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Uso racional

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Como manejar a insônia em idosos:


riscos e benefícios
ISSN 1810-0791 Vol. 4, Nº 5
Brasília, abril de 2007 Lenita Wannmacher*

Resumo
Insônia é queixa comum que aumenta com a idade. Para seu
controle, usam-se intervenções não medicamentosas e me-
dicamentosas. As primeiras, segundo vários estudos, geram
resultados similares aos fármacos sedativos. No entanto,
de acordo com critérios mais restritos, somente terapia
de restrição de sono e terapia cognitivo-comportamental
com múltiplos componentes são realmente baseadas em
evidências. Têm a vantagem de não se associarem a eventos
adversos. Benzodiazepinas e novos agonistas de receptor
benzodiazepínico (zopiclona, zolpidem e zaleplona) não apre-
sentam diferenças clinicamente relevantes entre si, no que
se refere ao controle da insônia em idosos. Efeitos adversos
sérios nesta faixa etária constituem limitação ao tratamento
farmacológico. Antes de prescrever tais agentes, é preciso
fazer balanço entre benefício e risco.

Introdução
Não há definição única para insônia. Para alguns, As queixas em relação ao sono são comuns. Sua
significa dificuldade para conciliar o sono, para outros estimativa na população varia entre 10% e 38%2.
corresponde a não ter sono reparador. Terceiros Sedativos parecem ser usados em maior quantidade
pensam que “não dormem o suficiente”. A insônia por mulheres e idosos. Em coorte3 de mulheres
não é, pois, doença, mas sim queixa decorrente de entre 70-75 anos, com seguimento de três anos, a
várias causas, mais adequadamente descrita como dificuldade de sono foi queixa comum e persistente,
insatisfação com a quantidade ou a qualidade do estando fortemente associada ao uso de medica-
sono1,2. Logo, insônia pode ser primária (sem causa mentos para dormir. Ambos os comportamentos
definida) ou secundária a problemas orgânicos ou associaram-se negativamente com o estado de saú-
psicológicos. Classifica-se em temporária (por exem- de. Em idosos, as queixas de insônia correspondem
plo, em resposta à alteração do ritmo diurno após a mudanças na arquitetura do sono (consideradas
viagens aéreas intercontinentais) ou crônica1. normais no processo de envelhecimento) e ao apa-

*Lenita Wannmacher é professora de Farmacologia Clínica, aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atualmente da Universidade de Passo Fundo, RS.
Atua como consultora do Núcleo de Assistência Farmacêutica da ENSP/FIOCRUZ para a questão de seleção e uso racional de medicamentos. É membro do Comitê de
Especialistas em Seleção e Uso de Medicamentos Essenciais da OMS, Genebra, para o período 2005-2009. É autora de quatro livros de Farmacologia Clínica.

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recimento de problemas clínicos ou psiquiátricos Unido, em 2002, registraram-se seis milhões de
que afetam o dormir. No entanto, a redução do prescrições desses fármacos para manejo agudo de
tempo gasto em níveis profundos de sono (está- insônia2. Levantamento norte-americano8 mostrou
gios 3 e 4) e o aumento de número e duração de que benzodiazepinas são comumente prescritas
despertamentos durante a noite não importunam para tratamento inicial de insônia (42%) e ansiedade
a maioria dos idosos saudáveis que reconhecem e (36%) em idosos atendidos em serviços de atenção
aceitam que seu padrão de sono não será igual ao primária. Após dois meses, 30% dos participantes
observado na juventude4. usavam benzodiazepinas ao menos diariamente, com
melhora da qualidade do sono e dos sintomas de
Em idosos, a primeira consideração para decidir depressão. Apenas uma minoria desenvolveu padrão
sobre manejo de insônia é definir a causa do pro- de uso continuado, gerando preocupação quanto a
blema. Se a insônia é secundária a outra condição tolerância e dependência.
médica, o tratamento do problema subjacente é
imperativo. Se a insônia é primária, as alternativas Na última década, hipnóticos não-benzodiazepí-
de tratamento incluem medidas não-medicamen- nicos - zolpidem, zopiclona e zaleplona - foram
tosas e medicamentosas. Devido à ausência de introduzidos como alternativas por não apresen-
efeitos adversos, as primeiras devem ser sempre tarem os efeitos adversos associados às benzo-
consideradas antes da farmacoterapia5. Programas diazepinas, tais como tolerância, dependência
com intervenções não-medicamentosas reduzem física, sintomas de abstinência e diminuição de
custos individuais e comunitários na abordagem desempenho psicomotor 9. Em 2002, no Reino
da insônia primária ou coexistente com problemas Unido, houve quatro milhões de prescrições dos
mentais e físicos6. O uso de medicamentos é limi- três novos hipnóticos, tornando-se necessária a
tado pelos riscos associados5. avaliação de eficácia e custo-efetividade desses
fármacos versus os mais antigos2.

Intervenções Benzodiazepinas promovem a ligação de GABA,


não-medicamentosas neurotransmissor inibitório, ao receptor GABA
Com respeito à insônia crônica, medidas de con- A. Os hipnóticos não-benzodiazepínicos, apesar
trole de estímulos podem ajudar e devem ser in- das diferentes estruturas químicas, seriam ago-
centivadas nos idosos. Essas incluem: regularização nistas do sítio benzodiazepínico naquele receptor.
do horário para deitar, com restrição de cochilos As propriedades farmacológicas de todos eles
durante o dia; saída da cama se houver dificuldade compreendem sedação, redução da ansiedade,
para dormir, só retornando quando o sono se apre- amnésia, relaxamento muscular central e efeito
sentar; limitação da ingestão de cafeína e álcool à anticonvulsivante.
noite; redução da ingestão de líquidos e alimentos Esses fármacos estão indicados no manejo da insônia
durante a noite; quarto com temperatura adequada transitória. Faltam dados que justifiquem o uso dos
e suficiente silêncio; banhos quentes e massagem hipnóticos mais comuns (benzodiazepínicos) em
antes de dormir1. Ainda alguns tipos de abordagem insônia crônica7.
comportamental podem ser empregados, tais como
técnicas de relaxamento e exercícios moderados Nos idosos, há aumento do consumo de hipno-
durante o dia. Embora tais abordagens pareçam sedativos com a idade 10. Estima-se que mais de
promissoras, sua eficácia ainda não foi adequada- 30% do consumo por longo prazo seja feito por
mente investigada. No entanto, seu emprego deve idosos11. Seu uso se acompanha de riscos poten-
sempre preceder o uso de fármacos hipnóticos7. ciais, especialmente quedas12. Sedação exacerbada,
sedação diurna, confusão mental e incoordenação
motora podem contribuir para tal. Os idosos são
Intervenções
mais sensíveis a agentes que deprimem o sistema
medicamentosas
nervoso central, acentuando os efeitos para uma
Desde sua descoberta, benzodiazepinas passaram dada concentração plasmática. Assim podem surgir
a ser ampla e demasiadamente prescritas como prejuízos cognitivos, confusão, delírio, sintomas de
hipnóticos, sem demonstrarem diferenças significa- retirada e dependência, o que recomenda cautela
tivas entre os múltiplos representantes. No Reino nessa faixa etária10,11.

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Evidências no manejo Para verificar o número de sessões de terapia
cognitivo-comportamental mais adequado para a
da insônia em idosos obtenção de resultados favoráveis sobre a insônia
primária, ensaio clínico em paralelo17 randomizou
Medidas 86 adultos para receber uma (semana 1), duas (se-
não-medicamentosas manas 1 e 5), quatro (bi-semanais) e 8 (semanais)
sessões de terapia durante a fase tratamento (8
Revisão Cochrane de pequeno ensaio clínico13 (n = semanas) versus não-tratamento pelo mesmo pe-
43 participantes com insônia) que avaliou eficácia ríodo. Os pacientes foram acompanhados por seis
de exercício físico para insônia em adultos com meses. Critérios de melhora clinicamente signifi-
mais de 60 anos evidenciou melhora significativa cativa foram alcançados por 58,3% dos pacientes
de escores em escala de avaliação global da qua- submetidos a quatro sessões, comparativamente a
lidade do sono, diminuição da latência para início 43,8% dos que receberam uma sessão, 22,2% dos
do sono e aumento da duração total de sono. Os que assistiram a duas sessões, 35,3% dos atendidos
autores sugerem que exercícios, embora não se- em oito sessões e 9,1% dos pacientes da condição
jam apropriados para toda a população geriátrica, controle. Logo, a freqüência ótima para a obten-
podem contribuir para o tratamento de distúrbios ção de benefício em relação à insônia foi de duas
de sono. sessões bi-semanais por duas semanas.

Outra revisão Cochrane14 de seis ensaios clínicos Em outro ensaio clínico 18, 71 pacientes com in-
randomizados (n = 224) examinou a eficácia de sônia crônica foram randomizados para quatro
tratamentos cognitivo-comportamentais sobre os grupos: terapia cognitivo-comportamental, far-
problemas de insônia em pessoas com mais de 60 macoterapia, terapias combinadas e placebo. A
anos. O benefício sobre o sono foi considerado leve, fase de tratamento durou oito semanas e os pa-
principalmente em função da manutenção do efeito. cientes foram seguidos por três e oito meses. Os
Seriam necessárias sessões com certa periodicidade três tratamentos ativos superaram o placebo ao
para melhorar a durabilidade do efeito. término da fase tratamento. No terceiro mês de
seguimento, a terapia comportamental suplantou
Segundo metanálise15 de 21 estudos (n = 470),
os grupos que usaram farmacoterapia ou aborda-
terapia cognitivo-comportamental (controle de
estímulos e terapias de restrição do sono) não gem combinada em relação a vários parâmetros de
mostrou diferenças estatisticamente significativas sono. No oitavo mês, a terapia comportamental
em relação a farmacoterapia (benzodiazepinas manteve sua eficácia, enquanto os pacientes sob
e agonistas de receptor benzodiazepínico) para outras intervenções retornaram à condição pré-
tratamento agudo de insônia primária em idosos, tratamento. Assim, somente a terapia cognitivo-
exceto quanto à latência para o início do sono, em comportamental tem efeito de longo prazo sobre
que a terapia comportamental superou o efeito de a atividade psicológica relacionada ao sono e o
medicamentos. funcionamento diurno.

Ensaio clínico randomizado, duplo-cego e contro- Como alternativa, estudo piloto randomizado 19
lado por placebo16 comparou terapia cognitivo- testou terapia comportamental breve que consistiu
comportamental (higiene do sono, restrição do em sessão individual única, seguida de sessão de
sono, controle de estímulos, terapia cognitiva e reforço em duas semanas. Os 35 pacientes foram
relaxamento) com zopiclona no tratamento de cur- acompanhados até quatro semanas. Comparativa-
to e longo prazo de insônia crônica em 46 idosos. mente a intervenção controle (somente informa-
Para a maioria dos desfechos, zopiclona não diferiu ção), a terapia comportamental breve melhorou
do placebo. A terapia comportamental melhorou a significativamente a insônia e sintomas diurnos de
eficiência do sono (medida por polissonografia) de ansiedade e depressão, segundo os auto-relatos e
81,4% (pré-tratamento) para 90,1% em seis meses os diários de sono. A remissão dos sintomas em
de seguimento, comparativamente à diminuição quatro semanas ocorreu em nove participantes
de 82,3% para 81,9% no grupo de zopiclona. O (53%) da terapia breve e em três participantes
tempo total de sono foi similar nos três grupos. (17%) do grupo controle.

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Outra abordagem, comum em automedicação, é o de sono (tamanho do efeito= 0,14; P < 0,05),
uso de plantas sob forma de chás para tratamento aumento no tempo de sono (em média, 25,2
de insônia. Revisão sistemática20 de nove estudos minutos; P < 0,001) e diminuição no número de
controlados por placebo pesquisou os efeitos de despertares durante a noite (0,63; P < 0,001)
valeriana (Valeriana officinalis), comercializada quando o sedativo foi comparado a placebo.
como suplemento dietético, sobre a insônia em Eventos adversos foram mais comuns com os
idosos. Apenas em dois deles, valeriana foi usada sedativos versus placebo, particularmente cogni-
por mais de sete dias. Os resultados variaram entre tivos (4,78 vezes mais), psicomotores (2,61 vezes
os estudos. Em geral, diferenças significativas só mais) e fadiga diurna (3,82 vezes mais). A maioria
apareceram após administração prolongada. Dois desses eventos foi reversível e sem gravidade. A
estudos compararam valeriana a oxazepam para incidência de quedas e acidentes automobilísticos
tratamento de insônia, com seguimento de quatro foi alta. Logo, os benefícios dos sedativos foram
ou seis semanas. Não houve diferenças significati- estatisticamente significativos, mas de pequena
vas entre os grupos, havendo similar melhora em magnitude. O aumento dos eventos adversos foi
relação aos padrões de sono. estatisticamente significativo e potencialmente de
relevância clínica em idosos. Logo, os benefícios
Na mesma revisão20, melatonina, neuro-hormônio
desses fármacos não parecem justificar o aumento
natural, foi avaliada na insônia de idosos, com re-
de risco. O NNT para melhorar a qualidade de
sultados variáveis. Mais recentemente, um agonista
sono foi 13 e o NND para qualquer evento ad-
de receptor de melatonina, já aprovado pela Food
verso, 6. A razão entre os números indica que um
and Drug Administration, nos EUA, para controle
evento adverso tem mais de duas vezes a chance
da insônia, mostrou resultados mais promissores,
de ocorrer em relação ao aumento da qualidade
embora os estudos não sejam de longo prazo. Os
de sono.
resultados em conjunto ainda não permitem definir
a utilidade dessas substâncias, sendo necessárias Revisão sistemática2 de 24 ensaios clínicos rando-
investigações adicionais. mizados (n = 3909) avaliou a eficácia clínica e a
custo-efetividade de zaleplona, zolpidem e zopiclo-
Dentre todas as abordagens descritas, duas são
na versus benzodiazepinas (diazepam, loprazolam,
definidas com base em evidências, segundo os
lorazepam, nitrazepam lormetazepam, temaze-
critérios da American Psychological Association’s
pam) no manejo agudo de insônia. Os desfechos
Committee on Science and Practice of the Society for
clínicos englobaram latência para o início do sono,
Clinical Psychology: terapia de restrição de sono e
duração total de sono, qualidade do sono, efeitos
terapia cognitivo-comportamental com múltiplos
componentes. O controle de estímulos alcança adversos dos fármacos e sintomas de abstinência.
parcialmente os critérios mencionados. Até agora, A avaliação econômica considerou custos, custo-
há insuficiente evidência que permita considerar efetividade, custo-utilidade e custo-benefício ao
terapia cognitiva, relaxamento e higiene do sono comparar duas ou mais opções. Pela diversidade
como intervenções que sejam benéficas, quando de desfechos e de sua interpretação, a metanálise
isoladas, para tratamento de insônia em idosos. só foi possível para pequeno número de desfechos.
Faz-se necessária mais pesquisa para avaliar a efi- Em conclusão, observaram-se mais similaridades do
cácia, segundo aqueles padrões, de terapia da luz que diferenças entre todos os agentes de mesma
brilhante, exercício e massagem21. ou diversa classe farmacológica. Quanto à avaliação
econômica, ela é limitada nessa área. Contempo-
raneamente, a única variável diferencial é o custo
Medidas individual dos fármacos2. Estudo observacional23
medicamentosas comparou retrospectivamente gastos diretos e
indiretos efetuados pelos seguros de saúde du-
Metanálise22 de 24 ensaios clínicos randomizados rante seis meses com 75.558 idosos com insônia
e controlados, com 2417 participantes com idade não-tratada e indivíduos sem insônia. Idosos com
igual ou superior a 60 anos, os quais receberam insônia originaram gastos diretos mais altos (US$
qualquer medicamento para tratamento de in- 1.253) do que os não-insones. O mesmo foi visto
sônia, mostrou que houve melhora na qualidade com pacientes mais jovens.

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Conclusões
• Benzodiazepinas e novos agonistas de receptor benzodiazepínico têm eficácia marginal
nos distúrbios do sono em idosos.

• Benzodiazepinas e novos agonistas de receptor benzodiazepínico não apresentam


diferenças clinicamente relevantes entre si, relativamente ao controle da insônia.

• Benzodiazepinas e novos agonistas de receptor benzodiazepínico associam-se a au-


mento de risco em idosos, induzindo ataxia, déficit cognitivo e quedas.

• Em pessoas com mais de 60 anos, os benefícios da farmacoterapia são suplantados


pelos riscos.

• Em idosos, a terapia cognitivo-comportamental mostra-se superior a zopiclona para


tratamento de insônia por curto e longo prazos.

• Dentre as terapias não-medicamentosas, a de restrição de sono e a cognitivo-com-


portamental com múltiplos componentes são realmente baseadas em evidências.

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