natureza.
Minimizar
possíveis Proporcionar
sequelas; ao paciente
o máximo de qualidade de
funcionalidade, vida e auto
estima.
 Exercita a musculatura respiratória;

 Melhora o condicionamento respiratório


antes de cirurgias.

Hidroterapia/Fisioterapia
Aquática

• Dificuldade respiratória; • Exercícios para estimular as


• Problemas neurológicos. habilidades motoras.
Profilaxia/Prevenção
Vacinação

A melhor forma de prevenção é por meio da


vacinação. Lembrando que há vários agentes
capazes de causar a meningite e, por isso, há
vacinas diferentes para alguns deles.

Meningocócica C (conjugada)
 Protege contra infecções da N.
meningitis C. e oferece imunização à
meningite meningocócica C.
 Devem ser aplicadas 2 doses, aos 3
meses e 5 meses, com 1 reforço aos
12 meses.
 Nos adolescentes não vacinados, é
feita uma dose única entre 11 e 14
anos.
Sepse
Definição
• A sepse é uma síndrome complexa causada pela
resposta inflamatória sistêmica descontrolada
do indivíduo, de origem infecciosa,
caracterizada por manifestações múltiplas, e
que pode determinar disfunção ou falência de
um ou mais órgãos ou mesmo a sua morte.

• O uso do termo sepse não está restrito apenas


à síndrome inflamatória sistêmica secundária à
infecção bacteriana, mas àquela resultante de
qualquer microrganismo e/ou seus produtos
(toxinas).
• O termo sepse é aplicável somente quando a
resposta sistêmica é clinicamente relevante,
podendo manifestar-se por uma variedade de
situações, de complexidade crescente:

 Sepse grave - entendida como sepse


associada à disfunção de órgãos, hipoperfusão
(que inclui, mas não está limitada à acidose
lática, oligúria ou uma alteração aguda do
estado de consciência) e hipotensão;
 Choque séptico - entendido como a sepse
associada com as alterações da hipoperfusão
(baixa irrigação sanguínea) mais a hipotensão
(pressão arterial baixa) persistente mesmo
após ressuscitação volumétrica adequada;

 Síndrome da disfunção de múltiplos


órgãos (SDMO) - que pode representar o
estágio final da resposta inflamatória sistêmica
grave.
Fisiopatologia
• A fisiopatologia da sepse envolve diversos
mecanismos que confluem a partir da
exposição do organismo a algum patógeno ou
suas toxinas, desencadeando uma resposta
imune mediada por citocinas, ativando
neutrófilos, plaquetas e monócitos que geram a
inflamação e danos aos tecidos do organismo.

• Essa resposta descontrolada lesa o endotélio


vascular causando a piora na perfusão devido à
vasoconstricção, o que contribui para uma
maior ativação das vias inflamatórias, tornando
os mecanismos da sepse um ciclo vicioso.
• Alguns microrganismos já foram associados
com uma maior predisposição ao quadro de
sepse, como por exemplo Staphylococcus
aureus e Streptococcus pneumoniae que são
bactérias gram positivas bastante comuns na
pele e no ambiente.

• Além das bactérias gram positivas, existem os


microrganismos gram negativos e os fungos
como agentes que frequentemente causam
quadros de choque séptico.
Fatores de risco
As condições de saúde mais associadas ao aparecimento
de sepse são:
Faz
quimioterapia Infecção
Infecção renal
abdominal
Pneumonia

Tem feridas ou lesões, como Infecção da corrente


queimaduras sanguínea (bacteremia)

Esteja utilizando
Está com o estado de saúde
dispositivos invasivos,
geral comprometido, em geral
tais como cateteres
internado em unidade de
intravenosos ou tubos
terapia intensiva (UTI
respiratórios
Alguns grupos de pessoas correm mais riscos de sofrer
sepse. São eles:

Bebês Crianças com Idosos com


prematuros menos de 1 ano mais de 65 anos

Portadores de doenças que Portadores de doenças


afetam o sistema crônicas, como insuficiência
imunológico, como HIV cardíaca, insuficiência renal
positivo e diabetes

Usuários de álcool
e/ou drogas
Mecanismo de defesa - sepse

• O mecanismo de defesa contra patógenos está


organizado em respostas imunes inatas
(receptores toll-like) e respostas imunes
adaptativas ou especificas.

• Moléculas de superfície de bactérias Gram-


positivas (peptideoglicanos) e
lipopolissacarídeos (LPS) de bactérias Gram-
negativas ligam-se aos receptores toll-like em
monócitos, macrófagos e neutrófilos, que
culminam com a transcrição de várias citocinas,
como o TNF-α e a interleucina-6 (IL-6).
• Respostas imunológicas especificas ou
adaptativas são especificas para cada tipo de
microrganismo, amplificando a resposta imune
inata.

• Linfócitos B produzem imunoglobulinas, existe


ativação do sistema complemento, linfócitos
TH1 secretam citocinas pró-inflamatórias (TNF-
a, IL-1b) e linfócitos TH2 secretam citocinas
anti-inflamatórias (IL-4, IL-10).

• A ativação de uma extensiva rede de


mediadores pró-inflamatórios pelo sistema
imune inato tem papel significativo na
progressão do choque, além de desempenhar
papel fundamental para a lesão e disfunção de
órgãos nessa situação.
• Naqueles que sobrevivem ao insulto inicial,
segue-se uma forte resposta compensatória
de características imunossupressoras,
aumentando a predisposição a infecções
secundárias e que contribuem para a alta
mortalidade dos pacientes que tiveram
choque séptico.

• Essa imunossupressão inclui a mudança de


fenótipo do linfócito T (de TH1 para TH2) e a
apoptose de linfócitos B, linfócitos T CD4+ e
células do epitélio intestinal e pulmonar.
Diagnóstico
• Clínico:
 Para o clínico ou o intensivista, o diagnóstico de
sepse está baseado em um alto índice de
suspeita, onde se exige uma minuciosa coleta de
informações sobre o estado atual e os
antecedentes médicos do paciente, uma boa
avaliação clínica, alguns exames laboratoriais,
além de um rigoroso acompanhamento clínico do
paciente.

 Frente a uma suspeita de infecção grave, deve


ser excluída a possibilidade de se tratar de
alguma outra condição inflamatória sistêmica não
infecciosa.
• Laboratorial: A avaliação laboratorial ou
complementar é capaz de revelar dois aspectos
distintos da sepse.

 O primeiro é o que se refere à busca ou


identificação do agente agressor, através do
rastreamento microbiológico do paciente;

 O segundo, diz respeito à identificação de


alterações metabólicas ou da homeostasia,
indicativas de comprometimento sistêmico e de
órgãos específicos.
• A avaliação microbiológica inclui:

Exames diretos e culturais Exame de liquor


de sangue (dois ou mais) (líquido cefalorraquidiano)

Exames de Exames de
aspirado de petéquias e
intestino delgado sufusões

Exame de fezes Exame de


Exame de urina
secreções
• A avaliação laboratorial para identificação
de comprometimento sistêmico inclui:

Desde a busca de indicadores de resposta


inflamatória no sangue periférico (mediadores
endógenos, indicadores de fase aguda) até a
pesquisa de indicadores de distúrbios orgânicos e
metabólicos, visando as terapias de suporte.
Tratamento

Terapia precoce
orientada por metas

Terapia relacionada
ao agente agressor

Terapia direcionada à
resposta inflamatória
sistêmica
• Terapia precoce orientada por metas:

 No processo de evolução da resposta


inflamatória da sepse ocorrem fenômenos
cardiovasculares, como hipovolemia
(diminuição anormal do volume do sangue),
vasodilatação periférica, depressão miocárdica,
aumento da permeabilidade endotelial e
hipermetabolismo.

 Assim, em geral, o intensivista é levado a


corrigir a pré-carga, a pós-carga e a
contratilidade cardíaca para atender a relação
oferta/demanda de oxigênio aos tecidos, para
manter uma adequada perfusão celular e
prevenir a disfunção de órgãos
• Terapia relacionada ao agente agressor:

 Os antimicrobianos (AMs) são os agentes mais


específicos e acessíveis para o tratamento do
paciente com infecção, embora representem
uma abordagem somente parcial do problema.
 Terapias empíricas com AMs têm sido
recomendadas, especialmente em pacientes
com sepse grave e choque séptico.

 Também a remoção ou drenagem de foco


infeccioso (p.ex., peritonite, empiema,
osteoartrite séptica, tecido necrosado), bem
como a retirada de corpo estranho infectado
(inclusive dispositivos invasivos), são de
importância relevante para interromper o
estímulo infeccioso, uma vez que tal medida
tenderá a diminuir ou descontinuar a produção
dos mediadores endógenos da sepse, com
eventual redução do potencial de auto-
sustentação da resposta inflamatória sistêmica.
• Terapia direcionada à resposta inflamatória
sistêmica:

 A intervenção em qualquer passo da sequência


dos eventos fisiopatológicos que caracterizam a
resposta inflamatória sistêmica da sepse, no
sentido de modificar (modular) essa reação do
hospedeiro, parece ser a estratégia terapêutica
com maiores perspectivas de mudar os
resultados desalentadores da terapia da sepse.
Tratamento Fisioterapêutico
• Fisioterapia pulmonar
 A fisioterapia respiratória é utilizada em
pacientes críticos de sepse pulmonar com o
objetivo de prevenir e tratar as complicações
respiratórias. O fisioterapeuta faz a higiene
brônquica e expansão pulmonar.

 A intervenção fisioterapêutica no âmbito de


terapia intensiva, também visa a prevenção de
futuras complicações respiratórias.

 As mobilizações e técnicas utilizadas reduzem o


tempo de permanência e minimizam os riscos do
uso prolongado da ventilação mecânica e do
repouso em âmbito hospitalar.
• Técnica de higiene brônquica

 As manobras de higiene têm como função


manter a permeabilidade das vias aéreas e
evitar acúmulos de secreção, possibilitando
assim uma melhor respiração ao indivíduo.

 As manobras de higiene brônquica à beira do


leito mais utilizadas pelos fisioterapeutas dentro
das unidades de terapia intensiva são: vidro
compressão, hiperinsuflação, drenagem
postural, e aspiração traqueal quando
necessário.
• Técnicas de reexpansão pulmonar

 A reexpansão pulmonar consiste na dilatação


volumétrica dos pulmões, ocorrendo em cada
inspiração, à medida que fluxo aéreo entra nas
vias aéreas, e insuflar os pulmões.

 As manobras de reexpansão são realizadas


com o objetivo de produzir um maior esforço
inspiratório por meio da facilitação e promoção
de uma maior contração dos músculos
intercostais e do diafragma.
 As manobras mais utilizadas são: reexpansão
manual de pressão negativa e reexpansão
manual de vidro compressão além da utilização
da cinesioterapia ativa com exercícios
específicos como: reexpansão ativa inspiração
fracionada e reexpansão ativa inspiração
sustentada.

 A SEPSE PULMONAR reflete em uma restrição


ventilatória, redução da complacência pulmonar
levando a uma diminuição dos volumes
pulmonares além do acumulo de secreções
pulmonares.
Profilaxia/Prevenção

• O risco de sepse pode ser reduzido,


principalmente em crianças, respeitando-se o
calendário de vacinação.

• Uma higiene adequada das mãos e cuidados com


o equipamento médico podem ajudar a prevenir
infecções, inclusive hospitalares, que levam à
sepse.

• Além disso, fazer o tratamento adequado de


infecções que podem parecer simples, como uma
infecção urinária ou gripe, pode ajudar a
prevenir o seu agravamento e a sepse.
• Ter uma vida saudável, com prática de
atividades físicas, alimentação balanceada, sem
cigarro e evitando o consumo de álcool ajuda
na condição de saúde total do corpo, o que
também pode ajudar a prevenir o agravamento
de infecções e a sepse.
Questionário
Assinale com V (verdadeiro) ou com F (falso) os enunciados
abaixo:

01-( ) Os patógenos oportunistas são os que sempre causam


doenças em indivíduos imunocompetentes.

02-( ) O corante vermelho safranina cora em vermelho/rosa as


células gram-negativas.

03-( ) A estrutura bacteriana é composta por: Fimbrias, capsula,


parede celular, membrana plasmática, DNA em nucleóide e flagelo.

04-( ) As manobras de higiene brônquica à beira do leito mais


utilizada pelos fisioterapeutas dentro das unidades de terapia
intensiva são: Reexpansão manual de pressão negativa e
reexpansão manual de vidro compressão além da utilização da
cinesioterapia ativa com exercícios específicos como: reexpansão
ativa inspiração fracionada e reexpansão ativa inspiração
sustentada.
05-( ) Quanto à coloração de gram, é característica das bactérias
gram-positivas possuir uma parede de peptidoglicano mais fina que
não retém o cristal violeta durante o processo de descoloração e
recebem a cor vermelha no processo de coloração final.

06-( ) Quanto à morfologia das bactérias elas podem ser


classificadas como cocos, bacilos, vibriões, espiroquetas e espirilos.

07-( ) Quanto ao mecanismo de escape, dentre os mecanismos das


bactérias extracelulares destacam-se: a variação antigênica, a
presença de cápsula e a proteína A.

08-( ) As defesas do hospedeiro são compostas por dois sistemas


complementares e frequentemente interativos: Imunidade Inata, que
protege contra um microrganismo em particular e Imunidade
Adquirida, que protege contra microrganismos em geral.

09-( ) Quanto à resposta inata a imunidade humoral é o principal


mecanismo envolvido na eliminação das bactérias extracelulares.

10-( ) As principais portas de entrada do corpo humano são o trato


respiratório, o trato gastrintestinal, a pele e o trato genital.
11-( ) secreção de muco do trato gastrointestinal; movimentos
peristálticos; os A movimentos ciliares das vias aéreas além de um
epitélio íntegro que atua como uma barreira física entre o patógeno
e o tecido do hospedeiro.

12-( ) Ainda a respeito do mecanismo de escape, uma vez que


somente a resposta imune inata não promova a eliminação de
bactérias patogênicas, haverá necessidade da participação da
resposta imune adaptativa.

13-( ) Meningite bacteriana é um processo das meninges que


envolve o cérebro e a medula espinhal?

14-( ) amputação de membros, surdez, perda de memória,


incontinência urinaria, dificuldades de aprendizagem, perda de
visão e problemas nos rins, são possíveis sequelas da meningite.

15-( ) Quando há suspeitas, o medico recorre a internação do


paciente e espera os sintomas evoluir para diagnosticar o paciente?

16-( ) A concentração de bactérias na parte da nasofaringe é


considerado uma fase crônica.
17-( ) É correto afirmar que as bactérias invadem o corpo e
colonizam a mucosa da nasofaringe.

18-( ) A transmissão da meningite é só por meios por meios das vias


respiratórias?

19-( ) A Sepse é uma síndrome complexa causada pela resposta


inflamatória sistêmica descontrolada, do indivíduo, de origem
infecciosa, caracterizada por manifestações múltiplas, e que pode
determinar disfunção ou falência de um ou mais órgão ou mesmo a
sua morte.

20-( ) A respeito do Fisiopatologia da sepse ela envolve diversos


mecanismo que confluem a partir da exposição do organismo a algum
patógeno ou suas taxinas, desencadeado uma resposta imune
mediada por citocinas, ativando neutrófilos, plaquetas e monócitos
que geram a inflamação e dados aos tecidos do organismo.

21-( ) A avaliação laboratorial ou complementar é capaz de revelar


três aspectos distintos da sepse.
22-( ) Se tratando de prevenção o risco para adquirir a sepse pode
ser reduzido principalmente em adultos, em campanhas de
vacinações.

23-( ) Sepse grave é a sepse associada com disfunção de órgãos,


hipoperfusão ou hipotensão, podendo haver acidose lática, oligúria
ou alterações agudas do nível de consciência.

24-( ) Sobre as avaliação laboratorial para identificação de


comprometimento sistêmico inclui: dores no corpo, tosse e distúrbio
orgânico metabólico.

25-( ) A sepse pode aparecer em pessoas que possuem pneumonia.

26-( ) Os portadores de doenças crônicas, e pessoas que possuem


diabetes tem mais riscos de sofrerem com a sepse.

27-( ) Os linfócitos B não produzem nenhum tipo de


imunoglobulinas.
28-( ) A ativação de medidores pró-inflamatorios não tem papel
significativo nenhum na progressão do choque séptico e não
contribuí para as infecções secundárias, não causando nenhum tipo
de complicações.

29-( ) No processo de evolução da sepse não ocorrem hipovolemia,


depressão miocárdica, hipermetabolismo ou qualquer situação de
permeabilidade endotelial e cardiovascular.

30-( ) A prática de atividades físicas, e se não utilizarmos o cigarro


e se evitarmos ao consumo do álcool , nós ajudaria a prevenir as
infecções causadas pela sepse.
Gabarito
01-FALSO, os patógenos oportunistas são os que raramente
provocam doenças.

02- Verdadeira!
03- Verdadeira!

04-FALSA, as manobras utilizadas de higiene brônquica são: Vidro


compressão, hiperinsuflação, drenagem postural, e aspiração traqueal
quando necessário.

05-FALSA, essas características são das bactérias gram-negativas.

06- Verdadeira!
07- Verdadeira!

08-FALSA, a imunidade adquirida que protege contra um


microrganismo em particular e a imunidade inata que protege contra
microrganismos em geral.
09- FALSA, a afirmação corresponde à resposta adquirida.

10- Verdadeira!

11- FALSA, são barreiras iniciais das bactérias extracelulares.

12- Verdadeira!

13- Verdadeira!

14- Verdadeira!

15- FALSA, pois quando há suspeitas, o medico recorre aos exames


para confirmar o diagnostico e identificar o agente causador,
auxiliando na escolha de terapia farmacológica.

16- FALSA, pois a concentração de bactérias na parte do


nasofaringe é considerada uma fase transitória, geralmente
assintomática da infecção.

17- Verdadeira!
18- FALSA, é de pessoa a pessoa, além das vias respiratória também
são por meio de gotículas e secreções da nasofaringe, sendo assim,
há necessidade de um contato íntimo com indivíduo infectado ou
contato direto com secreções respiratórias do paciente.

19- Verdadeira!

20- Verdadeira!

21- FALSA, é capaz de revelar dois aspectos distintos da sepse,


sendo eles busca ou identificação do agente agressor e identificação
de alterações metabólicas ou da homeostasia.

22- FALSA, prevenção reduzido em crianças.

23- Verdadeira!

24- FALSA, inclui indicadores de resposta inflamatória no sangue


periférico, até a pesquisa de indicadores de distúrbio orgânicos e
metabólico, visando as terapias de suporte.

25- Verdadeira!
26- Verdadeira!

27- FALSA, produzem imunoglobulinas sim, que existem na


ativação do sistema complemento, sendo linfócitos TH1 que
secretam citocinas pró-inflamatórias TNF. E os linfócitos TH2 que
secretam citocinas anti-inflamatórias.

28- FALSA, os mediadores pró-inflamatórios têm papel significativo


sim na progressão do choque séptico e podem aumentar a
predisposição das infecções secundárias e ser o causador de
mortalidade aos pacientes que tiveram utilizados o choque séptico.

29- FALSA, correm estes fenômenos, no entanto, o intensivista é


levado a corrigir a pré-carga, pós-carga e a contratilidade cardíaca
para ter oxigênio aos tecidos e manter melhor uma adequada
perfusão celular e prevenir a disfunção de seus órgãos.

30- Verdadeira!
Referências

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tratamento. Revista Bras Clin Med, São Paulo, set-out. 2010.
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generalizada-sepse.htm. Acesso em: 8 março 2020.

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