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Artnoc Tenno

Os Temparis, uma raça


mística da dimensão 2T,
pacificadores e administradores de
dimensões vizinhas, uma raça em
extinção, pois são poucas as
crianças que sobrevivem, de 20 que
nascem ao ano, apenas 3 chegam à
vida adulta, e estas, vivem
eternamente até que seus corpos
adoeçam e morram. Cerca de 150 anos atrás, um Tempari "fugiu" de sua
dimensão ao se aventurar no tempo, acabara numa dimensão onde na Terra
habitavam inúmeros humanos mortais, e seres místicos ocultos. Artnoc se
perdeu aos 7 anos de idade, caindo ao mar ao chegar em nossa dimensão.
Acordou numa casa depois de muitas horas, um ambiente simples e
aconchegante, mas estranho. Seu susto o derrubou do sofá em que estava
repousado, a criança perdida começou a hiperventilar, olhando assustado para
a lareira em sua frente, choramingou de medo, um grito escapou quando sentiu
um toque em seu ombro.
- Hey, Hey... Tudo bem. - Um homem de meia idade amparou o garoto,
esboçando um gentil sorriso. - Tudo bem, garoto... Não há perigo.
O garoto não possuía dificuldade de compreender, Temparis eram
poliglotas versados em muitas culturas, ele tentou acalmar a respiração. Art
tinha olhos rasgados, o que preocupou o homem alemão, não sabia de onde o
garoto tinha vindo. Adam havia encontrado o corpo do garoto ao mar enquanto
estava a caminho de uma expedição, acolheu Artnoc em seu barco e deu meia
volta. Não havia ninguém ali perto, ninguém conhecia o garoto perdido.
- Qual o seu nome? - Indagou Adam quando percebeu Artnoc mais calmo.
- Artnoc. - Respondeu o garoto, olhando fixamente para a tigela nas mãos
do homem.
- Sou Adam. Seu nome é bem bonito. Você veio de onde?
Artnoc fora seriamente questionado quando disse o nome de sua cidade,
teve de explicar até como era seu planeta, pois Adam ficara perplexo. Ele era
professor de história, convivia com crianças e adolescentes, sabia que criança
alguma tinha uma capacidade dessa de criar algo assim. Percebendo a criança
um pouco incomodada, o homem o ofereceu a sopa. Art cheirou a tigela e
começou a bebericar como se fosse sua primeira e última refeição. Quando
terminou, sentiu necessidade de mais, e Adam havia notado, mas antes de pegar
a tigela da mão do garoto, Artnoc circulou a mão no sentido anti-horário sobre
a tigela, e assim a preencheu como antes estava. Adam tremeu, arrepiou-se e
engoliu em seco, não acreditava nos próprios olhos, se sentia um completo louco.
- C-Como você fez isso?
- O que?... – O garoto já tornara a tomar a sopa, parando após ser
questionado. Percebeu que o homem olhava para a tigela e ficou confuso na
mesma medida. – Mas você que fez essa águinha gostosa...
- Não, como... como encheu de novo?
- Ah. Tigela, objeto isolado, volta ela sozinha. Você não foi na escola?

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