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MODELO

GEORREFERENCIADO
PRELIMINAR PARA O
POTENCIAL TÉCNICO DE
ENERGIA HELIOTÉRMICA
NO BRASIL
MANUAL
Este estudo foi elaborado no âmbito
do Projeto Energia Heliotérmica,
gerido através do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação
(MCTI) e da Gesellschaft für Interna-
tionale Zusammenarbeit
(GIZ) GmbH. O Projeto Energia
Heliotérmica tem o objetivo de
estabelecer os pré-requisitos para
a aplicação e disseminação da
Geração Heliotérmica no Brasil.

Ministério da
Publicado por:
Projeto Energia Heliotérmica

Contato GIZ: Contato MCTI:


Deutsche Gesellschaft für Internationale Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Zusammenarbeit (GIZ) GmbH Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação
SCN Quadra 1 Bloco C Sala 1402 Coordenação-Geral de Tecnologias Setoriais
Ed. Brasília Trade Center Esplanada dos Ministérios Bloco E Sala 382
70711-902 Brasília - DF, Brasil 70067-900 Brasília - DF, Brasil
T +55 (61) 3963-7524 T +55 (61) 2033-7800/7817/7867

Autor:
Dipl.-Geogr. Wolfram Johannes Lange

Coordenação do projeto:
Eduardo Soriano Lousada (MCTI), Torsten Schwab (GIZ)
Editor:
Florian Remann (GIZ), Ute Barbara Thiermann (GIZ)
Design:
Barbara Miranda

Junho 2014

Este estudo foi elaborado pelo Projeto Energia Heliotérmica que atua no âmbito
da Iniciativa Alemã de Tecnologias Limpas em Energia Solar Heliotérmica (DKTI-
CSP: Deutsche Klima- und Technologieinitiative – Concentrating Solar Power). O
projeto é gerido através do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e
da Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH e tem o objetivo
de estabelecer os pré-requisitos para a aplicação e disseminação da Geração
Heliotérmica no Brasil.
MODELO
GEORREFERENCIADO
PRELIMINAR PARA O
POTENCIAL TÉCNICO DE
ENERGIA HELIOTÉRMICA
NO BRASIL
MANUAL

Ministério da
ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO 8
2 FONTE DE DADOS 9
3 PREPARAÇÃO DOS DADOS 10
3.1 PRÉ-PROCESSAMENTO PARA CAMADAS ESPECÍFICAS  10
3.1.1 DNI  10
3.1.2 Relevo 10
3.1.3 Rodovias  10
3.2 PRÉ-PROCESSAMENTO PARA TODAS AS CAMADAS  11
3.2.1 Padronização da referência espacial  11
3.2.2 Padronização da extensão  11
3.3 A ESTRUTURA DA BASE DE DADOS  11

4 O MODELO PRELIMINAR  13
4.1 FERRAMENTAS GERAIS  15
4.2 MODELO 1  17
4.3 MODELO 2  18
4.4 MODELO 3  19


TABELAS
Tabela 1: Bases de dados preliminar  9

FIGURAS
Figura 1: Estrutura da base de dados  12

Figura 2: Modelo 1 no modo de execução direta  13

Figura 3: Modo de edição do modelo 1  14

Figura 4: A ferramenta “Buffer”  15

Figura 5: A ferramenta “Reclassify” com os parâmetros para reclassificar a


camada da declividade  16

Figura 6: O “Raster Calculator” com os parâmetros do modelo 1  17

Figura 7: A ferramenta “Weighted Sum” com os parâmetros do modelo 2  18

Figura 8: A ferramenta “Multiple Ring Buffer” com os parâmetros usados


no modelo 3 para a camada das rodovias  19

Figura 9: A ferramenta “Weighted Overlay” como usada no modelo 3  20


1 INTRODUÇÃO

Esse manual serve para detalhar tecnicamente o


modelo preliminar de localização de potenciais áre-
as para uma planta HLT baseando-se em “Modelo
Preliminar - Método de análise SIG para identifica-
ção de potenciais locais com o objetivo de implan-
tar tecnologia de concentração solar de geração
elétrica – ou geração heliotérmica (HLT)”. Primeiro
vão ser listados os dados usados no modelo preli-
minar inclusive a fonte e onde baixar esses dados.
Segundo, os passos para a preparação dos dados
antes de ser usado na análise são descritos e algu-
mas das ferramentas usadas apresentadas. O mode-
lo preliminar e suas três versões são apresentados
em seguida. Essa parte do manual entra em detalhe
como usar o modelo e como alterar os parâmetros
usados nos passos da análise usando o model buil-
der do ArcGIS. Por último, o procedimento e consi-
derações gerais para a montagem de um modelo de
análise espacial dentro do model builder do ArcGIS
são apresentados.

8
2 FONTE DE DADOS

Os dados usados no modelo preliminar são todos


acessíveis gratuitamente pela internet onde são for-
necidas por instituições renomeadas do nível nacio-
nal e internacional.

Tabela 1: Bases de dados preliminar


Camada Fonte Ano de Link
referência
Radiação solar direta INPE & LABSOLAR: 2009 http://en.openei.org/wiki/SWERA/Data
normal (DNI) SWERA/Atlas brasileiro de
energia solar

Unidades de MMA - http://mapas.mma.gov.br/i3geo/datadownload.htm


Conservação

Terras Indígenas MMA 2010 http://mapas.mma.gov.br/i3geo/datadownload.htm


Florestas Públicas MMA http://mapas.mma.gov.br/i3geo/datadownload.htm

Área edificada IBGE: Base Cartográfica 2000 http://downloads.ibge.gov.br/downloads_geocien-


Contínua do Brasil ao cias.htm
Milionésimo
Água IBGE: Base Cartográfica 2000 http://downloads.ibge.gov.br/downloads_geocien-
Contínua do Brasil ao cias.htm
Milionésimo
Sítios geológicos MMA - http://mapas.mma.gov.br/i3geo/datadownload.htm
Geoparques MMA - http://mapas.mma.gov.br/i3geo/datadownload.htm
Relevo (elevação) Shuttle Radar Topography 2000 http://www.ecologia.ufrgs.br/labgeo/index.php?op-
Mission (SRTM) tion=com_content&view=article&id=51:geotiff&-
catid=9:noticias
Rodovias IBGE: Base Cartográfica 2013 http://downloads.ibge.gov.br/downloads_geocien-
Contínua do Brasil cias.htm
Linhas de transmissão ANEEL: Sistema de 2012 http://sigel.aneel.gov.br/sigel.html
Informações Georreferen-
ciadas do Setor Elétrico
(SIGEL)
Unidades da IBGE 2013 http://downloads.ibge.gov.br/downloads_geocien-
federação (estados) cias.htm

9
3 PREPARAÇÃO DOS DADOS

Em seguida os passos principais para a preparação 3.1.2 Relevo


dos dados antes da inclusão no modelo são apresen-
tados. Esses passos são necessários para criar uma Como os dados são disponibilizados por estado em
base de dados em que todas as camadas têm a mes- formato raster (matriz espacial com resolução de
ma referência espacial (projeção e sistema de coor- 90 metros), as camadas de todos os estados foram
denadas) e extensão já que os dados originais em juntadas para criar uma camada só da elevação do
alguns casos não são projetados geograficamente. Brasil inteiro. A ferramenta “Mosaic” em Toolbox =>
Data Management Tools => Raster => Raster Dataset
foi usada para realizar a tarefa:
3.1 PRÉ-PROCESSAMENTO http://resources.arcgis.com/en/help/main/10.2/index.
PARA CAMADAS ESPECÍFICAS html#/Mosaic/001700000097000000/

Antes de alguns procedimentos que são necessá- Já que o fator de entrada para a análise é a declivi-
rios para todas as camadas, os dados sobre a radia- dade do terreno ela foi calculada já na fase de pré-
ção direta normal, do relevo e das rodovias tem que -processamento usando a ferramenta “Slope” em To-
preparar de forma diferenciada para melhor serem olbox => Spatial Analyst Tools => Surface:
usados depois. http://resources.arcgis.com/en/help/main/10.2/in-
dex.html#/Slope/009z000000v2000000/
3.1.1 DNI
3.1.3 Rodovias
Os dados de radiação direta normal do projeto
SWERA são disponibilizados no valor de Wh/m²/dia Essa camada contem as rodovias em pequenos
agrupados por média mensal, sazonal ou anual e pedaços de linhas o que dificulta o cálculo da área
em células de uma matriz espacial com resolução de de distância até as rodovias (buffer) em termos de
10km. Para gerar a camada de entrada para o mo- tempo de processamento. Para agilizar esse proces-
delo de análises foi calculado o valor anual total em so todos os pedaços que formam as rodovias foram
kWh/m²/ano multiplicando a média de cada mês juntados para criar um elemento gráfico (objeto na
pelo número de dias por mês dividido por mil. Esse terminologia SIG) que representa todas as rodovias.
cálculo foi executado dentro da tabela de atributos.
Os passos aplicados são:
Depois do cálculo da radiação no valor adequado • Crie uma cópia dos dados e adicione no
essa camada vetorial foi convertida em uma cama- ArcMap
da do tipo raster (matriz). Para esse processo foi • Selecione todos os elementos das rodovias usan-
utilizada a ferramenta “Polygon to Raster” que se en- do a ferramenta “Select features” , por exemplo.
contra na Toolbox => Conversion Tools => To Raster: • Na barra de ferramentas (toolbar) do Editor ini-
http://resources.arcgis.com/en/help/main/10.2/in- cie uma sessão de edição e em seguida clique em
dex.html#//001200000030000000 Merge para juntar todos os segmentos de rodo-
vias em um objeto só. Quando perguntado de
A resolução do raster foi importado por uma das ca- qual segmento que deixar os atributos, selecione
madas do relevo que tem uma resolução de 90 metros. qualquer um. Note: Depois do Merge os atributos
não tem mais significado.

10
Esse procedimento pode demorar bastante tempo. http://resources.arcgis.com/en/help/main/10.2/in-
Se a análise vai ser executada em uma área especí- dex.html#//000800000004000000
fica, o recorte anterior a essa área de estudo pode
facilitar esses processos. Para recortar os dados matriciais à grande região
do Nordeste a ferramenta “Extract by Mask” foi usa-
da que se encontra na Toolbox em Spatial Analyst
3.2 PRÉ-PROCESSAMENTO Tools => Extraction: http://resources.arcgis.com/
PARA TODAS AS CAMADAS en/help/main/10.2/index.html#/Extract_by_Mask/
009z0000002n000000
3.2.1 Padronização da referência
espacial
3.3 A ESTRUTURA DA BASE
Todos os dados foram projetados à referência espa- DE DADOS
cial “South America Albers Equal Area Conic” que foi
selecionada devido ao tamanho do Brasil e por me- A fase de preparação dos dados gerou uma estru-
lhor manter a área, critério essencial para a análise. tura de pastas e dados que é descrita em seguida.
Dentro da pasta do projeto de análise espacial HLT
Para alterar a referência espacial dos dados ve- (“_EPE_GIZ_CSP” na figura 1 ou simplesmente “HLT”
toriais foi usada a ferramenta “Project” que se no curso) tem quatro pastas além da Toolbox que
encontra em Toolbox => Data Management To- contem os modelos de análise. Essas pastas contêm
ols => Projections and Transformations: http://re- os dados originais e os dados preparados para a aná-
sources.arcgis.com/en/help/main/10.2/index.ht- lise em três recortes: Brasil, Nordeste e Pernambuco.
ml#//00170000007m000000
Dentro de cada pasta dos dados preparados por
Para alterar a referência espacial dos dados matri- recorte territorial tem pastas que agrupam as ca-
ciais foi usada a ferramenta “Project Raster” que se madas tematicamente em dados sobre água, áreas
encontra em Toolbox => Data Management Tools protegidas, infraestrutura, radiação, relevo (SRTM) e
=> Projections and Transformations => Raster: http:// de restrição pelo uso do solo. Além dessas camadas
resources.arcgis.com/en/help/main/10.2/index.ht- tem uma pasta nomeada “Análise” que vai conter
ml#//00170000007q000000 dados temporários (“Temp”) e dados de testes. Os
nomes das camadas refletem intuitivamente o seu
3.2.2 Padronização da extensão conteúdo e o final do nome indica que a camada é
projetada à devida referência espacial.
Para os estudos de caso do Nordeste foi criada uma
camada com a delimitação desta grande região
brasileira à base da malha dos estados brasileiros e
depois todos os dados foram recortados à extensão
dessa região.

Para o caso dos dados vetoriais foi usada a ferra-


menta “Clip” que se encontra no ArcMap ou no Arc-
Catalog no menu “Geoprocessing” ou na Toolbox em
Analysis Tools => Extract:

11
Figura 1: Estrutura da base de dados

12
4 O MODELO PRELIMINAR

Em vez de executar cada ferramenta do processo de Existem dois modos como exibir e executar um mo-
análise um por um, existe um aplicativo no ArcGIS delo feito com o Model Builder. Para abrir um mode-
que facilita muito a criação, edição e gestão de um lo de análise do Model Builder no modo de execução
modelo de análise, o Model Builder: direta, clique duas vezes no modelo dentro de uma
Toolbox. Todos os parâmetros que foram definidos
http://resources.arcgis.com/en/help/main/10.2/in- para aparecer nesse modo vão estar visíveis. Isso
dex.html#//002w00000001000000 pode ser tanto a definição de dados de entrada e
saída quanto parâmetros de ferramentas como
No Model Builder os vários passos da análise podem a distância aplicada no cálculo de um buffer. Esse
ser colocados graficamente em sequência e execu- modo facilita a execução do modelo e alteração de
tado todos em uma vez só ou separadamente. Além parâmetros para usuários menos experientes por
da visualização gráfica, a vantagem é de poder alterar esconder do usuário todos os passos da análise, mas
algum parâmetro e rodar a análise toda depois assim deixa certo controle sobre alguns parâmetros. Figu-
facilitando testes com parâmetros diferentes. A gestão ra 2 visualiza a interface para o modelo 1.
dos dados temporários e a troca de dados de entrada
do modelo de análise também fica bem mais fácil.

Figura 2: Modelo 1 no modo de execução direta

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Para abrir um modelo de análise feito com o Model Para as funções na barra de ferramentas do Model
Builder no modo de edição clique direito no modelo Builder, vê em:
dentro da Toolbox e clique em “Edit...”. Nesse modo
os elementos visíveis representam o seguinte: http://resources.arcgis.com/en/help/main/10.2/
• Retângulo azul escuro: Camada de entrada index.html#/A_quick_tour_of_ModelBuil-
• Retângulo azul claro: Critério ou parâmetro de der/002w00000028000000/
análise (pode ser definido pelo usuário)
• Retângulo amarelo: Ferramenta de análise
• Retângulo verde: Camada resultante de um pro-
cesso de análise
• As setas são conectores e sinalizam
• O “P” sinaliza que esse parâmetro aparece no
modo de execução direta

Distância até
a rodovia

Rodovias P Rodovias_ Feature to rodov_ Reclassify Rodov_cl


Ual_NE.shp Buffer (3) Buffer.shp Raster (2) buff (4)

Distância até
linha de
Buffer (4) Linhas Feature to LM_buff Reclassify lm_buff_cl
Transmissão_ Raster (3) (5)
zee_linhas_ Buffer.shp
transmissao.
shp P
A r e a _
EdificaNa_
NE.shp

M a s s a _ HTL_
D A g e a _ suma_
ME.shp poad

P
Te r r a s _
ladfgemeas
2010_NE.shp
P
Distância P
até sítios Florestas_ Geoparques_ Feature to Weighted
Públicas_ Merge Estrito Reclassify estrito_cl
Buffer (2) B u f f e r _ Raster Sum
NE.shp Merge.shp
S i t i o s _
Geológicos_ S í t i o s _ Declividade
P
NE.shp Geológicos_
P máxima
Buffer.shp Reclassify
P P (3) decliv_cl
Distância até P
UCs_Todas_ decliv_ne
o geoparque
NE_prj.shp
Buffer
Radiação P
Geoparques_ Geoparque_ mínima Reclassify
NE.shp Buffer.shp dal_cl
P (2)
dal_ne
P

Figura 3: Modo de edição do modelo 1

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4.1 FERRAMENTAS GERAIS ferramenta que se encontra na Toolbox em Analysis
Tools => Proximity tem, além da definição da cama
Até chegar ao último passo que cruza as cinco ca- da de entrada e saída, os seguintes parâmetros defi-
madas principais (distância até as rodovias, distân- nidos (ver exemplo da figura 4):
cia até as linhas de transmissão, áreas de uso do solo
e demais áreas de restrição, declividade e radiação • Distance: A distância do raio a ser aplicado.
adequada) os três modelos usam várias ferramentas Nota: Um parâmetro aparece em cinza quando ele
em comum. está controlado com a elipse azul claro.
• Side Type: “FULL” para ter o buffer calculado para
Buffer os dois lados da linha.
• End Type: “ROUND”para ter o buffer calculado em
Às camadas das rodovias, linhas de transmissão forma de meio círculo no final de uma linha.
além dos sítios geológicos e geoparques um raio • Dissolve Type: “ALL” para ter um objeto só para
definido é aplicado (Buffer) para definir e criar a todos os buffers em vez de ter um objeto só para
área adequada (rodovias e linhas de transmissão) e cada pedaço de linha.
inadequadas (sítios geológicos e geoparques). Essa

Figura 4: A ferramenta “Buffer”

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Merge convertidas em camadas do tipo raster (matriz). A
ferramenta usada se chama “Features to Raster” e
A ferramenta “Merge” é usada para juntar todas as se encontra na Toolbox em Conversion Tools => To
camadas que representam alguma ocupação ou Raster. Além da camada de entrada e saída, nessa
uso do solo, inclusive as unidades de conservação ferramenta tem que definir o campo da tabela de
e terras indígenas, que restringe a localização de atributos que contem o valor que vai ser atribuído
uma planta HLT. Essa ferramenta se encontra na To- ao pixel do raster da camada de saída (depende da
olbox em Data Management Tools => General. Além camada, mas no próximo passo esse valor vai ser al-
da definição das camadas de entrada e da camada terado de qualquer forma) e a resolução do raster. O
de saída, o usuário pode eliminar atributos que a valor dessa cell size pode ser importado pelo mode-
camada de saída vai conter. Como padrão a saída lo digital de elevação (SRTM) que tem o valor a ser
vai conter todos os atributos de todas as camadas a usado nesse modelo de análise.
serem juntadas, mas para não sobrecarregar a tabe-
la da camada de saída recomenda-se apagar os que Reclassify
não vão ser usados mais nos passos depois.
No último passo antes do cruzamento das camadas,
Features to Raster elas vão ser reclassificadas para que o valor do pixel
(célula do raster) seja 1 no caso da área ser adequa-
Depois as camadas dos buffers das rodovias e das da ou 0 se a área for inadequada. A ferramenta “Re-
linhas de transmissão além da camada com as áre- classify” que é usada para essa tarefa se encontra na
as restritas pelo uso e ocupação do solo vão ser Toolbox em Spatial Analyst Tools => Reclass.

Figura 5: A ferramenta “Reclassify” com os parâmetros para reclassificar a camada da declividade

16
Figura 5 mostra essa ferramenta com os parâmetros 4.2 MODELO 1
para reclassificar a camada da declividade. Além da
definição das camadas de entrada e saída tem que No modelo 1 de análise s camadas classificadas em
definir qual é o valor a ser usado para a reclassifica- 1 e 0 são cruzadas simplesmente multiplicando elas.
ção (só tem um valor no caso de uma camada com A ferramenta usada se chama “Raster Calculator” e
valores contínuos) e quais vão ser os valores novos se encontra na Toolbox em Spatial Analyst Tools
para a classe dos valores antigos. Para a melhor de- => Map Algebra. As cinco camadas reclassificadas
finição disso recomenda-se clicar em “Classify” onde são adicionadas clicando nelas duas vezes na área
os números de classes e os Break Values podem ser “Layers and variables”. Entre elas tem que adicionar o
definidos com mais facilidade. símbolo “*”usando ou o teclado ou clicando na par-
te com as funções matemáticas (figura 6).

Figura 6: O “Raster Calculator” com os parâmetros do modelo 1

17
4.3 MODELO 2

No modelo 2 as camadas reclassificadas são soma- O modelo 2_2 na Toolbox dos modelos de análise
das o que cria na camada de saída um raster com para Pernambuco usa vários buffers usando uma
valores entre 0 (sem adequação nenhuma) e cinco ferramenta também usada no modelo 3 a ser expli-
(adequação total). A ferramenta usada se chama cado em seguida.
“Weighted Sum” e se encontra na Toolbox em Spatial
Analyst Tools => Overlay. Depois de adicionar as cin-
co camadas de entrada um peso de 1 é atribuído a
cada camada, mas também podem ser dados outros
pesos para criar uma análise ponderada (figura 7).

Figura 7: A ferramenta “Weighted Sum” com os parâmetros do modelo 2

18
4.4 MODELO 3 A ferramenta usada se chama “Weighted Overlay” e
se encontra na Toolbox em Spatial Analyst Tools =>
O modelo 3 se diferencia dos modelos 1 e 2 em al- Overlay. Diferentemente do que no caso dos mode-
guns aspectos antes do cruzamento das camadas. los 1 e 2 nessa ferramenta cada buffer recebe um va-
Esse modelo não usa uma distância em volta de lor entre 1 e 9. Como a declividade e a radiação foi
várias camadas para poder diferenciar mais esses classificada em várias classes essas classes também
fatores. A ferramenta usada se chama “Multiple Ring recebem um valor entre 1 e 9 para a melhor diferen-
Buffer” e se encontra na Toolbox em Analysis Tools ciação do critério. As classes querepresentam uma
=> Proximity. Nessa ferramenta, em vez de definir restrição total são definidas como “restricted” e vão
uma distância só para o buffer, várias distâncias po- receber um valor do pixel “NoData” na camada de
dem ser definidas criando vários raios em torno dos saída. Além dessa diferenciação com classes dentro
objetos da camada (figura 8). da camada, cada camada ganha um peso “% influen-
ce” que varia de 0 a 100 e soma o valor total de 100%
de influência no resultado da análise.

Figura 8: A ferramenta “Multiple Ring Buffer” com os parâmetros usados no modelo 3 para a camada das rodovias

19
Figura 9: A ferramenta “Weighted Overlay” como usada no modelo 3

Devido às características da ferramenta “Weighted


Overlay” as camadas (com exceção da declividade e
radiação) não precisam ser reclassificadas porque os
valores do raster depois da conversão podem ser usa-
das diretamente na ferramenta.

20
Ministério da

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