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GESTÃO

DE
FLUIDOS DE USINAGEM

MARIA JULIETA ESPINDOLA BIERMANN


mjulieta@terra.com.br
Cel (51) 9982 6006
30/9/2008 Eng. Química Maria Julieta Espindola Biermann 1
OBJETIVO

RISCOS
AMBIENTAIS

RISCOS
OCUPACIONAIS
PmaisL
APLICADA
FLUIDOS DE USINAGEM

APLICAÇÕES
GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS

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CONCEITO
Fluido de Usinagem ou
Fluido de Corte é um
material composto,
na maioria das
vezes, líquido, que
deve ser capaz de:
9 refrigerar,
9 lubrificar,
9 proteger contra a
oxidação e
9 limpar a região da
usinagem.

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Fluidos de Usinagem

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APLICAÇÕES
do Fluido de Usinagem
Dois fatores;

• 1. Geração excessiva e/ou redução


ineficiente de calor pelo sistema
ferramenta cavaco peça

• 2. Ocorrência de esforço elevado ( atrito)

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APLICAÇÕES
do Fluido de Corte

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Efeitos da temperatura no
processo de usinagem

• Desgaste acelerado da ferramenta

• Dano térmico à estrutura da peça usinada

• Distorção devido à dilatação térmica

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Fluido de Usinagem como
REFRIGERANTE

Para que o fluido de usinagem reduza o calor


de forma eficiente, ele deve possuir;
• Baixa Viscosidade
• “Molhabilidade”
• Alto calor específico e baixa condutividade
térmica

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Fluido de usinagem como
Lubrificante
• Atua reduzindo o atrito entre ferramenta cavaco peça
•Redução de esforços
•Redução de atrito.

Características de um bom lubrificante;


¾ Resistir a altas pressões e temperaturas
¾ Possuir boas propriedades antifricção e antisoldantes
¾ Possuir viscosidade adequada – baixa o suficiente para que o
fluido chegue a zona a ser lubrificada e alta o bastante para permitir boa aderência

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Como refrigerante ele atua:

• Sobre a ferramenta - evita que ela atinja


temperaturas muito altas e perca suas
características de corte.

• Sobre a peça - evita deformações


causadas pelo calor.

• Sobre o cavaco - reduz a força necessária


para que seja cortado.
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Como lubrificante

• Facilita o deslizamento dos cavacos sobre


a ferramenta e diminui o atrito entre a
peça e a ferramenta.

• Reduz o coeficiente de atrito na região de


contato ferramenta-cavaco melhorando o
rendimento da máquina.

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Como protetor contra oxidação

• Protege a peça, a ferramenta e o cavaco,


contribuindo para o bom acabamento e
aspecto final do trabalho.

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Ação de limpeza

• Como conseqüência da aplicação do


fluido de corte em forma de jato, cuja
pressão afasta as aparas deixando limpa
a zona de corte e facilitando o controle
visual da qualidade do trabalho

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GESTÃO DE FLUIDOS DE USINAGEM

PROCESSO DE USINAGEM

ENTRADAS SAIDAS

PRODUTO
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FLUIDOS DE USINAGEM
CLASSIFICAÇÃO

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1. Fluidos integrais, isentos de água:

Óleos integrais isentos de água cuja base pode ser:

• a) mineral (óleos de petróleo de base parafínica ou


naftênica);
• b) sintética (ésteres, diésteres);
• c) vegetal (canola) ou ainda
• d) mistos misturados para dar maior compatibilidade
aos aditivos.
Vantagens;
• Não são corrosivos
• Longa duração se mantido limpos
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2. Fluidos à base de água: emulsões e soluções

• São compostos aquosos;


a)Emulsões de óleo em água
• Basicamente compostos de água e óleo. A quantidade de óleo varia
com o tipo de fluido necessário
Características;
• Alto poder refrigerante
• Alto poder umectante
Comparando com a água
• Menor ação corrosiva
• Melhor ação lubrificante

VANTAGENS: Esses fluidos são geralmente utilizados em operações


de alta velocidade, devido à grande capacidade refrigerante que
possuem.

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2. Fluidos à base de água: emulsões e soluções

b) Soluções químicas verdadeiras - Soluções


Características;
• não absorver os óleos contaminantes que vazam das
máquinas (são insolúveis)
• possuir excepcional resistência biológica

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ENTRADA ADITIVO
Aditivos dos fluidos de usinagem
e suas funções

• Os aditivos melhoram as propriedades


inerentes aos fluidos ou lhes atribuem
novas características.

Em geral, se enquadram em duas classes:


1. aqueles que afetam uma propriedade física
ex. viscosidade
2. aqueles cujo efeito é puramente químico ex.
anticorrosivos, antioxidantes

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FUNÇÃO DOS ADITIVOS

ADITIVOS FUNÇÃO
Proteger os fluidos de usinagem frente à
Antioxidantes ação agressiva da atmosfera

Emulsionantes Estabilizar a emulsão


Inibidores da
corrosão Proteger a peça e a ferramenta
Impedir o desenvolvimento de
Biocidas microorganismos no fluido

Formar uma capa intermediária entre


Aditivos de extrema duas superfícies metálicas, melhorando
pressão a lubrificação e evitando o desgaste
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FUNÇÃO DOS ADITIVOS

ADITIVOS FUNÇÃO
Umectantes ou
estabilizantes Estabilizar o concentrado

Antiespumantes Evitar a formação de espuma


Eliminar e previnir a formação de
Complexantes incrustações

Outros Detergentes, dispersantes

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GESTÃO DE FLUIDOS DE USINAGEM

PROCESSO DE USINAGEM

ENTRADAS SAIDAS

PRODUTO USINADO

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SAÍDA Fluido de usinagem esgotado

• stress mecânico
Devido às características inerentes ao
processo de usinagem, as propriedades
dos fluidos vão diminuindo ao mesmo
tempo em que aparece uma série de
contaminantes que reduzem ainda mais
suas propriedades e rendimento.

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Contaminantes comuns

• Óleos externos procedentes de fugas dos


circuitos hidráulicos e de engraxe,
• Óleos lubrificantes,
• Partículas sólidas metálicas,
• Microorganismos,
• Restos de panos de limpeza,
• Poeiras.

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Fluidos Integrais Esgotados

• ao serem submetidos a altas temperaturas nas


operações de usinagem, sofrem reações de
oxidação e polimerização, formando uma mistura
complexa de compostos orgânicos e outros
elementos contaminantes resultantes do desgaste
dos metais.

Contaminantes comuns; limalhas, cavaco, restos de aditivos


como fenóis, compostos de zinco, cloro e fósforo, ácidos
orgânicos ou inorgânicos; bem como qualquer outro
composto que por qualquer motivo fique misturado com
estes óleos.
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Emulsões e soluções esgotadas

Além da fadiga térmica e das reações químicas, a perda


da qualidade é agravada pela presença de
microorganismos que metabolizam os componentes do
fluido, modificando sua estrutura química.
A presença de sólidos faz com que aumente ainda mais a
proliferação destes microorganismos e, por
conseqüência, a degradação do fluido.
Microrganismos freqüentemente encontrados nas emulsões:
bactérias, algas e fungos.
Podem ser combatidos com bactericidas e fungicidas, em
quantidades restritas pois os mesmos têm limitada solubilidade na
água.
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Riscos ocupacional e ao meio
ambiente

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Formação de névoas

Vaporização particulados

fluido
calor

ferramenta peça

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Riscos Ocupacionais

• A elevada velocidade de giro atingida


pelas máquinas e/ou ferramentas e a
pressão de fornecimento de fluido,
provocam a formação de névoas ou
aerossóis, que se dispersam no ambiente.
Tem-se então o risco da inalação dessas
partículas, com o efeito nocivo para a
saúde do trabalhador.

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Riscos Ocupacionais

• Inalação - Irritações das vias respiratórias


(pneumonia, fibrose pulmonar e asma).
• Exposição a essa atmosfera podem apresentar
tosse e catarro, irritação no nariz e na garganta
e dificuldade respiratória.
• Contato pode causar o ressecamento ou
irritações da pele (alergias), erupções cutâneas,
Ex; o contato rotineiro do abdômen de um
trabalhador com a máquina impregnada pelo
fluido pode causar uma dermatite, se o tecido
da roupa não for impermeável ao fluido.
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Riscos Ocupacionais
• Os microorganismos contaminam as emulsões.
Dosagens fracas ou adições muito freqüentes
de biocidas, formam micróbios resistentes, e a
quantidade de biocida precisa ser aumentada
por não apresentar mais os mesmos resultados.
Entretanto, os biocidas não agem somente
sobre os microorganismos nas emulsões. A
população natural de bactérias nas mãos dos
operadores também é afetada negativamente,
deixado de formar a barreira protetora natural
da pele. As conseqüências são eczemas e o
aparecimento de fungos.
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Medidas preventivas à saúde
ocupacional
M E D ID A S D O T R A B A L H A D O R M E D ID A S D O E M P R E G A D O R

in f o rm a r a o s fu n c io n á rio s s o b re a s
n u n c a la v a r p a rte s d o c o rp o c o m
c o n d iç õ e s id e a is d e h ig ie n e e s e g u ra n ç a
flu id o s d e u s in a g e m
n o tra b a lh o

u s a r c re m e s p ro te to re s a p ro p ria d o s fo rn e c e r E P Is (e q u ip a m e n to s d e p ro te ç ã o
n a s m ã o s e a n te b ra ç o s , a n te s d e c a d a in d iv id u a l) c o n fo rm e in s tru ç õ e s fo rn e c id a s
tu rn o d e tra b a lh o p e lo fa b ric a n te d o flu id o

n ã o p e rm itir q u e s e u s fu n c io n á rio s
e v ita r c o n ta to s d e s n e c e s s á rio s c o m o s o p e re m m á q u in a s c o m in s ta la ç õ e s
p ro d u to s p re c á ria s d e m a n u te n ç ã o , e v ita n d o
d is s e m in a ç ã o d e c o n ta m in a n te s

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Medidas preventivas à saúde ocupacional

M E D ID A S D O T R A B A L H A D O R M E D ID A S D O E M P R E G A D O R

procurar imediatamente os
primeiros socorros quando
acontecerem cortes ou arranhões Manter atendimento de emergências
ou qualquer forma de distúrbio na
pele

lavar as mãos antes e depois de ir informar aos funcionários sobre as


ao banheiro, fazer refeições e ao condições ideais de higiene e
final da jornada de trabalho segurança no trabalho.

separar as roupas de trabalho dos


utensílios e vestuário de uso fora do fornecer instalações de lavagem
trabalho adequadas (higiene pessoal)

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Medidas preventivas à saúde ocupacional
MEDIDAS DO TRABALHADOR MEDIDAS DO EMPREGADOR

Não utilizar panos ou estopas


providenciar plataforma isolante e fixa
contaminadas com fluido para a
para o trabalhador frente à máquina;
limpeza das mãos- cavacos podem
lesionar as mãos

Evitar contaminação dos reservatórios providenciar um plano de manutenção


dos fluidos preventiva para cada máquina

Nunca usar os compartimentos com


manter o ambiente físico da empresa
fluido como local de descarte - tal
sempre limpo
como toco de cigarro, casca de frutas

Não retirar cavacos das máquinas com


proteger todas as máquinas, para
as mãos ainda que estejam protegidas
evitar desperdícios de fluido e
com luvas. Para fazê-lo se empregar
problemas aos operadores
ferramentas com cabo

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Efeitos nocivos do fluido de
usinagem ao meio ambiente

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Riscos Ambientais

• O óleo integral não é biodegradável.


• As emulsões e fluidos sintéticos possuem
uma gama diversificada de produtos
químicos em sua composição de difícil
tratamento e que, se lançados nos
recursos hídricos ou no solo, podem
provocar danos ao ecossistema e à
população.

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Riscos Ambientais

• Comprometimento do ar em decorrência dos


aerossóis e dos vapores gerados pelo contato
com superfícies quentes das peças e
ferramentas empregadas.
• O dano potencial, nesse sentido, varia em
função das propriedades físico-químicas do
fluido de usinagem (pressão e aquecimento, por
exemplo), da velocidade de rotação das peças
trabalhadas e do aquecimento das superfícies.

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Riscos Ambientais
• ÁGUA - Os fluidos de usinagem esgotados se
forem despejados na rede pública ou
diretamente em um corpo hídrico, retiram da
água o oxigênio dissolvido necessário à
manutenção da vida aquática e podem causar
mortandade à vida aquática.
• Toxicidade elevada, devido às substâncias
químicas presentes em sua composição e a
outras substâncias e compostos que se formam
durante o uso.

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Riscos Ambientais
• Os fluidos oleosos possuem ainda o
agravante de dificultar o intercâmbio de
oxigênio com a atmosfera

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Tipos de poluentes originados nas
operações de usinagem de metais

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Tipos de poluentes originados nas
operações de usinagem de metais

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Tipos de poluentes originados nas
operações de usinagem de metais

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Causas e origens dos problemas
ambientais associados ao uso de fluidos
de usinagem

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Causas e origens dos problemas
ambientais associados ao uso de fluidos
de usinagem

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Causas e origens dos problemas
ambientais associados ao uso de fluidos
de usinagem

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Gerenciamento do Fluido de
Usinagem Esgotado

TRANSPORTE DO FLUIDO DE USINAGEM


ESGOTADO
• Os fluidos de uso industrial podem ser
perigosos durante o transporte, pelo risco de
acidente com prejuízo ao meio ambiente. Para
reduzir os efeitos de acidentes ambientais existe
legislação que determina a capacitação da
transportadora e do transportador para realizar
este transporte com segurança .

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Transporte TERRESTRE

• Portaria MT 204/97 - regulamentada


• RESOLUÇÃO ANTT N.º 420, de 12 de fevereiro de
2004 - aprova as Instruções Complementares ao
Regulamento do Transporte Terrestre de
Produtos Perigosos.
• A responsabilidade pela classificação do
produto perigoso para o transporte, deve ser
feita pelo seu fabricante ou expedidor, orientado
pelo fabricante, tomando como base as
características físico-químicas do produto.

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Empresas coletoras

• O transporte de fluidos esgotados é uma


atividade com potencial de risco e
somente poderá ser realizada por
empresa devidamente licenciada para
este fim.

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Fluido de usinagem integral
Os fluidos de usinagem integrais, quando mantidos
livres de contaminantes, podem ser usados
indefinidamente. Porém, o acúmulo de
contaminação provoca a deterioração dos aditivos e
das propriedades dos fluidos integrais, contribuindo
para abreviar a vida útil. Em geral, nas reciclagens
dos fluidos integrais retiram-se os contaminantes e
substitui-se algum aditivo que foi degradado e o
fluido recuperado pode então voltar a ser utilizado.

Quando não for viável a reciclagem ou a


reutilização, o fluido deve ser enviado para
rerrefino. CONAMA 362/2005

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Emulsões e soluções

Os fluidos sintéticos (soluções)


esgotados não são tratáveis por métodos
convencionais pois não são
biodegradáveis.
No entanto, estes fluidos se esgotam
principalmente devido à contaminação por
óleos, transformando a solução original
em emulsão, cuja fase oleosa pode ser
separada e reciclada.

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TRATAMENTO DE RESÍDUOS

Rerrefino

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Disposição final
• Mesmo após a implantação de todas as
medidas preventivas, restará, ainda, uma parte
do fluido esgotado que deverá ser eliminada
mediante procedimentos que reduzam qualquer
impacto negativo sobre o meio ambiente. Cabe
ao gerador garantir o correto armazenamento
deste fluido residual, armazenando em
tambores ou pequenos depósitos,
convenientemente etiquetados, até o momento
de sua retirada, de maneira que não ocorra a
mistura com restos de óleos usados ou outros
tipos de produtos.

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Valorização e destinação dos
resíduos de usinagem de
metais

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Valorização e destinação dos
resíduos de usinagem de
metais

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Valorização e destinação dos
resíduos de usinagem de
metais

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GERENCIAMENTO DOS
RESÍDUOS

FLUIDOS
ESGOTADOS

CAVACOS
CONTAMINADOS

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PmaisL
• Aplicação contínua de uma estratégia
ambiental preventiva e é aplicável aos
processos de usinagem, conciliando a
atividade econômica com a preservação
ambiental.

Os caminhos que direcionam o processo de


usinagem à PmaisL são basicamente dois:
• aumento da vida dos fluidos de usinagem
• introdução de novas tecnologias (que não
utilizam ou utilizam pouco fluido).
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PmaisL

• O aumento da vida útil dos fluidos é a


medida mais eficaz para reduzir a
geração de resíduos.

• Para isso, existem medidas que podem


ser adotadas

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PmaisL - FLUXOGRAMA QUALITATIVO

ENTRADAS Matérias-Primas SAÍDAS

Efluentes
Água Etapa 1 Substâncias
METODOLOGIA

Processo Produtivo

Emissões
Energia Etapa 2
Calor Residual

Etapa 3 Resíduos Sólidos


Produtos Auxiliares

Produtos usinados
Produtos

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BALANÇO DE MASSA - PmaisL

PRIORIZAR OS PROCESSOS DE MAIOR IMPACTO

ENTRADAS SAIDAS

QUANTO? QUANTO?

PRODUTO
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ESTUDO VIABILIDADE

AVALIAÇAO
AMBIENTAL ANTES DEPOIS RESULTADO

AVALIAÇAO
FINANCEIRA CUSTO

OPORTUNIDADE DE
MELHORIA INVESTIMENTO ANTES DEPOIS RESULTADO

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PmaisL – Parâmetros de
controle

Controle analítico do Fluido de usinagem


PARÂMETROS DE CONTROLE
• Óleos contaminantes procedentes de fugas de sistemas hidráulicos
e de lubrificação de peças e máquinas.
• Partículas sólidas metálicas oriundas do processo (carepas,
limalhas, cavacos)
• Resíduos contaminados (panos, plásticos)
• Controle da qualidade dos fluidos em geral
• Contaminação por microorganismos (bactérias e os fungos)
• Arrastes de fluidos de usinagem através dos cavacos
• Derrames acidentais

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Parâmetros de controle no fluido de
usinagem
MEDIDAS
PARÂMETRO
Implantação de plano de manutenção do
sistema
manutenção preventiva e emprego de
Óleos
contaminantes de juntas ótimas que reduzam fugas

fugas de emprego do mesmo óleo base para a


contaminantes
sistemas
entes de fugas de
formulação de fluidos de usinagem,

ashidráulicos
hidráulicos e de
sistemas hidráulicos e engraxe
ação de peças e máquinas instalação de decantadores ou centrífugas
para a separação dos óleos
contaminantes

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Parâmetros de controle no fluido de
usinagem

M E D ID A S
PARÂM ETRO

Instalação de sistema de filtração eficiente - filtros


Partículas sólidas
de não-tecido de polipropileno (no-woven), de
metálicas oriundas do
papel, peneiras
processo
Decantação
(carepas, limalhas,
Centrífugas
cavacos)
Separadores magnéticos

Resíduos contaminados
Capacitação dos funcionários
(panos, plásticos)

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Parâmetros de controle no fluido de
usinagem
M E D ID A S
P A R Â M E TR O

pH deve manter-se alcalino (conforme orientação do


fornecedor)
óleos estranhos: é necessário detectá-los para evitar
um aumento na velocidade de degradação do fluido
teste de corrosão: permite valorizar o poder corrosivo
e da qualidade dos do fluido
Controle da
em geral
qualidade cloretos: este ensaio controla a corrosão e instabilidade
da emulsão
sólidos em suspensão: controla o nível de sólidos para
proteger a ferramenta e não interferir no acabamento
da peça

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pH

Estabilidade
microbiologica

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Parâmetros de controle no fluido de
usinagem
PARÂMETRO MEDIDAS
Dureza - um certo grau de dureza evita a formação
de espumas. Uma água com uma dureza muito alta
pode desestabilizar a emulsão
Sais dissolvidos - controle de sulfatos e cloretos

Parâmetros de Sólidos - devem ser menores que 500 mg/L


Microorganismos - para evitar a proliferação de
controle dos
fungos e bactérias, não devem exceder a 10/mL

fluidos aquosos Água de reposição - água deionizada para evitar a


contínua acumulação de íons de cálcio, cloretos,
nitratos e metais pesados, que incidem
negativamente na estabilidade dos fluidos.
Utilização de água com baixo grau de dureza

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Parâmetros de controle no fluido de
usinagem
M E D ID A S
P A R Â M E TR O

contaminação por limpeza geral e a utilização de biocidas


microorganismos (bactérias Sistema eficiente de filtragem
Aeração do fluido utilizado
e os fungos) Controle da temperatura externa

Otimizar as dimensões da peça a ser usinada para

arrastes de fluidos de que a quantidade de material a ser retirada seja


mínima
usinagem Implantar sistema de drenagem de fluido aderido

nos cavacos

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Parâmetros de controle no fluido de
usinagem

MEDIDAS
PARÂMETRO

Plano Informativo para operadores de máquinas de


usinagem
Formação de pessoal

Derrames Conscientização através de palestras e cursos


Derramamentos e respingos produzidos no
processo de mecanizado podem ser eliminados
mediante instalação de uma tela protetora

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PmaisL

Recirculação do Fluido
• A recirculação adequada prolonga a vida útil
dos fluidos de usinagem.
• No caso dos fluidos integrais, facilita a sua
reutilização e, para os fluidos à base de água,
reduz as necessidades de descarte e
disposição. A recirculação deve ser adequada
aos tipos de fluido e às necessidades das
operações de usinagem.

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PmaisL

• Elementos sólidos podem contaminar o


fluido de usinagem, havendo a
necessidade de selecionar filtros e
sistemas de separação que reduzam a
quantidade de substâncias indesejáveis

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Recirculação do fluido

• O controle da qualidade da água e a correta


limpeza das máquinas são importantes na vida útil
do fluido de usinagem.
No concentrado, não há a presença de
microorganismos, a contaminação dos fluidos se dá
por agentes externos. As bactérias se aninham na
emulsão, trazidas especialmente pela água de
preparação.
A utilização de água isenta de contaminantes e a
correta diluição dos concentrados em água contribui
para o melhor desempenho dos fluidos de
usinagem.
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Recirculação do Fluido

• O controle do desgaste dos constituintes pelo


arraste do cavaco pode ser realizado pelo
monitoramento da concentração. A prevenção
do crescimento de microrganismos nas
soluções ou emulsões é realizada através do
controle do pH do fluido.
• A permanência do pH entre 8,5 e 9,0 dificulta o
desenvolvimento das bactérias prejudiciais ao
fluido de usinagem.

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principais problemas que podem ocorrer
durante o controle das condições ideais do
fluido de usinagem no sistema de
recirculação

9 -contato dos fluidos de usinagem com óleos lubrificantes


de componentes das máquinas-ferramentas;
9 - sedimentação de limalha e demais impurezas no fundo
do sistema;
9 -acúmulo de borras de óleo nas paredes do sistema;
9 - bomba com mal funcionamento;
9 - falta de aeração;
9 - processo ineficiente de limpeza do sistema;
9 -reposição de fluidos de usinagem em sistemas
contaminados por bactérias.

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Introdução de novas
tecnologias

• A introdução de novas tecnologias em


operações de usinagem de metais em
substituição às tecnologias clássicas pode
contribuir para a redução do impacto
ambiental causado pelos fluidos
esgotados

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Introdução de novas
tecnologias

• Três fatores devem ser analisados


inicialmente para tomada de decisão
quanto a aplicação de novas tecnologias
em operações de usinagem:
• Tipo de material a ser usinado
• Tipo de ferramenta de corte utilizada
• Tipo de operação a ser executada

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Método de mínima quantidade de fluido
MQF

MQF - O método da
Mínima Quantidade de
Fluido é um estágio que
está entre a
usinagem com
refrigeração e a
absolutamente
sem refrigeração.
Significa que somente
uma pequena gota de
óleo é lançada na área
de corte para produzir
um pequeno filme de
lubrificante protetivo.
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Usinagem a Seco

A usinagem a seco se apresenta como a


melhor alternativa para resolver os
problemas causados pelos fluidos de
corte, porém a usinagem a seco não
consiste em simplesmente interromper a
alimentação de fluido de corte de um
determinado processo, mas sim exige uma
adaptação compatível de todos os fatores
influentes neste processo

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Método de usinagem a seco

Pistola Automática de Ar
Produz um jato constante de
ar para a ferramenta de corte
que afasta os cavacos
durante a usinagem a seco.
A pistola de ar pode ser
programada para funcionar
durante a rotação do fuso ou
no final de um ciclo.

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Substituição do Processo

• Para os casos em que um determinado


processo não permita o emprego das
alternativas anteriores, uma solução
extrema é substituir o processo em
questão por um ou mais processos
alternativos que consigam os mesmos
resultados que o processo original.
• Esta solução exige por parte do usuário a
disposição para avaliar os processos
utilizados e aceitar o risco de tentar novas
formas de produção.
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OPORTUNIDADES DE
MELHORIAS

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GESTÃO
DE
FLUIDOS DE USINAGEM
MARIA JULIETA ESPINDOLA BIERMANN
mjulieta@terra.com.br
Cel 51 9982 6006
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MONITORAMENTO

• PESQUISA PARA MONITORAMENTO


DO PROJETO.

• Recebido pelo e-mail indicado na


inscrição.

• Solicita-se o preenchimento e retorno.

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