Você está na página 1de 11

ESTIGMA SOCIAL E SEUS

IMPACTOS NA SAÚDE
MENTAL DO ADOLESCENTE
IMIGRANTE: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA
TERRAZAS, Caroline ¹
VITALLE, Maria Sylvia de Souza ²
AUTORA ORIENTADORA

¹ Caroline Terrazas ² Maria Sylvia de Souza Vitallee

Enfermeira, doutoranda do Programa de Profa. Adjunto Dra. e Chefe do Setor de


Pós Graduação em Educação e Saúde na Medicina do Adolescente, Unifesp.
Infância e na Adolescência da
Universidade Federal de São Paulo. Profa. Permanente do Programa de Pós
Graduação Educação e Saúde na Infância é
Docente no Centro Universitário São Adolescência, Unifesp.
Camilo nas unidades de Saúde Mental,
Comunicação e Relacionamento Membro do Conselho Executivo da
Interpessoal na Enfermagem e Saúde Confederación De Adolescenciay Juventud
Coletiva. de Iberoamerica y el Caribe - CODAJIC.

Membro da InternTional Association for


Adolescent Health - IAAH.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO

OBJETIVOS

MÉTODOS

RESULTADOS

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Publicado em 2016, o UNICEF aponta que, por conta da crise imigratória
crescente, há aproximadamente 50 milhões de menores imigrantes e
refugiados. As questões da adolescência costumam ser potencializadas
em adolescentes imigrantes, uma vez que a imigração é um fenômeno
complexo e, como tal, pode desencadear dificuldades relacionadas à
adaptação cultural, saúde e integração psicossocial, gerando estresse,
alienação e estigma. Nas últimas décadas, os movimentos migratórios e
seus impactos no processo saúde-doença geraram diversos estudos, e
têm merecido particular atenção da comunidade científica as pesquisas
relacionadas aos vários aspectos que compõem a saúde do adolescente
imigrante.
OBJETIVOS

Identificar o que há na literatura científica


sobre estigma social e seus impactos na
saúde do adolescente imigrante.
MÉTODOS
Revisão sistemática da literatura científica, iniciando-se com pesquisa
nas bases de dados PubMed, Medline e IBECS, nos idiomas
português, inglês e espanhol, no período de 2010 a 2020, a partir
dos descritores: "imigração", “immigration”, “inmigración”,
“adolescente imigrante”, “adolescent immigrant”, “adolescente
inmigrante”, “estigma social” e “social stigma”. Dos 82 artigos
localizados na pesquisa, 73 foram excluídos após leitura dos
resumos, por não se referirem a adolescentes. Após a leitura, na
íntegra, dos 9 trabalhos restantes, foram selecionados 06 artigos.
Como critério para elegibilidade, foram consideradas publicações que
tinham, como sujeitos, adolescentes imigrantes, além de questões de
saúde relacionadas ao estigma social.
RESULTADOS
Um dos artigos selecionados trata do comportamento suicida de adolescentes
imigrantes indianos e o estigma relacionado em ter uma doença mental; outro
estudo relata o uso de substâncias associado ao estigma social de adolescentes
hispânicos a asiáticos residentes dos EUA; um artigo belga aponta que a
gravidez na adolescência é um fator de proteção, para jovens imigrantes,
relacionado ao baixo estigma social do seu país de origem; outra pesquisa relata
o estigma associado à doença mental de adolescentes filipinos residentes nos
EUA, da mesma forma que, em Portugal, o estigma é uma barreira de acesso aos
cuidados em saúde mental para adolescentes imigrantes; por fim, um artigo de
revisão bibliográfica mostra que o estigma social é um dos fatores que contribui
para impactos psicológicos na saúde mental de adolescentes imigrantes
refugiados.
CONCLUSÃO
Imigrantes adolescentes estão mais expostos aos desafios
relacionados a essa fase da vida, o que pode resultar em sofrimento
emocional e, por isso, merece atenção em saúde. O estigma social,
no que se refere ao acesso a cuidados e, também, aos aspectos
socioculturais de “ser imigrante”, é um fator relevante para as
questões de saúde, em especial à saúde mental. Por isso, pesquisas
futuras devem ter, como objetivo, identificar fatores de proteção ou
resiliência que podem amenizar o efeito deletério do estigma social
na saúde destes sujeitos.
REFERÊNCIAS
1- DÍAZ RODRIÍGUEZ, MERCEDES, MENORES REFUGIADOS: IMPACTO PSICOLÓGICO Y SALUD MENTAL APUNTES DE
PSICOLOGÍA COLEGIO OFICIAL DE PSICOLOGÍA DE ANDALUCÍA OCCIDENTAL,2017, VOL. 35,NÚMERO 2, PÁGS. 83-91,

2-UNICEF (2016A). DESARRAIGADOS. UNA CRISIS CRECIENTE PARALOS NIÑOS REFUGIADOS Y MIGRANTES.
RESUMEN Y CONCLUSIONES FUNDAMENTALES
[HTTPS://WWW.UNICEF.ES/SITES/DEFAULT/FILES/COMUNICACION/DESARRAIGADOS.PDF].
 
3- UNICEF (2016B). NO ES LUGAR PARA NIÑOS. EL IMPACTO DECINCO AÑOS DE GUERRA EN LOS NIÑOS SIRIOS Y EN
SU INFANCIA[HTTPS://WWW.UNICEF.ORG/ARGENTINA/SPANISH/GLOBAL_5Y_REPORT_E_FINAL_ESP_OK2.PDF].

4- GONÇALVES, MARTA; MOLEIRO, CARLA. THE FAMILY-SCHOOL-PRIMARY CARE TRIANGLE AND THE ACCESS TO
MENTAL HEALTH CARE AMONG MIGRANT AND ETHNIC MINORITIES. JOURNAL OF IMMIGRANT AND MINORITY HEALTH
VOLUME 14, PAGES682–690(2012)

5- SAMUEL D, SHER L. SUICIDAL BEHAVIOR IN INDIAN ADOLESCENTS. INT J ADOLESC MED HEALTH. 2013;25(3):207-
212. DOI:10.1515/IJAMH-2013-0054 6- COENEN L, BELLEKENS P, KADJI C, CARLIN A, TECCO J. TEENAGE PREGNANCY
IN BELGIUM: PROTECTIVE FACTORS IN A MIGRANT POPULATION. PS CHIATR DANUB. 2019;31(SUPPL 3):400-405.

7- SMALL E, KIM YK, MENGO C. AGGRESSION BEHAVIOR AND SUBSTANCE USE AMONG IMMIGRANT CHILDREN:
MEDIATING EFFECT OF ANTISOCIAL ATTITUDES.  J ETHN SUBST ABUSE. 2017;16(1):3-22.
DOI:10.1080/15332640.2015.1077761 8- JAVIER JR, SUPAN J, LANSANG A, BEYER W, KUBICEK K, PALINKAS LA.
PREVENTING FILIPINO MENTAL HEALTH DISPARITIES: PERSPECTIVES FROM ADOLESCENTS, CAREGIVERS,
PROVIDERS, AND ADVOCATES. ASIAN AM J PSYCHOL. 2014;5(4):316-324. DOI:10.1037/A0036479

9 - GONÇALVES M, MOLEIRO C. THE FAMILY-SCHOOL-PRIMARY CARE TRIANGLE AND THE ACCESS TO MENTAL
HEALTH CARE AMONG MIGRANT AND ETHNIC MINORITIES.  J IMMIGR MINOR HEALTH. 2012;14(4):682-690.
DOI:10.1007/S10903-011-9527-9
CONTATO

carotera@gmail.com

sylviavitalle@gmail.com
ESTIGMA SOCIAL E SEUS
IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL
DO ADOLESCENTE IMIGRANTE:
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
TERRAZAS, Caroline ¹
VITALLE, Maria Sylvia de Souza ²

Você também pode gostar