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DEMEC/UFSJ

Resistência dos Materiais

Prof. Thiago Lara


Equilíbrio dos Corpos Rígidos:

Condições de Equilíbrio:

As condições de equilíbrio se manifestam de duas


formas distintas, sendo estático ou dinâmico.
• Equilíbrio Estático:  F  0

v  0

• Equilíbrio Dinâmico:
 F  0

v  cte  0
Ponto Material e Corpo Extenso:

• Ponto Material: é caracterizado por um conjunto


de forças aplicadas apenas em um único ponto.

• Exemplo:
Na análise de ponto material, as dimensões do
corpo não influenciam nas condições de equilíbrio,
dessa forma, o problema é equacionado somente
com o somatório das forças (uma, duas ou três
dimensões).

•Corpo Extenso: é quando um elemento se


encontra solicitado por um conjunto de forças em
dois ou mais pontos distintos.
Exemplo:

Além do equilíbrio em forças, na consideração de


corpo extenso faz-se necessário ainda o somatório
de momentos.
Momentos de uma Força:

É definido como
sendo o produto
vetorial do vetor
força pelo vetor
posição. De forma
equivalente, tem-
se que:
Graus de Liberdade de um Corpo no Plano:

Um corpo no
plano possui três
possibilidades de
momento, sendo
duas translações e
uma rotação,
assim como ilustra
a figura:
Vínculos em Estruturas Planas :

Vínculos são elementos estruturais que


têm por finalidade conectar a estrutura a
um referencial “indeslocável” ou também,
de interligar os elementos estruturais que
a compõe.
Apoio Fixo:

Retira dois graus de liberdade do corpo extenso no


plano, sendo estes duas translações.
Apoio Móvel:

Retira um grau de liberdade, sendo este uma translação.


Engastamento Fixo:

Retira os três graus de liberdade, ou seja, duas


translações e uma rotação.
Engastamento Móvel:

R e t i r a d o i s g r a u s d e liberdade d a b a r r a , s e n d o
u m a t r a n s l a ç ã o e m “ y ” e u m a ro t a ç ã o .
Elemento de Barra:

É caracterizado por possuir uma dimensão bem maior


que as demais.
Vigas:

Estrutura constituída por elemento de barra e sujeita a


um conjunto de forças não-colineares ao seu eixo,
provocando esforços de flexão e(ou) cisalhamento.
Observação: “q” é a força distribuída em uma
superfície, ou seja, força por unidade de
comprimento.

Treliças:

Estruturas compostas por barras e unidas por


rótulas (giro livre), com o carregamento lançado nos
seus nós.
Rótulas ou nós são vínculos internos que impedem
apenas duas translações, não restringindo giro.
Observação:

a) Não é treliça! As
uniões são
perfeitamente rígidas.

b) Não é treliça, pois “F2” é


aplicado no corpo da barra
e não em algum dos nós da
estrutura.
Pórticos Planos:

São estruturas compostas por barras tendo dois ou


mais elementos adjacentes não-colineares, podendo
ser a união entre eles rígida ou perfeitamente
flexível.

As forças aplicadas aos pórticos, assim como no caso


das vigas, podem gerar esforços de flexão e(ou)
cisalhamento.
Classificação das Vigas:

As vigas se classificam do ponto de vista das


vinculações como:

 Isostáticas;

 Hipostáticas;

 Hiperestática.
a) Isostáticas
 F  0
 X

•3 equações de 
 F y  0
equilíbrio; 
 M A  0

•3 incógnitas
(Isostática)
b) Hipostáticas

•3 equações de
equilíbrio;

•2 incógnitas
(Hipostática).
c) Hiperestáticas

•3 equações de
equilíbrio;

•4 incógnitas
(Hiperestática).
 Observação:

 A viga da figura “item c” é dita uma vez


hiperestática, apresentando um vínculo a mais além
da quantidade necessária. Este vínculo em excesso é
denominado de “redundante” ao equilíbrio.

 As vigas hiperestáticas não serão foco de estudos


em Resistência dos Materiais.
Estruturas compostas por Vínculos Internos:

a)
 Da parte (2) do Corpo:
• 3 Incógnitas (RVE, RHD e RVD);
• 3 Equações de Equilíbrio:  F  0


X

 F y  0

 M A  0

 Da parte (1) da Estrutura:
• 3 Incógnitas;
• 3 Equações de Equilíbrio.

Portanto, uma Estrutura Isostática.


b)
Parte (2):

•3 Equações de
Equilíbrio;
•3 Incógnitas (RHB,RVB e
RVC).

Parte (1):

•3 Equações de
Equilíbrio;
•3 Incógnitas (RHA, RVA e
MA).

Portanto, uma Estrutura


Isostática.
Forças Distribuídas nas Estruturas:

A figura abaixo ilustra uma viga sujeita a um conjunto


de forças:
Para determinação das reações nos vínculos
da viga torna-se necessário transformar o
carregamento distribuído “p” aplicado sobre a
região de comprimento “L4” em uma “Força
Equivalente Pontual”, devendo ser aplicado no
centro geométrico do carregamento (CG).
L

F Y  0  Feq   p( x)dx
0
L

M A  0  M d   p( x) xdx
0

M A  0  M eq  Feq  x

Para o equilíbrio entre momentos (Md e MFeq)


devemos ter que a sua soma deve ser igual a zero.
M eq  M d 
L L L

Feq  x   p ( x)  xdx   p ( x)dx  x   p ( x)  xdx 


0 0 0
L

 p( x)  xdx
x 0
L

 p( x)dx
0
Exercícios
1) Determinar as
reações nos
vínculos das
estruturas
planas:

a)
 F  0  R  0kN ()
X HA

 F  0  R  R  30()
Y VA VB

 M  0  30 1  3  R  0  R
A VB VB  10kN ()
Substituindo (III) em (II) chega-se a:
RVA  10  30  RVA  20kN
 R  0kN
 HA

Portanto, a solução será:  RVA  20kN   

 RVB  10kN   

b)
 F  0  R  10  0  R  10kN   
X HA HA

 F  0  R  R  0   
Y VA VB

 M  0  2  R  20  0  R  10kN   
A VB VB

Substituindo (III) em (II), tem-se que:

RVA  10  0  RVA  10kN


 R  10kN   
 HA

Portanto, a solução será:  RVA  10kN   

 RVB  10kN   
c)
 F  0  R  5  0  R  5kN
X HA HA

 F  0  R  10  0  R  10kN
Y VA VA

 M  0  M  10 1  10  0  M
A A A  20kN .m

 RHA  5kN   

Portanto, a solução será:  RVA  10kN   

 M A  20kN .m
d)

Feq   p  x  dx
0

p ( x)  5 (kN/m)
2
 F  0 R  0
Feq   5dx  Feq  10kN
x HA

0  F  0 R  R  10
x VA VB

x
Sx  M  0 10 1  2  R  0  R
A VB VB  5kN
Feq  RVA  10kN
L 2 2
5
S x   p  x   xdx   5  xdx  5   xdx   [ x 2 ]02  10
0 0 0
2
10
x   1m
10
h)
e)

 x  0  p  x  0  0   

p  x   ax  b 
 x  L  p  x  L   q   

De (I) se tem:

b0
Da equação (II) tem-se que:
q
 p  x  x
q
aL0  q  a 
L L
Determinação de “Feq”:
L

Feq   p  x  dx
0
L L
q q
Feq   xdx   xdx
0
L L0
q 2 L q qL
Feq   x   Feq  L 
2

2L 0 2L 2
Determinação de :
L

 p  x   xdx Sx
x 0
L

Feq
 p  x  dx
0
L L
q q
Sx   x  xdx   dx
2
x
0
L L 0
L
q  x3  q  L3 qL2
Sx     
L  3 0 3L 3
q  L2
3 2 2
x   L x L
qL 3 3
2
F x  0  RHA  0   
qL
F y  0  RVA  RVB 
2
  
qL 2
 M A  0  2  3 L  L  RVB  0
q  L2 qL
 L  RVB  0  RVB    
3 3
Substituindo (III) em (II):

qL qL
RVA  
3 2
qL qL qL
RVA    RVA 
2 3 6


 RHA  0

 qL
  RVA 
 6
 qL
 RVB 
 3
f)

Analisando os carregamentos separadamente:


 F1  1kN / M    3, 0 M   3, 0kN
Seção (1): 
 3, 0
 1
x   1, 5m
 2

Seção (2):  1


F2   4kN / M    3, 0 M   6, 0kN
2

 x  2  3, 0   2, 0m


2
3
Diagrama de Corpo-Livre

 F  0  R  0kN   
x HA

 F  0  R  R  3,0  6,0  0 R  R  9,0   


y VA VB VA VB

 M  0  3,0  1,5  6,0   2,0   R  3,0   0  R  5,5kN   


A VB VB
Substituindo (III) em (II):

RVA  5,5  9, 0  RVA  3,5kN


 RHA  0kN

  RVA  3,5kN ()

 RVB  5,5kN ()

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