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Paolo Ricci
INTRODUÇÃO
* Uma versão preliminar deste texto foi apresentada no encontro da Associação Brasi-
leira de Ciência Política – ABCP, em 2002, com o título “Conexão Eleitoral e Estratégias
Legislativas: Hipóteses e Evidências para o Caso Brasileiro”. Agradeço a Fernando Li-
mongi e à Leany Barreiro Lemos por seus valiosos comentários às versões anteriores, e
à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP pelo apoio finan-
ceiro recebido ao longo da pesquisa.
DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, Vol. 46, no 4, 2003, pp. 699 a 734.
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Sobretudo a partir de meados dos anos 90, observa-se uma certa relu-
tância do mundo acadêmico brasileiro em aceitar integralmente essa
orientação analítica. Duas questões emergiram. A primeira, referente
a um problema conceitual; a segunda, a um problema empírico. A
questão conceitual é relativa à identificação do tipo de vínculo que se
estabelece em torno dos incentivos presentes na arena parlamentar,
em contraposição àqueles presentes na arena eleitoral. De modo que,
contrapondo-se à primeira abordagem, vários estudos começaram a
resgatar o papel dos partidos políticos, o desempenho das lideranças
e o peso relativo das regras decisórias internas do Congresso como
variáveis a serem levadas em conta no exame do processo decisório
(Figueiredo e Limongi, 1995; Santos, 1997; 1999; Amorim Neto, 2000).
A questão empírica era verificar se e em que medida esses incentivos
se refletem no conteúdo das leis. Destacam-se, nessa direção, três es-
tudos que mostraram que a produção legislativa do Congresso brasi-
leiro não é caracterizada pelo domínio dos assuntos paroquiais (Fi-
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Minha análise tenta aprofundar os efeitos que cada arena produz so-
bre o conteúdo das normas. Sem questionar o objetivo da reeleição,
pretendo: (1) reconstruir as interpretações que, partindo da arena
eleitoral, buscam explicar a conduta legislativa dos congressistas
como decorrência dos incentivos oferecidos pelo sistema eleitoral; (2)
encontrar evidências empíricas para cada uma dessas interpretações;
(3) mostrar que, para a compreensão dos outputs legislativos do Con-
gresso Nacional, também é preciso levar em conta os fatores internos,
inerentes à dinâmica do processo decisório.
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Dessa forma, dadas estas considerações, a análise fica restrita a seis ti-
pos diferentes de conteúdo das leis, dos quais é esperado que só qua-
tro deles sejam numericamente relevantes9: (1) leis gerais/secionais
de impacto nacional; (2) leis microssecionais de impacto nacional; (3)
leis microssecionais de impacto local; (4) leis individuais de impacto
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Tabela 1
Número de Leis do Congresso Nacional por Conteúdo e Tipo (1991-2001)*
(N e %)
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Tabela 2
Desempenho das Comissões sobre os Projetos Distributivos por Tipo de
Intervenção
(1991-2002)*
(N e %)
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Vale notar que o mesmo raciocínio pode ser aplicado para o momento
da apreciação do projeto nas comissões. Se o relator da comissão é de
um partido da mesma área do proponente do projeto (gover-
no-governo e oposição-oposição), é de se esperar que o parecer venha
a ser favorável. A variável RELATOR, mensurada considerando o
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Tabela 3
Tipo de Projetos e Variáveis de Tramitação
(1991-2002)*
(N e %)
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toma a decisão final). Nesse sentido, pode ser dito que o Senado exer-
ce uma função revisora sobre os projetos em geral e sobre os da Câmara
em particular, uma vez que, devido ao sistema de tramitação das pro-
postas legislativas adotado no Brasil, ao aprovar um projeto sem
emendas, o Senado apenas referenda o decidido pela Câmara Baixa18.
Ao se cruzar a variável decisão final com a variável origem dos proje-
tos, obtém-se uma confirmação dessa imagem acerca da segunda
Casa. Dos 157 projetos em que o Senado operou como última instân-
cia, 60,5% tiveram origem na Câmara dos Deputados. Vale salientar
que o teste de diferença de proporções não apontou significância es-
tatística (p > 0,05). Isto é, a imagem do Senado como Casa revisora não
pode ser utilizada para explicar o resultado final dos projetos de lei.
Nesse sentido, a utilização do termo revisora pode levar a crer que
também seja imputável à segunda Casa a rejeição de projetos originá-
rios da Câmara. Os dados mostram, sempre ao se cruzar a variável de-
cisão final com a variável origem dos projetos, que dos 81 projetos re-
jeitados pelo Senado, a maioria (46 projetos, isto é, 56,8% do total) foi
apresentada por senadores. Assim, em termos de tendência, pode-se
sustentar, preliminarmente, a idéia de um Senado que atua como
Casa revisora sobre as propostas dos deputados, ao mesmo tempo que
desempenha um papel auto-regulador, rejeitando os seus próprios
projetos.
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Tipos de Projetos e Variáveis Políticas
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curso que, pelo menos no mérito das práticas distributivas, não se res-
tringe à contraposição entre partidos de governo e partidos de oposi-
ção. O teste do Qui-quadrado confirma este achado, já que as diferen-
ças de proporção não são significativas ao nível de 0,0119.
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Tabela 5
Tipos de Projetos e Variáveis Ligadas à Experiência do Parlamentar
(1991-2002)*
(N e %)
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NOTAS
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8. É importante salientar que muitos autores tratam esse critério juntamente com o
primeiro (Di Palma, 1977; Capano e Giuliani, 2001; Cantelli et alii, 1974).
9. Na prática, deve-se esperar que leis gerais/secionais de impacto local e leis indivi-
duais de impacto nacional sejam tipos poucos freqüentes, já que é difícil que uma
lei geral tenha impacto local ou que uma lei individual tenha impacto nacional. Se-
riam, digamos assim, casos excepcionais.
10. Vale salientar que esse valor é praticamente igual àquele observado no âmbito do
Executivo, cujas normas de conteúdo geral/secional chegam a 67,7% do total para
o período de 1990 a 1998 (ver Ricci, 2001).
11. É oportuno considerar o baixo número de projetos locais encontrados. O exame das
muitas propostas apresentadas e arquivadas no final de cada legislatura pode re-
presentar uma estratégia analítica alternativa para estudar o fenômeno em ques-
tão.
12. Penso, em especial, na existência de casos nos quais, pela estrutura espacial da
competição eleitoral e pelos recursos pessoais, o candidato sabe detectar e pode
cultivar relações estreitas com o “seu eleitorado”. Poder-se-ia entender que, nesse
caso, o político queira atuar por meio de políticas paroquiais.
13. Vale lembrar que o artigo 58 da Constituição brasileira, relativo às atribuições legis-
lativas das comissões permanentes do Congresso, adota o disposto constitucional
italiano (art. 72). Na Itália, de acordo com a literatura, é nas comissões que a maio-
ria dos projetos de conteúdo microssecional encontra sua arena decisória ideal (Di
Palma, 1977). Estudo recente sobre o parlamento italiano confirma essa dinâmica
ao mostrar que, nas X, XI e XII legislaturas, os projetos de caráter microssecional
apreciados em comissão prevaleceram sobre qualquer outra categoria de normas
em discussão. Mesmo que os dados relativos à XIII legislatura apontem para uma
inversão de tendência em favor dos projetos de conteúdo nacional, a porcentagem
de projetos microssecionais aprovados de forma terminativa nas comissões perma-
nece elevada (38,9%) (De Micheli, 2001).
14. Conforme os regimentos internos do Senado Federal e da Câmara dos Deputados
(art. 254 para o Senado e art. 132 § 2o para a Câmara), ao receber um parecer contrá-
rio na comissão, o projeto pode, com o recurso de pelo menos um décimo dos mem-
bros da Casa, passar ao exame no plenário.
15. Pereira e Mueller (2000:61) apontam nessa direção ao sugerirem que o papel distri-
butivo das comissões brasileiras parece ser “insuficiente para explicar a existência
de um sistema de comissões tão complexo”. No seu estudo de caso sobre a Comis-
são de Trabalho, Administração e Serviço Público – CTASP, Diniz chega às mesmas
conclusões. A série de dados coletados pela autora mostra que a CTASP desempe-
nha um papel negativo, barrando boa parte das propostas apresentadas, e que a
possibilidade de apreciação em decisão terminativa, “saudada por muitos como
um mecanismo que fortaleceria o sistema de comissões, teve efeito diminuto sobre
a tramitação dos projetos” (Diniz, 1999:77).
16. É oportuno dizer que cada uma delas pode incluir diferentes modalidades. É possí-
vel diferenciar entre a situação na qual o partido nunca entrou na coalizão de go-
verno durante a tramitação do projeto e aquela em que o partido ocupou posições
de governo ao longo da tramitação, mas no momento da votação final encontra-
va-se na oposição. Na minha análise não abordarei essas diferenças.
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17. Uma crítica contundente que poderia ser feita ao tratamento operacional da variá-
vel APOIO é a de que não foi levado em conta, para o proponente, o impacto que
tem a migração partidária. Por sinal, um impacto significativo, que na década de 90
afetou cerca de 30% dos deputados federais (Melo, 2000). Entretanto, para o caso
em questão, o problema da migração não afeta significativamente o critério adota-
do para medir a variável APOIO, já que esta foi mensurada de forma dicotômica –
pertencer ou não à área do governo. Portanto, se a migração for entre partidos da
mesma área, esta não tem impacto na variável. Para validar a suposição, foi feito
um teste sobre os projetos apresentados por deputados federais na categoria rejei-
tados (164 no total) e entre os sancionados (193 no total). O teste mostrou que, de
fato, a variação entre áreas diferentes (da área do governo para a de oposição e vi-
ce-versa) é bem menor que o valor médio registrado pela migração partidária (6,8%
e 1,6% para os projetos rejeitados e sancionados, respectivamente).
18. Este é também o achado de um estudo comparativo entre Brasil e Argentina basea-
do em entrevistas com os senadores. À pergunta “Cual es la diferencia principal en-
tre el Senado y la Cámara de Diputados?”, 17,6% dos senadores brasileiros aponta-
ram como segunda diferença principal o fato de que o Senado age como Câmara re-
visora. A primeira preferência, com 27,5% das opiniões, refere-se à imagem de um
Senado como órgão representativo dos estados (Llanos, 2003).
19. Entretanto, é correto dizer que o teste do Qui-quadrado apontou uma probabilida-
de bastante baixa (p = 0,051). O fato não será estudado neste artigo, mas sugere-se a
investigação do problema em pesquisas futuras.
20. Foram desconsiderados os políticos que estiveram ausentes na deliberação final do
projeto. Isto de acordo com a perspectiva de que, para estes, o fator experiência é ir-
relevante, já que não é mais possível influenciar o processo decisório.
21. Propostas-bandeiras são aqueles projetos de lei apresentados mesmo sabendo-se
que nunca serão aprovados ou mesmo debatidos. Nesse sentido, o congressista
apresenta a proposta com o objetivo específico de sinalizar (para seus eleitores,
para os grupos de pressão etc.) sua posição e comprometimento com a causa em de-
bate.
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APÊNDICE
GERAL Critérios: afeta a todos os cidadãos e/ou pelo menos uma unida-
de organizacional que atua no âmbito nacional.
Exemplos: PL* 1169/88 Retirada e transplante de órgãos do corpo
humano; PL 1374/91 Aumento da pena de reclusão para crime de
estupro; PL 3261/92 Dispõe sobre crimes resultantes do precon-
ceito de raça; PL 2411/95 Exercício do direito de queixa pela mu-
lher.
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ABSTRACT
The Content of Brazilian Legislative Output: National Laws or Pork
Barrel Politics?
This article analyzes whether the pork barrel political approach really exists
in the context of legislative output by the Brazilian Congress. According to
the author’s argument, in the case of medium-large districts, multi-member
districts (MMDs) increase the costs of investment in pork barrel bills of law.
In addition, members of the Brazilian Congress face high legislative output
costs that increase the incentives to avoid pork barrel strategies. The author
investigates hypotheses on bills that were either approved or rejected by
Congress, as well as those vetoed by the Executive, from 1991 to 2002. The
results provide significant evidence for the author’s theoretical argument.
The study concludes that: (1) pork barrel bills are quantitatively insignificant
in Brazil; (2) members of the Brazilian Congress invest much of their time and
effort in pursuit of broader interests; and (3) seniority and internal
law-making procedures can explain approved versus rejected distributive
bills.
RÉSUMÉ
Le Contenu de la Production Législative Brésilienne: Lois Nationales ou
Politiques à Esprit de Clocher?
Dans cet article, on cherche à savoir si le pork barrel existe effectivement dans
le cadre de la production législative du Congrès National brésilien. On part
de la supposition que les MMDs (multi-member districts) districts
d'importance moyenne et élevée surévaluent les coûts d'investissement dans
les projets de pork barrel. En outre, les parlementaires brésiliens sont face à
des coûts de production législative qui découragent les stratégies à esprit de
clocher. On examine ces hypothèses sur la base de la législation approuvée et
rejetée par le Congrès, y compris celles que le Président a rejetées pendant la
période 1991-2002. D'où on peut conclure que: 1) les projets de pork sont
insignifiants du point de vue quantitatif; 2) le parlementaire passe la plupart
de son temps et gaspille ses efforts sur des questions qui visent à satisfaire des
intérêts vagues; 3) la carrière du parlementaire et des facteurs internes
propres au processus de décision peuvent expliquer le rejet ou l'approbation
des projets de distribution.
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